Spelling suggestions: "subject:"cognitive behavioral group 20therapy"" "subject:"cognitive behavioral group bodytherapy""
21 |
Terapia cognitivo-comportamental em grupo para transtorno de pânico : avaliação de efeito do protocolo padrão e do acréscimo de sessões de reforço com técnicas cognitivas nas estratégias de enfretamento (coping)Viana, Ana Cristina Wesner January 2012 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente que prejudica a qualidade de vida e o funcionamento psicossocial dos pacientes. O tratamento com medicamentos e a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem evidências comprovadas de eficácia. Entretanto, a recaída é frequente e a falha nas estratégias de enfrentamento (coping), ao lidar com eventos estressores, tem sido apontada como um gatilho deste desfecho. O protocolo de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG), atualmente utilizado, é específico para sintomas do TP. Estudos que avaliam os efeitos de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping ainda não foram testados. Pretende-se, neste estudo, verificar se a TCCG padrão modifica as estratégias de coping dos pacientes com TP comparados a um grupo sem transtorno mental (artigo 1) e avaliar o efeito ao acréscimo de quatro sessões de reforço com técnicas cognitivas de estratégias de coping após a TCCG (artigo 2). Trata-se de um ensaio clínico com pacientes (n=48) que participaram das 12 sessões de TCCG para TP de 2006 a 2009, chamados novamente em 2010 e sorteados para o grupo de intervenção (4 sessões de reforço) ou para o grupo controle (2 reuniões educativas). A gravidade dos sintomas foi mensurada pelas escalas: Impressão Clínica Global (CGI), Escala de Gravidade do TP (PDSS), Inventário do Pânico, Hamilton-Ansiedade (HAM-A) e Inventário de Depressão de Beck (BDI). Para identificar as estratégias de coping e a resiliência foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente. A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. Para o primeiro objetivo de avaliar a mudança das estratégias de coping, os instrumentos foram aplicados antes e após a TCCG e o grupo sem transtorno mental (n=75) respondeu o IEC. Para verificar o efeito das sessões de reforço, os instrumentos foram aplicados antes da intervenção e após o término (1, 6 e 12 meses) por avaliadores independentes. A TCCG padrão foi efetiva na redução dos sintomas do TP em todas as medidas de desfecho. No artigo 1, foi observado que os pacientes diminuíram significativamente o uso da estratégia de coping de confronto (p=0,039) e de fuga e esquiva (p=0,026) quando comparada com o início do tratamento. Porém, a fuga e esquiva após a TCCG não foi mais significativamente diferente (p=0,146) que o grupo sem transtorno mental. Também foi encontrado que o uso de estratégias mais adaptativas estava correlacionado à diminuição da ansiedade antecipatória e dos ataques de pânico. No Artigo 2, os resultados do efeito das quatro sessões de reforço demonstraram melhora significativa dos sintomas do TP, da ansiedade e de depressão em ambos os grupos, considerando desfecho tempo. Ocorreu aumento significativo no domínio de relações sociais da QV no grupo de intervenção, considerando a interação tempo*grupo, independentemente da melhora dos sintomas. Entretanto, não houve diferença significativa nas estratégias de coping e nos demais domínios da QV. As mudanças nos níveis de resiliência foram dependentes dos sintomas do TP, ansiedade e depressão, isto é, quanto menor a intensidade dos sintomas, maior foram os níveis de resiliência. Concluindo, as técnicas da TCCG padrão podem modificar as estratégias de coping, porém com exceção da fuga e esquiva, as estratégias continuam diferentes do grupo sem transtorno mental. A resposta ao acréscimo de sessões de reforço com técnicas específicas de coping melhora o domínio das relações sociais da QV ao longo do tempo, independentemente da diminuição dos sintomas. Por outro lado, o aumento dos níveis de resiliência foi dependente da melhora da intensidade dos sintomas do TP, ansiedade e depressão e a melhora destes sintomas foi significativa, porém não foi diferente entre os grupos intervenção e controle. A hipótese é que este resultado pode estar relacionado a fatores terapêuticos do formato de grupo tanto das sessões de intervenção quanto do controle. Portanto, estudos que investiguem a adição de técnicas cognitivas de coping durante a TCCG padrão e o efeito de fatores terapêuticos do formato de grupo ainda precisam ser realizados. / Panic disorder (PD) is a chronic and recurrent condition that impairs patients’ quality of life and psychosocial functioning. Treatment with medication and cognitive-behavioral therapy (CBT) has confirmatory evidence of efficacy. Nonetheless, relapse is frequent and failure on coping strategies, when dealing with stressful events, has been suggested as being the trigger of this outcome. The protocol of 12 cognitive-behavioral group therapy (CBGT) sessions, as currently used, is specific for PD symptoms. Studies assessing the effects of interventions with cognitive techniques of coping strategies have not been tested yet. The present study aims to verify if the standard CBGT changes PD patients’ coping strategies, when compared to the ones used by the group of individuals without mental disorders (Article 1), and to evaluate the effect of adding 4 booster sessions with cognitive techniques of coping strategies after CBGT (Article 2). This study is a controlled clinical trial with patients (n=48) who participated in the 12 CBGT sessions for PD from 2006 to 2009, who were assessed again in 2010 and assigned either for the intervention group (4 booster sessions) or the control group (2 educational sessions). Symptoms severity was measured by the following scales: Clinical Global Impression (CGI), PD Severity Scale (PDSS), Panic Inventory, Hamilton-Anxiety (HAM-A), and Beck Depression Inventory (BDI). To identify coping strategies and resilience, Coping Strategies Inventory (CSI) and Resilience Scale were applied. Quality of life (QoL) was assessed by WHOQoL-bref. For the first objective of assessing the change on coping strategies, the instruments were applied before and after CBGT, while the group of individuals without mental disorders (n=75) answered CSI. To analyze the impact of booster sessions, the instruments were applied before the intervention and after it was concluded (1, 6, and 12 months) by independent interviewers. Standard CBGT was effective in reducing PD symptoms in all outcome measures. In the Article 1, it was observed that the patients reduced significantly the use of confrontive (p=0.039) and escape and avoidance (p=0.026) coping strategies in comparison to the treatment onset. However, the escape and avoidance strategy after CBGT was not more significantly different (p=0.146) than the strategy used by the control group without mental disorders. It was also observed that the use of more adaptive strategies correlated to the reduction of anticipatory anxiety and panic attacks. In the Article 2, the results of the effect of 4 booster sessions showed significant improvement of PD, anxiety and depression symptoms in both groups, considering the outcome time. A significant increase on social relations domain of QoL was observed in the intervention group, considering interaction time*group, regardless of symptom improvement. However, there was no significant difference on coping strategies and other domains of QoL. Changes on resilience levels depended on PD, anxiety, and depression symptoms, that is, the smaller the symptoms intensity the higher the resilience levels were. In conclusion, standard CBGT techniques might change coping strategies, but, except for escape and avoidance ones, other strategies are still different from the ones used by the group without mental disorders. The response to adding booster sessions with specific coping techniques improves the social relations domain of QoL over time, regardless of the reduction of symptoms. On the other hand, the increase of resilience levels depended on the improvement of PD, anxiety, and depression symptoms intensity. The improvement of these symptoms was significant, but not different for intervention and control groups. The hypothesis is that this result may be related to therapeutic factors of the group therapy both in intervention and control sessions. Therefore, research investigating the addition of cognitive coping techniques during standard CBGT and the effect of therapeutic factors of group therapy is yet to be carried out.
|
22 |
Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánicoViana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
|
23 |
Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivoBehenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
|
24 |
Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánicoViana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
|
25 |
Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánicoViana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
|
26 |
Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivoBehenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
|
27 |
Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivoBehenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
|
28 |
Forças do caráter de idosos: estado da arte e proposta de um programa educacionalFreitas, Eduarda Rezende 13 November 2014 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-06-01T15:59:50Z
No. of bitstreams: 1
eduardarezendefreitas.pdf: 965579 bytes, checksum: 3111cce5877f119df5d013cf7c8f555e (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-02T15:57:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1
eduardarezendefreitas.pdf: 965579 bytes, checksum: 3111cce5877f119df5d013cf7c8f555e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-02T15:57:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
eduardarezendefreitas.pdf: 965579 bytes, checksum: 3111cce5877f119df5d013cf7c8f555e (MD5)
Previous issue date: 2014-11-13 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Promover as forças do caráter parece ser um caminho possível e necessário para um envelhecimento positivo. Com o objetivo de desenvolver uma proposta de Educação para o Caráter Baseada em Forças para Idosos (Educafi), realizaram-se duas revisões sistemáticas de literatura, sendo uma sobre o estado da arte das pesquisas sobre forças do caráter e outra sobre aspectos positivos na Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG). Artigos que relatam pesquisas com idosos em suas amostras foram selecionados para os dois estudos. Constatou-se, em ambos, uma produção científica limitada, sendo a coorte etária de idosos pouco pesquisada. Nesse cenário, a Educafi surge como intervenção positiva desenvolvida especificamente para promover todo o conjunto de forças do caráter proposto pelo Values in Action e elevar os índices de satisfação com a vida e bem-estar psicológico dessa coorte etária. Trata-se de uma atividade de educação para o caráter que, de acordo com os princípios da TCCG, pode ser classificada como de orientação/treinamento. São propostos 26 encontros, totalizando aproximadamente 40 horas. Uma vez que atividades educacionais favorecem um desenvolvimento saudável até idades avançadas, é possível afirmar que a Educafi é promissora e, portanto, deve ser testada empiricamente em diferentes contextos. / Promote character strengths appears to be a possible and necessary way for a positive aging. Aiming to develop a proposal for the Character Education Based on Strengths for the Elderly (Educafi), two systematic literature reviews were made, one on the state of the art research on character strengths and another about positive aspects in Cognitive-Behavioral Group Therapy (CBGT). Articles reporting research with old people in their samples were selected for the two studies. It was found, in both, a limited scientific production, being the age cohort of the elderly little researched. In this scenario, the Educafi appears as a positive intervention specifically developed to promote the full range of character strengths proposed by Values in Action and raise the levels of satisfaction with life and psychological well-being in this age cohort. It is a character education activity that, according to the principles of CBGT, can be classified as orientation/training. 26 meetings are proposed, totaling about 40 hours. Once educational activities support healthy development into old age, it can be said that the Educafi is promising and should, therefore, be tested empirically in different contexts.
|
Page generated in 0.3959 seconds