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Relações econômicas entre educação e produto social da agricultura / not availableEraldo Genin Fiore 29 October 2001 (has links)
A agricultura desempenha importante papel no desenvolvimento econômico. A indústria quando incipiente depende, em grande medida, da capacidade do setor agrícola gerar excedentes para financiar seu crescimento. Quando o país se desenvolve, a importância da agricultura diminui. O setor industrial e, posteriormente, o setor de serviços passam a gerar maior parcela da renda total e empregar maior número de trabalhadores. Em muitos países em desenvolvimento, o setor não-agrícola é incapaz de absorver toda mão-de-obra que o desenvolvimento tecnológico libera da agricultura. No Brasil, isso se reflete na grande parcela da população economicamente ativa que permanece ocupada em atividades agrícolas sem remuneração ou que permitem apenas a sobrevivência. No mercado de trabalho do setor não-agrícola, a exigência por profissionais qualificados dificulta que esses trabalhadores encontrem emprego. Essa parcela da mão-de-obra normalmente tem baixa escolaridade e seu acesso a educação é complicado. Os maiores problemas na infra-estrutura educacional e mesmo na qualidade de docentes se encontram nas áreas rurais. Esse estudo procura mostrar que o investimento na educação pode contribuir positivamente para o desenvolvimento da agricultura ao possibilitar aumento na produção. Para testar essa hipótese, a importância da educação como insumo que influencia a produção agrícola foi medida utilizando modelo econométrico. O modelo escolhido permite captar tanto o efeito direto como o efeito indireto da educação. A segunda hipótese testada sugere que o efeito indireto, no geral, é maior que o efeito direto. Nas áreas de agricultura tradicional, com tecnologia estagnada, pouco espaço deve haver para ganhos na habilidade alocativa. Nesse caso, o efeito direto deve ser mais importante que o efeito indireto. O efeito total da educação sobre a produção deve ser maior nas áreas modernas quando em comparação com áreas de agricultura tradicional. Esta é a terceira hipótese testada no estudo. Os resultados da análise econométrica sugerem que a educação possibilita aumento significativo do produto adicionado na agricultura. A consistência do modelo foi testada indicando que os resultados são bastante confiáveis. O modelo mostrou, ainda, que o efeito total da educação sobre o produto adicionado agrícola é maior nas áreas de agricultura moderna, sendo o efeito indireto mais importante nessas regiões. Nas áreas tradicionais, o efeito total é menor e o efeito direto mais relevante. Os ganhos alocativos nas áreas tradicionais são pequenos. Esse resultado é importante pois indica que o aumento da educação pode ampliar as vantagens econômicas das áreas de agricultura moderna sobre as tradicionais. O menor retorno aos investimentos em educação ocorre justamente nas áreas onde é reduzida a capacidade de financiamento dos estados e municípios, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Como os grandes problemas de pobreza e baixa escolaridade ocorrem principalmente nestas regiões, especial atenção deve ser voltada para esta população. / not available
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O processo educativo da luta e do trabalho das mulheres : via campesina no Brasil, UNORCA/UNMIC e CONAMI no MéxicoConte, Isaura Isabel January 2014 (has links)
A presente Tese de Doutorado analisa e discute os aprendizados do universo de trabalho e de luta das mulheres camponesas da Via Campesina do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e camponesas e indígenas da UNORCA/UNMIC e da CONAMI no México. Enfatiza-se, assim, os saberes para além do contexto escolar, em que se aprende a vida toda, com ênfase no fazerse gente, sujeito com consciência crítica, feministas ou não, mas que lutam, coletivamente por dias melhores e, perdem a vergonha, passando a andar de cabeça erguida, sem baixar la mirada. Apesar de terem sido relegadas a seres de segunda ordem na sociedade patriarcal, refletindo historicamente, no pouco ou nada de acesso à educação escolar pelo fato de vierem no campo ou por serem mulheres índias; na luta geral não levadas em conta e, nas específicas, grandemente acusadas de divisoras ou antirrevolucionárias, elas continuam demarcando espaços, ampliando e multiplicando saberes. Para tal, afirma-se a importância de coletivos de mulheres no interior de movimentos mistos que se somam a movimentos específicos, conduzidos por elas. A pesquisa desenvolvida como estudo de caso, no Brasil situou-se no estado do Rio Grande do Sul e as organizações pesquisadas foram MMC, MST, MAB e MPA da Via Campesina, tendo como sujeitos, duas mulheres de cada organização. No México, foram pesquisadas três mulheres da UNORCA/UNMIC e também da CONAMI, dos estados do Distrito Federal, Sonora, Guerrero, Morelos e Chiapas. Para a coleta de dados foram utilizados dois questionários: um, aberto, semiestruturado com questões usadas para gravação e posterior transcrição; outro, também aberto, com questões estruturadas, registrado instantaneamente. Outro instrumento utilizado foi o diário de campo com registros de observações de reuniões e encontros envolvendo sujeitos da pesquisa ou representantes de suas organizações. Junto a isso, foi realizado estudo de subsídios produzidos pelos referidos movimentos, tanto em livros, cartilhas e panfletos, como em sítios eletrônicos, além de ampla pesquisa bibliográfica. Sobre os aprendizados mais relevantes da pesquisa evidencia-se: a importância de as mulheres poderem dizer a sua palavra e, para tal, terem e/ou criarem as condições para tal, tanto ao que se refere a estudos em cursos formais ou não e, propriamente nas articulações e construções de suas lutas; perder o medo e enfrentar as contradições por estarem na luta coletiva; coordenar processos e junto a isso perceber limites, avanços e desafios, de si mesmas, das companheiras e companheiros e da luta em si; exigir respeito pelo fato serem mulheres e sustentar posições teórico-políticas; estudar, perceber a força e o poder que têm no coletivo; aprender experienciando na luta, e, mais que isso: passar a saber que sabem e que seus saberes são relevantes na contestação da sociedade machista e patriarcal, bem como, na construção de possibilidades de serem libertas. / The present doctoral dissertation analyses and discusses the learning of the work and struggle universe of peasant women from Via Campesina from Rio Grande do Sul / Brazil and the peasant and Indian women from UNORCA/UNMIC and CONAMI from Mexico. It is highlighted the knowledge besides the school context, in what is learnt the whole life, emphasizing turning into a person, a subject with critical awareness, feminist or not, but who struggles in collective for better days, and is not ashamed, starting to walk with head up without bringing down la mirada. Beyond being put aside as human been of second order in a patriarchal society, historically reflecting, in little or even no access to school education by the fact of coming from the countryside or being Indian women; in general fight not taking in account and in specific fights were intensely accused as divisive or antirevolutionaries, they keep demarcating spaces amplifying and multiplying knowledge. For that, it is affirmed the relevance of women collective inner mixed movements that are summed up to specific movements conducted by themselves. The research developed as a case study, in Brazil, was situated in Rio Grande do Sul and the organizations researched were MMC, MST, MAB and MPA of Via Campesina, having as subjects, two women of each organization. In Mexico, were researched three women of UNORCA/ UNMIC and also CONAMI from the states of Federal District, Sonora, Guerrero, Morelos and Chiapas. In order to collect the data were utilized two questionnaires: one, open, semi structured, with questions to record and later transcript; another, open, with structured questions, registered instantly. Other instrument used was a field diary for registering the observation of meetings evolving subjects of the research or representative of their organizations. It was also done a study produced by the referred movements, in books, primers, folders, sites, as well as a broad bibliographic research. About the most relevant learning of the research was evident: the importance of women saying their words, and or to create conditions for it, in what refers to studies in formal courses or not, and also in the articulation and construction of their struggles; not having fear to face contradictions for being in collective struggle; coordinating processes and also seeing limits, advances and challenges, from themselves, their partners female or male and the struggle itself; requiring respect by the fact they are women and sustain theoreticalpolitical positions; studying and realizing their strength and power that is in the collective; learning through experience in struggle, and more than that, realizing they know and their knowledge is relevant contesting the chauvinist and patriarchal society, as well in the construction of possibilities of being set free.
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O processo educativo da luta e do trabalho das mulheres : via campesina no Brasil, UNORCA/UNMIC e CONAMI no MéxicoConte, Isaura Isabel January 2014 (has links)
A presente Tese de Doutorado analisa e discute os aprendizados do universo de trabalho e de luta das mulheres camponesas da Via Campesina do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e camponesas e indígenas da UNORCA/UNMIC e da CONAMI no México. Enfatiza-se, assim, os saberes para além do contexto escolar, em que se aprende a vida toda, com ênfase no fazerse gente, sujeito com consciência crítica, feministas ou não, mas que lutam, coletivamente por dias melhores e, perdem a vergonha, passando a andar de cabeça erguida, sem baixar la mirada. Apesar de terem sido relegadas a seres de segunda ordem na sociedade patriarcal, refletindo historicamente, no pouco ou nada de acesso à educação escolar pelo fato de vierem no campo ou por serem mulheres índias; na luta geral não levadas em conta e, nas específicas, grandemente acusadas de divisoras ou antirrevolucionárias, elas continuam demarcando espaços, ampliando e multiplicando saberes. Para tal, afirma-se a importância de coletivos de mulheres no interior de movimentos mistos que se somam a movimentos específicos, conduzidos por elas. A pesquisa desenvolvida como estudo de caso, no Brasil situou-se no estado do Rio Grande do Sul e as organizações pesquisadas foram MMC, MST, MAB e MPA da Via Campesina, tendo como sujeitos, duas mulheres de cada organização. No México, foram pesquisadas três mulheres da UNORCA/UNMIC e também da CONAMI, dos estados do Distrito Federal, Sonora, Guerrero, Morelos e Chiapas. Para a coleta de dados foram utilizados dois questionários: um, aberto, semiestruturado com questões usadas para gravação e posterior transcrição; outro, também aberto, com questões estruturadas, registrado instantaneamente. Outro instrumento utilizado foi o diário de campo com registros de observações de reuniões e encontros envolvendo sujeitos da pesquisa ou representantes de suas organizações. Junto a isso, foi realizado estudo de subsídios produzidos pelos referidos movimentos, tanto em livros, cartilhas e panfletos, como em sítios eletrônicos, além de ampla pesquisa bibliográfica. Sobre os aprendizados mais relevantes da pesquisa evidencia-se: a importância de as mulheres poderem dizer a sua palavra e, para tal, terem e/ou criarem as condições para tal, tanto ao que se refere a estudos em cursos formais ou não e, propriamente nas articulações e construções de suas lutas; perder o medo e enfrentar as contradições por estarem na luta coletiva; coordenar processos e junto a isso perceber limites, avanços e desafios, de si mesmas, das companheiras e companheiros e da luta em si; exigir respeito pelo fato serem mulheres e sustentar posições teórico-políticas; estudar, perceber a força e o poder que têm no coletivo; aprender experienciando na luta, e, mais que isso: passar a saber que sabem e que seus saberes são relevantes na contestação da sociedade machista e patriarcal, bem como, na construção de possibilidades de serem libertas. / The present doctoral dissertation analyses and discusses the learning of the work and struggle universe of peasant women from Via Campesina from Rio Grande do Sul / Brazil and the peasant and Indian women from UNORCA/UNMIC and CONAMI from Mexico. It is highlighted the knowledge besides the school context, in what is learnt the whole life, emphasizing turning into a person, a subject with critical awareness, feminist or not, but who struggles in collective for better days, and is not ashamed, starting to walk with head up without bringing down la mirada. Beyond being put aside as human been of second order in a patriarchal society, historically reflecting, in little or even no access to school education by the fact of coming from the countryside or being Indian women; in general fight not taking in account and in specific fights were intensely accused as divisive or antirevolutionaries, they keep demarcating spaces amplifying and multiplying knowledge. For that, it is affirmed the relevance of women collective inner mixed movements that are summed up to specific movements conducted by themselves. The research developed as a case study, in Brazil, was situated in Rio Grande do Sul and the organizations researched were MMC, MST, MAB and MPA of Via Campesina, having as subjects, two women of each organization. In Mexico, were researched three women of UNORCA/ UNMIC and also CONAMI from the states of Federal District, Sonora, Guerrero, Morelos and Chiapas. In order to collect the data were utilized two questionnaires: one, open, semi structured, with questions to record and later transcript; another, open, with structured questions, registered instantly. Other instrument used was a field diary for registering the observation of meetings evolving subjects of the research or representative of their organizations. It was also done a study produced by the referred movements, in books, primers, folders, sites, as well as a broad bibliographic research. About the most relevant learning of the research was evident: the importance of women saying their words, and or to create conditions for it, in what refers to studies in formal courses or not, and also in the articulation and construction of their struggles; not having fear to face contradictions for being in collective struggle; coordinating processes and also seeing limits, advances and challenges, from themselves, their partners female or male and the struggle itself; requiring respect by the fact they are women and sustain theoreticalpolitical positions; studying and realizing their strength and power that is in the collective; learning through experience in struggle, and more than that, realizing they know and their knowledge is relevant contesting the chauvinist and patriarchal society, as well in the construction of possibilities of being set free.
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Administração de recursos humanos e produtividade dos trabalhadores em empresas agricolas / not availableHenrique Teixeira Nunes 19 April 1995 (has links)
O objetivo deste trabalho é aumentar a produtividade do trabalho rural. Para isto mediu-se as percepções de 54 trabalhadores utilizando-se um método chamado"Staff Management Audit"que mede as atitudes, percepções e opiniões do pessoal com relação a características organizacionais e políticas de RH, Assim, o pessoal foi entrevistado e relatou suas experiências e preferências. Foi feita uma análise de regressão com a produtividade em função das percepções. Pelos resultados o pessoal experimenta o sistema consultivo e prefere o sistema participativo. Metas, performance e treinamento foram positivamente relacionados a produtividade, indicando que percepções positivas com relação a estas características (em direção a processos mais participativos) levam a uma maior produtividade do pessoal. Os processos de liderança tiveram relação negativa e foi constatada maior produtividade de homens em relação a mulheres. Foram detectadas falhas na ARH da empresa e prescritas algumas mudanças, o que resultaria em maior produtividade de sua mão-de-obra / not available
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Transformações na agropecuária paranaense e suas implicações sobre emprego e salários rurais: 1977-96 / not availableMárcia Istake 19 March 1999 (has links)
Este estudo analisa o comportamento do emprego e dos salários na agropecuária paranaense no período de 1977 e 1996. São utilizados dados dos Censos Agropecuários e Demográficos e das PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), publicações e micro dados individuais, para avaliar o comportamento do emprego na agropecuária paranaense. Observa-se uma tendência de queda na participação do subsetor agricultura (lavouras) na geração de empregos, dentro da agropecuária, mais ainda assim aquela é a principal atividade a empregar no meio rural. Verifica-se, também, a grande importância da agricultura familiar (conta-própria) e da mão-de-obra não remunerada no total de pessoas ocupadas na agropecuária. A atividade de maior importância na absorção da mão-de-obra rural no Paraná, em anos mais recentes, foi o milho, que contou, em sua grande maioria, com a utilização da mão-de-obra familiar e da sem remuneração. Com relação à especialização da mão-de-obra, constata-se uma tendência à redução na participação da mão-de-obra não qualificada e aumento na participação da mão-de-obra qualificada no total de pessoas envolvidas com as atividades rurais. Verifica-se, no período de 1985 a 1995, de acordo com os dados dos Censos Agropecuários do Paraná, uma grande concentração de área em propriedades rurais de médio e grande portes e uma redução de área nas pequenas propriedades e nos latifúndios. Os dados registram, também, a maior queda no emprego rural observada nos últimos tempos, -30,59% entre 1985 e 1995. Esta redução superou o volume de empregos eliminados na década de 70, em função da modernização da agropecuária. Com relação ao comportamento dos salários dos trabalhadores rurais, investigaram-se duas categorias de trabalhadores permanentes (o mensalista e o tratorista) e uma de trabalhador temporário, o diarista. Verifica-se quebra de tendência com relação ao comportamento do salário dos trabalhadores permanentes, no ano de 1987, e aumento no piso salarial destes trabalhadores, em termos de salário mínimo, a partir de então os salários reais dos trabalhadores permanentes diminuíram de 1977 a 1987, elevando-se a partir de 1988 até 1996. Para o salário do trabalhador temporário, a quebra de tendência deu-se em 1988 e foi a categoria que obteve a menor taxa de crescimento do piso salarial em termos de salário mínimo. Constata-se que os principais determinantes dos salários dos trabalhadores permanentes no primeiro período (1977/86) foram o lucro e o salário mínimo. Os cálculos das elasticidades demonstram a maior importância do salário mínimo na determinação dos salários destes trabalhadores. No segundo período (1987/96), os principais determinantes dos salários do tratorista foram a produtividade da mão-de-obra, o salário mínimo e o lucro. Para o caso do mensalista, além dos determinantes acima mencionados incluiu-se, também, a variável produção total. Os cálculos das elasticidades demonstram a importância da produtividade da mão-de-obra na determinação dos salários dos tratoristas e mensalistas no segundo período, e a diminuição de importância do salário mínimo na determinação do salário do trabalhador permanente no segundo período, na agropecuária paranaense. Para o trabalhador temporário, o determinante principal do seu salário no primeiro período foi apenas o salário mínimo. Os cálculos das elasticidades para o segundo período demonstram a maior importância da produção total e da produtividade da mão-de-obra na determinação do salário do diarista. Os preços recebidos pelos produtores agropecuários no Paraná influenciaram, também, o salário do diarista, mas, em menor proporção / not available
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Diferenciais de salários nas atividades agrícolas brasileiras: aspectos estruturais e determinantes regionais / Wages differentials in Brazilian agricultural activities: structural features and regional determinantsJuliana Sampaio Mori 09 May 2008 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo analisar os diferenciais de salários das pessoas empregadas em atividades classificadas como agrícola pelo IBGE, com base nos dados individuais da PNAD de 2005. Busca-se verificar as diferenças de salários para uma mesma atividade agrícola, e entre as diversas atividades agrícolas, de forma a identificar quais são as variáveis que determinam o comportamento dos salários nessas atividades, tais como cor, sexo, educação, idade, região geográfica, entre outros. Além disso, estima-se o efeito de interações entre as regiões e as atividades agrícolas, bem como o efeito de interações entre o nível de escolaridade e a região de referência. As equações de salários ajustadas para os quatro primeiros modelos, os quais permitem mostrar os diferenciais de salários entre as diversas atividades agrícolas, mostram que os efeitos das interações entre escolaridade e região e das interações entre as regiões e atividades agrícolas pouco afetam as estimativas dos coeficientes das variáveis idade, número de horas trabalhadas na semana, sexo, posição na ocupação, categoria do emprego e cor. A variável cor, por sua vez, não tem um efeito relevante na explicação dos diferenciais de salários nas atividades agrícolas, como ocorre em outros setores da economia. Observa-se também que o principal condicionante do salário é o número de horas trabalhadas por semana, superando até mesmo a contribuição da região, atividade, ocupação, escolaridade, sexo e cor. Os retornos específicos a cada nível educacional no quarto modelo mostram que o efeito da educação sobre os salários se torna muito mais intenso a partir de 11 anos de escolaridade, onde ocorre um salto brusco na declividade da função. A análise dos diferenciais salariais para uma mesma atividade agrícola, ou seja, para as atividades cultivo de milho, cultivo de cana-de-açúcar, cultivo de soja e criação de bovinos, mostra novamente a importância da variável número de horas trabalhadas por semana, principalmente para as atividades cultivo de milho e criação de bovinos. Os resultados obtidos para a atividade cultivo de soja mostram que a variável escolaridade é tão importante quanto a variável região para explicar as diferenças de salários nessa atividade. Por outro lado, no cultivo de cana-de-açúcar, a variável categoria do emprego é a que apresenta a maior contribuição marginal na parcela explicada pelos salários. / The aim of this research is to analyze wages differentials of persons employed in activities classified as agricultural by the IBGE, based on the individual data of the PNAD 2005. Search to verify wages differentials for the same agricultural activity, and among different agricultural activities, in order to identify what are the variables that determine the behavior of wages in these activities, such as color (race), gender, schooling, age, geographic region, among others. Moreover, it is estimated the effect of interactions between regions and agricultural activities, as well as the effect of interactions between the level of schooling and the region of reference. The earnings equations adjusted for the first four models, which allow to show wages differentials of among different agricultural activities, show that the effects of interactions between schooling and region and the interactions between regions and agricultural activities don\'t have strong effects on the estimates of the coefficients of the variables age, weekly working time, sex, position in the occupation, category of employment and color (race). The variable color, in turn, doesn\'t have a relevant effect on the explanation of the wages differentials in agricultural activities, as occurs in others sectors of the economy. It is also observed that the main conditioner of the salary is weekly working time, dominating the contribution of the region, activity, occupation, schooling, sex and color. The specific returns to each educational level in the fourth model shows that the effect of education on wages becomes more intense from 11 years of schooling, when a sudden jump in the slope of the function occurs. The analysis of wages differentials by agricultural activity, in other words, for the production activities of maize, sugar cane, soybeans and livestock shows again the importance of the variable weekly working time, mainly for the activities production of maize and livestock. The results for soybean production show that the variable education is as important as the variable region to explain wages differentials in this activity. Furthermore, in sugar cane production the variable category of employment is the one that presents the largest marginal contribution in the share explained by wages.
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O processo educativo da luta e do trabalho das mulheres : via campesina no Brasil, UNORCA/UNMIC e CONAMI no MéxicoConte, Isaura Isabel January 2014 (has links)
A presente Tese de Doutorado analisa e discute os aprendizados do universo de trabalho e de luta das mulheres camponesas da Via Campesina do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e camponesas e indígenas da UNORCA/UNMIC e da CONAMI no México. Enfatiza-se, assim, os saberes para além do contexto escolar, em que se aprende a vida toda, com ênfase no fazerse gente, sujeito com consciência crítica, feministas ou não, mas que lutam, coletivamente por dias melhores e, perdem a vergonha, passando a andar de cabeça erguida, sem baixar la mirada. Apesar de terem sido relegadas a seres de segunda ordem na sociedade patriarcal, refletindo historicamente, no pouco ou nada de acesso à educação escolar pelo fato de vierem no campo ou por serem mulheres índias; na luta geral não levadas em conta e, nas específicas, grandemente acusadas de divisoras ou antirrevolucionárias, elas continuam demarcando espaços, ampliando e multiplicando saberes. Para tal, afirma-se a importância de coletivos de mulheres no interior de movimentos mistos que se somam a movimentos específicos, conduzidos por elas. A pesquisa desenvolvida como estudo de caso, no Brasil situou-se no estado do Rio Grande do Sul e as organizações pesquisadas foram MMC, MST, MAB e MPA da Via Campesina, tendo como sujeitos, duas mulheres de cada organização. No México, foram pesquisadas três mulheres da UNORCA/UNMIC e também da CONAMI, dos estados do Distrito Federal, Sonora, Guerrero, Morelos e Chiapas. Para a coleta de dados foram utilizados dois questionários: um, aberto, semiestruturado com questões usadas para gravação e posterior transcrição; outro, também aberto, com questões estruturadas, registrado instantaneamente. Outro instrumento utilizado foi o diário de campo com registros de observações de reuniões e encontros envolvendo sujeitos da pesquisa ou representantes de suas organizações. Junto a isso, foi realizado estudo de subsídios produzidos pelos referidos movimentos, tanto em livros, cartilhas e panfletos, como em sítios eletrônicos, além de ampla pesquisa bibliográfica. Sobre os aprendizados mais relevantes da pesquisa evidencia-se: a importância de as mulheres poderem dizer a sua palavra e, para tal, terem e/ou criarem as condições para tal, tanto ao que se refere a estudos em cursos formais ou não e, propriamente nas articulações e construções de suas lutas; perder o medo e enfrentar as contradições por estarem na luta coletiva; coordenar processos e junto a isso perceber limites, avanços e desafios, de si mesmas, das companheiras e companheiros e da luta em si; exigir respeito pelo fato serem mulheres e sustentar posições teórico-políticas; estudar, perceber a força e o poder que têm no coletivo; aprender experienciando na luta, e, mais que isso: passar a saber que sabem e que seus saberes são relevantes na contestação da sociedade machista e patriarcal, bem como, na construção de possibilidades de serem libertas. / The present doctoral dissertation analyses and discusses the learning of the work and struggle universe of peasant women from Via Campesina from Rio Grande do Sul / Brazil and the peasant and Indian women from UNORCA/UNMIC and CONAMI from Mexico. It is highlighted the knowledge besides the school context, in what is learnt the whole life, emphasizing turning into a person, a subject with critical awareness, feminist or not, but who struggles in collective for better days, and is not ashamed, starting to walk with head up without bringing down la mirada. Beyond being put aside as human been of second order in a patriarchal society, historically reflecting, in little or even no access to school education by the fact of coming from the countryside or being Indian women; in general fight not taking in account and in specific fights were intensely accused as divisive or antirevolutionaries, they keep demarcating spaces amplifying and multiplying knowledge. For that, it is affirmed the relevance of women collective inner mixed movements that are summed up to specific movements conducted by themselves. The research developed as a case study, in Brazil, was situated in Rio Grande do Sul and the organizations researched were MMC, MST, MAB and MPA of Via Campesina, having as subjects, two women of each organization. In Mexico, were researched three women of UNORCA/ UNMIC and also CONAMI from the states of Federal District, Sonora, Guerrero, Morelos and Chiapas. In order to collect the data were utilized two questionnaires: one, open, semi structured, with questions to record and later transcript; another, open, with structured questions, registered instantly. Other instrument used was a field diary for registering the observation of meetings evolving subjects of the research or representative of their organizations. It was also done a study produced by the referred movements, in books, primers, folders, sites, as well as a broad bibliographic research. About the most relevant learning of the research was evident: the importance of women saying their words, and or to create conditions for it, in what refers to studies in formal courses or not, and also in the articulation and construction of their struggles; not having fear to face contradictions for being in collective struggle; coordinating processes and also seeing limits, advances and challenges, from themselves, their partners female or male and the struggle itself; requiring respect by the fact they are women and sustain theoreticalpolitical positions; studying and realizing their strength and power that is in the collective; learning through experience in struggle, and more than that, realizing they know and their knowledge is relevant contesting the chauvinist and patriarchal society, as well in the construction of possibilities of being set free.
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Maracatu rural: luta de classes ou espetáculo? (Um estudo das expressões de resistência, luta e passivização das classes subalternas)MEDEIROS, Roseana Borges de January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Este estudo tem como objetivo aprofundar-se no conhecimento de um segmento das classes subalternas, o trabalhador rural, a partir da sua produção espontânea de cultura popular, o maracatu rural. Para Gramsci as manifestações de cultura popular possuem uma íntima ligação com a situação de subalternidade. Estas constituem suas visões de mundo e são frutos de sua inconformidade, denúncia e aceitação à ideologia dominante, encontrando-se, portanto, eivadas de contradições. Sabe-se que há muito pouco dito e estudado sobre o subalterno, sua vida e condição. A eficácia de qualquer projeto político, social ou profissional a ser elaborado conjuntamente com as classes subalternas, necessita de um prévio conhecimento dos seus anseios e visões de mundo, sob pena de não engajá-las no projeto de transformação social. Utilizando-se do método materialista dialético, buscou-se, através do maracatu rural, desvendar o contraditório e conflitivo mundo do trabalhador rural que, na maioria das vezes, não é levado em consideração pelos partidos políticos, movimentos sociais e projetos políticos profissionais. O econômico e o político não são momentos diferentes e antinômicos da luta de classes. Faz-se imperioso investigar essa produção cultural, analisá-la criteriosamente para que as mudanças sociais realmente se efetivem. O trabalho político não se dá apenas no terreno econômico, mas também no ideológico cultural. A estratégia revolucionária gramsciana enfatiza a recuperação crítica das culturas populares que, através de um trabalho pedagógico, se procederá a eliminação paulatina dos elementos de ambigüidade e heterogeneidade. As classes dominantes tentam a espetacularização, massificação e cooptação dessas produções culturais. Entretanto, mesmo sofrendo o processo de passivização, essas expressam os antagonismos e conflitos vivenciados pelas classes subalternas que, poderão ser utilizados no enfrentamento entre as classes. Diante disso, espera-se que este trabalho ofereça uma contribuição de como se dá confronto de forças dentro do processo hegemônico, como as classes subalternas expressam as suas condições de existência, seus pontos de vista, as contradições que negam e dão vida a luta pela hegemonia na atualidade
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O TRABALHADOR RURAL NO BRASIL E A PREVIDÊNCIA SOCIAL: DESAFIOS ENFRENTADOS NA GARANTIA DE PROTEÇÃO SOCIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA-GOIÁS, NO PERÍODO DE 2009-2012.Oliveira, Selma Maria de 03 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-03 / This dissertation on rural workers and social security, in Goiânia metropolitan region
has as its object of study the challenges faced by rural workers in ensuring social
protection retirement age between 2009 and 2012. This dissertation aims to know,
understand, reflect and analyze the difficulty that rural workers face to get to retire by
age due to insufficient or inconsistent documentation proving the exercise of the
activity of (specially insured) or lack of fifteen years of contribution. It is proposed to
understand the public policy that supports the care of this segment within the
capitalist system in the contemporary world. The subjects of this research are rural
workers called special insured to whom the law does not require the direct
contribution, they perform their activities with their families in the so-called regime of
subsistence economy that cares to daily employees and laborers. The interest in
conducting this study is linked to my everyday experience as a social worker, working
directly with the insured. And the need to reflect the reason for the failure in
presenting the documentation required by the local authority to apply for the benefit
by age. Denying the right to require the benefit is one of the expressions of social
issues presented historically, in which workers are prevented from enjoying the rights
provided by law, like, retirement, among others, having to resort to the courts in order
to get their right in their old age. / A presente dissertação sobre o trabalhador rural e a previdência social, realizada em
Goiânia-GO e na região metropolitana, tem como objeto de pesquisa os desafios
enfrentados pelo trabalhador rural para garantia de proteção social aposentadoria
por idade, no período de 2009 e 2012. O objetivo é conhecer, entender, refletir e
analisar a dificuldade com que o trabalhador rural se depara para conseguir-se
aposentar por idade, em razão de insuficiência ou inconsistência de documentação
que prova o exercício de atividade de segurado especial ou carência de quinze anos
de contribuição. Propõe-se entender as políticas públicas que embasam o
atendimento a esse segmento, no âmbito do sistema capitalista no mundo
contemporâneo. Os sujeitos de pesquisa foram trabalhadores rurais empregados, os
segurados especiais, aos quais a lei dispensa a contribuição direta, por exercerem
suas atividades junto com suas famílias, no chamado regime de economia de
subsistência, que atende a volantes e diaristas. O interesse em realizar este estudo
vincula-se à experiência profissional cotidiana como assistente social, atuando
diretamente com o segurado, à necessidade de refletir o motivo da não
comprovação da documentação exigida pela autarquia quando requer o benefício
por idade. O direito negado a esse benefício é uma das expressões da questão
social apresentada historicamente, uma vez que trabalhadores são impedidos de
usufruírem dos direitos assegurados por lei, dentre eles, a aposentadoria, tendo que
recorrer a instâncias judiciais a fim de obtê-la em sua velhice.
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TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO: A EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR RURAL EM GOIÁS.Umbelino, Margareth Estrela 10 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-10 / This paper addresses the issue of modern-day slavery, in particular the rural workers
exploitation in Goiás. It is known that slave labor is the most serious form of labor
exploitation, and analyze it is embarking on areas where dignity, freedom and legality
do not exist. Situations that insist occur, not always accurate identification because of
the different running modes this offense. National statistics show that 2,750 workers
were found in conditions analogous to slavery in 2012. Victims are people of all
ethnicities, with common characteristics, which protrude poverty and oppression.
These workers end up losing their freedom and being subjugated by violence, debt,
threats and fraud, and contemporary slavery covers a variety of violations of
fundamental human and social rights under labor relations. This research aimed to
highlight the characterization of modern-day slavery, focusing on the rural workers
exploitation in Goiás For this, were sought to understand the historical evolution, the
bibliographic production, legislation, treaties and international agreements on the
contemporary slave labor, as well as contextualize and characterize the slave labor in
the state of Goiás, the methodology was qualitative descriptive exploratory research
based on bibliographic analysis. These results highlight the failure of legislation to
decent work in many rural areas and indicate that there is still contemporary slave
labor in most states. In relation to the state of Goiás, it was found that in the year 2008
was the region with the largest number of employees subjected to flagrant
contemporary slavery, 328 employees for 2009 and 2010 were released Goiás was the
third largest state in Brazil with number of cases of slave labor. Stands in the fight
against modern-day slavery, the actions of the Ministry of Labor, the Federal Public
Ministry and, especially, the Special Mobile Inspection Group whose systematic
checks have for inhibited" next actions enslavers agents and other also evidenced
antagonistic forms to decent work. / O presente trabalho aborda a questão do trabalho escravo contemporâneo, em
especial a exploração do trabalhador rural em Goiás. Sabe-se que o trabalho
escravo é a mais grave forma de superexploração do trabalho, e, analisá-lo é
enveredar por áreas nas quais a dignidade, a liberdade e a legalidade não existem.
Situações que insistem em ocorrer, nem sempre com identificação precisa em razão
dos diversos modos de execução deste ilícito. Estatísticas nacionais apontam que
2.750 trabalhadores foram encontrados em condições análogas às de escravo no
ano de 2012. As vítimas são pessoas de todas as etnias, com características em
comum, das quais salientam-se a pobreza e a opressão. Esses trabalhadores
acabam perdendo sua liberdade e sendo subjugados pela violência, dívidas,
ameaças e fraudes, sendo que a escravidão contemporânea abrange uma
diversidade de violações de direitos humanos e sociais fundamentais no âmbito das
relações laborais. Esta pesquisa teve como objetivo principal evidenciar a
caracterização do trabalho escravo contemporâneo, tendo como foco a exploração
do trabalhador rural em Goiás. Para isso, buscou-se compreender a evolução
histórica, a produção bibliográfica, a legislação, os tratados e pactos internacionais
sobre o trabalho escravo contemporâneo, bem como contextualizar e caracterizar o
trabalho escravo no estado de Goiás. A metodologia adotada foi a pesquisa
qualitativa do tipo descritivo exploratória com base em análises bibliográficas. Os
resultados desta pesquisa evidenciam o descumprimento da legislação para o
trabalho decente em muitas áreas rurais e indicam que ainda há trabalho escravo
contemporâneo na maior parte dos estados brasileiros. Em relação ao estado de
Goiás, constatou-se que no ano de 2008 foi a região do país com maior número de
flagrantes de trabalhadores submetidos a escravidão contemporânea, em 2009
foram libertados 328 trabalhadores e em 2010 Goiás foi o terceiro estado do Brasil
com maior número de situações de trabalho escravo. Destaca-se no combate à
escravidão contemporânea, as atuações do Ministério Público do Trabalho, do
Ministério Público Federal e, sobretudo, do Grupo Especial de Fiscalização Móvel
cujas fiscalizações sistemáticas tem por um lado inibido as ações de agentes
escravizadores e, por outro, também evidenciado formas antagônicas ao trabalho
decente.
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