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[en] DESIGN: CRITIQUE TOWARDS THE NOTION OF PROJECT METHODOLOGY / [pt] DESIGN: CRÍTICA À NOÇÃO DE METODOLOGIA DE PROJETOFABIANA OLIVEIRA HEINRICH 19 December 2013 (has links)
[pt] Este estudo visa uma investigação crítica da noção de metodologia
de projeto no campo do Design. Partindo da concepção recorrente de
que a metodologia de projeto é tida como o norte do campo, isto é, sua
definição enquanto área do conhecimento e prática profissional; observase
ser necessária uma análise desta concepção e suas implicações,
principalmente epistemológicas e políticas. Para isso, desenvolve-se,
primeiramente, um corpus sócio-filosófico com o intuito de construir um
aparato crítico. Posteriormente, organiza-se uma historiografia da noção
de metodologia de projeto no campo do Design, desde suas primeiras
concepções até a contemporaneidade, tanto em âmbito internacional
quanto nacional, com o pressuposto de propiciar uma melhor definição e
contextualização da situação estudada. A seguir, com o intuito de
averiguar e colimar os pontos investigados, analisam-se situações
concretas: as noções de metodologia de projeto em artigos do principal
congresso científico da área no Brasil, o PeD, de edições bienais que
acomodam um recorte de 10 anos (2002-2012, 6 edições). A partir
destes dados, desenvolve-se um texto crítico, o qual discorre sobre as
informações pesquisadas com o intento de desmitificar o status quo
instaurado quanto à metodologia de projeto como norteadora do campo
do Design e todas suas decorrências. / [en] This study aims a critical examination of the notion of project
methodology in the Design field. Considering the iterant conception in
which project methodology determines the north of the field, to be precise,
that it corresponds to its definition as an area of knowledge and
professional practice; it becomes necessary an analysis of the
aforementioned notion and its surroundings, specially the epistemological
and political ones. Therefore, the study starts with the development of a
socio-philosophical corpus, with aims of building the critical apparatus.
After that, the study continues with a historiography of the project
methodology notion in the Design field, from its earliest conception up to
contemporary times, both in international and national spheres, aiming a
better understanding and contextualization of the studied situation. Next, in
order to investigate and confirm the already mentioned points, concrete
situations are analyzed: the project methodology notions found in papers of
the most significant scientific event in Brazil, the PeD, with biannual
editions in a delimited clipping of 10 years (2002-2012, 6 editions). From
these data, it is developed a critical text, with the intent of demystifying the
status quo of project methodology as the north of the Design field and all its
subsequent implications.
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As ambiguidades da doutrina: conflitos e tensões estruturais no campo do designBerwanger, Ana Claudia 20 June 2013 (has links)
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Ana Claudia Berwanger.pdf: 26059274 bytes, checksum: 6d0d91a9d8953af0ca2abe240c7a0d64 (MD5)
Previous issue date: 2013-06-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis presents a panoramic view of the process of formation of the Brazilian institutional system that was built around the notions and practices called "industrial design" and "design". It also presents an interpretation of the disputes held specifically in the academic field of design, in its current configuration, while trying to understand the different requirements articu-lated, in that area, for the specific rarity of such practice.
The text is divided in two parts of which the first one is dedicated to present the main institutions and formative events in the field, from the foundation of the Institute of Contemporary Arts of the Sao Paulo Art Museum (1951) to the end of the first decade of the years 2000, going through the quarrels that happened in the first schools (ESDI and FAU-USP), the creation of the first professional associations (ABDI and APDINS), the downfall of the name "industrial design" and the rise of the name "design", the dissemination of the graduation and post-graduation educational system, the growth of the student movements, the launching of several specialized publications, periodic awards and governmental incen¬tive programs, and finally the battle for professional regulation and affirmation of the speci city of this practice and its field, in regards to related practices and fields such as architecture and arts. The study in question aimed to present the essential traces of the competition between the institutions along the story of this field, and aIs o the most relevant external pressures, which contributed to determine many of its directions. The institutions were discussed in the thesis according to the view of the social world forged by the Frencl1" sociologist Pierre Bourdieu, focusing on the roles developed particularly in regards to the production of symbolic assets, the reproduction of knowledge and values related to the field, and also the public distribution and the consecration/legitimization of its agents a d practices.
The first part of the thesis intends to contextualize the specific problems discussed in the second part, regarding the recommendations currently articulated in the academic field for the relations be¬tween the designer, the business world, and the demands of other nature (social, environmental, psy¬chological, etc.) In order to sustain this approach, several positions articulated the academic field were analyzed, going from the full exploitation of the design in relation to the economic world, to the concealment of such exploitation. The discussion proposed is about the strategies and possibilities of empowering the area and reassuring the specific rarity of the practices of the designer. The main conclu¬sion is that, differently from what occurred in the initial stage of the formation of this field, around the 19th century, when the designer was clearly seen as an artistic consultant serving the industry, nowa¬days its specific rarity is so comprehensive and almost nonspecific, that it may ;only be defined a "doing something well"; and this doing is extended to the engaged formulation of any interface, which allows any user or agent to realize any task through the use of any tool or system, independently of their nature. This condition creates a paradox in which the design is more autonomous the more heteronomous its concrete practices are, and the more its agents specialize in interpreting and attending to the needs and interests of each other, either those demands are economical or noto economical or not. / Esta tese apresenta uma visão panorâmica do processo de formação do sistema institucional bra-sileiro que se erigiu em torno das noções e das práticas nomeadas desenho industrial e design . Apre-senta também uma interpretação sobre as disputas travadas no campo acadêmico do design em sua atual conguração, buscando compreender quais são as diferentes prescrições formuladas, nesse âm-bito, para denir a raridade especíca dessa prática.O texto é dividido em duas partes, das quais a primeira é dedicada a apresentar as principais insti-tuições e eventos formadores do campo, desde a fundação do Instituto de Arte Contemporânea do Mu-seu de Arte de São Paulo (1951), até o nal da primeira década dos anos 2000, passando pelos embates travados nas primeiras escolas (esdi e fau-usp), pela formação das primeiras associações prossionais (abdi e apdins), pelo declínio da nomenclatura desenho industrial e ascensão da nomenclatura de-sign , pela disseminação do sistema de ensino de graduação e pós-graduação, pelo crescimento do movi-mento estudantil, pela instalação de diversas publicações especializadas, premiações periódicas e pro-gramas governamentais de fomento e, por m, pela batalha em prol da regulamentação prossional e da armação da especicidade desta prática e deste campo, em relação a práticas e campos correlatos, tais como a arquitetura e as artes. No panorama em questão, buscou-se apresentar os traços essenciais da luta concorrencial travada entre as instituições ao longo da trajetória do campo, e também as pressões externas mais relevantes, que contribuiram para determinar muitas de suas direções. As instituições foram discutidas na tese de acordo com a visão do mundo social forjada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, enfocando os papéis por elas desempenhados, particularmente no que se refere à produção dos bens simbólicos, à reprodução dos saberes e valores atinentes ao campo e, por m, à difusão pública e à consagração/legitimação de seus agentes e práticas. A primeira parte da tese tem por nalidade situar a problemática especíca que é discutida na se-gunda parte, e que diz respeito às prescrições atualmente formuladas dentro do campo acadêmico para a relação entre o designer, o mundo empresarial e as demandas de outras naturezas (social, ambiental, psicológica etc.) Para sustentar este enfoque foram analisadas diversas tomadas de posição formuladas no âmbito do campo acadêmico, que oscilam entre a instrumentalização plena do design em relação ao mundo econômico, e o ocultamento dessa instrumentalidade. A discussão proposta diz respeito às estratégias e possibilidades de autonomização do campo e da armação da raridade especíca das práti-cas do designer. A principal conclusão obtida é que, diferentemente do que ocorria no estágio inicial da formação deste campo, em meados do século xix, quando o designer era claramente visto como um consultor artístico a serviço da indústria, nos dias de hoje a sua raridade especíca é tão abrangente que beira a inespecicidade, podendo ser denida apenas por um fazer bem feito , fazer este que incide sobre a formulação engajada de quaisquer interfaces, que possibilitem a quaisquer usuários e agentes a consecução de quaisquer tarefas, por meio do uso de quaisquer artefatos e sistemas, independente da natureza dos mesmos. Tal condição gera um paradoxo segundo o qual o campo do design é tanto mais autônomo quanto mais heterônomas são suas práticas concretas, e quanto mais seus agentes se espe-cializam em interpretar e atender às necessidades e interesses de um outro, sejam essas demandas de natureza econômica ou não
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As ambiguidades da doutrina: conflitos e tensões estruturais no campo do designBerwanger, Ana Claudia 20 June 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-06-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis presents a panoramic view of the process of formation of the Brazilian institutional system that was built around the notions and practices called "industrial design" and "design". It also presents an interpretation of the disputes held specifically in the academic field of design, in its current configuration, while trying to understand the different requirements articu-lated, in that area, for the specific rarity of such practice.
The text is divided in two parts of which the first one is dedicated to present the main institutions and formative events in the field, from the foundation of the Institute of Contemporary Arts of the Sao Paulo Art Museum (1951) to the end of the first decade of the years 2000, going through the quarrels that happened in the first schools (ESDI and FAU-USP), the creation of the first professional associations (ABDI and APDINS), the downfall of the name "industrial design" and the rise of the name "design", the dissemination of the graduation and post-graduation educational system, the growth of the student movements, the launching of several specialized publications, periodic awards and governmental incen¬tive programs, and finally the battle for professional regulation and affirmation of the speci city of this practice and its field, in regards to related practices and fields such as architecture and arts. The study in question aimed to present the essential traces of the competition between the institutions along the story of this field, and aIs o the most relevant external pressures, which contributed to determine many of its directions. The institutions were discussed in the thesis according to the view of the social world forged by the Frencl1" sociologist Pierre Bourdieu, focusing on the roles developed particularly in regards to the production of symbolic assets, the reproduction of knowledge and values related to the field, and also the public distribution and the consecration/legitimization of its agents a d practices.
The first part of the thesis intends to contextualize the specific problems discussed in the second part, regarding the recommendations currently articulated in the academic field for the relations be¬tween the designer, the business world, and the demands of other nature (social, environmental, psy¬chological, etc.) In order to sustain this approach, several positions articulated the academic field were analyzed, going from the full exploitation of the design in relation to the economic world, to the concealment of such exploitation. The discussion proposed is about the strategies and possibilities of empowering the area and reassuring the specific rarity of the practices of the designer. The main conclu¬sion is that, differently from what occurred in the initial stage of the formation of this field, around the 19th century, when the designer was clearly seen as an artistic consultant serving the industry, nowa¬days its specific rarity is so comprehensive and almost nonspecific, that it may ;only be defined a "doing something well"; and this doing is extended to the engaged formulation of any interface, which allows any user or agent to realize any task through the use of any tool or system, independently of their nature. This condition creates a paradox in which the design is more autonomous the more heteronomous its concrete practices are, and the more its agents specialize in interpreting and attending to the needs and interests of each other, either those demands are economical or noto economical or not. / Esta tese apresenta uma visão panorâmica do processo de formação do sistema institucional bra-sileiro que se erigiu em torno das noções e das práticas nomeadas desenho industrial e design . Apre-senta também uma interpretação sobre as disputas travadas no campo acadêmico do design em sua atual conguração, buscando compreender quais são as diferentes prescrições formuladas, nesse âm-bito, para denir a raridade especíca dessa prática.O texto é dividido em duas partes, das quais a primeira é dedicada a apresentar as principais insti-tuições e eventos formadores do campo, desde a fundação do Instituto de Arte Contemporânea do Mu-seu de Arte de São Paulo (1951), até o nal da primeira década dos anos 2000, passando pelos embates travados nas primeiras escolas (esdi e fau-usp), pela formação das primeiras associações prossionais (abdi e apdins), pelo declínio da nomenclatura desenho industrial e ascensão da nomenclatura de-sign , pela disseminação do sistema de ensino de graduação e pós-graduação, pelo crescimento do movi-mento estudantil, pela instalação de diversas publicações especializadas, premiações periódicas e pro-gramas governamentais de fomento e, por m, pela batalha em prol da regulamentação prossional e da armação da especicidade desta prática e deste campo, em relação a práticas e campos correlatos, tais como a arquitetura e as artes. No panorama em questão, buscou-se apresentar os traços essenciais da luta concorrencial travada entre as instituições ao longo da trajetória do campo, e também as pressões externas mais relevantes, que contribuiram para determinar muitas de suas direções. As instituições foram discutidas na tese de acordo com a visão do mundo social forjada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, enfocando os papéis por elas desempenhados, particularmente no que se refere à produção dos bens simbólicos, à reprodução dos saberes e valores atinentes ao campo e, por m, à difusão pública e à consagração/legitimação de seus agentes e práticas. A primeira parte da tese tem por nalidade situar a problemática especíca que é discutida na se-gunda parte, e que diz respeito às prescrições atualmente formuladas dentro do campo acadêmico para a relação entre o designer, o mundo empresarial e as demandas de outras naturezas (social, ambiental, psicológica etc.) Para sustentar este enfoque foram analisadas diversas tomadas de posição formuladas no âmbito do campo acadêmico, que oscilam entre a instrumentalização plena do design em relação ao mundo econômico, e o ocultamento dessa instrumentalidade. A discussão proposta diz respeito às estratégias e possibilidades de autonomização do campo e da armação da raridade especíca das práti-cas do designer. A principal conclusão obtida é que, diferentemente do que ocorria no estágio inicial da formação deste campo, em meados do século xix, quando o designer era claramente visto como um consultor artístico a serviço da indústria, nos dias de hoje a sua raridade especíca é tão abrangente que beira a inespecicidade, podendo ser denida apenas por um fazer bem feito , fazer este que incide sobre a formulação engajada de quaisquer interfaces, que possibilitem a quaisquer usuários e agentes a consecução de quaisquer tarefas, por meio do uso de quaisquer artefatos e sistemas, independente da natureza dos mesmos. Tal condição gera um paradoxo segundo o qual o campo do design é tanto mais autônomo quanto mais heterônomas são suas práticas concretas, e quanto mais seus agentes se espe-cializam em interpretar e atender às necessidades e interesses de um outro, sejam essas demandas de natureza econômica ou não
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Total ionizing dose mitigation by means of reconfigurable FPGA computing /Smith, Farouk. January 2007 (has links)
Dissertation (PhD)--University of Stellenbosch, 2007. / Bibliography. Also available via the Internet.
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[pt] AUTONOMIA, AUTORIDADE E INDIVIDUALISMO: O MITO DA AUTORIA NO CAMPO DO DESIGN / [en] AUTONOMY, AUTHORITY AND INDIVIDUALISM: THE MYTH OF AUTHORSHIP IN THE DESIGN FIELDPAULO VIEIRA DA SILVA MAGALHAES 09 June 2020 (has links)
[pt] Nesta dissertação examina-se a autoria no Campo do Design. Argumenta-se que a noção de autoria adotada hegemonicamente pelo campo é carismática. É dizer, os pares do campo defendem a existência de um dom extraordinário e obscuro concedido para alguém que servirá para o bem do seu grupo social,
enxerga o designer autor como aquele agente que, através da inovação e da criatividade, constrói seus objetos e/ou imagens de modo autoritário, autônomo e individual, sem nenhuma interferência externa. Considera-se que esta visão advém do Campo da Arte, visto que o Campo do Design herdou muitas noções do Campo da Arte, e que ainda existe uma incerteza sobre o que pertence a um campo e o que pertence ao outro. Ademais, percebe-se que os agentes de legitimação do Campo do Design por muitas vezes não consideram o modo de produção vigente, o capitalismo, e que neste modo de produção o que se produz são mercadorias - estas projetadas pelo Campo do Design - que não possuem apenas valor de uso, mas principalmente valor de troca simbólica. Assim, se estuda as transformações históricas que ocorreram no Campo da Arte no que diz respeito à autoria para entender como as noções que permeiam o Campo da Arte foram herdadas pelo Campo do Design e como estas noções foram se transformando e se reproduzindo
ao longo do período moderno, de forma a fazer uma crítica a tais noções, que se julga aqui serem passadistas. Assim sendo, se propõe que o designer como autor é uma forma de produzir capital simbólico no Campo do Design, e que a promessa de autoria promovida nas escolas de design produz alienação, e que tal alienação não condiz com a necessidade social. / [en] This dissertation examines the authorship in the Field of Design. It is argued that the notion of authorship hegemonically adopted by the field is charismatic, that is, it sees the designer author as that agent who, through innovation and creativity, builds his objects and/or images in an authoritarian, autonomous and individual way, without no outside interference. This view is considered to come from the Art Field,
since the Design Field has inherited many notions from the Art Field, and there is still uncertainty about what belongs to one field and what belongs to the other. Moreover, it is clear that the legitimating agents of the Design Field often do not consider the current mode of production, capitalism, and that in this mode of
production what they produce are commodities - these designed by the Design Field - that do not have only use value, but mainly symbolic exchange value. Thus, we study the historical transformations that occurred in the field of art with regard to authorship to understand how the notions that permeate the field of art were inherited by the Field of Design and how these notions were transformed and reproduced to throughout the modern period, in order to make a critique of such notions, which are thought here to be outdated. Therefore, it is proposed that the designer as an author is a way of producing symbolic capital in the Field of Design, and that the promise of authorship promoted in the design schools produces alienation, and that such alienation does not match social needs.
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[en] CRITIQUE OF EXPERIENCE AS A COMMODITY IN THE DESIGN FIELD / [pt] CRÍTICA DA EXPERIÊNCIA COMO MERCADORIA NO CAMPO DO DESIGNFABIANA OLIVEIRA HEINRICH 12 May 2021 (has links)
[pt] Nesta tese examinamos a experiência como mercadoria no Campo do Design. Argumentamos que a noção de experiência adotada é acrítica e equivocada, posto que evoca um determinismo tecnológico quando deveria reconhecê-la como uma construção social, isto é, algo constituído historicamente, que evidencia a
ideologia do contexto e as idiossincrasias daquele que experiencia. Logo, investigando a questão pelo viés da Crítica Social, principiamos o estudo pela definição de experiência no Campo do Design através de duas vertentes identificadas - a vertente teórica humanista e a vertente orientada pelo mercado. A seguir, ampliamos este entendimento com conceitos do Campo da Filosofia. Em seguida, partimos para a definição de mercadoria e sua condição no capitalismo tardio. Esclarecemos sua forma elementar - que persiste
contemporaneamente -, bem como as implicações da expansão do capitalismo, que provocou mudanças nas esferas da produção e da circulação, as quais influenciaram e influenciam o Campo do Design. Por fim, discutimos se a experiência no Campo do Design pode, de fato, carregar este nome, e se ela é
uma mercadoria. Nesta discussão, postulamos que o Campo não projeta a/para a experiência, tendo em vista que não reconhece os limites de sua práxis - ele ainda projeta objetos e seus modos de uso, e não experiências - nem as idiossincrasias de quem experiencia. Consequentemente, uma experiência não
pode ser uma mercadoria, pois não é projetada, e também porque não se encaixa na forma elementar. Assim, propomos que o que o Campo comercializa consiste apenas de promessas - promessas de um uso ou experiência que pode ou não se cumprir - ou apenas um valor simbólico. / [en] In this dissertation we examine experience as a commodity in the Design Field.
We argue that the notion of experience employed in the Field is acritical and
incorrect, because it evokes a technological determinism when it should recognize it as a social construct, that is, something that is historically built, which manifests the context s ideology and the experience holder s idiosyncrasies. Therefore, to examine this via the Social Criticism bias, we first define what experience means in the Design field with two identified strands - one called theoretical humanist, and the other market oriented. After that, we extend our experience understanding with concepts from the Philosophy Field. Following, we define the meaning of commodity and its condition in late capitalism. We clarify its elemental form - which persists in contemporaneity — as well as the implications of capitalism expansion, which caused changes in the spheres of production and circulation that influenced and still influences the Design Field. At last, we discuss if what is considered experience in the Design Field can really hold this name, and if it really is a commodity. In this discussion, we propose that the Field doesn t design, or design for, an experience, because it doesn t acknowledge the limits of its praxis - it still designs objects and their modes of use, not experiences - nor the experience holder s idiosyncrasies. Consequently, experience can t be a commodity, because it can t be designed and also because it doesn t fit to the commodity elemental form. In this way, we theorize that what the Design Field commercializes are only promises — promises of use or experience that might not occur - or simply a symbolic value.
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[en] THE EFFICIENCY OF BUSINESS SIGNS AND STRATEGIES FOR LEGITIMACY IN THE DESIGNFIELD / [pt] A EFICIÊNCIA DO SIGNO EMPRESARIAL E AS ESTRATÉGIAS DE LEGITIMAÇÃO DO CAMPO DO DESIGNMARCELO VIANNA LACERDA DE ALMEIDA 22 September 2006 (has links)
[pt] Ao se olhar para o logotipo ou o símbolo gráfico - signo
empresarial - de
um empreendimento qualquer, sempre surgem interrogações.
Seja o signo ainda
desconhecido, seja ele familiar, há de se perguntar o que
esta forma está por
representar ou o que a levou a ser escolhida, para que
continue a representar a
empresa a que se refere. Em ambos os casos, o que inspira
o questionamento é: o
que faz um signo visual ser eficiente? Desde que a marca
assumiu uma
importância indiscutível no mundo empresarial, se discute
a força que a
representação gráfica da empresa exerce, possibilitando
identificar o negócio e
realizar o incremento das vendas dos produtos a ela
associados. O propósito
deste trabalho é apresentar o entendimento de como um
signo empresarial atinge
esta eficiência, fazendo-nos compreender que isto não está
na sua configuração,
mas lhe é conferido a partir de um campo simbólico de
produção - o campo do
design. São aqui considerados W.J.T. Mitchell, autor que
contempla aspectos do
funcionamento de uma imagem, e fundamentalmente, Pierre
Bourdieu, que
explicita, por meio da teoria de produção em campos
simbólicos, a maneira
pela qual um bem simbólico - uma imagem - alcança o
reconhecimento como
legítimo. A partir desta articulação, é possível
compreender que a eficiência do
signo empresarial depende de uma legitimação, produzida
nas relações entre as
diversas instâncias desse campo autônomo do design; ao
contrário da crença
dos designers. / [en] When looking at the logo or the graphic symbol - business
sign - of any
enterprise, questions always arise. Whether the sign is
still unknown or whether it
is familiar, one will ask what this shape represents or
what led it to be chosen, so
that it could continue to represent the company to which
it refers. In both cases,
what inspires the questioning is: what makes a visual sign
efficient? Since the
brand name took on indisputable importance in the business
world, there has been
discussion of the force exerted by a company´s graphic
representation, which
makes it possible to identify the business and promote
increased sales of the
products associated with it. The purpose of this work is
to present an
interpretation of how a business sign attains this
efficiency, knowing that this does
not derive from its shape alone, but is conferred upon it
based on a symbolic field
of production - the field of design. Following in the
footsteps of W.J.T. Mitchell,
an author who has addressed aspects of an image´s
functioning and,
fundamentally, Pierre Bourdieu, who has made clear, by
means of the theory of
production in symbolic fields, the way in which a symbolic
asset - an image -
achieves recognition as legitimate, it is possible to
understand that the efficiency
of a business sign depends on legitimacy, which is
produced in the relations
between the various levels of this autonomous field of
design, contrary to the
designers belief.
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[en] AMAZONIAN CULTURE AND DESIGN: THE SYMBOLIC SPACE OF THE DESIGN FIELD IN AMAZONAS / [pt] DESIGN E CULTURA AMAZÔNICA: O ESPAÇO SIMBÓLICO DO CAMPO DO DESIGN NO AMAZONAS17 May 2017 (has links)
[pt] O presente trabalho busca identificar o processo de estruturação e a configuração do Campo do Design no Amazonas assim como as contribuições e consequências, concretas e simbólicas, deste para a cultura amazônica no contexto globalizado. O trabalho tem como enfoque o Campo do Design enquanto campo de produção de bens simbólicos e como principal produtor de bens e serviços na modernidade, como essa prática incide sob lugares historicamente tidos como periféricos, como a Amazônia, assim como o papel dessa prática no embate entre modernidade e tradição. A pesquisa parte do princípio de que a adoção irrestrita e
irreflexiva dos cânones e das soluções modernas resulta na reprodução de seus erros e arbitrários. Para demonstrar isso, primeiramente é apresentado o instrumental teórico-metodológico para a análise das noções de cultura, sociedade, modernidade e do Campo do Design enquanto produtor de bens simbólicos. Estando esse instrumental posto, ele é utilizado para discernir as relações do homem com o meio amazônico e a construção histórica usando como objeto às suas formas de representação – cultura visual –, significado e valores sociais estabelecidos e associados a essas produções, demonstra-se como o locus de sentido da cultura amazônica se constituiu na floresta e que essa cultura, apesar de dominante na região, é preterida pelos dominantes. Para isso, foram selecionadas imagens de períodos históricos distintos da Amazônia, – conquista,
colonização e da modernidade – como forma de ilustrar como essas ideias e noções determinavam a produção dessas formas de representação. Dessa forma foi possível circunscrever o modo como as elites econômicas, políticas e culturais do Amazonas produzem e legitimam as interseções das diferentes temporalidades históricas e como a ideologia comercial dominante globalmente – globalização – interfere na produção e circulação de bens simbólicos na região. Assim, a questão da configuração dos bens simbólicos não se pauta somente nem principalmente por uma deliberação formal, por um questionamento técnico e pelo avanço das técnicas de representação, mas sim, pelas ideias legitimadas pelas classes dominantes, pela relação do homem com o meio – principalmente na determinação das relações preferidas e preteridas –, e pelos recursos disponíveis para a realização dessa atividade. A partir das produções dos demais campos de produção de bens simbólicos, como a Arquitetura, a Arte, o Grafite e a Literatura, demonstra-se como o locus de sentido muda para a cidade a partir das últimas décadas do século XX e também a atualização, continuidade e desaparecimento de várias dessas noções, como as de Amazônia como infância do mundo, do progresso libertador, o impulso enciclopédico, a noção de que ver é conhecer, o determinismo natural, dentre outras. Por fim, é apresentado um modo de compreensão e valorização para o mercado de produção de bens simbólicos produzido pelo Design do Amazonas alternativo à ideologia comercial dominante globalmente, considerando-se especialmente as particularidades oriundas da cultura indígenas que foram hibridizados na para o surgimento cultura amazônica, sua forma de se relacionar com o meio, seu perspectivismo, seu entendimento de uma política cosmológica e os potenciais impactos dessas noções para o Campo do Design. / [en] The present work aims to identify the structuring and configuration process of the Design s Field in the Amazon as well the concrete and symbolic contributions and consequences of this practice for the Amazonian Culture in a globalized context. The research focuses on: the Design s Field as a field of production of symbolic goods in modernity in which it is the main responsible for the conformation of its goods and services; how this Field view and apprehends places that are historically regarded as peripheral, as the Amazon; as well analyse the responsibility of this Field in the clash between modernity and tradition. The research assumes that the unrestrained and unreflective adoption of modernity legitimated canons and solutions result in the reproduction of its slips and arbitraries. In order to demonstrate this statement, first it is presented the
theoretical-methodological instrumental tool for the analysis of the notions of culture, society, modernity, field and the relation between Design and the production of symbolic goods. After this, those notion are employed to: i) expose the relations between the man with the Amazonian environment and the historical construction of this relation trough its forms of representation – visual culture –; ii) the meanings and social established values and their association with these productions; iii) and also it is demonstrated how the locus of meaning of the Amazonian culture was constituted in the forest and how this culture, although qualitatively dominant in the region, is overpowered by the interests of the dominant ones. To do so, images from different historical periods of Amazonia, – conquest, colonization and modernity –, were selected as a way of illustrating how these ideas and notions determined the production of these forms of representation. Thereby, it was possible to circumscribe the manner in which the economic, political and cultural elites of the Amazon produce and legitimize the intersections of different historical temporalities and how the globally dominant commercial ideology – globalization – locally interferes with the production and circulation of symbolic goods. Then, the question of the configuration of symbolic goods is not only dictated by a formal deliberation, it is not a technical question related only with the advance of the techniques of representation but rather by ideas that are legitimated by the dominant classes, by the relation of man with the
environment keeping in mind the determination of favoured and deprecated relations, and by the amount of resources available to carry out this activity. Complementarily, from the other fields of production of symbolic goods and their productions, such as architecture, art, graphite and literature, it is shown how the locus of meaning moves to the city in the last decades of the twentieth century and also the modification, continuity and disappearance of several of these notions, such as the Amazon as the world s childhood, the univocal potential of the progress for man emancipation, the encyclopaedic impulse, the notion that seeing is knowing, natural determinism, among others. Finally, as a way of understanding and increase the market of symbolic goods produced by the Design Field in Amazonas as an alternative to the globally dominant commercial ideology it is presented another perspective to evaluate and understand its production. This alternative especially explores the particularities of the indigenous culture that were hybridized in the Amazonian culture, their way of relationship with the environment, their perspectivism, their understanding of a cosmological policy, and the potential impacts of these notions on the Design Field.
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There Is a Fundamental Need for Diversity and Inclusion Awareness Within Leadership of Creative Agencies: An Investigation into Gender in the Professional Design SpaceParnell, Lisa Jane, Mrs 02 December 2019 (has links)
No description available.
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[en] SANTINHOS: A REFLECTION BETWEEN DESIGN AND THE POPULAR RELIGIOUS PRINTS / [pt] SANTINHOS: UMA REFLEXÃO ENTRE O DESIGN E OS IMPRESSOS RELIGIOSOS POPULARESKARL GEORGES MEIRELES GALLAO 26 July 2012 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo realizar um estudo sobre os impressos religiosos conhecidos popularmente como santinhos. Com base na configuração gráfica tradicional desse material, ao que poderíamos considerar hoje como uma estrutura gráfica radicada à cultura popular e à cultura de massa, gostaríamos de gerar uma reflexão, para que possamos, eventualmente, reavaliar nossas convicções sobre os processos projetuais e metodológicos que compõem o exercício prático dessa atividade que reconhecemos como design gráfico. Esta pesquisa tem como enfoque apresentar de que maneira as diferentes estruturas sociais operaram na dimensão imaginária ou simbólica, de modo a exaltarem concretamente, através de suas produções materiais, representações sociais que traduzem valores e significados. Compreendemos que realidades sociais distintas podem assumir diferentes percepções e entendimentos sobre as coisas do mundo ao passo que a legitimação de bens (materiais ou simbólicos), bem como o julgamento de valor a eles atribuído por um determinado grupo social, poderiam variar igualmente. Portanto, argumentamos nesse trabalho que o significado de um artefato gráfico não seria definido por qualidades objetivas ou a partir de critérios formais, internos ao próprio objeto, mas, sobretudo, por intermédio de condições externas que permeiam sua produção. Nesse sentido, a pesquisa chama atenção para uma série de condições que devemos levar em conta antes de interpretar uma imagem como boa ou ruim, mostrando que até mesmo uma estampa religiosa pode revelar dimensões antes desconhecidas para alguém que não esteja familiarizado com seus códigos visuais e culturais. / [en] This dissertation aims at studying the religious prints generally known in Brazil as santinhos. Based on the traditional graphic configuration, to what one would consider today as a rooted structure to a popular and mass culture, one wishes to reflect, so to, eventually, revaluate the convictions upon the methodological and projective processes which compose the practical exercise in this activity which is known as graphic design. This research aims at presenting the way that different social structures work on the imaginary or symbolic dimension, as to exalt concretely, through its material productions, social representations that translate values and meanings. One comprehends that distinct social realities may take on different perceptions and understandings about things in the world, as to the probation of properties (material or symbolic), such as the value judment laid to it by a determined social group, may vary just the same. Thus, one discusses during this study that the meaning of a graphic artifact would not be defined by its objective qualities neither by its formal criteria, inner to the object itself, whereas, above all, by its external conditions that permeate its productions. By this way, this study focuses on an array of conditions which one must take into account before interpreting certain image as good or bad, showing that even a religious print may reveal previously unknown dimensions to someone that may not be familiar with its cultural and visual codes.
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