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[pt] O RASTRO DA ESTRUTURA: NOÇÕES DO ESTRUTURALISMO NA ARQUEOLOGIA DE MICHEL FOUCAULT / [en] THE TRACE OF THE STRUCTURE: ELEMENTS OF STRUCTURALISM IN MICHEL FOUCAULT S ARCHAEOLOGYÍTALO DO NASCIMENTO OLIVEIRA BORBA 13 June 2024 (has links)
[pt] O objetivo deste trabalho é investigar os fundamentos metodológicos da
arqueologia de Michel Foucault segundo noções do estruturalismo. Com a
pretensão de contribuir para o debate a respeito da metodologia arqueológica foi
selecionado o problema da materialidade do saber, tanto na dimensão da relação
entre formações discursivas e formações econômicas, quanto na materialidade do
próprio discurso. Dessa forma, as obras investigadas do filósofo francês são do
período inicial de seu pensamento, partindo de Doença Mental e Personalidade
(1954) e Doença Mental e Psicologia (1962), História da Loucura (1961) e O
Nascimento da Clínica (1963); finalmente traçando um balanço com alguns
apontamentos em A Arqueologia do Saber (1969). O caminho de pesquisa
analisando obra a obra se justifica pela ausência de um método arqueológico pré-determinado, mas que é modelado através da análise de cada objeto particular. O
desenvolvimento da análise sob o ponto de vista filosófico parte de uma
apresentação inicial sobre noções do estruturalismo através da linguística (Saussure
e Hjelmslev) e semiologia (Barthes) para construção de uma base teórica. Além
disso, as noções do estruturalismo são organizadas a partir de um panorama de
problemas e instrumentos utilizados pelos pensadores franceses da geração de 1968,
apresentado por Deleuze. Investigando a metodologia das obras foucaultianas, o
trabalho pretende contribuir para uma elucidação dos fundamentos teóricos da
arqueologia de Foucault através de três componentes: 1 – o elemento, que pode ser
entendido como discurso, enunciado, ou função-signo; 2 – o sistema, que pode ser
entendido como história, formações discursivas ou arquivo; 3 – causalidade
estrutural, que pode ser entendida como um conjunto descritivo das condições de
possibilidade, o objeto arqueológico. Transversalmente à essa análise, a abordagem
do problema da materialidade do saber demonstra que a contribuição deste trabalho
pretende avançar no entendimento da incidência das formações não discursivas na
constituição dos saberes (nível sistêmico), da relação entre essas formações e as
formações discursivas (nível da causalidade) e da materialidade da função-signo,
enunciado e discurso (nível elementar). / [en] The objective of this thesis is to investigate the methodological cornerstones of archaeology in Michel Foucault, according to elements of structuralism. Aiming to contribute to the debate on archaeological methodology, the problem of materiality of knowledge was chosen, both in the dimension of the relationship between discursive and economic formations, as well as in the realm of the materiality of discourse. Thus, the works investigated date from the beginning of his thinking, starting in Maladie mentale et personnalité (1954) and Mental Illness and Psychology (1962), Madness and Civilization (1961) e The Birth of the Clinic (1963), and finally creating a balance with some of his notes in The Archaeology of Knowledge (1969). The path of research analyzing each one of them is justified by the absence of a pre-determined archaeological method, but which is modeled through the analysis of each object in particular. The analysis is developed in a philosophical perspective, beginning with a presentation of the analytical principles of structuralism through linguistics (Saussure and Hjelmslev) and semiology (Barthes) for the construction of a theoretical basis. Furthermore, the analytical bases of structuralism are organized in a panorama of problems and instruments used by French thinkers of the 1968 generation, as presented by Deleuze. Investigating methodology in Foucauldian works, this thesis contributes to elucidating the theoretical fundaments of Foucault s archaeology through three components: 1 – the element, which can be understood as discourse, enuntiative, or sign-function; 2 – the system, which can be understood as history, discourse formations or archive; 3 – structural causality, which can be understood as a descriptive set of the conditions of possibility, the archaeological object. Throughout this analysis, the approach to the problem of materiality of knowledge shows that the present contribution aims to advance understanding on the incidence of non-discursive formations in the constitution of knowledges (systemic level), of the relationship between these formations and discursive formations (level of causality), and of the materiality of sign-function, enuntiative and discourse (elementary level).
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[en] THE EFFICIENCY OF BUSINESS SIGNS AND STRATEGIES FOR LEGITIMACY IN THE DESIGNFIELD / [pt] A EFICIÊNCIA DO SIGNO EMPRESARIAL E AS ESTRATÉGIAS DE LEGITIMAÇÃO DO CAMPO DO DESIGNMARCELO VIANNA LACERDA DE ALMEIDA 22 September 2006 (has links)
[pt] Ao se olhar para o logotipo ou o símbolo gráfico - signo
empresarial - de
um empreendimento qualquer, sempre surgem interrogações.
Seja o signo ainda
desconhecido, seja ele familiar, há de se perguntar o que
esta forma está por
representar ou o que a levou a ser escolhida, para que
continue a representar a
empresa a que se refere. Em ambos os casos, o que inspira
o questionamento é: o
que faz um signo visual ser eficiente? Desde que a marca
assumiu uma
importância indiscutível no mundo empresarial, se discute
a força que a
representação gráfica da empresa exerce, possibilitando
identificar o negócio e
realizar o incremento das vendas dos produtos a ela
associados. O propósito
deste trabalho é apresentar o entendimento de como um
signo empresarial atinge
esta eficiência, fazendo-nos compreender que isto não está
na sua configuração,
mas lhe é conferido a partir de um campo simbólico de
produção - o campo do
design. São aqui considerados W.J.T. Mitchell, autor que
contempla aspectos do
funcionamento de uma imagem, e fundamentalmente, Pierre
Bourdieu, que
explicita, por meio da teoria de produção em campos
simbólicos, a maneira
pela qual um bem simbólico - uma imagem - alcança o
reconhecimento como
legítimo. A partir desta articulação, é possível
compreender que a eficiência do
signo empresarial depende de uma legitimação, produzida
nas relações entre as
diversas instâncias desse campo autônomo do design; ao
contrário da crença
dos designers. / [en] When looking at the logo or the graphic symbol - business
sign - of any
enterprise, questions always arise. Whether the sign is
still unknown or whether it
is familiar, one will ask what this shape represents or
what led it to be chosen, so
that it could continue to represent the company to which
it refers. In both cases,
what inspires the questioning is: what makes a visual sign
efficient? Since the
brand name took on indisputable importance in the business
world, there has been
discussion of the force exerted by a company´s graphic
representation, which
makes it possible to identify the business and promote
increased sales of the
products associated with it. The purpose of this work is
to present an
interpretation of how a business sign attains this
efficiency, knowing that this does
not derive from its shape alone, but is conferred upon it
based on a symbolic field
of production - the field of design. Following in the
footsteps of W.J.T. Mitchell,
an author who has addressed aspects of an image´s
functioning and,
fundamentally, Pierre Bourdieu, who has made clear, by
means of the theory of
production in symbolic fields, the way in which a symbolic
asset - an image -
achieves recognition as legitimate, it is possible to
understand that the efficiency
of a business sign depends on legitimacy, which is
produced in the relations
between the various levels of this autonomous field of
design, contrary to the
designers belief.
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[en] THE EFFICIENCY OF THE COMPANY GRAPHIC SIGN: A FORM ACCLAIMED BY THE DESIGN FIELD ON THE LEVELS OF MODERN VISUAL CULTURE / [fr] L’EFFICACITÉ DU SIGNE GRAPHIQUE D’UNE ENTREPRISE: FORME CONSACRÉE PAR LE CHAMP DU DESIGN DANS LES INSTANCES DE LA CULTURE VISUELLE MODERNE / [pt] A EFICIÊNCIA DO SIGNO GRÁFICO EMPRESARIAL: FORMA CONSAGRADA PELO CAMPO DO DESIGN NAS INSTÂNCIAS DA CULTURA VISUAL MODERNAMARCELO VIANNA LACERDA DE ALMEIDA 05 June 2013 (has links)
[pt] Quando se visualiza a profusão de signos gráficos de empresas,
atualmente expostos no meio social, se manifestam várias indagações, dentre as
quais uma é fundamental: o que possibilita a estas imagens gráficas deterem
tamanha força, capaz de permitir o seu reconhecimento como representante da
empresa a que pertence, ou como sinal de indicação da marca de produtos a que se
devota o consumo? O propósito deste trabalho de pesquisa é apresentar o
entendimento de como o signo gráfico empresarial atinge essa força, que aqui se
entende por eficiência. Tal como efetuamos nossa análise do fenômeno, a
eficiência do signo gráfico empresarial não pode ser compreendida a partir das
características técnicas de sua configuração, mas pela construção cultural de um
campo simbólico de produção - o campo do design. Esse fenômeno somente foi
possível porque ocorreram transformações sociais de grande proporção, que
aprofundaram sobremaneira a ruptura inicial de instauração da Idade Moderna.
Uma delas foi a alteração do modelo de visualidade no século XIX, a qual
possibilitou ao campo do design efetivar seus princípios legítimos de produção
de imagens gráficas, e assim justificar, na sociedade, o domínio de sua
fabricação. Outra alteração consistiu na mudança do modelo de satisfação
subjetiva, que forneceu as bases do insaciável consumo moderno. Essa
mudança ofereceu oportunidade para que se instituíssem a importância das
marcas - imagens projetadas a partir de valores atribuídos aos
empreendimentos - e a força de seus signos gráficos. Para a articulação dessas
duas alterações com a análise da eficiência do signo gráfico, foram empregados os
seguintes autores: Jonathan Crary e Colin Campbell, que contribuíram
respectivamente com indicações relevantes das alterações que permitiram aos
indivíduos das sociedades modernas, visualizar e consumir de maneira autônoma. Na análise do funcionamento do campo do design, utilizou-se um autor
fundamental, Pierre Bourdieu, que explicita, por meio de sua teoria de produção
dos campos simbólicos, a maneira pela qual um bem simbólico - por exemplo,
uma imagem gráfica - alcança o reconhecimento como legítimo. A partir dessa
produção simbólica do campo, é possível compreender que a eficiência do signo
gráfico empresarial depende de sua legitimação, levada a efeito de maneira
precisa entre os diversos agentes e instituições das instâncias desse campo
autônomo do design, em luta constante por legitimidade na hierarquia social. / [en] When one visualizes the profusion of company graphic signs currently displayed
in the social area, several questions arise, but nevertheless one is basic: what enables
these graphic images to have so much strength which allows them to be recognized as
representative of the companies to which they belong or as sign indicative of the
trademarks of products whose consumption is desired? The purpose of this research
work is to present the understanding of how the company graphic sign attains this
strength, which in this work is understood as efficiency. As we perform our analysis of
the phenomenon, the efficiency of the company graphic sign cannot be comprehended
based on the technical characteristics of its configuration, but rather as the cultural
construction of a symbolic field of production – the design field. This phenomenon was
possible only because large-scale social transformations took place which greatly
deepened the initial breakthrough of the establishment of the Modern Age. One of these
was the change in the model for visualizing in the 19th century which enabled the design
field to achieve its legitimate principles of graphic image production and thus justify to
society the mastery of their production. Another change involved the shift in the model
of subjective satisfaction, which furnished the bases for modern insatiable consumption.
This change offered the opportunity for instituting the importance of trademarks –
images projected based on values attributed to the undertakings – and the strength of
their graphic signs. For the articulation of these two changes with the analysis of the
graphic sign´s efficiency, the following authors were utilized: Jonathan Crary and Colin
Campbell, who contributed respectively with relevant indications of these changes
which allowed individuals in modern societies to visualize and consume in an
independent way. In the analysis of the design field´s functioning, a fundamental author
was utilized: Pierre Bourdieu, who makes explicit, by means of his theory of symbolic field production, the way in which a symbolic asset – for example, a graphic image –
achieves recognition as legitimate. Based on this symbolic field production, it is
possible to comprehend that the efficiency of the company graphic sign depends on its
legitimizing, carried out in a precise way among the various agents and institutions on
the levels of this independent field of design, in a constant struggle for legitimacy in the
social hierarchy. / [fr] Quand on visualise la profusion des signes graphiques des entreprises
actuellement exposés dans la société, plusieurs indagations se manifestent, cependant,
une nous semble fondamentale: qu’est-ce que possibilite à ces images graphiques
d’avoir telle force qui permet que l’on les reconaisse comme représentant de l’entreprise
à laquelle elles appartiennent ou même comme indication de la marque des produits de
consommation? L’objectif de ce travail est de comprendre comment le signe graphique
d’une entreprise gagne cette force, qui dans ce travail on appelera efficacité. Selon la
façon dont nous avons effectué notre analyse de ce phénomène, l’efficacité du signe
graphique d’une entreprise ne peut pas être comprise à partir des caractéristiques
techniques de sa configuration, mais à partir de la construction culturelle d’un champ
symbolique de production – le champ du design. Cela a été possible grâce aux grandes
transformations sociales qui ont aprofondi la rupture iniciale d’instauration de l’âge
moderne. Une de ces transformations fût le changement de modèle de visualité au
XIXème siècle qui a possibilité au champ du design d’effectuer ses príncipes légitimes
de production des images graphiques et ainsi de justifier dans la société le domaine de
sa fabrication. Une autre tranformation fût le changement de modèle de satisfaction
subjective qui a donné les bases de la consommation exagérée de la modernité. Ce
changement offrit l’opportunité de l’institution et de l’importance des marques – images
projetées à partir des valeurs attribuées aux entreprises – et la force de leurs signes
graphiques. Pour articuler ces deux changements deux auteurs ont été utilisés: Jonathan
Crary et Colin Campbell qui ont fourni des indications relevantes à propos de ces
changements qui permirent aux individus des sociétés modernes de visualiser et de
consommer de manière autonome. Dans l’analyse du fonctionnement du champ du
design, on a utilisé un auteur fondamental, Pierre Bourdieu qui explicite à travers sa théorie du champ de production symbolique, la façon dont un bien symbolique, une
image graphique par exemple, obtient la reconnaissance comme légitime. À partir de
cette production symbolique du champ, il est possible de comprendre que l’efficacité du
signe graphique d’une entreprise dépend de sa propre légitimation parmi plusieurs
agents et institutions de ce champ autonome du design, en lutte pour la légitimation
dans l’hiérarchie sociale.
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