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O rasgar do véu: as manifestações de junho de 2013 e as contradições históricas

Braga, Felipe de Queiroz 26 September 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-11-21T11:30:40Z No. of bitstreams: 1 Felipe de Queiroz Braga.pdf: 2469727 bytes, checksum: 013852082dc508efe89ea8ff6b02ea18 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-21T11:30:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Felipe de Queiroz Braga.pdf: 2469727 bytes, checksum: 013852082dc508efe89ea8ff6b02ea18 (MD5) Previous issue date: 2016-09-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis aims to analyze the events that occurred during the month of June 2013 in Brazil after the adjustment of the fares for public transportation in several cities. The analysis will be concentrated in the city of São Paulo, epicenter of the movement, seeking to understand how and why a subject that historically raises protests and demonstrations, the readjustment of the fare of public transport, in this particular context has managed to generate mobilizations in hundreds of cities around the country. We also seek to interpret the causes that led various social groups to the streets broadening the scope of claims and ultimately turning it into a movement both social and ideologically different from the start. Considering that this phenomenon involves issues that go beyond the guidelines related to public transportation - although they are central to understanding the movement - as its consequences are linked to the historical contradictions arising out of a underdeveloped and dependent capitalist economy, we search to interpret it from a socio-historical perspective, emphasizing our conditions of sociability. In this way, we can understand the social, economic and political ambiguities and contradictions that shape a contemporary Brazil and that became more evident as from the rending of the veil that took place in June 2013 / Esta dissertação tem por objetivo analisar as manifestações que ocorreram durante o mês de junho de 2013 no Brasil, após o reajuste das tarifas de transporte público em diversas cidades. A análise terá como recorte espacial a cidade São Paulo, epicentro do movimento, buscando compreender como e por que uma pauta que, historicamente, suscita protestos, o reajuste do preço do transporte público, neste determinado contexto conseguiu gerar mobilizações em centenas de cidades do país. Buscaremos também interpretar as causas que conduziram diversos grupos sociais às ruas, ampliando o leque de reivindicações e tornando, em última instância, um movimento social e ideologicamente diferente do iniciado. Considerando-se que esse fenômeno abarca questões que transcendem as pautas relacionadas ao transporte público – apesar de serem centrais ao entendimento do movimento –, à medida que seus desdobramentos remetem às contradições históricas decorrentes de uma economia capitalista subdesenvolvida e dependente, buscaremos interpretá-lo a partir da perspectiva sócio-histórica, ressaltado nossas raízes de sociabilidade. Desse modo, poderemos compreender as ambiguidades e contradições sociais, econômicas e políticas que dão forma ao Brasil contemporâneo e que se tornaram mais evidentes a partir do rasgar do véu que se deu em junho de 2013
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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comum

Flores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. Water as a common good is a conception that emerge in social struggles that aim at new ways of organizing social metabolism in which the criteria to appropriate water and nature is an ethical and universal principle: the reproduction of human life.
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The Workers of Society – the Artist, the Housewife and the Nun : A Feminist Marxist Analysis on the Intersections of Art, Care Work and Social Struggles

Triisberg, Airi January 2015 (has links)
What do art workers, nuns and care workers have in common? How can these commonalities be conceptualised from the perspective of feminist Marxism? How would such conceptualisation open up intersectional and transversal perspectives for social movements struggling against precariousness? Departing from an auto-ethnographic account on activist experiences originating from the art workers’ movement in Tallinn, this thesis aims to theorise the intersection of precarious labour and gender. By using the thinking technology of diffractive reading, it places the debates around unwaged labour within art and care sector into the context of autonomist Marxist thinking. Furthermore, affinities and entanglements between feminist politics and the struggles of precarious workers are configured and imagined, in order to interlink and converge spatially and temporally isolated resistive practices that are constructed from the experience of unwaged and precarious workers.
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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comum

Flores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. Water as a common good is a conception that emerge in social struggles that aim at new ways of organizing social metabolism in which the criteria to appropriate water and nature is an ethical and universal principle: the reproduction of human life.
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Dos antagonismos na apropriação capitalista da água à sua concepção como bem comum

Flores, Rafael Kruter January 2013 (has links)
Os conflitos e debates sobre usos, propriedade e gestão da água ganharam evidência nos processos de privatização de serviços de abastecimento nos anos 1990 e, atualmente, aparecem em outros espaços de luta social. Os distintos temas relacionados à água, no entanto, são usualmente trabalhados desarticuladamente, o que contribui para a disseminação de imprecisões teórico-conceituais que refletem as lutas sociais as concepções emergentes: o bem comum é um conceito vivo cujas imprecisões contribuem para sua cooptação pela hegemonia organizada por oligopólios que concentram as tecnologias de apropriação da água. Esse trabalho propõe uma análise dos diferentes temas da água a partir da articulação dos conceitos de metabolismo social, valor e luta de classes, em Marx; e das concepções emergentes nas lutas contra privações no acesso à água. Realiza, pela abstração, uma crítica ontológica da apropriação capitalista da água, que indica suas contradições e as esclarece desde sua gênese. A crítica ontológica é um movimento que mexe com todas as dimensões do conhecimento (epistemológicas, teóricas e metodológicas) e que reproduz o concreto, a sociedade capitalista em suas múltiplas determinações, pela abstração. Recria, dessa forma, essa realidade a partir de seu núcleo fundamental, o valor. As formas de apropriação da água na sociedade capitalista são organizadas pela produção de mais valor em uma dinâmica de luta de classes: a água é natureza incorporada na criação de mais valor. A análise do tema da água, nesse sentido, deve identificar os interesses de classe em disputa e os reflexos dessa disputa nos usos da água e nas formas de vida. Nessa perspectiva, se percebe que as formulações sobre a água como bem econômico, ao desconectar o valor-de-uso da água do valor atribuído pelo dinheiro, engendram uma relação fetichizada, na qual os mecanismos de gestão são separados das práticas de apropriação e integrados aos valores legitimados pelo capital. Ocultam, nesse processo, os aspectos desiguais e destrutivos das práticas de apropriação da água. O consenso ativo conquistado por essa hegemonia se manifesta na estratégia de ONGs, iniciativas políticas e análises acadêmicas enredadas em armadilhas teóricas e políticas, que aparece na confusão conceitual entre a água como bem público e bem comum. Inspirado em lutas sociais que alcançam a necessária crítica ontológica das relações capitalistas, defendo que uma concepção da água como bem comum está na afirmação éticoprática de que os frutos da natureza pertencem à humanidade. Pertencem, portanto, a todos os que deles necessitam para viver. O trabalho propõe, de forma conclusiva, uma compreensão universalizante da organização: a apropriação da natureza e da água é também a organização do metabolismo social que, na sociedade capitalista, se fundamenta na extração de mais valor pela classe capitalista em todos os momentos da vida. As concepções que emergem nas lutas sociais esboçam novas formas de organizar o metabolismo social, nas quais o critério para a apropriação da água e da natureza é o bem comum, um princípio ético e universal: a reprodução da vida humana. / Conflicts and debates surrounding water uses, properties and management became evident with the privatization processes in the nineties. Nowadays, these issues have appeared in further social struggles. Even though, the various issues related to water are usually approached in a non-articulated way, and that contributes to the dissemination of theoretical and conceptual imprecisions and contradictions, with consequences in social struggles that oppose capitalist appropriation of water and the concepts that emerge on it, like the common good. The common good is a living concept, but its theoretical and conceptual imprecisions contribute to its cooptation by a hegemonic bloc organized by transnational corporations which concentrate the technologies of water appropriation. This dissertation proposes an analysis of different issues related to water through the articulation of the concepts of social metabolism, value and class struggles in Marx; and conceptions that emerge in social struggles. It makes, through abstraction, an ontological critique of capitalist appropriation of water that indicates its contradictions and clarifies its genesis. The ontological critique moves every dimensions of knowledge (epistemological, theoretical and methodological) and reproduces the concrete, capitalist society in its multiple determinations. It recreates this reality through its fundamental nucleus, value. The different forms of water appropriation in a capitalist society are organized for the production of surplus value in a class struggle dynamic: water is nature incorporated in the creation of surplus value. The analysis of water issues, in this sense, must identify the class interests in dispute and also the reflection of this dispute in water uses and ways of life. In this perspective, it becomes evident that the formulations of water as an economic good, by disconnecting use-value from value attributed by money, engender a fetishized relation in which management mechanisms are separated from appropriation practices and integrated to values legitimated by capital. They conceal, in this process, unequal and destructive aspects of water appropriation. The active consensus conquered by this hegemony is manifested in the strategy of NGOs, political initiatives and academic analysis limited by concepts like governance and civil society as opposed to the State, and in the conceptual confusion between water as a public good and as a common good. Inspired in social struggles that reach the necessary ontological critique of capitalist relations, I argue that a conception of water as a common good is the ethical and practical affirmation that the gifts of nature belong to humanity: they belong to all who need it for living. This dissertation proposes, as a conclusion, a universalizing comprehension of organization: the appropriation of nature and water is also the organization of social metabolism which is founded, in capitalist society, in the extraction of surplus value by the capitalist class in every moment of life. Water as a common good is a conception that emerge in social struggles that aim at new ways of organizing social metabolism in which the criteria to appropriate water and nature is an ethical and universal principle: the reproduction of human life.
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Etre ou devenir italien au Caire de 1861 à la première guerre mondiale : vecteurs et formes d'une construction communautaire entre mythe et réalités / Being or becoming italian in Cairo from 1861 until the first world wide war : parameters and characteristics of the building of a community between myths and reality

Bardinet, Marie-Amélie 18 November 2013 (has links)
Cette étude présente, dans le sillage des travaux sur la construction des identités des communautés italiennes à l’étranger, les modalités de rassemblement et d’unification de la colonie italienne du Caire de 1861 à la Première Guerre mondiale et ses vecteurs identitaires. Elle remet en question à cette occasion la vision littéraire du cosmopolitisme égyptien au XIXe siècle, de cet âge d’or dont on déplore la disparition, tout en mettant en évidence le mouvement véritablement cosmopolite des revendications sociales et indépendantistes du début du XXe siècle. Une étude des liens de sociabilités formels de la colonie italienne du Caire et de son discours identitaire permet en effet d’observer de manière approfondie le discours tenu par les associations de la colonie autour du cosmopolitisme et d’en observer l’inadéquation à la réalité. Le cosmopolitisme est surtout employé comme justification de la présence italienne en Egypte et comme moyen de se démarquer face aux colonies françaises, grecques et anglaises. Par ailleurs la colonie cairote à partir des années 1880 se compose d’une majorité d’ouvriers et artisans. L’étude des sociabilités informelles (liens d’amitié, de parenté, relations de voisinage et de travail) permet d’observer les rapports de la colonie au sens large avec le milieu cairote, qui sont caractérisés par des relations s’inscrivant dans une indifférence réciproque ponctuée de désordres imprévisibles plutôt que dans le cosmopolitisme tant vanté par les textes littéraires. Pourtant ce cosmopolitisme a une réalité car il est présent au cours des luttes sociales du Caire du début des années 1900 à travers l’union des ouvriers italiens, grecs et égyptiens dans les premiers mouvements de grève cairote. L’insertion des anarchistes italiens dans ce contexte permet de relier ces évènements à un mouvement plus global de luttes sociales à travers l’Europe et même l’Amérique latine, annonciateur de modernité. / In the wake of previous works on the building of identities of Italian communities abroad, this study analyses how the Italian community of Cairo took shape from 1861 until the First World Wide War, as well as its identity factors. In doing so, it questions the litterary claim of a true Egyptian cosmopolitism in the ninetieth century, this much missed golden age, but also highlights the truly cosmopolitan movement of social and independence demands of the early twentieth century. Indeed, the study of formal social ties of Cairo Italian colony and its identity discourse leads to great detail on the official speech of its societies about cosmopolitism and puts it largely into perspective. Cosmopolitanism appears to be mainly claimed as a justification of the Italian presence in Egypt and as a way to stand apart from the French, Greek and English colonies. Moreover, the Cairo colony of 1880 consisted mainly of workers and craftsmen. The study of informal social relationships (friendships, family ties, neighborhood and work bonds) shows the links of the colony as a whole with its Cairo environment were characterized by mutual indifference punctuated by unpredictable disturbances - as opposed to the much touted cosmopolitanism claimed by literary texts. Yet cosmopolitism actually did exist as it was present in Cairo social struggles in the early 1900s through the union of Italian, Greek and Egyptian workers during the first strikes ever to happen in the city. The participation of Italian anarchists in this context made these events part of a global movement of social struggles across Europe and even Latin America that were the promise of a new modern era.
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Reprodução da metrópole e a luta pelo uso do espaço: o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi / Metropoliss reproduction and the struggle for the use of space: the movement for preservation of Itaim Bibi block

Fernandes, Patricia Barbosa 23 November 2015 (has links)
A presente pesquisa busca examinar o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi, o qual, no contexto atual da reprodução da metrópole, configura-se como uma luta pelo uso do espaço. Partimos, primeiramente, dos pressupostos mais gerais sobre a produção do espaço, que, sob a influência da mundialização, momento específico do capitalismo, determina-o como condição da reprodução do capital. Também considerando que a metrópole se torna um dos momentos necessários da acumulação, buscamos compreender os processos contraditórios que emergem da reprodução do urbano, tomando como referência a Operação Urbana Faria Lima e o bairro do Itaim Bibi. Assim, nosso trabalho é desenvolvido no sentido de compreender tanto o significado do quarteirão do Itaim no contexto da metrópole e do próprio bairro quanto da luta que se formou em defesa de sua preservação. Nesse percurso, nossa análise procurou desvendar de que maneira o quarteirão do Itaim nos revela em sua própria produção a contradição entre o valor de uso (apropriação) e o valor de troca (dominação) do espaço, mais precisamente a contradição, materializada inclusive na paisagem urbana atual do bairro, entre o uso público do espaço e a reprodução da cidade como negócio. Procuramos analisar o papel do Movimento SOS Quarteirão do Itaim como expressão das mobilizações sociais em defesa do patrimônio cultural, inclusive apontando seus aspectos ambivalentes, isto é, ora com potencial político de questionar os processos hegemônicos em curso, ora reafirmando seus discursos conservadores. Nesse sentido, levando em consideração o ponto de vista social e não somente do poder da classe capitalista que domina o processo urbano, discutimos ainda o significado das lutas pelo espaço, que evidenciam as contradições do processo da reprodução da metrópole e podem ter o potencial de produzir uma sociedade mais democrática e espaços socialmente mais justos. / The present research seeks to examine the movement for the preservation of the Itaim Bibi block, which, in the current context of reproduction of the metropolis, appears as a struggle for space. We start, first, from the most general assumptions on the production of space, which, under the influence of globalization, a specific moment of capitalism, determine it as the condition to the reproduction of capital. Also considering that the metropolis becomes one of the necessary stages of accumulation, we try to understand the contradictory processes that emerge from the reproduction of the city, with reference to the Urban Operation Faria Lima and the Itaim Bibi neighborhood. Our work is developed in order to understand both the meaning of the Itaim block in the context of the metropolis and the neighborhood itself, and the struggle that was formed in defense of their preservation. Along this route, our analysis sought to unveil how the Itaim block reveals in its own production the contradiction between use value (appropriation) and exchange value (domination) of space, more precisely the contradiction, embodied even in the current urban landscape of the district, between the public use of space and the reproduction of the city as a business. We seek to analyze the role of SOS Itaim Movement as an expression of social mobilizations in defense of cultural heritage, pointing also their ambivalent aspects, that is, sometimes with political potential to challenge hegemonic processes, sometimes reaffirming their conservative discourses. In that sense, taking into account the social point of view, and not only the power of the capitalist class that dominates the urban process, we also discussed the significance of the struggles for space, which show that the contradictions of the metropolis reproduction process and could have the potential to produce a more democratic society and spaces that are more socially just.
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As administrações petistas em Diadema (1983-1996): entre o poder político e as demandas sociais

Santos, Joana Darc Virgínia dos 07 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joana Darc Virginia dos Santos.pdf: 2024216 bytes, checksum: c368af5a493206601a61d03ddd1653a9 (MD5) Previous issue date: 2014-10-07 / This research aims to analyze the acting of the Partido dos Trabalhadores (Workers Party) in face of the social demands in Diadema from 1983 to 1996, highlighting the struggles for housing. A city that has been marked by illegality housing, lack of infrastructure, high rates of violence, and low rates of human development, resulting by economic policies and privileging of industrial interests adopted in a local and national level, Diadema City has experienced shortages of basic infrastructure, the worst rates of human development of the State and intensive conflicts between social activists and landowners. With the achievement of the first PT city council in Brazil which lasted for three consecutive administrations from 1983 to 1996, thousands of workers who lived in Diadema yearned for the reform of the State with its apparatus for directing the popular demands. From the immanent analysis of meetings minutes of Diretório de Diadema; testimonies, newspaper items and documents produced by PT militants, government and non-governmental organizations on the performance of PT from 1983 to 1996, it was possible to find that although there had been a reversal of priorities in the budget allocation of the local government during the PT administrations in the city, it was consolidated the increasing alienation of the PT in relation to social struggles and adoption of graft in their strategies. It was evident that by adopting the graft strategy, the PT in Diadema increasingly incorporated neoliberal practices and began to assume an important role in the new period of Productive Restructuring in Brazil: inauthentic building consents, which expanded the precariousness of work, accommodation conflicts of capital and the development of industrial project, leveraging business in the city / Esta pesquisa teve por objeto analisar a atuação do Partido dos Trabalhadores em Diadema em face das demandas sociais, no período de 1983 a 1996, com destaque para as lutas por moradia. Cidade marcada pela ilegalidade habitacional, falta de infraestrutura, altos índices de violência e baixos índices de desenvolvimento humano, resultantes das políticas econômicas e de privilegiamento dos interesses industriais, adotadas em âmbito local e nacional, Diadema vivenciou intensos conflitos entre ativistas sociais e proprietários de terras. Com a conquista da primeira prefeitura petista no Brasil, que se estendeu por três administrações consecutivas, 1983 a 1996, milhares de trabalhadores residentes em Diadema, ansiavam pela reforma do Estado com direcionamento do seu aparato para as demandas populares. A partir da análise imanente das atas de reuniões do Diretório de Diadema, de depoimentos, de matérias de jornais e documentos produzidos pelos militantes petistas e organizações governamentais e não governamentais sobre a atuação petista, no período de 1983 a 1996, foi possível constatar que embora tenha havido uma inversão de prioridades na destinação orçamentária do governo municipal, durante as administrações petistas na cidade, consolidou-se o crescente afastamento do PT em relação às lutas sociais e adoção do politicismo em suas estratégias de atuação. Evidenciou-se que ao adotar a estratégia politicista, o PT em Diadema progressivamente incorporou as práticas neoliberais e passou a assumir um importante papel, em período de nova Reestruturação Produtiva no Brasil: a construção de consentimentos inautênticos, propiciando a ampliação da precarização do trabalho, acomodação de conflitos do capital e o desenvolvimento do projeto industrial, alavancando os negócios na cidade
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Entre as curvas do rio: a luta para o acesso à terra e a criação da Reserva Extrativista Médio Purus no estado do Amazonas

Andrade, Alba dos Prazeres de 23 September 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-12-06T18:29:14Z No. of bitstreams: 1 Alba dos Prazeres de Andrade.pdf: 4962219 bytes, checksum: 22d9fc9d60784dcedb16aa3f100bcd46 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-06T18:29:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alba dos Prazeres de Andrade.pdf: 4962219 bytes, checksum: 22d9fc9d60784dcedb16aa3f100bcd46 (MD5) Previous issue date: 2016-09-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Modes of capitalist production and reproduction have determined the degrading conditions of exploitation of natural resources, which, in turn, implies the recognition of reproductive limits of the capitalist system, which demands the recognition of "the environmental issue" and the imperative of creating policies to revert this situation. The objective of this study lies upon the context of these contradictions: the social struggles for the creation of the Resex of the Middle Purus River in order to get access to land property, challenging the capitalist logic of private ownership and of indiscriminate exploitation of the resources of the territory. Besides, it aims to analyze the social struggles for the creation of the Resex of the Middle Purus River, in the Amazonas state, as an alternative to access to land property. We have sought to understand these social struggles from the reality of the movement in its totality, using the historical materialism, as an investigative method. Therefore, it is relevant the historical process of creating this extractive conservation unit, as a means to ensure the maintenance of social reproduction mode of local populations and their stay in the territory. The social struggles waged by the Amazon population have fallen into a set of uncertainties caused by the expansion of the capitalist mode of production. They have arisen from the need of land tenure, as well as to respond to their demands for better living conditions. Also, they are carried out in a change project, as they are associated with a class consciousness and they incorporated the ideological discourse of environmental sustainability, which can be considered as an alternative to the capital which does not deny the ruling order. It is a process of greening of social struggles, associated with the contradictions in the capitalist mode of production. Residents of Resex understand the natural resource conservation process as inherent in its playback mode. They fight for access to public policies and incorporated into their claims the environmental conservation obliquely to demands for land and social rights. They have a way of production and reproduction in fishing and agriculture, based on extraction, with customs associated with their relationship with nature and with the culture of the Amazon region. They are workers that, due to their identities, struggle for land rights and emancipatory autonomy. Public services available to residents do not meet their needs yet, instead it is more of a challenge to stay with the struggle for rights guaranteed in the territory / Os modos de produção e reprodução capitalista determinaram as condições degradantes de exploração dos recursos da natureza, implicando o reconhecimento dos limites reprodutivos do sistema capitalista, demandando o reconhecimento da “questão ambiental” e o imperativo da criação de políticas que revertessem esse quadro. É nessa conjuntura de contradições que se situa o objeto deste estudo: as lutas sociais para a criação da Resex Médio Purus para o acesso à terra, contestando a lógica capitalista de apropriação privada e de exploração indiscriminada dos recursos do território. Tem como objetivo analisar as lutas sociais para criação da Resex do Médio Purus, no estado do Amazonas, como alternativa para o acesso à terra. Buscamos compreender essas lutas sociais a partir do movimento da realidade em sua totalidade, utilizando o materialismo histórico, como método investigativo. Portanto, é relevante o processo histórico de criação dessa unidade de conservação como forma de garantia da manutenção do modo de reprodução social das populações locais e sua permanência no território. As lutas sociais travadas pela população amazônica se inserem em um quadro de incertezas causado pela expansão do modo de produção capitalista, surgiram da necessidade de regularização fundiária, bem como, de dar respostas às suas demandas por melhores condições de vida. Efetivam-se em um projeto de mudanças, pois, estão associadas a uma consciência de classe, incorporaram o discurso ideológico da sustentabilidade ambiental, o qual pode ser considerado como uma alternativa do capital, que não nega a ordem dominante. Trata-se de um processo de ambientalização das lutas sociais, associado às contradições presentes no modo de produção capitalista. Os moradores da Resex compreendem o processo de conservação dos recursos naturais como inerente ao seu modo de reprodução, lutam por acesso a políticas públicas, incorporaram em suas reivindicações a conservação ambiental de forma conjunta às demandas por terra e direitos sociais. Possuem um modo de produção e reprodução, pautado no extrativismo, na pesca e na agricultura, com costumes associados à relação com a natureza e com a cultura da região amazônica, são trabalhadores que, em virtude de suas identidades lutam pelos direitos territoriais e por autonomia emancipatória. Os serviços públicos disponibilizados aos moradores ainda não atendem suas necessidades, ao contrário, é mais um desafio para permanecer com a luta pela garantia de direitos no território
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A "Ilha Rebelde" de novo?: lutas sociais nas manifestações de junho de 2013 em São Luís-MA / THE "REBEL ISLAND" AGAIN? Social Struggles and State in the Manifestations of June 2013 in São Luís - MA

Vieira, Andressa Brito 07 November 2016 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-31T17:05:47Z No. of bitstreams: 1 AndressaVieira.pdf: 4920021 bytes, checksum: d9379904c7bf0181990712677dc370b4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-31T17:05:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AndressaVieira.pdf: 4920021 bytes, checksum: d9379904c7bf0181990712677dc370b4 (MD5) Previous issue date: 2016-11-07 / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) / The research analyzes the political aspects of the June 2013 manifestations in São Luís city, from the recent economic crisis of 2008 context and in relation to the social classes political action and the state's role as the ruling classes interest cohesive factor. Noteworthy is the organization process, the various groups / social movements participating in the June 2013 manifestations actions and reactions, and the State's responses to these manifestations claims. This research used several research techniques, such as documentary research in original sources or "first hand" (Laws, Bills, Decrees, pronouncements of managers, parliamentarians and activist, newspapers and police reports), militants interviews and content analysis from websites that summoned the protests. The theoretical analysis was based on the categories of social movements, social struggles, state, social classes and economic crisis. I believe that economic crises are inherent to the capitalist system, therefore, the social struggles intensify, demanding the working class organize itself into groups or social movements to perform resistance protests to this adverse scenario. Thus, the recent global events and the June 2013 manifestations should be understood as social struggles expressions that are constantly updated and redefined, so that, in the analyzed events case, due to the correlation of forces, the results walked towards an ideological polarization. In São Luis city, for example, the political actions that fallowed the June Manifestations which tried to ensure a more progressive agenda, were gradually ceasing. Equally problematic was the fact that some militants from that period turned into support for conservative or reactionary social movements ideological perspective, promoted by the media propaganda, intensely active throughout the process. Thus, it is clear that this politic scenario is not purely local or national, but a process developed internationally which demonstrates that recent global and Brazilian manifestations are structural social struggles updated constantly. / A pesquisa analisa os aspectos políticos das Manifestações de Junho de 2013 na cidade de São Luís, a partir do contexto da recente crise econômica de 2008 e na relação com a ação política das classes sociais e com o papel do Estado enquanto fator de coesão dos interesses das classes dominantes. Destaca-se o processo de organização, as ações e reações dos diversos grupos/movimentos sociais participantes das Manifestações de Junho de 2013 e as respostas do Estado às reivindicações presentes nessas manifestações. Nessa pesquisa foram utilizadas diversas técnicas de investigação como pesquisa documental em fontes originais ou de “primeira mão” (Leis, Projetos de Lei, Decretos, pronunciamentos de gestores, parlamentares e ativista, jornais e registros policiais), entrevistas com militantes e análise do conteúdo dos sites que convocavam os protestos. A fundamentação teórica teve como eixo de análise as categorias de movimentos sociais, lutas sociais, Estado, classes sociais e crise econômica. Considero que as crises econômicas são inerentes ao sistema capitalista e, diante delas, as lutas sociais acirram-se, exigindo que a classe trabalhadora se organize em grupos ou movimentos sociais para realizar protestos de resistência a esse cenário adverso. Desse modo, as recentes manifestações globais e as Manifestações de Junho de 2013 devem ser compreendidas como expressões das lutas sociais que se atualizam e se redefinem constantemente, tanto que no caso das manifestações analisadas devido à correlação de forças seus resultados caminharam para uma polarização ideológica. Em São Luís, por exemplo, as ações políticas que deram continuidade às Manifestações de Junho e tentaram garantir uma pauta mais progressista, aos poucos foram cessando. Igualmente problemático foi o fato de alguns militantes desse período se transformarem em sustentação para movimentos sociais de perspectiva ideológica conservadora ou reacionária, promovidos pela força da propaganda dos meios de comunicação, intensamente ativos em todo o processo. Assim, percebe-se que não se trata de um panorama político exclusivamente local ou nacional, mas de um processo que se desenvolve internacionalmente evidenciando que as recentes manifestações globais e brasileiras são lutas sociais estruturais que se atualizam constantemente.

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