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[en] DOSTOIEVSKI: TRAGIC CONSCIOUSNESS AND THEOLOGICAL CRITIQUE OF MODERNITY: UNDERGROUND, TRAGEDY AND THEOLOGICAL NEGATIVITY / [pt] DOSTOIÉVSKI: CONSCIÊNCIA TRÁGICA E CRÍTICA TEOLÓGICA DA MODERNIDADE: SUBTERRÂNEO, TRAGÉDIA E NEGATIVIDADE TEOLÓGICAJIMMY SUDARIO CABRAL 28 January 2013 (has links)
[pt] A tese quer demonstrar os fundamentos teológicos que determinaram a obra
romanesca de F. Dostoiévski. Partindo dos rastros da longa tradição de comentadores
religiosos de sua produção literária, como V. Ivanov, N. Berdiaev, P. Evdokimov, o
trabalho identifica na obra de Dostoiévski uma teologia que encontrou na tragédia, e
não na filosofia clássica de tradição socrática e platônica, os seus fundamentos e
afinidades eletivas. Possuindo uma configuração anárquica desprovida de
fundamentos metafísicos, a teologia dostoievskiana tornou-se o sintoma mais
significativo do pensamento trágico moderno, manifestando-se como uma crítica
religiosa de todos os sistemas romântico-racionalistas que se instauraram a partir da
Aufhebung hegeliana, que se compôs como o elemento constitutivo da reconciliação
materialista moderna. Como reflexão trágica, o cristianismo de Dostoiévski abriu,
fora dos quadros da metafísica, o problema teológico na modernidade, antecipando
a aporia trágica e a radical insuficiência teológica do materialismo moderno. / [en] The thesis aims to demonstrate the theological foundations that determined the
romanesque work of F. Dostoevsky. Based on the traces of the long tradition of
religious commentators of his work, as V. Ivanov, N. Berdyaev, P. Evdokmov, the
paper identifies in Dostoevsky’s work a theology that found in tragedy, and not in the
classical philosophy of tradition from Plato and Socratic, its foundations and elective
affinities. Possessing an anarchic configuration devoid of metaphysical foundations,
theology of Dostoevsky became the most significant symptom of the modern tragic
thought, manifesting itself as a religious criticism of all romantic-rationalist systems
that have established from the Hegelian Aufhebung, which is composed as the
constitutive element of modern materialistic reconciliation. As tragic reflection,
Dostoevsky s Christianity opened the theological problem in modernity, outside the
frames of metaphysics, anticipating the tragic stalemate and radical theological
insufficiency of modern materialism.
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[en] TRAUMA, REPETITION AND DEATH DRIVE: NECESSARY NEGATIVITY / [pt] TRAUMA, REPETIÇÃO E PULSÃO DE MORTE: NEGATIVIDADE NECESSÁRIAMARIANNA TAMBORINDEGUY DE OLIVEIRA 04 December 2015 (has links)
[pt] Esta dissertação tem como objetivo a análise e articulação dos conceitos de trauma, repetição e pulsão de morte em Freud, embora algumas contribuições de psicanalistas pós-freudianos também sejam consideradas. A riqueza dos conceitos em questão se apresenta pelo seguinte paradoxo: ao mesmo tempo em que testemunham um limite do aparelho psíquico, lançam para o trabalho. O que motiva essa pesquisa, portanto, é justamente a indagação sobre as vicissitudes destes limites - limite do psiquismo e da representação, com o intuito de problematizá-los. Pois é preciso pensar sempre em uma dupla potencialidade do que se apresenta como limite: por um lado potência de abertura e por outro, agente de fechamento. Não queremos com isso diminuir a importância da representação no trabalho analítico como objetivo essencial, mas apontar para a importância da valorização e discriminação de modos de trabalho do psiquismo que não o trabalho representacional, buscando enfatizar a importância da negatividade para a o enriquecimento e complexificação do psiquismo. / [en] The purpose of this thesis is to analyse and articulate the concepts of trauma, repetition and death drive in Freud, although some contributions of post-freudian psychoanalysts will also be considered. The richness of these concepts can be sustained by the following paradox: they witness a limit of the psychic apparatus, at the same time that lances it for work. What motivates this research, therefore, is precisely the question about the vicissitudes of these limits - limits of the psyche and representation, in order to discuss them. One must always think about a dual capability that presents itself as a limit: one for the power of opening, and the other as a closing agent. This is not to diminish the importance of the representation in an analytical work as an essential goal, but to point out the importance of the valuation and discrimination of other working modes of the psyche rather than a representational work, in order to emphasize the importance of negativity for the enrichment and complexity of the psyche.
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[pt] A NEGATIVIDADE DO POSITIVO: AFIRMAÇÃO E NEGAÇÃO EM DELEUZE / [en] THE NEGATIVITY OF THE POSITIVE: AFFIRMATION AND NEGATION IN DELEUZEGABRIEL PRADO RODRIGUES 06 November 2020 (has links)
[pt] O presente trabalho tem por objetivo pensar o lugar do conceito de negatividade no interior da filosofia de Gilles Deleuze, frequentemente alcunhado como filósofo da afirmação. Conceitos como alegria e positividade foram utilizados na constituição de um cânone da alegria interpretativo, conforme a denominação de Andrew Culp, que confunde a primazia deleuziana da afirmação, como índice de univocidade ou imanência de uma diferença transcendental subjacente ao ser, com a exclusão irrestrita de todo elemento negativo de seu sistema. Nesse panorama, nossa pretensão é dupla: por um lado, partindo da definição geral do conceito deleuziano de univocidade, demonstrar de que modo as interpretações indicadas, ditas afirmacionistas, ao negligenciarem, em Deleuze, um sentido específico de negatividade, atinente ao seu conceito de criação, reproduzem um certo sentido de dogmatismo, enfaticamente criticado pelo autor. A figura tomada por Deleuze, nessas interpretações, arrisca ser, ela mesma, tornada mais um dos avatares do que o autor chamou de senso comum filosófico. Por outro lado, tentamos definir uma primeira forma de concepção dessa chamada negatividade, o que inclui esforços conceituais distintos. Primeiro, a exposição de leituras que também concebem, em Deleuze, espaço para o negativo; segundo, a tematização da relação entre Deleuze e Hegel, filósofo paradigmático da negatividade e objeto constante de críticas deleuzianas; terceiro, finalmente, a proposta de um conceito inicial de negatividade, oriundo da análise do que diz o autor, nomeadamente, sobre o termo. Um tal conceito deve basear-se no reconhecimento do primado ético da negação, enquanto vetor de orientação prática de um indivíduo situado do ponto de vista da atualidade do tempo presente, em oposição ao primado ontológico da afirmação, manifesto na compreensão da diferença como forma ou fundamento transcendental da experiência. / [en] The present work aims to think about the place of the concept of negativity within the philosophy of Gilles Deleuze, often nicknamed as a philosopher of affirmation. Concepts such as joy and positivity were used in the constitution of an interpretive canon of joy, according to Andrew Culp s denomination, which confuses Deleuzian primacy of afirmation, as an index of univocity or immanence of a transcendental difference underlying being, with an unrestricted exclusion of every negative element from his system. In this sense, our pretension is twofold: on the one hand, starting from the general definition of the concept of univocity, to demonstrate in which way the indicated interpretations, called affirmationists, by neglecting, in Deleuze, a specific sense of negativity related to his concept of creation, reproduce a certain sense of dogmatism, emphatically criticized by the author. The figure taken by Deleuze, in these interpretations, risks being itself made one of the avatars of what the author called philosophical common sense. On the other hand, we try to define a first way of conceiving this so-called negativity, what includes different conceptual efforts. First, an exhibition of readings that also conceive, in Deleuze, space for the negative; second, the thematization of the relationship between Deleuze and Hegel, the paradigmatic philosopher of negativity and constant object of Deleuzian criticism; third, finally, a proposal for an initial concept of negativity, derived from the analysis of what the author directly says regarding to the term. Such a concept must be based on the recognition of an ethical primacy of negation, comprehended as a vector for the practical orientation of an individual situated from the point of view of present time s actuality, as opposed to the ontological primacy of affirmation, manifest in the comprehension of difference as a transcendental form or foundation of experience.
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