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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comumFlores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. Water as a common good is a conception that emerge in social struggles that aim at new ways of organizing social metabolism in which the criteria to appropriate water and nature is an ethical and universal principle: the reproduction of human life.
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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comumFlores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. Water as a common good is a conception that emerge in social struggles that aim at new ways of organizing social metabolism in which the criteria to appropriate water and nature is an ethical and universal principle: the reproduction of human life.
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Apropriação capitalista da terra e a formação da pequena propriedade em Jales-SPNardoque, Sedeval [UNESP] 13 November 2002 (has links) (PDF)
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nardoque_s_me_prud.pdf: 1736292 bytes, checksum: 11a0aa8d83b79b5b2f1e47dc339b9cdd (MD5) / Esta dissertação tem como objetivo principal analisar a apropriação capitalista da terra através dos avanços da frente de expansão e da frente pioneira e a formação da pequena propriedade no município de Jales, Estado de São Paulo. A apropriação ocorreu de forma ilícita por meio da indústria de grilagem de terras no extremo Noroeste Paulista no decorrer do século XX. Em Jales, a apropriação capitalista foi realizada pelo engenheiro Euphly Jalles. Após a década de 1940, Jalles montou estratégias de venda de pequenos lotes de terras a trabalhadores rurais provenientes de outras regiões do Estado e do Brasil, antigos colonos e parceiros. Como estratégias, foram fundadas duas cidades - Jales e São Francisco -, abertas estradas e realizado o parcelamento no pagamento das vendas de terras. Centenas de famílias foram conduzidas a Jales para a realização do sonho da propriedade da terra e, por outro lado, para concretizar os interesses mercantis por meio da extração da renda capitalista da terra realizada pelos especuladores imobiliários. Entre as décadas de 1960 e 1980, muitos pequenos proprietários de terras, que compraram suas propriedades de Euphly Jalles, sofreram ações de despejo e cobrança por novos pagamentos efetuada pelo surgimento de outro proprietário dessas áreas. Essas famílias viveram um verdadeiro drama social. Mesmo assim, houve a manutenção da pequena propriedade, tanto em área como em número, característica do espaço geográfico do município de Jales. / This dissertation is mainly aimed to analyse the capitalist seizure of land, through the advance the expansion and pioneers fronts and the small property formation in Jales, a town in the state of São Paulo. The seizure happened illegally, through the industry of faking land documents in the extreme northwest of São Paulo state during the 20th century. In Jales, the capitalist seizure was managed by the engineer Euphly Jalles. After the 1940 decade, Jalles created sale strategies of small pieces of land to rural workers coming from other regions of the state and the country, former workers and partners. Strategically two towns were founded - Jales and São Francisco -, dirt roads were opened and the payments of the lands were divided. Hundreds of families were conducted to Jales in order to fulfill the dream of owning a property and, on the other hand, to achieve the market interest through the extracting capitalist dividends from the land carried out by the real state speculators. Between the 60’s and 80’s, many small land owners who bought their properties from Euphly Jalles, were sued, being evicted and forced to repay to the real owners of those areas. These families faced a true social drama. However, the small property was maintained both in size and in quantities, typical of the geographical space in Jales.
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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comumFlores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. 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Formação espacial de Iporá - GO: apropriação capitalista da terra e a formação da pequena propriedade rural / Formation of space Ipora - GO municipality: capitalist appropriation of land and formation of small farmsSousa, Adjair Maranhão de 25 September 2015 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2016-06-02T21:34:44Z
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Previous issue date: 2015-09-25 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / The research analyzed the formation process of the city space of the Iporá-GO, the agrarian structure to be specific, which was formed in the mid-twentieth century and retains original features. Through theoretical sources, fieldwork, research documents and reports, we sought to understand the main factors that contributed to the implementation of the decentralized land model in the municipality that before the political emancipation belonged to Goiás. This process is marked by Power disputes and political articulation that ended the regional command of the colonels Odorico Caetano Teles and Joaquim Paes de Toledo, which concentrated over 100 thousand hectares of land near where is now the city of Iporá. With the 1930 Revolution, the Vargas age settled in Brazil and Goiás was consolidated with Pedro Ludovico Teixeira, as Federal interventor, which adopted a municipalist policy intervening on existing municipalities, freeing some other villages and districts, and appointing political allies to the public office. In the Oeste Goiano, Israel Amorim was appointed state representative in 1938 to coordinate the deployment process the Iporá district, which had already been started under the command of colonels Odorico and Quinca. The plan was to decentralize the ownership of the land, selling small plots with deferred payment and lending their own money to fund. For this advertisements in the media that were available were carried out at the time, quickly promoting the the attraction of people and populating the region, thus forming a district, who later rose to a municipality. Israel was an influential politician in the region, electing the first mayor in Iporá in 1949, and State Representative for two terms, from 1955 to 1963. However, when trying to return to Iporá’s city Hall in 1956, he lost the election by a margin of two votes. As State Representative of the situation, he fractionated the municipality of Iporá in some kind of political revenge, removing more than half of its territory and creating four other municipalities: Amorinópolis, Israelândia, Jaupaci e Moiporá. In 1962, he unsuccessfully tried a third term of State Representative, decreeing the end of a political age. Even without the political strength and its interference, the farms continued decentralized over that time. The 1970s and 1980s marked the occupation of farmers from the cerrado goiano, with production incentive programs of the State and Federal governments like the Empresa Goiás Rural, the minimum price guarantee policy, Polocentro, Sudeco, etc. aiming to occupy and "develop" the Brazilian Midwest. Iporá was very little benefited, the land structure implemented in its initial creation, persisted, especially in small properties facing the cattle will, and concentrated form still remains to this day, Distinguished Mode When the General Education of Goiás and Brazil occurred. / A pesquisa analisou o processo de formação do espaço do município de Iporá-GO, especificamente a estrutura fundiária, que foi formada em meados do século XX e que ainda mantém traços originais. Por meio de fontes teóricas, trabalho de campo, pesquisas em documentos e relatos, buscou-se compreender os principais fatores que contribuíram para a implantação do modelo fundiário desconcentrado no município, que antes de sua emancipação política, pertencia ao Município de Goiás. Esse processo é marcado por disputas de poder e articulação política que pôs fim ao comando regional dos coronéis Odorico Caetano Teles e Joaquim Paes de Toledo, que concentravam mais de 100 mil hectares de terras nas proximidades onde se situa hoje a cidade de Iporá. Com a Revolução de 1930 a era Vargas se instalou no Brasil e em Goiás consolidou-se com Pedro Ludovico Teixeira, como Interventor Federal, que adotou uma política municipalista intervindo nas prefeituras existentes, emancipando alguns outros povoados e distritos e nomeando aliados políticos para os cargos públicos. No Oeste Goiano, Israel Amorim foi nomeado representante do Estado em 1938, para coordenar o processo de implantação do distrito de Iporá, que já se iniciava sob o comando dos coronéis Odorico e Quinca. O plano foi desconcentrar a propriedade da terra, vendendo pequenos lotes com pagamento parcelado e emprestando o próprio dinheiro para o custeio. Para isso foram divulgadas propagandas nas mídias disponíveis naquela época, promovendo rapidamente a atração de pessoas e povoando a região, formando assim um distrito, que mais tarde elevou-se a município. Israel foi um político influente na região, elegendo-se primeiro Prefeito de Iporá em 1949 e Deputado Estadual em dois mandatos de 1955 a 1963. Porém, ao tentar voltar à prefeitura de Iporá em 1956, perdeu o pleito por uma diferença de dois votos. Sendo Deputado Estadual da situação, fracionou o município de Iporá, numa espécie de retaliação política, retirando mais da metade do seu território e criando outros quatro municípios: Amorinópolis, Israelândia, Jaupaci e Moiporá. Em 1962, Israel tentou sem sucesso o terceiro mandato de Deputado Estadual, decretando o fim de uma era política. Mesmo sem essa força e sua interferência, as propriedades rurais continuaram desconcentradas ao longo desse tempo. Os anos de 1970 e 1980 marcaram a ocupação, por parte dos agricultores, do cerrado goiano, com programas de incentivo de produção dos governos estadual e federal como a Empresa Goiás Rural, a Política de Garantia do Preço Mínimo, Polocentro, Sudeco, etc. visando povoar, ocupar e “desenvolver” o Centro Oeste brasileiro. Iporá pouco foi beneficiado e a estrutura fundiária implantada no início de sua criação, perdurou, com predominância da pequena propriedade voltada para a pecuária e, de forma desconcentrada ainda permanece até os dias atuais, de modo distinto ao ocorrido na formação geral de Goiás e do Brasil.
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