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[fr] LE DROIT À L ÉPREUVE DU MULTICULTURALISME: REFLEXIONS DES EXPÉRIENCES BRÉSILIEN ET FRANÇAISE / [pt] O DIREITO À PROVA DO MULTICULTURALISMO: REFLEXÕES DAS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRA E FRANCESA

DEO CAMPOS DUTRA 14 September 2016 (has links)
[pt] A presença da pluralidade cultural como parte integrante do cotidiano dos Estados democráticos de Direito é um fato irreversível da realidade social. A multiplicidade de culturas que dividem em conjunto um mesmo espaço social torna as sociedades contemporâneas dos países ocidentais verdadeiros desafios compostos de mosaicos de crenças, com visões de mundo e comportamentos culturais distintos e muitas vezes, conflitantes.Surge, com isso, um novo desafio. Novas realidades socais demandam novos comportamentos sociais, novas perspectivas e propostas teóricas cujo processo de instalação detêm uma complexidade capaz de resultar muitas vezes em imobilidade por parte tanto das instituições sociais quanto do próprio conjunto normativo que ordena os espaços sociais.É necessário, portanto, constituir novas maneiras de se pensar a pluralidade cultural, incorporando novas perspectivas que, subsidiando o direito, auxiliam de maneira importante para a formulação de novas proposição jurídicas.Nossa problemática principal está centrada no desafio de responder a seguinte pergunta: como poderemos melhor acomodar as minorias culturais, protegendo seu direito fundamental à cultura, dentro dos Estados liberais democráticos? Desta questão principal surgem, por sua vez, dois novos questionamentos. O primeiro dele procura identificar qual teoria política é a mais apropriada para responder nossa questão principal no Brasil e na França, países analisados por este trabalho. O segundo questionamento preocupa-se essencialmente em perceber e apontar como a contribuição do direito neste processo pode potencializar esta acomodação entre as maiorias e as minorias culturais dentro desses Estados. Nosso esforço está, portanto, em confeccionar uma razão jurídica que, fundada nos direitos humanos, se utiliza e incorpora chaves teóricas procedentes da filosofia política normativa. Esta razão jurídica, por sua vez, tem um único objetivo principal: ela pretende constituir propostas substanciais para que as minorias culturais de ambos os Estados possam ser incluídas e acomodadas em suas sociedades ao mesmo tempo que seus direitos fundamentais são protegidos. Em suma, esse trabalho objetiva oferecer proposições jurídicas que permitam que as mais distintas culturas possam, uma vez dividindo o mesmo espaço geográfico, viver de uma maneira onde o diálogo intercultural seja o principal instrumento de comunicação social. Paralelamente pretendemos propiciar subsídios normativos para que os Estados possam garantir a seus cidadãos um espaço democrático onde o fato da pluralidade cultural não impeça a afirmação da autonomia individual, proveniente do exercício da herança cultural pertencente a cada ser humano, para que, por fim, possamos experimentar uma acomodação social promotora da dignidade de todo e qualquer indivíduo independente de sua origem cultural. / [fr] La présence de la diversité culturelle comme une partie intégrante des États démocratiques de Droit est un fait irréversible de la réalité sociale. La multiplicité des cultures qui partagent ensemble le même espace social rend les sociétés contemporaines des pays occidentaux de véritables défis composés de mosaïques de croyances avec de différents comportements culturels et des visions du monde souvent contradictoires. De nouvelles réalités sociales exigent de nouveaux comportements sociaux et de nouvelles perspectives et propositions théoriques. Le processus d organisation de cette complexité sociale vers le droit peut mener les institutions sociales qui ordonnent les espaces sociaux à l immobilité. Il est donc nécessaire d établir de nouvelles façons de penser la diversité culturelle, par l intégration de nouvelles perspectives thoriques qui peuvent aider le droit de manière significative à développer de nouvelles propositions juridiques. Notre principal problème est axé sur le défi de répondre à la question: comment pouvons-nous accueillir au mieux les minorités culturelles en respectant leur droit fondamental à la culture au sein des États démocratiques libéraux? Cette question principale pose, à son tour, deux nouvelles questions. La première est identifier la théorie politique qui est la plus appropriée pour répondre à notre question principale au Brésil et en France, pays cités dans ce travail. La deuxième question concerne essentiellement à remarquer et à souligner combien la contribution de la loi dans ce processus peut améliorer cet établissement entre les cultures majoritaires et minoritaires au sein de ces États. Notre effort est donc de préparer une raison juridique, fondée sur les droits humains, qui utilise et intègre des clés t héoriques provenant de la philosophie politique normative contemporaine. Cette raison juridique, à son tour, a un objectif principal: elle veut faire des propositions substantielles de sorte que les minorités culturelles des deux pays soient inclues et les accommoder dans leurs sociétés, tout en protégeant leurs droits fondamentaux. En bref, ce traval vise à fournir des propositions juridiques qui permettent aux cultures distinctes mai qui partagent le même espace géographique, de vivre d une manière dont le dialogue interculturel est le principal instrument de communication sociale. Dans le même temps, nous avons l intention de fournir des subventions normatives pour les États pour garantir à leurs citoyens un espace démocratique où le fait de la diversité culturelle n empêche pas l affirmation de l autonomie individuelle, de l exercice du patrimoine culturel appartenant à chaque être humain, de sorte que finalement, nous puissions essayer une expérience sociale provenant de la dignité individuelle de chaque personne, indépendamment de leur origine culturelle.
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[fr] L UNITÉ ET L ALTERITÉ AU MESSAGE DE GALATES 3, 26-28 / [pt] UNIDADE E ALTERIDADE NA MENSAGEM DE GÁLATAS 3, 26-28

AILTON LEITE ROCHA 14 March 2019 (has links)
[pt] O presente trabalho faz uma investigação exegética, buscando o resgate da mensagem de Gálatas 3,26-28. Compreende-se que a mensagem da perícope possui um chamamento para que as igrejas da Galácia busquem a unidade, mesmo diante da diversidade daquelas comunidades. A mensagem irradia de forma intensa a necessidade de igualdade nas relações entre os irmãos, relativizando as relações étnico-religiosas (judeu e grego), relações sociais (escravo e livre) e questões de gênero (homem e mulher). Para defender uma nova proposta de comunidade, um novo pacto, uma nova visão do sagrado e uma nova visão do outro, Paulo exorta os gálatas a não voltarem ao requisito e regime da Lei para serem filhos e povo de Deus, ele apresenta a fé como elemento necessário para a adoção. As assimetrias valorativas presentes nas igrejas da Galácia traziam problemas e impedimentos para a desejada e proclamada unidade. Ao propor uma simetria nas relações e relativizar os supostos valores étnico-religiosos, sociais ou de gênero, Paulo oferece a todos os gentios e pagãos uma leitura que permite a aproximação destes, sem que precise haver receio ou medo. Trata-se de uma abertura fabulosa na direção evangelizadora do mundo: a proposta ganha um aspecto universal, transcultural e arrefecedor das diferenças. O centro da mensagem é Jesus Cristo, para chegar até ele basta ter fé e assim ser coparticipante da pertença do reino. Gálatas 3,26-28 é visto como o centro da epístola aos gálatas; a perícope é defendida como a síntese da mensagem que se queria proporcionalizar. / [fr] Ce travaille fait une investigation exegetique, en cherchant le rachat du message de Galates 3:26-28, On comprend que le message de la pericope fait un appel pour que les églises de la Galacie cherchent l unité, même devant la diversité dans ces communautés. Le message transmet de façon intense la nécessité d égalité aux relations entre frères, en relativisant les relations éthniques-religieuses (juif et grecque), des relations sociaux (esclave et libre) et des questions de genre (homme et femme). Pour défendre une nouvelle proposition de communauté, un nouveau pacte, une nouvelle vision du sacré et de l autre, Paul défend las Galates ne pas accepter rétourner au régime de la loi comme condition d admission comme fils et peuple de Dieu ; mais, présente la foi – et pas la loi – comme élément nécessaire pour l adoption. Les asymétries de grande valeur présentes à l église de la Galacie donnaient de problèmes et empêchements pour la désirée et proclamée unité. À la proposition d une symétrie aux relations et à relativiser les supposées valeurs éthnique-reuligieuses, sociaux ou de genre, Paul offre à tous les non-juifs et paiens une lecture que permet l approximation d eux, sans que soit nécessaire avoir de crainte. Il s agit d une ouverture incroyable à la direction de l évangélisation du monde : la proposition gagne un aspect universel, transculturel et décourageur des différences. Le centre du message c est Jésus Christ. Pour arriver jusqu à lui, il suffit d avoir la foi et encore participer de son Roiaume. Galates 3.26-28 est vu comme le centre de l épître aux Galates, la pericope est défendue comme le rapport du message qu on voulait proportionner.

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