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[fr] LA PAROLE PARLÉE DE STELLA DO PATROCÍNIO: LIGNES DE FUITE VERS LA VIE / [pt] FALAS DE STELA DO PATROCÍNIO: LINHAS DE FUGA PARA A VIDAMARIA LUIZA MONTEIRO GUIMARAES 21 October 2009 (has links)
[pt] O objetivo desta dissertação é pensar as falas gravadas de Stela do
Patrocínio -interna em instituições psiquiátricas públicas por mais de trinta anos -
como uma experiência poética que expressa uma estética da vida, uma nova
imagem de pensamento: a do pensamento-artista, pensamento como processo de
subjetivação, que inventa um modo de existência. As falas de Stela, circunscritas
a uma vida permanentemente em face dos estados extremos do possível, numa
experiência limite, se encontram no limiar mais intenso de contacto com o fora e
adquirem sentido nesse trânsito que vai da desrazão à loucura, na dobra, campo
das modalidades intensivas. Pensar as falas de Stela nesse modo aproxima-as do
fazer literário que abre às linguagens marginalizadas - e que pressupõem uma
relação com o fora - uma legitimação estética que lhes permite referirem-se a si
mesmas sem constituir uma interioridade, onde a linguagem se desenvolve a partir
dela mesma, escapando à dinastia da representação. / [fr] Ce Mémoire de Master (dissertation) objective penser les paroles
enregistrées de Stela do Patrocínio – patiente interne dans des instititutions
psychiatriques publiques pendant plus de trente ans – comme une expérience
poétique qui exprime une esthétique de la vie, une nouvelle image de pensée: celle
de la pensée-artiste, pensée en tant que processus de subjectivation, qui invente un
mode d’existence. Les paroles de Stela, circonscrites à une vie toujours placée visà-
vis aux extrêmes du possible, dans une expérience limite, se trouvent au seuil le
plus intense de contact avec le dehors et acquièrent du sens dans ce passage qui va
de la déraison à la folie, dans le plie, champ des modalités intensives. Penser les
paroles de Stela de cette façon les approche d’une pratique littéraire qui ouvre aux
langages marginalisés – et qui préssuposent un rapport avec le dehors – une
légitimation esthétique qui leur permet une auto-référence sans constituer une
intériorité, pratique littéraire où le langage se développe à partir de soi-même, en
échappant à la dynastie de la représentation.
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[fr] LA MACHINE DU MONDE: SUJET, PRODUCTION ET NATURE DANS LA CONSTITUTION DE LA MODERNITÉ / [pt] A MÁQUINA DO MUNDO: SUJEITO, PRODUÇÃO E NATUREZA NA CONSTITUIÇÃO DA MODERNIDADEPAULO HENRIQUE FLORES COPLE 30 July 2018 (has links)
[pt] O problema do sujeito foi um dos problemas mais discutidos na filosofia da segunda metade do século XX. No entanto, ele o foi na maior parte das vezes nos termos de uma crítica teórica que não analisou os conteúdos e determinações materiais correspondentes ao conceito de sujeito e que não o pensou como uma prática social. É o que nos propomos a fazer, tentando entender o nascimento do conceito de sujeito nos termos de uma perspectiva materialista. Assim, o conceito de sujeito se mostrou como uma tentativa de pensar as práticas de produção modernas, como a forma de uma produção compreendida nos termos do desenvolvimento de uma força puramente subjetiva de trabalho, em uma relação próxima com a propriedade privada dos meios de produção e a moral do trabalho. Foi, além disso, o mesmo conceito de sujeito que sobreviveu, apesar das invenções materialistas de Marx, no interior de certos desvios teóricos do materialismo histórico. Seria necessário desenvolver um outro conceito de produção, capaz de ir para além da ontologia política da modernidade dominante que está implicada no sistema conceitual do sujeito, capaz de nos deslocar para o interior de uma ontologia política do naturalismo radical, ou mesmo do spinozismo, para que possamos pensar uma retificação da teoria e da política socialistas. É através da elaboração dos esboços de uma nova teoria da produção que nos propomos a repensar e fazer avançar a prática teórica do materialismo. Foi nos termos de uma Filosofia da Natureza como produção e dos processos de produção de subjetividade que retomamos, assim, o problema da produção na modernidade, buscando abrir um pouco mais o espaço conceitual para se pensar uma outra modernidade. / [fr] Le problème du sujet a éte um des problèmes les plus discutés dans la philosohie de la deuxième moitié du XXme siècle. Cependant, il l a été souvent dans les cadres d une critique théorique qui n analysait pas les contenus et detérminations materielles correspondants au concept de sujet, qui ne le comprenait pas comme une patique socielle. C est ça que nous nous propposons de faire, essayant de comprendre la naissance du concept de sujet das les cadres d une pespective matérialiste. Or, le concept de sujet nous a apparu comme un effort à penser les pratiques de production modernes, comme la forme d une production comprise das les termes du development d une force purement subjective de travail, elle même dans un êtroit rapport avec la proprieté privé des moyens de production et la morale du travail. C était d ailleurs le même concept de sujet que persistait, malgré les inventions matérialistes de Marx, au coeur de certaines déviations théoriques du matérialisme historique. Il faudrait développer un autre concept de production, capable de dépasser l ontologie politique de la modernité dominante impliqué dans le système conceptuel du sujet, capable de nous plonger dans une ontologie politique du naturalisme radical, voire dans le spinozisme, pour qu on peut penser une réctification théorique et politique du socialisme. C est par une élaboration des esquisses d une nouvelle théorie de la production que nous nous proposons a faire avancer et a réelaborer la pratique théorique du matérialisme. C était dans les termes d une philosohpie de la nature comme production e des processus de production de subjectivité qu on a ainsi repris le problème de la production dans la modernité, cherchant ainsi à ouvrir um peu plus l espace conceptuel à penser une autre modernité.
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[fr] MALICE, RUSE ET POLICE: MANOEUVRES SUBJECTIVANTES DANS LES RUES DE RIO DE JANEIRO / [pt] MALÍCIA, PERÍCIA E POLÍCIA: MANOBRAS SUBJETIVANTES NAS RUAS DO RIO DE JANEIROREGINA MARIA SANTOS DIAS 25 June 2004 (has links)
[pt] Os estudos acerca dos modos de subjetivação incitam uma
ampla investigação sobre as linhas em que se engendra uma
determinada sociabilidade. Em atendimento a tais
propósitos, analisa-se a cena republicana dos anos iniciais
do século XX, caracterizada por grandes transformações da
cidade a entrecruzarse no cotidiano das camadas populares.
Pelo mesmo motivo, se impõe dedicada pesquisa sobre a
literatura de Lima Barreto - obra que realça a reordenação
política, a racionalidade cientificista e o exibicionismo
literário, como diagrama privilegiado em que se enreda o
panorama da modernização e as novas práticas de modelização
da subjetividade. Estudos literários e historiográficos que
adotam percursos diversos dos aqui trilhados traçam do
romancista e de sua obra categorizações que aprisionam a
escritura e identificam um certo Lima Barreto, permitindo a
evidência de alguns limites metodológicos. Enveredar no
caminho pavimentado pela genealogia e pela ontologia da
diferença exige considerar a estética barretiana como uma
máquina de guerra a travar combates ético-político-
literários nas ruas do Rio de Janeiro. Michel Foucault,
Gilles Deleuze e Félix Guattari oferecem as ferramentas
conceituais necessárias à construção de uma cartografia
traçada na potência disruptiva do texto barretiano, e
transformadora da clássica maneira de se abordar
as tematizações da subjetividade. Partilhar esse tipo de
perspectiva exige ousadia e abandono, aliás os mesmos
requisitos que o processo da escrita solicita para quem
nele se deixa capturar. Condições estas igualmente
indispensáveis a uma tese que se tece no encontro com a
singularidade de uma literatura militante, o nome próprio
Lima Barreto. / [fr] Les études à propos des modes de subjectivité incitent à une ample
recherche sur les lignes où sengendrent certaines sociabilités. Afin daccomplir ce
dessein, on analyse la scène républicaine des toutes premières années du
vingtième siècle, laquelle sest caractérisée par de grandes transformations de la
ville, entrecroisées au quotidien des couches populaires. Pour le même motif, il
faut une intense recherche sur la littérature de Lima Barreto, dont loeuvre
rehausse la réorganisation politique, la rationalité scientiste et lexhibitionnisme
littéraire, comme diagramme privilégié où sentrelacent le panorama de la
modernisation et les nouvelles pratiques de la modélisation de la subjectivité.
Des études littéraires et historiographiques qui adoptent des parcours
différents de ceux que lon a suivis, esquissent de lécrivain et de son oeuvre des
catégorisations qui emprisonnent lécriture et qui identifient un certain Lima
Barreto, permettant lévidence de quelques limitations méthodologiques.
Prendre le chemin pavé par la généalogie et par lontologie de la différence,
cela exige que lon considère lesthétique barretienne comme une machine de
guerre à livrer des combats éthico-politico-littéraires dans les rues de Rio de Janeiro.
Michel Foucault, Gilles Deleuze et Félix Guattari offrent les outils
conceptuels nécessaires à la construction dune cartographie tracée dans la
puissance disruptive du texte barretien, et transformatrice de la manière classique
daborder les thématisations de la subjectivité.
Partager ce type de perspective, cela exige de laudace et de labandon,
dailleurs, les mêmes conditions que le processus de lécriture demande à ceux qui
sy laissent capturer. Ces conditions-là sont également indispensables à une thèse
que lon tisse au moment de la rencontre avec la singularité dune littérature
militante, le nom propre Lima Barreto.
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