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[fr] MARCHER EM AVANT ET FAIRE MARCHE ARRIÈRE: DES LIMITES DE LÍNTERPRETATION À LA VALORISATION DU VÉCU DANS L´EXPÉRIENCE ANALYTIQUE / [pt] AVANÇANDO PARA TRÁS: A PRESENÇA DO LEGADO DE FERENCZI NAS TEORIAS DE WINNICOTT E LACANPERLA KLAUTAU DE ARAUJO PIMENTEL 16 July 2007 (has links)
[pt] O objetivo desta tese é o de sugerir a inclusão de Lacan -
mais
precisamente, da última parte de seu ensino - na tradição
ferencziana, junto com
a figura de Winnicott, cuja filiação ao psicanalista
húngaro já é reconhecida por
boa parte da comunidade psicanalítica. O pano de fundo
desta investigação são
os desafios impostos pelos quadros psicopatológicos que
conduzem o fazer
analítico aos limites do interpretável. Para sustentar a
tese que norteia este
trabalho, primeiramente será abordada a valorização,
efetuada por Ferenczi
durante a década de 1920, do vivido no seio da experiência
analítica -
movimento que o levou à exploração das fases mais precoces
do
desenvolvimento humano. Em seguida, será examinado o modo
como Winnicott
(desde sempre) e Lacan (tardiamente) tematizaram os
primórdios da vida
psíquica e a dimensão pré-discursiva da experiência
subjetiva. Por último, será
discutida como a valorização do âmbito da experiência não
organizada
lingüisticamente repercute nas formulações clínicas destes
dois herdeiros. Ao
final deste percurso pretende-se evidenciar a proximidade
entre a clínica do
holding e a clínica da nodulação, e a presença nelas do
legado ferencziano. / [fr] L’objectif de cette thèse est de suggérer l’inclusion de Lacan – plus
précisément, de la dernière partie de son enseignement – dans la tradition
ferenczienne, à côté de la figure de Winnicott, dont la filiation au psychanalyste
hongrois est déjà reconnue par une grande partie de la communauté
psychanalytique. L’arrière-fond de cette investigation, ce sont les défis posés par
les cadres psychopathologiques qui poussent le faire analytique aux limites de ce
qui peut être interprété. Pour soutenir la thèse qui est le nord de ce travail, on va
traiter premièrement de la valorisation, effectuée par Ferenczi aux cours des
années 1920, de ce qui a été vécu au sein de l’expérience psychanalytique –
mouvement qui l a conduit à l’exploration des phases plus précoces du
développement humain. Ensuite, on va examiner comment Winnicott (depuis
toujours) et Lacan (plus tard) ont thématisé la vie psychique primordiale et la
dimension pré-discursive de l’expérience subjective. Finalement, on va discuter
comment la valorisation du cadre de l’expérience non-organisée linguistiquement
se fait-il l´écho des formulations cliniques de ces deux héritiers. Au bout de ce
parcours, on a l’intention d´exhiber la proximité entre la clinique du holding et la
clinique de la nodulation, et encore la présence en eux de l´héritage ferenczien.
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[en] ON THE IDEAL OF AUTONOMY: A PSYCHOANALYTIC PERSPECTIVE / [pt] SOBRE O IDEAL DE AUTONOMIA: UMA LEITURA PSICANALÍTICA / [fr] SUR L IDÉAL DE L AUTONOMIE: UNE LECTURE PSYCHANALYTIQUESUELLEN PESSANHA BUCHAUL 26 May 2020 (has links)
[pt] Esta tese propõe investigar o discurso de ideal de autonomia que se faz
presente na sociedade ocidental contemporânea de maneira significativa. Por um
lado, ele atravessa instituições – como a escola – sob a forma de um imperativo, de
uma exigência à autonomia. Por outro, se apresenta nos discursos individuais como
um apelo à autonomia, como um modo subjetivo para livrar o sujeito de seu
sofrimento. Partimos da hipótese de que o imperativo à autonomia não apenas se
traduz como uma exigência, mas também como uma urgência em nossa época. Para
compreender como isso ocorre, procuramos fazer uma genealogia histórica e
antropológica sobre a figura da autonomia a fim de compreender a construção desse
ideal como discurso imperativo no cenário social contemporâneo. Em seguida,
percorremos as teorias de J. Lacan e D. W. Winnicott, especificamente as
problematizações que trazem à noção de autonomia. O primeiro analisa a
autonomia como uma ideia delirante, da ordem do impossível para o sujeito barrado; o segundo faz uma crítica à imposição de o sujeito ser autônomo, mas considera
que a autonomia, quando desdobrada de forma espontânea pelo self, é um aspecto
essencial no processo de amadurecimento emocional, sendo inclusive necessária à
saúde do sujeito. Por fim, são apresentadas vinhetas retiradas de nossa experiência
na clínica e em instituições escolares e, com base nelas, sustentamos a tese de que
a autonomia pode ser uma resposta encontrada pelo sujeito para lidar com a
precarização dos laços familiares e sociais; em outras palavras, a autonomia tornase urgente na medida em que ele não tem com quem contar. / [en] This thesis proposes to investigate the discourse of ideal of autonomy that
is present, in a significant way, in contemporary Western society. On the one hand,
it crosses institutions – like the school – in the form of an imperative for autonomy.
On the other hand, it appears in individual speeches as an appeal to autonomy, as a
subjective way to free the individual from his suffering. We start from the
hypothesis that the imperative to autonomy is not only a requirement, but also an
urgency in our time. To understand how this occurs, we seek to make a historical
and anthropological genealogy on the figure of autonomy in order to understand the
construction of this ideal as an imperative discourse in the contemporary social
scenario. Then, we go through the theories of J. Lacan and D. W. Winnicott,
specifically the problematizations that they bring to the notion of autonomy. The
first analyzes autonomy as a delusional idea, an idea that is in the order of the
impossible for the barred subject; the second criticizes the imposition of the
person to be autonomous, but considers that autonomy, when spontaneously
manifested by the self, is an essential aspect in the process of emotional maturation,
being even necessary for the subject s health. Finally, vignettes taken from our
experience in the clinic and in school institutions are presented and, based on them,
we support the thesis that the autonomy may be a response found by the subject to
deal with the precariousization of family and social ties; in other words, the
autonomy becomes urgent when he has no one to rely on. / [fr] Cette thèse propose d étudier le discours de l idéal d autonomie, présent, de
manière significative, dans la société occidentale contemporaine. D une part, il
traverse des institutions – comme l école – sous la forme d un impératif
d autonomie. En revanche, il apparaît dans les discours individuels comme un appel
à l autonomie, comme un moyen subjectif de libérer le sujet de sa souffrance. Nous
partons de l hypothèse que l impératif d autonomie ne se traduit pas seulement
comme une exigence, mais aussi comme une urgence à notre époque. Pour
comprendre comment cela se produit, nous cherchons à faire une généalogie
historique et anthropologique sur la figure de l autonomie, afin de comprendre la
construction de cet idéal comme discours impératif dans le scénario social
contemporain. Ensuite, nous passons par les théories de J. Lacan et D. W.
Winnicott, plus précisément les problématisations qui amènent à la notion
d autonomie. Le premier analyse l autonomie comme une idée délirante, de l ordre
de l impossible pour le sujet interdit; le second critique l imposition du sujet à
l autonomie, mais considère que l autonomie, lorsqu elle est spontanément déployée
par le self, est un aspect essentiel du processus de maturation émotionnelle,
voire nécessaire à la santé du sujet. Enfin, des vignettes tirées de notre expérience
en clinique et en établissements scolaires sont présentées et, sur la base de cellesci, nous soutenons la thèse selon laquelle l autonomie peut être une réponse trouvée
par le sujet pour faire face à la précarité des liens familiaux et sociaux ; en d autres
termes, l autonomie devient urgente dans la mesure où le sujet n a personne sur qui
compter.
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