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[en] GABRIEL MARCEL AND THE DEATH OF GOD / [pt] GABRIEL MARCEL E A MORTE DE DEUSPAULO ALEXANDRE MARCELINO MALAFAIA 22 January 2019 (has links)
[pt] Esta tese é uma reflexão sobre a possibilidade de um discurso sobre a religiosidade a partir da morte de Deus. Procurei escavar interpretações a respeito da sentença Deus está morto!, presente nos aforismos 125 e 343, de A gaia ciência, de Friedrich Nietzsche (1844-1900) e confrontei-as com as ressonâncias desta proclamação na obra do filósofo francês Gabriel Marcel (1889-1973). Sobre os sentidos interpretativos da assertiva nietzschiana, apresento três aspectos fundamentais do Deus assassinado, nomeadamente: (a) o Deus metafísico; (b) o Deus moral; (c) o Deus cristão. Os textos de Marcel analisados na tese apontam a acolhida e a ressignificação do vaticínio nietzschiano. Nessa acolhida, as noções de drama, situação, universal concreto, transcendência e intersubjetividade mereceram especial cuidado investigativo. Esta última, calcada na relação eu-tu, constitui-se como verdadeira condição de possibilidade de abertura ao outro enquanto mistério. A partir deste confronto, procurei oferecer uma síntese própria que não é nem nietzschianismo, nem marcelianismo. Uma vez que não se segue como necessário de nossa situação histórica, marcada pelo deicídio, a ilegitimidade da religião, perseverei em repensá-la, ainda que sob aspectos e configurações não usuais. Disto seguiu-se uma reinterpretação de aspectos vários, situados entre metafísica e religiosidade, bem como entre moralidade e religiosidade, o que levou a reflexão sobre alguns desdobramentos éticos e sócio-políticos aí envolvidos. / [en] The present work sets forth a discussion on the possibility of a religious speech following the death of God. It was in my interest to dig for interpretations concerning Friederich Nietzsche s (1844-1900) statement found in The Gay Science s 125th and 343th aforisms - God is dead! - and to compare them to its echoes in Gabriel Marcel s (1889-1973) works. Upon the interpretative meanings to Nietzsche s statement, I present three fundamental aspects to the murdered God, namely: (a) the metaphysical God, (b) the moral God and (c) the christian God. The Marcelian texts analyzed here point out both the reception and ressignifications of Nietzsche s prediction. In this reception, the notions of drama, situation, concrete universe, transcendence and intersubjectivity deserved a very careful analysis. The latter, based on the I-thou relationship, became a real condition for an opening towards the others as some sort of mystery. From this confrontation, I tried to offer my own synthesis that is neither akin to Nietzscheism or Marcelism. Since the ilegitimacy of religion is not a necessary fact on our days, branded by the experience of this deicide, I strived to rethink it, albeit by non usual aspects and configurations. From that followed a reinterpretation of several aspects, situated between metaphysics and religiosity, as well as between morality and religiosity, which lead to the reflexion on some of the ethical and social-political developments that lie within the discussion.
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[pt] EM DEFESA DO PRINCÍPIO DE NÃO-CONTRADIÇÃO: ARGUMENTOS BASEADOS NO LIVRO IV DA METAFÍSICA / [en] IN DEFENSE OF THE PRINCIPLE OF NONCONTRADICTION: ARGUMENTS BASED ON METAPHYSICS BOOK IVGERMAN LOURENCO MEJIA 09 June 2020 (has links)
[pt] A dissertação tem como objetivo apresentar uma defesa do princípio de nãocontradição,
uma defesa sustentada por dois argumentos. No primeiro argumento,
coloca-se em destaque a relação entre a validade do princípio de não-contradição e
a determinação do sentido das expressões linguísticas, em particular, a
determinação do sentido dos termos gerais usados como predicados em frases
singulares. Utilizar uma frase para dizer de um objeto que ele possui e, sob o mesmo
aspecto, não possui uma mesma característica resultaria na indeterminação do
sentido, a saber, que nada seria dado a entender pela frase. O segundo argumento
pretende estabelecer uma relação entre uso de instâncias do princípio de não contradição
e a capacidade de identificar objetos particulares. Para se referir
determinadamente a um único particular, de tal maneira que seja possível pensar
sobre este como sendo um sujeito de predicações, é preciso que se identifique esse
particular através de um termo sortal e não simultaneamente através de um sortal
oposto. Mais especificamente: tentar se referir a algo como sendo e não sendo de
um certo tipo resultaria na indeterminação da referência, viz. não haveria
identificação de um único objeto. / [en] The dissertation aims to present a defense of the principle of noncontradiction,
a defense supported by two arguments. In the first argument, it is
emphasized the relation between the validity of the principle of non-contradiction
and the determination of the sense of linguistic expressions, in particular, the
determination of the sense of general terms used as predicates in singular sentences.
To say of an object that it has and, in the same respect, does not have a certain
characteristic would result in the indetermination of sense, namely that nothing
would be understood by the sentence. The second argument seeks to establish a
relation between the use of instances of the principle of non-contradiction and the
ability to identify particular objects. To refer specifically to a single individual, in
such a way that it can be thought of as a subject of predication, it is necessary to
identify this individual by means of a sortal term and not simultaneously through
an opposite sortal. More precisely: trying to refer to a thing as being and not being
of a certain sort would result in the indetermination of the reference, viz. no single
object would be identified.
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