• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 12
  • Tagged with
  • 12
  • 12
  • 8
  • 7
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 5
  • 4
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

ECOTURISMO E INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM NO ALTO CAMAQUÃ/RS: UMA ALTERNATIVA PARA O (DES)ENVOLVIMENTO LOCAL / ECOTOURISM AND INTERPRETATION OF THE LANDSCAPE IN ALTO CAMAQUÃ/ RS: AN ALTERNATIVE TO (DES) LOCAL INVOLVEMENT

Degrandi, Simone Marafiga 25 August 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The fast development of tourism as a worldwide intensity, starting from the 1970s, has resulted in social, economic and environmental problems. As a consequence, in this same period, the environmental movement while condemning the touristic activity reflected on alternatives that would provide the reduction of impacts. Thus new standards began in the forms of visiting nature, with the the emergence of various forms of alternative tourism, which acted as a counterpoint to the predatory practices of mass tourism. In this context, Ecotourism emerged as a major form of contact with nature and appreciation of the environment. Ecotourism is configured as a type of tourism that is growing globally each year, having as main feature the use of natural heritage in a sustainable way, seeking their protection through awareness, interpretation and environmental education, including further socio-cultural aspects, focused particularly in the appreciation of local cultures visited. The use of natural potential as a tourist attraction, added to cultural aspects of the host communities, has emerged as a major tool for endogenous development of territories that have rich potential landscape. From this trend, this paper has proposed a survey to study the potential of the natural aspects linked to the geological and geomorphological heritage of the Alto Camaquã, for the development of ecotourism as a tool for endogenous regional development and public policies for landscape protection . The Alto Camaquã is located in the southern half of the state of Rio Grande do Sul, in the upper third of Camaquã River Basin, located between the region of Campanha and the Mountains of the Southeast. This research was methodologically based on the geosystems approach for the interpretation of the landscape of Alto Camaquã, through the identification of landscape units. Thus, we identified the main points of actual interest for the development of ecotourism and the potential of this landscape to create a Geopark. At the end we can conclude that among the landscape units established during the research, highlights the great diversity of landforms and rock outcrops, mainly found in the Sub-região Natural Planaltos Rebaixados de Caçapava do Sul that need to be protected, such , the watchtowers, the Mines of Camaquã, the Secret Stone, the Corner of Hell, the Stone House, among other places. Besides these there are other formations that add to the geological and geomorphological heritage and have particular potential for the development of future projects related to routing Ecotourism and cultural diversity of the Alto Camaquã / O rápido desenvolvimento da atividade turística e a sua massificação em nível mundial, a partir da década de 1970, têm acarretado problemas de ordem social, econômica e ambiental. Como conseqüência, neste mesmo período os movimentos ambientalistas ao mesmo tempo em que condenavam a atividade turística, buscaram refletir sobre alternativas que proporcionassem a redução dos impactos gerados. Assim, iniciaram-se novos padrões nas formas de se visitar a natureza através do surgimento de diversas modalidades de turismo alternativo, que atuaram como um contraponto às práticas predatórias de turismo de massa. É nesse contexto que o Ecoturismo surge como uma das principais formas de contato com a natureza e valorização dos elementos paisagísticos naturais. O Ecoturismo configura-se como uma tipologia de turismo que vem crescendo mundialmente a cada ano, tendo como principal característica o aproveitamento do patrimônio natural de forma sustentável, buscando sua proteção por meio da sensibilização, da interpretação e da Educação Ambiental, incluindo ainda, aspectos socioculturais centrados, particularmente, na valorização das culturas locais visitadas. O aproveitamento das potencialidades naturais como atrativo turístico, somadas a aspectos culturais das comunidades receptoras, tem despontado como uma das principais ferramentas de desenvolvimento endógeno de territórios que dispõem de rico potencial paisagístico. A partir desta tendência, a presente dissertação possui como proposta de estudo o levantamento do potencial paisagístico do quadro natural ligado ao patrimônio geológicogeomorfológico do Alto Camaquã para o desenvolvimento do Ecoturismo, como uma ferramenta de desenvolvimento territorial endógeno e as políticas públicas de proteção da paisagem. O Alto Camaquã está localizado na Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul, no terço superior da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã, situado entre a região da Campanha gaúcha e as Serras do Sudeste. A presente pesquisa tomou como base metodológica a abordagem geossistêmica, para a interpretação da paisagem do Alto Camaquã, através da identificação de unidades de paisagem. Assim, foram identificados os principais pontos de efetivo interesse para o desenvolvimento do Ecoturismo e as potencialidades dessa paisagem para a criação de um geoparque. Ao final pode-se concluir que entre as unidades de paisagem estabelecidas durante a pesquisa, destaca-se a grande diversidade de afloramentos rochosos e geoformas, encontradas principalmente na Sub-região Natural Planaltos Rebaixados de Caçapava do Sul que precisam ser protegidas como, por exemplo, as Guaritas, as Minas do Camaquã, a Pedra do Segredo, o Rincão do Inferno, a Casa de Pedra, entre outros locais. Além destas formações existem outras que se somam ao patrimônio geológicogeomorfológico e que possuem um potencial especial para o desenvolvimento de futuros projetos de roteirização ligados ao Ecoturismo e a diversidade cultural do Alto Camaquã.
2

DINÂMICA VEGETACIONAL E DIVERSIDADE FLORÍSTICA EM ÁREAS DE VEGETAÇÃO CAMPESTRE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL / VEGETATION DYNAMICS AND FLORISTIC DIVERSITY OF GRASSLANDS AT RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL

Goulart, Carolina Gomes 26 September 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Pampa biome encompasses heterogeneous ecosystems, because of the great number of kinds of soils and the variations in altitude and also in the climate, and such characteristics are directly reflected in the floristic composition of the different vegetal communities. The knowledge of such diversity and the comprehension of the dynamics in this vegetation along with the practices of conservationist management result in a better use of the natural resources of the native meadow areas. This study aimed to assess those vegetation dynamics in an experimental area of natural meadow managed with different grazing methods, at Embrapa CPPSUL, Bagé, RS and concomitantly assess the floristic diversity of areas of native meadows submitted to fertilization and grazing methods in Unidades Experimentais Participativas in the Alto Camaquã area, RS, Brasil. In the study of the vegetation dynamics in the experimental area at Embrapa CPPSUL, the estimates of the species composition and their respective biomasses have followed the field proceedings of the BOTANAL method, with some adaptations. In order to generate hypotheses about the effects of the treatments (continuous and controlled grazing), multivariate analyzes have been used for the data about the species dynamics and functional types. The diversity and uniformity of species have been quantified through the indices of Shannon and equitability. There weren t evidences of meaningful differences among the factors: grazing, time and interaction grazing x time. There weren t also meaningful differences between rotary and continuous methods of grazing. The most frequent families in the survey in the studied areas of the Alto Camaquã area were, respectively: Poaceae, Asteraceae, Cyperaceae, and Fabaceae. Considering the fertilizing factor, there weren t differences among the different kinds of fertilization. The areas that are kept under continuous grazing show less diversity in comparison with the ones with rotary grazing. / O Bioma Pampa apresenta ecossistemas heterogêneos, devido ao grande número de tipos de solos e as variações tanto de altitude como de clima, e estas características refletem diretamente na diversidade da composição florística das diferentes comunidades vegetais. O conhecimento dessa diversidade e a compreensão da dinâmica dessa vegetação aliadas a práticas de manejos conservacionistas, resultam em um melhor aproveitamento dos recursos naturais das áreas de campos nativos. O presente estudo objetivou avaliar a dinâmica vegetacional de uma área experimental de pastagem natural manejada com diferentes métodos de pastoreio, na EMBRAPA CPPSUL, Bagé, RS e concomitantemente avaliar a diversidade florística de áreas de campo nativo submetidas a adubação e métodos de pastoreio em Unidades Experimentais Participativas na região do Alto Camaquã, RS, Brasil. No estudo de dinâmica vegetacional da área experimental da EMBRAPA CPPSUL, as estimativas da composição de espécies e suas respectivas biomassas seguiram os procedimentos de campo do método BOTANAL, com algumas adaptações. Visando gerar hipóteses sobre os efeitos dos tratamentos (pastoreio contínuo e controlado), foram utilizadas análises multivariadas para os dados de dinâmica de espécies e tipos funcionais. A diversidade e uniformidade de espécies foram quantificadas através dos índices de Shannon e de equitabilidade. Não foram evidenciadas diferenças significativas entre os fatores: pastejo, tempo e para a interação pastejo x tempo. Entre os métodos de pastoreio rotativo e contínuo também não há diferença significativa. As famílias mais frequentes no levantamento das áreas estudadas da região do Alto Camaquã foram respectivamente: Poaceae, Asteraceae, Cyperaceae e Fabaceae respectivamente. Considerando o fator adubação, não houve diferenças entre os diferentes tipos de adubação. As áreas de campo que são mantidas sob pastoreio contínuo apresentam menor diversidade frente as áreas com pastoreio rotativo.
3

Colonialidade e desenvolvimento : a ressignificação do lugar em “zonas marginalizadas” no Sul do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2014 (has links)
O termo desenvolvimento, mesmo tendo assumido diferentes significados ao longo dos tempos, sobretudo nas últimas décadas, inexoravelmente alude a uma condição dominante que o associa à ideia de modernidade e progresso. Muitas das definições e referenciais sobre a discussão envolvendo esse tema não estão consolidadas, sendo constantemente questionadas, tendo em vista que o desenvolvimento, tal qual como é tratado por dentro da concepção de modernidade, não têm sido capaz de cumprir com todas suas promessas. A partir do final dos anos de 1990 emerge na América Latina uma nova corrente de pensamento denominada de estudos decoloniais, que surgem como forma de questionar a maneira como a história moderna foi constituída a partir das suas concepções dominantes. Desse modo, os estudos decoloniais são projetos epistemológicos que, no seu conjunto, procuram redecifrar as categorias teóricas euro-americocêntricas, denunciando a parcialidade da produção do saber e do conhecimento sobre o que se convencionou chamar de “Terceiro Mundo”. À luz dos estudos decoloniais, esse estudo tem como objetivo analisar a configuração do imaginário do sistema-mundial colonial/moderno, evidenciando como se reproduz a colonialidade e emergem processos decoloniais que reconfiguram histórias locais das chamadas “zonas marginalizadas”, tendo por base empírica a região denominada Alto Camaquã, localizada no sul do Rio Grande do Sul. No processo histórico de colonização do Alto Camaquã, o qual seguiu os rastros do “descobrimento” do Brasil e da América Latina, instaurou-se um padrão de poder vinculado à inferiorização do outro que moldou a estrutura da narrativa moderna. Assim, a dominação colonial pressupôs a produção de um conhecimento sobre o colonizado que foi, simultaneamente, a produção de desconhecimento, uma vez que, o caráter violento como o colonialismo se impôs, silenciou o sujeito colonial subalterno (índios, negros, camponeses) no curso da sua história colonial, perpetuando na história “pós-colonial”. Forjou-se, de tal modo, no curso da formação do sistema-mundo moderno/colonial, uma subjetividade de inferioridade não apenas de sujeitos, mas também do lugar, ou seja, o Alto Camaquã como uma região pobre, atrasada, subdesenvolvida e sem competências para sustentar um modelo de desenvolvimento ancorado nos padrões da modernidade. Procurando reescrever narrativas do desenvolvimento desde baixo, foi possível identificar no contexto empírico de estudo a existência de outros locus de enunciação que operam nas margens da modernidade/colonialidade. Esses locus enunciativos demarcam outras posições dos sujeitos subalternos, que são, eles próprios, locus enunciativos contra-hegemônicos à verdade imputada pela modernidade. O que se verificou foi a existência de enunciações que envolvem a construção positiva de si mesmo, naquilo que historicamente tem sido negado e colocado a uma condição de inferioridade e fracasso, e que preservam experiências de mundo que tem mudado o curso dos acontecimentos, criando alternativas ao “mundo desenvolvido”. / The term development, even having assumed different meanings over time particularly in recent decades, inexorably refers to a dominant condition that associates this term to the idea of modernity and progress. Many of the definitions and references surrounding this issue have not been consolidated; then several issues have been constantly debated. This situation is related to the fact that development, in the way it is treated inside the conception of modernity, has not been able to accomplish all its promises. Since the late 1990s a new school of thought called decolonial studies has emerged in Latin America, which appears as a form of questioning the way the modern history was established from its dominant conceptions. In this sense, the postcolonial studies are epistemological projects that, taken together, aim to (re)decipher Euro-American centered theoretical categories, denouncing the partiality of knowledge production on the so-called Third World. In light of the decolonial studies, this study aims to analyze the configuration of the imaginary of modern/colonial world-system, demonstrating how the coloniality is reproduced and how decolonial processes, which reconfigure local histories of the so called “marginalized zones”, emerge having as empirical basis the region named as Alto Camaquã, in Rio Grande do Sul. In the historical process of colonization of Alto Camaquã, which followed the traces of the discovery of Brazil and Latin America, it has been established a power standard linked to the inferiorization of the other which has shaped the modern narrative structure. Thus, the colonial denomination presupposed the production of knowledge about the colonization that was, simultaneously, the production of “no knowledge”, being that the violent character in which the colonialism imposed itself silenced the colonial subaltern subject (Indians, afro-descendants, peasants) in course of its colonial history, perpetuating in the “post-colonial” history. It has been planted, in such a strong way, in course of formation of the modern/colonial world-system, inferiority subjectiveness not only on the subjects but also on the place, that is, Alto Camaquã as being a poor, backward, underdeveloped region without competence to support a development model anchored in modernity standards. Trying to rewrite narratives of development from the bottom, it has been possible to identify in the empirical context of study the existence of other loci of enunciation which act in the margins of modernity/colonialiaty. These enunciative loci demark other positions of subaltern subjects, which are, they themselves, enunciative loci against-hegemonic towards the truth implanted by modernity. The existence of enunciations that involve positive construction of the self was verified, in what historically has been denied and placed on a condition of inferiority and failure, which preserve world experiences that have changed the course of happenings, creating alternatives to the “developed world”.
4

Estilos de agricultura e dinâmicas locais de desenvolvimento rural : o caso da pecuária familiar no território Alto Camaquã do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2009 (has links)
A reprodução das concepções homogeneizantes preconizadas pela modernização da agricultura, caracterizada, sobretudo, pela crescente mercantilização dos fatores de produção, não operou da mesma maneira e intensidade sobre as relações sociais de produção e trabalho familiares. Essa é a condição observada em relação à pecuária familiar do território Alto Camaquã localizado na metade sul do estado do Rio Grande do Sul, pois muitas das características do contexto socioeconômico, cultural e ecológico dos pecuaristas familiares mostraram-se incompatíveis as proposições contidas no projeto de modernização. O objetivo geral orientador dessa pesquisa é identificar e analisar como a mercantilização inseriu-se nos sistemas produtivos dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, e como esse processo foi responsável pela constituição de estilos de agricultura diferenciados. A operacionalização da pesquisa empírica adotou como base metodológica a Análise- Diagnóstico dos Sistemas Agrários (ADSA), tendo como principal pressuposto captar a diversidade dos tipos de agricultura observáveis a partir de um contexto agrário específico, e identificar os condicionantes históricos, socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais responsáveis por essa diferenciação entre os grupos sociais. Mesmo estando os pecuaristas familiares inseridos num ambiente com características socioeconômica, cultural e ambiental semelhantes, a aparente homogeneidade revela-se heterogênea a partir das distintas formas que a mercantilização encontra-se presente junto aos sistemas produtivos. Assim, foram aparecendo estratégias diferenciadas de reprodução social a partir dos modos que os pecuaristas lograram inserção aos mercados, o que determinou a existência de estilos de agricultura diversificados. No entanto, a mercantilização da agricultura não desconstituiu a tríade terra, família e trabalho, pois essas categorias representam uma totalidade e permanecem imbricadas no “modo de viver” dos pecuaristas familiares. Sendo a mercantilização um processo que se estabelece em diferentes graus, operando em algumas etapas da produção (antes, dentro e depois da “porteira”) de acordo os interesses individuais dos agricultores, procurou-se verificar em que medida as relações existentes entre os estilos de agricultura com a natureza contribuem para a autonomia das unidades familiares. Demonstrou-se que é condição tributária aos estilos de agricultura dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, estratégias produtivas que são baseadas e dependentes mais dos intercâmbios realizados com a natureza do que as relações estabelecidas com os mercados. / La reproducción de las concepciones homogenizantes preconizadas por la modernización de la agricultura, caracterizada, sobretodo, por la creciente mercantilización de los factores de producción, no opero de la misma manera e intensidad sobre las relaciones sociales de producción y trabajo de las unidades familiares. Esa es la condición observada en relación a la producción pecuaria familiar del territorio Alto Camaquã, localizado en la mitad sur del estado de Rio Grande do Sul, donde muchas de las características del contexto socioeconómico, cultural y ecológico de los productores pecuarios familiares se mostraron incompatibles a las proposiciones contenidas en el proyecto de modernización. El objetivo general de esta investigación es identificar y analizar como la mercantilización se insirió en los sistemas productivos de estos productores y como ese proceso fue responsable por la constitución de estilos de agricultura diferenciados. La operacionalización de la investigación adoptó como base metodológica el Análisis-Diagnostico de los Sistemas Agrarios (ADSA), teniendo como principal objetivo captar los diferentes tipos de agricultura observables en un contexto agrario especifico, e identificar los condicionantes históricos, socioeconómicos, políticos, culturales y ambientales responsables por esa diferenciación entre los grupos sociales. Así los productores pecuarios familiares estén inseridos en un ambiente con características socioeconómicas, culturales y ambientales semejantes, la aparente homogeneidad se revela heterogénea a partir de las distintas formas en que la mercantilización se encuentra presente junto a los sistemas productivos. De esta manera, aparecieron estrategias diferenciadas de reproducción social a partir de los modos por medio de los cuales los productores pecuarios lograron la inserción en los mercados, lo que determinó la existencia de estilos de agricultura diversificados. Sin embargo, la mercantilización de la agricultura no desarticuló la triada tierra, familia y trabajo, pues esas estrategias representan una totalidad y permanecen imbricadas en el “modo de vivir” de los productores pecuarios familiares. Siendo la mercantilización un proceso que se da en diferentes grados, operando en algunas etapas de la producción (antes, dentro y después de la “cerca”) de acuerdo a los intereses individuales de los agricultores, se procuró verificar en que medida las relaciones existentes entre los estilos de agricultura con la naturaleza contribuyen para la autonomía de las unidades familiares. Se demostró que es condición tributaria a los estilos de agricultura de los productores pecuarios familiares del territorio Alto Camaquã, el desarrollo de estrategias productivas las cuales están basadas mas en los intercambios realizados con la naturaleza que en las relaciones establecidas con los mercados.
5

Colonialidade e desenvolvimento : a ressignificação do lugar em “zonas marginalizadas” no Sul do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2014 (has links)
O termo desenvolvimento, mesmo tendo assumido diferentes significados ao longo dos tempos, sobretudo nas últimas décadas, inexoravelmente alude a uma condição dominante que o associa à ideia de modernidade e progresso. Muitas das definições e referenciais sobre a discussão envolvendo esse tema não estão consolidadas, sendo constantemente questionadas, tendo em vista que o desenvolvimento, tal qual como é tratado por dentro da concepção de modernidade, não têm sido capaz de cumprir com todas suas promessas. A partir do final dos anos de 1990 emerge na América Latina uma nova corrente de pensamento denominada de estudos decoloniais, que surgem como forma de questionar a maneira como a história moderna foi constituída a partir das suas concepções dominantes. Desse modo, os estudos decoloniais são projetos epistemológicos que, no seu conjunto, procuram redecifrar as categorias teóricas euro-americocêntricas, denunciando a parcialidade da produção do saber e do conhecimento sobre o que se convencionou chamar de “Terceiro Mundo”. À luz dos estudos decoloniais, esse estudo tem como objetivo analisar a configuração do imaginário do sistema-mundial colonial/moderno, evidenciando como se reproduz a colonialidade e emergem processos decoloniais que reconfiguram histórias locais das chamadas “zonas marginalizadas”, tendo por base empírica a região denominada Alto Camaquã, localizada no sul do Rio Grande do Sul. No processo histórico de colonização do Alto Camaquã, o qual seguiu os rastros do “descobrimento” do Brasil e da América Latina, instaurou-se um padrão de poder vinculado à inferiorização do outro que moldou a estrutura da narrativa moderna. Assim, a dominação colonial pressupôs a produção de um conhecimento sobre o colonizado que foi, simultaneamente, a produção de desconhecimento, uma vez que, o caráter violento como o colonialismo se impôs, silenciou o sujeito colonial subalterno (índios, negros, camponeses) no curso da sua história colonial, perpetuando na história “pós-colonial”. Forjou-se, de tal modo, no curso da formação do sistema-mundo moderno/colonial, uma subjetividade de inferioridade não apenas de sujeitos, mas também do lugar, ou seja, o Alto Camaquã como uma região pobre, atrasada, subdesenvolvida e sem competências para sustentar um modelo de desenvolvimento ancorado nos padrões da modernidade. Procurando reescrever narrativas do desenvolvimento desde baixo, foi possível identificar no contexto empírico de estudo a existência de outros locus de enunciação que operam nas margens da modernidade/colonialidade. Esses locus enunciativos demarcam outras posições dos sujeitos subalternos, que são, eles próprios, locus enunciativos contra-hegemônicos à verdade imputada pela modernidade. O que se verificou foi a existência de enunciações que envolvem a construção positiva de si mesmo, naquilo que historicamente tem sido negado e colocado a uma condição de inferioridade e fracasso, e que preservam experiências de mundo que tem mudado o curso dos acontecimentos, criando alternativas ao “mundo desenvolvido”. / The term development, even having assumed different meanings over time particularly in recent decades, inexorably refers to a dominant condition that associates this term to the idea of modernity and progress. Many of the definitions and references surrounding this issue have not been consolidated; then several issues have been constantly debated. This situation is related to the fact that development, in the way it is treated inside the conception of modernity, has not been able to accomplish all its promises. Since the late 1990s a new school of thought called decolonial studies has emerged in Latin America, which appears as a form of questioning the way the modern history was established from its dominant conceptions. In this sense, the postcolonial studies are epistemological projects that, taken together, aim to (re)decipher Euro-American centered theoretical categories, denouncing the partiality of knowledge production on the so-called Third World. In light of the decolonial studies, this study aims to analyze the configuration of the imaginary of modern/colonial world-system, demonstrating how the coloniality is reproduced and how decolonial processes, which reconfigure local histories of the so called “marginalized zones”, emerge having as empirical basis the region named as Alto Camaquã, in Rio Grande do Sul. In the historical process of colonization of Alto Camaquã, which followed the traces of the discovery of Brazil and Latin America, it has been established a power standard linked to the inferiorization of the other which has shaped the modern narrative structure. Thus, the colonial denomination presupposed the production of knowledge about the colonization that was, simultaneously, the production of “no knowledge”, being that the violent character in which the colonialism imposed itself silenced the colonial subaltern subject (Indians, afro-descendants, peasants) in course of its colonial history, perpetuating in the “post-colonial” history. It has been planted, in such a strong way, in course of formation of the modern/colonial world-system, inferiority subjectiveness not only on the subjects but also on the place, that is, Alto Camaquã as being a poor, backward, underdeveloped region without competence to support a development model anchored in modernity standards. Trying to rewrite narratives of development from the bottom, it has been possible to identify in the empirical context of study the existence of other loci of enunciation which act in the margins of modernity/colonialiaty. These enunciative loci demark other positions of subaltern subjects, which are, they themselves, enunciative loci against-hegemonic towards the truth implanted by modernity. The existence of enunciations that involve positive construction of the self was verified, in what historically has been denied and placed on a condition of inferiority and failure, which preserve world experiences that have changed the course of happenings, creating alternatives to the “developed world”.
6

Estilos de agricultura e dinâmicas locais de desenvolvimento rural : o caso da pecuária familiar no território Alto Camaquã do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2009 (has links)
A reprodução das concepções homogeneizantes preconizadas pela modernização da agricultura, caracterizada, sobretudo, pela crescente mercantilização dos fatores de produção, não operou da mesma maneira e intensidade sobre as relações sociais de produção e trabalho familiares. Essa é a condição observada em relação à pecuária familiar do território Alto Camaquã localizado na metade sul do estado do Rio Grande do Sul, pois muitas das características do contexto socioeconômico, cultural e ecológico dos pecuaristas familiares mostraram-se incompatíveis as proposições contidas no projeto de modernização. O objetivo geral orientador dessa pesquisa é identificar e analisar como a mercantilização inseriu-se nos sistemas produtivos dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, e como esse processo foi responsável pela constituição de estilos de agricultura diferenciados. A operacionalização da pesquisa empírica adotou como base metodológica a Análise- Diagnóstico dos Sistemas Agrários (ADSA), tendo como principal pressuposto captar a diversidade dos tipos de agricultura observáveis a partir de um contexto agrário específico, e identificar os condicionantes históricos, socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais responsáveis por essa diferenciação entre os grupos sociais. Mesmo estando os pecuaristas familiares inseridos num ambiente com características socioeconômica, cultural e ambiental semelhantes, a aparente homogeneidade revela-se heterogênea a partir das distintas formas que a mercantilização encontra-se presente junto aos sistemas produtivos. Assim, foram aparecendo estratégias diferenciadas de reprodução social a partir dos modos que os pecuaristas lograram inserção aos mercados, o que determinou a existência de estilos de agricultura diversificados. No entanto, a mercantilização da agricultura não desconstituiu a tríade terra, família e trabalho, pois essas categorias representam uma totalidade e permanecem imbricadas no “modo de viver” dos pecuaristas familiares. Sendo a mercantilização um processo que se estabelece em diferentes graus, operando em algumas etapas da produção (antes, dentro e depois da “porteira”) de acordo os interesses individuais dos agricultores, procurou-se verificar em que medida as relações existentes entre os estilos de agricultura com a natureza contribuem para a autonomia das unidades familiares. Demonstrou-se que é condição tributária aos estilos de agricultura dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, estratégias produtivas que são baseadas e dependentes mais dos intercâmbios realizados com a natureza do que as relações estabelecidas com os mercados. / La reproducción de las concepciones homogenizantes preconizadas por la modernización de la agricultura, caracterizada, sobretodo, por la creciente mercantilización de los factores de producción, no opero de la misma manera e intensidad sobre las relaciones sociales de producción y trabajo de las unidades familiares. Esa es la condición observada en relación a la producción pecuaria familiar del territorio Alto Camaquã, localizado en la mitad sur del estado de Rio Grande do Sul, donde muchas de las características del contexto socioeconómico, cultural y ecológico de los productores pecuarios familiares se mostraron incompatibles a las proposiciones contenidas en el proyecto de modernización. El objetivo general de esta investigación es identificar y analizar como la mercantilización se insirió en los sistemas productivos de estos productores y como ese proceso fue responsable por la constitución de estilos de agricultura diferenciados. La operacionalización de la investigación adoptó como base metodológica el Análisis-Diagnostico de los Sistemas Agrarios (ADSA), teniendo como principal objetivo captar los diferentes tipos de agricultura observables en un contexto agrario especifico, e identificar los condicionantes históricos, socioeconómicos, políticos, culturales y ambientales responsables por esa diferenciación entre los grupos sociales. Así los productores pecuarios familiares estén inseridos en un ambiente con características socioeconómicas, culturales y ambientales semejantes, la aparente homogeneidad se revela heterogénea a partir de las distintas formas en que la mercantilización se encuentra presente junto a los sistemas productivos. De esta manera, aparecieron estrategias diferenciadas de reproducción social a partir de los modos por medio de los cuales los productores pecuarios lograron la inserción en los mercados, lo que determinó la existencia de estilos de agricultura diversificados. Sin embargo, la mercantilización de la agricultura no desarticuló la triada tierra, familia y trabajo, pues esas estrategias representan una totalidad y permanecen imbricadas en el “modo de vivir” de los productores pecuarios familiares. Siendo la mercantilización un proceso que se da en diferentes grados, operando en algunas etapas de la producción (antes, dentro y después de la “cerca”) de acuerdo a los intereses individuales de los agricultores, se procuró verificar en que medida las relaciones existentes entre los estilos de agricultura con la naturaleza contribuyen para la autonomía de las unidades familiares. Se demostró que es condición tributaria a los estilos de agricultura de los productores pecuarios familiares del territorio Alto Camaquã, el desarrollo de estrategias productivas las cuales están basadas mas en los intercambios realizados con la naturaleza que en las relaciones establecidas con los mercados.
7

Estilos de agricultura e dinâmicas locais de desenvolvimento rural : o caso da pecuária familiar no território Alto Camaquã do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2009 (has links)
A reprodução das concepções homogeneizantes preconizadas pela modernização da agricultura, caracterizada, sobretudo, pela crescente mercantilização dos fatores de produção, não operou da mesma maneira e intensidade sobre as relações sociais de produção e trabalho familiares. Essa é a condição observada em relação à pecuária familiar do território Alto Camaquã localizado na metade sul do estado do Rio Grande do Sul, pois muitas das características do contexto socioeconômico, cultural e ecológico dos pecuaristas familiares mostraram-se incompatíveis as proposições contidas no projeto de modernização. O objetivo geral orientador dessa pesquisa é identificar e analisar como a mercantilização inseriu-se nos sistemas produtivos dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, e como esse processo foi responsável pela constituição de estilos de agricultura diferenciados. A operacionalização da pesquisa empírica adotou como base metodológica a Análise- Diagnóstico dos Sistemas Agrários (ADSA), tendo como principal pressuposto captar a diversidade dos tipos de agricultura observáveis a partir de um contexto agrário específico, e identificar os condicionantes históricos, socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais responsáveis por essa diferenciação entre os grupos sociais. Mesmo estando os pecuaristas familiares inseridos num ambiente com características socioeconômica, cultural e ambiental semelhantes, a aparente homogeneidade revela-se heterogênea a partir das distintas formas que a mercantilização encontra-se presente junto aos sistemas produtivos. Assim, foram aparecendo estratégias diferenciadas de reprodução social a partir dos modos que os pecuaristas lograram inserção aos mercados, o que determinou a existência de estilos de agricultura diversificados. No entanto, a mercantilização da agricultura não desconstituiu a tríade terra, família e trabalho, pois essas categorias representam uma totalidade e permanecem imbricadas no “modo de viver” dos pecuaristas familiares. Sendo a mercantilização um processo que se estabelece em diferentes graus, operando em algumas etapas da produção (antes, dentro e depois da “porteira”) de acordo os interesses individuais dos agricultores, procurou-se verificar em que medida as relações existentes entre os estilos de agricultura com a natureza contribuem para a autonomia das unidades familiares. Demonstrou-se que é condição tributária aos estilos de agricultura dos pecuaristas familiares do território Alto Camaquã, estratégias produtivas que são baseadas e dependentes mais dos intercâmbios realizados com a natureza do que as relações estabelecidas com os mercados. / La reproducción de las concepciones homogenizantes preconizadas por la modernización de la agricultura, caracterizada, sobretodo, por la creciente mercantilización de los factores de producción, no opero de la misma manera e intensidad sobre las relaciones sociales de producción y trabajo de las unidades familiares. Esa es la condición observada en relación a la producción pecuaria familiar del territorio Alto Camaquã, localizado en la mitad sur del estado de Rio Grande do Sul, donde muchas de las características del contexto socioeconómico, cultural y ecológico de los productores pecuarios familiares se mostraron incompatibles a las proposiciones contenidas en el proyecto de modernización. El objetivo general de esta investigación es identificar y analizar como la mercantilización se insirió en los sistemas productivos de estos productores y como ese proceso fue responsable por la constitución de estilos de agricultura diferenciados. La operacionalización de la investigación adoptó como base metodológica el Análisis-Diagnostico de los Sistemas Agrarios (ADSA), teniendo como principal objetivo captar los diferentes tipos de agricultura observables en un contexto agrario especifico, e identificar los condicionantes históricos, socioeconómicos, políticos, culturales y ambientales responsables por esa diferenciación entre los grupos sociales. Así los productores pecuarios familiares estén inseridos en un ambiente con características socioeconómicas, culturales y ambientales semejantes, la aparente homogeneidad se revela heterogénea a partir de las distintas formas en que la mercantilización se encuentra presente junto a los sistemas productivos. De esta manera, aparecieron estrategias diferenciadas de reproducción social a partir de los modos por medio de los cuales los productores pecuarios lograron la inserción en los mercados, lo que determinó la existencia de estilos de agricultura diversificados. Sin embargo, la mercantilización de la agricultura no desarticuló la triada tierra, familia y trabajo, pues esas estrategias representan una totalidad y permanecen imbricadas en el “modo de vivir” de los productores pecuarios familiares. Siendo la mercantilización un proceso que se da en diferentes grados, operando en algunas etapas de la producción (antes, dentro y después de la “cerca”) de acuerdo a los intereses individuales de los agricultores, se procuró verificar en que medida las relaciones existentes entre los estilos de agricultura con la naturaleza contribuyen para la autonomía de las unidades familiares. Se demostró que es condición tributaria a los estilos de agricultura de los productores pecuarios familiares del territorio Alto Camaquã, el desarrollo de estrategias productivas las cuales están basadas mas en los intercambios realizados con la naturaleza que en las relaciones establecidas con los mercados.
8

Colonialidade e desenvolvimento : a ressignificação do lugar em “zonas marginalizadas” no Sul do Rio Grande do Sul

Neske, Márcio Zamboni January 2014 (has links)
O termo desenvolvimento, mesmo tendo assumido diferentes significados ao longo dos tempos, sobretudo nas últimas décadas, inexoravelmente alude a uma condição dominante que o associa à ideia de modernidade e progresso. Muitas das definições e referenciais sobre a discussão envolvendo esse tema não estão consolidadas, sendo constantemente questionadas, tendo em vista que o desenvolvimento, tal qual como é tratado por dentro da concepção de modernidade, não têm sido capaz de cumprir com todas suas promessas. A partir do final dos anos de 1990 emerge na América Latina uma nova corrente de pensamento denominada de estudos decoloniais, que surgem como forma de questionar a maneira como a história moderna foi constituída a partir das suas concepções dominantes. Desse modo, os estudos decoloniais são projetos epistemológicos que, no seu conjunto, procuram redecifrar as categorias teóricas euro-americocêntricas, denunciando a parcialidade da produção do saber e do conhecimento sobre o que se convencionou chamar de “Terceiro Mundo”. À luz dos estudos decoloniais, esse estudo tem como objetivo analisar a configuração do imaginário do sistema-mundial colonial/moderno, evidenciando como se reproduz a colonialidade e emergem processos decoloniais que reconfiguram histórias locais das chamadas “zonas marginalizadas”, tendo por base empírica a região denominada Alto Camaquã, localizada no sul do Rio Grande do Sul. No processo histórico de colonização do Alto Camaquã, o qual seguiu os rastros do “descobrimento” do Brasil e da América Latina, instaurou-se um padrão de poder vinculado à inferiorização do outro que moldou a estrutura da narrativa moderna. Assim, a dominação colonial pressupôs a produção de um conhecimento sobre o colonizado que foi, simultaneamente, a produção de desconhecimento, uma vez que, o caráter violento como o colonialismo se impôs, silenciou o sujeito colonial subalterno (índios, negros, camponeses) no curso da sua história colonial, perpetuando na história “pós-colonial”. Forjou-se, de tal modo, no curso da formação do sistema-mundo moderno/colonial, uma subjetividade de inferioridade não apenas de sujeitos, mas também do lugar, ou seja, o Alto Camaquã como uma região pobre, atrasada, subdesenvolvida e sem competências para sustentar um modelo de desenvolvimento ancorado nos padrões da modernidade. Procurando reescrever narrativas do desenvolvimento desde baixo, foi possível identificar no contexto empírico de estudo a existência de outros locus de enunciação que operam nas margens da modernidade/colonialidade. Esses locus enunciativos demarcam outras posições dos sujeitos subalternos, que são, eles próprios, locus enunciativos contra-hegemônicos à verdade imputada pela modernidade. O que se verificou foi a existência de enunciações que envolvem a construção positiva de si mesmo, naquilo que historicamente tem sido negado e colocado a uma condição de inferioridade e fracasso, e que preservam experiências de mundo que tem mudado o curso dos acontecimentos, criando alternativas ao “mundo desenvolvido”. / The term development, even having assumed different meanings over time particularly in recent decades, inexorably refers to a dominant condition that associates this term to the idea of modernity and progress. Many of the definitions and references surrounding this issue have not been consolidated; then several issues have been constantly debated. This situation is related to the fact that development, in the way it is treated inside the conception of modernity, has not been able to accomplish all its promises. Since the late 1990s a new school of thought called decolonial studies has emerged in Latin America, which appears as a form of questioning the way the modern history was established from its dominant conceptions. In this sense, the postcolonial studies are epistemological projects that, taken together, aim to (re)decipher Euro-American centered theoretical categories, denouncing the partiality of knowledge production on the so-called Third World. In light of the decolonial studies, this study aims to analyze the configuration of the imaginary of modern/colonial world-system, demonstrating how the coloniality is reproduced and how decolonial processes, which reconfigure local histories of the so called “marginalized zones”, emerge having as empirical basis the region named as Alto Camaquã, in Rio Grande do Sul. In the historical process of colonization of Alto Camaquã, which followed the traces of the discovery of Brazil and Latin America, it has been established a power standard linked to the inferiorization of the other which has shaped the modern narrative structure. Thus, the colonial denomination presupposed the production of knowledge about the colonization that was, simultaneously, the production of “no knowledge”, being that the violent character in which the colonialism imposed itself silenced the colonial subaltern subject (Indians, afro-descendants, peasants) in course of its colonial history, perpetuating in the “post-colonial” history. It has been planted, in such a strong way, in course of formation of the modern/colonial world-system, inferiority subjectiveness not only on the subjects but also on the place, that is, Alto Camaquã as being a poor, backward, underdeveloped region without competence to support a development model anchored in modernity standards. Trying to rewrite narratives of development from the bottom, it has been possible to identify in the empirical context of study the existence of other loci of enunciation which act in the margins of modernity/colonialiaty. These enunciative loci demark other positions of subaltern subjects, which are, they themselves, enunciative loci against-hegemonic towards the truth implanted by modernity. The existence of enunciations that involve positive construction of the self was verified, in what historically has been denied and placed on a condition of inferiority and failure, which preserve world experiences that have changed the course of happenings, creating alternatives to the “developed world”.
9

Padrões de diversidade da vegetação lenhosa da região do Alto Camaquã, Rio Grande do Sul, Brasil

Dadalt, Letícia Piccinini January 2010 (has links)
A diversidade beta pode ser definida como a mudança na composição de espécies entre locais em uma determinada área geográfica. Quantificar a contribuição relativa dos diferentes fatores que a afetam é essencial para entender como é mantida a diversidade das comunidades. Nosso estudo tem foco na vegetação lenhosa da região do Alto Camaquã, sul do Brasil (ca.30-31° S, 52-54° W), que está inserida no bioma Pampa e é caracterizada por ampla heterogeneidade ambiental com mosaicos de floresta e campo naturais. Com o objetivo de responder quais fatores tem mais influência na estruturação da comunidade de plantas lenhosas dessa região, distribuímos sistematicamente 60 unidades amostrais onde foram levantadas todas as espécies de plantas lenhosas. Primeiramente particionamos a diversidade beta através de RDA parcial e verificamos que as variáveis ambientais – que incluem variáveis climáticas, topográficas e edáficas – explicaram 28,4% da variação na composição de espécies, a distância geográfica explicou 16,6%, 14,7% foi compartilhado entre os dois componentes e 40,3% permaneceu não explicado. Com isso ficou claro que fatores determinísticos são mais importantes na estruturação das comunidades lenhosas. Em uma posterior análise de árvore de regressão multivariada, as variáveis climáticas foram selecionadas como as mais influentes. Além disso, a região de estudo é uma das mais bem conservadas do Estado. Portanto, em um segundo momento, investigamos a influência de fatores adicionais na diversidade beta das comunidades lenhosas, considerando o histórico de 300 anos de presença de manejo com pecuária familiar do Alto Camaquã. A partir de dados de um zoneamento agroecológico, exploramos a influência das diferentes tipologias de pecuária sobre dois estratos das comunidades de plantas lenhosas, plântulas e adultos, controlando o efeito da variação climática através de correlações matriciais. Encontramos que o manejo não está relacionado com o turnover de espécies de plântulas, contudo explica 12% da variação da diversidade beta de arbóreas. Concluímos, portanto, que a heterogeneidade climática da região gera heterogeneidade ambiental, sendo esta a principal determinante da diversidade das comunidades, apesar de processos neutros também influenciarem, em menor proporção. A presença do manejo não afeta de forma equitativa a comunidade de plantas lenhosas, contribuindo para a heterogeneidade florística da região. / Beta diversity can be defined as the shift in species composition among sites in a geographical area of interest. Quantifying the relative contributions of different processes that affect beta diversity is essential for understanding how diversity is maintained in communities. Our study focuses on the woody vegetation of the Alto Camaquã region, southernmost Brazil (c. 30-31° S, 52-54° W), which is within the domain of the Pampa biome and presents wide environmental heterogeneity showing natural forest-grassland patches. Aiming to answer which factors are most influential in the structuring of the woody plant communities, we systematically placed 60 sampling plots throughout the study area for vegetation survey. We partitioned beta diversity through partial RDA and verified that the environmental variables - which include climatic, topographic and edaphic variables - explained 28.4% of the variation in species composition, geographic distance accounted for 16.6%, 14.7% was shared between the two components and 40.3% of the variation remained unexplained. The deterministic processes are clearly the most important in structuring the woody communities. Further analysis using multivariate regression tree selected the climatic variables as the most influential. The study region shows a well conserved physiognomy, regardless of its 300-years history of land use for family cattleraising; hence in a second moment we investigated additional factors affecting diversity patterns of the plant communities surveyed, starting from available agroecological zoning data for land management. We explored the effect of the different typologies of family cattle-raising over two strata of the woody vegetation community, seedling and adult plants, controlling the effect of climate heterogeneity using matrix correlations (partial Mantel tests). We found that land management is not correlated with the species turnover of seedlings, yet explains 12% of the variation in the adult plants beta diversity. We concluded, hence, that climatic heterogeneity creates habitat heterogeneity, being the main determinant of community diversity, although neutral processes are also influent. Land management does not affect the woody plant community evenly, thus contributing to the floristic heterogeneity of the region.
10

Padrões de diversidade da vegetação lenhosa da região do Alto Camaquã, Rio Grande do Sul, Brasil

Dadalt, Letícia Piccinini January 2010 (has links)
A diversidade beta pode ser definida como a mudança na composição de espécies entre locais em uma determinada área geográfica. Quantificar a contribuição relativa dos diferentes fatores que a afetam é essencial para entender como é mantida a diversidade das comunidades. Nosso estudo tem foco na vegetação lenhosa da região do Alto Camaquã, sul do Brasil (ca.30-31° S, 52-54° W), que está inserida no bioma Pampa e é caracterizada por ampla heterogeneidade ambiental com mosaicos de floresta e campo naturais. Com o objetivo de responder quais fatores tem mais influência na estruturação da comunidade de plantas lenhosas dessa região, distribuímos sistematicamente 60 unidades amostrais onde foram levantadas todas as espécies de plantas lenhosas. Primeiramente particionamos a diversidade beta através de RDA parcial e verificamos que as variáveis ambientais – que incluem variáveis climáticas, topográficas e edáficas – explicaram 28,4% da variação na composição de espécies, a distância geográfica explicou 16,6%, 14,7% foi compartilhado entre os dois componentes e 40,3% permaneceu não explicado. Com isso ficou claro que fatores determinísticos são mais importantes na estruturação das comunidades lenhosas. Em uma posterior análise de árvore de regressão multivariada, as variáveis climáticas foram selecionadas como as mais influentes. Além disso, a região de estudo é uma das mais bem conservadas do Estado. Portanto, em um segundo momento, investigamos a influência de fatores adicionais na diversidade beta das comunidades lenhosas, considerando o histórico de 300 anos de presença de manejo com pecuária familiar do Alto Camaquã. A partir de dados de um zoneamento agroecológico, exploramos a influência das diferentes tipologias de pecuária sobre dois estratos das comunidades de plantas lenhosas, plântulas e adultos, controlando o efeito da variação climática através de correlações matriciais. Encontramos que o manejo não está relacionado com o turnover de espécies de plântulas, contudo explica 12% da variação da diversidade beta de arbóreas. Concluímos, portanto, que a heterogeneidade climática da região gera heterogeneidade ambiental, sendo esta a principal determinante da diversidade das comunidades, apesar de processos neutros também influenciarem, em menor proporção. A presença do manejo não afeta de forma equitativa a comunidade de plantas lenhosas, contribuindo para a heterogeneidade florística da região. / Beta diversity can be defined as the shift in species composition among sites in a geographical area of interest. Quantifying the relative contributions of different processes that affect beta diversity is essential for understanding how diversity is maintained in communities. Our study focuses on the woody vegetation of the Alto Camaquã region, southernmost Brazil (c. 30-31° S, 52-54° W), which is within the domain of the Pampa biome and presents wide environmental heterogeneity showing natural forest-grassland patches. Aiming to answer which factors are most influential in the structuring of the woody plant communities, we systematically placed 60 sampling plots throughout the study area for vegetation survey. We partitioned beta diversity through partial RDA and verified that the environmental variables - which include climatic, topographic and edaphic variables - explained 28.4% of the variation in species composition, geographic distance accounted for 16.6%, 14.7% was shared between the two components and 40.3% of the variation remained unexplained. The deterministic processes are clearly the most important in structuring the woody communities. Further analysis using multivariate regression tree selected the climatic variables as the most influential. The study region shows a well conserved physiognomy, regardless of its 300-years history of land use for family cattleraising; hence in a second moment we investigated additional factors affecting diversity patterns of the plant communities surveyed, starting from available agroecological zoning data for land management. We explored the effect of the different typologies of family cattle-raising over two strata of the woody vegetation community, seedling and adult plants, controlling the effect of climate heterogeneity using matrix correlations (partial Mantel tests). We found that land management is not correlated with the species turnover of seedlings, yet explains 12% of the variation in the adult plants beta diversity. We concluded, hence, that climatic heterogeneity creates habitat heterogeneity, being the main determinant of community diversity, although neutral processes are also influent. Land management does not affect the woody plant community evenly, thus contributing to the floristic heterogeneity of the region.

Page generated in 0.0658 seconds