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Moçambique (entre)laços poéticos : conversas e versosFeil, Roselene Berbigeier January 2015 (has links)
Esta tese é um exercício dialógico entre a literatura moçambicana produzida por Mia Couto, especialmente em suas obras Vinte e Zinco (1999), Terra Sonâmbula (2007), Antes de Nascer o Mundo (2009), O Outro Pé da Sereia (2006) e O Último Voo do Flamingo (2005) com os elementos que lhes serviram de matriz. Trata-se de uma pesquisa iniciada na imanência dos textos literários que se encaminhou, de modo muito natural, à transcendência. Tal desdobramento permitiu a presença dos moçambicanos no meu estudo, de modo a ressaltar a interação entre a arte e a mundanidade banal do universo cotidiano de seu autor. / Esta tesis es un ejercicio dialógico entre la literatura mozambiqueña producida por Mia Couto, sobre todo en sus obras Veinte y Zinc (1999), Tierra Sonámbula (2007), Antes del Nacimiento del Mundo (2009), El Outro Pie de la Sirena (2006) e El Último Vuelo del Flamenco (2005) con los elementos que les han servido de matriz. Esta evolución ha permitido la presencia de los mozambiqueños en mi estudio, a fin de poner de relieve la interacción entre el arte y la mundanidad banal del universo cotidiano de su de autor.
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Moçambique (entre)laços poéticos : conversas e versosFeil, Roselene Berbigeier January 2015 (has links)
Esta tese é um exercício dialógico entre a literatura moçambicana produzida por Mia Couto, especialmente em suas obras Vinte e Zinco (1999), Terra Sonâmbula (2007), Antes de Nascer o Mundo (2009), O Outro Pé da Sereia (2006) e O Último Voo do Flamingo (2005) com os elementos que lhes serviram de matriz. Trata-se de uma pesquisa iniciada na imanência dos textos literários que se encaminhou, de modo muito natural, à transcendência. Tal desdobramento permitiu a presença dos moçambicanos no meu estudo, de modo a ressaltar a interação entre a arte e a mundanidade banal do universo cotidiano de seu autor. / Esta tesis es un ejercicio dialógico entre la literatura mozambiqueña producida por Mia Couto, sobre todo en sus obras Veinte y Zinc (1999), Tierra Sonámbula (2007), Antes del Nacimiento del Mundo (2009), El Outro Pie de la Sirena (2006) e El Último Vuelo del Flamenco (2005) con los elementos que les han servido de matriz. Esta evolución ha permitido la presencia de los mozambiqueños en mi estudio, a fin de poner de relieve la interacción entre el arte y la mundanidad banal del universo cotidiano de su de autor.
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Moçambique (entre)laços poéticos : conversas e versosFeil, Roselene Berbigeier January 2015 (has links)
Esta tese é um exercício dialógico entre a literatura moçambicana produzida por Mia Couto, especialmente em suas obras Vinte e Zinco (1999), Terra Sonâmbula (2007), Antes de Nascer o Mundo (2009), O Outro Pé da Sereia (2006) e O Último Voo do Flamingo (2005) com os elementos que lhes serviram de matriz. Trata-se de uma pesquisa iniciada na imanência dos textos literários que se encaminhou, de modo muito natural, à transcendência. Tal desdobramento permitiu a presença dos moçambicanos no meu estudo, de modo a ressaltar a interação entre a arte e a mundanidade banal do universo cotidiano de seu autor. / Esta tesis es un ejercicio dialógico entre la literatura mozambiqueña producida por Mia Couto, sobre todo en sus obras Veinte y Zinc (1999), Tierra Sonámbula (2007), Antes del Nacimiento del Mundo (2009), El Outro Pie de la Sirena (2006) e El Último Vuelo del Flamenco (2005) con los elementos que les han servido de matriz. Esta evolución ha permitido la presencia de los mozambiqueños en mi estudio, a fin de poner de relieve la interacción entre el arte y la mundanidad banal del universo cotidiano de su de autor.
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Entre o bronze da letra e o cristal da voz : interditos da voz na ficção de Mia CoutoSantos, Cristina Mielczarski January 2017 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de seis livros de contos do autor moçambicano Mia Couto, publicados no período de 1987 a 2004. Fazem parte do corpus as seguintes obras contísticas: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), ampliando a proposta também para três romances: Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) e Mulheres de Cinzas (2015). A seguinte premissa norteou o trabalho: a escrita como tema na obra do autor pode ser considerada como a porta de entrada para a palavra interdita? Optou-se por ter, como objeto de estudo, a interdição da voz, ou seja, desenvolver um enfoque a partir das personagens que utilizam a escrita para comunicação. O foco foi dado a partir do gênero epistolar (bilhetes, cartas e diários), mas abrindo para outros silenciamentos, como o caso das exiladas da razão. As cartas são objeto de argumentação; exposição da intimidade e documento de foro íntimo. Verificaram-se similitudes e diferenças entre a carta real e a ficcional; elas podem assumir múltiplas características, a saber: conciliadora dos laços familiares; diálogo, monólogo ou solilóquio; preenchimento da solidão; confissão do inconfessável, espaço de contestação, revelação de sentimentos e emoções. Podem ser cartas falsas, de apresentação, de elemento de primeiro contato verbal. Escrevem tanto os alfabetizados como os analfabetos, esses com ajuda de terceiros. As missivas podem ter um destinatário imediato ou direto ou mediato ou indireto; elas conjecturam um diálogo que supõe um remetente, a subjetividade direta (o eu que fala) e um destinatário – a marca de uma alteridade. Nas obras do autor moçambicano, a palavra escrita presentifica-se e é representada por aquele que escreve – o que domina a escrita, a letra. Porém, dominando-a, ela pode também ser questionada, subvertida. Evidenciou-se, neste contexto, por intermédio das obras expostas o silenciamento da voz feminina pela repressão suscitada por meio da instituição patriarcal, social e política. Dialogou-se com críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, entre outros. Também houve interlocução com intelectuais africanos como Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé e Achille Mbembe e Franz Fanon, da Martinica. Para dar conta da análise das missivas empregamos Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell e Leonor Arfuch. Abordou-se a palavra escrita, porque é por intermédio dela que as personagens subvertem o silenciamento de suas vozes. / This work proposes an analysis of six short story books by the Mozambican author Mia Couto, published between 1987 to 2004. The following works are part of the corpus: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), extending the proposal also to three novels, namely Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) and Mulheres de Cinzas (2015). The following premise guided the work: can written word as a theme in the author's work be considered as the door to the word interdict? I choose as object of study, the interdiction of the voice, that is, to develop a focus from the characters that use the writing for communication. The focus was given from the epistolary genre (notes, letters and diaries), but increased to other silencers, such as the case of reason exiles. The letters are subject to argument; intimacy exhibition and intimate forum document. There were similarities and differences between real and fictional letters; they can assume multiple characteristics: reconciling family ties; dialogue, monologue or soliloquy; filling the loneliness; confession of the unconfessable, space of contestation, revelation of feelings and emotions. They may be false letters, of presentation, of first element of verbal contact. Both the literate and the illiterate write, this with the help of others. The missives may have an immediate or direct receiver either mediate or indirect receiver, they conjecture a dialogue that supposes a sender, direct subjectivity (the speaking self) and a receivers – the mark of an otherness. In the work of the Mozambican author, the written word presents itself and is represented by the one who writes – which dominates the writing, the letters. But by dominating it, it can also be questioned, subverted. In this context, through the works on display, the silence of the female voice was repressed through the patriarchal, social and political institution. Dialogue with literary critics and Luso-African Literature scholars, among wich we name: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, among others. There were also interlocution with African intellectuals such as Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé, Achille Mbembe and Franz Fanon from Martinica. For the analyses of missives, are employed theories by Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell and Leonor Arfuch. The written word was approached, because it is through it that the characters subvert the silencing of their voices.
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Águas de travessia : a matriz poética na obra de Mia CoutoGarcia, Neiva Kampff January 2016 (has links)
Com a leitura da obra de Mia Couto – exceção feita à dramaturgia e aos roteiros cinematográficos – estabelecemos múltiplos olhares sobre o seu fazer literário, considerando perspectivas temáticas, intertextualidades, enfrentamentos de problemáticas atuais. Também observamos os recursos vinculados ao imaginário, aos diálogos entre a História e a Ficção, acompanhando a criativa constituição dos seres que povoam seus textos de prosa e poesia. Evidenciamos a presença da água como fio condutor de narrativas, como símbolo e/ou metáfora de múltiplos sentidos e, igualmente, como complemento de outras temáticas. Assim, mostramos como a água constitui uma das matrizes da escrita miacoutiana e o fazemos identificando os elementos que estabelecem uma interconexão dessa matriz na poesia, no conto e no romance do autor. Essa interconexão aproxima-se de dois movimentos reiterados nos textos de Mia Couto: o mosaico e a travessia. Com a água, adentramos aos símbolos, aos mitos e aos questionamentos dos espaços e errâncias, e identificamos as estratégias do autor na representação literária desse universo temático. A fim de executarmos nossa proposta, recorremos ao suporte teórico de autores como Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz e outros, além de estudiosos da literatura africana. / With the reading of the work of Mia Couto – except the dramaturgy and the screenplays – we stablished multiple looks on his writings, considering thematic perspectives, intertextualities, confrontation of current problems. We also observed the resources connected to the imaginary, to dialogues between the History and the Fiction, following the creative constitution of the beings that inhabit his poetic and prose texts. We faced the presence of water as a thread of narratives, as a symbol and/or metaphor of multiple meanings, and also, and as the complement of other themes. This way, we show how the water constitutes one of the matrixes of Mia Couto’s writing and we do it identifying the elements that stablish an interconnection of this matrix in the poetry, in the short story and in the novels of the author. This interconnection approaches to two repeated movements in the texts of Mia Couto: the mosaic and the crossing. With the water, we entered in the symbols, in the myths and in the questionings of spaces and wanderings, and we identified the author’s strategies in the literary representation of this thematic universe. In order to implement our proposal, we used the theoretical support from the following authors: Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz, and others, besides scholars from the African literature.
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Um rio entre duas mundividências: leituras do espaço em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia CoutoDaverni, Rodrigo Ferreira [UNESP] 15 April 2011 (has links) (PDF)
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daverni_rf_me_arafcl.pdf: 580462 bytes, checksum: 7546e70f7c197a613c8d8479a6f79f8f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do autor moçambicano Antonio Emílio Leite Couto, comumente conhecido como Mia Couto, evidencia, por meio de uma ficção, uma proposta de revitalização, pela via do literário, da sociedade moçambicana. Nessa perspectiva, sua poética repousa em uma relação dialética que se funda, sobretudo, entre a permanência (representada ou registrada pela existência do bairro rural denominado Luar-do-Chão) e a ausência (cidade, espaço da narrativa dedicado ao desenvolvimento, progresso e conforto, mas também o da perda da memória tribal, dos sentimentos, etc.), ambas demarcadas pela espacialidade. O presente trabalho tem por finalidade demonstrar como algumas temáticas comuns às literaturas africanas aparecem representadas na espacialidade do universo diegético miacoutiano. Isso acontece sobretudo no que toca ao espaço da convivência das diferenças culturais, colaborando dessa maneira com uma melhor compreensão teórica desse importante aspecto essencial de toda narrativa ficcional. Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, o personagem Marianinho, protagonista e narrador da história, após anos estudando na cidade (moderna), retorna à sua ilha de origem, Luar-do-Chão (religiosa e mítica), por ocasião da morte de seu avô Dito Mariano, o patriarca da família. Ao sabor de um romance policial, muitas peripécias serão desveladas na trajetória de todos os personagens, configurando uma narrativa que prende a atenção do leitor de maneira marcante. A viagem empreendida por Mariano, quando deixa a cidade em que fora estudar as Letras para regressar à ilha de Luar-do-Chão, não diz respeito apenas a uma mudança de espaço geográfico, mas implica também numa mudança de sua condição humana e cultural e de sua visão... / The novel Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), written by the Mozambican author Antonio Emílio Leite Couto, commonly known as Mia Couto, evidences through a fiction a revitalization proposal, through literary way, of Mozambican society. In this perspective its poetic rests in a dialetic relation that founds itself specially between the permanence (represented or registered by the rural neighborhood called Luar-do-Chão existence) and the absence (city, narrative space dedicated to the development, progress and comfort, but also the space of the tribal space loss, of the feelings loss, etc.), both flagged by spatiality. This report aims to show how some themes common to African literatures appear represented in the spatiality of Mia Couto‘s diegetic universe. This happens specially with regard to the cultural differences companionship space, collaborating this way with the better theoretical comprehension of this important essential aspect of all fictional narrative. In Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, the character Marianinho, the story protagonist and narrator, after years studying at the city (modern), returns to his birthplace island, Luar-do-Chão (religious and mystic), on the occasion of his grandfather‘s death, Dito Mariano, the family‘s patriarch. Tasting like a police novel many incidents will be uncovered on the all character‘s trajectory, configuring a narrative that holds the reader‘s attention in a remarkable way. The trip endeavor by Mariano, when he lefts the city in which he went to study the Arts to regress to the island Luar-do-Chão, does not concern only to a geographic space changing, but also implicates a changing in his human and cultural condition and worldview. It is what the city (capitalist, urban and progressive) had transformed him into. To the voyager hero... (Complete abstract click electronic access below)
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Entra traços, tranças e travessias : figurações do estrangeiro como hiato rizomático na narrativa de Milton Hatoum e Mia CoutoQueiroz, Amilton José Freire de January 2015 (has links)
Esta tese investiga o tema da figuração do estrangeiro nas narrativas: Relato de um certo oriente (1989), Terra Sonâmbula (1992), Dois irmãos (2000) e O outro pé da sereia (2006), respectivamente de Milton Hatoum e Mia Couto. Esses textos são lidos com os aportes teórico-metodológicos da Literatura Comparada e dos Estudos Pós-coloniais, içando pontes de diálogo entre as reflexões de Homi Bhabha, Edward Said, Édouard Glissant, Mary Louise Pratt, Walter Mignolo, Julia Kristeva, Tzvetan Todorov, Tania Carvalhal, Abdala Junior, Zilá Bernd, Maria Zilda Ferreira Cury, Jane Tutikian, Ana Mafalda Leite, Laura Padilha, Marli Fantini, dentre outros de fundamental relevância a esse construto. Com o auxílio dessa sintaxe crítica, no primeiro e segundo capítulos, mapeiam-se os fluxos comunitários e as paisagens literárias dos quatro romances; no terceiro, cartografam-se os lugares do narrar de RCO e TS, analisando como os narradores mediadores conectam geografias planetárias; e no quarto, topografam-se as cenas do des(re)territorializar de DI e OPS, examinando de que maneira os narradores figuram as errâncias, os limiares e os percursos transfronteiriços. Como lugares de passagens heterogêneas, essas quatro narrativas velejam nas águas do próprio e alheio, pintando a cartografia da paisagem brasileira/moçambicana em movimento contínuo de des(re)territorialização do dentro-fora da rede de contato intercultural. Entre o ir e vir propiciado pelo intercâmbio com outros saberes e práticas intercontinentais, os narradores desenham traços, tranças e travessias do dentrofora e fora-dentro do imaginário transatlântico, figurando o estrangeiro como hiato rizomático que interliga, disjuntivamente, a geografia do encontro de personagens que se reconhecem múltiplas, imersas na trama de culturas em errância. A travessia das personagens, longe de separá-las, estigmatizá-las e engessá-las, testemunha, pontualmente, como o dentro-fora do nacional híbrido e o fora-dentro estrangeiro cindido encontram-se no porto simbólico da estrangeiridade. A configuração desse lugar de estranhamento dentro de si mesmo consubstancia-se na dicção de vozes que deferem o jogo de estar entre os labirintos dos mapas da multiplicidade de olhares. Habitando posições intervalares, os narradores e personagens de RCO, TS, DI e OPS movem-se entre passagens, itinerários e paisagens culturais que instauram a poética do dentro-fora e fora-dentro das redes de solidariedade plurais. Isto é, o eu que narra e o eu narrado navegam, simultaneamente, pela canoa do imaginário da mobilidade cultural, aprendendo a habitar o movimento transversal e a zona friccional das alteridades. Do trânsito pelo espaço medial, tanto os narradores como as personagens desviam-se da densidade da lógica imóvel, encontrando na conjuntura da velocidade brechas para rasurarem qualquer tentativa de reconstrução do trajeto de início ou fim da alteridade. Ao contrário, eles exploram a estética do movimento para se des(re)territorializarem entre imaginários embalados pela dinâmica do dentro-fora e fora-dentro na trama instável de fluxos, subjetividades e histórias múltiplas. Nesse sentido, a figuração do estrangeiro é uma problematização possível à medida que traz, enquanto epicentro argumentativo, os atravessamentos movediços do dentro-fora e fora-dentro das relações interculturais. Em sua natureza performativa, o estrangeiro impulsiona o fluxo da heterogeneidade e mutabilidade das vozes, dos imaginários, dos contatos e das rasuras do eu que narra e do eu narrado. Assim, cartografar os limiares da canoa na letra de Milton Hatoum e Mia Couto é habitar o movimento da travessia de sujeitos que surfam nas ondas de entre-mundos da errância em devir. / This thesis investigates the issue of foreign figuring in the narrative: Relato de um certo oriente (1989), Terra Sonâmbula (1992), Dois irmãos (2000) and O outro da sereia (2006), respectively by Milton Hatoum and Mia Couto. These texts are read with the theoretical and methodological contributions of Comparative Literature and Postcolonial Studies, hoisting bridges of dialogue between the reflections of Homi Bhabha, Edward Said, Édouard Glissant, Mary Louise Pratt, Walter Mignolo, Julia Kristeva, Tzvetan Todorov, Tania Carvalhal, Abdala Junior Zillah Bernd, Maria Zilda Ferreira Cury, Jane Tutikian, Ana Mafalda Leite, Laura Padilla, Marli Fantini, among other fundamental relevance to this construct. With the help of this criticism syntax, in the first and second chapters, if the map-Community flows and literary landscapes of the four novels; in the third, if the cartografam-places in the recount of RCO and TS, analyzing how the mediators narrators connect planetary geographies; and the fourth, topografam up the scenes of des (re) territorialize of DI and OPS, examining how the narrators include the wanderings, the thresholds and cross-border routes. As places of heterogeneous passages, these four narratives sail in the waters of own and outside, painting the cartography of Brazil / Mozambique landscape in continuous movement de (re) territorialization of the inside-out of intercultural contact network. Between the coming and going fostered the exchange with other knowledge and intercontinental practices, the narrators draw lines, braids and crossings inside-out and outside-in the transatlantic imaginary, figuring abroad as rhizome gap linking, disjunctively, the geography of the meeting characters that recognize multiple, immersed in the plot of cultures wandering. The crossing of the characters, far from separating them, stigmatizing them and paralyzes them, witness, on time, as the inside-out of hybrid national and out within split abroad are symbolic in the strangeness port. Setting this place of estrangement within himself embodied in the diction of voices defer the dynamic game to be among the labyrinths of maps of multiplicity of perspectives. Dwelling interval positions, narrators and characters of RCO, TS, DI and OPS move between passes, itineraries and cultural landscapes that establish the poetics of inside-out and outside-in of plural networks of solidarity. That is, the self who tells and I narrated sail simultaneously for the imaginary Canoe cultural mobility, learning to inhabit the transverse movement and the frictional area of otherness. Transit through medial space, both narrators and characters deviate from the property logic density, finding the speed situation loopholes to rasurarem any attempt to rebuild the path beginning or end of otherness. Instead, they explore the dynamics of movement to des (re) territorializarem between imaginary packed by the dynamics of inside-out and outside-in on the plot unstable flows, subjectivities and multiple stories. In this sense, foreign figuration is a questioning possible as it brings, while argumentative epicenter, the Loose crossings from inside-out and outside-in intercultural relations. In its performative nature and intricate intercultural relations, foreign boosts the flow of heterogeneity and mutability of voices, the imaginary, of contacts and erasures of self that narrates and I narrated. Thus, mapping the canoe thresholds in the letter of Milton Hatoum and Mia Couto is inhabiting the movement of the crossing of individuals surfing the waves of wandering between worlds of becoming.
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Águas de travessia : a matriz poética na obra de Mia CoutoGarcia, Neiva Kampff January 2016 (has links)
Com a leitura da obra de Mia Couto – exceção feita à dramaturgia e aos roteiros cinematográficos – estabelecemos múltiplos olhares sobre o seu fazer literário, considerando perspectivas temáticas, intertextualidades, enfrentamentos de problemáticas atuais. Também observamos os recursos vinculados ao imaginário, aos diálogos entre a História e a Ficção, acompanhando a criativa constituição dos seres que povoam seus textos de prosa e poesia. Evidenciamos a presença da água como fio condutor de narrativas, como símbolo e/ou metáfora de múltiplos sentidos e, igualmente, como complemento de outras temáticas. Assim, mostramos como a água constitui uma das matrizes da escrita miacoutiana e o fazemos identificando os elementos que estabelecem uma interconexão dessa matriz na poesia, no conto e no romance do autor. Essa interconexão aproxima-se de dois movimentos reiterados nos textos de Mia Couto: o mosaico e a travessia. Com a água, adentramos aos símbolos, aos mitos e aos questionamentos dos espaços e errâncias, e identificamos as estratégias do autor na representação literária desse universo temático. A fim de executarmos nossa proposta, recorremos ao suporte teórico de autores como Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz e outros, além de estudiosos da literatura africana. / With the reading of the work of Mia Couto – except the dramaturgy and the screenplays – we stablished multiple looks on his writings, considering thematic perspectives, intertextualities, confrontation of current problems. We also observed the resources connected to the imaginary, to dialogues between the History and the Fiction, following the creative constitution of the beings that inhabit his poetic and prose texts. We faced the presence of water as a thread of narratives, as a symbol and/or metaphor of multiple meanings, and also, and as the complement of other themes. This way, we show how the water constitutes one of the matrixes of Mia Couto’s writing and we do it identifying the elements that stablish an interconnection of this matrix in the poetry, in the short story and in the novels of the author. This interconnection approaches to two repeated movements in the texts of Mia Couto: the mosaic and the crossing. With the water, we entered in the symbols, in the myths and in the questionings of spaces and wanderings, and we identified the author’s strategies in the literary representation of this thematic universe. In order to implement our proposal, we used the theoretical support from the following authors: Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz, and others, besides scholars from the African literature.
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Entre o bronze da letra e o cristal da voz : interditos da voz na ficção de Mia CoutoSantos, Cristina Mielczarski January 2017 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de seis livros de contos do autor moçambicano Mia Couto, publicados no período de 1987 a 2004. Fazem parte do corpus as seguintes obras contísticas: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), ampliando a proposta também para três romances: Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) e Mulheres de Cinzas (2015). A seguinte premissa norteou o trabalho: a escrita como tema na obra do autor pode ser considerada como a porta de entrada para a palavra interdita? Optou-se por ter, como objeto de estudo, a interdição da voz, ou seja, desenvolver um enfoque a partir das personagens que utilizam a escrita para comunicação. O foco foi dado a partir do gênero epistolar (bilhetes, cartas e diários), mas abrindo para outros silenciamentos, como o caso das exiladas da razão. As cartas são objeto de argumentação; exposição da intimidade e documento de foro íntimo. Verificaram-se similitudes e diferenças entre a carta real e a ficcional; elas podem assumir múltiplas características, a saber: conciliadora dos laços familiares; diálogo, monólogo ou solilóquio; preenchimento da solidão; confissão do inconfessável, espaço de contestação, revelação de sentimentos e emoções. Podem ser cartas falsas, de apresentação, de elemento de primeiro contato verbal. Escrevem tanto os alfabetizados como os analfabetos, esses com ajuda de terceiros. As missivas podem ter um destinatário imediato ou direto ou mediato ou indireto; elas conjecturam um diálogo que supõe um remetente, a subjetividade direta (o eu que fala) e um destinatário – a marca de uma alteridade. Nas obras do autor moçambicano, a palavra escrita presentifica-se e é representada por aquele que escreve – o que domina a escrita, a letra. Porém, dominando-a, ela pode também ser questionada, subvertida. Evidenciou-se, neste contexto, por intermédio das obras expostas o silenciamento da voz feminina pela repressão suscitada por meio da instituição patriarcal, social e política. Dialogou-se com críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, entre outros. Também houve interlocução com intelectuais africanos como Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé e Achille Mbembe e Franz Fanon, da Martinica. Para dar conta da análise das missivas empregamos Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell e Leonor Arfuch. Abordou-se a palavra escrita, porque é por intermédio dela que as personagens subvertem o silenciamento de suas vozes. / This work proposes an analysis of six short story books by the Mozambican author Mia Couto, published between 1987 to 2004. The following works are part of the corpus: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), extending the proposal also to three novels, namely Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) and Mulheres de Cinzas (2015). The following premise guided the work: can written word as a theme in the author's work be considered as the door to the word interdict? I choose as object of study, the interdiction of the voice, that is, to develop a focus from the characters that use the writing for communication. The focus was given from the epistolary genre (notes, letters and diaries), but increased to other silencers, such as the case of reason exiles. The letters are subject to argument; intimacy exhibition and intimate forum document. There were similarities and differences between real and fictional letters; they can assume multiple characteristics: reconciling family ties; dialogue, monologue or soliloquy; filling the loneliness; confession of the unconfessable, space of contestation, revelation of feelings and emotions. They may be false letters, of presentation, of first element of verbal contact. Both the literate and the illiterate write, this with the help of others. The missives may have an immediate or direct receiver either mediate or indirect receiver, they conjecture a dialogue that supposes a sender, direct subjectivity (the speaking self) and a receivers – the mark of an otherness. In the work of the Mozambican author, the written word presents itself and is represented by the one who writes – which dominates the writing, the letters. But by dominating it, it can also be questioned, subverted. In this context, through the works on display, the silence of the female voice was repressed through the patriarchal, social and political institution. Dialogue with literary critics and Luso-African Literature scholars, among wich we name: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, among others. There were also interlocution with African intellectuals such as Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé, Achille Mbembe and Franz Fanon from Martinica. For the analyses of missives, are employed theories by Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell and Leonor Arfuch. The written word was approached, because it is through it that the characters subvert the silencing of their voices.
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Transfigurações do passado em narrativas de Teolinda Gersão e Mia CoutoCosta, Daniela Aparecida da [UNESP] 30 April 2015 (has links) (PDF)
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000841180.pdf: 964347 bytes, checksum: a22ef6ded96ba4ccc4068e8e516650af (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente tese de doutorado focaliza interações entre literatura e história em narrativas de dois escritores contemporâneos de língua portuguesa: Teolinda Gersão (Portugal) e Mia Couto (Moçambique). Nosso corpus de análise é constituído de quatro romances: Paisagem com mulher e mar ao fundo, de 1982, e A árvore das palavras, de 1997, de Gersão e Terra sonâmbula, de 1992, e Vinte e zinco, de 1999, de Couto. A investigação, por meio do exame dos modos como se processa a transfiguração do passado nas obras escolhidas, confronta os diferentes olhares sobre a tomada do passado histórico dos dois países, pelos romances em questão, com o objetivo de mostrar como os dois escritores incorporam e apropriam-se do factual como estratégia narrativa, bem como perscrutar de que modo tal processo implica a construção artística das obras. Temos nos autores realizações literárias singulares que, por evocarem o salazarismo e o colonialismo, revelam as mazelas históricas e problematizam os processos de (re)construção identitária, a fim de traçarem versões outras para o histórico. O resultado da transfiguração do passado acarreta textos literários desafiadores, que rompem as barreiras entre o histórico e o fictício, e nos proporcionam realizar revisões críticas do passado recente de Portugal e das ex-colônias portuguesas da África, em especial de Moçambique. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram tomados como aporte teórico os seguintes grupos de textos: a) teóricos sobre a interação entre literatura e história e o problema da representação da realidade ao longo da crítica literária; b) teóricos dos Estudos Culturais, para a compreensão da configuração da literatura em países de independência recente, como é o caso de Moçambique; c) teórico-críticos sobre a constituição e principais tendências das literaturas de língua portuguesa, em especial, a produção de Moçambique com Mia Couto e... / This study focuses on interactions between literature and history in narratives of two contemporary writers of Portuguese literature: Teolinda Gersão (Portugal) and Mia Couto (Mozambique). To analyze these interactions, four novels were chosen: Gersão's Paisagem com mulher e mar ao fundo, 1982, and A árvore das palavras, 1997; Couto's Terra sonâmbula, 1992, and Vinte e zinco, 1999. By examining how the process of 'transfiguration of the past' works in the chosen narratives, this research confronts different views about revisiting the recent history of Portugal, as the Salazar dictatorship, colonialism, the Colonial War, and the Carnation Revolution - issues linked to both Portuguese and Mozambican identities by the novels in question. In addition to investigating how this process involves the artistic construction of these works, this study aims at presenting how both authors incorporate and appropriate historical facts as narrative strategies. These authors convey unique literary achievements that reveal historical wounds and problematize processes of identity (re)construction. As a result, these literary texts break down barriers between the historical and the fictional, providing us critical reviews of the past both in Portugal and in former Portuguese colonies in Africa, especially Mozambique. The following five groups of theoretical texts support the development of this research: a) theory on the interaction between literature and history, and on the problem of the representation of reality in literary criticism; b) theory on Cultural Studies, for understanding the configuration of literature in newly independent countries, as is the case of Mozambique; c) theory and criticism on the establishment and main trends of Portuguese literature - in particular the production of Mozambique with Mia Couto and of Portugal after the Carnation Revolution, with the work of Teolinda Gersão -, in addition to critical texts on the...
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