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Geologia precambriana da região de Nova Era, extremo NE do Quadrilátero Ferrífero - MG / Not available.

Guarnieri, Lucia Baroni 10 September 2003 (has links)
A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico. / A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico.
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Geologia precambriana da região de Nova Era, extremo NE do Quadrilátero Ferrífero - MG / Not available.

Lucia Baroni Guarnieri 10 September 2003 (has links)
A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico. / A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico.
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Fauna de Ediacara na Bacia do Jaibaras, Noroeste do Ceará: a primeira ocorrência no Nordeste do Brasil

BARROSO, Francisco Rony Gomes 31 January 2012 (has links)
Submitted by Danielle Karla Martins Silva (danielle.martins@ufpe.br) on 2015-03-11T18:23:27Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação completa (Reparado)..pdf: 5653679 bytes, checksum: 9607f3c3b609ddf91ad0bc0e5e92a79a (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T18:23:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação completa (Reparado)..pdf: 5653679 bytes, checksum: 9607f3c3b609ddf91ad0bc0e5e92a79a (MD5) Previous issue date: 2012 / CNPq / Este trabalho apresenta a primeira ocorrência da fauna de Ediacara no Nordeste do Brasil, localizada no Município de Pacujá, região noroeste do Estado do Ceará e interpretações preliminares sobre seu significado. Por correlação regional, os fósseis estão incluídos na Bacia Jaibaras, possivelmente numa nova unidade estratigráfica. O ambiente deposicional foi atribuído a um sistema fluvio-deltaico com ingressão marinha. Dez espécies Ediacaranas puderam ser identificadas, incluindo grupos pandêmicos, como Charniodiscus arboreus, Charniodiscus concentricus, Cyclomedusa davidi, Ediacaria flindersi e Medusinites asteroides, e grupos endêmicos, tais como Kimberalla quadrata, Palaeoghragmodictyon reticulata, Parvancorina minchami, Parvancorina saggita? e Pectinifrons abyssalis. Além disso, três icnogêneros foram observados: Arenicolites sp., Palaeophycus sp. e Planolites sp. A idade relativa dos depósitos foi sugerida em, pelo menos, 560 Ma e o conjunto de fósseis se assemelha à Assembléia White Sea. A bioturbação apresenta icnogêneros típicos do Ediacarano, sem ramificações e com pouca profundidade nos substratos. Portanto, aqui surge mais um evidência de que as relações ecológicas complexas e os verdadeiros bilaterianos já estavam presentes no Neoproteozoico e que sua ocorrência inédita no Ceará ascende esse Estado no cenário da paleontologia brasileira e mundial.
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Análise dos Estromatólitos do Grupo Itaiacoca (Proterozóico), ao Sul de Itapeva, SP / Analysis of the stromatolites from the Itaiacoca Group (Proterozoic) from south Itapeva, State of São Paulo, Brazil

Sallun Filho, William 09 November 1999 (has links)
Estromatólitos foram estudados em nove localidades ao sul de Itapeva (SP), principalmente em metacalcários dolomíticos cinza-claro e, secundariamente, em metacalcários calcíticos cinza-escuro, do Grupo Itaiacoca, uma unidade vulcanossedimentar mesoproterozóica da Faixa Ribeira. Foram diferenciados em cinco formas colunares, a mais comum consistindo de colunas coniformes, não ramificadas, de diâmetros e alturas centimétricas a decimétricas, atribuídas a Conophyton. As outras quatro formas, com laminação convexa mas não coniforme, diferem em tamanho, silhueta e estilo/freqüência de ramificação. As diferenças na preservação dos estromatólitos são relacionadas ao comportamentos tectônicos distintos entre o metacalcário dolomítico (mais puro), com comportamento competente, e o calcítico (mais argiloso) que atuou de forma mais plástica. Nas melhores exposições desta área os estromatólitos estão agrupados em bioermas de Conophyton, sem indícios de exposição ou retrabalhamento sub-aéreo ou por ondas, evidenciando um ambiente calmo e relativamente profundo, provavelmente abaixo do nível de base de ondas, de talvez até algumas dezenas de metros de profundidade. Conophyton de Itapeva é semelhante a estromatólitos coniformes próximo a Abapã (PR), também no Grupo Itaiacoca, a cerca de 100 km de Itapeva, mas difere de outras formas, incluindo Conophyton cylindricum e C. metulum, de unidades proterozóicas associadas a margem oeste do Cráton do São Francisco. O Conophyton do Grupo Itaiacoca é semelhante a formas na ex-União Soviética que são geralmente encontrados no Mesoproterozóico ou Neoproterozóico inferior, que é consistente com as datações radiométricas disponíveis que colocam esta unidade próximo ao final do Mesoproterozóico. / Stromatolites were studied at nine localities south of Itapeva, São Paulo, Brazil, generally in light-gray metadolostones and secondarily in dark-gray metalimestones of the Itaiacoca Group, a Mesoproterozoic volcanosedimentary unit of the Ribeira Belt. Five columnar forms were distinguished, the most common consisting of unbranched, coniform columns, with centimetric to decimetric diameters and heights, attributed to Conophyton. The other four forms exhibit convex, but not coniform lamination and differ in size, silhouette and style/frequency of branching. Differences in stromatolite preservation are related to the differing tectonic behavious of the purer and more competent metadolostones and the more argillaceous metalimestones which behaved more plastically. In the best exposures in this area the stromatolites are grouped into Conophyton bioherms, without any evidence of subaerial exposure or reworking by waves, which suggests that they formed in a calm and relatively deep setting (perhaps up to several tens of meters in depth), probably below the base of fairweather water. Conophyton from Itapeva is similar to other coniform stromatolites in the Itaiacoca Group near Abapã (Paraná), about 100 km SW of Itapeva, but differs from other forms, including Conophyton cylindricum and C. metulum, from Proterozoic successions associated with the western margin of the São Francisco Craton. The Conophyton from the Itaiacoca Group is most similar to forms in the ex-Sovietic Union that are usually found in the Mesoproterozoic or lowest Neoproterozoic, which is consistent with available radiometric age dates that place this unit near the end of the Mesoproterozoic.
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Evolução de terrenos tectono-metamórficos da Serrania do Ribeira e Planalto Alto Turvo (SP, PR) / Evolution of tectono-metamorphic terranes of the Ribeira Ridge and Alto Turvo Plateau, SE Brazil

Faleiros, Frederico Meira 30 June 2008 (has links)
Numerosos terrenos pré-cambrianos de origem enigmática são individualizados nas regiões do vale e serrania do Rio Ribeira e Planalto Alto Turvo (SP, PR), com base em histórias evolutivas contrastantes e diferentes padrões litotectônicos, metamórficos e estruturais. Esses terrenos suspeitos formam três grandes terrenos compostos justapostos no final do Ciclo Brasiliano: Terreno Apiaí, Terreno Curitiba e Terreno Luís Alves. A evolução geotectônica de uma área que abrange estes três terrenos compostos foi investigada por meio da integração de análises petrológicas, microestruturais e estruturais, apoiadas com trabalhos de mapeamento geológico e compilação e integração de dados geocronológicos disponíveis. Os estudos foram concentrados em unidades geológicas representativas de cada um dos três terrenos compostos. Análises petrológicas, estimativas geotermobarométricas e quantificações de trajetórias PT mostram que os terrenos estudados apresentam assinaturas metamórficas contrastantes, refletindo ambientes geotectônicos distintos. O Grupo Votuverava e a Seqüência Serra das Andorinhas (Terreno Apiaí) passaram por metamorfismo barroviano com caminhamento P-T horário sob pressões e temperaturas máximas ao redor de 8 kbar e 550-650ºC. Parte do Complexo Turvo-Cajati (Terreno Curitiba) apresenta gradiente metamórfico acima do barroviano, com pico metamórfico (650-800ºC) sob pressões relativamente altas (9-12 kbar). Parte desta unidade passou por uma trajetória horária com aquecimento isobárico até atingir o pico térmico, enquanto algumas rochas passaram por descompressão praticamente isotérmica. Datações químicas em monazita indicam que o pico metamórfico do Complexo Turvo-Cajati ocorreu entre 590 e 575 Ma, sendo consideravelmente posterior ao clímax metamórfico das unidades do Terreno Apiaí (>= 600-620 Ma). Trajetórias P-T estimadas para o Complexo Atuba (Terreno Curitiba) sugerem um caminhamento retrógrado com resfriamento praticamente isobárico de 750ºC até um reequilíbrio ao redor de 650-700ºC e 6-7 kbar; a união dos dados petrológicos, microestruturais e geocronológicos sugere que o pico metamórfico teria ocorrido no Paleoproterozóico e o reequilíbrio no Ediacarano. A Suíte Alto Turvo (Terreno Luís Alves) compreende granulitos máficos a intermediários formados no Paleoproterozóico sob temperaturas mínimas ao redor de 850ºC, parcialmente reequilibrados em condições de fácies xisto verde ainda neste período e marginalmente re-metamorfizados em condições de fácies xisto verde a anfibolito no Ediacarano, seguindo uma trajetória horária com pico metamórfico ao redor de 650ºC e 6 kbar. Os padrões estruturais do Terreno Curitiba na área estudada estão associados a uma tectônica de cavalgamentos para oeste e nappismo tardios em relação ao Ciclo Brasiliano e concomitantes com a atuação do sistema transcorrente destral regional na Faixa Ribeira. Os dados multidisciplinares disponíveis indicam que as relações espaciais atualmente observadas para os terrenos estudados não decorrem de relações genéticas e geográficas pretéritas. Os dados convergem para uma evolução geotectônica onde a acresção de diferentes terrenos suspeitos e, em alguns casos, exóticos teria ocorrido em posições diferentes das atualmente observadas, sendo que a justaposição final teria sido controlada por dispersão lateral ao longo das grandes zonas de cisalhamento transcorrentes em períodos tardi- a pós-metamórficos. / Numerous Precambrian terranes of enigmatic origin are recognized in the Ribeira Valley and Alto Turvo Plateau regions (Southeastern Brazil), based on contrasting evolutive histories and distinct lithotectonic, metamorphic and structural patterns. These suspect terranes form three major composite terranes juxtaposed during the late Brasiliano Cycle: Apiaí Terrane, Curitiba Terrane and Luís Alves Terrane. The geotectonic evolution of an area that covers these three composite units was investigated by the integration of petrological, microstructural and structural analysis supported by geological mapping and compilation and integration of available geochronological data. The studies were concentrated on representative geological units from the three composite terranes. Petrological analysis, geothermobarometric estimatives and P-T path quantifications show that the studied terranes exhibit contrasting metamorphic signatures, refleting distinct geotectonic environments. The Votuverava Group and the Serra das Andorinhas Sequence (Apiaí Terrane) underwent barrovian metamorphism with clockwise P-T paths under maximum pressures and temperatures at around of 8 kbar and 550-650ºC. A part of the Turvo-Cajati Complex (Curitiba Terrane) shows a metamorphic field gradient above the barrovian type, with metamorphic peak (650-800ºC) under relatively high pressures (9-12 kbar). A part of this unit underwent a clockwise path with isobaric heating until to reach the thermal peak, while some rocks underwent a near isothermal descompression. Chemical dating of monazite indicate that the metamorphic peak of the Turvo-Cajati Complex occurred between 590 and 575 Ma, a period significantly younger than the metamorphic climax of the Apiaí Terrane units (>= 600-620 Ma). P-T paths from rocks of the Atuba Complex (Curitiba Terrane) suggest a retrograde path following near isobaric cooling from 750ºC to a reequilibration at around of 650-700ºC and 6-7 kbar; the integration of petrological, microstructural and geochronological data suggests that the metamorphic peak would have occurred during the Paleoproterozoic and the metamorphic reequilibration during the Ediacaran. The Alto Turvo Suite (Luís Alves Terrane) comprises mafic and intermediate granulites formed in the Paleoproterozoic under minimum temperatures at about 850ºC, partially reequilibrated under greenschist facies conditions yet in the same period and marginally remetamorphosed from greenschist to amphibolite facies conditions during the Ediacaran, following a clockwise path with metamorphic peak at around of 650ºC and 6 kbar. The structural patterns of the Curitiba Terrane in the studied area are related to a thrust nappe tectonics with westward movement late in relation to the Brasiliano Cycle and concomitant with the activation of the regional dextral transcurrent system in the Ribeira Belt. The available multidisciplinary data indicates that the present spatial relationships between the studied terranes do not imply in previous genetic and geographic relations. The data suggest a geotectonic evolution where the accretion of distinct suspect terranes, and in some cases exotic terranes, would have occurred in different positions in relation to the present array, and the final terrane juxtaposition would have been controlled by lateral dispersion along the major transcurrent shear zones during late- to post-metamorphic periods.
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A jazida de barita de Água Clara no âmbito do Precambriano do Vale do Ribeira, estado do Paraná / Not available.

Andrade e Silva, Antonio Carlos Gondim de 24 May 1990 (has links)
A Pesquisa desenvolvida na elaboração desta Tese teve como principais objetivos o estudo da jazida de barita de Água Clara em conjunto com a sequência hospedeira, dentro do contexto geológico do Vale do Ribeira e suas mineralizações. A jazida de barita de Água Clara localiza-se no município de Bocaiuva do Sul, Estado do Paraná. Esta jazida apresenta-se hospedada em uma sequência vulcano-sedimentar pertencente à Formação Perau do Grupo Setuva, integrante do Meso-Proterozóico. Trata-se de um depósito estratiforme constituído por camadas e lentes de barita com magnetita, hematita, pirita e quartzo subordinados. O corpo principal do depósito de barita encontra-se encaixado em dolomita-quartzo-muscovita-xistos, havendo também mineralizações baritíferas em mámores dolomíticos silicosos. A sequência hospedeira da jazida de Água Clara apresenta quartzitos, metacherts, mámores dolomíticos, xistos e orto-anfibolitos. O caráter orto-derivado dos anfibolitos da região foi determinado por diversos métodos petro-químicos. O depósito baritífero associa-se a mineralizações sulfetadas de Cu, Pb, Zn e também a formações ferríferas bandadas facies óxidos sub-facies magnetítica. As características das formações ferríferas principalmente no que diz respeito ao padrão de distribuição de elementos Terras Raras, sugerem uma origem exalativo-sedimentar com participação de soluções ferruginosas provenientes de centros vulcânicos, as quais sofrem interação com a água do mar. Os conteúdos de Ni e Co das piritas acamadas do depósito de Água Clara, determinados por microssonda eletrônica, e as razões Co/Ni que estes minerais apresentam, são congruentes com uma origem exalativo-vulcano-sedimentar. As características de jazida de Água Clara em seu conjunto indicam uma gênese exalativo vulcano-sedimentar de natureza distal. / The main purpose of this thesis is to research the Água Clara barite ore deposit and host-rocks. As a complementary objective is described the geological setting of Vale do Ribeira region and their mineralizations. The Água Clara ore deposit is located about 90 Km northern of Curitiba, Paraná State capital, Brazil. The volcano-sedimentary host-rock sequence belongs to the Mesoproterozoic Perau Formation, Setuva Group. Água Clara is a stratiform ore deposit formed by layers and lenses of barite with subordinate magnetite, hematite, pyrite and quartz. Dolomite-quartz-muscovite schist is the host-rock of the most important barite ore bodies. These is barite mineralization in siliceous dolomite marble too. Besides these rocks, the hanging and foot wall rocks are constituted by quartzite, metachert, dolomite, marble, schists and ortho-amphibolites. The ortho-derivated character of the amphibolites of Água Clara region was determined by several petro-chemical methods. The Água Clara barite ore deposit is associated to Cu-Pb-Zn sulphides mineralizations and banded iron formation of magnetitic oxide facies. The BIF characteristics, mainly their Rare Earth Elements patterns, suggest an exhalative-sedimentary origin with the participation of ferruginous solutions that came from volcanic centres, and latter interact with sea water. The Co-Ni contents of bedded pyrite of Água Clara deposit were determined by electronic microprobe. These values and the Co/Ni rates indicate an exhalative volcanogenic origin for these pyrites. The Água Clara barite ore deposit features suggest a genesis by submarine exhalative-volcano-sedimentary process of distal nature.
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Geoquímica multielementar de sedimentos fluviais ativos da porção centro-norte do precambriano paranaense : uma abordagem baseada em amostras compostas em malha regular

Crisigiovanni, Fábio Luigi January 2016 (has links)
Orientador : Dr. Otávio Augusto Boni Licht / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Geologia. Defesa: Curitiba, 29/03/2016 / Inclui referências : f. 94-100 / Área de concentração: Geologia exploratória / Resumo: A análise química de 75 amostras compostas de sedimentos ativos de corrente representando células propiciou a constituição de uma base de dados geoquímicos. Quatro diferentes métodos analíticos foram utilizados: digestão por água régia e fusão com metaborato de lítio e detecção ICP-MS, fusão e copelação e detecção ICP-OES e eletrodo de íon seletivo (EIS), para a análise de 66 elementos químicos. Os resultados das análises representam a concentração de um determinado elemento na área abrangida pela célula. Os dados foram tratados estatisticamente, e os principais estimadores estatísticos foram obtidos a fim de observar descritivamente as principais caraterísticas do grupo amostral. Além disso, ainda com vistas a análise descritiva dos dados, foram feitos histogramas e boxplots, fundamentais para o entendimento da distribuição das variáveis. Com esses dados, foi possível a confecção de mapas geoquímicos dos elementos analisados. Técnicas de análise de correlação bivariada e análise fatorial mostraram quais elementos possuíam similaridade estatística entre si e resultaram em 6 associações de elementos - na análise de correlação - e 5 fatores - na análise fatorial. Com isso, foi possível cartografar as associações e os fatores, e observar a região de predominância dessas associações. Os mapas, que a princípio foram produzidos com um aspecto de pixel e posteriormente foram transformados em mapas de isovalores, foram utilizados no cruzamento com os dados de análise das amostras originais. Chegou-se ao resultado que as análises químicas das amostras compostas são semelhantes à média dos resultados analíticos das amostras originais que compõem uma determinada célula. Essa constatação confirma a hipótese levantada no início da pesquisa e permite utilizar a mesma técnica em regiões do Brasil que possuam bancos de alíquotas cobrindo grandes áreas. Fazendo isso com melhor aproveitamento de recursos financeiros, com modernas técnicas analíticas, de tratamento e representação dos dados. Palavras-chaves: Rede de referência geoquímica global, geoquímica multielementar, sedimento de corrente, amostras compostas. / Abstract: The chemical analysis of 75 stream sediment composite samples representing cells was used to constitute a geochemical database. Four different analytical techniques were utilized, such as aqua regia digestion and lithium metaborate fusion + ICP-MS, fire assay + ICP-OES and ion-selective electrode determination, to the analysis of 66 chemical elements. The result of this analysis shows the contents of each element in the whole cell. The dataset was statistically analyzed, and the main estimators were obtained with the objective of observe, descriptively, the group's characteristics. Besides that, histograms and box-plots were made in order to understand variables' distribution. With all this data, the production of geochemical maps of each chemical element was possible. Correlation analysis and factor analysis techniques showed chemical elements which had similarities to each other. These techniques result in 6 associations - correlation analysis - and 5 factors - factor analysis. With it was possible to observe preferred regions of these associations and factor, as well as mapping them. At first, the cells presented a more "pixel" form, then the variables' levels were turned into isovalues curves maps, highlighting geochemical structures. Composite samples representing a regular cell grid is equivalent to the mean of the results from chemical analysis in the original samples has come up as one result of this research. This approach allows to safely cover large areas with no fieldwork costs. Moreover, the usage of multielementar analytical techniques combined with modern data processing procedures will enable advanced interpretations with great saving of financial resources. Keywords: Global Geochemical Reference Network, multielementar geochemistry, stream sediments, composite samples.
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Análise dos Estromatólitos do Grupo Itaiacoca (Proterozóico), ao Sul de Itapeva, SP / Analysis of the stromatolites from the Itaiacoca Group (Proterozoic) from south Itapeva, State of São Paulo, Brazil

William Sallun Filho 09 November 1999 (has links)
Estromatólitos foram estudados em nove localidades ao sul de Itapeva (SP), principalmente em metacalcários dolomíticos cinza-claro e, secundariamente, em metacalcários calcíticos cinza-escuro, do Grupo Itaiacoca, uma unidade vulcanossedimentar mesoproterozóica da Faixa Ribeira. Foram diferenciados em cinco formas colunares, a mais comum consistindo de colunas coniformes, não ramificadas, de diâmetros e alturas centimétricas a decimétricas, atribuídas a Conophyton. As outras quatro formas, com laminação convexa mas não coniforme, diferem em tamanho, silhueta e estilo/freqüência de ramificação. As diferenças na preservação dos estromatólitos são relacionadas ao comportamentos tectônicos distintos entre o metacalcário dolomítico (mais puro), com comportamento competente, e o calcítico (mais argiloso) que atuou de forma mais plástica. Nas melhores exposições desta área os estromatólitos estão agrupados em bioermas de Conophyton, sem indícios de exposição ou retrabalhamento sub-aéreo ou por ondas, evidenciando um ambiente calmo e relativamente profundo, provavelmente abaixo do nível de base de ondas, de talvez até algumas dezenas de metros de profundidade. Conophyton de Itapeva é semelhante a estromatólitos coniformes próximo a Abapã (PR), também no Grupo Itaiacoca, a cerca de 100 km de Itapeva, mas difere de outras formas, incluindo Conophyton cylindricum e C. metulum, de unidades proterozóicas associadas a margem oeste do Cráton do São Francisco. O Conophyton do Grupo Itaiacoca é semelhante a formas na ex-União Soviética que são geralmente encontrados no Mesoproterozóico ou Neoproterozóico inferior, que é consistente com as datações radiométricas disponíveis que colocam esta unidade próximo ao final do Mesoproterozóico. / Stromatolites were studied at nine localities south of Itapeva, São Paulo, Brazil, generally in light-gray metadolostones and secondarily in dark-gray metalimestones of the Itaiacoca Group, a Mesoproterozoic volcanosedimentary unit of the Ribeira Belt. Five columnar forms were distinguished, the most common consisting of unbranched, coniform columns, with centimetric to decimetric diameters and heights, attributed to Conophyton. The other four forms exhibit convex, but not coniform lamination and differ in size, silhouette and style/frequency of branching. Differences in stromatolite preservation are related to the differing tectonic behavious of the purer and more competent metadolostones and the more argillaceous metalimestones which behaved more plastically. In the best exposures in this area the stromatolites are grouped into Conophyton bioherms, without any evidence of subaerial exposure or reworking by waves, which suggests that they formed in a calm and relatively deep setting (perhaps up to several tens of meters in depth), probably below the base of fairweather water. Conophyton from Itapeva is similar to other coniform stromatolites in the Itaiacoca Group near Abapã (Paraná), about 100 km SW of Itapeva, but differs from other forms, including Conophyton cylindricum and C. metulum, from Proterozoic successions associated with the western margin of the São Francisco Craton. The Conophyton from the Itaiacoca Group is most similar to forms in the ex-Sovietic Union that are usually found in the Mesoproterozoic or lowest Neoproterozoic, which is consistent with available radiometric age dates that place this unit near the end of the Mesoproterozoic.
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Evolução de terrenos tectono-metamórficos da Serrania do Ribeira e Planalto Alto Turvo (SP, PR) / Evolution of tectono-metamorphic terranes of the Ribeira Ridge and Alto Turvo Plateau, SE Brazil

Frederico Meira Faleiros 30 June 2008 (has links)
Numerosos terrenos pré-cambrianos de origem enigmática são individualizados nas regiões do vale e serrania do Rio Ribeira e Planalto Alto Turvo (SP, PR), com base em histórias evolutivas contrastantes e diferentes padrões litotectônicos, metamórficos e estruturais. Esses terrenos suspeitos formam três grandes terrenos compostos justapostos no final do Ciclo Brasiliano: Terreno Apiaí, Terreno Curitiba e Terreno Luís Alves. A evolução geotectônica de uma área que abrange estes três terrenos compostos foi investigada por meio da integração de análises petrológicas, microestruturais e estruturais, apoiadas com trabalhos de mapeamento geológico e compilação e integração de dados geocronológicos disponíveis. Os estudos foram concentrados em unidades geológicas representativas de cada um dos três terrenos compostos. Análises petrológicas, estimativas geotermobarométricas e quantificações de trajetórias PT mostram que os terrenos estudados apresentam assinaturas metamórficas contrastantes, refletindo ambientes geotectônicos distintos. O Grupo Votuverava e a Seqüência Serra das Andorinhas (Terreno Apiaí) passaram por metamorfismo barroviano com caminhamento P-T horário sob pressões e temperaturas máximas ao redor de 8 kbar e 550-650ºC. Parte do Complexo Turvo-Cajati (Terreno Curitiba) apresenta gradiente metamórfico acima do barroviano, com pico metamórfico (650-800ºC) sob pressões relativamente altas (9-12 kbar). Parte desta unidade passou por uma trajetória horária com aquecimento isobárico até atingir o pico térmico, enquanto algumas rochas passaram por descompressão praticamente isotérmica. Datações químicas em monazita indicam que o pico metamórfico do Complexo Turvo-Cajati ocorreu entre 590 e 575 Ma, sendo consideravelmente posterior ao clímax metamórfico das unidades do Terreno Apiaí (>= 600-620 Ma). Trajetórias P-T estimadas para o Complexo Atuba (Terreno Curitiba) sugerem um caminhamento retrógrado com resfriamento praticamente isobárico de 750ºC até um reequilíbrio ao redor de 650-700ºC e 6-7 kbar; a união dos dados petrológicos, microestruturais e geocronológicos sugere que o pico metamórfico teria ocorrido no Paleoproterozóico e o reequilíbrio no Ediacarano. A Suíte Alto Turvo (Terreno Luís Alves) compreende granulitos máficos a intermediários formados no Paleoproterozóico sob temperaturas mínimas ao redor de 850ºC, parcialmente reequilibrados em condições de fácies xisto verde ainda neste período e marginalmente re-metamorfizados em condições de fácies xisto verde a anfibolito no Ediacarano, seguindo uma trajetória horária com pico metamórfico ao redor de 650ºC e 6 kbar. Os padrões estruturais do Terreno Curitiba na área estudada estão associados a uma tectônica de cavalgamentos para oeste e nappismo tardios em relação ao Ciclo Brasiliano e concomitantes com a atuação do sistema transcorrente destral regional na Faixa Ribeira. Os dados multidisciplinares disponíveis indicam que as relações espaciais atualmente observadas para os terrenos estudados não decorrem de relações genéticas e geográficas pretéritas. Os dados convergem para uma evolução geotectônica onde a acresção de diferentes terrenos suspeitos e, em alguns casos, exóticos teria ocorrido em posições diferentes das atualmente observadas, sendo que a justaposição final teria sido controlada por dispersão lateral ao longo das grandes zonas de cisalhamento transcorrentes em períodos tardi- a pós-metamórficos. / Numerous Precambrian terranes of enigmatic origin are recognized in the Ribeira Valley and Alto Turvo Plateau regions (Southeastern Brazil), based on contrasting evolutive histories and distinct lithotectonic, metamorphic and structural patterns. These suspect terranes form three major composite terranes juxtaposed during the late Brasiliano Cycle: Apiaí Terrane, Curitiba Terrane and Luís Alves Terrane. The geotectonic evolution of an area that covers these three composite units was investigated by the integration of petrological, microstructural and structural analysis supported by geological mapping and compilation and integration of available geochronological data. The studies were concentrated on representative geological units from the three composite terranes. Petrological analysis, geothermobarometric estimatives and P-T path quantifications show that the studied terranes exhibit contrasting metamorphic signatures, refleting distinct geotectonic environments. The Votuverava Group and the Serra das Andorinhas Sequence (Apiaí Terrane) underwent barrovian metamorphism with clockwise P-T paths under maximum pressures and temperatures at around of 8 kbar and 550-650ºC. A part of the Turvo-Cajati Complex (Curitiba Terrane) shows a metamorphic field gradient above the barrovian type, with metamorphic peak (650-800ºC) under relatively high pressures (9-12 kbar). A part of this unit underwent a clockwise path with isobaric heating until to reach the thermal peak, while some rocks underwent a near isothermal descompression. Chemical dating of monazite indicate that the metamorphic peak of the Turvo-Cajati Complex occurred between 590 and 575 Ma, a period significantly younger than the metamorphic climax of the Apiaí Terrane units (>= 600-620 Ma). P-T paths from rocks of the Atuba Complex (Curitiba Terrane) suggest a retrograde path following near isobaric cooling from 750ºC to a reequilibration at around of 650-700ºC and 6-7 kbar; the integration of petrological, microstructural and geochronological data suggests that the metamorphic peak would have occurred during the Paleoproterozoic and the metamorphic reequilibration during the Ediacaran. The Alto Turvo Suite (Luís Alves Terrane) comprises mafic and intermediate granulites formed in the Paleoproterozoic under minimum temperatures at about 850ºC, partially reequilibrated under greenschist facies conditions yet in the same period and marginally remetamorphosed from greenschist to amphibolite facies conditions during the Ediacaran, following a clockwise path with metamorphic peak at around of 650ºC and 6 kbar. The structural patterns of the Curitiba Terrane in the studied area are related to a thrust nappe tectonics with westward movement late in relation to the Brasiliano Cycle and concomitant with the activation of the regional dextral transcurrent system in the Ribeira Belt. The available multidisciplinary data indicates that the present spatial relationships between the studied terranes do not imply in previous genetic and geographic relations. The data suggest a geotectonic evolution where the accretion of distinct suspect terranes, and in some cases exotic terranes, would have occurred in different positions in relation to the present array, and the final terrane juxtaposition would have been controlled by lateral dispersion along the major transcurrent shear zones during late- to post-metamorphic periods.
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A jazida de barita de Água Clara no âmbito do Precambriano do Vale do Ribeira, estado do Paraná / Not available.

Antonio Carlos Gondim de Andrade e Silva 24 May 1990 (has links)
A Pesquisa desenvolvida na elaboração desta Tese teve como principais objetivos o estudo da jazida de barita de Água Clara em conjunto com a sequência hospedeira, dentro do contexto geológico do Vale do Ribeira e suas mineralizações. A jazida de barita de Água Clara localiza-se no município de Bocaiuva do Sul, Estado do Paraná. Esta jazida apresenta-se hospedada em uma sequência vulcano-sedimentar pertencente à Formação Perau do Grupo Setuva, integrante do Meso-Proterozóico. Trata-se de um depósito estratiforme constituído por camadas e lentes de barita com magnetita, hematita, pirita e quartzo subordinados. O corpo principal do depósito de barita encontra-se encaixado em dolomita-quartzo-muscovita-xistos, havendo também mineralizações baritíferas em mámores dolomíticos silicosos. A sequência hospedeira da jazida de Água Clara apresenta quartzitos, metacherts, mámores dolomíticos, xistos e orto-anfibolitos. O caráter orto-derivado dos anfibolitos da região foi determinado por diversos métodos petro-químicos. O depósito baritífero associa-se a mineralizações sulfetadas de Cu, Pb, Zn e também a formações ferríferas bandadas facies óxidos sub-facies magnetítica. As características das formações ferríferas principalmente no que diz respeito ao padrão de distribuição de elementos Terras Raras, sugerem uma origem exalativo-sedimentar com participação de soluções ferruginosas provenientes de centros vulcânicos, as quais sofrem interação com a água do mar. Os conteúdos de Ni e Co das piritas acamadas do depósito de Água Clara, determinados por microssonda eletrônica, e as razões Co/Ni que estes minerais apresentam, são congruentes com uma origem exalativo-vulcano-sedimentar. As características de jazida de Água Clara em seu conjunto indicam uma gênese exalativo vulcano-sedimentar de natureza distal. / The main purpose of this thesis is to research the Água Clara barite ore deposit and host-rocks. As a complementary objective is described the geological setting of Vale do Ribeira region and their mineralizations. The Água Clara ore deposit is located about 90 Km northern of Curitiba, Paraná State capital, Brazil. The volcano-sedimentary host-rock sequence belongs to the Mesoproterozoic Perau Formation, Setuva Group. Água Clara is a stratiform ore deposit formed by layers and lenses of barite with subordinate magnetite, hematite, pyrite and quartz. Dolomite-quartz-muscovite schist is the host-rock of the most important barite ore bodies. These is barite mineralization in siliceous dolomite marble too. Besides these rocks, the hanging and foot wall rocks are constituted by quartzite, metachert, dolomite, marble, schists and ortho-amphibolites. The ortho-derivated character of the amphibolites of Água Clara region was determined by several petro-chemical methods. The Água Clara barite ore deposit is associated to Cu-Pb-Zn sulphides mineralizations and banded iron formation of magnetitic oxide facies. The BIF characteristics, mainly their Rare Earth Elements patterns, suggest an exhalative-sedimentary origin with the participation of ferruginous solutions that came from volcanic centres, and latter interact with sea water. The Co-Ni contents of bedded pyrite of Água Clara deposit were determined by electronic microprobe. These values and the Co/Ni rates indicate an exhalative volcanogenic origin for these pyrites. The Água Clara barite ore deposit features suggest a genesis by submarine exhalative-volcano-sedimentary process of distal nature.

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