1 |
[en] MATIAS AIRES IDEA OF HISTORY / [pt] A IDEIA DE HISTÓRIA EM MATIAS AIRESMANNUELLA LUZ DE OLIVEIRA VALINHAS 11 April 2013 (has links)
[pt] Esta tese propõe-se examinar o livro de Matias Aires intitulado Reflexões sobre a vaidade dos homens, publicado pela primeira vez em 1752. Nesse texto, Matias Aires oferece ao leitor uma visão filosófica do mundo e da História das mais negativas do século XVIII. Ele constrói seu pensamento a partir dos conceitos de vaidade, amor, natureza, sociedade, tempo e movimento, o letrado apresentando que os homens agem movidos pelas paixões, sendo a vaidade a origem de todas elas. Dado caráter lacunar do conhecimento humano, a narrativa da História resulta em uma coleção de eventos sucessivos que não servem ao ensinamento. Sua existência, porém, não é sem sentido ou sem valor, uma vez que ela fornece legitimidade à diferenciação social da nobreza hereditária. A partir da observação dos argumentos desenvolvidos por Matias Aires, investigaram-se as concepções de mundo presentes no pensamento do autor que lhe permitiram construir essa visão específica tanto da História quanto da escrita da História. O estudo das categorias filosóficas de Matias Aires ancora-se no pressuposto de que os conceitos de homem, sociedade e mundo mobilizados pelo autor devem ser compreendidos tendo em vista sua primeira legibilidade e na intenção de repor o significado dessas categorias segundo as funções retóricas em vigência naquele presente histórico. / [en] This thesis proposes to examine the book of Matias Aires entitled Reflexões sobre a Vaidade dos Homens (Reflections on Vanity), first published in 1752. In that text, Matias Aires offers one of the most negative philosophical insights about the world and the History produced in the eighteenth century. When building his thinking from the concepts of vanity, love, nature, society, time and movement, the scholar shows that men act moved by passions, being vanity the origin of them all. Given the incomplete nature of human knowledge, the narrative of History leads to a collection of successive events that do not serve as teachings. Its existence, however, is not meaningless or without value, since it provides legitimacy to the social differentiation of hereditary nobleness. Based on the observation of this argumentative network developed by Matias Aires, we investigated the world conceptions presented in the author s thought that allowed him to build this particular view of History, as much as of the writing of history. The study of the philosophical categories of Matias Aires is founded on the assumption that the concepts of man, society and the world mobilized by the author must be understood in view of its readability and the first in an attempt to restore the meaning of these categories according to the rhetorical functions in that present.
|
2 |
[pt] DA ARTE (,) DA HISTÓRIA: A IMAGINAÇÃO COMO CRIAÇÃO E CONHECIMENTO / [en] OF THE ART (,) OF HISTORY: IMAGINATION AS CREATIVITY AND KNOWLEDGEMARIA EUGENIA GAY 10 June 2015 (has links)
[pt] Costuma-se relacionar o problema da imaginação com o tratamento do ficcional ou do artístico, mas esta associação não foi sempre assim. Além do campo da arte, a imaginação envolve também o campo das disciplinas humanas, como a história, a antropologia, a política e inclusive a teologia. Pela sua estreita ligação com processos ditos físicos, a imaginação também intervém nas classificações das capacidades e funções físicas do cérebro. A discussão sobre a imaginação gravita entre o conhecimento do homem como ser biológico e como ser moral, entre a exterioridade da percepção e a interioridade do pensamento e do sentimento, entre a sua condição terrena e seu pertencimento ao universo divino. A abordagem da disputa sobre a imaginação no longo século XVIII, isto é, aproximadamente desde a época de Gottfried Leibniz, em que se condensa uma discussão propriamente alemã, até a época de Hegel, em que a história se torna uma espécie de necessidade da razão, começa com um problema. Por um lado, ela é acometida como estratégia para compreender em um plano profundo as condições de possibilidade da formalização disciplinar da historiografia no contexto da formalização e especialização disciplinar generalizada de todos os saberes previamente contidos nos vocábulos de ciência ou filosofia. Por outro lado, essa discussão tem sido recuperada somente a través do seu sequestro por cada uma dessas disciplinas formalizadas, e incorporada como parte de uma memória disciplinar que oblitera a sua pluralidade e produtividade iniciais. Essa produtividade contém uma noção de conhecimento muito mais ampla do que aquela que é manejada hoje em dia pelas disciplinas humanas, e aparece como muito mais conveniente para os seus objetivos. Neste trabalho se entende que a amplitude da concepção de conhecimento que convém às humanidades reside na unidade fundamental de criação e conhecimento que se verifica no pensamento anterior à discussão alemã do século XVIIIXIX sobre a imaginação, e que os termos de criação e conhecimento se tornaram antitéticos somente partir e como produto dessa discussão. / [en] The problem of imagination is most commonly related to fictional or artistic concerns. This association, however, hasn t always been so evident. Apart from the field of art, imagination concerns the humanities, such as history, anthropology, politics and even theology. Due to its close bind to so called physical processes, imagination also intervenes in the classification of the capacities and functions of the brain. The debate over imagination thus gravitates somewhere between the knowledge of man as a biological body and as a moral being, between exterior perception and the interiority of thought and feelings, between man s earthly condition and its belonging to the divine universe. The analysis of the dispute over imagination during the long nineteenth century, that is, approximately from the times of Gottfried Leibniz, in which a properly German discussion is articulated, until Hegel s time, when history became some kind of necessity of reason, begins with a problem. For one thing it is pursued as a strategy to understand more deeply the conditions of possibility for the disciplinary formalization of historiography in the context of the generalized formalization of all knowledge previously contained in the terms science or philosophy. On the other hand, this dispute has been so far undertaken only through its kidnapping by each one of those individual formal disciplines and incorporated as part of a discipline memory which obliterates its original productivity and plurality. That productivity contains a much wider notion of knowledge than the one nowadays adopted by the humanities, and appears as a more convenient approach for their goals. This thesis works on the understanding that the generosity of the concept of knowledge that better suits the humanities lies in the fundamental unity of creation and knowledge that was overthrown during the eighteenth-nineteenth century German debate over imagination, which made the terms creation and knowledge antithetical concepts.
|
3 |
[en] A HISTORY OF THE SPIRIT: CONSIDERATIONS ON LE SIÈCLE DE LOUIS XIV AND VOLTAIRE’S HISTORICAL THOUGHT / [pt] UMA HISTÓRIA DO ESPÍRITO: CONSIDERAÇÕES SOBRE O SÉCULO DE LUÍS XIV E O PENSAMENTO HISTÓRICO DE VOLTAIRECAIO MORAES FERREIRA 01 November 2013 (has links)
[pt] O presente trabalho propõe uma análise crítica d’O Século de Luís XIV, obra que ocupa um lugar importante no processo de consolidação de uma historiografia moderna e que ainda é pouco citada nos debates sobre o tema realizados no Brasil. Tendo sido escrita por Voltaire no período que vai de 1732 à 1751, O Século de Luís XIV dialoga com (e encerra em si) algumas das principais questões referentes ao pensamento histórico do Iluminismo francês, sejam elas relacionadas à autonomização da historiografia enquanto ciência, sejam elas relacionadas à expansão da cultura letrada francesa e do interesse público pela história durante o século XVIII. O que pretendemos aqui é apresentar de que modo Voltaire integra, em um só livro, temas e métodos narrativos distintos de modo a compreender não um conjunto de fatos isolados, mas o crescimento do espírito humano durante um determinado período de tempo. Discutiremos, portanto, como O Século de Luís XIV parece não só propor uma nova noção do que é historicamente relevante, mas uma nova maneira de narrar o passado que, apesar de ainda não conter o rigor filosófico da historiografia oitocentista, já não está interessada exclusivamente na exemplaridade dos fatos ou em seu conteúdo político e militar. / [en] This essay proposes a critical analysis of Le Siècle de Louis XIV, a work that occupies an important role in the consolidation of modern historiography and that remains only marginally discussed in the debates concerning the theme made in Brazil. Having been written by Voltaire between 1732 and 1751, Le Siècle de Louis XIV discusses (and contains) some of the main issues present in the historical thought of French Enlightenment, whether related to the autonomization of historiography as an analytical science or to the expansion of French literary culture (and the public interested towards history) during the XVIIIth century. We aim to present the ways in which Voltaire – in a single historical work – integrates very distinct themes and narrative methods ir order to comprehend not isolated facts, but the growth of human spirit within a certain period of time. We shall discuss, thus, how Le Siècle de Louis XIV seems to not only suggest a new idea of what historical relevancy, but a new way to report the past that, despite lacking the philosophical consistency of the XIXth century historiography, is no longer solely interested in the exemplarity of political and military facts.
|
4 |
[en] HUME AND HISTORY: AN ANALYSIS ON THE ESSAYS MORAL, POLITICAL AND LITERARY / [pt] DAVID HUME E HISTÓRIA: UMA ANÁLISE DOS ENSAIOS MORAIS, POLÍTICOS E LITERÁRIOSFLAVIO DA SILVA RIBEIRO 15 February 2007 (has links)
[pt] A presente dissertação procura compreender algumas
reflexões sobre a
história contidas nos Ensaios Morais, Políticos e
Literários do filósofo escocês
David Hume (1711-1776). Neste trabalho (1758), cuja
característica dominante é
a heterogeneidade dos temas abordados, o autor busca o
conhecimento dos
assuntos humanos sob uma perspectiva secularizada,
mostrando que entre uma
idealização da sociedade (e de uma conduta moral dos
homens que nela vivem) e
sua realidade concreta a escolha para o verdadeiro
esclarecimento deve recair
sobre esta última, desmistificando quaisquer hipóteses
metafísicas e religiosas
como guias ao saber. Tomando a Inglaterra como exemplo
preferencial não
apenas dos avanços conquistados pelo mundo moderno
europeu, mas também dos
principais problemas deste, Hume estabelece algumas
reflexões - tal como a
moderação nas disputas políticas e a interdependência
econômica entre os países -
que têm por objetivo a fundamentação de uma ciência
política. Para esta concorre
também uma crítica empírica, que levará o escocês a
priorizar os aspectos gerais
das sociedades (como a economia, as instituições, os
avanços técnicos) como
modo de explicação da dinâmica histórica, que, segundo sua
percepção, opera por
transformações lentas e graduais, de forma seqüenciada,
nunca ou raramente de
maneira abrupta e imediata. Procuramos, além disso,
analisar a importância
metodológica de sua regra geral para a reflexão histórica,
pois, por meio desta
regra, Hume faz tanto considerações acerca do passado como
propõe observações
gerais para sua época e para o futuro, assinalando, desta
forma, a maneira como as
sociedades se desenvolveram e como elas, provavelmente, se
desenvolveriam
doravante, almejando o primeiro passo em direção a um
conhecimento científico
do funcionamento do conjunto social, capaz de permanecer
ante as próprias
mudanças circunstanciais pelas quais as sociedades
naturalmente passam. / [en] The present research aims to comprehend some thoughts on
history within
the Essays Moral, Political and Literary, by the Scottish
philosopher David Hume
(1711-1776). In this particular work (1758), whose
dominating characteristic is
the heterogeneity of the proposed themes, the author is
looking for the knowledge
of human affairs under a secular perspective, exposing
that between an
idealization of society (including the moral conduct of
men who live under her)
and its concrete reality, the choice towards the very true
knowledge must stand
with the last, demystifying any metaphysical and religious
hypothesis as guides to
the capacity of learning. Taking England as a preferential
example of the advances
and problems of modern Europe, Hume sets some reflections -
just as moderation
in politics affairs and the economic interdependence among
States - which
observe the goal of founding a science of politics. In its
basis remains an empirical
criticism, which leads the Scot to conceive a priority to
the general aspects of
societies (as economy, institutions, technical advances)
as a model of explanation
on the historical dynamics, which, according to his
conception, is transformed
slowly and gradually, in a sequential way, never or rarely
trough fast and
immediate changes. One looked for, besides these aspects,
to analyze the
methodological importance of the author´s general rule to
the historical concern,
for, by using her, Hume wonders about the past and either
proposes general
directions for his time and future, marking, this way, how
societies historically
must have developed and how they, probably, would develop
themselves from
now on, aiming the first step to a scientific knowledge of
society as a whole, that
would be able to remain even through the circumstantial
changes that naturally
take place in societies.
|
5 |
[en] THE AESTHETICS OF ORDER: HARMONY AND IMPERFECTION ON THE PHILOSOPHICAL WORK OF ADAM SMITH / [pt] A ESTÉTICA DA ORDEM: HARMONIA E IMPERFEIÇÃO NA OBRA FILOSÓFICA DE ADAM SMITHJOAO DE AZEVEDO E DIAS DUARTE 13 November 2008 (has links)
[pt] Esta dissertação discute, a partir de uma leitura dos
trabalhos de Adam Smith em história intelectual e ética, a
visão deste filósofo escocês do século XVIII sobre a
natureza da atividade humana. Sugere-se que esta filosofia
seja profundamente marcada por uma consciência aguda da
imperfeição e finitude humanas. Intenta-se, porém, mostrar
que o pensamento de Smith é também um esforço de
reconciliação com esta imperfeição essencial. Toda a
reflexão smithiana está voltada para a tarefa de demonstrar
de que maneira é possível ao homem, a despeito de suas
limitações, manter uma existência regular e
harmoniosa e avançar do ponto de vista cognitivo, moral e
material. De acordo com a visão de Smith, o espírito humano
é mobilizado por um impulso espontâneo e desinteressado
para a realização de ordem, harmonia e beleza nas
diferentes esferas de sua atividade. No entanto, embora o
espírito tenda naturalmente à regularidade, uma situação
absolutamente simétrica nunca se realiza, em função da
própria imperfeição do Homem. E é certo que assim seja,
pois uma tal situação não seria nem mesmo suportável por
criaturas humanas. O primeiro capítulo tem seu foco
analítico em um texto de juventude de Smith, The
History of Astronomy, pondo-o em diálogo com o pensamento
de David Hume. Discute-se de que maneira Smith, assumindo a
teoria da imaginação de Hume, se insere também no projeto
humeano de uma ciência da natureza humana. O
segundo capítulo envolve uma discussão da obra de Smith em
ética, The Theory of Moral Sentiments, e de seu conceito
central, a simpatia. / [en] This dissertation deals with Adam Smith`s view on the
nature of human activity, proposing an interpretation of
this eighteenth century Scottish philosopher`s works on
intellectual history and ethics. It is suggested that his
philosophy is marked by a keen awareness of human
imperfection and finitude. It demonstrates that Adam
Smith`s thought is also, however, an effort of
reconciliation with this essential imperfection. Smith`s
reflection is directed to the task of showing how it would
be possible for mankind, notwithstanding its
limitations, to maintain a regular and harmonious existence
and to advance from a cognitive, moral and material point
of view. According to Adam Smith`s view,
the human spirit is moved by a spontaneous and
disinterested impulse to the realization of order, harmony
and beauty in the different spheres of its activity.
Nonetheless, although the spirit is naturally order-
seeking, an absolutely symmetrical situation is never
actualized because of the very imperfection of
mankind. Such a situation wouldn`t even be bearable to
human creatures. The first chapter has its analytical focus
on an early text from Adam Smith`s called The
History of Astronomy, and puts it into dialogue with the
thought of David Hume. The subject here is how Smith,
adopting Hume`s theory of imagination, partakes
in the Humean project of a science of human nature. The
second chapter discusses Adam Smith`s work on ethics, The
Theory of the Moral Sentiments, and its central concept,
sympathy.
|
6 |
[en] THE DISCURSIVE GROUNDINGS OF SADE`S THOUGHT / [fr] LES MATRICES DISCURSIVES DE LA PENSÉE DU MARQUIS DE SADE / [pt] AS MATRIZES DISCURSIVAS DO PENSAMENTO DE SADEDANIEL WANDERSON FERREIRA 21 December 2010 (has links)
[pt] Esta tese se propõe examinar os fundamentos sociais e históricos do
pensamento de Donatien-Alphonse-François, mais conhecido como Marquês de
Sade (1740-1814). Por meio de uma descrição dos regimes discursivos
relacionados com uma visão do corpo na França, a constatação da
descontinuidade histórica entre as formas enunciativas eróticas, libertinas e
pornográficas tornou-se evidente e nos permitiu uma compreensão melhor dos
primeiros vínculos sociais e filosóficos dos textos de Sade com o mundo do
Antigo Regime. De igual maneira, verificamos mudanças nas formas de
compreensão de seus textos; isso em virtude da consolidação de uma imagem de
perversidade ligada ao Marquês de Sade e que, acreditamos, guiou a leitura
histórica de sua herança crítica desde o século XVIII. Observamos também as
preferências de leitura de Sade, o diálogo que ele realizou com seus
contemporâneos e suas escolhas de formas de escrever. Acreditamos que tudo isso
contribuiu para que ele interpretasse a França e a história por meio de ideias
conservadoras, que se traduziram em um pensamento atravessado por algumas
apostas céticas de que a vida e a faculdade de julgamento são engendradas em
cada situação. Este conservadorismo sugere também possíveis relações de Sade
com as concepções populares de corpo e natureza, para as quais há simetria
entre o bem e o mal, sendo a vida e a história resultado desse esforço de
equilíbrio. / [en] This thesis proposes an examination of social and historic groundings in
the thought of Donatien-Alphonse-François, more known as Marquis de Sade
(1740-1814). Trough a description of discursive regimens related to a specific
vision of the body in France, a historic discontinuity between erotic, libertine,
pornographic enunciation forms became evident, and permitted a better
comprehension of the philosophic and social liaisons of Sade’s texts to the world
of the Ancien Regime. Changes in the ways by which his texts have been
comprehended were as well verified, in this case, pointing to the consolidation of
certain image of perversity linked to Sade, guiding the historic interpretations of
his critic legacy since the 18th century. The reading preferences of the author and
the dialogue he evolved with his contemporaries where also observed. These
resources leaded to the conclusion that Sade interpreted France and history in
general with conservative ideas, translated in a mode of thought permeated by
some sceptic stakes. This conservatism also suggests relations of Sade with
popular conceptions of body and nature, to which good and evil are
symmetrical, so that life is taken as a result of the balance effort generated in this
situation. / [fr] Cette thèse a pour but examiner les fondements sociaux et historiques de la
pensée de Donatien-Alphonse-François, plus connu comme Marquis de Sade
(1740-1814). Par le moyen d’une description des régimes discursives liés à une
vision du corps en France, la constatation d’une manque de continuité
historique entre les formes énonciatives érotiques, libertines et pornographiques
est devenue évidente et elle nous a permis de mieux comprendre les premiers liens
sociaux et philosophiques des texts de De Sade avec le monde de l’Ancien
Régime. En semblamble, nous avons vérifié les changements de sens donnés à ses
texts ; cela est dû on le croit bien, à la consolidation d’une image de perversité que
s’est collée au nom de cet auteur et qui a certainement fonctionnée comme guide
pour une lecture historique de son héritage critique depuis le XVIIIe siècle. Nous
avons également observé les préférences de lecture de M. de Sade, le dialogue
qu’il a réalisé avec ses contemporains et les choix qu’il a fait concernant ses
différentes façons d’ecrire. Tout cela, à notre avis permis de soutenir la nature
conservatrice de l’interpretation qu’il a fait de la France et de la histoire. Chez De
Sade, les idées conservatrices peuvent être traduites par une façon de pensée
particulière, soit, traversée par certains paris sceptiques tels que : la vie et la
faculté du jugé qui sont engendrées à chaque situation. Ces idées approchent aussi
les rapports de M. de Sade avec les conceptions populaires du corps et nature à l’égard desquelles il existe une symétrie entre le bien et le mal. La vie et
l’histoire pour De Sade ce ne sont enfin que le resultat d’un équilibre entre ces
deux forces.
|
7 |
[pt] A IDÉIA DE HISTÓRIA EM KANT: UM PROJETO FILOSÓFICO PARA PENSAR O PRESENTE / [en] THE IDEA OF HISTORY IN KANT: A PHILOSOPHICAL PROJECT TO THINK THE PRESENTAFFONSO CELSO THOMAZ PEREIRA 11 April 2005 (has links)
[pt] Kant nunca escreveu uma obra de História. Entretanto, é
justamente com
ele que a História torna-se um problema filosófico, ou
seja, ela é revestida de uma
dignidade própria e toma parte no sistema crítico. Ao
questionar as aporias do
conhecimento, Kant impõe novos critérios ao pensamento da
ação humana em
relação ao tempo, a possibilidade de conhecimento e ao
sujeito. A relação entre
passado-presente-futuro sofre um transtorno desde dentro,
concedendo à História
uma temporalidade própria em relação à religião e à
política. O conhecimento
sobre a História é realizado na mesma medida em que ela
pode ser experimentada
pelo sujeito, tornando-se seu próprio conhecimento. Em
Kant, a humanidade é
alçada a sujeito da História, o que reduz o campo de ação
do homem e amplia sua
responsabilidade. O debate acerca da natureza humana e
autonomia moral conduz
o sistema crítico por através dessa Idéia. Nesta dialética,
Kant estabelece um
horizonte formal ético que conduz a ação e o pensamento dos
homens em uma
tarefa infinita. Como razão crítica, é necessário que o
pensamento volte-se sempre
contra si próprio, tornando assim o presente o ponto de
partida e chegada para a
História. / [en] Kant has never written a History work. Nevertheless it is
precisely with
him that History becomes a philosophical problem, that is,
it is covered by a selfdignity
and becomes part of the critical system. At inquiring the
knowledge
principles, Kant imposes new criteria to the thought of
human action concerned to
time, to the possibility of knowing and to the subject. The
relation among pastpresent-
future is shaken up from the inside conceding to History a
temporality of
its own in relation to religion and politics. The knowledge
about History is
assumed as long as it can be experienced, becoming thus its
own knowledge. With
Kant, humanity is raised to the condition of subject of
History, what, in one hand,
reduces the man s action field and, in the other, extends
his responsibility. The
debate concerning the human nature and the moral autonomy
guides the critical
system and crosses throughout this Idea. On this
dialectics, Kant establishes an
ethical formal horizon leading men s action and thought on
an endless task. As
critical reason, it is necessary that the thought always
work against itself making,
in this manner, the present the starting and arrival point
to History.
|
Page generated in 0.0541 seconds