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Avaliação das perdas auditivas em crianças e adolescentes com câncer / Hearing loss in children and adolescents with cancer

Aline Medeiros da Silva 16 October 2006 (has links)
Introdução – As crianças e adolescentes com câncer recebem tratamentos que têm os mais diversos efeitos colaterais, entre eles, a ototoxicidade, que é a capacidade de provocar lesão em estruturas da orelha interna e que pode levar à perda auditiva. Objetivos – Estimar a prevalência de perda auditiva e os fatores associados à ocorrência desta nas crianças e adolescentes tratados no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil – ITACI, utilizando três classificações propostas na literatura. Métodos – Foram analisados 94 pacientes atendidos no ITACI, no período de 2003 e 2004. Como a avaliação audiológica não é feita de rotina neste Instituto, os pacientes transferidos e os que foram a óbito não puderam ser incluídos no estudo. Os indivíduos foram submetidos a uma anamnese para verificar qualquer comprometimento auditivo. Em seguida, foi feita a inspeção visual do meato acústico externo, para verificar a presença de qualquer ocorrência que pudesse impedir a realização dos exames audiológicos. Foi realizada a avaliação dos limiares auditivos utilizando-se procedimentos de resposta condicionada (por meio da audiometria tonal liminar, audiometria lúdica condicionada ou audiometria com reforço visual), com a finalidade de determinar os limiares auditivos. Por fim, foram realizadas a timpanometria e a pesquisa dos reflexos acústicos, para avaliar as condições da orelha média. A caracterização da amostra foi realizada por meio da estatística descritiva e a análise da concordância no diagnóstico da perda auditiva para as três classificações, por meio da estatística Kappa. A análise dos fatores associados à presença de perda auditiva foi realizada por meio do teste associação pelo qui-quadrado e modelos de regressão logística univariados e múltiplos. Resultados – Os resultados mostraram prevalência de perda auditiva de 42,5% utilizando a classificação proposta pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), 40,4% de acordo com a classificação proposta pelo Pediatric Oncology Group Toxicity (POGT) e 12,8% pela classificação de Perda Auditiva Bilateral (PAB). A concordância no diagnóstico de perda auditiva pelas classificações POGT e PAB, e para PAB e ASHA foi fraca (respectivamente, k=0,36 e k=0,33). Já a concordância entre as classificações ASHA e POGT foi quase perfeita (k=0,96). O único fator de risco para perda auditiva, pelas três classificações adotadas, foi o uso da cisplatina e este efeito foi potencializado com o uso concomitante da ifosfamida. Conclusões – A perda de audição é um efeito colateral importante nas crianças e adolescentes com câncer. A monitorização auditiva é fundamental, visto que possibilita a detecção precoce das perdas auditivas e a revisão do tratamento, além de identificar a progressão da seqüela. Recomenda-se que sejam feitas avaliações audiológicas periódicas, mesmo após o término do tratamento e que seja adotada uma classificação que contemple as perdas auditivas discretas, como a proposta pela ASHA. / Introduction – The treatment of childhood cancer has several side effects and the ototoxicity is one of them. It can affect the inner ear structures and may lead to a hearing loss. Aim – To estimate the prevalence of hearing loss and risk factors in children and adolescents attended at the Childhood Cancer Treatment Institute (ITACI), using three classifications proposed in the literature. Methods – 94 patients admitted at ITACI between 2003 and 2004 were analyzed. The evaluation of hearing loss is not usually done in this institution and, because of this, the patients who were transferred and those who died could not be evaluated. The parents answered a questionnaire about demographic and clinical conditions. Then, the visual inspection of the external auditory meatus was done in order to verify if there were clinical conditions to perform the audiologic evaluation. The audiologic evaluation was done using pure tone audiometry (conditioned audiometry, play audiometry or visual reinforcement audiometry), tympanometry and tests of acoustic reflexes. The statistical analysis was done using descriptive statistics, the Kappa statistics, chi-squared test and univariate and multiple logistic regression models. Results – The prevalence of hearing loss was 42,5% using the American Speech-Language-Hearing Association (ASHA) classification, 40,4% using the Pediatric Oncology Group Toxicity (POGT) classification and 12,8%, using the bilateral hearing loss (PAB) classification. The agreement on the diagnosis of hearing loss was weak for POGT and PAB (k= 0.36) and for PAB and ASHA (k=0.33). The agreement between ASHA and POGT was almost perfect (k=0.96). The only risk factor for hearing loss for all classifications was the use of cisplatin and its effect was higher if the patients use also the ifosfamide. Conclusions – Hearing loss is an important side effect in children and adolescents with cancer treated with cisplatin. It is recommended a periodic audiological monitoring, even after the patient has finished the treatment. It can early detect a hearing loss, the schedule of treatment can be reviewed and the speech-language pathologist may be indicated to address the consequences of the hearing loss. It is recommended to adopt a classification that can detect slight hearing loss (ASHA).
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Metas de socialização e práticas educativas de mães de crianças com câncer: um estudo comparativo com mães de crianças sem diagnóstico de doença / Socialization goals and educational practices of mothers of children with cancer: a comparative study with mothers of children without diagnose of disease

Joana Lezan SantAnna 10 March 2015 (has links)
Sistemas parentais são construídos através das interações no cotidiano dos pais com seus filhos e com base nos padrões culturais vigentes, dentro de um perfil socioeconômico e da história de vida dos indivíduos. Importantes componentes dos sistemas parentais são as metas de socialização e as práticas educativas. As metas de socialização se referem a como os pais desejam que seus filhos sejam no futuro, àquilo que eles esperam que sua criação ajude a promover em seus filhos. Já as práticas educativas são as práticas de comunicar à criança a forma correta com que se espera que ela se comporte. A revisão bibliográfica evidencia que as metas de socialização e práticas educativas são afetadas pelo ambiente cultural dos cuidadores e por variáveis socioeconômicas, mas não há estudos a respeito de possíveis impactos causados por situações de vida particularmente difíceis. A presente dissertação se propôs a examinar as metas de socialização e práticas educativas de mães cujos filhos estão em tratamento oncológico, contrastando-as com as de mães de crianças saudáveis. Nesse sentido, o objetivo estabelecido foi o de investigar se havia particularidades nas metas de socialização e formas de cuidado de mães com filhos que tenham câncer devido à situação específica vivida de um tratamento oncológico. Hipotetizou-se que a vivência da experiência do câncer e a inserção em uma instituição de tratamento, no caso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), teriam impacto no sistema de cuidados e metas parentais. Participaram deste estudo 20 mães de crianças de três a cinco anos que estavam em tratamento oncológico no INCA e 20 mães de crianças na mesma faixa etária sem problemas de saúde diagnosticados. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram aplicados os formulários "Dados de identificação" e "Dados sociodemográficos", e o Questionário de Metas de Socialização. Foi também realizada com as mães uma entrevista semiestruturada, com questões abertas que buscaram investigar práticas educativas. A análise de dados contemplou uma parte de análises quantitativas em que os dados foram tratados descritivamente (médias, percentuais etc.) e empregados testes não-paramétricos para comparação entre os grupos de mães. Análises qualitativas, voltadas para as respostas ao questionário de metas de socialização e à entrevista sobre práticas de cuidado educativas foram realizadas através do método de análise de conteúdo temático-categorial. Encontrou-se que as metas de socialização das mães de crianças em tratamento oncológico apresentaram diferenças em relação às das mães de crianças sem diagnóstico de doença, refletindo uma tendência mais individualista. Também foram encontradas diferenças entre os dois grupos nas ações para atingir as metas, sendo visto um uso menor da estratégia educar e orientar por parte do grupo das mães de crianças em tratamento no INCA, refletindo uma tendência mais pragmática. Quanto às práticas educativas não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos. Espera-se que esse estudo traga contribuições para a formulação de programas de intervenção, para pais e cuidadores, através da melhor compreensão das metas e práticas maternas utilizadas nesta situação particular e de grande dificuldade para as crianças e suas famílias / Parental systems are built by means of the interactions between parents and children along their daily life and on the basis of the prevailing cultural patterns within a socioeconomic profile and life story of the individuals. Important components of the parental systems are the socialization goals and educational practices. The socialization goals refer to how parents want their children to be in the future and what they expect their rearing will help to promote. On the other hand, the educational practices are the process of communicating the correct way in which the child is expected to behave. The literature review evidences that socialization goals and educational practices are affected by the cultural environment of caregivers and by socioeconomics variables, but there are no studies that concerns the possible impacts caused by particularly difficult life situations. This work aims at examining the socialization goals and educational practices of mothers whose children are undergoing cancer treatment, contrasting them with those of mothers of healthy children. In this sense, objective was established on investigating if there were peculiarities in socialization goals and care practices of mothers of children who have cancer due to the specific situation of facing a cancer treatment. It was hypothesized that the life experience of cancer treatment in a health institution, in this case, the National Institute of Cancer (INCA) would impact the care and goals parental system. The study accessed 20 mothers of children age three to five who were undergoing cancer treatment at INCA and 20 mothers of children in the same age group without diagnosed health problems. All signed an Informed Term of Consent. Forms for Identification Data and for Demographic Data and a Questionnaire of Socialization Goals were filled by the mothers. It was also held a semi-structured interview with the mothers, with open questions that sought to investigate educational practices. Data analysis included a quantitative analysis in which, after a descriptive treatment of the data by average, percentages etc. non parametric tests for comparisons between the groups of mother were applied. Besides, a qualitative analysis, with focus on the answers to the Questionnaire of Socialization Goals and the interview on educational care practices, was performed using the method of categorical thematic analysis. It was found that the socialization goals of mothers of children undergoing cancer treatment are different from those of mothers of children with no diagnosis of disease, reflecting more individualistic features. Differences between the two groups were also found in respect to the actions used to achieve the goals, observing less use of the strategy educate and orientate by the groups of mother of children being treated in INCA, reflecting a more pragmatic tendency. For the educational practices, no meaningful differences between the two groups were detected. It is expected that the results obtained can contribute to the development of intervention programs for parents and caregivers, by the best understanding of their goals and actions used in this particular and very difficult situation for the children and their families
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Câncer infantil: fé e enfrentamento de mães / Childhood Cancer: Faith and coping of mothers.

Michel Arantes Barros 11 August 2009 (has links)
Nos últimos anos, tem sido crescente a atenção dada à temática da fé e do enfrentamento diante da busca da conservação da vida frente a doenças que a ameaçam. Este estudo volta seu olhar para mães, cujos filhos passaram pelo tratamento do câncer, com o objetivo de compreender como enfrentaram a doença do filho e como se deu a manifestação da fé em seu discurso. O trabalho foi desenvolvido no Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP e contou com a participação de sete mães, cujos filhos têm idade entre 3 e 10 anos e estão em fase final de tratamento de câncer. A estas foi feito um convite, com apresentação do Termo de Compromisso Livre e Esclarecido, e após sua concordância, iniciava-se uma entrevista a partir da seguinte questão norteadora: Gostaria que a senhora me contasse como foi estar passando por esta experiência com a doença de seu filho(a). Este estudo teve como base o método fenomenológico, e sua análise, a partir das entrevistas, foi construída seguindo os passos propostos por Martins e Bicudo (1989) revelando, através de convergências do discurso das mães, dez categorias temáticas. A compreensão das vivências das mães foi feita sob forma de diálogo com a literatura específica e, a partir daí pôde-se concluir que a maioria delas enfrentou a doença com uma postura mais ativa, implicando-se de forma determinada e confiante no tratamento e cuidado ao filho. Enfrentaram a doença como se estivessem numa luta contra a possibilidade de morte. Nesta busca pela cura do filho, as mães relataram o recurso da fé para adquirirem forças para esse enfrentamento e também para dar sentido e aumentar a esperança nos momentos de sofrimento que vivenciaram. A fé, para a maioria das mães, aparece como endereçada a Deus, através do Qual, acreditam ter recebido auxílio para lhes dar forças. A relação destas mães com Deus é permeada pela postura delas frente ao momento vivenciado e frente à vida, de modo que, mães que trazem consigo uma proximidade com a sua existência, tendem a enfrentar a doença de forma mais ativa e Este é requisitado nos momentos em que foge às possibilidades humanas da mãe conseguir a cura para o filho, ou na busca de um sentido para o momento. Em casos de distanciamento da existência, como o choque recebido pelo diagnóstico de câncer em seu filho, a mãe parece se perder em meio ao enfrentar, fazendo-o de maneira mais passiva, aguardando que Deus ou alguém venha a seu socorro. Além do auxílio de Deus, as mães também afirmaram receber diversos apoios de: família, vizinha, pessoas inesperadas e desconhecidas, Casa de Apoio, religião e equipe de profissionais da saúde. Tendo em vista os apoios buscados e recebidos, torna-se importante um cuidado cada vez mais apropriado levando em consideração as necessidades das mães de crianças com câncer. / In the past few years, theres been a great deal of attention paid to the issue of faith and coping to preserve life against threatening diseases. This study focuses on mothers, whose children had undergone cancer treatment, aiming at comprehending how they faced their childrens disease and at what point faith manifested and what role it played through its course. The project was conducted at the Ambulatório dos Curados of the Pediatric Oncology Service from Hospital das Clínicas of the Medical School of Ribeirão Preto USP with the participation of seven mothers, whose children were within a 3 to 10 years old range and are in the final stage of the cancer treatment. They were invited, with the presentation of a free commitment and acknowledgement Term, and after its consent, there was an interview having in mind the following key question: Id like to ask you, maam, how it felt to be going through this experience dealing with your childs disease. This study was based on the phenomenological method and, its analysis from the interview, was built according to steps established by Martins and Bicudo (1989) revealing, through the convergences of the mothers speeches, ten theme categories. The understanding of the mothers experiences was done as a dialog with specific literature and, from that point it was possible to conclude that most of them faced the disease having an active attitude, engaging themselves in a determined and confident way in their childrens treatment and care. They faced the disease as if they were in a battle against the odds of death. In the search for their childrens cure, the mothers reported the resource of faith to get strength for coping and also to have a sense of purpose and nurture their hope during the moments of suffering they experienced. Faith, for most mothers, appears as directed to God, from Whom they believe had received assistance to have enough strength. Their relationship with God is filled with their attitude towards the moment they lived and towards life itself, which means mothers who have proximity with their own existence tend to face the disease more actively and, He, is requested in the moments when the human possibilities of the mother to get a cure for her child run out or when they need to search for a reason. In cases where there is detachment of existence, as in the shock of receiving the cancer diagnosis, the mother seems to lose herself trying to face the situation, being more passive, waiting on God or someone to come and rescue her. Besides Gods help, mothers also state having received support from various sources: family, neighbors, unexpected people and strangers, support groups, religion and health professionals. Having in mind the types of support sought and received, it is really important to offer appropriate care taking into account the needs of mothers who have children with cancer.
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A compreensão da doença, do tratamento quimioterápico e as formas de enfrentamento de crianças com câncer / The understanding of illness, chemotherapy and coping of children with cancer

Lopes, Guilherme Costa [UNESP] 18 August 2016 (has links)
Submitted by GUILHERME COSTA LOPES null (guilhermelho@gmail.com) on 2016-11-23T15:35:48Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO FINAL - GUILHERME LOPES 2016.pdf: 4508818 bytes, checksum: 6749de5e679028985b1be7b5df8f427f (MD5) / Rejected by LUIZA DE MENEZES ROMANETTO (luizamenezes@reitoria.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo a orientação abaixo: O arquivo submetido está sem a ficha catalográfica. A versão submetida por você é considerada a versão final da dissertação/tese, portanto não poderá ocorrer qualquer alteração em seu conteúdo após a aprovação. Corrija esta informação e realize uma nova submissão com o arquivo correto. Agradecemos a compreensão. on 2016-11-25T19:41:14Z (GMT) / Submitted by GUILHERME COSTA LOPES null (guilhermelho@gmail.com) on 2016-12-01T15:19:25Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO FINAL - GUILHERME LOPES.2016.docx: 10485824 bytes, checksum: 4fc00b1c939cafe858de697dbe722d53 (MD5) / Rejected by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo as orientações abaixo: A versão final da dissertação/tese deve ser submetida no formato PDF (Portable Document Format). O arquivo PDF não deve estar protegido e a dissertação/tese deve estar em um único arquivo, inclusive os apêndices e anexos, se houver. Por favor, corrija o formato do arquivo e realize uma nova submissão. Agradecemos a compreensão. on 2016-12-02T12:32:20Z (GMT) / Submitted by GUILHERME COSTA LOPES null (guilhermelho@gmail.com) on 2016-12-02T13:04:14Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO.FINAL-GUILHERME.LOPES.2016.pdf: 4570581 bytes, checksum: ba3e0a86c356250cc56a4e7061db89ac (MD5) / Approved for entry into archive by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br) on 2016-12-05T15:14:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 lopes_gc_me_bot.pdf: 4570581 bytes, checksum: ba3e0a86c356250cc56a4e7061db89ac (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-05T15:14:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 lopes_gc_me_bot.pdf: 4570581 bytes, checksum: ba3e0a86c356250cc56a4e7061db89ac (MD5) Previous issue date: 2016-08-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O diagnóstico de câncer infantil promove vivências e enfrentamentos específicos, que podem interferir na adesão aos procedimentos e expectativas de cura. Este estudo transversal, de delineamento quali-quantitativo, visou identificar como as crianças com câncer, com idade entre seis e doze anos, em tratamento quimioterápico, explicavam a causa, os sintomas, e prevenção de doenças comuns e de sua própria doença, o procedimento quimioterápico, a possibilidade de cura, assim como os comportamentos de enfrentamento (coping) que utilizavam no contexto da quimioterapia. O estudo foi realizado em dois centros de referência para o tratamento de câncer pediátrico do centro-oeste paulista. Os cuidadores forneceram os dados sócio demográficos e outros necessários para calcular o risco psicossocial da família. As crianças responderam a uma entrevista sobre causas, sintomas e tratamento das doenças em geral e sobre o câncer e tratamento quimioterápico e a um questionário sobre os comportamentos de enfrentamento utilizados para lidar com a quimioterapia. Elaboraram, também um desenho sobre sua percepção do procedimento, a partir da técnica de desenho-estória. Observou-se que a maioria das famílias se concentrava na categoria risco psicossocial alvo (moderado), especialmente as com baixa escolaridade, problemas financeiros, preocupação excessiva e percepção de que a criança estava sofrendo muito. Ao explicar a doença, as crianças tiveram facilidade em nomeá-la e diferenciar o câncer de outras doenças. A quimioterapia representava a possibilidade de cura, mas, também um procedimento doloroso, com longas esperas, enjoos e desânimo. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas pelas crianças frente à quimioterapia foram a distração e solução de problemas. Houve diferenças nos comportamentos de enfrentamento quanto ao sexo, idade e tipos de câncer: meninas referiram buscar mais apoio nas relações interpessoais, crianças mais novas referiram comportamentos menos adaptativos que crianças mais velhas e uma porcentagem muito maior de crianças com leucemia referiu desânimo quando comparadas com crianças com tumores sólidos. As diferenças encontradas, tanto em relação à compreensão da doença e tratamento, quanto aos comportamentos de enfrentamento, sinalizam para a necessidade de intervenções personalizadas, que contemplem características específicas, para facilitar a adaptação da criança ao tratamento. / Child cancer diagnosis promotes specific livings and hardships, that may infer in the consent to the procedure and healing expectations. This qualitative and quantitative transversal study, aimed to identify how children with cancer, aging between six and twelve years old, explained the causes, symptoms, and the prevention of common diseases and their own, the chemotherapy procedure and the disease's cure possibility as well as their coping behavior inside the chemotherapy context. The study has been conducted in two reference of pediatric cancer treatment centers in São Paulo state's mid-west region. The caregivers provided social, demographic and all other important data necessary to calculate the family's psychosocial risk. Children answered to an interview about the causes, symptoms and the treatment of the diseases in general and about the cancer and its chemotherapy treatment and a questionnaire about the coping behaviors used to deal with the chemotherapy. They also elaborated a drawing based on their perception of the procedure, using the drawing-story technique. It was observed that mostly of the families were concentrated in moderate psychosocial risk, especially the ones with low education, financial problems, excessive concern and perception that the child was suffering, Children found it easy to name and set apart cancer from other diseases. Chemotherapy represented a cure possibility but also a painful procedure, with long waiting, nausea and dismay. The most coping strategies used by the children facing chemotherapy were the distraction and problem solving. There were differences in the coping behaviors regarding gender, age and cancer types: girls referred to seeking more interpersonal support, younger children referred less adaptive behavior than the older children and a much larger percentage of children with leukemia referred discouragement when compared to children with solid tumors. The differences found, regarding both the disease's comprehension and its treatment, as the coping behaviors, highlight the necessity of personalized interventions that contemplate specific characteristics, to help children's adaptation to the treatment.
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Metas de socialização e práticas educativas de mães de crianças com câncer: um estudo comparativo com mães de crianças sem diagnóstico de doença / Socialization goals and educational practices of mothers of children with cancer: a comparative study with mothers of children without diagnose of disease

Joana Lezan SantAnna 10 March 2015 (has links)
Sistemas parentais são construídos através das interações no cotidiano dos pais com seus filhos e com base nos padrões culturais vigentes, dentro de um perfil socioeconômico e da história de vida dos indivíduos. Importantes componentes dos sistemas parentais são as metas de socialização e as práticas educativas. As metas de socialização se referem a como os pais desejam que seus filhos sejam no futuro, àquilo que eles esperam que sua criação ajude a promover em seus filhos. Já as práticas educativas são as práticas de comunicar à criança a forma correta com que se espera que ela se comporte. A revisão bibliográfica evidencia que as metas de socialização e práticas educativas são afetadas pelo ambiente cultural dos cuidadores e por variáveis socioeconômicas, mas não há estudos a respeito de possíveis impactos causados por situações de vida particularmente difíceis. A presente dissertação se propôs a examinar as metas de socialização e práticas educativas de mães cujos filhos estão em tratamento oncológico, contrastando-as com as de mães de crianças saudáveis. Nesse sentido, o objetivo estabelecido foi o de investigar se havia particularidades nas metas de socialização e formas de cuidado de mães com filhos que tenham câncer devido à situação específica vivida de um tratamento oncológico. Hipotetizou-se que a vivência da experiência do câncer e a inserção em uma instituição de tratamento, no caso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), teriam impacto no sistema de cuidados e metas parentais. Participaram deste estudo 20 mães de crianças de três a cinco anos que estavam em tratamento oncológico no INCA e 20 mães de crianças na mesma faixa etária sem problemas de saúde diagnosticados. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram aplicados os formulários "Dados de identificação" e "Dados sociodemográficos", e o Questionário de Metas de Socialização. Foi também realizada com as mães uma entrevista semiestruturada, com questões abertas que buscaram investigar práticas educativas. A análise de dados contemplou uma parte de análises quantitativas em que os dados foram tratados descritivamente (médias, percentuais etc.) e empregados testes não-paramétricos para comparação entre os grupos de mães. Análises qualitativas, voltadas para as respostas ao questionário de metas de socialização e à entrevista sobre práticas de cuidado educativas foram realizadas através do método de análise de conteúdo temático-categorial. Encontrou-se que as metas de socialização das mães de crianças em tratamento oncológico apresentaram diferenças em relação às das mães de crianças sem diagnóstico de doença, refletindo uma tendência mais individualista. Também foram encontradas diferenças entre os dois grupos nas ações para atingir as metas, sendo visto um uso menor da estratégia educar e orientar por parte do grupo das mães de crianças em tratamento no INCA, refletindo uma tendência mais pragmática. Quanto às práticas educativas não foram encontradas diferenças significativas entre os dois grupos. Espera-se que esse estudo traga contribuições para a formulação de programas de intervenção, para pais e cuidadores, através da melhor compreensão das metas e práticas maternas utilizadas nesta situação particular e de grande dificuldade para as crianças e suas famílias / Parental systems are built by means of the interactions between parents and children along their daily life and on the basis of the prevailing cultural patterns within a socioeconomic profile and life story of the individuals. Important components of the parental systems are the socialization goals and educational practices. The socialization goals refer to how parents want their children to be in the future and what they expect their rearing will help to promote. On the other hand, the educational practices are the process of communicating the correct way in which the child is expected to behave. The literature review evidences that socialization goals and educational practices are affected by the cultural environment of caregivers and by socioeconomics variables, but there are no studies that concerns the possible impacts caused by particularly difficult life situations. This work aims at examining the socialization goals and educational practices of mothers whose children are undergoing cancer treatment, contrasting them with those of mothers of healthy children. In this sense, objective was established on investigating if there were peculiarities in socialization goals and care practices of mothers of children who have cancer due to the specific situation of facing a cancer treatment. It was hypothesized that the life experience of cancer treatment in a health institution, in this case, the National Institute of Cancer (INCA) would impact the care and goals parental system. The study accessed 20 mothers of children age three to five who were undergoing cancer treatment at INCA and 20 mothers of children in the same age group without diagnosed health problems. All signed an Informed Term of Consent. Forms for Identification Data and for Demographic Data and a Questionnaire of Socialization Goals were filled by the mothers. It was also held a semi-structured interview with the mothers, with open questions that sought to investigate educational practices. Data analysis included a quantitative analysis in which, after a descriptive treatment of the data by average, percentages etc. non parametric tests for comparisons between the groups of mother were applied. Besides, a qualitative analysis, with focus on the answers to the Questionnaire of Socialization Goals and the interview on educational care practices, was performed using the method of categorical thematic analysis. It was found that the socialization goals of mothers of children undergoing cancer treatment are different from those of mothers of children with no diagnosis of disease, reflecting more individualistic features. Differences between the two groups were also found in respect to the actions used to achieve the goals, observing less use of the strategy educate and orientate by the groups of mother of children being treated in INCA, reflecting a more pragmatic tendency. For the educational practices, no meaningful differences between the two groups were detected. It is expected that the results obtained can contribute to the development of intervention programs for parents and caregivers, by the best understanding of their goals and actions used in this particular and very difficult situation for the children and their families
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A compreensão dos discursos de enfermeiras sobre o cuidado à criança con-vivendo com câncer na à luz da psicologia fenomelógico- existencial

Leal, Maria Pires da Cruz, 92984157271 26 September 2017 (has links)
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Impacto da morte de crianças com câncer no ambiente hospitalar: vivência de mães de crianças companheiras de tratamento / The impact of death in children with cancer in hospital enverioment: experiences of fellow mothers during treatment

Sheila Maria Mazer 30 November 2007 (has links)
Ao se deparar com o diagnóstico de câncer do filho, o mundo da mãe desmorona e o futuro se fecha numa perspectiva de morte. O cuidar de sua criança doente reveste-se de inquietações, inseguranças e impotência diante do sofrimento. E quando morre uma criança com câncer no hospital, mães de crianças companheiras de tratamento da que veio a falecer têm que lidar com a morte concreta de uma criança que, enquanto portador(a) de câncer, encontrava-se na mesma situação do seu filho. Essa pesquisa busca investigar as vivências de mães de crianças com câncer diante da repercussão da morte de uma criança, no hospital. A pesquisa que fundamenta este trabalho é qualitativa, de inspiração fenomenológica, baseada nas propostas de GIORGI (1985), MARTINS e BICUDO (1994), FORGHIERI (1991, 1993a) e VALLE (1997). O método fenomenológico apresenta-se à Psicologia como recurso para pesquisar a vivência do sujeito, entendida como a percepção que o ser humano tem de suas próprias experiências, atribuindo-lhes significado. Foram entrevistadas sete mães de crianças que terminaram o tratamento oncológico no máximo há nove meses, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. As entrevistas foram iniciadas a partir da questão norteadora: \"Possivelmente, você já vivenciou, aqui no hospital, situações em que uma criança é curada de câncer, mas também há situações em que o tratamento não é bem sucedido e a criança acaba por morrer. Como é isto pra você?\", que favoreceu as descrições do fenômeno investigado. Estas foram gravadas e transcritas para análise compreensiva dos discursos. A compreensão do significado do fenômeno estudado evidencia que a vivência das mães é permeada por significados atribuídos à morte de companheiros de tratamento do filho, o que gera frustração e sofrimento e as faz pensar na possibilidade de morte do próprio filho, bem como na situação de recidiva. O que as ajudou no enfrentamento da doença e do tratamento foi o apoio requisitado na fé religiosa e na competência da equipe médica. Vínculos afetivos se formam e se rompem entre as mães, ao dividirem o sofrimento advindo do tratamento, do qual relembram com bastante dor. No entanto, comemoram o estar fora de tratamento como uma etapa vencida na luta contra o câncer. A partir dos dados obtidos nas entrevistas e organizados em categorias temáticas, foi feita uma articulação das falas das mães com a abordagem fenomenológica em Psicologia a fim de construir uma compreensão acerca do fenômeno estudado. / Knowing of a cancer diagnosis in children, mother\'s world caves in and future closes in a death perspective. Taking care of a sick child has a disturbing that involves insecurity and impotency in facing suffering. When a child dies with cancer in a hospital, fellow treatment mothers of that child who died have to deal with the death fact of a child who, as a cancer carrier, was found in the same situation as their child. This research tries to investigate the experiences of mothers who have children with cancer facing repercussion of a child death in a hospital. This research is based on a qualitative work, with a phenomenology inspiration, according to propositions by GIORGI (1985), MARTINS e BICUDO (1994), FORGHIERI (1991, 1993a) e VALLE (1997). The phenomenology method introduces itself to Psychology as recourse to investigate one\'s experiences, understood as human being\'s perception from it owns experiences, giving them a meaning. Seven mothers of children who had finished their cancer treatment at least 9 months ago were interviewed in \"Hospital das Clínicas\" from Faculdade de Medicina of Universidade of São Paulo, in Ribeirão Preto. The interviews begun from the main question: \"Possible, you may have experienced, here in the hospital, situations when a child cured of cancer, although there are situations when the treatment is not well succeeded and a child could die. How do you feel about that?\", which favored the description investigate phenomenon. Those interviews were recordered and transcripted to better understand and analyse speeches. The comprehension of the phenomenon\'s meaning studyied shows that mother\'s experiences is surrounded by meanings gave to fellow children\'s treatment death, which gives frustration and suffering and make them think in the possibility of their children\'s death, as well as in a relapse situation. Religious faith and medical competency have helped them to face the deasease and the treatment. Ties of affection were formed and severed between mothers, when divided their suffering brought on by the treatment, from which is remembered with much pain. Although, they celebrate being off the treatment as battle won against cancer. From data collected during interviews were organized in thematic categories, it had made a link between mother\'s speaches and the psycological fenomenology elaboration to build a comprehension of this studied phenomenon.
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"Câncer infantil e resiliência: investigação fenomenológica dos mecanismos de proteção na díade mãe-criança". / Childhood cancer and resilience: phenomenologic investigation of the protection mechanisms in the mother-child dyad.

Shirley Santos Teles 10 February 2006 (has links)
O presente estudo tem o objetivo de compreender o que mães e crianças percebem a partir de suas vivências com o câncer, que pôde contribuir para o enfrentamento da situação de doença, tratamento e hospitalização. O método utilizado foi o fenomenológico-existencial. O estudo foi desenvolvido no “Ambulatório de Curados” do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo e contou com a colaboração de nove crianças com idades entre 6 e 11 anos, com diagnósticos diversos, e suas respectivas mães. Foi realizada uma entrevista com cada mãe a partir da questão norteadora “Como foi o tratamento do seu filho?”; e com cada criança “O que você lembra do seu tratamento?”. A análise das entrevistas foi construída seguindo os passos propostos por Martins, Bicudo (1989) e Valle (1997), revelando-se três grandes categorias temáticas das falas das mães: a trajetória da doença e o tratamento, que coincide com o que já há descrito na literatura; condições que auxiliaram no enfrentamento do adoecimento: fé em Deus, equipe multidisciplinar, família, amigos, órgãos municipais, as outras mães, o brincar e ajuda da professora; e o momento atual, fora de tratamento. As falas das crianças também se mostraram em três grandes categorias temáticas: trajetória da doença e tratamento; situações que auxiliaram no enfrentamento da situação de adoecimento: família nuclear e estendida, equipe multidisciplinar, voluntárias e professor; e o momento atual, fora de tratamento. Para a compreensão das falas foi utilizado como referencial teórico algumas idéias do filósofo Martin Heidegger e autores que se fundamentaram nele. Pode-se concluir que frente a um mecanismo de risco, como a doença, mães e crianças se apropriaram de mecanismos de proteção, que auxiliaram no enfrentamento da doença, como a fé e o brincar, além de recursos externos como uma rede social de apoio, como a equipe, as voluntárias, a família, os amigos e as outras mães que estavam vivenciando a mesma situação. Fenomenologicamente, mães e crianças enfrentaram a situação de doença sendo-com o outro, estabelecendo relações autênticas de cuidado com os outros e entre eles (mães e filhos). E estas relações autênticas de cuidado só foram possíveis nos momentos em que ambos estavam inteiros na relação, ou seja, estavam verdadeiramente sendo-com o outro, pois só assim o indivíduo consegue percebe as reais necessidades do outro, podendo ajudar verdadeiramente. / The purpose of this research is to understand what mothers and children perceive, using their experience with cancer, which contributed for confronting the situation involving disease, treatment and hospitalization. The method that was applied is the existential-phenomenology. The research was developed in the “Survivors Clinic” of the Pediatric Oncology Service of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo and rely on the collaboration of nine children form 6 to 11 years old with several diagnostics and with their respective mothers. An interview was done with each mother using the open question “How was your child’s treatment?” and with each child “What do you remember about your treatment?”. The analysis of the interviews, that was made by following the steps proposed by Martins, Bicudo (1989) and Valle (1997), exposed three main thematic categories of the mothers’ speech: the trajectory of the disease and the treatment, which is compatible with the literature; conditions that improve the coping with the disease – faith in God, multi-disciplinary staff, family, friends, municipal entities, the other mothers, the play and the teachers’ help; the nowadays – out of treatment. The children’s speeches also were grouped into three thematic categories: the trajectory of the disease and treatment; situations that improved the coping with the disease – nuclear and extended family, multi-disciplinary staff, volunteers and teachers; the nowadays – out of treatment. Some ideas of the philosopher Martin Heidegger were used as a theoretical direction. It was concluded that mothers and children faced with risk mechanism (as the disease) used protection mechanisms (as the faith and the playing beyond other resources as the social support – the staff, the volunteers, the family the family and the other mothers who was facing the same situation). Phenomenologically, mothers and children coped with the disease situation being-with the others, establishing authentic relations of care with the others and among them (mothers and children). These relations was only possible when mother and children were complete in the relation, i.e., they were being-with the others truly, because this is the only way that a person can perceive the real necessities of the others and can help effectively.
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"Câncer infantil e resiliência: investigação fenomenológica dos mecanismos de proteção na díade mãe-criança". / Childhood cancer and resilience: phenomenologic investigation of the protection mechanisms in the mother-child dyad.

Teles, Shirley Santos 10 February 2006 (has links)
O presente estudo tem o objetivo de compreender o que mães e crianças percebem a partir de suas vivências com o câncer, que pôde contribuir para o enfrentamento da situação de doença, tratamento e hospitalização. O método utilizado foi o fenomenológico-existencial. O estudo foi desenvolvido no “Ambulatório de Curados" do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo e contou com a colaboração de nove crianças com idades entre 6 e 11 anos, com diagnósticos diversos, e suas respectivas mães. Foi realizada uma entrevista com cada mãe a partir da questão norteadora “Como foi o tratamento do seu filho?"; e com cada criança “O que você lembra do seu tratamento?". A análise das entrevistas foi construída seguindo os passos propostos por Martins, Bicudo (1989) e Valle (1997), revelando-se três grandes categorias temáticas das falas das mães: a trajetória da doença e o tratamento, que coincide com o que já há descrito na literatura; condições que auxiliaram no enfrentamento do adoecimento: fé em Deus, equipe multidisciplinar, família, amigos, órgãos municipais, as outras mães, o brincar e ajuda da professora; e o momento atual, fora de tratamento. As falas das crianças também se mostraram em três grandes categorias temáticas: trajetória da doença e tratamento; situações que auxiliaram no enfrentamento da situação de adoecimento: família nuclear e estendida, equipe multidisciplinar, voluntárias e professor; e o momento atual, fora de tratamento. Para a compreensão das falas foi utilizado como referencial teórico algumas idéias do filósofo Martin Heidegger e autores que se fundamentaram nele. Pode-se concluir que frente a um mecanismo de risco, como a doença, mães e crianças se apropriaram de mecanismos de proteção, que auxiliaram no enfrentamento da doença, como a fé e o brincar, além de recursos externos como uma rede social de apoio, como a equipe, as voluntárias, a família, os amigos e as outras mães que estavam vivenciando a mesma situação. Fenomenologicamente, mães e crianças enfrentaram a situação de doença sendo-com o outro, estabelecendo relações autênticas de cuidado com os outros e entre eles (mães e filhos). E estas relações autênticas de cuidado só foram possíveis nos momentos em que ambos estavam inteiros na relação, ou seja, estavam verdadeiramente sendo-com o outro, pois só assim o indivíduo consegue percebe as reais necessidades do outro, podendo ajudar verdadeiramente. / The purpose of this research is to understand what mothers and children perceive, using their experience with cancer, which contributed for confronting the situation involving disease, treatment and hospitalization. The method that was applied is the existential-phenomenology. The research was developed in the “Survivors Clinic" of the Pediatric Oncology Service of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo and rely on the collaboration of nine children form 6 to 11 years old with several diagnostics and with their respective mothers. An interview was done with each mother using the open question “How was your child’s treatment?" and with each child “What do you remember about your treatment?". The analysis of the interviews, that was made by following the steps proposed by Martins, Bicudo (1989) and Valle (1997), exposed three main thematic categories of the mothers’ speech: the trajectory of the disease and the treatment, which is compatible with the literature; conditions that improve the coping with the disease – faith in God, multi-disciplinary staff, family, friends, municipal entities, the other mothers, the play and the teachers’ help; the nowadays – out of treatment. The children’s speeches also were grouped into three thematic categories: the trajectory of the disease and treatment; situations that improved the coping with the disease – nuclear and extended family, multi-disciplinary staff, volunteers and teachers; the nowadays – out of treatment. Some ideas of the philosopher Martin Heidegger were used as a theoretical direction. It was concluded that mothers and children faced with risk mechanism (as the disease) used protection mechanisms (as the faith and the playing beyond other resources as the social support – the staff, the volunteers, the family the family and the other mothers who was facing the same situation). Phenomenologically, mothers and children coped with the disease situation being-with the others, establishing authentic relations of care with the others and among them (mothers and children). These relations was only possible when mother and children were complete in the relation, i.e., they were being-with the others truly, because this is the only way that a person can perceive the real necessities of the others and can help effectively.
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A criança com câncer e o professor: contribuições psicanalíticas / The child with cancer and the teacher: psychoanalytic contributions

Carvalho, Maria Elisabeth Egydio de 29 October 2014 (has links)
Este trabalho aborda a problemática do câncer infantil sob a perspectiva do professor de ensino fundamental que experiencia o adoecimento de um de seus alunos. O câncer infantil não é mais considerado uma doença fatal, a cura é uma possibilidade bem frequente e a ênfase, atualmente, tem se voltado sobretudo para a qualidade de vida dos sobreviventes do tratamento. A escola ocupa um lugar privilegiado, na medida em que é determinante para a aprendizagem mas, principalmente, para a manutenção dos laços sociais da criança. A despeito do que recomendam as sociedades de Oncologia Pediátrica, a criança com câncer continua a ser afastada da escola no período do tratamento e o professor é apontado na literatura especializada como um dos principais agentes da reinserção escolar dessas crianças O modelo de investigação utilizado é o da pesquisa em psicanálise e o trabalho está dividido em três momentos: revisão bibliográfica sobre o tema, fundamentação teórica e a pesquisa de campo através de entrevistas. A condução das entrevistas e a análise dos resultados foram orientadas pela psicanálise através do referencial teórico de Freud e de Lacan. Foram entrevistados sete professores da rede pública e particular de ensino de escolas da grande São Paulo. O conceito de imaginário trazido por Lacan nos permitiu investigar tanto o impacto que pode produzir no professor o anúncio de adoecimento de um de seus alunos, como o efeito que pode produzir na criança o modo como o professor é afetado. Para contribuir com um espaço de reflexão, discutimos a perspectiva inclusiva de educação como um instrumento auxiliar na reinserção da criança, entendendo que a escola constitui, desde a época moderna, um dos pilares da infância / This thesis addresses the issue of childhood cancer as perceived by the elementary school teacher who discovers and experiences the progression of the disease in one of his students. Childhood cancer is not considered a fatal disease any longer and a cure is now a more frequent outcome. Thus, the emphasis nowadays has turned towards improving the quality of life post-treatment. In this context, the school is in a privileged position, as it is not only determinant to the childs learning process, but also to the maintenance of a network of social interactions and skills. Irrespective of the recommendations of pediatric oncology organizations, the child patient with cancer is often kept away from school during treatment. According to the specialized literature in this topic, the teacher is one of the main agents responsible for the reinsertion of the child back to school. The investigatory model used here is based on psychoanalysis research. The work is divided in three parts: a literature review on the topic, the establishment of a theoretical foundation and field work conducted through interviews. The interview procedure and the analysis of the results were performed according to established practices in psychoanalysis and guided through the theory of Freud and Lacan. Eight teachers from the Great São Paulo public and private school systems were interviewed. The concept of the imaginary, introduced by Lacan, has allowed us to investigate both the outcome on the teacher upon receiving news of his pupils illness as well as the effect that his reactions have on the child himself. To contribute with a reflection, we further discuss the perspective of an inclusive education as an auxiliary tool in the reinsertion process, understanding that the school constitutes, since the beginning of modern times, one of the pillars of childhood

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