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Caracterização do gene hisD de Mycobacterium tuberculosis H37Rv : clonagem, seqüenciamento, superexpressão e medidas de atividade enzimática do seu produto - a proteína histidinol desidrogenaseDucati, Rodrigo Gay January 2005 (has links)
Dentre todas as doenças infecciosas que têm afligido a raça humana, a tuberculose (TB) continua sendo uma das mais letais, resistindo às tentativas da história da humanidade em derrotar a consumição. Atualmente, epidemiologistas estimam que um terço da população mundial esteja infectada pelo bacilo da TB, com uma taxa anual de 8 a 10 milhões de novos casos e 3 milhões de mortes. O aumento na prevalência da TB, a emergência de cepas resistentes a múltiplas drogas, e o efeito devastador da co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana levaram à urgente necessidade do desenvolvimento de novas e mais eficientes drogas anti-TB. Estas podem ser desenhadas baseadas em vias metabólicas essenciais ao patógeno e ausentes em seu hospedeiro; este é o caso da via de biossíntese de histidina, que está ausente em mamíferos e é comprovadamente essencial em micobactérias. Mais especificamente, demonstrou-se experimentalmente que o nocauteamento por recombinação homóloga do gene hisD de Mycobacterium tuberculosis, codificante da enzima L-histidinol desidrogenase (HisD), gerou mutantes auxotróficos para histidina completamente inviáveis, comprovando sua essencialidade para sobrevivência. Visto que as enzimas codificantes desta via podem representar alvos atrativos para o desenvolvimento de agentes anti-TB, o gene hisD de M. tuberculosis H37Rv foi amplificado, clonado e seqüenciado, e a proteína recombinante foi superexpressa na forma solúvel em Escherichia coli BL21(DE3). Os resultados aqui apresentados validam hisD como o gene estrutural codificante da enzima HisD em M. tuberculosis, sendo um passo crucial em direção à purificação da proteína recombinante de forma a prover material para estudos estruturais e cinéticos, visando o desenho racional de novos agentes anti-TB. / Among all infectious diseases that have afflicted the human race, tuberculosis (TB) remains one of the deadliest, resisting through the historic attempts of humanity on defeating consumption. At present, epidemiologist estimate that one-third of the world population is infected by the tubercle bacilli, with an annual rate of 8 to 10 million new cases and 3 million deaths. The increasing prevalence of TB, the emergence of multidrug-resistant strains, and the devastating effect of the human immunodeficiency virus co-infection have led to an urgent need for the development of new and more efficient anti-TB drugs. They can be designed based on metabolic pathways which are essential for the pathogen and absent in its host; that is the case for the histidine biosynthetic pathway, which is absent in mammals and has been proved to be essential in mycobacteria. More precisely, experimental data has demonstrated that the disruption of Mycobacterium tuberculosis L-histidinol dehydrogenase hisD-encoding gene by homologous recombination resulted in unviable histidine auxotrophic mutants, proving its essentiality for survival. Since the coding enzymes of this pathway may represent attractive targets for the design of anti-TB agents, the hisD gene from M. tuberculosis H37Rv was amplified, cloned and sequenced, and the recombinant protein was superexpressed in the soluble form in Escherichia coli BL21(DE3). The results reported here validate hisD as the structural gene coding for histidinol dehydrogenase in M. tuberculosis, which is a crucial step towards purification of recombinant protein to provide material for structural and kinetic studies, aiming at the rational design of new anti-TB agents.
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Epidemiologia da tuberculose em uma penitenciária do Rio Grande do SulKühleis, Daniele Chaves January 2013 (has links)
A ocorrência de tuberculose (TB) nas penitenciárias de muitos países tem sido descrita como um problema de saúde pública, especialmente naqueles em fase de desenvolvimento sócio-econômico. No Brasil, a dimensão do problema é pouco conhecida, entretanto a introdução, em 2007, da informação sobre a origem prisional do caso de TB na ficha de notificação do SINAN aumentou a visibilidade do problema e permitiu a primeira avaliação nacional. Em 2011, a população privada de liberdade representou 0,2% da população geral, porém contribuiu com 6,8% dos casos de tuberculose notificados. Somada à alta endemicidade, também é particularmente elevada a frequência de formas resistentes e multirresistentes, relacionadas ao tratamento irregular e à detecção tardia de casos de resistência. Este trabalho teve como objetivo realizar um inquérito entre a população privada de liberdade com sintomas respiratórios de tuberculose, a fim de estimar a incidência da doença, analisar o perfil de sensibilidade aos fármacos e o genótipo dos isolados de Mycobacterium tuberculosis (M.tuberculosis), em uma penitenciária, na cidade de Charqueadas, Rio Grande do Sul. Foi aplicado um questionário de triagem entre os 1900 privados de liberdade da penitenciária, a fim de identificar os sintomáticos respiratórios (SR) que apresentavam tosse por mais de três semanas. Os SR identificados e que concordaram em participar do estudo, responderam a questionário epidemiológico, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e forneceram duas amostras de escarro em dias consecutivos para a realização dos exames de baciloscopia, cultura e teste de sensibilidade. Essas amostras também foram utilizadas para a extração do DNA e aplicação da técnica de spoligotyping. Com TB, foram identificados 72 pacientes (3,8%). Dezessete (23,6%) tiveram pelo menos um episódio de TB anterior, e neste caso, foram considerados como casos de retratamento. Assim sendo, a incidência de novos casos foi de 2,9% (55/1900 habitantes), o que corresponde a 3789 casos de tuberculose por 100.000 habitantes. Os testes de sensibilidade identificaram, entre os isolados testados, resistência de 15% a pelo menos uma droga, dos quais 89% eram resistentes apenas à isoniazida (INH) ou em combinação com outra droga. A classificação dos genótipos após a análise por spoligotyping mostrou que 40% dos isolados pertencem à família LAM; 22% à família T; 17,5% à família Haarlem, 12,5% à família U; 3% à família X. Os SITs mais frequentemente encontrados foram 729 (27%), 50 (9,5%), 42 (8%), 53 (8%) e 863 (8%). Já relatados em outros estudos, os SITs 729 e 863 podem ter relação com a situação de encarceramento. Além disso, pelo número elevado de genótipos agrupados, podemos concluir que a TB nesta população específica tenha sido causado principalmente, por linhagens que foram transmitidas nos últimos anos (transmissão recente). Além do mais, foi possível identificar grupamentos específicos não relatados na população em geral no mesmo período e na mesma região. / The occurrence of tuberculosis (TB) in prisons in many countries has been described as a public health problem, especially in those in the process of socio-economic development. In Brazil, the dimension of the problem is poorly understood, however by introducing, in 2007, the information about the origin of the prison TB case in the notification form from SINAN, increased the visibility to the issue and allowed the first national evaluation. In 2011, the prison population represented 0.2% of the general population, but contributed with 6.8% of reported cases of tuberculosis. Added to the high endemicity it is also especially high the frequency of multidrug resistant forms and related to the irregular treatment and late detection of cases of resistance. The objective of this work was to conduct a survey among prisoners with TB respiratory symptoms in order to estimate the incidence of the disease, to analyze the drug susceptibility profile and genotype the Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis) isolates from a prison of Charqueada City, southern of Brazil. A screening questionnaire was applied to 1900 persons deprived of freedom, in order to identify patients with respiratory symptoms (RS) who had a cough for more than three weeks. The identified patients with RS who agreed to participate in the study answered an epidemiological questionnaire, signed a consent form and provided two sputum samples in consecutive days for the examinations of bacilloscopy, culture and sensitivity test. The samples were also used for DNA extraction spoligotyping analysis. Seventy-two patients (3.8%) were identified as TB positive. Seventeen (23.6%) had at least one episode of TB, and in this case, were considered for retreatment. Thus, the incidence of new cases was 2.9% (55/1900 inhabitants), which corresponds to 3789 cases of tuberculosis per 100,000 inhabitants. The sensitivity tests identified, among the isolates tested, 15% resistant to at least one drug, of which 89% were resistant only to isoniazid (INH) or in combination with another drug. The classification of genotypes after analysis by spoligotyping showed that 40% of the isolates belong to the family LAM, 22% from family T; 17.5% from family Haarlem, 12.5% from family U and 3% from family X. The SITs more frequently found were 729 (27%) 50 (9.5%), 42 (8%), 53 (8%) and 863 (8%). Has already reported in other studies, the SITs 729 and 863 may be related to the situation of incarceration. In addition, with the large number of genotypes grouped, we can conclude that this specific TB population was caused especially by strains that were transmitted in recent years (recent transmission). Furthermore, it was possible to identify specific clusters often not reported in the general population from the same period and the same region.
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Identificação das mutações mais frequentes relacionadas com a resistência a tuberculose nos genes rpoB, katG e inhA através de um método molecular de detecção colorimétricaFerreira Júnior, Sérgio Luiz Montego January 2012 (has links)
Tuberculose (TB) Multidroga resistente (MDR) é definida como a doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis (M.tuberculosis) com resistência ao menos a isoniazida (INH) e rifampicina (RMP), sendo um crescente problema de saúde pública em todo o mundo. A escolha do tratamento da tuberculose multiresistente (MDR-TB) deveria ser baseada em testes de suscetibilidade as drogas. Estes métodos são laboriosos e demorados, sendo comum ter que aguardar até mais de quatro semanas para obtenção do resultado. Por esta razão, a maioria dos pacientes é orientado a realizar o tratamento sem um teste de susceptibilidade. A detecção precoce do bacilo, bem como a detecção de sua resistência, é crucial para um tratamento adequado, evitando a propagação de cepas resistentes na comunidade. Os métodos baseados em biologia molecular, apesar de rápidos, costumam requerer o uso de equipamentos de alto custo, como o, sequenciador ou GeneXpert MTB/RIF o que inviabiliza a sua utilização na rotina dos laboratórios públicos no Brasil. Por estas razões, objetivamos padronizar uma metodologia de hibridização molecular em membranas (LINE-TB/MDR) capaz de detectar as mutações mais frequentemente relacionadas com resistência a RMP e a INH em isolados de M. tuberculosis, as duas principais drogas utilizadas no tratamento da doença. Sondas gênicas com estas mutações, localizadas nos genes katG, rpoB e inhA , foram fixadas em membrana de náilon para hibridizar com o produto de um PCR multiplex, permitindo a detecção rápida das mutações. O método foi validado em um painel de referência de 108 amostras devidamente caracterizadas pelo teste de suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) e sequenciamento gênico. Quando comparado com o TSA a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo, para RMP foi 100% em todas as análises. Considerando a análise de resistência a INH, o teste obteve sensibilidade, especificidade, VPP e VPN de 77%, 100%, 100% e 82% respectivamente. Quando comparado com o sequenciamento a sensibilidade, especificidade, VPP e VPN para RMP foi de 100% para todas as análises. Para resistência a INH a sensibilidade especificidade PPV e NPV foi 94,3%, 100%, 100% e 94,8% respectivamente. O método desenvolvido poderá ser utilizado como uma alternativa para a identificação rápida de cepas multirresistentes, além de permitir a identificação do complexo M. tuberculosis. / Multidrug-resistant (MDR) tuberculosis (TB), defined as the disease caused by a Mycobacterium tuberculosis strain with resistance to at least isoniazid (INH) and rifampicin (RMP), is a growing public health and clinical problem worldwide. The choice of treatment of multidrug-resistant tuberculosis (MDR-TB) is often based on drug susceptibility testing (DST). Drug susceptibility testing by conventional methods takes more than 4 weeks. An accurate and early detection of drug resistance in M. tuberculosis isolates is crucial for appropriate treatment, and to prevent the development of further resistance and the spread of resistant strains. Generally, DNA sequencing-based approaches are considered the reference assays for the detection of mutations, but often they have been found to be too cumbersome for routine use. For this reason, the aim of this study was to standardize a molecular hybridization method (LINE-TB/MDR) able to detect the most frequent mutations related to resistance to RMP and INH in M. tuberculosis isolates. Specific mutations found in the genes rpoB, katg and inhA have been reported as a marker for resistance to tuberculosis first line drugs. The assay was validated on a reference panel with 108 samples well-characterized by antimicrobial susceptibility testing (AST) and DNA sequencing. When compared to AST, the sensitivity, specificity, positive predictive value (PPV) and negative predictive value (NPV) of the LINE-TB/MDR, were 100% for all analyses. For INH resistance, the sensitivity, specificity, PPV and NPV were 77%, 100%, 100% and 82% respectively. When compared with sequencing, the sensitivity, specificity, PPV and NPV of the LINE-TB/MDR, for RMP resistance, were 100% for all analyses. For INH resistance the sensitivity, specificity, PPV and NPV were 94,3%, 100%, 100% and 94.8% respectively The developed assay could be used as an alternative for rapid identification of multi drug resistant (MDR) strains, and additionally, allowing the M. tuberculosis complex identification.
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Perfil epidemiológico dos pacientes portadores de hepatite C notificados no estado do Rio Grande do Sul no período de 2010 a 2011Santos, Janaina Dorneles dos January 2013 (has links)
No Brasil, apesar dos crescentes esforços governamentais para o combate e prevenção das doenças infectocontagiosas, as hepatites virais representam um grave problema na área de saúde. A infecção causada pela hepatite C gera consequências graves para a saúde dos portadores, podendo levar ao desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular, além de elevar os custos públicos com os tratamentos. O conhecimento do cenário epidemiológico da hepatite C e os fatores associados à infecção são de grande importância para subsidiar a tomada de decisão na política que envolve a linha de cuidado e a rede de assistência desse agravo. A pesquisa teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos notificados com hepatite C no estado do Rio Grande do Sul a partir da base de dados do SINAN/RS no período de 2010 e 2011. Foram avaliados um total de 6.168 registros, conforme a ficha padrão de notificação de hepatites virais usada pelo sistema de notificação. Foram descritas no estudo as variáveis demográficas, as variáveis relacionadas aos antecedentes epidemiológicos da hepatite C e as condições associadas, em especial a coinfecção pelo HIV. Depois de descritas e comparadas, as variáveis foram submetidas à análise bivariada e análise de regressão logística Os resultados apontaram uma maior prevalência da infecção e do genótipo 1 do VHC em homens quando comparado com as mulheres. O uso de drogas, destaca-se como um dos principais fatores de risco associado a infecção pelo HIV em pacientes coinfectados, bem como a baixa escolaridade. / In Brazil, despite the increasing governmental effort to combat and prevent infectious disease, viral hepatitis represents a significant problem in health care. The infection caused by hepatitis C engender sever problems for its carriers, and may take them to develop cirrhosis and hepatocellular carcinoma, in addition to higher public cost with treatment. The knowledge about the epidemiological scenario of hepatitis C and the infection associated factors are very important to subsidize the decision-making in politics that involves the care line and the assistance network for this harm. This research aimed to describe the epidemiological profile of individuals notified with hepatitis C in Rio Grande do Sul state according to the data base from SINAN/RS from 2010 to 2011. 6168 records were evaluated, according to the notification for hepatitis C standard form used by the notification system. The demographic variables, the variables related to hepatitis C epidemiological background and the conditions associated to the disease, specially the coinfection with HIV, were described on the study. After the description, the variables were submitted to bivariate analysis and logistic regression analysis. The results show a higher prevalence of infection and the genotype 1 of HCV in men when compared to women. The use of drugs stands out as the main risk factor related to HIV infection in coinfected patients, as much as low schooling.
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Fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis em uma comunidade universitária do Sul do Brasil (UFRGS)Daudt, Carmen Vera Giacobbo January 2013 (has links)
As doenças crônicas de maior impacto mundial quanto a morbidade e mortalidade (doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) têm em comum quatro fatores de risco que são o tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo de álcool. Somando-se à hipertensão arterial (responsável por 13% do total de mortes), este pequeno conjunto de fatores risco é responsável por quase 50% da mortalidade global (tabagismo 9%, glicemia elevada 6%, inatividade física 6%, sobrepeso e obesidade 5%, álcool 4%). (WHO, 2002; 2003) Tais evidências mostram que a prevenção das doenças crônicas é possível e urgente. Com o conhecimento atual, ações de promoção de saúde podem empoderar indivíduos e comunidades sobre os benefícios de comportamentos saudáveis e a importância do estilo de vida na redução de risco das doenças crônicas. Embora pouco estudadas nesse sentido, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens de comunicação integrada quanto à promoção de saúde. Devido a suas características essenciais, que incluem o aprimoramento e aplicação do conhecimento científico e a clara delimitação da sua população-alvo, as universidades parecem ser mais suscetíveis à criação e prática de políticas e programas voltados à prevenção e à promoção de saúde de seus indivíduos, sejam acadêmicos, técnicos ou docentes. Modelos bem sucedidos podem ser aplicados à comunidade externa. Para tanto, uma universidade promotora de saúde precisa incorporar ações de saúde aos seus objetivos, ressaltando sua importância e desenvolvendo parcerias afim de criar ambientes de trabalho, aprendizagem e vivências saudáveis, e propiciar uma melhor qualidade de vida àqueles que ali estudam e trabalham. Com essa missão, foi criado em 2002 um programa de qualidade de vida , o VIVA MAIS, pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essencialmente, a partir da avaliação dos comportamentos de risco da comunidade universitária, o programa visa contribuir, através de uma persuasão positiva, para a conscientização e motivação pessoal a favor de hábitos de vida saudáveis. Com o intuito de identificar e orientar prioridades do programa, foi realizado um estudo transversal com acadêmicos, funcionários técnico-administrativos e docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no segundo semestre de 2010. Participaram da coleta de dados 400 indivíduos de cada categoria (n= 1200) que responderam a um questionário autopreenchível baseado em parte em um instrumento, o Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire do Centers for Disease Control and Prevention- CDC, E.U.A. Foram coletadas informações de características demográficas e socioeconômicas, nível de atividade física praticada, peso e altura autorreferidos, consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, presença de hipertensão arterial sistêmica, diabetes, hipercolesterolemia e adesão a exames de rastreamento de câncer. Foi realizado rastreamento de transtornos mentais comuns e depressão, além de investigação de estresse no trabalho. Quantos aos resultados encontrados, tabagismo foi relatado por 10,9% (127) dos entrevistados e 29,7% (317) responderam que nos últimos 30 dias consumiram 5 ou mais drinques na mesma ocasião (beber pesado episódico). Excesso de peso foi identificado em 36,3% dos indivíduos, apenas 26,8% (321) são fisicamente ativos, 16,3% e 4,8% relataram hipertensão e diabetes, respectivamente. Foram investigados fatores associados à hipertensão em funcionários técnico-administrativos e docentes. Excesso de peso, teste CAGE positivo, hipercolesterolemia e idade entre 40 e 49 anos tiveram associação estatisticamente significativa com hipertensão, na análise multivariada. Referente à realização de exames para rastreamento de câncer, chama atenção que 43,5% dos indivíduos não realizaram nenhum exame para detecção de câncer de cólon e reto nos últimos 5 anos e 34,3% das acadêmicas nunca realizou rastreamento de câncer de colo de útero. Quanto à saúde mental, a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em nossa amostra foi de 8,7% e rastreamento de depressão positivo foi identificado em 20,4%. Em relação ao estresse no trabalho em funcionários técnicoadministrativos e docentes, 44,8% da nossa amostra foi categorizada no grupo "passivo" e 30,6% no grupo de "alta exigência". Referente ao apoio social, 52,4% foram classificados como tendo "baixo apoio social". Os fatores associados aos transtornos mentais comuns, na análise multivariada foram apoio social "baixo" (RP de 5,11; IC 95% 1,58-16,52; p=0,006) e rastreamento de depressão positivo (RP de 13,45; IC 95% 5,55-32,61; p=0,000). Especificamente quanto ao uso de álcool em acadêmicos, 56,3% responderam positivamente à questão de beber pesado episódico (binge) e destes, 50,5% relataram esta prática mais de 3 vezes nos últimos 30 dias. O teste CAGE foi positivo em 9,7% e 4,2% relatou já ter tido problemas relacionados ao álcool. No rastreamento de transtornos mentais comuns (TMC) e depressão, verificamos a prevalência de 15,5% e 35,7%, respectivamente. Na análise multivariada, verificamos associação entre beber pesado episódico (binge) e tabagismo (RP=1,56; IC 95% 1,33-1,83; p 0,000), teste CAGE positivo (RP=1,38; IC 95% 1,14-1,68; p 0,001) e sexo masculino (RP=1,27; IC 95% 1,05-1,53); p 0,010). Na medida que os fatores de risco encontrados são semelhantes aos da população em geral, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens quanto a promoção de saúde. O conhecimento da prevalência e das principais variáveis associadas nos dão uma base para dimensionar o problema, planejar e implementar ações de promoção à saúde e prevenção de agravos. As universidades, como centros geradores de conhecimento e formação, desempenham papel fundamental na identificação e intervenção de agravos à saúde. Promoção de saúde e ações preventivas podem se disseminar e trazer benefícios para toda a sociedade, não apenas para a comunidade universitária. / Chronic diseases of highest global impact, when considering morbidity and mortality (cardiovascular diseases, diabetes, cancer and chronic respiratory diseases) have four risk factors in common, which are tobacco, unhealthy diet, physical inactivity and alcohol consumption. Adding to the high blood pressure (responsible for 13% of total deaths), this small set of factors is responsible for nearly 50% of global mortality (9% smoking, high blood glucose 6%, 6 % physical inactivity, overweight and obesity 5% and alcohol consumption 4%). (WHO, 2002;2003) Such evidences show that prevention of chronic diseases is possible and urgent. With today’s knowledge, actions of health promotion can empower both the community and the individuals about the benefits of a healthy behavior and the importance of the kind of lifestyle in the reduction of the risk of chronic diseases. Though little studied in that aspect, universities are examples of communities that are subject to different approaches to integrated communication regarding health promotion. Due to its essential characteristics, which include the improvement and application of scientific knowledge and the clear delimitation of its target population, universities seem to be more prone to the creation and practice of policies and programs aimed at prevention and promotion of health of its individuals – whether they are academics, technicians or professors. Successful models can be implemented in the external community. Therefore, a university that promotes health needs to incorporate health actions to its goals, emphasizing its importance and developing partnerships in order to create work environments, learning and living healthy experiences with the purpose of bringing a better quality of life to those who study and work there. With this mission, it was created in 2002 a program of life quality, called VIVA MAIS, by the Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) of Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Basically, from the evaluations of the risk behaviors of the community within the university, the program aims to contribute, through positive persuasion to raise awareness and personal motivations in favor of healthier life habits. With the purpose of identifying and guiding the priorities of the program, it has been conducted a cross-sectional study with academics, technical-administrative staff as well as lecturers of Universidade Federal do Rio Grande do Sul, in the second semester of 2010. 400 individuals of each category (n=1200) have participated and filled a self-administered questionnaire based partly on an instrument, the Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire of Centers for Disease Control and Prevention – CDC, USA. It has been gathered information on demographic and socioeconomic characteristics, level of physical activity, self-reported height and weight, smoking and alcohol use, presence of hypertension, diabetes, hypercholesterolemia and adherence to cancer screening tests. It has been conducted the tracking of common mental disorders and depressions, alongside an investigation on work burnout. Univariate and bivariate analysis were used. As a measure of association, the prevalence ratios (PR) and their unadjusted and adjusted confidence intervals was estimated (CI) of 95% by Poisson regression with robust variance. For multivariate analysis, we selected the variables associated with both the exposure and the outcome that showed statistical significance (p <0.10) associations. Later, it was kept in the model variables that showed statistically significant association with the outcome (p<.05). Statistical analyzes were held using SPSS version 20. As to results encountered, smoking was reported by 10.9% (127) of the respondents and 29.7% (317) responded that in the last 30 days they consumed 5 or more drinks on the same occasion (heavy episodic drinking). Overweight has been identified in 36.3% of the subjects, only 26.8% (321) are physically active, 16.3% and 4.8% reported hypertension and diabetes, respectively. Factors relating hypertension and diabetes were related to administrative personnel and lecturers. Overweight, CAGE positive, hypercholesterolemia and age between 40 and 49 years were significantly associated with hypertension in the multivariate analysis. Regarding the examinations for cancer screening, calls attention that 43.5% of the subjects did not perform any examination for detection of colorectal cancer in the past 5 years and 34.3% of the academic female population never held cancer screening for cervical cancer. Regarding mental health, the prevalence of common mental disorders (CMD) in the sample was of 8,7%, and the positive tracking for depression was of 20,4%. As for the work burnout on administrative personnel and professors, 44.8% of the sample has been categorized in the group “passive” and 30.6% in the “high strain” group. Concerning the social support, 52.4% were classified as having “low social support”. The factors associated with common mental disorders, in the multivariate analysis were “low social support” (PR 5.11, 95% CI 1.58 to 16.52, p = 0.006) and depression screening positive (PR of 13.45 95% CI 5.55 to 32.61, p = 0.000). Specifically minding the use of alcohol amongst academics, 56.3% responded positively to heavy episodic drinking (binge drinking) and of which, 50.5% related this habit of over 3 times in the past 30 days. The CAGE test was positive in 9.7% and 4.2% have already reported having problems related to alcohol. In the screening for common mental disorders (CMD) and depression, it was verified the prevalence of 15.5% and 35.7%, respectively. On the multivariate analysis, it has been verified the association with heavy episodic drinking (binge drinking) and smoking (PR-1.56; CI 95% 1.33-1.83; p 0.000), positive CAGE test (PR=1.38; CI 95% 1.14-1.68; p 0.001) and male sex (PR= 1.27; CI 95% 1.05- 1.53; p 0.010). In so far as the risk factors are similar to those found in the general population, the universities are examples of suitable communities subject to different approaches of health promotion. Knowledge of the prevalence and the associated main variables give us a basis to measure the problem, to plan and implement actions to promote health and disease prevention. Universities as centers of knowledge and learning play a key role in the identification and intervention of health problems. Health promotion and preventive actions can be spread and bring benefits to the whole society, not only for the university community.
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Intensidade de giberela em trigo e diversidade, ecologia e potencial toxigênico de populações do complexo de espécies Fusarium graminearum / Fusarium head blight intensity on wheat, diversity, ecology, and toxigenic potential of Fusarium graminearum species complex populationsSpolti, Piérri January 2013 (has links)
A giberela é uma das principais doenças do trigo devido à contaminação dos grãos com micotoxinas produzidas pelo patógeno. A doença é causada principalmente por populações do complexo de espécies Fusarium graminearum (CEFG), o qual é composto por várias espécies filogenéticas com estrutura biogeográfica. Num primeiro estudo, a incidência (I) e a severidade (S) de giberela foram quantificadas em 160 lavouras de trigo no Estado do Rio Grande do Sul. Um modelo log-log complementar foi ajustado para a relação I-S aos dados de todos os campos (coeficiente angular= 1,13; intercepto= -2,76). Análises de heterogeneidade baseadas no índice de dispersão, teste C(α) e lei da potência binária, mostraram um predomínio (82%) do padrão aleatório da doença nas lavouras. Num segundo estudo, 455 isolados do patógeno, das mesmas lavouras, foram identificados por métodos moleculares quanto à espécie filogenética e ao potencial toxigênico. A genotipagem multilocus ou sequenciamento do gene TEF1-α mostrou que F. graminearum (Fgra) foi a espécie predominante em trigo (407/455), seguido por F. meridionale (Fmer, 25/455), F. cortaderiae (Fcor, 17/455), F. austroamericanum (Faus, 3/455) e F. asiaticum (Fasi, 3/455). Todos os isolados Fgra apresentaram genótipo tricoteceno 15-ADON, 24 isolados Fmer apresentaram genótipo NIV. Todos os isolados Fasi apresentaram genótipo NIV, enquanto isolados Fcor e Faus apresentaram tanto o genótipo NIV como 3-ADON. A identificação e análise de frequência de 189 isolados obtidos da resteva de milho (população saprofítica, n = 54), da atmosfera durante o florescimento do trigo no dossel da cultura (população aérea, n = 34) e de grãos giberelados (população patogênica, n = 101) em três áreas experimentais de trigo mostrou que a frequência das espécies diferiu nessas populações. Fgra predominou na população patogênica, e Fmer e Fcor na população saprofítica. Em estudo de competitividade das espécies, quando uma mistura de Fgra + Fmer foi inoculada em quatro cultivares de trigo, Fgra apresentou maior fitness patogênico que Fmer. Num terceiro estudo, cinquenta isolados de Fgra obtidos de trigo do estado americano de Nova York (NY), em 2011, incluindo 25 isolados 15-ADON e 25 isolados 3-ADON, foram caracterizados e comparados por 14 atributos do fitness saprofítico e patogênico. Os isolados dos dois genótipos não puderam ser discriminados para a maioria das características. Na população contemporânea de Fgra causando giberela em trigo em NY, isolados 3-ADON não apresentaram nenhuma vantagem detectável sobre isolados 15-ADON no fitness saprofítico ou patogênico. / Fusarium head blight is a major disease of wheat due to contamination of grain with mycotoxins produced by the pathogenic fungus. The disease is primarily caused by Fusarium graminearum species complex (FGSC), which includes several phylogenetic species biogeographically structured. In a first study, the incidence (I) and severity (S) of FHB epidemics were quantified in 160 wheat fields in Rio Grande do Sul State. A complimentary log-log model was fit to I-S relationship data from all fields (slope= 1.13; intercept= -2.76). Heterogeneity analysis based on dispersion index, C(α) test, and binary power law model, suggested a predominant (82%) random pattern of the disease in the fields. In a second study, 455 isolates of the pathogen were obtained from the surveyed fields and were molecularly identified to phylogenetic species and toxigenic potential. Multilocus genotyping assay or sequencing of TEF1-α gene showed that F. graminearum (Fgra) was the dominant species (407/455), followed by F. meridionale (Fmer, 25/455), F. cortaderiae (Fcor, 17/455), F. austroamericanum (Faus, 3/455), and F. asiaticum (Fasi, 3/455). All Fgra isolates were of the 15-ADON trichothecene genotype and 24 Fmer isolates were of the NIV genotype. All Fasi isolates were of the NIV, while Fcor and Faus were of either 3-ADON or the NIV genotype. The identification and frequency analysis of 189 isolates from corn stubble (saprophytic population, n=54), isolates collected during wheat flowering for the air above the canopy (airborne population, n = 34) and from Fusarium-damaged kernels (pathogenic population, n = 101) in three wheat fields showed diferences in species frequency among these populations. Fgra was dominant in the pathogenic population while Fmer and Fcor were dominant in the saprophytic population. In a species competition assay, when a mixture of Fgra + Fmer inoculum was inoculated onto four wheat varieties, Fgra showed higher pathogenic fitness than Fmer. In a third study, fifty isolates of Fgra obtained from wheat spikes in New York State (NY), 2011 year, including 25 isolates each of the 15-ADON and 3-ADON genotype, were characterized and compared for 14 different attributes of saprophytic and pathogenic fitness. Isolates of the two genotypes could not be differentiated for most of these traits, thus suggesting that 3-ADON isolates did not possess any detectable advantage over 15-ADON isolates of the contemporary population of Fgra from NY.
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Validade dos indicadores epidemiológicos utilizados para avaliar de forma indireta a magnitude da hanseníaseFerreira, Jair January 1999 (has links)
A estimativa do número de casos de hanseníase que permanecem sem diagnóstico na comunidade é uma questâo fundamental para o planejamento das atividades de controle dessa doença. Com afinalidade de obter uma fórmula matemática simples para estimar esse número, em áreas de nível endêmico médio ou baixo, analisamos o potencial preditivo de três indicadores de fàcil obtenção - o grau de incapacidade no momento do diagnóstico, a proporção de casos novos por forma clínica e a proporção de casos novos menores de 15 anos. Para tanto, foram estudados os 4142 casos de hanseníase diagnosticados no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre 01/01/1970 e 30/04/1991. Das 24 regiões geográficas em que se subdivide o Estado, 11 estavam classificadas como sendo de baixa endemicidade e 13 como sendo de nível endêmico médio. Nem a proporção de casos novos por forma clínica, nem a proporção de casos novos menores de 15 anos mostraram associação forte ou estatisticamente significante ,quando os dados foram analisados pos meio de regressão linear múltipla ponderada, numa abordagem ecológica em que cada região geográfica foi utilizada como unidade amostrai. Esse achado sugere que as duas proporções não são úteis para estimar a prevalência oculta em áreas de baixa ou média endemicidade. Dos 4142 casos estudados, 3291 (79,5%) haviam sido avaliados quanto ao seu grau de incapacidade fisica ( GI) por ocasião do diagnóstico e tinham registrada em sua ficha a informação dada pelo paciente sobre o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o momento em que a doença foi identificada pelo médico (atraso no diagnóstico). O tempo médio de atraso no diagnóstico observado foi de 1,51 anos para os casos com GI = zero, de 2,14 anos para os com GI = 1, de 4,46 anos para os com GI = 2 e de 9,64 anos para os casos com GI = 3. O atraso no diagnóstico mostrou associação forte e estatisticamente significante com a presença de deformidades (GI = 2 ou 3) por ocasião do diagnóstico, quando os dados foram avaliados por meio de um modelo de análise multivariável por regressão logística. Tendo em vista esse achado, evidênciando que quanto maior for a proporção de casos com deformidades, maior será o atraso médio no diagnóstico e, conseqüentemente, maior será a proporção de doentes que permanecem sem diagnóstico na população, as duas variáveis foram incluídas numa fórmula simplificada para calcular a prevalência oculta estimada (POE) da hanseníase, a qual agrupa os casos em apenas dois estratos de grau de incapacidade e tem a seguinte expressão matemática :POE = [(CN-GI 0/1) X 2,0 + (CN-GI 2/3) X 5,0] PCNA x PCP, onde: CN-GI 0/1 =número médio anual de casos novos com grau de incapacidade zero ou 1 ; CN-GI 2/3 =número médio anual de casos novos com grau de incapacidade 2 ou 3; PCNA = proporção de casos novos com grau de incapacidade avaliado ; PCP = proporção da população coberta pelo programa de controle da hanseníase; os multiplicadores 2,0 e 5,0 correspondem, respectivamente, ao tempo médio aproximado, em anos, do atraso no diagnóstico nos casos sem deformidades (grau de incapacidade = zero ou 1) e nos casos com deformidades (grau de incapacidade 2 ou 3). A prevalência oculta do Estado do Rio Grande do Sul foi estimada, por meio dessa fórmula simplificada, em cerca de 529 casos. Além do atraso no diagnóstico, outras variáveis, corno forma clínica, grupo etário, sexo e modo de detecção, mostraram-se significantemente associadas ao risco de apresentar deformidades no momento do diagnóstico. Ademais disso, o modelo de regressão logística encontrou dois fatores modificadores de efeito estatisticamente significantes : atraso no diagnóstico vs. forma clínica e atraso no diagnóstico vs. grupo etário. Em função desses achados, uma fórmula mais complexa, agrupando os casos em 16 estratos definidos pela forma clínica, pelo grupo etário e pelo grau de incapacidade, foi aplicada para o cálculo da POE . Segundo essa fórmula mais complexa, a prevalência oculta estimada do Rio Grande do Sul seria de aproximadamente 502 casos, resultado que difere em apenas cerca de 5% do obtido com o modelo simplificado, sugerindo que esse modelo mais simples pode ser útil para um cálculo rápido da prevalência oculta, com finalidades operacionais. / Public health planning for the management and prevention of Hansen's disease requires estimation ofthe number ofundetected cases ofthe disease in a community. In order to derive a simple approach to estimate that number in areas of low and median endemic levei, we analyzed the predictive potential of three readily obtainable measures - degree of disability at diagnosis, proportion of new cases with a given clinicai form of the disease:o and proportion of new cases under 15 years of age- in a database of 4142 patients with Hansen's disease diagnosed in Rio Grande do Sul State, Brazil, between January 1, 1970 and April 30, 1991. Ofthe 24 geographic regions o f the State, we classified 11 as having low and 13 as having median endemic leveis Neither proportion of cases with a given clinicai form, nor proportion of cases under 15 years of age was associated with disease incidence, when data were anaiyzed trough weighted linear multiple regression, using each geographic region as a sample unit, in an ecologic approach. This finding suggest that these two proportions are not usefui in estimating hidden prevalence in areas o f Iow and median endemic leveis. Ofthe 4142 cases detected, 3291 (79,5%) had their degree of disability evaluated at time of diagnosis and had recorded information permitting caicuiating time delay in diagnosis. The mean delay was 1. 51 years for grade zero o f disability, 2.14 years for grade 1, 4. 46 years for grade 2 and 9. 64 years for grade 3. Delay in diagnosis demonstrated an important, graded and highly statistically significant association with degree of disability at detection in multivariable logistic regression modelling. Thus, we propose a simplified modei to calculate estimated hidden prevalence (EHP), utilizing two collapsed strata of disability grade, as expressed by the following formula: EHP= [(NDC-dg 0/1) X 2.0 + (NDC-dg 2/3) X 5.0] CDE x PPC ,where: NDC-dg 0/1 = mean annual number o f newly detected cases, grade O or 1 of disability; NDC-dg 2/3 = mean annual number o f newly detected cases, grade 2 o r 3 o f disability; CDE = proportion o f newly detected cases with disability evaluated at time o f diagnosis; PCP = proportion o f the population covered by the control program; the values 2.0 and 5.0 correspond to an approximation of the mean time, in years, of diagnosis delay in each respective stratum of disability grade. Applying this model to Rio Grande do Sul data, we estimate a hidden prevalence of 529 cases. In logistic regression modeling, other variables, such as clinicai form, age group, sex and mode of detection were also independent risk factors for presenting disabilities at diagnosis. In addition two factors - clinicai form and age group - significantly modify the association between delay and disabilities. More complex modeling to estimate hidden prevalence, taking into account these interactions, produced an EHP of 502 cases. As this result differs by only about 5% from that of the simpli:fied model, we suggest that the simplified formula can be used as a means of rapid diagnosis o f the hidden prevalence o f Hansen' s disease.
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Perfil epidemiológico de casos recidivantes de tuberculose na Bahia.Loula, Noaci Madalena Cunha 13 January 2014 (has links)
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DISS MP Noaci Loula. 2014.pdf: 621507 bytes, checksum: 3948a6581a35b8f04b659d220e9f7102 (MD5) / Introdução: A ocorrência da recidiva em tuberculose constitui-se importante
problema de saúde pública e compromete o controle dessa doença no país. Entretanto, são poucos os estudos sobre esse problema no estado da Bahia. Objetivo: Conhecer o perfil epidemiológico de casos recidivantes de tuberculose na Bahia, no período 2008 a 2012. Metodologia: Estudo descritivo de casos
recidivantes de tuberculose no estado da Bahia, por período de cinco anos. Utilizaram-se dados secundários oriundos do Sinan. As variáveis individuais
independentes - idade (14/15 anos), sexo (masculino/feminino) e escolaridade
(analfabeto / 1º grau incompleto / 1º grau completo / 2º grau incompleto / 2º grau
completo) e outras variáveis independentes relativas aos dados laboratoriais, como
baciloscopia do 1º mês (sim/não); baciloscopia 6º mês (positiva/negativa); cultura (sim/não); cultura (positiva/negativa), teste anti-HIV (sim/não), foram relacionadas à variável de desfecho (recidiva). Para o cálculo das proporções da recidiva no estado, o numerador foi composto pelo número de casos de recidiva de tuberculose e o denominador pelo total de casos de tuberculose, no mesmo período e local, multiplicado por 100. Para identificar a proporção de exames laboratoriais (baciloscopia/cultura/anti-HIV) realizados entre os casos de recidiva, o numerador foi o número de pacientes com baciloscopia/cultura/anti-HIV realizados em relação ao total de casos de recidiva. Para analisar a proporção de pacientes infectados pelo HIV entre os casos de recidiva, foi utilizado o número de HIV positivo por sexo, em relação ao total ao total de indivíduos com recidiva do mesmo sexo. Resultados: Na Bahia, a proporção de casos de recidiva entre os casos novos de tuberculose no período 2008 a 2012 foi de 7,3%. A macrorregião extremo-sul apresentou a maior incidência, seguida das regiões sul e leste respectivamente. O maior número de
casos de recidiva ocorreu no sexo masculino (66,2%), em indivíduos de cor parda (54,3%) e com escolaridade baixa (24% ensino fundamental incompleto). A forma pulmonar foi predominante (94,1%); a maioria apresentou baciloscopia de acompanhamento positiva no 1º mês (59,0%) e queda no 6º mês para 27,7%. Dos 55,1% que realizaram o exame anti-HIV, 7,6% apresentaram resultado positivo. A proporção de cura após tratamento foi 56,5% e apenas 39,9% dos contatos foram examinados.
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Modelo eco-sociossanitário da ocorrência de dengue: um esforço de construção a partir da cidade de Riacho de Santana-BaAraújo, Luísa Magalhães 31 March 2016 (has links)
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Dissertação_final_Luísa_2016.1.pdf: 10906170 bytes, checksum: 14c28fd8390b5a06834baea0313d6c91 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-20T17:48:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_final_Luísa_2016.1.pdf: 10906170 bytes, checksum: 14c28fd8390b5a06834baea0313d6c91 (MD5) / Diante da emergência da garantia ao direito à saúde no Brasil, a epidemiologia tem
ganhado espaço e visibilidade devido à sua contribuição para elucidar os
mecanismos associados aos fatores intervenientes na ocorrência de enfermidades.
A dengue por ser uma enfermidade recorrente com manifestações em formas graves
e letais, tem se destacado entre as demais como alvo de preocupação no panorama
de saúde pública brasileiro. Desse modo, a pesquisa buscou estudar os fatores
associados à ocorrência da dengue, propondo um modelo eco-sociossanitário, a
partir da cidade de Riacho de Santana-BA, com vistas a delimitar um modelo
explicativo da enfermidade. A pesquisa de delineamento ecológico fez uso de dados
secundários referentes às notificações de dengue, índices de infestação larvária por
Aedes aegypti, condições socioeconômicas, sanitárias e climáticas da área de
estudo, tratados com ferramentas estatísticas e análise espaço-temporal. Os
resultados indicaram que o perfil sociodemográfico das pessoas acometidas por
dengue em Riacho de Santana é similar ao da população: sexo feminino, faixa etária
de 20-49 anos, correspondendo a faixa economicamente ativa, a cor da pele branca
e parda e pessoas com ensino médio completo e cursando entre a 1ª e 4ª série.
Assim, como a infestação larvária do Aedes aegypti, a dengue acompanhou a
sazonalidade da umidade e precipitação, sendo que os valores mais elevados foram
registrados no período chuvoso. A partir da análise espacial pôde-se observar que
houve uma tendência de manutenção das notificações nas proximidades do bairro
Peral, o qual compartilha de setores censitários com população de renda média
baixa, infestação predial média no período chuvoso, taxa de ocupação domiciliar e
densidade demográfica elevadas. Os indicadores de saneamento básico não
apresentaram variações significativas entre os setores censitários, como resultado
não se obteve correlação linear estatisticamente significante entre estes indicadores
e a infestação larvária do vetor, como era esperado. Assim, os resultados obtidos
nas análises quantitativa e qualitativa sugerem que os criadouros existentes sejam
“cultivados” nos domínios público e privado. Nota-se que a incidência de dengue em
Riacho de Santana, como em outros municípios brasileiros e no bairro Peral é
resultado de um processo de determinação social. O modelo eco-sociossanitário
proposto, pautado na promoção da saúde, ressalta a necessidade de interação dos
atores sociais e Estado na formulação de políticas públicas que atendam as
demandas territoriais e possam intervir sobre os determinantes de ordem social,
ambiental e cultural existentes na reprodução de dengue
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A construção dos fatos epidemiológicos: uma perspectiva pragmática sobre transdisciplinaridade.Santos, Silvia Regina de S. 29 May 2005 (has links)
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Dissertação SÍLVIA REGINA DE S. SANTOS-.pdf: 603108 bytes, checksum: ec7a24a5d282a1f2a2ae638387a9479d (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-24T14:38:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação SÍLVIA REGINA DE S. SANTOS-.pdf: 603108 bytes, checksum: ec7a24a5d282a1f2a2ae638387a9479d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-24T14:38:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação SÍLVIA REGINA DE S. SANTOS-.pdf: 603108 bytes, checksum: ec7a24a5d282a1f2a2ae638387a9479d (MD5) / A prática concreta de interação entre pesquisadores de diferentes campos disciplinares para a produção de sínteses transdisciplinares ainda constitui uma grande lacuna na
literatura científica sobre a transdisciplinaridade. Grande parte do que se tem escrito sobre o tema se restringe à formulação de princípios gerais que devem orientar a constituição das equipes, numa clara opção prescritiva sobre as práticas. Como alternativa às abordagens idealistas sobre o tema, adotou-se uma perspectiva pragmática da transdisciplinaridade, segundo a qual os campos disciplinares não são entidades substanciais, espaços vazios preenchidos por conceitos, axiomáticas, métodos. A comunicação interparadgmática não pode se dar pela via da tradução dos discursos (teorias, conceitos) de um campo disciplinar para outro, pois não são as disciplinas que interagem, e sim os agentes em cada campo, em suas práticas científicas cotidianas, que operam a comunicação não pela via da tradução dos discursos, e sim pelos trânsitos que efetuam, enquanto sujeitos do discurso. O sujeito anfíbio, estratégia de ação para a superação do problema da comunicação interparadigmática, transita em pelo menos dois campos disciplinares, num processo de “treinamento-socialização-enculturação” no interior desses campos. O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar a produção de conhecimentos transdisciplinares de uma prática concreta de pesquisa em Epidemiologia. Uma análise etnográfica da ciência epidemiológica na sua prática cotidiana de pesquisa permitiu desconstruir falsas oposições como
quantitativo/qualitativo, ciência/senso comum, natureza/cultura na construção dos fatos epidemiológicos. A descrição das trajetórias profissionais construiu um perfil das identidades dos pesquisadores a partir do qual foram estabelecidas relações entre esse
perfil e as características dos produtos integradores de diferentes abordagens por eles produzidos, chegando-se à conclusão de que quanto mais socializado/enculturado é o
Sujeito no campo disciplinar sobre o qual realiza o trânsito, maior será o grau de síntese de conhecimentos por ele produzido.
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