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[en] DRUG MOMS, DRUG WARRIORS: GENDER PERFORMANCES AND THE PRODUCTION OF (IN)SECURITY IN THE DISCURSIVE CONSTRUCTION OF THE WAR ON DRUGS TOWARD LATIN AMERICA / [pt] DRUG MOMS, DRUG WARRIORS: PERFORMANCES DE GÊNERO E PRODUÇÃO DA (IN)SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA GUERRA ÀS DROGAS PARA A AMÉRICA LATINAANA CLARA TELLES CAVALCANTE DE SOUZA 25 January 2016 (has links)
[pt] A presente dissertação busca oferecer uma leitura crítica sobre as
performances militarizadas de (in)segurança que constituem a guerra às drogas
na América Latina. Entendemos a guerra às drogas como um conjunto de
normas, políticas e saberes relacionado ao controle, via proibição, de drogas
ilícitas , que prioriza estratégias militarizadas nas tentativas de suprimir a
produção e a comercialização dessas substâncias pela via da oferta e que opera
primordialmente através da cooperação bilateral ou multilateral com agências
estatais e atores políticos estadunidenses. Situamos a discussão proposta no
contexto mais amplo das leituras feministas/de gênero, pós-estruturais e póscoloniais
sobre Relações Internacionais e segurança internacional, com foco no
processo de construção de imaginários políticos sobre o mundo social através de
performances (discursivas e não discursivas) de (in)segurança. Utilizamos como
principal (embora não única) estratégia de pesquisa a análise de discurso, olhando
para as principais práticas discursivas da guerra às drogas que se colocam como
discursos oficiais do Estado estadunidense. Argumentamos que as performances
militarizadas da guerra às drogas são tornadas possíveis por uma forma de
imaginar as relações internacionais que constrói o Estado nacional moderno como
sujeito primordial da política internacional através da (re)produção de fronteiras
de (in)segurança. Mais ainda, esse processo reflete complexas hierarquias e
dinâmicas de poder que também são informadas por performances de gênero –
seja a fluida dualidade entre feminilidades e masculinidades , seja a
contraposição entre uma masculinidade hegemônica e masculinidades e
feminilidades subalternas . Nesse sentido, a guerra às drogas é tornada
possível pelo mesmo imaginário político que (re)produz: um que (re)afirma as
fronteiras de possibilidade da política (inter)nacional. / [en] This dissertation aims at offering a critical reading on the militarized
(in)security performances that constitute the war on drugs in Latin America. We
understand the war on drugs as a cluster of norms, policies and knowledge
related to the control, via prohibition, of illicit drugs that prioritizes militarized
strategies in their attempts to inhibit the production and commercialization of such
substances at the supply side and that operates primarily through bilateral or
multilateral cooperation with state agencies and political actors from the United
States. We locate our discussion within the wider context of feminist/gender, poststructural
and post-colonial studies, focusing on the process of construction the
social world through (discursive and non discursive) (in)security performances.
Our primary research strategy (among others) consists on discourse analysis, in
order to look at the main discursive practices of the war on drugs that posit
themselves as the official discourses of the United States as a state. We argue that
the militarized performances of the war on drugs are rendered possible by a
political imaginary on international relations that constructs the modern nation
state as the primordial subject of world politics through the reproduction of
borders of (in)security. Moreover, this process reveals complex power hierarchies
and dynamics that are also informed by gender performances - being those the
fluid duality between femininities and masculinities or the contraposition
between a hegemonic masculinity and subaltern masculinities and
femininities . In this sense, the war on drugs becomes possible by the same
political imaginary that it (re)produces: one that (re)affirms the borders of
possibility of (inter)national politics.
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[pt] CONTESTAÇÃO RACIAL COMO EXTREMISMO: A PRODUÇÃO DE RADICAIS NEGROS COMO AMEAÇA À ORDEM POLÍTICA GLOBAL/LOCAL / [en] RACIAL CONTESTATION AS EXTREMISM: THE MAKING OF BLACK RADICALS AS A THREAT TO THE GLOBAL/LOCAL POLITICAL ORDERPEDRO PAULO DOS SANTOS DA SILVA 20 October 2022 (has links)
[pt] Esta dissertação investiga a construção de negros radicais como ameaça à
ordem política global/local, focando-se em dois períodos históricos em que um
discurso sobre extremismo negro emergiu nos Estados Unidos. O primeiro
corresponde ao final dos anos 1960 e início dos anos 1970, quando o Partido
Panteras Negras foi construído como a maior ameaça doméstica à segurança
estadunidense; e o segundo, ao final dos anos 2000 e ao decorrer dos anos 2010,
quando ativistas e movimentos sociais engajados no combate à violência policial
reentraram na lista de ameaças domésticas aos Estados Unidos. Em ambos os
contextos históricos, tal processo de construção de ameaça foi, também, informado
por discursos sobre outras ameaças racializadas e globais aos Estados Unidos. A
segunda metade do século XX foi marcada pela construção do radicalismo negro
como ameaça intrinsicamente conectada ao anticomunismo voltado,
particularmente, para movimentos de libertação nacional em ex-colônias. No século
XXI, a ameaça de radicais negros foi rearticulada de modo a conectá-la com o
Terrorismo islâmico. Tais pontuações baseiam-se em uma análise discursivogenealógica que explora registros históricos sobre o extremismo negro feitos por
agências policiai. A dissertação aponta para a persistência do enquadramento do
radicalismo negro como problema de segurança nos Estados Unidos, ainda que
os termos que constroem essa ameaça são transformados globalmente. Assim, o
discurso de extremismo negro refere-se à uma ameaça racializadas ao
ordenamento político global e local na parte da arquitetura de policiamento
estadunidense. / [en] This dissertation investigates the making of black radicals as a threat to the
global/local political order, focusing on two historical periods in which a discourse
on black extremism emerged in the United States. The first corresponds to the
late 1960s and early 1970s, when the Black Panther Party was constructed as the
leading domestic threat to the U.S. security; the second, to the late 2000s and 2010s,
when activists and social movements engaged in anti-police brutality re-entered the
realm of concrete domestic threats to the U.S. In both historical contexts such
threat-making processes were also infused with discourses concerning other
racialized global threats to the U.S. The second half of the 20th century was marked
by the construction of black radicals as a threat intrinsically connected with
anticommunism and invested toward national liberation movements in former
colonies. In the 21st century, the threat of black radicals is re-articulated into one
intimately linked to Islamic terrorism. These claims are based on a discursive genealogical analysis that explores historical records made by policing agencies
regarding black extremism. The dissertation points to the persistence of the
framing of black radicals as a security problem; within the United States, while
the terms for these threat-making processes have been globally re-articulated.
Hence, the black extremism discourse simultaneously refers to a racialized threat
to the global and local political orders in the perception of the United States
policing architecture.
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