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Perfil circadiano da expressão de microRNAs em células progenitoras CD133+ / Circadian variation of microRNA expression profile in CD133+ progenitor cellsMarçola, Marina 28 January 2015 (has links)
Culturas de células primárias diferem de acordo com as condições ambientais nas quais se encontra o doador. Recentemente demonstramos que o ciclo claro/escuro impõe um programa molecular hereditário em cultura celular. Com o intuito de investigar os mecanismos moleculares da memória celular, no presente trabalho isolamos células progenitoras CD133+ de explante de músculo cremaster e investigamos se a expressão de microRNAs (miRNAs), resulta em fenótipos diferentes de acordo com o ciclo claro/escuro. O sequenciamento global de miRNAs utilizando a plataforma SOLiD 4 e analisado pelos programas EdgeR, TargetScan e Metacore resultou na identificação de 541 miRNAs maduros, os quais apresentam dois perfis de expressão distintos de acordo com a hora de obtenção das culturas. miR-1249 e miR-129-2-3p são mais expressos em células obtidas durante o dia e favorecem a manutenção da pluri/multipotência celular. Já células obtidas à noite expressam maior conteúdo dos miR-182, miR-96-5p, miR-223-3p, miR-146a-3p e miR-146a-5p resultando na inibição da resposta inflamatória e no favorecimento da maturação celular quando comparadas às células obtidas de dia. A análise funcional da inibição da resposta inflamatória em células obtidas à noite foi confirmada por PCR array que revelou na menor expressão de genes relacionados à via de sinalização TLR/NF-κB, incluindo Traf6, um alvo do miR-146a. Além disso, a translocação nuclear de NF-κB é reduzida à noite e é inversamente proporcional ao nível de melatonina plasmática. Demonstramos ainda que a melatonina in vitro favorece o estado de pluripotência celular por aumentar a expressão de CD133, miR-1249 e miR-129-2-3p. No entanto, esse efeito depende do contexto celular visto que a expressão de receptores de melatonina também varia de acordo com a hora de obtenção da cultura. Em conjunto, nossos dados sugerem que o ciclo claro/escuro interfere no perfil de expressão de miRNAs e impõe uma variação no fenótipo de células progenitoras CD133+ / The phenotype of primary cells in culture varies according to the donor environmental condition. We have recently shown that the light/dark cycle impose a molecular program that is hereditable in culture. In order to evaluate the molecular mechanisms of cellular memory, here we isolated CD133+ progenitor cells from cremaster muscle explants and investigated whether the expression of microRNAs (miRNAs), could result in different phenotypes according the phase of ligh/dark cycle when cells were obtained. The global miRNA sequencing using SOLiD4 Platform, and analyzed by EdgeR, TargetScan and MetaCore, revealed the expression of a total of 541 mature miRNAs, and two distinct miRNAs signatures according to the hour when cells were obtained. miR-1249 and miR-129-2-3p are more expressed during daytime and favor the maintenance of cellular pluri/multipotency. Nighttime cells express higher amounts of miR-182, miR96-5p, miR-223-3p, miR-146a-3p and miR-146a-5p that inhibit the inflammatory response and favor the cellular maturation when compared to daytime cells. The functional analysis of the inflammatory response inhibition during nighttime was confirmed by PCR array and revealed lower expression level of genes related to TLR/NF-κB pathway, including Traf6, a putative target mRNA of miR-146a. Additionally, the nuclear translocation of NF-κB is reduced in nighttime cells and it is inversely correlated to the nocturnal the plasma level of melatonin. We also showed that melatonin in vitro favors the cellular pluri/multipotency, increasing CD133, miR-1249 and miR-129-2-3p expression. However, this effect depends on cellular context, as the expression of melatonin receptors also shows a daily variation. Altogether, our data suggest that the light/dark cycle interferes on miRNAs expression profile and imposes a rhythmic phenotype variation in CD133+ cells
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Perfil circadiano da expressão de microRNAs em células progenitoras CD133+ / Circadian variation of microRNA expression profile in CD133+ progenitor cellsMarina Marçola 28 January 2015 (has links)
Culturas de células primárias diferem de acordo com as condições ambientais nas quais se encontra o doador. Recentemente demonstramos que o ciclo claro/escuro impõe um programa molecular hereditário em cultura celular. Com o intuito de investigar os mecanismos moleculares da memória celular, no presente trabalho isolamos células progenitoras CD133+ de explante de músculo cremaster e investigamos se a expressão de microRNAs (miRNAs), resulta em fenótipos diferentes de acordo com o ciclo claro/escuro. O sequenciamento global de miRNAs utilizando a plataforma SOLiD 4 e analisado pelos programas EdgeR, TargetScan e Metacore resultou na identificação de 541 miRNAs maduros, os quais apresentam dois perfis de expressão distintos de acordo com a hora de obtenção das culturas. miR-1249 e miR-129-2-3p são mais expressos em células obtidas durante o dia e favorecem a manutenção da pluri/multipotência celular. Já células obtidas à noite expressam maior conteúdo dos miR-182, miR-96-5p, miR-223-3p, miR-146a-3p e miR-146a-5p resultando na inibição da resposta inflamatória e no favorecimento da maturação celular quando comparadas às células obtidas de dia. A análise funcional da inibição da resposta inflamatória em células obtidas à noite foi confirmada por PCR array que revelou na menor expressão de genes relacionados à via de sinalização TLR/NF-κB, incluindo Traf6, um alvo do miR-146a. Além disso, a translocação nuclear de NF-κB é reduzida à noite e é inversamente proporcional ao nível de melatonina plasmática. Demonstramos ainda que a melatonina in vitro favorece o estado de pluripotência celular por aumentar a expressão de CD133, miR-1249 e miR-129-2-3p. No entanto, esse efeito depende do contexto celular visto que a expressão de receptores de melatonina também varia de acordo com a hora de obtenção da cultura. Em conjunto, nossos dados sugerem que o ciclo claro/escuro interfere no perfil de expressão de miRNAs e impõe uma variação no fenótipo de células progenitoras CD133+ / The phenotype of primary cells in culture varies according to the donor environmental condition. We have recently shown that the light/dark cycle impose a molecular program that is hereditable in culture. In order to evaluate the molecular mechanisms of cellular memory, here we isolated CD133+ progenitor cells from cremaster muscle explants and investigated whether the expression of microRNAs (miRNAs), could result in different phenotypes according the phase of ligh/dark cycle when cells were obtained. The global miRNA sequencing using SOLiD4 Platform, and analyzed by EdgeR, TargetScan and MetaCore, revealed the expression of a total of 541 mature miRNAs, and two distinct miRNAs signatures according to the hour when cells were obtained. miR-1249 and miR-129-2-3p are more expressed during daytime and favor the maintenance of cellular pluri/multipotency. Nighttime cells express higher amounts of miR-182, miR96-5p, miR-223-3p, miR-146a-3p and miR-146a-5p that inhibit the inflammatory response and favor the cellular maturation when compared to daytime cells. The functional analysis of the inflammatory response inhibition during nighttime was confirmed by PCR array and revealed lower expression level of genes related to TLR/NF-κB pathway, including Traf6, a putative target mRNA of miR-146a. Additionally, the nuclear translocation of NF-κB is reduced in nighttime cells and it is inversely correlated to the nocturnal the plasma level of melatonin. We also showed that melatonin in vitro favors the cellular pluri/multipotency, increasing CD133, miR-1249 and miR-129-2-3p expression. However, this effect depends on cellular context, as the expression of melatonin receptors also shows a daily variation. Altogether, our data suggest that the light/dark cycle interferes on miRNAs expression profile and imposes a rhythmic phenotype variation in CD133+ cells
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Sincronização fótica de um roedor subterrâneo: um estudo cronobiológico de campo e de laboratório do tuco-tuco (Ctenomys cf. knighti) / The photic synchronization of a subterranean rodent: a field/lab chronobiological study of the tuco-tuco (Ctenomys cf. knighti)Flôres, Danilo Eugênio de França Laurindo 07 November 2011 (has links)
As variáveis biológicas de muitos seres vivos apresentam ritmos diários, em paralelo ao dia e à noite do ambiente. A maioria desses ritmos não é uma mera reação aos estímulos cíclicos do ambiente: eles são ritmos circadianos gerados endogenamente por um temporizador interno - o oscilador circadiano - que sustenta uma ritmicidade com período diferente de 24 horas na ausência de pistas ambientais, mas se sincroniza para um período de 24 horas quando exposto ao ambiente cíclico. Em mamíferos, o oscilador circadiano se localiza no cérebro e pode ser sincronizado pelo ciclo diário de claridade e escuridão (ciclo CE) do dia e da noite transmitido através das retinas. Animais subterrâneos passam boa parte do tempo abaixo da terra, onde as condições ambientais variam menos que na superfície. Em razão disso, questiona-se até que ponto estes animais mantêm ritmos circadianos e se seus osciladores circadianos se baseiam no ciclo CE para se sincronizar com o ambiente. Procuramos responder essas questões nos roedores subterrâneos da espécie Ctenomys cf. knighti (tuco-tucos). Em campo, realizamos observações visuais diretas para registrar o padrão temporal de exposição à luz. Em laboratório, construímos a Curva de Resposta de Fase (CRF), que consiste em medir indiretamente a resposta do oscilador circadiano a estímulos luminosos em diferentes momentos do dia. Por fim, recorremos a simulações computacionais de um modelo matemático de oscilador, para integrar os dados anteriores. Verificamos, em campo, que os tuco-tucos se expõem, diariamente, a pulsos de luz irregularmente distribuídos nas horas claras do dia levantando alguns questionamentos sobre sua capacidade como sincronizador dos ritmos em campo. Contudo, a CRF nos indicou que o sistema circadiano dos tuco-tucos responde a estímulos luminosos de forma semelhante aos animais não-subterrâneos. Nós verificamos 3 hipóteses: ou a informação da exposição à luz em campo é suficiente para sincronizar o oscilador circadiano, apesar da aparente irregularidade; ou a CRF do tuco-tuco possui alguma característica que facilita a sincronização pelo regime observado de exposição à luz; ou seu sistema circadiano se baseia em outra pista temporal do ambiente para se manter sincronizado. Nossas simulações computacionais indicaram que a primeira hipótese é a mais provável, visto que os padrões de exposição à luz simulados, como aqueles observados em campo, com o mínimo de informação temporal, ainda assim são suficientes para sincronizar os osciladores. Em conjunto, nossos dados indicam que o ciclo claro-escuro tem um papel importante na sincronização dos ritmos circadianos dos tuco-tucos na natureza. / Daily rhythms are found in the biological variables of many organisms, in parallel to the environmental day and night. Most of those rhythms are not mere reactions to the cyclic stimulus of the environment. They are actually circadian rhythms, endogenously generated by an internal timer, the circadian oscillator, which sustains a non-24-hour rhythm under constant conditions, but is synchronized to a 24-hour period when exposed do a cyclic environment. In mammals, this oscillator is located in the brain, and can be synchronized by the daily light-dark cycle (LD cycle) of day and night. Subterranean animals remain most of the time in an underground habitat, where environmental conditions vary less markedly than aboveground. Therefore, there are doubts whether these animals maintain circadian rhythms and whether their circadian oscillators rely on the LD cycle for environmental synchronization. We attempted to answer those questions in subterranean rodents of the species Ctenomys cf. knighti (tuco-tucos). In the field, we performed direct visual observations to assess their temporal pattern of light-exposure. In the lab, we build the Phase Response Curve (PRC), which consists in an indirect measurement of the circadian oscillator responses to light stimuli applied at different times of the day. Finally, computer simulations of an oscillator model were used to integrate these previous data. We verified that tuco-tucos expose themselves to light pulses that are irregularly distributed through day-light hours, raising some questions about its validity as an environmental synchronizer. However, the PRC results indicated that the tuco-tucos circadian system responds to light stimuli in a way similar to non-subterranean animals. We then verified three hypothesis: either the light-exposure temporal information was enough for the synchronization of the circadian system, despite its apparent irregularity; or the tuco-tuco\'s PRC present some feature that facilitates the synchronization by the observed light-exposure regimen; or the tuco-tuco\'s circadian system rely on another environmental temporal cue to maintain its synchronization. Our computer simulations support the first hypothesis, given that the simulated regimens, despite being little informative in the temporal sense, were still sufficient to synchronize the simulated oscillators. Together, our data indicate that the light-dark cycle plays an important role in the synchronization of the tuco-tucos\' circadian rhythms in nature.
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Preferência Claro/Escuro em Danio rerio: Efeitos da Melatonina Sobre o Horário da Coleta e de Regime de Luz / Preference Light / Dark in Danio rerio: Effects of Melatonin About Harvest Schedule and Regime of LightDIAS, Cláudio Alberto Gellis De Mattos 12 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-12 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O Danio rerio é um modelo animal amplamente utilizado e com protocolos bem estabelecidos para experimentos comportamentais em aquários branco/preto. O lado branco do aquário parece causar aversão e a preferência parece ser por permanecer maior tempo no lado escuro. A melatonina é um indolamina com influência no funcionamento fisiológico de animais. Os objetivos deste trabalho são: fazer um levantamento na literatura sobre melatonina e sua correlação com peixes e com o Danio rerio; comparar a eficiência de dois aparatos de isolamento em testes comportamentais; testar a influência de quatro períodos do dia e de cinco fotoperíodos na variação da resposta em Zebrafish submetidos ao teste claro-escuro; comparar o tempo de permanência em cada lado do aquário teste no período noturno, com sujeitos isolados em fotoperíodo de 12/12 horas; comparar o tempo de permanência em cada lado do aquário teste no período, com sujeitos isolados em fotoperíodo de 12/12 horas, com exposição a sete diferentes concentrações de melatonina; comparar estatisticamente a amostra em quartis dentro de cada concentração; e comparar estatisticamente a amostra em quartis entre os primeiros, segundos e terceiros quartis de cada concentração. O Zebrafish e os peixes parecem ter
sua fisiologia e comportamento influenciados pela melatonina (tanto endógena quanto exógena). Ambos os aparatos de isolamento demonstraram ser igualmente eficazes para testes comportamentais. A luminosidade parece arrastar o ciclo circadiano do Zebrafish, diminuindo sua aversão ao lado branco do aquário, no fotoperíodo 12/12 horas e período de coleta noturno. Ela parece
influir na alteração causada pelo fotoperíodo, diminuindo ou anulando o arrastamento. Na amostra analisada parece haver subpopulações que respondem de maneira diferente a exposição à mesma concentração de melatonina. Estudos com cepas específicas de Zebrafish e com um leque maior de concentrações de melatonina parecem ser necessários para identificar a possível dose específica para contrabalancear a atuação luminosa no arrastamento do ciclo circadiano em Danio rerio. / Danio rerio is a widely used animal model for behavioral experiments in white / black tanks. The white side of the aquarium seems to cause aversion and the preference seems to be to stay longer on the dark side. Melatonin is a indoleamine which influence the physiological functioning of fish. The aims of
this work are: to survey the literature on melatonin and its correlation with fishes and Danio rerio; compare the efficiency of two apparatuses insulation in behavioral tests; testing the influence of four periods of the day and five photoperiods response variation in Zebrafish to light-dark test; compare the time spent on each side of the aquarium test period, subjects isolated on a photoperiod of 12/12 hours with exposure to seven different concentrations of melatonin; statistically comparing the sample into quartiles within each concentration; and statistically compare the sample into quartiles among the first, second and third quartiles of each concentration. The Zebrafish and the fishes seem to have their physiology and behavior influenced by melatonin (both endogenous as exogenous). Both apparatuses isolation proved to be equally effective for behavioral tests. Luminosity seems to drag the Zebrafish
circadian cycle, reducing their aversion to the white side of the aquarium, photoperiod 12/12 hour period and night collection. Melatonin seems to influence the change caused by photoperiod, decreasing or canceling the dragging. In our sample seems to be subpopulations that respond differently to exposure to the same concentration of melatonin. Studies with specific strains of Zebrafish and with a wider range of concentrations of melatonin appear to be necessary to identify the specific dosage possible to counteract the performance in light entrainment of the circadian cycle in Danio rerio.
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Efeitos da intoxicação progressiva e aguda de chumbo sobre parâmetros comportamentais do Betta Splends: escototaxia e display agressivoSantos, Bruno Rodrigues dos [UNESP] 20 February 2009 (has links) (PDF)
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santos_br_me_bauru.pdf: 823510 bytes, checksum: fe745f86976dbf0aa4a788cc05038cbb (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Foram administradas doses progressivas (12, 24, 36, 48 e 60μPb/L) e agudas (60μPb/L) de chumbo no Betta splendens (N = 23) e testados os comportamentos de display agressivo e escotataxia em cinco testes consecutivos, com intervalos de 18 horas - para dosagem progressiva - e 24 horas - para dosagem aguda. Realizaram-se sete experimentos: (1) validação do teste de preferência claro-escuro; (2) teste e re-teste da preferência claro-escuro; (3) efeito de doses progressivas de chumbo sobre teste de preferência claro-escuro; (4) efeitos de doses agudas de chumbo sobre teste de preferência claro-escuro; (5) teste e re-teste do display agressivo; (6) efeito de doses progressivas de chumbo sobre o display agressivo; (7) efeito de doses agudas de chumbo sobre o display agressivo, com exposição ao espelho. Os experimentos (1) e (2) indicaram que o Betta splendens apresenta comportamento de escotataxia, sendo que não houve habituação ao re-teste da preferência claro-escuro. Nos experimentos (3) e (4) indicaram que o chumbo em doses progressivas e agudas não alterou o comportamento de escotataxia, mas provocou déficits de memória de longo-prazo no teste de preferência claro-escuro. O experimento (5) não apresentou habituação no re-teste do display agressivo. Os experimentos (6) e (7) indicaram que o chumbo em doses progressivas e agudas aumentou a frequencia de comportamentos agressivos. Estes dados apontam para o teste de preferência claro-escuro como um novo modelo de ansiedade para o Betta splendens e que a exposição progressiva e aguda ao chumbo produz déficits de memória de longo-prazo e aumenta a agressividade deste. / Betta splends (N = 23) were treated with progressive (12, 24, 36, 48 e 60μPb/L) and acute (60μPb/L) lead poisoning. They were submitted to darkness preference and aggressive display test into five consecutive trials separated by 18 h to progressive poisoning and 24 h to acute poisoning between trials. Seven experiments were conducted so: (1) validation of darkness preference test; (2) exposition and re-exposition to darkness preference teste; (3) effect of progressive lead doses on the darkness preference teste; (4) effect of acute lead dose on the darkness preference test; (5) exposition and re-exposition to aggressive display test; (6) effect of progressive lead doses on aggressive display test; (7) effect of acute lead dose on aggressive display test. Experiments (1) and (2) data showed the darkness preference of Betta splendens, since there was no habituation to re-exposition to darkness preference test. Experiments (3) and (4) data showed deficits on long-term memory produced by progressive and acute lead poisoning. Experiment (5) data showed no habituation to re-exposition to aggressive display test. Experiments (6) and (7) data showed the increase of aggressiveness display produced by progressive and acute lead poisoning. Therefore, these seven experiments data showed how darkness preference test can be a possible anxiety model to Betta splendens and how progressive and acute lead exposition can produce deficits in long-term memory and aggressiveness display increased.
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Sincronização fótica de um roedor subterrâneo: um estudo cronobiológico de campo e de laboratório do tuco-tuco (Ctenomys cf. knighti) / The photic synchronization of a subterranean rodent: a field/lab chronobiological study of the tuco-tuco (Ctenomys cf. knighti)Danilo Eugênio de França Laurindo Flôres 07 November 2011 (has links)
As variáveis biológicas de muitos seres vivos apresentam ritmos diários, em paralelo ao dia e à noite do ambiente. A maioria desses ritmos não é uma mera reação aos estímulos cíclicos do ambiente: eles são ritmos circadianos gerados endogenamente por um temporizador interno - o oscilador circadiano - que sustenta uma ritmicidade com período diferente de 24 horas na ausência de pistas ambientais, mas se sincroniza para um período de 24 horas quando exposto ao ambiente cíclico. Em mamíferos, o oscilador circadiano se localiza no cérebro e pode ser sincronizado pelo ciclo diário de claridade e escuridão (ciclo CE) do dia e da noite transmitido através das retinas. Animais subterrâneos passam boa parte do tempo abaixo da terra, onde as condições ambientais variam menos que na superfície. Em razão disso, questiona-se até que ponto estes animais mantêm ritmos circadianos e se seus osciladores circadianos se baseiam no ciclo CE para se sincronizar com o ambiente. Procuramos responder essas questões nos roedores subterrâneos da espécie Ctenomys cf. knighti (tuco-tucos). Em campo, realizamos observações visuais diretas para registrar o padrão temporal de exposição à luz. Em laboratório, construímos a Curva de Resposta de Fase (CRF), que consiste em medir indiretamente a resposta do oscilador circadiano a estímulos luminosos em diferentes momentos do dia. Por fim, recorremos a simulações computacionais de um modelo matemático de oscilador, para integrar os dados anteriores. Verificamos, em campo, que os tuco-tucos se expõem, diariamente, a pulsos de luz irregularmente distribuídos nas horas claras do dia levantando alguns questionamentos sobre sua capacidade como sincronizador dos ritmos em campo. Contudo, a CRF nos indicou que o sistema circadiano dos tuco-tucos responde a estímulos luminosos de forma semelhante aos animais não-subterrâneos. Nós verificamos 3 hipóteses: ou a informação da exposição à luz em campo é suficiente para sincronizar o oscilador circadiano, apesar da aparente irregularidade; ou a CRF do tuco-tuco possui alguma característica que facilita a sincronização pelo regime observado de exposição à luz; ou seu sistema circadiano se baseia em outra pista temporal do ambiente para se manter sincronizado. Nossas simulações computacionais indicaram que a primeira hipótese é a mais provável, visto que os padrões de exposição à luz simulados, como aqueles observados em campo, com o mínimo de informação temporal, ainda assim são suficientes para sincronizar os osciladores. Em conjunto, nossos dados indicam que o ciclo claro-escuro tem um papel importante na sincronização dos ritmos circadianos dos tuco-tucos na natureza. / Daily rhythms are found in the biological variables of many organisms, in parallel to the environmental day and night. Most of those rhythms are not mere reactions to the cyclic stimulus of the environment. They are actually circadian rhythms, endogenously generated by an internal timer, the circadian oscillator, which sustains a non-24-hour rhythm under constant conditions, but is synchronized to a 24-hour period when exposed do a cyclic environment. In mammals, this oscillator is located in the brain, and can be synchronized by the daily light-dark cycle (LD cycle) of day and night. Subterranean animals remain most of the time in an underground habitat, where environmental conditions vary less markedly than aboveground. Therefore, there are doubts whether these animals maintain circadian rhythms and whether their circadian oscillators rely on the LD cycle for environmental synchronization. We attempted to answer those questions in subterranean rodents of the species Ctenomys cf. knighti (tuco-tucos). In the field, we performed direct visual observations to assess their temporal pattern of light-exposure. In the lab, we build the Phase Response Curve (PRC), which consists in an indirect measurement of the circadian oscillator responses to light stimuli applied at different times of the day. Finally, computer simulations of an oscillator model were used to integrate these previous data. We verified that tuco-tucos expose themselves to light pulses that are irregularly distributed through day-light hours, raising some questions about its validity as an environmental synchronizer. However, the PRC results indicated that the tuco-tucos circadian system responds to light stimuli in a way similar to non-subterranean animals. We then verified three hypothesis: either the light-exposure temporal information was enough for the synchronization of the circadian system, despite its apparent irregularity; or the tuco-tuco\'s PRC present some feature that facilitates the synchronization by the observed light-exposure regimen; or the tuco-tuco\'s circadian system rely on another environmental temporal cue to maintain its synchronization. Our computer simulations support the first hypothesis, given that the simulated regimens, despite being little informative in the temporal sense, were still sufficient to synchronize the simulated oscillators. Together, our data indicate that the light-dark cycle plays an important role in the synchronization of the tuco-tucos\' circadian rhythms in nature.
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Comportamento alimentar do camar?o marinho farfantenaeus subtilis em condi??es laboratoriaisSilva, Priscila Fernandes 30 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-30 / Shrimp culture represents an important activity to brazilian economy. The northeastern region has presented high levels of production because of its climatic conditions. An important factor for the activity?s major development is related to the introduction of the species Litopenaeus vannamei. The use of an exotic species can disturb the ecosystem. In the last decades, L. vannamei has been the only species cultivated in Brazilian farms, there not being an alternative species for shrimp culture. So, there is an urgent need to developing new studies with the native species, which might represent an alternative concerning shrimp production, with emphasis on Farfantepenaeus subtilis. Another important aspect related to the activity is feeding management, once it is quite usual that feed offer on the pond does not take into account either the species? physiology and behavior or the influence of environmental variables, such as light cycle and substrate. That knowledge may optimize management and so reduce the impact of effluents in the environment. This study?s objective was characterizing feeding behavior of F. subtilis in laboratory. For that, an ethogram was developed, using 20 wild animals which were observed through ad libitum and all occurrences methods. Two experiments were developed in order to register feeding behavior on different substrates, along 15 days, each. In the first experiment, 40 animals were distributed in eight aquaria, half being observed during the light phase of the 24 hour cycle and the other half in the dark phase, both in halimeda substrate. In the second experiment, 20 animals were distributed in four aquaria, under similar conditions as the previous ones, but in sand substrate. In both experiments, animals were observed respectively one, four, seven and ten hours after the beginning of the phase, for light phase, for the dark phase, in ten minute observation windows, before and immediately after feed offer. The following behaviors were registered: feed ingestion, ingestion of other items, inactivity, exploration, vertical exploration, swimming, crawling, digging, burrowing, and moving by the animals. Observation windows after feed offer also included latency to reach the tray and to ingest feed. Nineteen behaviors were described for the species. F. subtilis presented more behavioral activities in halimeda substrate even in the light phase, while burrowing was predominant in sand substrate. In both substrates, moving, crawling and exploration were more frequent after feed offer, but inactivity and burrowing were more frequent before that. Feed ingestion was more frequent in halimeda, both in light and dark phases. Weight gain was also more prominent in that substrate. In sand substrtate, ingestion was more frequent in the dark phase, which suggests that higher granulometry facilitates feed ingestion in F. subtilis juveniles. Our results demonstrate the importance of studies for the better knowledge of the species, specially its response to environmental stimuli, in order to improve animal management / A carcinicultura ? uma atividade de grande import?ncia econ?mica no Brasil. Um fator que contribuiu para o crescimento da atividade foi a introdu??o da esp?cie Litopenaeus vannamei. A utiliza??o de uma esp?cie ex?tica pode causar danos ao ecossistema nativo e atualmente L. vannamei ? a ?nica esp?cie cultivada no Brasil, n?o havendo uma alternativa para o setor. Da? a necessidade de estudos com esp?cies nativas que possam representar outra via para a produ??o, em particular Farfantepenaeus subtilis. O conhecimento sobre o comportamento e fisiologia da esp?cie e sobre a influ?ncia das caracter?sticas do ambiente, como o ciclo de luz e substrato, sobre a ingest?o, pode otimizar o manejo e minimizar o impacto do despejo de efluentes no meio ambiente. Assim, esse estudo objetiva caracterizar o comportamento alimentar de F. subtilis ao longo do ciclo de luz em diferentes substratos sob condi??es laboratoriais. Para isso foi elaborado um etograma utilizando 20 animais trazidos da natureza, e observados pelos m?todos ad libitum e Todas as Ocorr?ncias. Para observa??o do comportamento alimentar dois experimentos foram realizados em diferentes substratos, com dura??o de 15 dias cont?nuos cada. No primeiro experimento 40 animais foram distribu?dos em oito aqu?rios, quatro na fase de claro e quatro na fase de escuro, com substrato de conchas de ostras trituradas (halimeda). No segundo experimento 20 animais foram distribu?dos em quatro aqu?rios, dois na fase de claro e dois na fase de escuro, com substrato de areia. Em ambos os experimentos os animais foram observados na fase de claro nos hor?rios 7h, 10h, 13h e 16h (1, 4, 7, 10) e nos hor?rios equivalentes na fase de escuro19h, 22h, 1h e 4h (1, 4, 7, 10), em janelas de 10 minutos antes e imediatamente ap?s a oferta da ra??o. Os comportamentos registrados foram: ingest?o do item ofertado, ingest?o do item que n?o o ofertado, parado, explora??o, explora??o vertical, nata??o, rastejamento, cavar, enterramento, limpeza e o deslocamento dos animais. Ap?s a oferta do alimento as lat?ncias de chegada a bandeja e de consumo do alimento foram registradas. Ao todo 19 comportamentos foram descritos para a esp?cie. F. subtilis apresentou uma maior diversidade de comportamentos na halimeda, mesmo na fase de claro, enquanto que na areia o enterramento predominou. Nos dois substratos o deslocamento, rastejamento e explora??o foram mais freq?entes ap?s a oferta do alimento, enquanto o parado e o enterramento foram mais frequentes antes. A ingest?o da ra??o foi maior no substrato de halimeda, n?o diferindo entre as fases de claro e escuro, o ganho de peso dos animais tamb?m foi maior nesse substrato. Na areia a ingest?o foi mais freq?ente na fase de escuro, o que sugere que substratos de maior granulometria favorecem a ingest?o do alimento em juvenis de F. subtilis. Nossos resultados demonstram a import?ncia do conhecimento da esp?cie e de sua resposta aos est?mulos do ambiente, como subs?dio para o desenvolvimento de estrat?gias de manejo eficientes
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Validação da preferência claro/escuro como modelo comportamental de ansiedade no Carassius auratus (peixe dourado) / Validation of the light/dark preference as a behavioral model of anxiety in Carassius auratus (goldfish).Brito, Thiago Marques de 26 August 2011 (has links)
A validação de um modelo experimental para se investigar a ansiedade deve estar baseada inicialmente em uma validação comportamental paramétrica, que pressupõe a investigação de respostas relacionadas ao comportamento de defesa da espécie frente às situações aversivas presentes no ambiente de exposição. Assim, o presente trabalho validou a preferência claro/escuro como um modelo comportamental para o estudo da ansiedade no peixe Carassius auratus (peixe dourado). Foram avaliados os seguintes parâmetros: repetição das exposições ao aparato de teste em 5 sessões diárias, privação de comida, aquário enriquecido, troca de água do aquário antes dos testes, proporções diferentes do compartimento claro e escuro, e aquário com a metade do comprimento. Os dados indicaram que as reexposições aumentaram o número de cruzamentos, indicando que a mesma aumenta a exploração do aparato, atenuando os componentes aversivos do ambiente. Os peixes alojados no aquário enriquecido se locomoveram mais no aparato, e não apresentam preferência significativa por nenhum dos compartimentos (claro/escuro), evidenciando que a aversividade do ambiente claro foi atenuada pelo alojamento em um aquário enriquecido. Os animais privados de comida por 48 h não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos gastos nos compartimentos claro e escuro do aquário, indicando uma maior exploração do aparato em busca de alimento. Os animais que passaram pelo procedimento de troca de água do aquário de testes não apresentaram preferência por nenhum dos compartimentos, indicando que os peixes, provavelmente, liberam sinalizadores químicos na água que informam seus co-específicos sobre o potencial aversivo do ambiente. Quanto à proporção do aquário, os animais expostos ao aquário teste 75% claro e 25% escuro se locomoveram menos que os do aquário controle, indicando que uma maior área clara, pode levar a uma ampliação da aversividade nesse aquário. Quando os sujeitos foram submetidos ao aquário 75% escuro e 25% claro, a frequência de cruzamentos foi maior no grupo controle e, nesse caso, a maior locomoção pode estar associada a uma atenuação da aversividade do ambiente relacionada a presença de uma maior área escura. No aquário 87,5% claro e 12,5% escuro, os animais do grupo experimental não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos gastos em nenhum dos compartimentos do aquário, indicando que uma maior área clara (aversiva) altera a preferência por ambientes escuros. Os peixes expostos ao aquário com a metade do comprimento aumentaram sua locomoção, evidenciando que o comprimento do aparato interfere na aversividade do compartimento claro. De forma geral, os dados demonstraram que a manipulação de estímulos ambientais altera os padrões comportamentais exploratórios relacionados à preferência claro/escuro, os quais podem estar associados a diferentes comportamentos relacionados à ansiedade. / The validation of an experimental model to investigate the anxiety must be initially based in a parametric behavioral validation, which involves investigating responses related to the defense behavior of the species to cope with aversive situations in the environment of exposure. Thus, the present study validated the light/dark preference as a behavioral model for the study of anxiety in Carassius auratus (goldfish). The following parameters were evaluated: repetition of exposures to the test apparatus in 5 daily sessions, food deprivation, enriched aquarium, exchange of the water of the test aquarium, different proportions of the light and dark compartments, and exposure to an aquarium with half the length of the control one. The data indicated that the repeated exposures increased the number of crossings, indicating that they increased the exploration of the apparatus by reducing the aversive components of the environment. The fish housed in the enriched aquarium displaced more in the test apparatus, showin no significant preference for either the dark or light side, indicating the aversion of the test environment was attenuated by the exposure to the enriched aquarium. 48-H food-deprived animals showed no statistically significant differences between the times spent in either side of the test aquarium, indicating more intense exploration of the test apparatus in search of food. The animals submitted to the procedure of exchanging the water of the test aquarium before testing did not show preference for either side, indicating that the fish probably release chemical signals in the water which inform their conspecifics of the potential aversiveness of environment. As to the proportion of the aquarium, animals exposed to the 75% light 25% dark test aquarium displaced less than the ones exposed to the control aquarium, indicating that a larger light area can lead to an increase in the aversiveness of the aquarium. When the subjects were exposed to the 75% dark 25% light aquarium, the frequency of crossings was greater for the control group and, in this case, the increased locomotion may be associated with an attenuation in the aversiveness of the environment related to the presence of a larger dark area. In the 87.5% light 12.5% dark aquarium, the animals in the experimental group did not present statistically significant differences between the times spent on either the light or dark sides of the apparatus, indicating that a larger light (aversive) area alters the preference for dark environments. The fishes exposed the aquarium with half the length increased their locomotion, indicating that the length of the apparatus interferes with the aversiveness of the light compartment. Overall, the data showed that manipulating environmental stimuli affects exploratory behavior patterns related to light/dark preference, which may be associated with different anxiety-related behaviors.
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"Sincronização da atividade locomotora em robalos juvenis (Centropomus parallelus e C. undecimalis) pelo ciclo claro/escuro e ciclo de disponibilidade alimentar" / Syncronization on locomotor activity in juvenile snook (Centropomus parallelus e C. undecimalis) by light/dark cycle and food availability cycleCarvalho, Maria Raquel de 18 August 2006 (has links)
Os peixes são organismos plásticos em relação às alterações de ciclos ambientais como o ciclo claro/escuro e ciclo de disponibildade alimentar, zeitgebers comprovadamente fortes para outros organismos vertebrados. O objetivo geral deste estudo foi verificar se o ciclo claro /escuro (CE) e o ciclo de disponibilidade alimentar (AJ) promovem sincronização da atividade locomotora em exemplares de robalos juvenis das espécies Centropomus parallelus e C. undecimalis coletados na região do Sistema Cananéia-Iguape (SP). Foi verificada uma possível relação hierárquica entre estes ciclos ambientais, e também foram observadas diferenças inter e intraindividuais de sincronização. Depois de coletados os peixes permaneceram em aquários do Laboratório de Ritmos Biológicos do GMDRB (Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos) com temperatura da água entre 25 e 30oC, salinidade entre 20 a 30 e ciclos claro/escuro de 11:13h e 13:11h. A alimentação foi administrada manualmente, a intensidade luminosa da fase clara foi de 90lux e da fase escura foi de 10lux. A atividade locomotora dos peixes foi registrada individualmente através das interrupções nos feixes de luz infra-vermelha. Os feixes foram gerados por emissores de luz e detectados por fotocélulas; os pares emissor-fotocélula foram distribuídos na superfície e fundo dos aquários. A interrupção foi convertida em pulso elétrico por uma interface digital. Os dados foram processados através do programa El Temps"(Diez-Noguera, 1999); foram confeccionados actogramas, periodogramas de Lomb-Scargle e plexogramas. Foram calculadas as porcentagens de alocação da atividade locomotora em cada fase (claro, escuro, jejum e alimentação) baseadas no número total de horas da fase correspondente. As porcentagens foram então comparadas em todas as condições experimentais, para todos os indivíduos. As comparações foram feitas através do teste Z com correção de Yates, com o auxílio do programa estatístico SigmaStat" versão 3.11. Diante dos resultados obtidos pôde-se concluir que somente o ciclo claro /escuro foi capaz de sincronizar alguns dos exemplares testados neste estudo. O mascaramento promovido por este ciclo ambiental possivelmente é responsável pela plasticidade temporal e reflete a complexidade do ambiente costeiro repleto de ciclos ambientais. / Fish are generally adaptable to changes in environmental cycles such as the light/dark cycle (LD) and food availability cycle (EF). These cycles are the most common and considered strong zeitgebers for vertebrates. The aim of this study was to investigate whether LD and EF cycles were able to synchronize the locomotor activity of juvenile snooks (Centropomus undecimalis and C. parallelus) collected at Cananéia estuary (São Paulo Brazil). Juvenile fish were kept in a laboratory lightproof room (Laboratório de Ritmos Biológicos do GMDRB-Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos), water temperature between 25 and 30oC, salinity between 20 and 30. Feeding was performed manually. A bulb of a blue light was located at the top of aquaria (90lx in the light phase and 10lx in the dark phase). Locomotor activity was detected by six (eight, depending on aquaria) pairs of infrared sensors distributed on the surface and at the bottom of aquaria. Data collected from the infrared sensors were analyzed through the program El Temps". Actograms, Lomb-Scargle periodograms, and plexograms were drawn. Locomotor activity percentages were calculated for the different phases of the cycles and compared in all experimental manipulations for all indivuduals. The comparisions were calculated using the software SigmaStat" version 3.11 through the test Z with Yates correction. We concluded that the LD cycle syncronized (probably masking) the locomotor activity in some juvenile fish studied whereas the EF cycle did not. We discuss the temporal plasticity observed in the context of the complexity of coastal environmental.
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Padrão temporal de exposição ao ciclo claro/escuro natural e expressão dos cronotipos em uma região rural. / Temporal pattern of exposure to natural light/ dark cycle and expression of morningness/eveningness tendencies in a rural area.Back, Flávio Augustino 07 May 2008 (has links)
Sabemos que a expressão dos cronotipos resulta de influências genéticas e ambientais. Existem evidências na literatura que nos permitem supor a participação do padrão temporal de exposição ao ciclo claro/escuro natural no estabelecimento dos cronotipos. Neste estudo nosso objetivo principal foi comparar a distribuição de cronotipos de dois grupos que vivem na mesma região rural, mas que apresentam padrões temporais de exposição ao ciclo claro/escuro muito distintos. Ao mesmo tempo, avaliamos a satisfação dos voluntários com seus horários de início de trabalho. Para isso estudamos dois grupos: Grupo de Trabalhadores em Ambiente Aberto (GTAA) e Grupo de Trabalhadores em Ambiente Fechado (GTAF). O GTAA foi composto por 29 voluntários com idade média de 30,8 ± 10,0 anos, enquanto o GTAF foi composto por 20 voluntários com idade média de 30,8 ± 9,8 anos. Aplicamos o questionário de matutinidade e vespertinidade e um questionário sobre os horários de trabalho para todos os voluntários, na maioria das vezes, em suas casas. Medidas das intensidades luminosas dos ambientes de trabalho dos voluntários foram coletadas. Comparamos a pontuação do questionário de cronotipos e a diferença entre o horário em que os voluntários trabalham e o horário em que gostariam de trabalhar entre os dois grupos. Usamos o teste estatístico de Kruskal-Wallis para essas comparações. Fizemos também uma regressão linear entre a pontuação do questionário de matutinidade e vespertinidade e a idade dos voluntários, um coeficiente de correlação foi obtido. Sugerimos com nossos resultados que o contexto fótico associado às naturezas espacial e temporal da ocupação laboral (contexto não-fótico) dos indivíduos pode modular a expressão dos cronotipos. Devido ao contexto fótico associado ao contexto não-fótico dos voluntários, o GTAA parece se ajustar melhor aos seus horários diurnos de trabalho. Finalmente, discutiremos neste trabalho a importância de se contextualizar socialmente a sincronização fótica de humanos para se estudar a expressão dos cronotipos. / It is known that the expression of the chronotypes results from both genetic and environmental influences. There are evidences in the literature which allow us to believe in the participation of the temporal pattern of exposition to the natural light/dark cycle in the establishment of the morningness/eveningness tendencies. In this study, our specific goal was to compare the distribution of the chronotypes in two groups of people sharing the same rural region for living, but with very different temporal patterns of exposition to the light/dark cycle. We also evaluated the satisfaction of the volunteers with their work schedule. Two groups were studied: Indoor Environment Group of workers (IEG) and Outdoor Environment Group (OEG) of workers. The OEG comprised 29 volunteers with average age of 30.8 ± 10.0 years old and the IEG 20 volunteers with average age of 30.8 ± 9.8 years old. We applied the Morningness-Eveningness Questionnaire and other questionnaire about the working time for all volunteers, most of times, in their homes. Measures of the light intensity of the volunteers\' working places were collected. We compared the scores of the questionnaire of chronotypes and the difference between the time in which the volunteers work and the time in which they would like to work, between the two groups. We used the statistic test of Kruskal-Wallis for these comparisons. We also applied a linear regression model between the score of the morningness-eveningness questionnaire and the age of the volunteers, obtaining a correlation coefficient. We suggest with our results that the photic context associated with the spacial and temporal natures of the working occupation, non-photic context, may modulate the expression of peoples\' chronotypes. Because of the photic context associated to the non-photic context of the volunteers, the OEG seems to have a better adjustment to the morning shift. Finaly, we discuss the importance of taking social context in consideration in studies of photic synchronization of humans.
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