Return to search

Edith Stein e as questões de gênero: perspectiva fenomenológica e teológica

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese discute a questão de gênero, tema importante para nossa época. Objetiva
fazer uma análise na perspectiva fenomenológica e teológica da questão de gênero por
meio das contribuições de Edith Stein (1891-1942), filósofa e discípula de Edmund
Husserl (1859-1938). Examina, portanto, as relações entre masculino e feminino,
destacando de modo particular a questão da mulher. Neste estudo, enfatiza-se,
também, a presença de Edith Stein no panorama da literatura feminina da época, sua
participação nos movimentos feministas e pedagógicos, sua relevância na escola
fenomenológica pela capacidade de transitar nas diversas áreas do saber e pela sua
original aplicabilidade do método fenomenológico no estudo da pessoa humana em
suas variadas dimensões: corpo, alma, espírito, valores, relação com os outros e com
Deus. Edith Stein se concentra em torno do sujeito da empatia e de suas vivências. Das
análises das relações intersubjetivas, colhe elementos para a elaboração de uma
antropologia filosófica, que no encontro com a tradição aristotélico-tomista integra com
a antropologia cristã. Ao longo do trabalho, busca-se, ao mesmo tempo, examinar a
relação do ser humano com a dimensão religiosa, com particular referência à teologia
cristã católica. Discutem-se os significados ontológicos da natureza e essência da
mulher, sugeridos pela pensadora numa prospectiva de complementaridade. A
pesquisa trata da questão feminina contemporânea e faz confronto entre os escritos de
Edith Stein e a condição da mulher em seu tempo. Paralelamente aborda os
movimentos feministas no Brasil para demonstrar a situação da mulher nos diversos
contextos histórico-sociais. Do ponto de vista teológico, a relação homem e mulher é
estudada à luz da Revelação judaico-cristã, homem e mulher criados à imagem de
Deus e da Trindade. A mulher ganha sua nobreza pelo fato de o Redentor nascer de
uma mãe humana e, Maria é apresentada como protótipo da feminilidade: é a Mater-
Virgo e a Sponsa-Christi. Nesse sentido, faz-se referência à tradição cristã, em
particular à Carta Apostólica Mulieris Dignitatem de João Paulo II. Mostra-se a estreita
relação entre as reflexões filosóficas e antropológicas dos pensadores sobre a teologia
da feminilidade na Igreja Católica e a proposta de um novo feminismo da Igreja.
Reflete-se sobre o protagonismo da mulher, a partir do valor fundamental do ser
humano masculino e feminino. Alude-se à experiência religiosa cristã como abertura e
encontro com a Verdade Revelada, itinerário individual e coletivo. Acena-se, por fim, à
fenomenologia da espiritualidade e a teologia mística aprofundas por Edith Stein,
inspirada nas obras de Santa Teresa DÁvila e São João da Cruz.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:est.edu.br:176
Date16 December 2009
CreatorsClélia Peretti
ContributorsValburga Schmiedt Streck, Oneide Bobsin, Remi Klein, Angela Ales Bello, Vicente Artuso
PublisherFaculdades EST, Programa de Teologia, EST, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do EST, instname:Faculdades EST, instacron:EST
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds