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Diálogo de traços : etnografia dos praticantes de apropriações visuais do espaço urbano em Porto Alegre

Kessler, Lucenira Luciane January 2008 (has links)
Esta etnografia, apoiada nas inserções exploratórias da pesquisa de campo, recusa certa fronteira pré-estabelecida entre graffiti e pichação (forjada mediante a suposta supremacia estética e moral do primeiro com relação à segunda) e os considera como práticas de apropriações visuais realizadas no espaço da cidade. A partir dessa posição em campo, possibilita a descrição dessas práticas “por sobre o ombro” de determinados sujeitos que as praticam (e as significam) na cidade de Porto Alegre, apontando para outras relações, fronteiras possíveis. Os sujeitos acessados na pesquisa de campo compartilham certa posição no “cenário” das apropriações visuais em Porto Alegre, marcada pela utilização das habilidades desenvolvidas a partir de sua trajetória com relação às apropriações visuais (desenho, pintura) em atividades remuneráveis e capazes de gerar reconhecimento. Desse modo, a intenção de profissionalização, convive com o trabalho e a arte realizados nos espaços da cidade, que são geralmente não autorizados e não remunerados, e tecem a rede de pertencimento e sociabilidade. Mediante a descrição de elementos da visualidade dos praticantes de apropriações visuais, possibilita compreender que a pertença ao grupo está imbricada e é dependente das relações estabelecidas com o espaço (visual) da cidade, e que os praticantes de apropriações visuais dialogam, mas também questionam, tensionam certa visualidade “oficial” da cidade. Por fim são abordadas as fronteiras e os e os trânsitos realizáveis entre graffiti, pichação, publicidade e artes plásticas, conforme experimentados pelos sujeitos acessados em campo, salientando a tensão presente na dupla atuação, legal e ilegal, desses atores sociais. / This ethnography, based on exploratory insertions into fieldwork, refuses a certain pre-established frontier between graffiti and street writing (forged through an assumed esthetical and moral supremacy of the former in relation to the latter) and considers them as practices of visual appropriations realized in the space of the city. Starting from this position in the field, it enables the description of this practices "through over the shoulder" of specific subjects that do (and signify) them in the city of Porto Alegre, presenting other relations and possible frontiers. The subjects accessed in fieldwork share some position in the "scenery" of visual appropriations in Porto Alegre, marked by the utilization of the abilities developed along their trajectory, in relation to the visual appropriations (drawing, painting), in activities which are remunerable and capable of generating recognition. In this way, the intention of professionalization gets on with the work and art realized in the spaces of the city, which weave the net of belonging and sociability and are generally illegal and nonremunerable. Through the description of elements of the visuality of the practitioners of visual appropriations, it becomes possible to understand that belonging to the group is imbricated and dependant on the established relations with the (visual) space of the city, and that the practitioners of the visual appropriations dialogue, but also question, strain some "official" visuality of the city. Finally, it approaches the frontiers and the realizable transits between graffiti, street writing, publicity and plastic arts, as they are tried by the accessed subjects in the field, emphasizing the present tension in the double acting, legal and illegal, of these social actors.
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Diálogo de traços : etnografia dos praticantes de apropriações visuais do espaço urbano em Porto Alegre

Kessler, Lucenira Luciane January 2008 (has links)
Esta etnografia, apoiada nas inserções exploratórias da pesquisa de campo, recusa certa fronteira pré-estabelecida entre graffiti e pichação (forjada mediante a suposta supremacia estética e moral do primeiro com relação à segunda) e os considera como práticas de apropriações visuais realizadas no espaço da cidade. A partir dessa posição em campo, possibilita a descrição dessas práticas “por sobre o ombro” de determinados sujeitos que as praticam (e as significam) na cidade de Porto Alegre, apontando para outras relações, fronteiras possíveis. Os sujeitos acessados na pesquisa de campo compartilham certa posição no “cenário” das apropriações visuais em Porto Alegre, marcada pela utilização das habilidades desenvolvidas a partir de sua trajetória com relação às apropriações visuais (desenho, pintura) em atividades remuneráveis e capazes de gerar reconhecimento. Desse modo, a intenção de profissionalização, convive com o trabalho e a arte realizados nos espaços da cidade, que são geralmente não autorizados e não remunerados, e tecem a rede de pertencimento e sociabilidade. Mediante a descrição de elementos da visualidade dos praticantes de apropriações visuais, possibilita compreender que a pertença ao grupo está imbricada e é dependente das relações estabelecidas com o espaço (visual) da cidade, e que os praticantes de apropriações visuais dialogam, mas também questionam, tensionam certa visualidade “oficial” da cidade. Por fim são abordadas as fronteiras e os e os trânsitos realizáveis entre graffiti, pichação, publicidade e artes plásticas, conforme experimentados pelos sujeitos acessados em campo, salientando a tensão presente na dupla atuação, legal e ilegal, desses atores sociais. / This ethnography, based on exploratory insertions into fieldwork, refuses a certain pre-established frontier between graffiti and street writing (forged through an assumed esthetical and moral supremacy of the former in relation to the latter) and considers them as practices of visual appropriations realized in the space of the city. Starting from this position in the field, it enables the description of this practices "through over the shoulder" of specific subjects that do (and signify) them in the city of Porto Alegre, presenting other relations and possible frontiers. The subjects accessed in fieldwork share some position in the "scenery" of visual appropriations in Porto Alegre, marked by the utilization of the abilities developed along their trajectory, in relation to the visual appropriations (drawing, painting), in activities which are remunerable and capable of generating recognition. In this way, the intention of professionalization gets on with the work and art realized in the spaces of the city, which weave the net of belonging and sociability and are generally illegal and nonremunerable. Through the description of elements of the visuality of the practitioners of visual appropriations, it becomes possible to understand that belonging to the group is imbricated and dependant on the established relations with the (visual) space of the city, and that the practitioners of the visual appropriations dialogue, but also question, strain some "official" visuality of the city. Finally, it approaches the frontiers and the realizable transits between graffiti, street writing, publicity and plastic arts, as they are tried by the accessed subjects in the field, emphasizing the present tension in the double acting, legal and illegal, of these social actors.
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Diálogo de traços : etnografia dos praticantes de apropriações visuais do espaço urbano em Porto Alegre

Kessler, Lucenira Luciane January 2008 (has links)
Esta etnografia, apoiada nas inserções exploratórias da pesquisa de campo, recusa certa fronteira pré-estabelecida entre graffiti e pichação (forjada mediante a suposta supremacia estética e moral do primeiro com relação à segunda) e os considera como práticas de apropriações visuais realizadas no espaço da cidade. A partir dessa posição em campo, possibilita a descrição dessas práticas “por sobre o ombro” de determinados sujeitos que as praticam (e as significam) na cidade de Porto Alegre, apontando para outras relações, fronteiras possíveis. Os sujeitos acessados na pesquisa de campo compartilham certa posição no “cenário” das apropriações visuais em Porto Alegre, marcada pela utilização das habilidades desenvolvidas a partir de sua trajetória com relação às apropriações visuais (desenho, pintura) em atividades remuneráveis e capazes de gerar reconhecimento. Desse modo, a intenção de profissionalização, convive com o trabalho e a arte realizados nos espaços da cidade, que são geralmente não autorizados e não remunerados, e tecem a rede de pertencimento e sociabilidade. Mediante a descrição de elementos da visualidade dos praticantes de apropriações visuais, possibilita compreender que a pertença ao grupo está imbricada e é dependente das relações estabelecidas com o espaço (visual) da cidade, e que os praticantes de apropriações visuais dialogam, mas também questionam, tensionam certa visualidade “oficial” da cidade. Por fim são abordadas as fronteiras e os e os trânsitos realizáveis entre graffiti, pichação, publicidade e artes plásticas, conforme experimentados pelos sujeitos acessados em campo, salientando a tensão presente na dupla atuação, legal e ilegal, desses atores sociais. / This ethnography, based on exploratory insertions into fieldwork, refuses a certain pre-established frontier between graffiti and street writing (forged through an assumed esthetical and moral supremacy of the former in relation to the latter) and considers them as practices of visual appropriations realized in the space of the city. Starting from this position in the field, it enables the description of this practices "through over the shoulder" of specific subjects that do (and signify) them in the city of Porto Alegre, presenting other relations and possible frontiers. The subjects accessed in fieldwork share some position in the "scenery" of visual appropriations in Porto Alegre, marked by the utilization of the abilities developed along their trajectory, in relation to the visual appropriations (drawing, painting), in activities which are remunerable and capable of generating recognition. In this way, the intention of professionalization gets on with the work and art realized in the spaces of the city, which weave the net of belonging and sociability and are generally illegal and nonremunerable. Through the description of elements of the visuality of the practitioners of visual appropriations, it becomes possible to understand that belonging to the group is imbricated and dependant on the established relations with the (visual) space of the city, and that the practitioners of the visual appropriations dialogue, but also question, strain some "official" visuality of the city. Finally, it approaches the frontiers and the realizable transits between graffiti, street writing, publicity and plastic arts, as they are tried by the accessed subjects in the field, emphasizing the present tension in the double acting, legal and illegal, of these social actors.

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