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Uso de hialuronidase 75 UTR/ml concomitante à mepivacaína associada à epinefrina em bloqueio do nervo alveolar inferior: estudo hemodinâmico e eletrocardiográfico / Use of hyaluronidase 75 TRU/ml concomitantly with mepivacaine associated epinephrine and inferior alveolar nerve block: hemodynamic and electrocardiographic study

Tornelli, Mauricio José 19 January 2012 (has links)
Dentre os adjuvantes para os anestésicos locais (AL), a enzima hialuronidase tem seu uso consagrado na anestesia oftalmológica como difusor do AL. É utilizada para melhorar a eficácia clínica e prolongar a anestesia como alternativa aos anestésicos locais de longa duração em pacientes com comprometimento sistêmico. Este estudo duplo-cego e controlado avaliou os efeitos cardiovasculares induzidos por 3,6 ml de anestésico local (AL) cloridrato de mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 concomitantemente à hialuronidase 75 UTR/ml ou placebo (veiculo), em bloqueio do nervo alveolar inferior para realização de cirurgia de terceiros molares inferiores bilaterais e simétricos, em 20 pacientes. Foi realizada apenas uma cirurgia por consulta, no mesmo horário e operador. Os parâmetros cardiovasculares pressão sistólica (PS), diastólica (PD), média (PM) e freqüência cardíaca (FC) foram monitorados através de método oscilométrico e fotopletismográfico, em 10 etapas clínicas. Os registros eletrocardiográficos (ECG) das 12 derivações foram obtidos em 4 etapas: (T1) basal; (T2) anestésico local; (T3), 5 min. do AL; (T4) após a cirurgia. Foram avaliadas no ECG as seguintes variáveis: frequência cardíaca, duração do intervalo PR , duração do complexo QRS, duração do segmento QT corrigido. A hialuronidase injetada concomitantemente com o anestésico local (AL) não induziu alterações nas PS, PD, PM e FC (p>0,01, n=20) comparada ao placebo, mas houve alteração (p>0,01) na PS e FC na interação tempo x fármacos. Não foram observadas alterações eletrocardiográficas (n=18) consideradas de importância clínica como: infradesnivelamento do segmento ST, supradesnivelamento do segmento ST, extrassístoles de complexo QRS largo e extrassístoles de complexo QRS estreito. O uso do anestésico local injetado concomitante à hialuronidase 75 UTR/ml mostrou-se seguro para esta dose e via de administração. / Among the adjuvants to local anesthetics (LA), the enzyme hyaluronidase has its consecrated in ophthalmic anesthesia as a diffuser (spread) of the LA. It is used to improve the clinical efficacy and prolong anesthesia as an alternative to long lasting local anesthetics in patients with systemic involvement. This double-blind, controlled trial evaluated the cardiovascular effects induced by 3.6 ml of local anesthetic (LA) 2% mepivacaine hydrochloride with epinephrine 1:100,000 concomitantly with hyaluronidase 75 TRU/ml or placebo (vehicle) in blocking inferior alveolar nerve for performing third molar surgery bilateral and symmetrical in 20 patients. Surgery was performed only one by appointment, at the same time and operator. The cardiovascular parameters systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP), mean blood pressure (MBP) and heart rate (HR) were monitored using the oscillometric method and photoplethysmography in 10 clinical stages. Records electrocardiographic (ECG) of 12 leads were obtained in four steps: (T1) baseline, (T2) local anesthetic, (T3), 5 mim AL, (T4) after surgery. ECG were evaluated in the following variables: heart rate, duration of PR segment, duration of the complex QRS, duration of the corrected QT interval. Hyaluronidase injected concomitantly with local anesthetic did not induce changes in the SBP, DBP, MBP, and HR (p> 0.01, n = 20) compared to placebo, except in the interaction between steps and drugs (p<0.01) for SBP and HR. There were no ECG changes (n = 18) considered of clinical importance as ST segment depression, ST segment elevation, extrasystoles wide QRS complex and extrasystoles of narrow QRS complex. The use of local anesthetic injected concomitantly with hyaluronidase 75 TRU/ml was safe at this dose and route of administration.
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Análise funcional do bloqueio ciático em ratos com lidocaína associada à hialuronidase em complexação com hidroxipropil -  ß-ciclodextrina e citotoxicidade / Functional analysis of rat sciatic block with lidocaine associated to hyaluronidase in complexation with hydroxypropyl- ß-cyclodextrin and cytotoxicity

Carvalho, Carolina de 13 March 2014 (has links)
O uso da enzima hialuronidase como adjuvante do anestésico local está consagrado em oftalmologia, por melhorar a eficácia anestésica devido ao seu efeito difusor de fármacos, ocasionado pela quebra temporária do hialuronan (ácido hialurônico) que é o principal constituinte de tecidos conectivos. Em odontologia, a utilização da enzima como adjuvante no bloqueio do nervo alveolar inferior não apresentou vantagens quando injetada concomitante ao anestésico local, resultando em dor e trismo. Entretanto, com a utilização de um novo protocolo onde a aplicação da hialuronidase ocorria aos 30 min do início da anestesia, prolongou o efeito anestésico e sem ocorrência de efeitos adversos. Este protocolo oferecia a vantagem de evitar complementação anestésica reduzindo os riscos de toxicidade local e sistêmica, porém ainda havia a desvantagem da necessidade de uma nova puntura para aplicação da enzima. Surgiu a hipótese de se manter os benefícios desse protocolo com o uso da hialuronidase, de prolongar a duração da ação anestésica, injetando-a concomitantemente ao anestésico local, porém estando a enzima em um sistema de liberação lenta. Deste modo, a hialuronidase (75 UTR/ml) foi incorporada a uma nanopartícula, a hidroxipropil- ß-ciclodextrina, que atrasaria sua biodisponibilidade e simularia o protocolo da injeção antes do término da ação anestésica. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a eficácia do complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina injetado concomitantemente ao anestésico local, em prolongar a duração de ação do bloqueio nervoso funcional, a fim de oferecer uma alternativa futura de solução anestésica em procedimentos clínicos demorados ou para o alívio de dor, principalmente, em pacientes com comprometimento sistêmico cuja utilização de vasoconstritor adrenérgico ou anestésico de ação prolongada esteja contraindicada. Também foi avaliada a citotoxicidade do novo sistema carreador, o complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina. O bloqueio funcional sensitivo, motor e proprioceptivo do nervo ciático de ratos foi avaliado através de reflexo de retirada da pata e pinçamento, reflexo extensor tibiotarsal e claudicação, e resposta de salto. A citotoxicidade foi avaliada através do teste contagem por Azul de Tripan em fibroblastos e de hemólise em eritrócitos, ambos de rato. Os grupos onde o complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina foi injetado concomitantemente ao anestésico local apresentaram aumento significativo em comparação a todos os demais. O complexo de inclusão não se apresentou citotóxico, mas quando associado à lidocaína, manteve a citotoxicidade desta. Nenhum efeito hemolítico foi observado nas concentrações utilizadas para enzima, o complexo de inclusão e para a lidocaína. / The use of hyaluronidase as an adjuvant to local anesthetic is established in ophthalmology anesthesia to improve the effect of the drugs due to its spreading effect caused by a temporary break of hyaluronan (hyaluronic acid), which is the main component of connective tissue. In dentistry, the use of the enzyme as adjuvant in inferior alveolar nerve blockade was not advantageous when injected concomitantly with local anesthetic, resulting in pain and trismus. However, when the enzyme was injected before the end of nervous block, the anesthetic effect was extended and had no adverse effects. This protocol offered the advantage of avoiding anesthetic supplementation and reduces the risk of local and systemic toxicity, but there was still the disadvantage of receiving a new puncture to inject the enzyme. It has been hypothesized to maintain the benefits of this protocol with the use of hyaluronidase, to extend the duration of anesthetic action, injecting the hyaluronidase concomitantly with the local anesthetic, but the enzyme should be in a slow release system. Thus, hyaluronidase (75 TRU/ml) was incorporated into a nanoparticle, hydroxypropyl- ß-cyclodextrin, which would delay its bioavailability and simulate the protocol of the injection before the end of anesthetic action. This study aimed to determine the efficacy of inclusion complex hyaluronidase: hydroxypropyl- ß- cyclodextrin injected concomitantly with the local anesthetic to extend the duration of action of functional nervous block, to offer a future alternative of anesthetics to the clinical prolonged procedures or to relieve the pain, mainly in patients with systemic compromising whose the use of adrenergic vasoconstrictor or long-acting anesthetic are contraindicated. The cytotoxicity of the inclusion complex hyaluronidase: hydroxypropyl- -cyclodextrin was also evaluated. The nociceptive, motor and proprioceptive functional blockade of the sciatic nerve in rats was assessed by paw withdrawal reflex and clamping (pinprick), tibiotarsal extensor reflex response and claudication, and jumping response, respectively. The cytotoxicity was assessed through cell viability test by Trypan blue counts of fibroblasts and hemolysis test, both in rat cells. Groups where the inclusion complex hyaluronidase : hydroxypropyl- ß-cyclodextrin was injected concomitantly to the local anesthetic showed a significant increase of duration of anesthetic action compared to the others. The plain inclusion complex showed no cytotoxicity, but when associated with lidocaine, the cytotoxicity of this was maintained. None haemolytic effect was observed for the concentration used to the groups hyaluronidase, inclusion complex and lidocaine.
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Nursing activities escore para avaliação da carga de trabalho de enfermagem em unidade de recuperação pós-anestésica

Lima, Luciana Bjorklund de January 2010 (has links)
Introdução: A relação da carga de trabalho da equipe de enfermagem adequada às necessidades da assistência aos pacientes em Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA) é pouco explorada internacionalmente e inexplorada no cenário nacional. Objetivos: Avaliar a carga de trabalho de enfermagem em uma URPA e relacionar com variáveis preditoras de risco anestésico e risco cirúrgico. Métodos: Estudo de coorte contemporâneo realizado de julho de 2008 a setembro de 2009, em um hospital universitário, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Para a avaliação da carga de trabalho de enfermagem utilizou-se o instrumento Nursing Activities Score (NAS). Para avaliar o risco anestésico e cirúrgico utilizou-se respectivamente a Classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) e o Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II). Incluíram-se pacientes com idade ≥ 18 anos submetidos a procedimentos anestésico-cirúrgicos admitidos na URPA. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram incluídos com idade média de 56,86±14,91 anos, 81 (50,6%) eram do sexo feminino. A avaliação da carga de trabalho pelo NAS da admissão à alta foi de 76,2 (70,47 – 84,6) pontos, ocupando uma mediana de 3,68 horas de assistência de enfermagem. Não houve relação entre a carga de trabalho de enfermagem com a Classificação ASA e o SAPS II. Conclusão: A carga de trabalho em URPA não se relaciona com risco anestésico ou cirúrgico, no entanto, sofre influência do tempo e porte cirúrgico, das horas de permanência e de pacientes mais idosos.
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Desenvolvimento e caracterização físico-química de um sistema de liberação controlada da hialuronidase incluída em hidroxipropil--ciclodextrina / Development and physical-chemical characterization of a controlled delivery system of hyaluronidase included in hydroxypropyl- - cyclodextrin

Murakami, Victor Oliveira 21 September 2012 (has links)
A hialuronidase é uma enzima que vem sendo utilizada como adjuvante anestésico na oftalmologia há décadas para melhorar a eficácia anestésica, por aumentar a difusão do anestésico para o nervo. Na odontologia, quando foi injetada concomitantemente ao anestésico local em bloqueio pterigomandibular, reduziu a duração da anestesia e causou trismo, pois no momento inicial da anestesia ainda havia provavelmente muito anestésico no sítio da injeção, dispersando-o para tecidos adjacentes. Entretanto, em outro protocolo, a enzima foi injetada em outro momento, antes do término do efeito anestésico e, não induziu efeitos adversos e ainda aumentou a duração de ação, provavelmente, por difundir apenas o anestésico remanescente para o nervo. A fim de evitar uma nova puntura para injetar a hialuronidase, a enzima poderia ser incorporada a um carreador, que modularia a sua liberação tardiamente, simulando o protocolo anterior. O desenvolvimento desse sistema de liberação controlada da enzima, a ser futuramente associada aos anestésicos locais visa ainda diminuir a dose necessária para o bloqueio completo, diminuindo assim o risco de toxicidade sistêmica. Este estudo laboratorial teve por objetivo desenvolver o complexo de inclusão utilizando a como carreador da hialuronidase, uma ciclodextrina, a hidroxipropil--xtrina, formando o complexo de inclusão hialuronidase:hidroxipropil--ciclodextrina, em duas proporções molares, 1:1 e 2:1. Neste estudo ainda foram avaliadas as características físico-químicas dos componentes a fim de verificar se havia interação entre as moléculas. Após o preparo, a análise físico-química das substâncias foi realizada utilizando os seguintes métodos: espectroscopia na região do Infravermelho com transformada de Fourier, análise térmica, ressonância magnética nuclear, além da análise morfológica (por MEV). Mudanças observadas na espectroscopia na região do infravermelho e na calorimetria diferencial exploratória indicam interação molecular entre a hialuronidase e a hidroxipropil --ciclodextrina, em ambas razões molares, como sugerem o aspecto morfológico do complexo. / Hyaluronidase is an enzyme that has been used as an adjuvant anesthetic in ophthalmology for decades to improve the effectiveness of anesthesia by increasing the diffusion of the anesthetic to the nerve. In dentistry, when it was injected concomitantly with local anesthetic in inferior alveolar nerve blockade, reduced the duration of anesthesia and caused trismus, because in the initial moment of anesthesia there was probably a lot of anesthetic in the injection site, spreading it to adjacent tissues. However, in another protocol, the enzyme was injected later, before the regression of the anesthetic effect and did not induce adverse effects, and also increased the duration of action, probably by spreading only the remaining anesthetic to the nerve. In order to avoid another puncture to inject hyaluronidase, the enzyme could be incorporated into a carrier, which modulates its release later, simulating the previous protocol, while maintaining its benefits. The development of such controlled release system of the enzyme, to be in the future associated to local anesthetics, also designed to decrease the dose required to obtain the complete block, thus reducing the risk of systemic toxicity. This laboratory study aimed to develop the inclusion complex using as carrier to hyaluronidase, a cyclodextrin, the hydroxypropyl--cyclodextrin forming hyaluronidase : hydroxypropyl--cyclodextrin inclusion complex, in both molar ratios 1:1 and 2:1. This study also evaluated the physico-chemical characteristics in order to ascertain whether there was interaction between the molecules. After being prepared, the physical-chemical analysis of the substances was performed using the following methods: Fourier transform infrared spectroscopy, thermal analysis, nuclear magnetic resonance (RMR), besides the morphological analysis by scanning electronic microscopy (SEM). Changes observed in infrared spectroscopy and differential scanning calorimetry indicate molecular interaction between hyaluronidase and hydroxypropyl-beta-cyclodextrin, in both molar ratios, as suggested by the morphological aspect of the complex.
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A multiplicidade da doença: atuação da dor crônica na acupuntura e no bloqueio local

Caitité, Amanda Muniz Logeto January 2011 (has links)
109f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-06-27T13:56:22Z No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-06-27T15:04:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-27T15:04:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) Previous issue date: 2011 / FAPESB / Este trabalho tem como tema principal a dor crônica e o modo como ela acontece em dois tratamentos diferentes: a anestesia local e a acupuntura. Cada tratamento comporta agrupamentos específicos de atores humanos e não-humanos que promovem interações de tal modo distintas que a dor se multiplica, ou seja, é atuada de forma diversa em cada uma das práticas. O objetivo dessa dissertação é descrever como acontece essa multiplicação, adotando como referência a ontologia múltipla de Annemarie Mol. Esse conceito filosófico visa superar a concepção de que a realidade é uma só. Estudar as práticas médicas a partir dele implica em admitir a ausência de um substrato orgânico que garanta ao corpo uma unidade frente aos múltiplos significados culturais. A doença é socialmente atuada em todas as suas dimensões. Dizer isso não significa, contudo, que a dor não existe e é meramente uma “construção” ou um conjunto fragmentado de sentidos sem qualquer relação um com outro. Assim como há práticas que atuam diferentes realidades, existem práticas que atuam a unidade da dor. A dor é mais que uma e menos que várias. A pesquisa foi realizada num ambulatório situado em um hospital escola de Salvador. O ambulatório funciona todas as terças-feiras à tarde e reúne uma quantidade variada de profissionais de diversas áreas como fisioterapia, psicologia e fonoaudiologia. De todas as práticas pelas quais circulam os pacientes, observei a quiropraxia, o bloqueio anestésico venoso, a acupuntura e o bloqueio anestésico local. Foi nas duas últimas que me detive por mais tempo, acompanhando as atividades dos médicos a partir de uma observação atenta. Do ponto de vista metodológico, este estudo teve um enfoque qualitativo. A partir da observação etnográfica e da gravação dos atendimentos, foi possível presenciar o contexto de prática sem interrupções diretas. A observação foi realizada de março de 2009 a abril de 2011, não envolveu entrevistas propriamente, mas cada profissional foi ocasionalmente solicitado a falar sobre o que estava fazendo. Os resultados reiteram o caráter múltiplo da realidade. Em face de arranjos específicos entre humanos e não humanos a dor acontece de formas distintas. Enquanto na acupuntura a doença é atuada como uma experiência pessoal em meio a outras da vida cotidiana, no bloqueio local ela é atuada como sensação isolada, localizada no corpo. Essa multiplicação não leva, no entanto, à fragmentação da doença. A unidade da dor também é atuada através de estratégias que vinculam uma prática à outra. Foram encontradas no ambulatório as seguintes formas de coordenação: o estabelecimento de um requisito único de seleção dos pacientes; a adoção do pressuposto de que a legitimidade da queixa é inquestionável, que a dor crônica é verdadeira; a tentativa de não isolar cada uma das práticas em si mesma, mas fazer com que elas sejam mutuamente referenciadas. Diante dessas formas de coordenação pôde-se concluir que a da unidade da doença não existe em si mesma. É atuada através de um conjunto de práticas de tal modo que a doença não se desintegra mesmo frente à multiplicidade de práticas. Palavras-chave: dor crônica, acupuntura, bloqueio anestésico local, ontologia múltipla. The main theme of this work is chronic pain and the way in which it is enacted through two different medical treatments: local anesthesia and acupuncture. In each medical practice different elements, humans and non-humans, engage and interact with each other in specific ways. As a result, two distinct realities take place and pain is multiplied. This work attempts to describe this multiplication and is based on the concept of multiple ontology developed by Annemarie Mol. This concept denies the existence of a solid organic basis underneath the body that would unify it. Therefore, disease is socially enacted in all its dimensions. The fieldwork for this text is situated in a university hospital at Salvador. The pain center opens every Tuesday’s afternoon and provides management of chronic pain by employing various techniques including psychology, fonoaudiology and physiotherapy. After observing quiropraxy, venous anesthesia, acupuncture and regional anesthesia, I decided that the primary focus of the dissertation would be the multiplication of pain in acupuncture and regional anesthesia. The methodology used was qualitative. It included an ethnographic observation and the recording of clinical encounters collected from March 2009 to April 2011. While attentively observing what happened at the consulting room, I avoided interrupting the practices with direct interviews, but occasionally asked the doctors to describe what they were doing. The results of this study confirm that reality is multiple and pain is made in distinct ways. The observations made show that in acupuncture chronic pain is enacted as a personal experience among others from everyday life, while in local anesthesia it is enacted as an isolated sensation, situated at a specific place of the body. However, this multiplication does not lead to a fragmentation of disease. Pain’s unity is also enacted, this time by strategies that bring together the different practices taking place at the pain center. The following forms of coordination were found: establishment of a single admission criterion; assumption that patient’s complaint is always legitimate and must be unconditionally accepted; effort to make the practices relate to one another through common techniques. Therefore, the unity of chronic pain, and of reality itself, depends on practices, it is enacted, not given underneath the body. / Salvador
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Nursing activities escore para avaliação da carga de trabalho de enfermagem em unidade de recuperação pós-anestésica

Lima, Luciana Bjorklund de January 2010 (has links)
Introdução: A relação da carga de trabalho da equipe de enfermagem adequada às necessidades da assistência aos pacientes em Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA) é pouco explorada internacionalmente e inexplorada no cenário nacional. Objetivos: Avaliar a carga de trabalho de enfermagem em uma URPA e relacionar com variáveis preditoras de risco anestésico e risco cirúrgico. Métodos: Estudo de coorte contemporâneo realizado de julho de 2008 a setembro de 2009, em um hospital universitário, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Para a avaliação da carga de trabalho de enfermagem utilizou-se o instrumento Nursing Activities Score (NAS). Para avaliar o risco anestésico e cirúrgico utilizou-se respectivamente a Classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) e o Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II). Incluíram-se pacientes com idade ≥ 18 anos submetidos a procedimentos anestésico-cirúrgicos admitidos na URPA. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram incluídos com idade média de 56,86±14,91 anos, 81 (50,6%) eram do sexo feminino. A avaliação da carga de trabalho pelo NAS da admissão à alta foi de 76,2 (70,47 – 84,6) pontos, ocupando uma mediana de 3,68 horas de assistência de enfermagem. Não houve relação entre a carga de trabalho de enfermagem com a Classificação ASA e o SAPS II. Conclusão: A carga de trabalho em URPA não se relaciona com risco anestésico ou cirúrgico, no entanto, sofre influência do tempo e porte cirúrgico, das horas de permanência e de pacientes mais idosos.
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Cortisol plasmático e qualidade seminal de Rhamdia quelen após uso de diferentes concentrações do anestésico eugenol / Plasmatic cortisol and seminal quality of Rhamdia quelen after using different concentrations of anaesthetic eugenol

Corso, Maira Nesello January 2014 (has links)
A produção de peixes em cativeiro somente é possível com reprodução artificial, e sabe-se que a manipulação em peixes é um estímulo estressor. Devido ao crescente interesse no bem-estar animal, anestésicos estão sendo utilizados para a manipulação em peixes. O eugenol é um anestésico natural que possui ampla disponibilidade no mercado, apresenta baixo custo e é considerado seguro para o manipulador e para o meio ambiente. O objetivo desse estudo foi verificar se o uso de diferentes concentrações de eugenol (0, 30, 40, 50 e 60 mg/L), no manejo reprodutivo de Rhamdia quelen, causa alterações nos perfis do cortisol plasmático dos reprodutores e se influencia na qualidade do sêmen fresco e descongelado. Foram utilizados 75 machos de R. quelen sexualmente maturos, com peso de 500 g, selecionados aleatoriamente e distribuídos nos cinco tratamentos conforme as doses de eugenol utilizadas. Foram avaliadas as seguintes variáveis: taxa e tempo de motilidade, concentração espermática, taxa de fertilização, funcionalidade mitocondrial, integridade de membrana e de DNA, morfologia espermática e concentração de cortisol plasmático. Os animais anestesiados com as concentrações de 40 e 50 mg/L de eugenol apresentaram menores níveis de cortisol plasmático comparados ao controle, ou seja, se estressaram menos. A utilização de 30, 40 e 50 mg/L de eugenol manteve a qualidade seminal do sêmen fresco, já no sêmen descongelado, a qualidade foi mantida com o uso de 30 e 40 mg/L de eugenol. Esses resultados evidenciam que é possível conciliar a redução do estresse com a produção, pois cortisol plasmático foi reduzido e os parâmetros seminais se mantiveram após os tratamentos. / The production of fish in captivity is only possible with artificial reproduction, and it is known that the handling is a stressful stimulation to the fish. Currently, the interest in animal welfare has been increased. Therefore anesthetic have been used to make the handling of the fish. Eugenol is a natural anesthetic that has a broad market availability, is inexpensive and is considered safe for the handler and the environment. The aim of this study was to determine whether the use of different concentrations of eugenol (0, 30, 40, 50 and 60 mg/L) in the reproductive management of Rhamdia quelen cause changes in the profiles of plasmatic cortisol and quality of fresh and thawed semen. Seventy five males of R. quelen sexually mature and weighing 500 g, were randomly selected and distributed in five treatments according to the dose of eugenol used. The following variables were evaluated: motility and time of motility, sperm concentration, fertilization rate, mitochondrial function, membrane and DNA integrity, sperm morphology and concentration of plasmatic cortisol. The animals anesthetized with concentrations of 40 and 50 mg/L of eugenol showed lower plasmatic cortisol levels compared to the control, therefore they were less stressed. The use of 30, 40 and 50 mg / L of eugenol maintaining sperm quality of fresh semen, whereas the quality of thawed is maintained with the use of 30 and 40 mg / L of eugenol. These results show that it is possible conciliate animal welfare with the production, since the seminal parameters were not altered.
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Nursing activities escore para avaliação da carga de trabalho de enfermagem em unidade de recuperação pós-anestésica

Lima, Luciana Bjorklund de January 2010 (has links)
Introdução: A relação da carga de trabalho da equipe de enfermagem adequada às necessidades da assistência aos pacientes em Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA) é pouco explorada internacionalmente e inexplorada no cenário nacional. Objetivos: Avaliar a carga de trabalho de enfermagem em uma URPA e relacionar com variáveis preditoras de risco anestésico e risco cirúrgico. Métodos: Estudo de coorte contemporâneo realizado de julho de 2008 a setembro de 2009, em um hospital universitário, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Para a avaliação da carga de trabalho de enfermagem utilizou-se o instrumento Nursing Activities Score (NAS). Para avaliar o risco anestésico e cirúrgico utilizou-se respectivamente a Classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) e o Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II). Incluíram-se pacientes com idade ≥ 18 anos submetidos a procedimentos anestésico-cirúrgicos admitidos na URPA. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram incluídos com idade média de 56,86±14,91 anos, 81 (50,6%) eram do sexo feminino. A avaliação da carga de trabalho pelo NAS da admissão à alta foi de 76,2 (70,47 – 84,6) pontos, ocupando uma mediana de 3,68 horas de assistência de enfermagem. Não houve relação entre a carga de trabalho de enfermagem com a Classificação ASA e o SAPS II. Conclusão: A carga de trabalho em URPA não se relaciona com risco anestésico ou cirúrgico, no entanto, sofre influência do tempo e porte cirúrgico, das horas de permanência e de pacientes mais idosos.
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Uso de hialuronidase 75 UTR/ml concomitante à mepivacaína associada à epinefrina em bloqueio do nervo alveolar inferior: estudo hemodinâmico e eletrocardiográfico / Use of hyaluronidase 75 TRU/ml concomitantly with mepivacaine associated epinephrine and inferior alveolar nerve block: hemodynamic and electrocardiographic study

Mauricio José Tornelli 19 January 2012 (has links)
Dentre os adjuvantes para os anestésicos locais (AL), a enzima hialuronidase tem seu uso consagrado na anestesia oftalmológica como difusor do AL. É utilizada para melhorar a eficácia clínica e prolongar a anestesia como alternativa aos anestésicos locais de longa duração em pacientes com comprometimento sistêmico. Este estudo duplo-cego e controlado avaliou os efeitos cardiovasculares induzidos por 3,6 ml de anestésico local (AL) cloridrato de mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 concomitantemente à hialuronidase 75 UTR/ml ou placebo (veiculo), em bloqueio do nervo alveolar inferior para realização de cirurgia de terceiros molares inferiores bilaterais e simétricos, em 20 pacientes. Foi realizada apenas uma cirurgia por consulta, no mesmo horário e operador. Os parâmetros cardiovasculares pressão sistólica (PS), diastólica (PD), média (PM) e freqüência cardíaca (FC) foram monitorados através de método oscilométrico e fotopletismográfico, em 10 etapas clínicas. Os registros eletrocardiográficos (ECG) das 12 derivações foram obtidos em 4 etapas: (T1) basal; (T2) anestésico local; (T3), 5 min. do AL; (T4) após a cirurgia. Foram avaliadas no ECG as seguintes variáveis: frequência cardíaca, duração do intervalo PR , duração do complexo QRS, duração do segmento QT corrigido. A hialuronidase injetada concomitantemente com o anestésico local (AL) não induziu alterações nas PS, PD, PM e FC (p>0,01, n=20) comparada ao placebo, mas houve alteração (p>0,01) na PS e FC na interação tempo x fármacos. Não foram observadas alterações eletrocardiográficas (n=18) consideradas de importância clínica como: infradesnivelamento do segmento ST, supradesnivelamento do segmento ST, extrassístoles de complexo QRS largo e extrassístoles de complexo QRS estreito. O uso do anestésico local injetado concomitante à hialuronidase 75 UTR/ml mostrou-se seguro para esta dose e via de administração. / Among the adjuvants to local anesthetics (LA), the enzyme hyaluronidase has its consecrated in ophthalmic anesthesia as a diffuser (spread) of the LA. It is used to improve the clinical efficacy and prolong anesthesia as an alternative to long lasting local anesthetics in patients with systemic involvement. This double-blind, controlled trial evaluated the cardiovascular effects induced by 3.6 ml of local anesthetic (LA) 2% mepivacaine hydrochloride with epinephrine 1:100,000 concomitantly with hyaluronidase 75 TRU/ml or placebo (vehicle) in blocking inferior alveolar nerve for performing third molar surgery bilateral and symmetrical in 20 patients. Surgery was performed only one by appointment, at the same time and operator. The cardiovascular parameters systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP), mean blood pressure (MBP) and heart rate (HR) were monitored using the oscillometric method and photoplethysmography in 10 clinical stages. Records electrocardiographic (ECG) of 12 leads were obtained in four steps: (T1) baseline, (T2) local anesthetic, (T3), 5 mim AL, (T4) after surgery. ECG were evaluated in the following variables: heart rate, duration of PR segment, duration of the complex QRS, duration of the corrected QT interval. Hyaluronidase injected concomitantly with local anesthetic did not induce changes in the SBP, DBP, MBP, and HR (p> 0.01, n = 20) compared to placebo, except in the interaction between steps and drugs (p<0.01) for SBP and HR. There were no ECG changes (n = 18) considered of clinical importance as ST segment depression, ST segment elevation, extrasystoles wide QRS complex and extrasystoles of narrow QRS complex. The use of local anesthetic injected concomitantly with hyaluronidase 75 TRU/ml was safe at this dose and route of administration.
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Desenvolvimento e caracterização físico-química de um sistema de liberação controlada da hialuronidase incluída em hidroxipropil--ciclodextrina / Development and physical-chemical characterization of a controlled delivery system of hyaluronidase included in hydroxypropyl- - cyclodextrin

Victor Oliveira Murakami 21 September 2012 (has links)
A hialuronidase é uma enzima que vem sendo utilizada como adjuvante anestésico na oftalmologia há décadas para melhorar a eficácia anestésica, por aumentar a difusão do anestésico para o nervo. Na odontologia, quando foi injetada concomitantemente ao anestésico local em bloqueio pterigomandibular, reduziu a duração da anestesia e causou trismo, pois no momento inicial da anestesia ainda havia provavelmente muito anestésico no sítio da injeção, dispersando-o para tecidos adjacentes. Entretanto, em outro protocolo, a enzima foi injetada em outro momento, antes do término do efeito anestésico e, não induziu efeitos adversos e ainda aumentou a duração de ação, provavelmente, por difundir apenas o anestésico remanescente para o nervo. A fim de evitar uma nova puntura para injetar a hialuronidase, a enzima poderia ser incorporada a um carreador, que modularia a sua liberação tardiamente, simulando o protocolo anterior. O desenvolvimento desse sistema de liberação controlada da enzima, a ser futuramente associada aos anestésicos locais visa ainda diminuir a dose necessária para o bloqueio completo, diminuindo assim o risco de toxicidade sistêmica. Este estudo laboratorial teve por objetivo desenvolver o complexo de inclusão utilizando a como carreador da hialuronidase, uma ciclodextrina, a hidroxipropil--xtrina, formando o complexo de inclusão hialuronidase:hidroxipropil--ciclodextrina, em duas proporções molares, 1:1 e 2:1. Neste estudo ainda foram avaliadas as características físico-químicas dos componentes a fim de verificar se havia interação entre as moléculas. Após o preparo, a análise físico-química das substâncias foi realizada utilizando os seguintes métodos: espectroscopia na região do Infravermelho com transformada de Fourier, análise térmica, ressonância magnética nuclear, além da análise morfológica (por MEV). Mudanças observadas na espectroscopia na região do infravermelho e na calorimetria diferencial exploratória indicam interação molecular entre a hialuronidase e a hidroxipropil --ciclodextrina, em ambas razões molares, como sugerem o aspecto morfológico do complexo. / Hyaluronidase is an enzyme that has been used as an adjuvant anesthetic in ophthalmology for decades to improve the effectiveness of anesthesia by increasing the diffusion of the anesthetic to the nerve. In dentistry, when it was injected concomitantly with local anesthetic in inferior alveolar nerve blockade, reduced the duration of anesthesia and caused trismus, because in the initial moment of anesthesia there was probably a lot of anesthetic in the injection site, spreading it to adjacent tissues. However, in another protocol, the enzyme was injected later, before the regression of the anesthetic effect and did not induce adverse effects, and also increased the duration of action, probably by spreading only the remaining anesthetic to the nerve. In order to avoid another puncture to inject hyaluronidase, the enzyme could be incorporated into a carrier, which modulates its release later, simulating the previous protocol, while maintaining its benefits. The development of such controlled release system of the enzyme, to be in the future associated to local anesthetics, also designed to decrease the dose required to obtain the complete block, thus reducing the risk of systemic toxicity. This laboratory study aimed to develop the inclusion complex using as carrier to hyaluronidase, a cyclodextrin, the hydroxypropyl--cyclodextrin forming hyaluronidase : hydroxypropyl--cyclodextrin inclusion complex, in both molar ratios 1:1 and 2:1. This study also evaluated the physico-chemical characteristics in order to ascertain whether there was interaction between the molecules. After being prepared, the physical-chemical analysis of the substances was performed using the following methods: Fourier transform infrared spectroscopy, thermal analysis, nuclear magnetic resonance (RMR), besides the morphological analysis by scanning electronic microscopy (SEM). Changes observed in infrared spectroscopy and differential scanning calorimetry indicate molecular interaction between hyaluronidase and hydroxypropyl-beta-cyclodextrin, in both molar ratios, as suggested by the morphological aspect of the complex.

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