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Geologia e Geoquímica das sequências vulcânicas paleoproterozóicas do Grupo Uatumã na região de São Félix do Xingu (PA), cráton amazônico

Bruno Lagler 12 December 2011 (has links)
A região de São Félix do Xingu, localizada no centro-sul do estado do Pará e, geologicamente, no contexto da Província Amazônia Central do Cráton Amazônico. Apresenta em seus arredores um registro extremamente preservado das atividades vulcâno-plutônicas ocorridas durante o final do Paleoproterozóico (1870 - 1880 Ma), agrupadas no Grupo Uatumã, que é dividido na região nas formações Sobreiro e Santa Rosa. Estas rochas foram depositadas sobre o embasamento arqueano, representado pelo Terreno Granito-Greenstone do Sul do Pará e pelo Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, e unidades paleoproterozóicas, tal como o Granito Parauari. Por fim, estas rochas foram invadidas em ~1860 Ma pelos granitos do tipo A da Suíte Intrusiva Velho Guilherme e recobertas pelas rochas sedimentares da Formação Triunfo. A Formação Sobreiro é a unidade basal. Suas rochas tem filiação cálcio-alcalina e são representadas por vulcânicas e piroclásticas predominantemente intermediárias, com componentes ácidos no topo da sequência. Em estudos de campo são reconhecidas ao menos duas sequências de derrames vulcânicos que variam de andesitos basálticos com fenocristais de augita e magnésio-hastingsita nos derrames basais, para andesito e latito com fenocristais de magnésio-hastingsita e de andesina a labradorita e, por fim, quartzo-latito e riolito com fenocristais de plagioclásio sódico e de feldspato potássio, além de quartzo ocasional. Intercalados nestes derames de lava ocorrem corpos de rochas piroclásticas representadas principalmente por tufos máficos de cristais, lapilli-tufo máfico e tufos máficos laminados de cristais. De modo geral essas, são rochas hipocristalinas, maciças, formadas por cristais e fragmentos de cristais líticos e vítreos. Os tufos de cristais máficos laminados apresentam melhor seleção granulométrica, estrutura laminada e arcabouço constituído porcristais e fragmentos de cristais e líticos. A Formação Santa Rosa, como descrita atualmente na literatura, é a unidade superior e representa um vulcanismo intraplaca do tipo A. É composta por rochas vulcânicas, subvulcânicas e piroclásticas com alto teor de \'SiO IND.2\' (> 70% na maioria das amostras). Ao menos três fácies são reconhecidas: a) pórfiros graníticos e riolitos com megacristais de anfibólio, plagioclásio sódico, feldspato potássico e quartzo; riolitos com fenocristais de feldspato potássico e plagioclásio sódico com eventuais megacristais de quartzo; b) álcaliriolitos e pórfiros álcali-riolíticos com fenocristais de feldspato potássico (ortoclásio) e quartzo; c) tufo félsico de cristais hiprocristalino, tufo félsico de cristais levemente soldado com fiamme, tufo soldado laminado, lapilli-tufo acrescionário e tufo vítreo com glass shards. A assembleia de alteração hidrotermal da Formação Sobreiro é composta por epídoto + clorita + clinozoisíta + pirita + quartzo + carbonato + albita + sericita na alteração propilítica; sericita + clorita + quartzo \'+OU-\' pirita \'+OU-\' fluorita \'+OU-\' barita \'+OU-\' alloclasita \'+OU-\' esfalerita na alteração sericítica; e sericita + hematita + quartzo + argilo-minerais \'+OU-\' galena \'+OU-\' ouro na alteração argílica. Indícios de alunita sugerem que a Formação Sobreiro pode hospedar em suas rochas sistemas epitermais do tipo low-e high-sulfidation. Já na Formação Santa Rosa, a assembleia mineral de alteração hidrotermal é composta por feldspato potássico + biotita + quartzo + sericita na alteração potássica; e sericita + quartzo + pirita + clorita \'+OU-\' fluorita \'+OU-\' carbonato na alteração sericítica. Tais assembleias podem hospedar nas rochas da Formação Santa Rosa mineralizações do tipo Intrusion Related Gold Systems. Estudos litoquímicos revelam a naturezacálcio-alcalina de alto potássio da Formação Sobreiro, com enriquecimento em elementos litófilos como K, Ba, Sr, Rb, e baixa concentração de elementos de alto potencial iônico como Nb e Ta. Esta unidade mostra rochas enriquecidas em elementos terras raras leves em relação a terras raras pesados, indicada pela razão \'(La/Yb) IND.N\' ~ 12, sem anomalias de Eu nas rochas menos evoluídas e com anomalias levemente negativas nas rochas mais evoluídas. Tais características são típicas de andesitos orogênicos e estudos comparativos revelam que as rochas da Formação Sobreiro são bastante semelhantes às de alguns arcos magmáticos mais jovens, como o Arco Eólio na região da Sicília. Isto corrobora a hipótese de que a Formação Sobreiro é relacionada a um vulcanismo associado a um evento de subducção. A Formação Santa Rosa mostra resultados mais heterogêneos. Algumas das amostras analisadas apresentam afinidade cálcio-alcalina metaluminosa, com enriquecimento em Ba, Rb e Sr semelhantes às rochas evoluídas da Formação Sobreiro. Nestas amostras são observadas anomalias negativas de nióbio e tântalo em diagramas normalizados de elementos traços, além de suaves anomalias negativas de Eu em diagramas de elementos terras raras, com enriquecimento em terras raras leves em relação aos pesados similar à Formação Sobreiro. Estas características, junto às razões de Ba/Ta > 450 e Rb/Nb > 7, mostram mais semelhanças com as rochas cálcio-alcalinas da Formação Sobreiro do que com as rochas do tipo A da Formação Santa Rosa. O outro grupo de amostras da Formação Santa Rosa apresenta um comportamento completamente diferente, sendo caracterizado por rochas alcalinas, peraluminosas, com enriquecimento em elementos de alto potencial iônico (principalmente Nb e Ta) e fortes anomalias negativas para elementos litófilos (principalmente Ba e Sr, além de CaO, P e Ti) emdiagramas normalizados de elementos traços. Em relação aos elementos terras raras, este grupo apresenta enriquecimento muito mais discreto em elementos terras raras leves em relação aos pesados, evidenciado pela razão \'(La/Yb) IND.N\' ~ 4, com forte anomalia negativa de Eu. As razões Rb/Nb < 7 indicam que estas amostras atendem a maioria dos critérios classificatórios para rochas subalcalinas do tipo A e, portanto devem ser classificadas como pertencentes à Formação Santa Rosa. Por fim, os resultados sugerem que embora agrupados somente na Formação Santa Rosa nos trabalhos anteriores, ao menos uma parte dos riolitos mostra características que apresentam associação ao vulcanismo cálcio-alcalino da Formação Sobreiro / The São Felix do Xingu region, located in the center-south region of the state of Pará - Brazil, under the Central Amazonian province of theAmazonian Craton context, presents in its surroundings extremely well preserved volcano-plutonic activities occurred during the Paleoproterozoic (1870 - 1880 Ma), where units are grouped into the Uatumã Group which is therefore divided into formations Sobreiro e Santa Rosa. These rocks are intrusive in units of the Archean basement represented by the South Pará Granite-Greenstone Terrain and by the Itacaiúnas Shear-belt; and rocks of Paleoproterozoic such as the Parauari Granite. Thus, these rocks are intruded in ~1860 Ma by A-type granites of the Velho Guilherme Intrusive Suite and covered by sedimentary rocks of the Triunfo Formation. The Sobreiro Formation is the basal unity. It is calc-alkaline, composed of volcanic and pyroclastic rocks of mainly intermediate composition, with acid components on the top of the sequence. In field study, at least two sequences of volcanic flows which vary from andesi-basalts with phenocrysts of augite and magnesium-hastginsite in the basal flows, to andesites and latites with phenocrysts of magnesium-hastginsite and plagioclase (andesine to labradorite) and finally, quartz-latites and rhyolites with phenocrysts of sodic plagioclase and potash feldspar, besides occasional quartz, are recognized. Interspersed with these lava flow rocks, pyroclastic rocks represented by mafic crystal tuffs, mafic crystal lapilli-tuffs and laminated mafic crystal tuffs occur. The Santa Rosa Formation, as described in literature nowadays, is the superior unit and represents an A-type intraplate volcanism. It is composed by volcanic, subvolcanic and pyroclastic rocks with high \'SiO IND.2\' content (>70% in most of the samples). At least three facies are identified, the first consisting of granitic porphyry and rhyolite with megacrysts of amphibole, sodic plagioclase, potash feldspar and quartz; the second of rhyolites with phenocrysts of potash feldspar and sodic plagioclase with occasional quartz; and the last of alkali-rhyolites and alkali-rhyolitic porphyries with phenocrysts of potash feldspar (orthoclase) and quartz. Hipocrystalline felsic crystal tuff, lightly welded crystal tuff with fiamme, laminated welded tuff, accretionary lapilli-tuff and vitreous tuff with glass shards represent the pyroclastic rocks associated with Santa Rosa Formation. The hydrothermal alteration mineral assemblage of the Sobreiro Formation is composed of epidote + chlorite + clinozoisite + pyrite + quartz + carbonate + albite + sericite in the propylitic alteration; sericite + chlorite +quartz + carbonate ± pyrite ± fluorite ± barite ± alloclasite ± sphalerite in the sericitic alteration; and sericite + hematite + quartz + clay minerals ± galena ± gold in the argillic alteration. In addition to evidences of alunite, the vii Sobreiro Formation may host low and high-sulfidation epithermal systems in its rocks. The Santa Rosa Formation, on the other hand, presents ahydrothermal alteration mineral assemblage composed of potash feldspar + biotite + quartz + sericite in the potassic alteration; and sericite + quartz + pyrite + sericite ± fluorite ± carbonate in the sericitic alteration. Such assemblages may host Intrusion Related Gold Systemsmineralization type into the rocks of the Santa Rosa Formation. Lithochemistry studies reveal the high potassium calc-alkaline nature for the Sobreiro Formation, with enrichment in lithophile elements such as K, Ba, Sr, Rb and low concentration of high field strength elements such as Nb and Ta. This unit shows rocks enriched in light rare earth elements in relation to heavy rare earth elements indicated by the \'(La/Yb) IND. N\' ~ 12 ratio, with absence of Eu anomalies in the less evolved and lightly negative anomalies in the most evolved rocks. Such characteristics are typical of orogenic andesites and comparative studies reveal that the Sobreiro Formation chemical characteristics are rather similar to some younger magmatic arcs, like the Aeolian Arc in the Sicily\'s region. This data corroborates with the hypothesis that the Sobreiro Formation is related to a calc-alkaline volcanism related to a subduction regime. The Santa Rosa Formation shows more heterogeneous results. Some of the analyzed samples present calc-alkaline affinity, metaluminous, with enrichment in Ba, Rb and Sr similar to the evolved rocks of the Sobreiro Formation. Such samples also present negative Nb and Ta anomalies in normalized trace elements diagrams, besides presenting light negative anomalies in normalized rare earth elements diagrams with enrichment in light rare earth elements in relation to heavy rare earth elements similar to the Sobreiro Formation. These characteristics, allied to Ba/Ta > 450 and Rb/Nb > 7 ratios, show much more similarities to the calc-alkaline rocks of the Sobreiro Formation than to the A-type rocks of the Santa Rosa Formation. The other group of samples of this unity shows a completely different behavior, being characterized by alkaline rocks, peraluminous, withenrichment in high field strength elements (mainly Nb and Ta) and strong negative anomalies for lithophile elements (mainly Ba and Sr, besides CaO, P and Ti) in normalized trace elements diagrams. In relation to rare earth elements, the Santa Rosa Formation presents much more discrete enrichment in light rare earth elements in relation to heavy rare earth elements, highlighted by the \'(La/Yb) IND.N ~ 4 ratio, with strong negative anomalies of europium. The Rb/Nb < 7 ratio indicate that these samples attend to the most of the classificatory criteria for sub-alkaline type-A rocks and, therefore must be classified as belonging to the Santa Rosa Formation. viii All things considered, the results suggest that besides grouped exclusively in the Santa Rosa Formation in the previous works, at least somepart of the rhyolites shows characteristics which presents association to the calc-alkaline volcanism of the Sobreiro Formation.
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Geocronologia 207Pb/206Pb, Sm-Nd, U-Th-Pb E 40Ar-39Ar do segmento sudeste do Escudo das Guianas: evolução crustal e termocronologia do evento transamazônico

ROSA-COSTA, Lúcia Travassos da 06 July 2006 (has links)
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O Domínio Jari é constituído por uma assembléia de embasamento do tipo granulito-gnaissemigmatito com protólitos arqueanos, enquanto o Domínio Carecuru é composto basicamente por rochas cálcio-alcalinas e seqüências metavulcano-sedimentares, com evolução relacionada ao Evento Transamazônico. O Domínio Paru foi delimitado no interior do Domínio Carecuru, e é formado por gnaisses granulíticos com protólitos arqueanos, que hospedam plútons charnoquíticos paleoproterozóicos. Neste estudo, quatro métodos geocronológicos foram empregados em rochas provenientes dos distintos domínios tectônicos, com o objetivo de entender significado tectônico de cada um deles, definir os processos de evolução crustal que atuaram no Arqueano e no Paleoproterozóico e avaliar a extensão de crosta arqueana neste setor da faixa orogêncica em questão. Os métodos de evaporação de Pb em zircão e Sm-Nd em rocha total demonstram que a evolução do Domínio Jari envolve vários estágios de acresção e retrabalhamento crustal, do Arqueano ao Paleoproterozóico. Atividade magmática ocorreu principalmente na transição Meso- Neoarqueano (2,80-2,79 Ga) e durante o Neoarcheano (2,66-2,60 Ga). O principal período de formação de crosta continental ocorreu a partir do final do Paleoarqueano e ao longo do Mesoarqueano (3,26-2,83 Ga), enquanto retrabalhamento crustal prevaleceu no Neoarqueano. Durante o Evento Transamazônico, dominaram processos de retrabalhamento de crosta arqueana, com vários pulsos de magmatismo granítico, datados entre 2,22 Ga e 2,03 Ga, que marcam distintos estágios da evolução orogenética. Os dados geocronológicos obtidos neste estudo, conjugados aos disponíveis na literatura, indicam que o Domínio Jari é parte do mais expressivo segmento de crosta arqueana conhecido no Escudo das Guianas, aqui definido e denominado de Bloco Amapá. No Domínio Carecuru foram definidos dois pulsos de magmatismo cálcio-alcalino, entre 2,19 e 2,18 Ga e entre 2,15 e 2,14 Ga, enquanto magmatismo granítico foi datado em 2,10 Ga. Acresção crustal juvenil cálcio-alcalina foi reconhecida em torno de 2,28 Ga. No entanto, idades TDM (2,50-2,38 Ga), preferencialmente interpretadas como idades mistas, e εNd < 0, indicam a participação de componentes arqueanos na fonte das rochas paleoproterozóicas. Os dados isotópicos, somados à associação litológica deste domínio, sugerem uma evolução relacionada a sistema de arco magmático em margem continental ativa, que foi acrescido ao Bloco Amapá durante o Evento Transamazônico. No Domínio Paru, magmatismo neoarqueano datado em torno de 2,60 Ga, foi produzido por retrabalhamento de crosta mesoarqueana, assim como no Bloco Amapá. Adicionalmente, acresção crustal juvenil e magmatismo cálcio-alcalino foram reconhecidos, em torno de 2,32 Ga e 2,15 Ga, respectivamente, além de magmatismo charnoquítico em 2,07 Ga. Idades U-Th-Pb obtidas em monazitas provenientes da assembléia de alto grau do sudoeste do Bloco Amapá, revelaram dois estágios distintos da evolução orogenética transamazônica. O primeiro ocorreu em torno de 2,09 Ga, que marca a idade do metamorfismo de fácies granulito, contemporâneo ao desenvolvimento de um sistema de cavalgamento oblíquo, relacionado ao estágio colisional da orogênese. O outro ocorreu em torno de 2,06 Ga e 2,04 Ga, e é consistente com o estágio tardi-colisional, marcado por migmatização do embasamento e colocação de granitos ao longo de zonas de cisalhamento transcorrentes. Finalmente, análises 40Ar/39Ar em anfibólios e biotitas de unidades estratigráficas representativas, principalmente do Bloco Amapá e do Domínio Carecuru, revelam distintos padrões de resfriamento e exumação para estes dois segmentos crustais. No Bloco Amapá, as idades de anfibólios variam entre 2,13 e 2,09 Ga, enquanto as biotitas forneceram idades principalmente entre 2,10 e 2,05 Ga. No Domínio Carecuru, anfibólios e biotitas apresentaram idades entre 2,16 e 2,06 Ga e entre 1,97 e 1,85 Ga, respectivamente. Taxas de resfriamento da ordem 67 °C/Ma e 40 °C/Ma foram calculadas para o Bloco Amapá, indicando resfriamento rápido e exumação controlada por tectonismo, possivelmente relacionada ao estágio colisional do Evento Transamazônico. Em contrapartida, no Domínio Carecuru, as taxas de resfriamento regional variam em torno de 3-2,3 °C/Ma, sugerindo resfriamento lento e exumação gradual, o que é consistente com o modelo de arco magmático, no qual, crescimento de crosta continental resulta principalmente de acresção magmática lateral, sem espessamento crustal significativo. / The southeastern portion of the Guiana Shield is part of a large Paleoproterozoic orogenic belt, with evolution related to the Transamazonian Orogenic Cycle (2.26 – 1.95 Ga). In this area, previous works defined distinct tectonic domains, named Jari, Carecuru and Paru, which present outstanding differences in terms of age, lithological content, structural pattern and geophysical signature. The Jari Domain is constituted of a granulite-gneiss-migmatite basement assemblage derived from Archean protoliths, and the Carecuru Domain is composed mainly of calc-alkaline rocks and metavolcano-sedimentary sequences, developed during the Transamazonian Event. The Paru Domain is an oval-shaped granulitic nucleous, located within the Carecuru Domain, formed by granulitic gneisses with Archean precursors and Paleoproterozoic charnockitic plutons. In this study, distinct geochonological methods were employed in rocks from the distinct domains, in order to define their tectonic meaning and crustal evolution processes during Archean and Paleoproterozoic times. Pb-evaporation on zircon and Sm-Nd on whole rock dating were provided on magmatic and metamorphic units from the Jari Domain, defining its long-lived evolution, marked by several stages of crustal accretion and crustal reworking. Magmatic activity occurred mainly at the Meso-Neoarchean transition (2.80-2.79 Ga) and during the Neoarchean (2.66-2.60 Ga). The main period of crust formation occurred during a protracted episode at the end of Paleoarchean and along the whole Mesoarchean (3.26-2.83 Ga). Conversely, crustal reworking processes have dominated in Neoarchean times. During the Transamazonian Event, the main geodynamic processes were related to reworking of older Archean crust, with minor juvenile accretion at about 2.3 Ga, during an early orogenic phase. Transamazonian magmatism consisted of syn- to late-orogenic granitic pulses, which were dated between 2.22 and 2.03 Ga. Most of the εNd values and TDM model ages (2.52-2.45 Ga) indicate an origin of the Paleoproterozoic granites by mixing of juvenile Paleoproterozoic magmas with Archean components. The new geochronological results, added to data from previous studies, revealed that the Jari Domain represents the southwestern part of the most expressive Archean continental landmass of the Guiana Shield, here defined and named Amapá Block. The recognition of an extended Archean block precludes previous statements that the Archean in the southeast of the Guiana Shield, was restricted to isolated remnants or inliers within Paleoproterozoic terrains. In the Carecuru Domain the widespread calc-alkaline magmatism occurred at 2.19-2.18 Ga and at 2.15-2.14 Ga, and granitic magmatism was dated at 2.10 Ga. Crustal accretion was recognized at about 2.28 Ga, in agreement with the predominantly Rhyacian crust-forming pattern of the Guiana Shield. Nevertheless, TDM model ages (2.50-2.38 Ga), preferentially interpreted as mixed ages, and εNd < 0, point to some participation of Archean components in the source of the Paleoproterozoic rocks. The lithological association and the available isotopic data registered in the Carecuru Domain, suggests a geodynamic evolution model based on the development of a magmatic arc system during the Transamazonian Orogenic Cycle, which was accreted to the southwest border of the Archean Amapá Block. In the Paru Domain, Neoarchean magmatism at about 2.60 Ga was produced by reworking of Mesoarchean crust, as registered in the Amapá Block. Crustal accretion events and calc-alkaline magmatism were recognized at 2.32 Ga and at 2.15 Ga, respectively, as well as charnockitic magmatism at 2.07 Ga. U-Th-Pb chemical ages in monazites from high-grade rocks of the southwestern part of Amapá Block, dated two main tectono-thermal events. The first one was revealed by the monazite ages of about 2.09 Ga and marks the age of the granulite-facies metamorphism. These data, added to petro-structural information, indicate that the granulite-facies metamorphism was contemporaneous to the development of a thrusting system associated to the collisional stage of the Transamazonian Orogeny. The later event was testified by monazite ages at about 2.06 Ga and 2.04 Ga, and is consistent with a late-orogenic stage marked by granitic emplacement and coeval migmatization of the Archean basement along strike-slip zones. Finally, 40Ar/39Ar geochronological study on amphibole and biotite from representative units of the Amapá Block and of the Carecuru Domain delineated contrasting cooling and exhumation stories. In the former amphibole vary from 2.13 to 2.09 Ga, and biotite ages range mainly between 2.10 and 2.05 Ga. In the later, amphibole and biotite ages are between 2.16 and 2.06 Ga, and 1.97 and 1.85 Ga, respectively. In the Amapá Block, fast cooling rates around 67 °C/m.y. and 40 °C/m.y indicate a tectonically controlled exhumation, related to collisional stages of the Transamazonian Event. Conversely, in the Carecuru Domain, regional cooling rates in the order of 3-2.3 °C/m.y. suggest slow cooling and gradual uplift, which is consistent with the magmatic arc model, where continental growth results mainly from lateral magmatic accretion, precluding significant tectonic crustal thickening.
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Caracterização do maciço Santa Clara no município de Cujubim (RO) com base em litogeoquímica, geocronologia e estudos isotópicos / Characterization of the Santa Clara massif in Curubim (RO) based on lithogeochemistry, geochronology and isotopic analysis

Camila Cardoso Nogueira 27 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Suíte Intrusiva Santa Clara está inserida na Província Estanífera de Rondônia, na porção SW do Cráton Amazônico. Essa suíte intrusiva é composta pelos maciços Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera e das Antas. Os litotipos que perfazem a Suíte Santa Clara ocorrem hospedados nas rochas do Complexo Jamari, uma associação polideformada composta por gnaisses ortoderivados e paraderivados. Características observadas em campo e em análises petrográficas permitiram subdividir o Maciço Santa Clara em cinco fácies distintas: fácies porfirítica, fácies isotrópica, fácies fina, fácies piterlítica e fácies viborgítica. Os litotipos observados correspondem a hornblenda-biotita granitos e biotita granitos intermediários a ácidos, com composições médias semelhantes àquelas verificadas para sienogranitos e monzogranitos. Geoquimicamente, três magmas podem ser identificados. O magma menos evoluído corresponde às rochas das fácies porfirítica e equigranular, e o mais evoluído compreende as fácies de granulometria fina e piterlítica. A fácies viborgítica representa o terceiro líquido magmático, e aparentemente é diferente de todas as outras fácies em termos de aspectos de campo e geoquímica. A análise litogeoquímica indica que estes granitoides são subalcalinos, bastante empobrecidos em MgO e exibem caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso. Os padrões de elementos-traços evidenciam que tais granitóides possuem alto conteúdo em elementos incompatíveis (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) e ETR, com exceção do Eu. Além disso, também exibem leve enriquecimento em LILE, forte depleção em elementos como Sr e Ti, e leve empobrecimento de Ba, indicando que o fracionamento de minerais como plagioclásio e titanita foi importante na evolução do líquido magmático analisado. A anomalia negativa de Nb indica envolvimento de material crustal nos processos magmáticos que geraram estes granitoides. Os litotipos analisados possuem características típicas de granitos tipo-A ferroan, e as razões FeOt/MgO entre 4,27 e 26,22 sugerem tratar-se de uma série de granitos félsicos fracionados. Os padrões de ETR observados para os litotipos analisados exibem um considerável enriquecimento em ETRL, e anomalia negativa de Eu, sugerindo fracionamento de feldspato durante o processo de diferenciação do líquido magmático. Diagramas discriminantes de ambientes tectônicos sugerem que os litotipos do Maciço Intrusivo Santa Clara são típicos de ambiente intraplaca, do tipo-A2, isto é, associados a ambientes pós-colisionais/pós-orogênicos. As características isotópicas observadas para os granitoides do Maciço Santa Clara sugerem que os mesmos foram gerados a partir da fusão parcial de uma crosta inferior pré-existente. As idades U-Pb entre 1,07 e 1,06 Ga são compatíveis com um magmatismo ocorrido nos estágios finais da colagem do supercontinente Rodínia (1,2-1,0 Ga) e estágios finais do Ciclo Orogênico Sunsás-Aguapeí (1320-1100 Ma). Sugere-se ainda que na verdade o Maciço Santa Clara seja formado por uma coalescência das três intrusões graníticas que são representadas pelos três magmas anteriormente descritos. / The Santa Clara Intrusive Suite in the Rondônia Tin Province (SW Amazonian Craton) comprises the Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera and das Antas massifs. The rocks of the Santa Clara Intrusive Suite are emplaced in the Jamari Complex, an association of ortho and paragneisses which underwent several and complex metamorphic processes. Characteristics observed during both geological mapping and petrographic analyses allowed, for the first time, to subdivide the Santa Clara Massif (SCM) granitoids into five different facies: porphyry, equigranular, fine-grained facies, pyterlitic and wiborgitic facies. These lithotypes comprise hornblende-biotite granites and biotite granites that range from intermediate to acids, and show compositions similar to syenogranites and monzogranites. Geochemical analyses suggest that these granitoids may be divided into three different magmas, considering field aspects and geochemical characteristics. Therefore, the less evolved magma is represented by porphyritic and equigranular facies, and the most evolved magma comprises both fine-grained and pyterlitic facies. The wiborgitic facies representd the other magma, and is geochemically different from all the others facies. Geochemical analyses also show that the granitoids of the Santa Clara Massif are subalkaline, have very low MgO contents and have metaluminous to slightly peraluminous character. Trace elements patterns show that these granitoids have high contents of incompatible elements (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) and REE, with exception of Eu. Moreover, they are also slightly enriched in LILE, strongly depleted in elements such as Sr and Ti, and slightly depleted in Ba, pointing out the importance of plagioclase and titanite fractioning during the evolution of these magmatic liquids. Negative anomalies of Nb, along with other geochemical features, suggest the participation of crustal material in the magmatic processes responsible for these granitoids generation. The lithotypes have typical characteristics of ferroan A-type granites, and FeOt/MgO ratios ranging from 4.27 to 26.22 indicate that these are fractionated felsic granites. REE patterns show a remarkable enrichment in LREE along with negative Eu anomaly. Tectonic discriminant diagrams for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these are intraplate granitoids, A2-type, that is, related to post-collisional/post-orogenic settings.The isotopic characteristics observed for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these were generated through partial melting of a preexistent lower crust. The U-Pb ages between 1,07 e 1,06 Ga are compatible with a magmatism taken place during the final stages of the supercontinent Rodinia agglutinations and the final stages of the Sunsás-Aguapeí Orogenic Cycle. It is also suggested that the Santa Clara Massif represents the coalescence of three different granitic intrusions, which comprise the magmas described above.
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Caracterização do maciço Santa Clara no município de Cujubim (RO) com base em litogeoquímica, geocronologia e estudos isotópicos / Characterization of the Santa Clara massif in Curubim (RO) based on lithogeochemistry, geochronology and isotopic analysis

Camila Cardoso Nogueira 27 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Suíte Intrusiva Santa Clara está inserida na Província Estanífera de Rondônia, na porção SW do Cráton Amazônico. Essa suíte intrusiva é composta pelos maciços Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera e das Antas. Os litotipos que perfazem a Suíte Santa Clara ocorrem hospedados nas rochas do Complexo Jamari, uma associação polideformada composta por gnaisses ortoderivados e paraderivados. Características observadas em campo e em análises petrográficas permitiram subdividir o Maciço Santa Clara em cinco fácies distintas: fácies porfirítica, fácies isotrópica, fácies fina, fácies piterlítica e fácies viborgítica. Os litotipos observados correspondem a hornblenda-biotita granitos e biotita granitos intermediários a ácidos, com composições médias semelhantes àquelas verificadas para sienogranitos e monzogranitos. Geoquimicamente, três magmas podem ser identificados. O magma menos evoluído corresponde às rochas das fácies porfirítica e equigranular, e o mais evoluído compreende as fácies de granulometria fina e piterlítica. A fácies viborgítica representa o terceiro líquido magmático, e aparentemente é diferente de todas as outras fácies em termos de aspectos de campo e geoquímica. A análise litogeoquímica indica que estes granitoides são subalcalinos, bastante empobrecidos em MgO e exibem caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso. Os padrões de elementos-traços evidenciam que tais granitóides possuem alto conteúdo em elementos incompatíveis (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) e ETR, com exceção do Eu. Além disso, também exibem leve enriquecimento em LILE, forte depleção em elementos como Sr e Ti, e leve empobrecimento de Ba, indicando que o fracionamento de minerais como plagioclásio e titanita foi importante na evolução do líquido magmático analisado. A anomalia negativa de Nb indica envolvimento de material crustal nos processos magmáticos que geraram estes granitoides. Os litotipos analisados possuem características típicas de granitos tipo-A ferroan, e as razões FeOt/MgO entre 4,27 e 26,22 sugerem tratar-se de uma série de granitos félsicos fracionados. Os padrões de ETR observados para os litotipos analisados exibem um considerável enriquecimento em ETRL, e anomalia negativa de Eu, sugerindo fracionamento de feldspato durante o processo de diferenciação do líquido magmático. Diagramas discriminantes de ambientes tectônicos sugerem que os litotipos do Maciço Intrusivo Santa Clara são típicos de ambiente intraplaca, do tipo-A2, isto é, associados a ambientes pós-colisionais/pós-orogênicos. As características isotópicas observadas para os granitoides do Maciço Santa Clara sugerem que os mesmos foram gerados a partir da fusão parcial de uma crosta inferior pré-existente. As idades U-Pb entre 1,07 e 1,06 Ga são compatíveis com um magmatismo ocorrido nos estágios finais da colagem do supercontinente Rodínia (1,2-1,0 Ga) e estágios finais do Ciclo Orogênico Sunsás-Aguapeí (1320-1100 Ma). Sugere-se ainda que na verdade o Maciço Santa Clara seja formado por uma coalescência das três intrusões graníticas que são representadas pelos três magmas anteriormente descritos. / The Santa Clara Intrusive Suite in the Rondônia Tin Province (SW Amazonian Craton) comprises the Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera and das Antas massifs. The rocks of the Santa Clara Intrusive Suite are emplaced in the Jamari Complex, an association of ortho and paragneisses which underwent several and complex metamorphic processes. Characteristics observed during both geological mapping and petrographic analyses allowed, for the first time, to subdivide the Santa Clara Massif (SCM) granitoids into five different facies: porphyry, equigranular, fine-grained facies, pyterlitic and wiborgitic facies. These lithotypes comprise hornblende-biotite granites and biotite granites that range from intermediate to acids, and show compositions similar to syenogranites and monzogranites. Geochemical analyses suggest that these granitoids may be divided into three different magmas, considering field aspects and geochemical characteristics. Therefore, the less evolved magma is represented by porphyritic and equigranular facies, and the most evolved magma comprises both fine-grained and pyterlitic facies. The wiborgitic facies representd the other magma, and is geochemically different from all the others facies. Geochemical analyses also show that the granitoids of the Santa Clara Massif are subalkaline, have very low MgO contents and have metaluminous to slightly peraluminous character. Trace elements patterns show that these granitoids have high contents of incompatible elements (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) and REE, with exception of Eu. Moreover, they are also slightly enriched in LILE, strongly depleted in elements such as Sr and Ti, and slightly depleted in Ba, pointing out the importance of plagioclase and titanite fractioning during the evolution of these magmatic liquids. Negative anomalies of Nb, along with other geochemical features, suggest the participation of crustal material in the magmatic processes responsible for these granitoids generation. The lithotypes have typical characteristics of ferroan A-type granites, and FeOt/MgO ratios ranging from 4.27 to 26.22 indicate that these are fractionated felsic granites. REE patterns show a remarkable enrichment in LREE along with negative Eu anomaly. Tectonic discriminant diagrams for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these are intraplate granitoids, A2-type, that is, related to post-collisional/post-orogenic settings.The isotopic characteristics observed for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these were generated through partial melting of a preexistent lower crust. The U-Pb ages between 1,07 e 1,06 Ga are compatible with a magmatism taken place during the final stages of the supercontinent Rodinia agglutinations and the final stages of the Sunsás-Aguapeí Orogenic Cycle. It is also suggested that the Santa Clara Massif represents the coalescence of three different granitic intrusions, which comprise the magmas described above.
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Geocronologia e evolução tectônica paleo-mesoproterozoica do oriente boliviano - região sudoeste do craton amazônico / Paleo-mesoproterozoic Tectonic Evolution and Geocronology of Eastern Bolivia, SW Amazonian Craton

Salinas, Gerardo Ramiro Matos 03 November 2010 (has links)
Este trabalho caracteriza a evolucao tectónica, identificando a cronologia dos principais eventos tectono-magmáticos do Pré-Cambriano Boliviano. A complexa evolucao geológica do Oriente da Bolívia se estende desde o Paleo a Mesoproterozoico compreendendo as provincias Rio Negro Juruena, Rondoniana San Ignacio e Sunsás na regiao conhecida como Bloco Paragua. Diversos métodos de estudo foram adotados na pesquisa tendo em vista tratar-se de um terreno com evolução policíclica e incluiram, alem do mapeamento geológico e petrografía dos principais tipos de rocha, a metodologia U-Pb para determinação da idade de corpos graníticos e a metodologia Sm-Nd na estimativa de idade das fontes destes corpos plutônicos e inferências de ordem petrogenética, bem como dados geoquímicos obtidos para detalhamento das interpretações petrogenéticas. Nas interpretações houve ainda a avaliação critica da literatura recente, a integração de dados de campo, aeromagnéticos e aero-radiométricos, inclusive embasadas na experiência profissional do autor. Os dados obtidos na última década modificaram substancialmente a concepcao do Pré-Cambriano Boliviano, tendo sido caracterizados tres conjuntos litológicos temporalmente distintos antecedendo a orogenia San Ignacio. O granito Correreca na parte meridional da area possui idade 207Pb-206Pb de 1,92 1,89 Ga, com modelo de idades TDM de 2,8 a 2,9 Ga e valores de Nd(t) de -8,5 e -9,4. A Suite Yarituses composta pelos granitos La Cruz, Refugio e San Pablo possui quimismo calcio-alcalino. Os dados U-Pb SHRIMP, TIMS e abrasão por laser-ICPMS indicam a formação desta suíte no lapso temporal entre 1673 a 1621 Ma. A idade de cristalização U-Pb SHRIMP do granito La Cruz é de 1673 ± 21 Ma, idade modelo TDM de 1,83 Ga e valor de Nd(t) de + 2.1 indicativo de derivação mantélica. O granito Refugio tem idade U-Pb TIMS de 1673 ± 25 Ma e o pluton San Pablo idade ICPMS por laser ablasion de 1621 ± 80 Ma (idade TDM de 1,7 Ga e valor de Nd(t) de + 3,5). Este conjunto de dados sugere uma derivação mantelica principal para a suite Yarituses. O granodiorito San Ramón possui uma idade de cristalização de 1429 ± 4 Ma (SHRIMP), TDM de 1,7 Ga, e Hf(t) entre + 3,49 e +5,47 e representa um evento de geração da crosta, a partir de material juvenil. O magmatismo, deformação e metamorfismo da orogênese San Ignácio constitui o principal evento representado na área de estudo, cujo maior representante é o Complexo Granitoide Pensamiento com seus plutons sin a tardi-cinemáticos e tardi a pos-cinemáticos. Os granitos San Martín, La Junta e Diamantina possuem idades de cristalizacao de 1373- 1340 Ma, idades modelo TDM de 1,6 a 2,0 Ga, com valores de Nd(t) de + 2.0 ate -4,0. Os granitos Las Maras, Talcoso, Limonal e San Andrés produziram idades de cristalização de 1347 a 1275 Ma. As idades TDM dos granitos Limonal e San Andrés correspondem a 1,9 e 1,8 e Nd(t) de -1,4 e 1,6 respectivamente. A geoquímica em rocha total indica uma composição compatível com arco magmático, corroborando a assinatura acima dos parâmetros petrogeneticos. Em suma, a orogênese San Ignácio representa um arco acrescionário de natureza continental que construiu a arquitetura final da província Rondoniana-San Ignacio pela colisão entre o Bloco Paraguá e a província Rio Negro-Juruena. A evolução mesoproterozoica finaliza com a formação da faixa colisional Sunsás. Esta orogênese produziu plutonismo sin a tardi cinematico e tardi a cinemático marcando o limite com o bloco Paragua. A natureza alóctone e colisional do orogeno Sunsás como o evento mais jovem do Cráton Amazônico é marcada por frentes tectônicos, bem definidos de sentido sinistral, convergentes para o Bloco Paragua. / This work characterizes the tectonic and magmatic evolution of the Precambrian shield of Bolivia. The complex geological evolution of the eastern Bolivia extends from the Paleo- to Mesoproterozoic, and can be related with the magmatic and metamorphic events that are ascribed to the Rio Negro - Juruena (1.78-1.60 Ga), Rondonian - San Ignacio (1.56-1.30 Ga) and Sunsás Aguapei (1.25-1.00 Ga) provinces, known in Bolivia as the Paragua block. Several methods of study were adopted in the research with the scope that this is a land with polycyclic evolution. As such our study included, besides the geological mapping and petrography of major rock types, the U-Pb age determinations of granitoid rocks, Sm-Nd and Rb-Sr isotopic analyses, as well as geochemical data. At the interpretation there was the critical evaluation of recent papers, the integration of field data, aeromagnetic and aero-radiometric, including the field experience of the author. The data obtained in the last decade have substantially changed the geology of the Bolivian Precambrian shield. It has been characterized three temporally distinct granite suites preceding the San Ignacio orogeny (1.37-1.30 Ga): the Correreca granite in the southern part of the area has 207Pb/206Pb age from 1.92 to 1.89 Ga, with TDM model ages of 2.8 to 2.9 Ga and values of Nd(t) of -8.5 and -9.4; the Yarituses suite (La Cruz, Refugio and San Pablo granites) shows calc-alkaline signature. Data U-Pb SHRIMP, TIMS and ICPMS laser ablation indicate the formation of this suite between 1673 to 1621 Ma. The U-Pb SHRIMP crystallization age of La Cruz granite is 1673 ± 21 Ma, TDM model age of 1.83 Ga and Nd(t) of +2.1 indicative of a predominantly mantle source. The Refugio granite has U-Pb TIMS age of 1673 ± 25 Ma and the San Pablo pluton yields a ICPMS Laser ablation age of 1621 ± 80 Ma (TDM age of 1.7 Ga and Nd(t) +3.5). These data suggest again a mantle source for the Yarituses suite. The San Ramon granodiorite event has a crystallization age of 1429 ± 4 Ma (SHRIMP), TDM of 1.7 Ga, and Hf(t) between +3.49 and +5.47 and represents a juvenile accreted episode. The magmatism, deformation and metamorphism of San Ignacio orogeny is the main event of the study area, represented by the Pensamiento Granitoid Complex with sin to late-kinematic and late to post-kinematic plutons. The San Martín, La Junta and Diamantina granites have crystallization ages of 1373 - 1340 Ma, TDM model ages from 1.6 to 2.0 Ga, with values of Nd(t) from 2.0 up to -4.0. The Las Maras, Talcoso, Limonal and San Andrés granites yielded crystallization ages of 1347-1275 Ma. The TDM ages of Limonal and San Andrés granites are between 1.9 and 1.8 Ga and the Nd(t) values of -1.4 and +1.6 respectively. The whole rock geochemistry of these granites indicates a composition consistent with the magmatic arc. Thus the San Ignacio orogeny represents a continental accretionary arc that built the final architecture of the Rondonian-San Ignacio province (1.56-1.30 Ga) by the collision between the Paragua block and the Rio Negro -Juruena province (1.78-1.60 Ga). The Mesoproterozoic evolution of the SW margin of the Amazonian craton ends with the formation of the Sunsás collisional belt that produced sin to-late and late topost- kinematic plutonism. The allochthonous and collisional nature of the Sunsás orogeny is marked by tectonic fronts, with well-defined sinistral sense, converging towards the Paragua block.
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Estudo paleomagnético do Complexo Máfico-ultramáfico Rincón del Tigre - sudeste da Bolívia, Cráton Amazônico / Paleomagnetic Study of the Rincón del Tigre Mafic- ultramafic Complex Southeastern Bolivian, Amazonian Craton

Oscar Andres Lazcano Patroni 25 September 2015 (has links)
Modelos de reconstruções paleogeográficas envolvendo o Cráton Amazônico para 1100 Ma são motivos de controvérsia devido à carência de dados paleomagnéticos de qualidade para esta unidade geotectônica. Com intuito de contribuir para o esclarecimento da participação do Cráton Amazônico na evolução do ciclo continental, este trabalho apresenta o estudo paleomagnético realizado para o Complexo Máfico- ultramáfico Rincón del Tigre localizado na região sudeste da Bolívia, sudoeste do Cráton Amazônico. Uma recente datação U-Pb em badeleítas forneceu idade de 1110,4 ± 1,8 Ma para esta unidade. Para o estudo paleomagnético, 101 amostras cilíndricas orientadas foram coletadas de 15 sítios de composição litológica variada, compreendendo ultramáficas, ortopiroxenitos adcumuláticos, gabro noritos e serpentinitos. Um total de 359 espécimes cilíndricos de rocha de 2.2 cm de altura por 2.5 cm de diâmetro foi preparado para os tratamentos por campos magnéticos alternados (AF) e térmicos, assim como, para medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM). As mesmas amostras foram preparadas para os experimentos de mineralogia magnética: curvas termomagnéticas, curvas de histerese e curvas de magnetização remanente isotérmica (MRI). Os resultados obtidos a partir da análise de anisotropias de suscetibilidade magnética (ASM) indicam, para boa parte das amostras analisadas, trama magnética aproximadamente horizontal coerente com a colocação de sills e lineação magnética para NW/SE, a qual indica que estas rochas sofreram influência da tectônica de deformação de direção NE-SW que as afetou durante a orogênese Sunsás. O estudo da mineralogia magnética indica magnetita como principal portador magnético presente nas rochas analisadas. Os tratamentos por campos alternados e térmico foram eficientes para separar as componentes de magnetização através da análise vetorial, sendo que direções coerentes foram obtidas para boa parte dos espécimes analisados para cada sítio. Todavia, a mesma coerência não é observada para as direções médias por sítio. Assim, correções tectônicas foram efetuadas e para um grupo de sítios obteve-se um teste de dobra positivo, com direção média Dm=327,9°, Im=53,5° (95=13,1°, K=22,6, N=7), a qual forneceu o polo paleomagnético situado em 271,7°E, 28,6°N (A95=17,6°). Supondo uma trama magnética horizontal (k3=90°) para os sills acamadados que constituem o Complexo Rincón del Tigre, a direção média (declinação e inclinação) do eixo k3 para cada sítio foi utilizada para corrigir as direções de magnetização para a situação de trama horizontal. Após a correção de ASM, outro grupo de sítios apresentou direções consistentes, cuja direção média Dm=118,6°, Im=20,7° (95=16,5°, K=12,2, N=8) forneceu o polo paleomagnético situado em 28,5°E, 30,0°S (A95=12,8). Os parâmetros estatísticos foram também significativamente melhorados após a correção de ASM. Com base nos dois polos determinados para o Complexo Rincón del Tigre e polos selecionados para o Cráton Amazônico e Laurentia são propostas paleogeografias para 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma e 1000 Ma que apoiam o modelo que propõe a ruptura do supercontinente Columbia, por volta de 1270 Ma atrás, e o posterior movimento de rotação horária do Cráton Amazônico/Oeste-África e da Báltica até estes blocos cratônicos colidirem novamente há 1000 Ma atrás com a Laurentia, ao longo do cinturão Grenville, para formar o supercontinente Rodínia. / Paleogeographic reconstructions at 1100 Ma involving the Amazonian Craton are controversial due to the absence of key paleomagnetic poles for this geotectonic unit. Trying to elucidate the participation of the Amazonian Craton in the continental cycle, this work present a paleomagnetic study of the Rincón del Tigre mafic-ultramafic complex from southeast Bolivia, southwestern Amazonian Craton. A recent U-Pb dating on baddeleyites of a rock from this complex yielded an age of 1110.4 ± 1.8 Ma for this unit. For the paleomagnetic study, 101 cylindrical cores were sampled from 15 sites with variable lithologies, comprising ultramafics, adacumulatic orthopyroxenites, gabbro norites and serpentinites. A total of 359 cylindrical specimens (2.5 cm diameter x 2.2 cm height) were prepared for the AF and thermal treatments, and for the anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) measurements. The same samples were prepared for magnetic experiments: thermomagnetic curves, hysteresis curves and isothermal remanent magnetization (IRM) curves. The ASM results indicate nearly horizontal magnetic fabric for many of the analyzed sites, which agrees with that originated by sills emplacement, and a NW/SE magnetic lineation, which suggests that these rocks were tectonically affected by the Sunsás orogen. The magnetic mineralogy studies indicate magnetite as the main magnetic carrier in the rocks. The AF and thermal treatments were effective in isolating magnetic components through vector analysis, and coherent magnetic directions were disclosed for much of the specimens from each site. However, the same consistency was not observed for the between-site directions. Tectonic corrections were applied for the site mean directions, which yielded a positive fold test for a group of sites: mean direction Dm=327.9°, Im=53.5° (95=13.1°, K=22.6, N=7), which yielded the paleomagnetic pole at 271.7°E, 28.6°N (A95=17.6°). Supposing an horizontal magnetic fabric (k3=90°) for the layered sills that originally formed the Rincón del Tigre Complex, the mean direction (declination and inclination) of the k3 axis calculated for each site, was used to correct site mean magnetization directions for the situation of horizontal magnetic fabric. After ASM correction, another group of sites yielded consistent directions, whose mean direction Dm=118.6°, Im=20.7° (95=16.5°, K=12.2, N=8) yielded the paleomagnetic pole at 28.5°E, 30.0°S (A95=12.8). Statistical parameters were also greatly improved after ASM corrections. Paleogeographies at 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma and 1000 Ma were constructed based on the Rincón del Tigre poles and other selected poles from the Amazonian Craton and Laurentia, which support the model where soon after Columbia rupture at around 1270 Ma, the Amazonian Craton/West Africa and Baltica executed clockwise rotations until they collide again at 1000 Ma with Laurentia, along the Grenvillian belt, forming Rodinia supercontinent.
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Estudo paleomagnético do Complexo Máfico-ultramáfico Rincón del Tigre - sudeste da Bolívia, Cráton Amazônico / Paleomagnetic Study of the Rincón del Tigre Mafic- ultramafic Complex Southeastern Bolivian, Amazonian Craton

Patroni, Oscar Andres Lazcano 25 September 2015 (has links)
Modelos de reconstruções paleogeográficas envolvendo o Cráton Amazônico para 1100 Ma são motivos de controvérsia devido à carência de dados paleomagnéticos de qualidade para esta unidade geotectônica. Com intuito de contribuir para o esclarecimento da participação do Cráton Amazônico na evolução do ciclo continental, este trabalho apresenta o estudo paleomagnético realizado para o Complexo Máfico- ultramáfico Rincón del Tigre localizado na região sudeste da Bolívia, sudoeste do Cráton Amazônico. Uma recente datação U-Pb em badeleítas forneceu idade de 1110,4 ± 1,8 Ma para esta unidade. Para o estudo paleomagnético, 101 amostras cilíndricas orientadas foram coletadas de 15 sítios de composição litológica variada, compreendendo ultramáficas, ortopiroxenitos adcumuláticos, gabro noritos e serpentinitos. Um total de 359 espécimes cilíndricos de rocha de 2.2 cm de altura por 2.5 cm de diâmetro foi preparado para os tratamentos por campos magnéticos alternados (AF) e térmicos, assim como, para medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM). As mesmas amostras foram preparadas para os experimentos de mineralogia magnética: curvas termomagnéticas, curvas de histerese e curvas de magnetização remanente isotérmica (MRI). Os resultados obtidos a partir da análise de anisotropias de suscetibilidade magnética (ASM) indicam, para boa parte das amostras analisadas, trama magnética aproximadamente horizontal coerente com a colocação de sills e lineação magnética para NW/SE, a qual indica que estas rochas sofreram influência da tectônica de deformação de direção NE-SW que as afetou durante a orogênese Sunsás. O estudo da mineralogia magnética indica magnetita como principal portador magnético presente nas rochas analisadas. Os tratamentos por campos alternados e térmico foram eficientes para separar as componentes de magnetização através da análise vetorial, sendo que direções coerentes foram obtidas para boa parte dos espécimes analisados para cada sítio. Todavia, a mesma coerência não é observada para as direções médias por sítio. Assim, correções tectônicas foram efetuadas e para um grupo de sítios obteve-se um teste de dobra positivo, com direção média Dm=327,9°, Im=53,5° (95=13,1°, K=22,6, N=7), a qual forneceu o polo paleomagnético situado em 271,7°E, 28,6°N (A95=17,6°). Supondo uma trama magnética horizontal (k3=90°) para os sills acamadados que constituem o Complexo Rincón del Tigre, a direção média (declinação e inclinação) do eixo k3 para cada sítio foi utilizada para corrigir as direções de magnetização para a situação de trama horizontal. Após a correção de ASM, outro grupo de sítios apresentou direções consistentes, cuja direção média Dm=118,6°, Im=20,7° (95=16,5°, K=12,2, N=8) forneceu o polo paleomagnético situado em 28,5°E, 30,0°S (A95=12,8). Os parâmetros estatísticos foram também significativamente melhorados após a correção de ASM. Com base nos dois polos determinados para o Complexo Rincón del Tigre e polos selecionados para o Cráton Amazônico e Laurentia são propostas paleogeografias para 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma e 1000 Ma que apoiam o modelo que propõe a ruptura do supercontinente Columbia, por volta de 1270 Ma atrás, e o posterior movimento de rotação horária do Cráton Amazônico/Oeste-África e da Báltica até estes blocos cratônicos colidirem novamente há 1000 Ma atrás com a Laurentia, ao longo do cinturão Grenville, para formar o supercontinente Rodínia. / Paleogeographic reconstructions at 1100 Ma involving the Amazonian Craton are controversial due to the absence of key paleomagnetic poles for this geotectonic unit. Trying to elucidate the participation of the Amazonian Craton in the continental cycle, this work present a paleomagnetic study of the Rincón del Tigre mafic-ultramafic complex from southeast Bolivia, southwestern Amazonian Craton. A recent U-Pb dating on baddeleyites of a rock from this complex yielded an age of 1110.4 ± 1.8 Ma for this unit. For the paleomagnetic study, 101 cylindrical cores were sampled from 15 sites with variable lithologies, comprising ultramafics, adacumulatic orthopyroxenites, gabbro norites and serpentinites. A total of 359 cylindrical specimens (2.5 cm diameter x 2.2 cm height) were prepared for the AF and thermal treatments, and for the anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) measurements. The same samples were prepared for magnetic experiments: thermomagnetic curves, hysteresis curves and isothermal remanent magnetization (IRM) curves. The ASM results indicate nearly horizontal magnetic fabric for many of the analyzed sites, which agrees with that originated by sills emplacement, and a NW/SE magnetic lineation, which suggests that these rocks were tectonically affected by the Sunsás orogen. The magnetic mineralogy studies indicate magnetite as the main magnetic carrier in the rocks. The AF and thermal treatments were effective in isolating magnetic components through vector analysis, and coherent magnetic directions were disclosed for much of the specimens from each site. However, the same consistency was not observed for the between-site directions. Tectonic corrections were applied for the site mean directions, which yielded a positive fold test for a group of sites: mean direction Dm=327.9°, Im=53.5° (95=13.1°, K=22.6, N=7), which yielded the paleomagnetic pole at 271.7°E, 28.6°N (A95=17.6°). Supposing an horizontal magnetic fabric (k3=90°) for the layered sills that originally formed the Rincón del Tigre Complex, the mean direction (declination and inclination) of the k3 axis calculated for each site, was used to correct site mean magnetization directions for the situation of horizontal magnetic fabric. After ASM correction, another group of sites yielded consistent directions, whose mean direction Dm=118.6°, Im=20.7° (95=16.5°, K=12.2, N=8) yielded the paleomagnetic pole at 28.5°E, 30.0°S (A95=12.8). Statistical parameters were also greatly improved after ASM corrections. Paleogeographies at 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma and 1000 Ma were constructed based on the Rincón del Tigre poles and other selected poles from the Amazonian Craton and Laurentia, which support the model where soon after Columbia rupture at around 1270 Ma, the Amazonian Craton/West Africa and Baltica executed clockwise rotations until they collide again at 1000 Ma with Laurentia, along the Grenvillian belt, forming Rodinia supercontinent.
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Petrografia, geoquímica e suscetibilidade magnética do granito Gradaús, Província Carajás, SE do Pará

CARVALHO, Thiago Andrade de 31 October 2017 (has links)
Submitted by Socorro Albuquerque (sbarbosa@ufpa.br) on 2018-02-07T18:20:55Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_PetrografiaGeoquimicaSuscetibilidade.pdf: 4124597 bytes, checksum: f2cb68fabd466c9c1543c5c9953d72a7 (MD5) / Approved for entry into archive by Socorro Albuquerque (sbarbosa@ufpa.br) on 2018-02-07T18:24:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_PetrografiaGeoquimicaSuscetibilidade.pdf: 4124597 bytes, checksum: f2cb68fabd466c9c1543c5c9953d72a7 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-07T18:24:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_PetrografiaGeoquimicaSuscetibilidade.pdf: 4124597 bytes, checksum: f2cb68fabd466c9c1543c5c9953d72a7 (MD5) Previous issue date: 2017-10-31 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O Granito Gradaús (1882±9 Ma), localizado no Estado do Pará, a oeste da cidade de Bannach e a norte de Cumaru do Norte, porção sudeste do Cráton Amazônico, é um batólito anorogênico com formato subcircular e cerca de 800 km² de área aflorante, integrante do intenso magmatismo granítico que ocorreu durante o Paleoproterozoico na Província Carajás. É intrusivo em metassedimentos do Grupo Rio Fresco, os quais recobrem unidades arqueanas pertencentes ao Domínio Rio Maria. É constituído por dois conjuntos petrográficos distintas: rochas monzograníticas, compostas basicamente por biotita-monzogranitos e biotitamonzogranitos-porfiríticos, e por rochas sienograníticas formadas por biotita-anfibóliosienogranitos, biotita-sienogranitos e biotita-sienogranitos-porfiríticos. Os dados de suscetibilidade magnética (SM) permitiram identificar três populações com diferentes características magnéticas; seus valores de SM moderados a baixos (< 3,53 x10-3 SIv) permitem classificá-lo como um granito moderadamente reduzido. O Granito Gradaús apresenta conteúdos de SiO2 >75%, MgO <0,2%, CaO <1%, FeOt entre 1-2% e Al2O3 entre 11,3 e 12,9%, caráter metaluminoso a peraluminoso, razões FeOt/(FeOt+MgO) entre 0,94 e 0,97, K2O/Na2O entre 1 e 2 e conteúdos de ETRL mais elevados que os ETRP. Os ETRL mostram padrão de fracionamento moderado ((La/Sm)n=4,61) e os ETRP sub-horizontalizado ((Gd/Yb)n=1,40). As anomalias negativas de Eu são moderadas a acentuadas nas rochas monzograníticas e sienograníticas (Eu/Eu* 0,43-0,02) e levemente mais pronunciadas nas rochas porfiríticas (Eu/Eu* 0,25-0,03). Mostra afinidades geoquímicas com granitos do tipo A intraplaca, do subtipo A2 e granitos ferrosos. Apresenta semelhanças petrográficas, geoquímicas, geocronológicas e de SM com os granitos São João e Seringa, ainda não enquadrados em nenhuma das três suítes graníticas da Província Carajás. O estudo comparativo entre esses granitos com aqueles que compõem as suítes Jamon, Velho Guilherme e Serra dos Carajás mostra que eles apresentam maiores semelhanças com os granitos que integram a Suíte Serra dos Carajás. / The Gradaús Granite (1882±9 M.y.), located in Pará State, to the West of Bannach city and to the North of Cumaru do Norte, southeastern portion of Amazonian Craton, it is an anorogenic batholith with an area approximately 800 km², it is part of an intense granitic magmatism event that occurred during the Paleoproterzoic in the Carajás Province. It outcrops metasedimentary rocks of Rio Fresco Group, which lays on archean units of Rio Maria Domain. It compreends two distinct petrographic group: monzogranitics, composed by biotite-monzogranite and porfiritic-biotite-monzogranite, and syenogranitics, composed by biotite-anfibolesyenogranite, biotite-syenogranite and porfiritic-biotite-syenogranite. The magnetic suscetibility (MS) data allowed to identify three populations with differents magnetic characteristics, moderate to low MS values (< 3.53 x10-3 SIv) classify it as a moderately reduced granite. The Gradaús Granite shows contents of SiO2 >75%, MgO <0,2%, CaO <1%, FeOt between 1-2% and Al2O3 between 11,3 e 12,9%, metaluminous to peraluminous nature, 0.94 to 0.97 FeOt/(FeOt+MgO) ratios, K2O/Na2O ratios between 1 and 2 and higher LREE contents than HREE ((La/Yb)n=9.40). The LREE shows a moderate fractionation pattern ((La/Sm)n=4.61), while the HREE shows a subhorizontalized pattern ((Gd/Yb)n=1.40). The Eu anomalies are moderate to accentuated in the monzogranitic and syenogranitic rocks (Eu/Eu* 0.43-0.02), and slightly accentuated in the porfiritic ones (Eu/Eu* 0.25-0.03). It shows geochemical affinity to intraplate A-type granites, A2 subtype and ferroan granites. It shows petrografic, geochemical, geochronological and MS similarities to São João and Seringa granites, not yet placed in none of the three granitic suites of Carajás Province. The comparative study between these three granites to those which compreends the Jamon, Velho Guilherme and Serra dos Carajás granitic suites shows that these granites presente greater similarities to the granites that integrate the Serra dos Carajás Suite.
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Soleiras e enxames de diques máficos do Sul-Sudoeste do Cráton Amazônico

LIMA, Gabrielle Aparecida de 19 August 2016 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-08-31T16:37:17Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_SoleirasEnxamesDiques.pdf: 17913579 bytes, checksum: 8ead052846cd118c9492868d7611f9f8 (MD5) / Approved for entry into archive by Irvana Coutinho (irvana@ufpa.br) on 2017-09-11T16:23:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_SoleirasEnxamesDiques.pdf: 17913579 bytes, checksum: 8ead052846cd118c9492868d7611f9f8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-11T16:23:41Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_SoleirasEnxamesDiques.pdf: 17913579 bytes, checksum: 8ead052846cd118c9492868d7611f9f8 (MD5) Previous issue date: 2016-08-19 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMAT - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso / FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo / GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Soleiras e enxames de diques máficos constituem importante ferramenta para o entendimento dos processos geodinâmicos, especialmente por marcarem o início de grandes eventos tectônicos extensionais, além de serem indicadores importantes da natureza e evolução das fontes mantélicas no tempo geológico. Na porção S-SW do Cráton Amazônico, ocorrências de soleiras e enxames de diques proterozoicos são relatadas no oriente boliviano, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como exemplos têm-se os enxames de diques das suítes intrusivas Huanchaca, Rancho de Prata e Rio Perdido, bem como as soleiras máficas Huanchaca, Salto do Céu e Rincón del Tigre. O objetivo desta pesquisa é caracterizar natureza, evolução petrológica e tectônica do episódio magmático máfico, relacionado a eventos tafrogênicos responsáveis pela ruptura ou tentativa de ruptura da crosta continental. Para tal propósito foi feita uma abordagem multidisciplinar, envolvendo o mapeamento geológico, a realização de análises petrográfica, litoquímica e geocronológica (U-Pb ID-TIMS e Ar-Ar). As unidades estudadas estão localizadas nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste e Salto do Céu, em Mato Grosso, Porto Murtinho e Caracol, no Mato Grosso do Sul. As rochas da Suíte Salto do Céu ocorrem na região dos municípios de Salto do Céu e Rio Branco (MT) e afloram como soleiras e derrames. As soleiras encontram-se alojadas em rochas pelíticas, até então inseridas como parte do Grupo Aguapeí, com baixos valores de mergulho, quase sempre para WSW. Os derrames recobrem a mesma unidade sedimentar e apresentam estruturas verticais internas e de topo, típicas de fluxos basálticos de pequena espessura. Vesículas e amígdalas, além de feições como dobras de fluxo e brechas são comumente observadas. Petrograficamente, essas rochas são mesocráticas a melanocráticas, cinza-esverdeadas a pretas, equigranulares variando, em geral, de muito finas até médias. As soleiras são compostas por diabásios e gabros maciços que ao microscópio apresentam texturas ofítica, subofítica, intergranular e coronítica. Constituem-se, essencialmente, por plagioclásio e piroxênio, tendo como minerais acessórios: opacos, cristais aciculares de apatita e subédricos de titanita. Os derrames constituem-se de basaltos e diabásios com texturas ofítica, subofítica, hialofítica, porfirítica ou amigdaloidal em matriz pseudo-traquítica e, em alguns exemplares, vitrofírica. Os componentes principais correspondem a cristais de plagioclásio e piroxênio, além de vidro reliquiar. As amígdalas são arredondadas a elipsoidais, preenchidas por material fibroso a fibro-radiado, composto por zeólitas, clorita, fluorita e opacos. As soleiras e derrames têm afinidade toleítica, sendo classificadas como basaltos gerados em ambiente intraplaca continental. Essa unidade apresenta idade U-Pb (ID-TIMS), obtida em badeleíta, de 1439 ± 4 Ma. Dados geocronológicos Ar-Ar em plagioclásio e anfibólio, forneceram idades plateau de 1021 ± 5 Ma e integrada de 1385 ± 9 Ma, respectivamente. Os diques máficos da Suíte Intrusiva Rancho de Prata foram identificados em diversos sítios nas regiões de Nova Lacerda e Conquista D‟Oeste (MT), ao longo de uma faixa com direção NNW, de aproximadamente 30 km de largura e 150 km de extensão, se apresentando como enxame de intrusões paralelas, orientadas segundo a direção N30°–40°W com mergulhos íngremes. Exibem-se isentos de deformação e metamorfismo e mantêm contato intrusivo com as rochas gnáissicas, graníticas e metavulcanossedimentares do embasamento. As rochas dessa unidade caracterizam-se como gabros, diabásios e basaltos, faneríticos, afaníticos a porfiríticos, de granulação muito fina a média. Apresentam-se melanocráticas de cor cinza-escuro a preta, exibindo estrutura maciça, por vezes com foliação discreta paralela às paredes do dique. Microscopicamente, essas rochas são holo a hipocristalinas, e apresentam textura porfirítica, intergranular, sub-ofítica a ofítica, sendo constituídas, dominantemente, por plagioclásio, clino e ortopiroxênio, olivina e anfibólio. Nos basaltos encontra-se esporadicamente vidro intergranular de cor marromescuro. Litoquimicamente classificam-se como basaltos e andesi-basaltos. O magmatismo é do tipo subalcalino e toleítico que, pelas características químicas, se assemelham a basaltos continentais. Os padrões de distribuição dos elementos terras raras (ETR) estão em dois grupos: um fortemente fracionado e enriquecido em ETR leves e outro com pouco fracionamento, com razões médias La/Yb, respectivamente, iguais a 3,22 e 1,26. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1387 ± 17 Ma foi obtida para este enxame. Dados Ar-Ar em plagioclásio apresentam idades plateaus de 967 ± 5 Ma e 980 ± 7 Ma. Já os dados em anfibólio são heterogêneos, com idades integradas de 1495 ± 8 Ma e 1509 ± 7 Ma. As soleiras e os diques máficos da Suíte Intrusiva Huanchaca estão inseridos no contexto geológico do Terreno Paraguá, em sua porção não afetada pelos efeitos da Orogenia Sunsás (1,1 a 0,9 Ga). Os diques têm como encaixantes rochas do embasamento do Grupo Aguapeí, representadas pelos granitos mesoproterozoicos do Complexo Granitoide Pensamiento, e ortognaisses paleoproterozoicos Shangri-lá e Turvo, do Complexo Metamórfico Chiquitania; enquanto as soleiras encontram-se alojadas nos pelitos e arenitos da Formação Vale da Promissão, Grupo Aguapeí. As soleiras afloram como blocos e lajedos com contatos sempre abruptos e paralelos ao acamamento das rochas sedimentares. Os diques afloram em pequenas e descontínuas cristas orientadas segundo a direção ENE ou como blocos arredondados a angulosos, isolados no terreno granítico-gnáissico, cuja direção preferencial varia entre N70°-90°E. As soleiras, caracterizadas por gabros e diabásios, exibem cor cinza-esverdeado a preta e granulação fina a média. Opticamente, são rochas holocristalinas de textura sub-ofítica a ofítica e, mais raramente, intergranular. Rochas cumuláticas, de ocorrência restrita, foram identificadas com paragênese e texturas semelhantes diferenciando-se pela presença de olivina e grande quantidade de minerais máficos. As rochas das soleiras consistem, essencialmente, de plagioclásio, piroxênio, anfibólio, opacos, e em algumas delas, feldspato alcalino e quartzo com intercrescimento gráfico. Os diques apresentam cor cinza-escuro a cinza-esverdeado, granulação variando da margem para a porção central do corpo de muito fina ou vítrea a média, respectivamente. Classificam-se como diabásios e basaltos, respectivamente holo e hipocristalinos, constituídos essencialmente por plagioclásios, piroxênios e olivina. Ao exame óptico, os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica e subordinadamente ofítica, granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina textura porfirítica, glomeroporfirítica, vitrofírica e, mais raramente, intersertal e hialofítica. Litoquimicamente, os diques e soleiras classificam-se como basaltos andesíticos de magmatismo subalcalino do tipo toleítico, de ambiente intraplaca continental. Os ETR mostram que as rochas das soleiras são mais enriquecidas em ETRtotais do que as dos diques e apresentam uma considerável variação vertical ao envelope, no entanto a ele paralelizada. Idades plateaus Ar-Ar foram obtidas para as soleiras, tanto para o plagioclásio (948 ± 5 Ma) como para o anfibólio (1113 ± 11 Ma). Ainda para as soleiras, foi conseguida uma idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1111,5 ± 1,9 Ma. O enxame de diques da Suíte Intrusiva Rio Perdido ocorre encaixado em rochas paleoproterozoicas, ao longo do Terreno Rio Apa (SW do MS) e no Paraguai. Os diques são tabulares a lenticulares, com espessura entre 1 e 30 m, são preferencialmente paralelos segundo as direções N70°-90°E e N70º-90ºW, exibem contatos abruptos e discordantes ao trend geral NS. São compostos por diabásios de granulação muito fina a fina e microgabros finos a médios, isotrópicos, sem quaisquer vestígios de deformação dúctil e metamorfismo. Ao microscópio, classificam-se como holocristalinos, com textura ofítica a subofítica, intergranular, por vezes porfirítica, e localmente quenching, com morfologia do tipo “cauda de andorinha”. Constituem-se essencialmente por plagioclásio, piroxênios e olivina. Apresentam trend toleítico, com enriquecimento em FeOt em relação ao MgO para valores de álcalis relativamente constantes. Classificam-se como basaltos e basaltos andesíticos e quanto à ambiência tectônica, se assemelham à basaltos intraplaca fanerozoicos. O comportamento dos ETR, mostra forte fracionamento de ETR pesados em relação aos ETR leves, com razões La/Yb entre 2,8 e 6,2, com anomalia pouco expressiva ou inexistente de Eu. Dados recentes U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, forneceram idade de 1110 Ma. O Complexo Ígneo Rincón del Tigre corresponde a uma intrusão acamadada, espessa, alojada em rochas do Grupo Sunsás (abaixo) e Grupo Vibosi (acima). Foi denominado na região de Rincón del Tigre (Bolívia), e caracterizado como um registro ígneo relacionado à Orogenia Sunsás. As rochas que compõem esse complexo foram litoestratigraficamente divididas em três unidades: Ultramáfica (basal), Máfica (intermediária) e Félsica (superior). A Unidade Ultramáfica constitui-se por dunito serpentinizado, harzburgito, olivina bronzitito, bronzita picrito e melanorito, enquanto a Unidade Máfica por norito e gabro. A Unidade Félsica está representada por granófiro. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1110,4 ± 1,8 Ma, obtida a partir de amostra coletada da Unidade Félsica, demonstram similaridade cronológica com rochas de suítes graníticas sin e pós-orogênicas que ocorrem na província Sunsás-Aguapeí, na Bolívia e no Brasil. Com base em dados K-Ar com valores entre 875 e 1006 Ma, todas as unidades acima descritas eram agrupadas a um evento magmático e interpretadas como uma LIP associada à tentativa de ruptura do supercontinente Rodínia. Com base nos novos dados geocronológicos de precisão (U-Pb TIMS em badeleíta e Ar-Ar em anfibólio e plagioclásio) e informações de campo e petrológicas, essa hipótese não se confirma. Existem dois episódios de magmatismo fissural anteriores a aglutinação desse supercontinente: o mais antigo entre 1387 e 1439 Ma e o mais jovem em torno de 1110 Ma. Considerando a evolução do sudoeste do Cráton Amazônico, o episódio mais velho, marcado pelo enxame de diques Rancho de Prata e derrames e soleiras Salto do Céu, provavelmente esteja associado aos estágios pósorogênicos do Arco Magmático Santa Helena do Terreno Jauru; o evento mais jovem, restrito aos Terrenos Paraguá e Rio Apa, representado pelas suítes Huanchaca, Rio Perdido e pelo Complexo Rincón del Tigre, integra uma LIP esteniana na porção sul-sudoeste do Cráton Amazônico, evoluída durante uma tentativa de ruptura continental responsável pelo desenvolvimento do Aulacógeno Aguapeí. As Faixas Sunsás e Aguapeí, marcam o período de aglutinação do supercontinente Rodínia e afetam metamórfica e deformacionalmente parte desta LIP esteniana. / Sills and mafic dyke swarms are an important tool for understanding geodynamic processes once they mark the beginning of large extensional tectonic events, but also they are fundamental indicators of nature and evolution of mantle sources through geological time. In the S-SW Amazon Craton, Proterozoic sills and dyke swarms are reported in Eastern Bolivia, and in the Brazilian states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. There are examples, such as the dyke swarms of the Huanchaca, Rancho de Prata, and Rio Perdido intrusive suites as well as mafic sills of the Huanchaca, and Salto do Céu suites, and Rincón del Tigre Complex. This work aims to characterize the nature, petrological evolution and tectonics of the mafic magmatic event related to tafrogenetic events that are responsible for the break-up or attempted break-up of continental crust. Several tools were used in order to clarify this issue, such as geological mapping, petrographic, lithogeochemical and geochronological (U-Pb IDTIMS and Ar-Ar) analysis. The studied units are sited in the municipalities of Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste, and Salto do Céu in Mato Grosso, and in Porto Murtinho and Caracol in Mato Grosso do Sul. Rocks of the Salto do Céu suite occur in the municipalities of Salto do Céu and Rio Branco (MT), and outcrop as sills and lava flows. Sills are emplaced into pelitic rocks of the Aguapeí Group usually with shallow dips towards WSW. Lava flows overly the same sedimentary unit and show internal vertical structures and flow-top structures that are typical of thin basaltic flows. Vesicles and amygdales are commonly observed along with flow-folds and breccias. Petrographically, these rocks are mesocratic to melanocratic, greenish-gray to black, and equigranular varying from very fine- to medium-grained. Sills consist of diabases and massif gabbros that under the microscope show ophitic, sub-ophitic, intergranular, and coronitic textures. They are essentially composed of plagioclase and pyroxene having its accessory assemblage represented by opaques, acicular apatite and subhedral sphene. Lava flows, in turn, consist of basalts and diabases that commonly displays ophitic, sub-ophitic, hyalophitic, porphyritic or amygdaloidal textures in a pseudo-trachytic groundmass; some samples exhibit vitrophyric texture. The main components are plagioclase, pyroxene, and relict glass. Amygdales are rounded to ellipsoidal filled with fibrous to fibro-radiated material which is composed of zeolites, chlorite, fluorite, and opaques. Sills and lava flows have tholeiitic affinity, and are classified as intraplate basalts. This suite shows a U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1439 ± 4 Ma. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase and amphibole provided a plateau age of 1021 ± 5 Ma, and an integrated age of 1385 ± 9 Ma, respectively. Numerous mafic dykes of the Rancho de Prata Intrusive Suite occur in the surroundings of Nova Lacerda and Conquista D‟Oeste (MT) along an array about 30 km-wide and 150 km-long trending NNW. They occurs as parallel dyke swarms striking N30°–40°W with steep dips. There are no records of deformation or metamorphism on these rocks which occur in intrusive contact with gneissic, granitic and metavulcanossedimentary rocks of the basement. These mafic dykes consist of gabbros, diabases, and basalts, very fine to medium-grained, which exhibits phaneritic, aphanitic to porphyritic textures. They are melanocratic dark-gray to black, with massif structure, in places with discrete foliation parallel to the dyke walls. Microscopically, these rocks are holo- to hypocrystalline, and show porphyritic, intergranular, and subophitic to ophitic textures, and are essentially composed of plagioclase, clinopyroxene and orthopyroxene, olivine and amphibole. Dark-brown intergranular glass is seldom observed in basalts. Lithogeochemical studies allow us to classify these rocks as basalts and andesiticbasalts. The magmatism is sub-alkaline to tholeiitic whose chemical affinity is compatible with continental basalts. Two groups are observed in rare earth elements distribution patterns: one strongly fractionated and enriched in light ETR, and another one weakly fractionated with medium La/Yb ratios, respectively, 3.22 and 1.26. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1387 ± 17 Ma was obtained for the dyke swarms. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase provided plateau ages of 967 ± 5 Ma and 980 ± 7 Ma. However, 40Ar-39Ar age-spectrum data for amphibole is heterogeneous, therefore provide integrated ages of 1495 ± 8 Ma and 1509 ± 7 Ma. Sills and mafic dykes of the Huanchaca Intrusive Suite are sited in the portion of the Paraguá Terrane which is not affected by the Sunsás Orogeny (1.1 to 0.9). Dykes occur emplaced into the basement rocks underlying the Aguapeí Group that are represented by the Mesoproterozoic granites Guaporeí and Passagem that form part of the Pensamiento Granitoid Complex, as well as by the Paleoproterozoic orthogneisses Shangri-lá and Turvo that occur within the Chiquitania Metamorphic Complex; sills, in turn, are emplaced into the pelites and sandstones of the Vale da Promissão Formation (Aguapeí Group). Sills outcrop as blocks and low-lying outcrops in abrupt and parallel contacts to the layering of sedimentary rocks. On the other hand, dykes outcrop as small and discontinuous trending-ENE crests, or as single, rounded and angular blocks in the granitic-gnaissic terrane whose main orientation varies between N70°-90°E. Sills consist of gabbros and diabases, are greenish-gray to black in colour, and fine- to medium-grained. Optically, these are holocrystalline with sub-ophitic to ophitic texture, and rare intergranular texture. Cumulate rocks of restricted occurrence were identified with paragenesis and textures similar to each other whose difference is the presence of olivine and high content of mafic minerals. These rocks are essentially composed of plagioclase, pyroxene, amphibole, opaques, and in a few of them, alkali-feldspar and quartz displaying graphic intergrowth are also observed. Dykes are dark-gray to greenish-gray with grain size decreasing from the rock wall towards the center of the body from very fine-grained or glassy to medium-grained, respectively. They are classified as diabases and basalts, respectively, holo to hypocrystalline, and have an essential composition of plagioclase, pyroxene and olivine. Under the microscope, diabases show inequigranular, sub-ophitic, and subordinate ophitic textures, and are fine- to medium-grained, while basalts display porphyritic, glomeroporphyritic, and textures vitrophyric, and rarely intersertal to hyalophitic textures. Chemically, dykes and sills are classified into sub-alkaline andesitic basalts (tholeiitic) formed in intraplate settings. REE patterns show that sills are richer in total REE relative to the dykes, as well as show significant vertical variation with respect to the REE pattern envelope, yet parallel to it. Ar-Ar plateau ages were obtained for the sills both from plagioclase (948 ± 5 Ma), and amphibole (1113 ± 11 Ma). A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1111.5 ± 1.9 Ma was also obtained for sills. The dyke swarms that form part of the Rio Perdido Intrusive Suite occur emplaced into Paleoproterozoic rocks sited in the Rio Apa Terrane (SW of Mato Grosso do Sul), and Paraguay. Dykes are tabular to lenticular, 1 to 30 m thick, generally striking N70°-90°E and N70º-90ºW. They exhibit abrupt and discordant contact with respect to the general NS trend. Dykes consist of very fine- to fine-grained diabases, and fine- to medium-grained microgabbros, both with no evidence of ductile deformation and metamorphism. Under the microscope, they are holocrystalline with ophitic to sub-ophitic, intergranular, and, in places, porphyritic textures, as well as quench textures in which they display swallow-tail shape. They contain essential plagioclase, pyroxenes and olivine, and show a tholeiitic trend with FeOt enrichment relative to MgO for relatively constant alkali contents. They are classified as basalts and andesitic basalts that are similar to Phanerozoic intraplate basalts. REE patterns show strong fractionation of light REE relative to the heavy, with La/Yb ratios varying between 2.8 and 6.2 and Eu anomalies subtly negative or absent. Recent U-Pb (ID-TIMS) data on baddeleyite provided an age of 1110 Ma. The Rincón del Tigre Igneous Complex is a thick layered intrusion that intrudes into the Sunsás Group (below), and into the Vibosi Group (above). Its name is due to the region of Rincón del Tigre in Bolivia, and is characterized as an igneous event related to the Sunsás Orogeny. It is divided into three units: Ultramafic (basal), Mafic (intermediate), and Felsic (superior). The Ultramafic Unit is composed of serpentinized dunite, harzburgite, olivine bronzite, bronzite picrite, and melanorite, while the Mafic Unit is composed of norite and gabbro. The Felsic Unit is represented by granophyres. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1110.4 ± 1.8 Ma was obtained from the Felsic Unit, and show chronological similarity to the syn- and postorogenic granitic suites that occur in the Sunsás-Aguapeí province sited in Bolivia, and Brazil. Based on K-Ar ages varying between 1006 and 875 Ma, the units above were attributed to a single magmatic event and interpreted as a LIP that formed during an attempted breakup of Rodinia. Now, based on new precise geochronologic data (U-Pb TIMS on baddeleyite, and Ar-Ar on amphibole and plagioclase), and field and petrological data, this hypothesis is not supported anymore. There were two fissural magmatic events prior to the agglutination of this supercontinent: the older one with ages of 1439 and 1387 Ma, and the younger one around 1110 Ma old. By taking into account the evolution of the Amazon Craton, the older episode is marked by dyke swarms of the Rancho de Prata suite as well as lava flows and sills of the Salto do Céu suite, likely associated with post-orogenic stages of the Santa Helena Magmatic Arc in the Jauru Terrane; the younger event, which have occurrence restricted to the Paraguá and Rio Apa Terranes, is represented by the Huanchaca, and Rio Perdido suites and Rincón del Tigre Complex, and form part of a Stenian LIP sited in the south-southwestern Amazon Craton. This LIP evolved from an attempted break-up of continental crust that resulted in the formation of the Aguapeí Aulacogen. The Sunsás and Aguapeí Belts mark the period of agglutination of Rodinia, and are responsible for the metamorphism and deformation observed in part of this Stenian LIP.
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A capa carbonática do sudoeste do cráton amazônico, estado de Rondônia: nova ocorrência e extensão dos eventos pós-glaciação marinoana (635 Ma)

GAIA, Valber do Carmo de Souza 27 November 2014 (has links)
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No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_CapaCarbonaticaSudoeste.pdf: 4758047 bytes, checksum: 44e6490f5e043c591b1845fe1c625d35 (MD5) Previous issue date: 2014 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / INCT/GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / Na porção oeste da Bacia dos Parecis, Estado de Rondônia, inserida no sudoeste do Cráton Amazônico, rochas carbonáticas expostas nas bordas dos grábens Pimenta Bueno e Colorado têm sido consideradas como parte do preenchimento eopaleozoico da bacia. A avaliação das fácies/microfácies e quimioestratigrafia dessas rochas nas regiões de Chupinguaia e Pimenta Bueno, confirmou a ocorrência de dolomitos rosados que sobrepõem, em contato direto, diamictitos glaciais previamente interpretados como depósitos de leques aluviais. Trabalhos prévios reportaram excursão negativa de δ13C, também confirmados neste trabalho, com variações entre -4.6 e -3,8‰VPDB em Chupinguaia e média de - 3,15‰VPDB em Pimenta Bueno. Esse padrão, de sedimentação e quimioestratigráfico, ausente nas rochas paleozoicas, é comumente encontrado nos depósitos carbonáticos anômalos do Neoproterozoico. No sul do Cráton Amazônico, Estado do Mato Grosso, rochas com essas mesmas características são descritas como capas carbonáticas relacionadas à glaciação marinoana (635 Ma). Neste trabalho, consideramos que os dolomitos rosados sobre diamictitos, em Rondônia, fazem parte do mesmo contexto das capas carbonáticas encontradas no Mato Grosso. Adicionalmente, destaca-se o contato brusco e deformado do dolomito sobre o diamictito, presente em ambas as ocorrências, configurando-se uma das feições típicas das capas carbonáticas do Cráton Amazônico. Essa relação paradoxal, entre diamictito e dolomito, tem sido interpretada como produto da mudança rápida das condições atmosféricas de icehouse para greenhouse, e a deformação da base foi gerada pelo rebound isostático. A capa carbonática de Rondônia compreende duas associações de fácies (AF2 e AF3) que recobrem depósitos glacio-marinhos compostos por paraconglomerados polimíticos (Pp), e arenito seixoso laminado (Asl), da AF1. A AF2 consiste em dolomudstone/dolopackstone peloidal com laminação plana a quasi-planar e com truncamentos de baixo-ângulo (fácies Dp), megamarcas onduladas (fácies Dm) e laminações truncadas por ondas (fácies Dt), interpretada como depósitos de plataforma rasa influenciada por ondas. Esta sucessão costeira é sucedida pela AF3, que compreende as fácies: dolomudstone/dolopackstone e dolomudstone/dolograinstone com partição de folhelho (Df) e siltito laminado (Sl). A fácies Df compreende um pacote de 6 metros de dolomito com partição de folhelho, apresentando lâminas de calcita fibrosa (pseudomorfos de evaporito) e dolomitos com laminações onduladas de corrente. Sobrejacente à fácies Df, ocorre a fácies Sl, apresentando 5 metros de siltito argiloso com laminação plana. Esta associação é interpretada como depósitos de plataforma rasa influenciada por maré, sendo sobreposta discordantemente, em contato angular, por depósitos glaciais do Eopaleozoico. Os valores isotópicos de C e O são negativos e refletem o sinal primário do C. No entanto, pode-se considerar uma leve influência da diagênese meteórica no sinal. As principais quebras nos sinais negativos podem estar associadas à influência meteórica, expressa pela substituição e preenchimento de poros por calcita e pela proximidade de superfícies estratigráficas, os quais refletem alguns padrões de alteração diagenética, representados nos sinais mais negativos. Diferentemente da capa carbonática do Mato Grosso, a capa de Rondônia possui níveis de pseudomorfos de evaporito e dolomitos com partição de folhelho (ritmito), em sucessão de fácies marinha rasa, onde os dolomitos de plataforma rasa influenciada por ondas passam para ritmitos e siltitos de plataforma rasa influenciada por maré (zona de inframaré), configurando uma sucessão retrogradante. Esta nova ocorrência de capa carbonática modifica a estratigrafia da base da Bacia dos Parecis, ao passo que exclui essas rochas carbonáticas da sequência eopaleozoica. Além disso, fornece informações que permitem reconstruir melhor a paleogeografia costeira da bacia neoproterozoica que acumulou os depósitos da plataforma carbonática do Grupo Araras, bem como estende os eventos pós-marinoanos ligados à hipótese do Snowball/Slushball Earth para o sudoeste do Cráton Amazônico, exposto no Estado de Rondônia. / In the Western Amazon Craton, specifically in Western Parecis Basin, Rondônia State, carbonate rocks exposed on border of Pimenta Bueno and Colorado Grábens are considered to be part of the eopaleozoic basin fill. The facies and microfacies analysis together with chemostratigraphy of theses rocks in Chupinguaia and Pimenta Bueno Region, confirmed the occurrence of pinkish dolostone that overlie glaciogenic diamictite, previously interpreted as alluvial fan. Previous works reported δ13C negative excursions, confirmed in this work as well, ranging from -4.6 e -3,8‰VPDB in Chupinguaia, and average of -3,15‰VPDB in Pimenta Bueno. This sedimentation and chemostratigraphic pattern, uncommon in paleozoic rocks, is widely found in the anomalous neoproterozoic carbonates. In the Southern Amazon Craton, Mato Grosso State, rocks with the same features were described as cap carbonates related to the Marinoan Glaciation (635 Ma). Therefore this work considers this dolostones at the same context of the cap carbonate in Mato Grosso. Additionally we stand out the sharp and loaded contact between dolostone and diamictite, which happens in both occurrences, and is seemingly a typical feature of cap carbonates in the Amazon Craton. This paradoxal relationship has been interpreted as rapid change from icehouse to greenhouse conditions, and the loaded contact is attributed to isostatic rebound. The Rondônia cap carbonate presents two facies associations (FA2 and FA3) that overlie glaciomarine deposits (FA1) subdivided in two facies: Polymitic paraconglomerates (Pp) and laminated pebbly sandstone (Asl). The FA2 consists into: peloidal dolomudstone/dolopackstone with planar to quasi-planar laminations and low-angle truncations (Dp), megarriple bedding (Dm) and wave truncated laminations. This association is interpreted as shallow platform deposits wave influenced. This coastal succession is overlaid by FA3, which comprises the facies: dolomudstone/dolopackstone and dolomudstone/ dolograinstone with shale partition (Df) and laminated shaly siltstone (Sl). Df comprises 6m-thick of dolomite with parting shale, showing laterally continuous laminations of fibrous calcite (pseudomorph of gypsum) and dolomite with current wavy lamination. The Sl comprises 5m-thick of planar-laminated shaly siltstone. This association is interpreted as shallow platform deposits tide influenced. Finally, this inner platform succession is overlaid unconformably, in angular contact, by eopaleozoic glaciogenic diamictite. The isotopic values of C and O are negative and reflect the primary signal of C, however it can be considered a slight influence of meteoric diagenesis in the signal. The main shifts in negative signals are associated with meteoric influences, expressed by replacement and pores filling by calcite, and also by its proximity of stratigraphic surfaces, which reflect some patterns of diagenetic alteration, represented by the most negative signals. Differently from Mato Grosso cap carbonate, the Rondônia occurrence presents levels of pseudomorph of evaporites and dolomite with parting shale (rhythmites), order in succession of shallow marine facies, where the dolomites of wavy influenced shallow platform pass up-section to rhythmites and shaly siltstone of tide influenced shallow platform, setting up a retrogradational succession. This new occurrence of cap carbonate has strong implications to the stratigraphy of the base of Parecis Basin, since it excludes these carbonate rocks from the eopaleozoic sequence. Moreover, it provides information that allows reconstruct the coastal paleogeography of neoproterozoic basin that accumulated deposits of Araras Platform, as well extends the postmarinoan events of the Snowball/Slushball Earth hypothesis to the southwesternmost Amazon Craton, exposed in the Rondônia State.

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