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Heródoto versus Khrónos : kléos, escrita da história e o autor em busca da posteridadeGuterres, Tiago da Costa January 2017 (has links)
Écrites pour empêcher que les faits humains étaient oubliés avec le temps, les Histoires d’Hérodote d’Halicarnasse soulignent, depuis le proême, leur potentiel de pérennisation. En réalisant son entreprise après la fin des guerres contre les perses, il veut préserver les actions de ceux qui, à son avis, méritent d’être rappelés. L’historien émerge en tant que figure d’auteur qui revendique la capacité de préserver les réalisations des êtres humains. S’agit-il aussi d’une préservation de soi-même en tant qu’auteur ? Cette thèse vise à répondre à la question posée. La Grèce des póleis a vu survenir la figure de l’auteur. Des nombreux auteurs grecs ont exprimé la volonté de signer leurs oeuvres. La présence autorielle de l’historien est inséparable du contenu exposé dans le texte. Il s’agit donc d’une quête de préservation de son propre kléos, ce qu’on peut vérifier dans sa signature ou sphragís, bien que dans le moi de l’écrivain et son dialogue avec le lecteur future. Pour atteindre son but, Hérodote dispose de l’écriture de l’histoire, un outil pour résister à Khrónos, cette figure qui représente le temps destructeur. / Escrita para impedir que os feitos humanos fossem esquecidos com passar do tempo, as Histórias de Heródoto de Halicarnasso sublinham, desde o proêmio, seu potencial perenizador. Realizando seu empreendimento após o fim das guerras contra os persas, ele pretende preservar as ações daqueles que, na sua opinião, merecem ser lembrados. O historiador surge como figura autoral que reivindica a capacidade de preservar as realizações humanas. A busca de preservação dos outros se refere de algum modo à preservação de si próprio? Esta tese consiste em uma tentativa de responder positivamente a esta questão. A Grécia das póleis vê surgir a ênfase cada vez mais demarcada da figura autoral. É grande a lista de autores gregos que manifestaram a vontade de assinar o nome em suas obras e os poetas, talvez, sejam o maior exemplo disso. Quanto ao historiador, que em muito se refere à poesia, sua presença autoral se tornou algo indissociável do conteúdo apresentado no texto. Trata-se, então, de uma busca de fazer com que seu kléos seja conhecido pela posteridade, o que podemos compreender se considerarmos alguns elementos presentes no seu texto, como a assinatura ou sphragís, a presença constante do eu do autor e uma espécie de “diálogo” com o leitor futuro. Para tal intento, Heródoto dispõe da sua escrita da história, uma ferramenta utilizada para resistir a Khrónos ou o tempo, que a todos destrói.
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Política, limite e mediania em Aristóteles / The nature, specificity and necessity of the politics category in Aristotle\'s mature thoughtChasin, Milney 09 October 2007 (has links)
O propósito deste trabalho é determinar a natureza, especificidade e necessidade da categoria da política no pensamento maduro de Aristóteles, tendo por eixo central o exame de três obras capitais: Ética Nicomaquéia, A Constituição de Atenas e Política. Estabelecer, portanto, os nexos e laços históricos que uniram e animaram o pensamento político do estagirita, relacionando-os à realidade ateniense do século do IV a.C que influenciou, sobremaneira, a démarche ideológica do filósofo em tela. Trata-se de apontar os elos que motivaram concretamente o autor a encontrar na política e na ética instrumentos a moderar, a impor limites ao modo de vida grego (à comunidade política) e à individualidade, respectivamente. O ideário político-ético aristotélico brotou dos desafios incontornáveis de uma pólis grega declinante, com suas adstringências ingênitas, de apoucadas forças produtivas. Assim, foi levado, historicamente, a responder ao grande desafio de seu tempo: recompor, a partir de certa exeqüibilidade, o equilíbrio citadino perdido por décadas de guerras internas e externas. De modo que, política e ética foram compreendidas como mecanismos reguladores a dirimir conflitos e tensões em momento singular da vida pública grega, a saber, em uma pólis prestes a perder sua autonomia política para Filipe e Alexandre. Em síntese, visava, portanto, intermediar relações, limitar e equilibrar a comunidade e o indivíduo que dela participava, pois, do contrário, a ausência de limites acabaria (como de fato ocorreu) impondo a dissolução da vida in communitas. / The purpose of this work is to determine the nature, specificity and necessity of the politics category in Aristotle\'s mature thought, having as central axis the examination of his major works: Nichomachean Ethics, Constitution of Athens and Politics. To find, therefore, the historical nexus and ties that animate and link the Stagirite\'s political ideology to the 4th-century BC Athenian reality, which strongly influenced the philosopher\'s ideological démarche. The point is to establish the links that concretely motivated the philosopher of Stagira to find in Politics and in Ethics the instruments to moderate and impose limits to the Greek way of life (the political community) and to individuality, respectively. Thus, the Aristotelian political-ethical ideology rises from the unescapable challenges of a declining Greek polis, with its innate restrictions of scarce productive forces. Such a reflection finds in the Athenian decline the motivation for its birth, that is, the Stagirite is historically driven to respond to the great challenge of his time: to recompose, within a certain degree of possibility, the city-state balance lost through decades of internal and external wars. In this way, Politics and Ethics are understood as regulative mechanisms to settle conflicts and tensions in a singular moment of Greek public life, that is, in a polis about to lose its political autonomy to Philip and Alexander. In synthesis, the aim of the Stagirite\'s political-ethical ideology is to intermediate relations, to limit and to equilibrate the community and its participant individual because, otherwise, the absence of limits would eventually impose (as it actually occurred) the dissolution of life in communitas.
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Heródoto e os poetas : a sphragis e a manifestação autoral nas HistóriasGuterres, Tiago da Costa January 2012 (has links)
La manifestation d‟auteur est un élément que peut être facilement verifié dans les Histoires d‟Hérodote d‟Halicarnasse. Depuis la présentation du nom propre au début de l‟ouvre (sa sphragis), grâce à l‟utilization fréquent du moi dans le récit, l‟auteur se présente comme responsable de la propre production. Et le résultat est l‟emphase sur la figure de celui qui a effectué la recherche, ce qui signifie un contraste important si on les comparé aux productions des poètes grecs. Cette thèse se compose d‟une recherche dont l‟objectif est d‟examiner la manifestation auctorale d‟Hérodote à partir de la présence de poètes dans l‟Histoires. Ils ont été analysés les extraits où ils sont mentionnés, a fin de montrer la distance établie par Hérodote et l‟émergence de l‟auteur dans sa ouvre. / A manifestação autoral é um elemento que pode ser facilmente verificado nas Histórias de Heródoto de Halicarnasso. Desde a apresentação do nome próprio no início da obra (sua sphragis), passando pelo frequente uso do eu na narrativa, o autor apresenta a si próprio como o responsável pela produção. E o resultado é a ênfase na figura daquele que executou a investigação, o que significa um importante contraste se comparado às produções dos poetas gregos. Esta dissertação consiste em uma investigação cujo objetivo é examinar a manifestação autoral herodotiana a partir da presença dos poetas nas Histórias. Foram analisadas as passagens em que estes são mencionados, no intuito de mostrar o distanciamento estabelecido por Heródoto, e a emergência do autor em sua obra.
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Política, limite e mediania em Aristóteles / The nature, specificity and necessity of the politics category in Aristotle\'s mature thoughtMilney Chasin 09 October 2007 (has links)
O propósito deste trabalho é determinar a natureza, especificidade e necessidade da categoria da política no pensamento maduro de Aristóteles, tendo por eixo central o exame de três obras capitais: Ética Nicomaquéia, A Constituição de Atenas e Política. Estabelecer, portanto, os nexos e laços históricos que uniram e animaram o pensamento político do estagirita, relacionando-os à realidade ateniense do século do IV a.C que influenciou, sobremaneira, a démarche ideológica do filósofo em tela. Trata-se de apontar os elos que motivaram concretamente o autor a encontrar na política e na ética instrumentos a moderar, a impor limites ao modo de vida grego (à comunidade política) e à individualidade, respectivamente. O ideário político-ético aristotélico brotou dos desafios incontornáveis de uma pólis grega declinante, com suas adstringências ingênitas, de apoucadas forças produtivas. Assim, foi levado, historicamente, a responder ao grande desafio de seu tempo: recompor, a partir de certa exeqüibilidade, o equilíbrio citadino perdido por décadas de guerras internas e externas. De modo que, política e ética foram compreendidas como mecanismos reguladores a dirimir conflitos e tensões em momento singular da vida pública grega, a saber, em uma pólis prestes a perder sua autonomia política para Filipe e Alexandre. Em síntese, visava, portanto, intermediar relações, limitar e equilibrar a comunidade e o indivíduo que dela participava, pois, do contrário, a ausência de limites acabaria (como de fato ocorreu) impondo a dissolução da vida in communitas. / The purpose of this work is to determine the nature, specificity and necessity of the politics category in Aristotle\'s mature thought, having as central axis the examination of his major works: Nichomachean Ethics, Constitution of Athens and Politics. To find, therefore, the historical nexus and ties that animate and link the Stagirite\'s political ideology to the 4th-century BC Athenian reality, which strongly influenced the philosopher\'s ideological démarche. The point is to establish the links that concretely motivated the philosopher of Stagira to find in Politics and in Ethics the instruments to moderate and impose limits to the Greek way of life (the political community) and to individuality, respectively. Thus, the Aristotelian political-ethical ideology rises from the unescapable challenges of a declining Greek polis, with its innate restrictions of scarce productive forces. Such a reflection finds in the Athenian decline the motivation for its birth, that is, the Stagirite is historically driven to respond to the great challenge of his time: to recompose, within a certain degree of possibility, the city-state balance lost through decades of internal and external wars. In this way, Politics and Ethics are understood as regulative mechanisms to settle conflicts and tensions in a singular moment of Greek public life, that is, in a polis about to lose its political autonomy to Philip and Alexander. In synthesis, the aim of the Stagirite\'s political-ethical ideology is to intermediate relations, to limit and to equilibrate the community and its participant individual because, otherwise, the absence of limits would eventually impose (as it actually occurred) the dissolution of life in communitas.
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Heródoto versus Khrónos : kléos, escrita da história e o autor em busca da posteridadeGuterres, Tiago da Costa January 2017 (has links)
Écrites pour empêcher que les faits humains étaient oubliés avec le temps, les Histoires d’Hérodote d’Halicarnasse soulignent, depuis le proême, leur potentiel de pérennisation. En réalisant son entreprise après la fin des guerres contre les perses, il veut préserver les actions de ceux qui, à son avis, méritent d’être rappelés. L’historien émerge en tant que figure d’auteur qui revendique la capacité de préserver les réalisations des êtres humains. S’agit-il aussi d’une préservation de soi-même en tant qu’auteur ? Cette thèse vise à répondre à la question posée. La Grèce des póleis a vu survenir la figure de l’auteur. Des nombreux auteurs grecs ont exprimé la volonté de signer leurs oeuvres. La présence autorielle de l’historien est inséparable du contenu exposé dans le texte. Il s’agit donc d’une quête de préservation de son propre kléos, ce qu’on peut vérifier dans sa signature ou sphragís, bien que dans le moi de l’écrivain et son dialogue avec le lecteur future. Pour atteindre son but, Hérodote dispose de l’écriture de l’histoire, un outil pour résister à Khrónos, cette figure qui représente le temps destructeur. / Escrita para impedir que os feitos humanos fossem esquecidos com passar do tempo, as Histórias de Heródoto de Halicarnasso sublinham, desde o proêmio, seu potencial perenizador. Realizando seu empreendimento após o fim das guerras contra os persas, ele pretende preservar as ações daqueles que, na sua opinião, merecem ser lembrados. O historiador surge como figura autoral que reivindica a capacidade de preservar as realizações humanas. A busca de preservação dos outros se refere de algum modo à preservação de si próprio? Esta tese consiste em uma tentativa de responder positivamente a esta questão. A Grécia das póleis vê surgir a ênfase cada vez mais demarcada da figura autoral. É grande a lista de autores gregos que manifestaram a vontade de assinar o nome em suas obras e os poetas, talvez, sejam o maior exemplo disso. Quanto ao historiador, que em muito se refere à poesia, sua presença autoral se tornou algo indissociável do conteúdo apresentado no texto. Trata-se, então, de uma busca de fazer com que seu kléos seja conhecido pela posteridade, o que podemos compreender se considerarmos alguns elementos presentes no seu texto, como a assinatura ou sphragís, a presença constante do eu do autor e uma espécie de “diálogo” com o leitor futuro. Para tal intento, Heródoto dispõe da sua escrita da história, uma ferramenta utilizada para resistir a Khrónos ou o tempo, que a todos destrói.
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Algunos aspectos de la dialéctica del "Parménides" desde la óptica HegelianaSchoof Alvarez, Carlos Guillermo 11 December 2017 (has links)
El propósito del presente trabajo es ofrecer un panorama de las afinidades filosóficas entre
Platón y Hegel a partir del análisis de la interpretación hegeliana del diálogo Parménides. La
estructura del trabajo es la siguiente: en la primera parte, se mostrará cómo la aproximación
hegeliana a Platón y su comprensión del idealismo y la dialéctica están marcadas por el debate
con la filosofía kantiana. Esto exige una breve exposición del idealismo trascendental kantiano
frente al idealismo absoluto hegeliano, así como de la lógica trascendental kantiana frente a la
lógica especulativa hegeliana. En la segunda parte, se señalarán algunos rasgos hermenéuticos
de la interpretación hegeliana de Platón para poder exponer después cómo la primera parte del
Parménides (donde el filósofo homónimo realiza las críticas a la teoría de las Ideas del joven
Sócrates) admite paralelismo de intención filosófica y hasta narrativos con pasajes de obras de
Hegel. La coincidencia de ambos filósofos reside en su defensa del estatuto ontológico de lo
ideal frente a un tipo de pensamiento que sólo quiere lidiar con representaciones y que
“cosifica” lo inteligible. Además, y esto se desarrollará también en la tercera parte, ambos
filósofos comparten exigencias metodológicas para la filosofía en tanto consideran a la
dialéctica como el método filosófico exclusivo. Finalmente, en la tercera sección, se expondrá
la evaluación hegeliana del ejercicio dialéctico de la segunda parte del Parménides. Esto exige
indicar por qué la dialéctica platónica no logra su cometido filosófico del todo y queda
“reducida” a un escepticismo, no desprovisto de valor sino consustancial a toda labor
filosófica. / Tesis
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Virtude e mediedade em AristótelesHobuss, João Francisco Nascimento January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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A unidade da Metafísica de Aristóteles a partir das aporias do Livro BetaSantos, Marina dos January 2011 (has links)
Resumo não disponível
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O conceito de significado no Peri Hermeneias de AristótelesAlves, Janio January 2012 (has links)
Resumo não disponível
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Eros e Bía em Helena e Cassandra : gênero e violência no imaginário clássico atenienseNólibos, Paulina Terra January 2006 (has links)
A presente pesquisa na área de estudos clássicos e de gênero aborda as figuras femininas do mito de Tróia, Helena e Cassandra, no universo da representação da sexualidade grega durante o século V a.C. articuladas aos conceitos de Eros e Bías. Os temas do rapto, adultério e estupro são estudados através de dois tipos de fontes documentais primárias: as tragédias de Eurípides e o material iconográfico dos vasos de figuras vermelhas, ambas artes produzidas em Atenas. Estes temas são articulados às fontes e confrontados com a tradição literária desde Homero e com a formação de modelos sociais do período clássico. O objetivo da Tese é apresentar as variantes narrativas e interpretativas do mito micênico na personificação de suas heroínas, e correlacionar os diversos modos de representação das cenas à ideologia e política sexual, às leis e práticas e ao modelo de sexualidade proporcionado pelas releituras do passado histórico-mítico operadas durante o século V a.C. em Atenas por seus pintores e poetas. / This Thesis, in the field of classics and gender studies, deals with the feminine figures of the Trojan myth, Helen and Kassandra, in the universe of sexual representation during the fifth-century b.C., articulating the concepts of Eros and Bías in tragic drama and iconology. The problems of kidnaping, adultery and rape of women are analyzed through two kinds of primary sources: the tragedy of Euripides and the iconographic material from the vases of red figures, both produced in classical Athens. These subjects are entwined and confronted with the literary tradition since Homer and within the formation of social patterns in the athenian classic period. The research’s goal is to discuss the narrative and interpretative variations of this Mycenaean myth of the fall of Troy in the impersonation of these heroines, and to relate the different aspects of the scenes’ representation to ideology and sexual politics, to law and social practices and with the sexuality standards in Athens, as observed during the fifthcentury by its poets and painters.
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