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Políticas do corpo no Brasil do Século XVI: a criação do outroBrandini, Maria Cristina Pereira 25 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-25 / The focus of this dissertation is the question of Tupinambá s body through the Jean de Léry
s traveller seeing, in his writ, Histoire d un Voyage faict en la terre du Brésil, in other words,
the traveller narration of the XVI century about the meeting with the New World and his
contribuition for the body construction of the brasilian indian, the other. Opening in that way
a discussion about the possibility of a control action or a domestication of the Tupinambá
social body that could be hidden in Léry s writ with the intention for conquest. And even the
dimension of Léry s contribuition for the construction through the verbal imagery about the
indian social body during the begining of Brasil history and its continuities on ours
contemporary time. And how this writ takes a handling of agent into the domestication
mechanisms and european conquest on the question of the savage body construction.
Particularizing what is envolving on the body knowledges that opening the modern concept
found in the discourse of the traveller literature writing of the XVI century. A reflextion about
a modern body historicity is opening with the New World discovery and how the process
investigation lead to the question of the occidental body normatization, as well, to the meeting
of others realities that concern about the relation between body and society, that promote a
reation for separation and crash because of the unexpected and the impossibility of
understanding the unknown. A game of assimilations and resistances emerges from the body
policy executed between civilized and savage . The theoretical matter for this historygraphy
investigation puts Léry into a dialogue between Michel de Certeau, Frank Lestringant and
Tzvetan Todorov, upon the academic treatment about the meeting with the Tupinambá during
the XVI century. We ll take too the study of the brazilian antropologist Eduardo Viveiros de
Castro, who investigates the Araweté tribe of Amazônia, the last Tupinambá survivors during
the XXI century. These authors refletion indicates a investigation that open specifics
discussions: a brasilian state of exception established during the conquest period and his
consequences above the construction of a imaginary ontology about the brasilian indian and
in the manner how the savage body was simbolized, vestiges that are extended to the
contemporary time / O objeto desta dissertação é a questão do corpo Tupinambá no olhar do viajante Jean de Léry,
em sua escrita Histoire d un voyage faict en la terre du Brésil, ou seja, o relato de um viajante
do século XVI sobre o encontro com o Novo Mundo e sua contribuição para a construção do
corpo indígena brasileiro. Abre-se, assim, uma discussão sobre a possibilidade de controle, ou
domesticação do corpo Tupinambá, que estaria nas entrelinhas da escrita conquistadora.
Assim como a contribuição de Léry para engrossar a construção de um imaginário verbal
sobre esse corpo social-outro nos primórdios do Brasil e de suas continuidades no
contemporâneo. Ainda, a escrita recebe um tratamento de agente nos mecanismos de
domesticação e conquista dos europeus na questão da construção do corpo selvagem, mais
especificamente, no que envolve entendimentos de corpo que inauguram o conceito de
modernidade no discurso escrito da literatura de viagem do século XVI. Fato que possibilita
reflexão sobre a historicidade do corpo moderno dada pelo descobrimento do Novo Mundo. O
processo de investigação leva a questão da normatização do corpo ocidental, bem como ao
encontro de outras realidades , na relação entre corpo e sociedades que se chocam pelo
inesperado e se distanciam pela impossibilidade de compreensão. Um jogo de assimilações e
resistências emerge das políticas do corpo praticadas entre civilizado e selvagem . O aporte
teórico para esta investigação historiográfica põe Léry num diálogo transdisciplinar com
Michel de Certeau, Frank Lestringant e Tzvetan Todorov, para tratar do encontro com o
Tupinambá no século XVI. Lançamos mão, também, no intuito de entendermos a
corporalidade Tupinambá, do estudo do antropólogo Viveiros de Castro que pesquisou a tribo
dos Araweté da Amazônia, último reduto dos Tupinambá no século XXI. O estudo dos
autores citados encaminhou a pesquisa para discussões específicas, a saber: o estado de
exceção instaurado durante o período da conquista e suas conseqüências na formação do
imaginário e nos modos como o corpo foi simbolizado, traços que se estendem até a
contemporaneidade
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