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[en] WALTER BENJAMIN: TRUTH IN IMAGES / [fr] WALTER BENJAMIN: LA VÉRITÉ EN IMAGES / [pt] WALTER BENJAMIN: A VERDADE EM IMAGENS

ANA LUIZA VARELLA FRANCO 28 December 2010 (has links)
[pt] Meu trabalho, Walter Benjamin. A verdade em imagens, procura mostrar a especificidade da filosofia de Walter Benjamin. Essa filosofia dirige-se à plenitude da experiência humana, guiada por sua convicção de que a dimensão expressiva da linguagem é o campo histórico, no qual a verdade pode ser construída em imagens. Benjamin valoriza a natureza simbólica da linguagem percorrendo o caminho que se desvia tanto das teorias clássicas como das teorias linguísticas que marcaram o início século XX. O filósofo articula experiência e linguagem e enfrenta a questão de a linguagem ser, ao mesmo tempo, comunicação e expressão, imergindo em uma reflexão sobre a força da imagem e sua temporalidade: sua possibilidade de eterna atualização na história como um nome que acabou de nascer, como o radicalmente novo. Na palavra, o mundo é percebido, da palavra saltam as imagens obscuras que constroem a escrita da memória humana. As raízes de seu pensamento se encontram na mística judaica, na filosofia kantiana, no romantismo alemão e no encontro com as obras de sua contemporaneidade. Escavando os vários extratos de significação desse terreno com o rigor de sua crítica, Benjamin apresenta um novo modo de conceber o conhecimento e um novo conceito de história e de tempo. A partir de um paradigma epistemológico, estético-teológico-político, o filósofo une o espiritual e o histórico, recusa as ideias de continuidade, de causalidade e de progresso, que selam os preceitos do século XIX, e propõe que a filosofia seja um exercício de apresentação da verdade. O conhecimento só pode ser pensado como experiência da verdade que aparece num instante, em toda sua beleza e mistério. Trata-se de um processo de leitura e escrita, a partir do presente do filósofo/historiador que promove a redenção do passado, do presente e do futuro, pela ruptura. A categoria estética da alegoria vai atender à quintessência das suas interrogações: buscar na relação linguística entre tempo e imagem a objetividade capaz de responder ao caráter destrutivo da crítica filosófica. A forma alegórica expressa a fragmentação do pensamento, da linguagem e do tempo, a incompletude da história e da verdade. A forma alegórica atende à exigência de, no agora de uma cognoscibilidade, apresentar a verdade em imagens. / [en] My work, Walter Benjamin. Truth in Images, intends to convey specificities of Walter Benjamin’s philosophy, which is directed to the plenitude of the human experience. This philosophy is guided by his conviction that the expressive dimension of language is the historical field, in which truth may be construed in images. Benjamin values the symbolic nature of language while investigating the path that deviates both from classical theory, such as the linguistic theories that marked the beginning of the 20th Century. The philosopher articulates experience and language and takes on the issue of language as being, at the same time, communication and expression, diving into a reflection about the power of images and its temporality: its possibility of eternally updating history as a name that has just been born, as the radically new. In the realm of words, the world is perceived; from words, obscure images derive, making up the written form of the human memory. The basis of his thinking may be found in Jewish mysticism, in Kantian philosophy, in German romanticism and in his encounter with contemporary works. While excavating various extracts of meaning in this field with the rigorousness of his criticism, Benjamin presents a new means of conceiving knowledge and a new concept of history and time. By means of an epistemological paradigm, at the same time aesthetic, theological and political, the philosopher unites the spiritual and the historic, refuses the ideas of continuity, of causality and of progress, which characterizes the conceptions of the 19th Century, and proposes that philosophy be an exercise of presenting the truth. Knowledge may only be thought of as an experience of truth that appears in an instant, with all its beauty and mystery. It is a process of reading and writing, starting with the present of the philosopher/historian that promotes redemption from the past, from the present and the future, through rupture. The aesthetic category of the Allegory will attend to the quintessential aspect of his interrogations: to seek objectivity capable of responding to the destructive character of philosophical criticism through the linguistic relationship between time and imagery. The Allegorical form expresses the fragmentation of thought, of language and of time, the incompleteness of history and of truth. The Allegorical form attends to the demand of - in the now of cognoscibility - presenting truth in images. / [fr] Ma thèse, Walter Benjamin: la vérité en images, essaie de montrer la spécificité de la philosophie de Walter Benjamin, qui s’adresse à la plenitude de l’expérience humaine, guidée par sa conviction que la dimension expressive du langage est le champ historique, dans lequel la vérité peut être construite en images. Benjamin valorise la nature simbolique du langage, parcourt le chemin qui se détourne aussi bien des théories classiques que des théories linguistiques qui ont marqué le début du XXe. Le philosophe articule l’expérience et le langage et fait face à la question du langage comme étant, en même temps, communication et expression, en plongeant dans une réflexion sur la forme de l’image et de sa temporalité: sa possibilité d’une éternelle mis-à-jour dans l’histoire comme un nom qui vient de naître, comme le radicalement neuf. À l’intérieur du mot, le monde est perçu; des images obscures surgissent du mot et construisent l’écriture de la mémoire humaine. Les racines de sa pensée se trouvent dans la mystique juive, dans la philosophie kantienne, dans le romantisme allemand et dans la rencontre avec les oeuvres de sa contemporaineté. En fouillant les divers extraits de la signification de ce terrain avec la rigueur de sa critique, Benjamin présente une nouvelle manière de concevoir la connaissance et un nouveau concept de l’histoire et du temps. À partir d’un paradigme épistémologique, à la fois esthétique, théologique et politique, le philosophe réunit le spirituel et l’historique, refuse les idées de continuité, de causalité et de progrès qui marquent les préceptes du XIXe, et propose que la philosophie soit un exercice de présentation de la vérité. La connaissance ne peut être pensée que comme expérience de la vérité qui apparaît dans un instant, en toute sa beauté et mystère. Il s’agit d’un processus de lecture et d’écriture, à partir du présent du philosophe/historien qui réalise la rédemption du passé, du présent et du futur par la rupture. La catégorie esthétique de l’allégorie va à la rencontre de la quintessence de ses interrogations: chercher dans la relation linguistique entre le temps et l’image l’objectivité capable de répondre au caractère destructif de la critique philosophique. La forme alégorique exprime la fragmentation de la pensée, du langage et du temps, l’incomplétude de l’histoire et de la vérité. La forme allégorique répond à l’exigence de, dans le maintenant d’une connaissabilité, présenter la vérité en image.
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[pt] VER A MENOR LUZ: MEMÓRIA E IRRUPÇÃO DO NOVO NA HISTÓRIA A PARTIR DE WALTER BENJAMIN / [fr] VOIR LA LUMIÈRE MINEURE: LA MÉMOIRE ET L IRRUPTION DU NOUVEAU DANS L HISTOIRE À PARTIR DE WALTER BENJAMIN

MARIA IZABEL GUIMARÃES BERALDO DA COSTA VARELLA 15 January 2020 (has links)
[pt] O presente trabalho buscará compreender em que medida a abordagem de Walter Benjamin sobre o tempo, a memória e a experiência histórica permite que se coloque em crítica o presente. Trata-se de ensaiar uma aproximação com a obra do autor, procurando acompanhar algumas ressonâncias do conceito de memória naquilo que diz respeito à liberação da experiência histórica para a criação do futuro, a partir da articulação entre o passado e o presente que rememora. Esse movimento implica remontar a crítica do autor à percepção moderna hegemônica sobre o tempo histórico e seus efeitos sobre a experiência. A concepção temporal colocada em crise por Benjamin tem por base a crença em um suposto progresso universal, necessário e positivo da humanidade. Nesses termos, a história é confundida com o contínuo desenrolar de um destino ascendente e irreversível da humanidade, em que a experiência histórica como ação criativa perde espaço e valor. Em Benjamin, a visada crítica sobre a realidade tem na concepção do tempo histórico um elemento fundamental. A hipótese central deste trabalho é que a memória, tal como trabalhada por Walter Benjamin, permite alcançar uma perspectiva crítica sobre o presente, afirmando a história como construção permanente, em sua abertura e descontinuidade. / [fr] Avec ce travail je cherche a comprendre a quel point le regard de walter benjamin sur le temps, la memoire et l experience historique nois permet de mettre le moment présent en critique. On parle d un essai d approximation avec l oeuvre de l auteur, qui cherche a accompagner certaines résonances du concept de mémoire face a la libération de l expérience historique pour la création du futur, à partir du rapport entre le passé et le présent qui remémore. Ce mouvement vise remonter dans la critique de l auteur a la perception hegemonique moderne sur le temps historique et ses effets sur l experience. La conception temporelle mise en question par Benjamin repose sur la croyance en un prétendu progrès universel, nécessaire et positif de l humanité. Dans ces termes, l histoire est confondue avec le déroulement continu d une destinée humaine croissante et irréversible, dans laquelle l expérience historique en tant qu action créatrice perd de l espace et de la valeur. Dans l oeuvre de Benjamin, la vision critique de la réalité garde un élément fondamental dans la conception du temps historique. L hypothèse centrale de ce travail est, donc, que la mémoire, telle qu elle paraît dans l oeuvre de Walter Benjamin, puisse nous permettre d accéder à une perspective critique du présent, affirmant que l histoire est une construction permanente, ouverte et discontinue.
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[en] LIFE CONSTELLATION: POLITICS AND LANGUAGE IN WALTER BENJAMIN YOUTH / [fr] LA CONSTELATION VIE: POLITIQUE ET LANGAGE DANS LA JEUNESSE DE WALTER BENJAMIN / [pt] A CONSTELAÇÃO VIDA: POLÍTICA E LINGUAGEM NA JUVENTUDE DE WALTER BENJAMIN

MARCIO JAREK 27 April 2018 (has links)
[pt] Esta tese trata da apresentação de uma ideia de vida nos escritos de juventude de Walter Benjamin. Esse período do pensamento do autor é reconhecido pelos seus críticos como sendo o de uma metafísica da juventude e liga-se a um conjunto complexo de influências. Nesse contexto, essa pesquisa ressalta o diálogo intermitente do autor com as diversas manifestações das chamadas filosofias da vida. Esse diálogo foi pouco estudado pelos pesquisadores de sua obra, mas torna-se indispensável para a compreensão mais adequada das consagradas teorias do filósofo relacionadas à linguagem e à política. Destaca-se como procedimento de pesquisa a leitura profunda dos escritos do pensador para a retirada de elementos que sirvam à construção de uma constelação de conceitos ligados à ideia de vida. Assim, este trabalho se inicia com a avaliação das discussões de Benjamin sobre a vida dos estudantes no contexto de reforma da vida na Alemanha do início do século XX e tenta compreender a relação da vida com a noção de tarefa infinita. Na sequência, a pesquisa dedica-se aos trabalhos do autor que versam sobre crítica literária e teoria da tradução para avaliar o modo como a vida, em sua relação com a linguagem, pode ser compreendida como forma. Essa tarefa serve igualmente para a avaliação da perspectiva do autor de defesa da sobrevivência da vida na história. Em seu último capítulo, este estudo trata das excêntricas leituras de Benjamin sobre a relação entre o problema psicofísico e a compreensão da política, na qual vigoraria a ligação recíproca entre história e vida. É nessa direção que se situa a crítica de Benjamin ao poder sobre a mera vida e à definição mítica desta como o paradigma para toda a vida. / [en] This thesis presents an idea of life in the youthful writings of Walter Benjamin. This period of the author s thinking is acknowledged by his critics as of a metaphysics of youth and it is connected to a complex set of influences. In this context, this research highlights the author s intermittent dialog with the various manifestations of the so-called philosophies of life. This dialog has been little studied by researchers of his work, but it is essential for a more appropriate understanding of the philosopher s acclaimed theories related to language and to politics. The deep reading of the thinker s writings stands out as a research procedure for taking out elements that can be suited for building a constellation of concepts connected to the idea of life. Therefore, this work begins with the analysis of Benjamin s discussions over the students life in the context of life reformation in Germany in the beginning of the 20th century and tries to apprehend the association of life with the notion of endless task. Subsequently, the research approaches the author s works that discuss literary criticism and translation theory in order to evaluate how life, in its relationship with language, can be understood as a form. This task is also suited for the evaluation of the author s perspective regarding the preservation of a survival of life in history. In its final chapter, this study deals with Benjamin s eccentric readings on the relationship between the psychophysical problem and the comprehension of politics, in which the reciprocal bond between history and life would prevail. It is established in this direction Benjamin s criticism to power over mere life and to its mythical definition as a paradigm to whole life. / [fr] Cette thèse porte sur la présentation d une idée de vie dans les écrits de jeunesse de Walter Benjamin. Cette période de la pensée de l auteur est reconnue par ses critiques comme celle d une métaphysique de la jeunesse et se lie à un ensemble complexe d influences. Dans ce contexte, cette étude met en évidence le dialogue intermittent de l auteur avec les diverses manifestations des soi disant philosophies de vie. Ce dialogue a été peu étudié par les chercheurs de son travail, mais il est essentiel pour la compréhension la plus appropriée des théories consacrées du philosophe liées au langage et à la politique. On distingue comme procédure de recherche la lecture approfondie des écrits du penseur afin d enlever des éléments qui servent à construire une constellation de concepts liés à l idée de vie. Ce travail commence par l évaluation des discussions de Benjamin sur la vie des étudiants dans le cadre de la réforme de vie en Allemagne au début du XXe siècle et cherche à comprendre la relation entre la vie et la notion de tâche infinie. En outre, la recherche est consacrée aux oeuvres de l auteur s agissant de la critique littéraire et de la théorie de traduction pour évaluer la façon dont la vie, dans sa relation avec le langage, peut être comprise comme forme. Ce travail sert également à l évaluation de la perspective de l auteur de protection de la survie de la vie dans l histoire. À la fin, cette étude porte sur les lectures excentriques de Benjamin sur la relation entre le problème psychophysique et la compréhension de la politique, dans laquelle le lien réciproque entre l histoire et la vie se ferait valoir. Et c est dans cette direction que l on place la critique de Benjamin au pouvoir sur la simple vie et à la critique de la définition mythique de celle-ci comme le paradigme pour toute la vie.
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[pt] MODERNIDADE EM CONSTELAÇÃO: EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS SIMBOLISTAS E MODERNISTAS EM REVISTAS LITERÁRIAS NA CENA FINISSECULAR (BUENOS AIRES, CIUDAD DE MÉXICO, PARIS E RIO DE JANEIRO, ANOS 1886-1904) / [fr] MODERNITÉ EN CONSTELLATION: EXPÉRIENCES ESTHÉTIQUES SYMBOLISTES ET MODERNISTES PARTAGÉES DANS LES PETITES REVUES FIN-DE-SIÈCLE (BUENOS AIRES, CIUDAD DE MÉXICO, PARIS, RIO DE JANEIRO, ANNÉES 1886-1904)

MARIANA ALBUQUERQUE GOMES 30 December 2021 (has links)
[pt] Na passagem do século XIX para o XX, emergem, em diferentes espaços, experiências estéticas que se apresentam em franca afinidade com a modernidade exposta pelo poeta francês Charles Baudelaire, ainda em meados do século. Essa tese recupera a importância dessas experiências a partir da análise de algumas de suas revistas literárias, publicadas em quatro cenas finisseculares distintas: as experiências estéticas simbolistas nas revistas La Vogue (1886) e Le Symboliste (1886), em Paris, e nas revistas Pierrot (1890), Galaxia (1896) e Rosa-Cruz (1901/1904), no Rio de Janeiro; e as modernistas hispano-americanas na Revista de America (1894), em Buenos Aires, e na Revista Azul (1894), na Cidade do México. Ao mundo moderno finissecular, capturado pela ideia do progresso e da técnica, simbolistas e modernistas partilham uma crítica poética que reinsere a imaginação no livre fazer artístico em resistência ao pensamento cientificista, às normas acadêmicas e à mercantilização da Arte, o que permite entrever o caráter político intrínseco a sua manifestação estética. Reunidos em cenáculos e revistas literárias, esses artistas elaboram suas reflexões sobre a arte, o papel do artista e a linguagem poética. Embora a individualidade que compõe cada artista, a diversidade de elaborações intelectuais e as singularidades de cada experiência histórica, tanto em sua historicidade quanto nas condições culturais e sócio-históricas do momento de surgimento dessas experiências estéticas, desvele diferenças entre estas, ainda assim elas podem ser apresentadas sem que sejam apreendidas em relações lineares, progressivas e hierarquizadas, comumente dicotomizadas, que as conformem como centrais ou periféricas, originais ou imitadoras, modernas ou pré-modernas, entre outros. Para pensar essas experiências e a poética crítica da modernidade fora dessa conformação dada pelo continuum da História, a imagem da constelação, apresentada por Walter Benjamin, é mobilizada nesse trabalho ao mesmo tempo como proposição teórica e modo de exposição. Benjamin mostra como é possível dar a ver nos elementos distantes-diferentes uma tênue ligação, outrora não aparente, iluminada a partir da apresentação desses em constelação. Essa tese é composta então por três momentos. No primeiro, é realizado um panorama sobre a questão da modernidade em Baudelaire e sobre as configurações das cenas finisseculares em que surgem as experiências simbolistas e modernistas, destacando que, estéticas, elas compreendem a dimensão política. Esse primeiro momento ainda traz o debate em torno da imagem benjaminiana da constelação. No segundo, discute-se a questão da crítica moderna para, então, no terceiro momento, contemplar o compartilhamento de ideias e imagens presentes nas críticas que figuram, sobretudo, mas não apenas, nas revistas literárias simbolistas e modernistas, em uma apresentação da modernidade em constelação. / [fr] Au tournant du XIXe au XXe siècle, des expériences esthétiques qui se montrent en nette affinité avec la modernité exposée par le poète français Charles Baudelaire, au milieu du XIXe siècle, émergent dans différents espaces. Cette thèse récupère l importance de ces expériences-là à travers l analyse de certaines de ses petites revues publiées dans quatre villes distinctes à la fin du siècle - à savoir, les expériences esthétiques symbolistes: à Paris, dans La Vogue (1886) et Le Symboliste (1886), et à Rio de Janeiro, dans Pierrot (1890), Galaxia (1896) et Rosa-Cruz (1901/1904); et les expériences esthétiques modernistes hispano-américains: à Buenos Aires, dans Revista de America (1894), et, à Mexico, dans Revista Azul (1894). Dans le monde fin-de-siècle capturé par les idées du progrès et de la technique, les artistes symbolistes et modernistes partagent une critique poétique qui réinsère l imagination dans le faire artistique en résistance à la pensée scientifique, aux normes académiques et à la marchandisation de l Art, ce qui laisse entrevoir leur caractère politique intrinsèque à sa esthétique. Réunis en cénacles et dans les petites revues, ces artistes élaborent leurs réflexions sur l art, le rôle de l artiste et le langage poétique. Et même si l individualité de l artiste, la diversité des élaborations intellectuelles et les singularités de chaque expérience historique, tant dans sa historicité que dans les conditions culturelles et socio-historiques au moment de l émergence des ces expériences esthétiques, révèlent des différences entre elles, celles-ci peuvent encore être présentées sans être appréhendées dans des relations linéaires, progressives et hiérarchiques, communément dichotomisées, de supériorité ou subordination les uns par rapport aux autres, qui les conforment comme centrales ou périphériques, originales ou imitatives, modernes ou prémodernes, etc. Pour penser ces expériences et la poétique critique de la modernité en dehors de cette conformation donnée par le continuum de l Histoire, l image de la constellation présentée par Walter Benjamin est mobilisée dans cet thèse à la fois comme proposition théorique et mode d exposition. Benjamin montre comment il est possible de voir dans les éléments distants-différents une connexion ténue, non apparente auparavant, éclairée par la présentation de ceux-ci en constellation. Cette thèse est alors composée de trois moments. Le premier comprendre un tour d horizon de la question de la modernité chez Baudelaire et des configurations des les quatre villes à la fin du siècle où les expériences symbolistes et modernistes surgissent, soulignant que, esthétiques, celles-ci relèvent du politique. Dans ce premier moment il y a encore un débat autour de l image benjaminienne de la constellation. Ensuite, dans le deuxième moment, la question de la critique moderne est abordée. Finalement, dans le troisième moment, le partage d idées et d images présentes dans les critiques qui apparaissent, surtout, mais pas seulement, dans les petites revues symbolistes et modernistes sont exposés dans une présentation de la modernité en constellation.
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[pt] MINIATURA, MINIATURIZAÇÃO: DISPOSITIVOS DE PENSAMENTO E DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA, A PARTIR DE WALTER BENJAMIN / [fr] MINIATURE, MINIATURISATION: DISPOSITIFS DE PENSÉE ET DE CRÉATION ARTISTIQUE, À PARTIR DE WALTER BENJAMIN / [en] MINIATURE, MINIATURIZATION: ARTISTIC PRODUCTION AND THOUGHT MECHANISMS IN WALTER BENJAMIN

FRANCISCO THIAGO CAMELO DA SILVA 02 July 2021 (has links)
[pt] Esta tese constrói uma perspectiva teórica que considera a miniatura como dispositivo de criação em práticas artísticas e literárias, em articulação com o pensamento de Walter Benjamin (1892-1940) e de seu projeto de escrever um comentário sobre o tema da miniaturização (Verkleinerung), a partir do conto de fadas A nova Melusina (Die neue Melusine), de Goethe. Esse desejo de escrita é o ponto de partida deste estudo, que investiga a imagem do escritor judeu-alemão como colecionador, com uma atenção especial por sua coleção de pequenos objetos (miniaturas, velhos brinquedos, globos de neve, livros infantis, selos e cartões postais) e por seu interesse crítico, no contexto do exílio, pela infância, ao redor da qual constelam conceitos (mônada, coleção, técnica) e figuras-chave de seu pensamento (criança, colecionador, trapeiro). Tais conceitos e figuras operam como ferramentas metodológicas da pesquisa, que pensa a miniatura como uma forma estética vinculada à infância e a miniaturização como uma técnica de reprodução. Sob a forma de um caderno de leitura e escrita, a investigação apresenta anotações e comentários sobre a miniatura e a miniaturização como dispositivos de criação no campo da literatura e das artes, elegendo como corpus tanto trabalhos de artistas que compõem séries com miniaturas, quanto ficções literárias que tematizam a miniatura como signo do pequeno. / [en] This thesis explores Walter Benjamin s work and, more specifically, his ideas for a commentary on miniaturization (Verkleinerung) that would be inspired by Goethe s The New Melusine (Die neue Melusine), to elaborate a theoretical perspective that envisions the process of miniaturization and the miniature itself as creative apparatuses for artistic and literary practices. This study also investigates Benjamin as a collector, focusing on his collection of small objects -such as miniatures, old toys, snow globes, children s books, stamps, and postal cards- and his interest on the topic of childhood, which emerged during his time in exile. This later interest would also allow the Jewish-German writer to develop not only the key concepts of monad, collection, and technique, but also the imagery that would become crucial to his work -namely, the child, the collector, and the ragman. This constellation of concepts and imagery will act as a methodological device in this thesis, which understands the miniaturization process as a reproduction technique and the miniature as an aesthetic form that is itself connected to the notion of childhood. By adopting the format of a journal composed of notations and critical comments that position both the miniaturization process and the miniature as creative apparatuses for literature and the arts, this study also investigates not only literary writings that adopt the idea of the miniature as a symbol, but the works of artists that touch on the topic of miniaturization as well. / [fr] Cette thèse propose une perspective théorique qui considère la miniature comme un dispositif de création dans des pratiques artistiques et littéraires, en articulation avec la pensée de Walter Benjamin (1892-1940) et son projet d écrire un commentaire sur le thème de la miniaturisation (Verkleinerung), à partir du conte de fées La nouvelle Mélusine (Die neue Melusine) de Goethe. Ce désir d écriture constitue le point de départ de cette étude, qui explore l image de l écrivain juif-allemand en tant que collectionneur, avec une attention particulière portée à la fois à sa collection de petits objets (miniatures, jouets anciens, boules à neige, livres pour enfants, timbres et cartes postales) et à son intérêt critique, dans le contexte de l exil, pour l enfance, autour de laquelle se retrouvent des concepts (monade, collection, technique) et des figures clés de sa pensée (enfant, collectionneur, chiffonnier). Ces concepts et ces figures procèdent dans la thèse comme des outils de recherche méthodologique, afin de donner à voir la miniature comme une forme esthétique liée à l enfance et la miniaturisation comme une technique de reproduction. Le travail de recherche présente, sous forme d un cahier de lecture et d écriture, des annotations et des commentaires sur la miniature et la miniaturisation comme dispositifs de création dans le domaine de la littérature et des arts, choisissant comme corpus des oeuvres d artistes composant des séries de miniatures que des fictions littéraires qui thématisent la miniature comme signe du petit.

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