Return to search

Currículo, educação física e diversidade de gênero

Made available in DSpace on 2016-04-27T14:32:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Fabio Alves dos Santos Pereira.pdf: 1213099 bytes, checksum: 9ef27ed8b6ee37b82e14f730d083036c (MD5)
Previous issue date: 2009-09-03 / The purpose of the present work is to give meaning and analyze through theory to teaching
experiences based on dance and soccer activities for boys and girls during the initial years of
elementary school in a public school. The methodological procedure for the research was the
qualitative approach, and the research strategy was the narrative of experiences. The
experiences happened during dancing and soccer classes in a state public elementary school in
São Paulo involving students from grade 1 up to grade 4. For the theoretical track, we looked
up works that show a critical view of that matter, specially the ones related to gender, school,
curriculum and Physical Education. We have noticed that nowadays, society is stigmatized by
profound inequality mainly caused by the triad of domination exploitation: capitalism,
racism and patriarchate. Such inequality is also present in school on a daily basis. Despite the
symbiosis it forms, we turn our eyes to highlight gender inequality. We may consider gender
as a field for studies that, amongst many other functions, intends to show that a man and a
woman are social constructions that are not only different but also unequal. In school, gender
discrimination is present in many instances of the curriculum. The school and the curriculum
represent the best state ideological apparatus which the dominant class has used to guarantee
and perpetuate its domination. Through a series of mechanisms and protected by the
ideological shade of neutrality, the school defines the identity of the individuals and shows
what is adequate for boys and girls and what could be accepted or rejected through
reinforcement and punishment. However, this process starts from the birth of the human
being, when society indicates the expected roles for men and women, and anything out of that
expectation is considered deviation. Physical Education, for many reasons, is a privileged area
to discuss gender discrimination. This school subject, from its creation, has presented two
strong characteristics: it has been used by dominant classes to benefit their own aspirations
and it has had discriminatory features, as a rule, against women. The women used to be
considered weak and physically incapable, so they were not allowed to practice several sports.
Today, women are not legally forbidden to practice such sports, but they still suffer violence.
Nowadays, many children are being discriminated in Physical Education classes; therefore
they are deprived of stimulus just because they are men or women. Based on the theorization
we made in class, we noticed that despite some progress, soccer and dance are still gendered
activities, but if the teacher acts as an intellectual transformer, using dialogue, awareness and
pedagogical intervention, he will be able to provide equal classes for boys and girls and to
diminish discrimination. We advocate that the aspects we focused in this study will make it
possible to rethink pedagogy concerning gender / O presente trabalho tem por objetivo atribuir significado e analisar, à luz da teoria, às
experiências docentes baseadas na dança e no futebol com alunos e alunas dos anos iniciais do
Ensino Fundamental, em uma escola pública estadual. Enquanto procedimento metodológico,
a pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, e como estratégia de pesquisa, a narrativa de
experiências. As experiências narradas ocorreram durante as aulas de futebol e dança, em uma
escola pública estadual em São Paulo, com alunos de primeira a quarta série do Ensino
Fundamental. Na trilha teórica, lançamos mão de obras, em especial relacionadas a gênero,
escola, currículo e Educação Física, que apresentassem uma visão crítica do assunto.
Observamos que a sociedade atual é marcada por profundas desigualdades, principalmente as
formadas pela tríade de dominação-exploração: capitalismo, racismo e patriarcado. Tais
desigualdades também estão presentes no dia-a-dia escolar. Não obstante a simbiose que
formam, voltamos o nosso olhar destacando as desigualdades de gênero. Podemos considerar
o gênero como um campo de estudos que teve, entre muitas outras funções, a intenção de
mostrar que o ser homem e o ser mulher são construções sociais que, além de diferentes, são
desiguais. Na escola, as discriminações de gênero estão presentes em várias instâncias do
currículo. A escola e o currículo representam o mais bem acabado aparelho ideológico do
estado que a classe dominante utilizou para garantir e perpetuar o seu domínio. Através de
uma série de mecanismos e protegida pela penumbra ideológica da neutralidade, a escola vai
definindo a identidade dos sujeitos, vai mostrando o que cabe para meninos e meninas, mostra
o que se deve aceitar e rejeitar através de processos de reforço e punição. Entretanto, esse
processo começa desde o nascimento do ser humano, quando a sociedade já vai mostrando o
papel esperado para homens e mulheres, e o que foge daquilo que é esperado, é considerado
como um desvio. A Educação Física, por uma série de quesitos, é uma área privilegiada para
discutirmos as discriminações de gênero. Essa disciplina, desde a sua criação, tem
apresentado duas fortes características: a sua utilização pelas classes dominantes em benefício
das suas aspirações e o seu caráter discriminatório, via de regra, contra as mulheres. A mulher
era tida como um ser fraco e fisicamente incapaz, sendo-lhe proibida a prática de vários
esportes. A mulher hoje, mesmo não sendo legalmente impedida de praticar esses esportes,
não deixa de sofrer uma série de violências. Atualmente, muitas crianças estão sendo
discriminadas nas aulas de Educação Física e estão sendo privadas de uma série de estímulos
por serem homens ou mulheres. Mediante as teorizações que fizemos das aulas, percebemos
que apesar de alguns avanços, o futebol e a dança ainda são atividades generificadas, mas, por
outro lado, se o docente assumir a função de intelectual transformador através do diálogo, da
conscientização e de intervenções pedagógicas, poderá proporcionar aulas mais equânimes
para meninos e meninas, diminuindo as discriminações. Defendemos, assim, que os pontos
abordados neste estudo possibilitam um repensar ao fazer pedagógico no tocante à temática de
gênero

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/10160
Date03 September 2009
CreatorsPereira, Fabio Alves dos Santos
ContributorsAbramowicz, Mere
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Currículo, PUC-SP, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.004 seconds