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Avaliação da expectativa e satisfação da gestante com o cuidado pré-natal na atenção primária à saúde / Evaluation of expectation and satisfaction of pregnant women with prenatal care in Primary Health CarePatricia Santos Prudêncio 20 June 2017 (has links)
A avaliação da expectativa e satisfação das gestantes com o cuidado pré-natal na Atenção Primária à Saúde, na percepção das usuárias, é uma importante estratégia que contribui para uma assistência pré-natal de qualidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expectativa e a satisfação da gestante com o cuidado pré-natal na Atenção Primária à Saúde por meio da aplicação da versão brasileira do instrumento Patient Expectations and Satisfaction with Prenatal Care (PESPC). Os dados foram coletados em oito serviços públicos de saúde de atendimento pré-natal do município de Bauru, sendo seis Unidades Básicas de Saúde e duas Unidades de Saúde da Família. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais e consultas em prontuários. Participaram do estudo 377 gestantes. Para a análise estatística dos dados, foi utilizado o software estatístico SAS versão 9. Foram realizadas as seguintes análises: estatística descritiva, análise da frequência dos itens do instrumento, verificação da associação entre as variáveis qualitativas pelo Teste Exato de Fisher, mensuração da associação das variáveis qualitativas por meio da análise de regressão logística simples onde se calculou o Odds ratio bruto com seus respectivos intervalos de confiança de 95% e análise da confiabilidade por meio do cálculo do Alfa de Cronbach. O nível de significância adotado foi de 0,05. Foi aplicada a versão brasileira do instrumento PESPC que possui 41 itens distribuídos em dois domínios: expectativa e satisfação. É uma escala do tipo likert, com opções de resposta que variam de 1 \"concordo totalmente\" a 6 \"discordo totalmente\". Para a expectativa, o intervalo possível é de 12-72 e, para a satisfação, é de 29-174, onde os menores valores representam alta expectativa e satisfação com o cuidado pré-natal. A maioria das gestantes era multigesta 288 (76,4%), com idade média de 27 anos, 237 (62,9%) eram donas de casa, 215 (57,0%) das participantes realizaram seis ou mais consultas de pré-natal. Foi identificado predomínio de baixa expectativa 279 (74%) e alta satisfação 220 (58,8%) das gestantes com o cuidado pré-natal. Os testes de associação pela regressão logística simples demonstraram que, para o domínio expectativa, não houve relação entre as variáveis e, para o domínio satisfação, a variável \"ter utilizado o mesmo serviço de pré-natal\" apresentou associação e significância estatística (p = 0,0398; OR = 1,711; IC 95% = 1,03-2,82). Pelo Teste t de Student, não houve diferenças entre os dois serviços (UBS e USF), para os dois domínios do instrumento. A confiabilidade demonstrou valores adequados para consistência interna para os domínios da versão adaptada do instrumento PESPC (expectativa ? = 0,82; satisfação ? = 0,91). Conclui-se que a avaliação da expectativa e satisfação das gestantes com o cuidado pré-natal na Atenção Primária à Saúde em Bauru resultou em predomínio de baixa expectativa e alta satisfação com os serviços públicos de saúde de pré-natal, para ambos os modelos de serviços avaliados, USF e UBS. A versão brasileira do instrumento PESPC demonstrou-se adequada para avaliação da expectativa e satisfação da gestante com o cuidado pré-natal para a amostra estudada / The evaluation of expectation and satisfaction of pregnant women with prenatal care in Primary Health Care, in the perception of the users, is an important strategy that contributes to the quality of prenatal care. This study aimed to evaluate the expectation and satisfaction of the pregnant women with prenatal care in Primary Health Care, through the application of the Brazilian version of the Patient Expectations and Satisfaction with Prenatal Care (PESPC) instrument. Data were collected in eight prenatal public health services in the city of Bauru, being six Basic Health Units (BHU) and two Family Health Units (FHU). Data collection was performed through individual interviews and search in medical records. 377 pregnant women participated in the study. For the statistical analysis of data, the statistical software SAS version 9 was used. The following analyzes were performed: descriptive statistics, analysis of the frequency of the instrument\'s items, verification of the association among qualitative variables by Fisher\'s Exact Test, association measurement of qualitative variables through simple logistic regression analysis in which the gross Odds Ratio was calculated with its respective 95% confidence intervals, and reliability analysis through the calculation of Cronbach\'s alpha. The level of significance was 0.05. The Brazilian version of the PESPC instrument, which has 41 items distributed in two domains (expectation and satisfaction), was used. It is a Likert type scale, with response options ranging from 1 \"totally agree\" to 6 \"totally disagree\". For the expectation, the possible interval is 12-72 and; for satisfaction, it is 29-174; the lowest values represent high expectation and satisfaction with prenatal care. The majority of the pregnant women were multiparous 288 (76.4%), with a mean age of 27 years, 237 (62.9%) were housewives, 215 (57.0%) of the participants had six or more prenatal consultations. A low expectation prevalence 279 (74%) and a high satisfaction (58.8%) of pregnant women with prenatal care were identified. The simple logistic regression association tests showed that, for the expectation domain, there was no relationship among the variables and, for the satisfaction domain, the variable \"having used the same prenatal service\" showed association and statistical significance (p = 0.0398, OR = 1.711; IC 95% CI = 1.03-2.82). By Student\'s t test, there were no differences between the two services (BHU and FHU) for the two domains of the instrument. Reliability demonstrated adequate values for internal consistency for the domains of the adapted version of the PESPC instrument (expectation ? = 0.82; satisfaction ? = 0.91). It was concluded that the evaluation of the expectation and satisfaction of pregnant women with prenatal care in Primary Health Care in Bauru resulted in a predominance of low expectation and high satisfaction with prenatal public health services for both models of services evaluated, BHU and FHU. The Brazilian version of the PESPC instrument was adequate to evaluate the expectation and satisfaction of the pregnant woman with prenatal care for the sample studied
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Avaliação da vacina antitetânica na gravidez em Campinas, SP : o informado e o registrado / Evaluation of tetanus vaccine in pregnancy on Campinas, SP : the informed and the registeredViganô, Sabrina Momesso, 1979- 07 April 2013 (has links)
Orientador: Antonieta Keiko Kakuda Shimo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T03:53:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Objetivo: Avaliar os registros acerca da vacinação antitetânica na gestação e verificar a conformidade deles com o relato das pacientes. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa e caráter avaliativo. Foi realizado estudo piloto e Validação de Conteúdo do Instrumento de Coleta de Dados. Os dados foram coletados por entrevista semi-estruturada com puérperas, fotografia de Cartões de Gestante e de Fichas Obstétricas. Para análise dos dados foi utilizado o programa estatístico SAS 9.2 e calculado o coeficiente Kappa. O estudo está em conformidade com a Resolução 196/96. Resultados: 38 (12,30%) puérperas relataram não ter recebido vacina na gestação. 39,11% (106 de 309) das mulheres referiram ter recebido a vacina antitetânica na gestação, 50,16% (155) dos Cartões de Gestante e 20,06% (62) de Fichas Obstétricas continham registro desta vacina. Quanto a vacina antitetânica na gestação, o relato da mulher comparado ao registro do Cartão de Gestante é pouco coincidente (Kappa 0,55, moderado), o registro do Cartão de Gestante com o registro da Ficha Obstétrica é menos coincidente (Kappa 0,27, suave) e o relato com o registro da Ficha Obstétrica é menos coincidente ainda (0,11, desprezível). Status vacinal adequado foi identificado em 62,14% (192). Conclusão: O relato da mulher e o registro do Cartão de Gestante são mais coincidentes do que os registros entre si. Os profissionais registram vacinas mais no Cartão de Gestante do que na Ficha Obstétrica. A média de 8,91 consultas por mulher e a idade gestacional de início do pré-natal com 12 semanas ou menos de 72,49% (224) evidenciam vínculo satisfatório da paciente com os serviços. As consultas à gestante de baixo risco podem ser intercaladas entre os profissionais médicos e enfermeiros / Abstract: Objective: Evaluate records about tetanus vaccination in pregnancy and to check their compliance with the reporting of patients. Methodology: This is a cross-sectional study with a quantitative approach and evaluate character. Pilot study was performed and Content Validation Instrument for Data Collection. Data were collected through semi structured interview with puerperal, photography maternity card and obstetric records. For data analysis we used the statistical program SAS 9.2 and calculated the Kappa coefficient. For data analysis we used the statistical program SAS 9.2, calculated the degree of agreement between the data sources and calculated the Kappa coefficient. The research is in accordance with Resolution 196/96. Results: 38 (12,30%) reported not having received vaccine during pregnancy. 39,11% (106) of women reported having received tetanus toxic vaccination during pregnancy, 50,16% (155) of maternity card and 20,06% (62) document obstetrical record contained this vaccine. About tetanus vaccination during pregnancy, the reported of the woman compared to the record of maternity card is almost coincidental (Kappa 0,55, moderate), the record of maternity card with the record of the obstetric records is less coincident (Kappa 0,27, suave) and the reported with the record of the obstetric records is still less coincident (0,11, insignificant). Status suitable vaccine was identified in 62,14% (192). Adequate vaccination status are 62,14% (192). Conclusion: The reported of the woman and record of the maternity card are more coincident than the records together. Professionals register about vaccine more in maternity card than the obstetric records. The average of 8,91 consultations per woman and gestational age at first prenatal care at 12 weeks or less (72,49% = 224) show satisfactory bond of women with the services. The antenatal care at low risk women can be interspersed among medical and nurses professionals / Mestrado / Enfermagem e Trabalho / Mestra em Enfermagem
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Fatores associados a não realização de pré-natal no município de Pelotas, RSRosa, Cristiane Quadrado da 22 August 2013 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2014-12-03T21:19:41Z
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Previous issue date: 2013-08-22 / Sem bolsa / Objetivo: Investigar fatores associados a não realização de pré-natal das mulheres com filhos nascidos vivos em 2009 e 2010, residentes no município de Pelotas. Métodos: estudo caso-controle no qual se identificou 179 casos (mulheres que não realizaram o pré-natal) e 537 controles (mulheres com pré-natal) utilizando o banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos local. Os controles foram pareados por idade e selecionados de acordo com a região administrativa de moradia do caso. A análise multivariada hierarquizada foi efetivada por meio de Regressão Logística Condicional. Resultados: o modelo ajustado final mostrou associação entre menor escolaridade materna, especialmente ter menos de quatro anos de estudo, ser mulher solteira e multípara com não realização de pré-natal. Conclusões: este estudo aponta indicadores que devem ser considerados na estruturação e implementação de políticas de educação para a saúde reprodutiva, planejamento familiar e rastreamento de gestantes sem pré-natal, assim como indica
as regiões do município onde tais estratégias deveriam ser prioritárias. / Objective: To investigate associated factors with lack of prenatal care use of women with live births in 2009 and 2010, residents in the city of Pelotas. Methods: A casecontrol study where they identified 179 cases (women who did not have prenatal care) and 537 controls (women with prenatal) using the Live Births Information System database. The controls were matched by age and selected according to the administrative region's housing case. A hierarchical multivariate analysis was carried out by means of Conditional Logistic Regression. Results: In the final adjusted model showed association no conducting pre-natal the maternal education, especially those having less than four years of study, be unmarried woman and multiparous. Conclusions: This study suggests that indicators should be considered as the implementation of education policies for reproductive health, family planning and tracking of pregnant women without prenatal care, as well as indicates the regions of the county where such strategies should be a priority.
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Os desafios nas entrelinhas : análise do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita no estado de Sergipe no contexto da Rede Cegonha / Challenges in the lines : Analysis of the Congenital Syphilis Elimination Plan in Sergipe state in the context of "Cegonha" networkBaião Campos, André Luiz, 1981- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Gustavo Tenório Cunha / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-27T07:01:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Este estudo aborda o Plano de Eliminação da Sífilis Congênita implementado em Sergipe desde 2010 . Através de análise dos dados epidemiológicos do estado no que diz respeito a este indicador, o tema é revisitado a partir da experiência do autor como participante da gestão estadual. Tem como marcos os lançamentos de protocolos específicos e o próprio Plano Estadual de Eliminação da Sífilis Congênita no estado, que coincidiu com a construção, pelo Ministério da Saúde, da rede de atenção materno-infantil denominada Rede Cegonha, a partir de 2011. O estudo busca compreender a lógica em que foi pensado este Plano. Como a gestão das políticas e programas têm interferido ou não no trabalho das equipes ESF. Analisa se o modelo de gestão contribui para que haja mais ou menos efeitos as ações previstas no enfrentamento das questões em saúde pública. A sífilis é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua transmissão se dá por via sexual e, na forma congênita, transplacentária. Além das medidas gerais para se evitar a transmissão das DSTs, o diagnóstico e tratamento das gestantes e parceiros infectados é a forma eficaz de se evitar a transmissão vertical para o feto. Isso torna a sífilis congênita um bom indicador para se avaliar a Atenção Primária à Saúde, uma vez que sua prevenção se dá durante o pré-natal, atualmente realizado majoritariamente no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Este vem sendo o modelo que o Brasil adotou para a expansão dos cuidados primários com a saúde. Foi planejada para a ordenação da rede de atenção à saúde, vislumbrando atingir metas, como por exemplo, a diminuição da mortalidade materna e infantil, a diminuição da morbimortalidade por causas presumivelmente evitáveis, denotando assim a melhoria do sistema de saúde no que diz respeito ao acesso, à eficácia e eficiência das ações. Deste modo, entre tantos indicadores, a taxa de sífilis congênita é um bom parâmetro da qualidade da atenção primária como um todo, e altos índices refletem dificuldades de organização neste nível de atenção. Observou-se um aumento progressivo e contínuo no número de casos de sífilis congênita no estado de Sergipe, melhor detectado a partir de 2005, quando as maternidades passaram a ter obrigatória a testagem para sífilis em parturientes e bebês. O número verificado no estado de Sergipe apontou para um taxa de incidência crescente, mesmo após a criação do Plano de Eliminação. Conclui-se que o modelo de enfrentamento adotado não foi suficiente para impactar adequadamente a questão sífilis congênita e que talvez isso ocorra porque não atuou nos determinantes da qualidade da atenção básica no Estado (e talvez um Plano isoladamente não tivesse esse escopo ou alcance). O modelo de gestão adotado para os planos e as políticas de saúde geralmente trabalham em uma lógica de padronização e direcionamento, desconsiderando variáveis, como os reais limites estruturais e as dificuldades nos processos de gestão local e de trabalho / Abstract: This study addresses the Elimination Plan of Congenital Syphilis implemented in Sergipe since 2010. Through analysis of the state of epidemiological data with respect to this indicator, the theme is revisited from the author's experience as a member of the State government. Its landmarks specific protocols launches and the very State Plan for Congenital Syphilis Elimination of the state, coinciding with the construction, by the Health Ministery, of the maternal and child care network called "Rede Cegonha", starting in 2011. This study tries to understand the logic in what was thought this Plan. Also, in the general framework such as the management of policies and programs have interfered or not the work of the ESF teams. Analysis the management model helps bring about the actions provided for in coping effects of public health issues. Syphilis is an infectious disease caused by the bacterium Treponema pallidum. Its transmission occurs through sexual intercourse and, in the congenital form, placenta. In addition to the general measures to prevent the transmission of STDs, diagnosis and treatment of infected pregnant women and partners is the effective way to prevent vertical transmission to the fetus. This makes congenital syphilis a good indicator to assess the primary health care, since prevention is given during the prenatal, currently mostly carried out under the Family Health Strategy. This has been the model that Brazil adopted for the expansion of primary health care. It was planned for the ordination of health care network, envisioning achieve goals, such as reducing maternal and child mortality, reduction of morbidity and mortality from preventable causes presumably, denoting the improvement of the health system with regard to access, effectiveness and efficiency of actions. Thus, among many indicators, the congenital syphilis rate is a good parameter of primary care quality as a whole, and high rates reflect the difficulties of organization at this level of attention. There was a gradual and continuous increase in the number of cases of congenital syphilis in the state of Sergipe, best detected from 2005, when the hospitals now have mandatory testing for syphilis in pregnant women and babies. The number found in Sergipe state pointed to an increasing incidence rate, even after the creation of the Elimination Plan. It is concluded that the adopted coping model was not enough to properly impact the issue congenital syphilis and that may be because he has not worked on the determinants of primary care quality in the state (and maybe a Plan alone did not have this scope or range). The management model adopted for the plans and health policies generally works in a logic of standardization and guidance, excluding variables such as real structural limits and the real difficulties in local management processes and work / Mestrado / Política, Planejamento e Gestão em Saúde / Mestre em Saude Coletiva
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Avaliação nutricional antropométrica de gestantes adolescentes no município do Rio de Janeiro / Anthropometric nutritional assessment of pregnant adolescents in Rio de JaneiroBarros, Denise Cavalcante de January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O presente estudo teve como principal propósito analisar o estado nutricional de gestantes adolescentes do Município do Rio de Janeiro, identificando características maternas associadas ao desfecho obstétrico peso ao nascer e validando um método para o diagnósticode ganho de peso gestacional. O desenho do estudo foi descritivo do tipo transversal desenvolvido com dados primários obtidos com o Estudo da Morbi-mortalidade e da Atenção Peri e Neonatal no MRJ, 1999-2001. A análise estatística foi dirigida a testar a hipótese de homogeneidade de proporções mediante análises bi e multivariada, com o uso de regressão logística multivariada e sua apresentação dividi-se em três artigos. O primeiro é uma revisão sistemática que visou a identificação de métodos de avaliação nutricional de gestantes adotados no Brasil e sua associação com desfechos obstétricos. / The main purpose of the current study is to analyze the nutritional state of pregnant
adolescents in Rio de Janeiro, identifying maternal characteristics associated with the
outcome of obstetric birth weight and validating a method for diagnosis of gestational weight gain. The design of the study was descriptive and cross sectional with the primary data obtained from “Study of Morbidity/Mortality and Care in Neonatal and Perinatal in the Municipal of Rio de Janeiro, 1999-2001.” Statistical analysis was aimed at testing the hypothesis of homogeneity of mean ratio by bi- and multivariate analysis – using multivariate logistic regression and its results are presented in this series of three articles. The first is a systematic review aimed at identification of methods of nutritional evaluation of pregnant women utilized in Brazil and its association with obstetric outcomes. There
were 26 studies identified using the method recommended by Rosso(1985),the results demonstrate a serious discrepancy of literature, in quantity and quality, that contributes to
evaluating the effectiveness of methods of anthropometric assessment of pregnant Brazilian
women. The development of studies with methodological rigor in this area is needed and
must address age differences as well as biological, socioeconomic and environmental
factors of pregnant women. The second article aims to verify the association of maternal
characteristics and the obstetric results of gestational weight gain among adolescent mothers in Rio de Janeiro. Included is a subsample of 703 adolescent mothers that carried full term. The results showed an association between the number of prenatal visits and weight gain during pregnancy, as well as an increase in the proportion of excessive weight gain amongst pregnant adolescents, particularly in the youngest adolescents. It concluded that the pre-natal consults improve quantity of weight gain but did not guarantee the quality of this gain, in particular for the younger adolescents. The quality of weight gain could have improved if pre natal nutritional care was valued and the recommendations utilized were geared torwards the specific nutritional standards for adolescents, from the beginning of the pregnancy. The third article assesses the performance of different methods of anthropometric evaluation of pregnant adolescents in predicting birth weight. The study
was conducted with a subsample of 826 adolescent mothers. The evaluation of weight gain at the end of their pregnancy was assessed by following the recommendated method of the Institute of Medicine (IOM,1990;92), and adaptations of the MS (2006) following the recommended classification of pre-gestational BMI for adolescents (WHO,1995;2007) Low birth weight was defined as “less than 2500 grams” (WHO, 1995) for children born full term, “below the 10th percentile” for those born at less than 37 weeks of gestation, and
a macrosomia as weight equal to or greater than 4000 grams. For small maternal stature a cutoff was used of falling below the 3rd percentile (WHO, 2007). Calculation of SE, E, VPP, VPN and the accuracy of the evaluation of gestational weight gain for the prediction of the BW. Given the growing epidemic of obesity in increasingly early age, the best option for assessment is the anthropometric pre-gestational nutritional method as recommended by WHO (2007), specifically for adolescents. This ensures a prediction of gestational weight gain within the internationally recommended ranges (IOM, 1990;92) and contributes to favorable outcomes, improving future prospects for the mother and child.
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Resultado do cuidado pré-natal considerando os diferentes modelos de Atenção PrimáriaOliveira, Renata Leite Alves de. January 2018 (has links)
Orientador: Cristina Maria Garcia de Lima Parada / Resumo: O presente estudo teve por objetivo comparar o processo e resultado do cuidado pré-natal considerando-se as Unidades Básicas de Saúde de modelo tradicional e Estratégia Saúde da Família, identificar a influência da qualidade da assistência pré-natal desenvolvida sobre a prematuridade e a situação do aleitamento materno no primeiro ano de vida do lactente prematuro. A tese a ser defendida é que há diferenças no resultado pré-natal quando se consideram os diferentes modelos de atenção, com melhor situação na Estratégia Saúde da Família e que a baixa qualidade pré-natal é fator de risco para prematuridade. Estudo de coorte prospectiva tomou por base a Coorte de Lactentes de Botucatu – CLaB. Utilizou-se amostra intencional de 273 duplas mães/bebês. Os dados foram colhidos em sete momentos. Durante o recrutamento foi realizada entrevista para caracterização das duplas e sobre o processo de atenção pré-natal e nascimento. Nos outros momentos investigou-se a situação do aleitamento materno. A inclusão na coorte ocorreu entre junho de 2015 e janeiro de 2016 e o seguimento foi concluído em janeiro de 2017. Para avaliação da qualidade do pré-natal criou-se escore que variou de zero (pior situação) a sete pontos (melhor situação), a partir de indicadores de processo (início precoce, número de consultas, exames de primeiro e terceiro trimestres, ultrassom precoce, educação em saúde e revisão de parto) propostos pelo Ministério da Saúde. Considerou-se escore baixo quando igual ou inferior... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This study aimed to compare the process and the result of the prenatal care considering the traditional Basic Health Units model and Family Health Strategy, identify the influency of the quality of the prenatal assistance carried on the prematurity and the situation of the breastfeeding during the premature first year of life. The hypothesis to be defended is that there are differences in the prenatal results when we take into account the different models of prenatal health care, with a better situation in the Family Health Care and that in a low quality prenatal is a risk factor for prematurity. A prospective cohort study was based on the Infant Cohort of Botucatu – ICB. An intentional sample of 273 mother/baby pairs was used. The data were collected in five moments. An interview for the characterization of the pairs and the prenatal and birth process was carried out during the recruitment. On the other moments the situation of the breastfeeding was investigated. The inclusion of the cohort occurred between June, 2015 and January, 2016 and the follow-up period was concluded in January 2017. For the prenatal quality evaluation a score which varied from zero (worst situation) to seven points (best situation) was created, taking into account some indicators of process (early start, number of visits, first and third quarters exams, early ultrasound exam, health education and review of labour) proposed by the Ministry of Health. It was considered low score when it was equal or be... (Complete abstract click electronic access below) / Resumen: El presente estúdio tuvo por objetivo comparar el processo y el resultado del cuidado prenatal considerando las Unidades de Salud de modelo tradicional y Estrategia Salud de la Familia, identificar la influencia de la calidad de la asistencia prenatal desarrollada sobre la prematuridade y la situación de la lactancia materna en el primer año de vida del lactante prematuro. La tesis a ser defendida es que hay diferencias en el resultado prenatal cuando se consideran los diferentes modelos de atención, con mejor situación en la Estrategia Salud de la Familia y que la baja calidad prenatal es fator de riesgo para prematuridad. El estúdio de cohorte prospectiva se basó en la Cohorte de Lactantes de Botucatu – CLaB. Se utilizó una muestra intencional de 273 dobles madres/bebés. Los datos fueron recogidos en cinco momentos. Durante el recrutamento se realióo una entrevista para caracterizar las dobles y sobre el proceso de atención prenatal e nacimiento. En los otros momentos se investigó la situación de la lactancia materna. La inclusión en la cohorte ocurrió entre junio de 2015 y enero de 2016 y el seguimiento se concluyó en enero de 2017. Para la evaluación de la calidad del prenatal se creó una puntuación que varía de cero (peor situación) a siete puntos (mejor sitación), a partir de indicadores de proceso (inicio precoz, número de consultas, exámenes de preimer y tercer trimestres, ultrasonido precoz, educación en salud y revisión de parto) propuestos por el Ministerio de Salu... (Resumen completo clicar acceso eletrônico abajo) / Doutor
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Investigação de sífilis congênita no município de Itapeva (SP): fatores que podem interferir no diagnóstico e tratamento da sífilis na gestação / Investigation of congenital syphilis in Itapeva (SP): factors that may interfere with the diagnosis and treatment of syphilis during pregnancySilva Neto, Sergio Eleuterio da 11 September 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A continuidade das elevadas taxas de sífilis congênita (SC) no Brasil é preocupante, apesar do fácil diagnóstico e tratamento. Os objetivos deste estudo foram: descrever características sociodemográficas, clínico-laboratoriais, assistência ao pré-natal e terapêutica específica das gestantes com sífilis; descrever características clínico-laboratoriais, terapêutica específica e desfecho dos recém-nascidos expostos à sífilis; estimar taxa de incidência anual de SC; estimar frequência de SC entre os recém-nascidos e conceptos expostos; identificar fatores associados à ocorrência de SC entre os conceptos e recém-nascidos expostos. MÉTODOS: Estudo transversal com 149 gestantes com sífilis e 152 recém-nascidos / conceptos expostos, no município de Itapeva (SP), de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Os casos foram identificados pela Vigilância Epidemiológica (VE) e por busca ativa nas Unidades Básicas de Saúde, Centro Materno Infantil, Serviço de Ambulatório Especializado em Infectologia e Santa Casa de Misericórdia. Foi realizada coleta de dados das fichas de notificação de sífilis em gestante (SG) e SC e de prontuários das gestantes e recém-nascidos. Para avaliar a associação de SC com variáveis de interesse, foram calculadas razões de prevalência (RP) e IC95%. Na análise multivariada foi utilizado modelo de regressão de Poisson com variância robusta com nível de significância de p < 0,05. RESULTADOS: A média de idade das gestantes foi 24,3 anos. Oito gestantes não fizeram pré-natal, maioria iniciou pré-natal com idade gestacional <= 13 semanas, realizou mais de seis consultas e 97,2% realizou teste não treponêmico; 57% com resultado VDRL > 1:4. O diagnóstico de sífilis foi feito no momento do parto/curetagem em 11,4% das gestantes; no segundo trimestre da gravidez em 20,8% e no terceiro trimestre em 8,7%. Entre as 132 mulheres diagnosticadas durante a gestação, 77,2% recebeu tratamento adequado >= 30 dias antes do parto; 31,7% fizeram o VDRL mensal para controle de cura. Quanto aos parceiros, 48,3% foi tratado inadequadamente ou não tratado. Ocorreram dois abortos e três natimortos. Em relação aos 147 recém-nascidos vivos, 29,9% foram prematuros, 35,4% teve baixo peso e 51% apresentou sinais de SC ao nascer. Somente 132 recém-nascidos realizaram pelo menos um exame VDRL, com resultado positivo em 65,3%; 55,1% dos recém-nascidos receberam tratamento para sífilis, e a maioria (91,4%) iniciou tratamento no dia do nascimento. Ocorreram cinco óbitos por SC. O pesquisador confirmou 101 casos de sífilis congênita, dos quais 62 foram notificados à VE. Dez crianças apresentaram sequelas. As taxas de incidência de SC foram: 15,1/1.000 NV (2010); 12,1/1.000 NV (2011); 15,6/1.000 NV (2012); 9,1/1.000 NV (2013) e 22,3/1000 NV (2014). Na análise bivariada, tabagismo, <6 consultas pré-natal e idade gestacional >=14 semanas ao diagnóstico de sífilis foram associados à ocorrência de SC. No primeiro modelo da análise multivariada, a idade gestacional ao diagnóstico e o tabagismo foram independentemente associados à SC. No segundo modelo, idade gestacional ao diagnóstico, número de consultas no pré-natal e resultado do primeiro VDRL foram independentemente associados à ocorrência de SC. CONCLUSÃO: As taxas de incidência de SC encontradas pelo pesquisado foram maiores que as informadas pela VE. Os resultados sugerem subnotificação de SG e SC / INTRODUCTION: The continuity of high rates of congenital syphilis (CS) in Brazil is worrying, despite simple diagnosis and treatment. This study had the following objectives: To describe socio-demographic characteristics, clinical laboratory results, prenatal assistance and specific therapy of pregnant women with syphilis; To describe clinical-laboratory characteristics, specific therapeutics and outcome of newborns exposed to syphilis; To estimate annual incidence rate of CS; To determine CS frequency among newborns and proved conceptus; and To identify factors associated with the occurrence of CS between the conceptus and exposed newly born. METHODS: A cross-sectional study was carried out with 149 pregnant women with syphilis and 152 newborns / proved conceptus, in Itapeva (SP), from January 2010 to December 2014. Cases were identified by Epidemiological Surveillance (ES) and by active Basic Health Units, Maternal and Child Center, Specialized Clinic in Infectious Diseases and Santa Casa de Misericórdia. All data were collected from the records of syphilis notification in pregnant women and CS and the records of pregnant women and newborns. To assess the association of CS with variables of interest, prevalence, and 95% confidence interval were calculated. In the multivariate analysis, we used a Poisson Regression Model with robust variance with a significance level of p < 0.05. RESULTS: The mean age of pregnant women was 24.3 years. Eight pregnant women did not get prenatal exams, most started prenatal with gestational age <= 13 weeks, performed more than six medical appointments and 97.2% showed the non-treponemal test; 57% with VDRL result > 1: 4. The diagnosis of syphilis made at the time of childbirth / endometrial curettage was 11.4% of pregnant women; by the second trimester of pregnancy 20.8% and by the third quarter 8.7%. Among the 132 women diagnosed during pregnancy, 77.2% received adequate treatment >= 30 days before delivery; 31.7% did the monthly VDRL for cure control. As for the partners, 48.3% were treated improperly or untreated. There were two miscarriage and three stillbirths. Regarding the 147 live births (LB), 29.9% were premature, 35.4% were underweight, and 51% presented signs of CS at birth. Only 132 newborns performed at least one VDRL test, with a positive result in 65.3%; 55.1% of the newly born received treatment for syphilis, and the majority (91.4%) started treatment on the day of birth. There were five deaths per CS. The investigator confirmed 101 cases of congenital syphilis, of which 62 were notified to the ES. Ten children had sequelae. The incidence rates of CS were: 15.1 / 1000 LB (2010); 12.1 / 1000 LB (2011); 15.6 / 1000 LB (2012); 9.1 / 1000 LB (2013) and 22.3 / 1000 LB (2014). In the bivariate analysis, smoking, = 14 weeks at diagnosis of syphilis was associated with the occurrence of CS. In the first model of multivariate analysis, gestational age at diagnosis and smoking were independently associated with CS. In the second model, gestational age at diagnosis, the number of prenatal appointments, and the outcome of the first VDRL were independently associated with the occurrence of SC. CONCLUSION: The incidence rates of CS found by the researcher were higher than those reported by the ES. The results suggest underreporting of syphilis in pregnant women and CS
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Anemia em gestantes atendidas em serviços públicos de pré-natal das cinco regiões brasileiras antes e após a política da fortificação das farinhas com ferro / Anemia in pregnant women assisted by public health care services of the five Brazilian regions before and after the policy of fortification of flours with ironSato, Ana Paula Sayuri 21 December 2010 (has links)
Introdução: Anemia é um importante problema de saúde pública no Brasil, ainda muito associado às condições sociais. A fortificação de alimentos com ferro é uma alternativa de grande alcance no combate à deficiência de ferro e controle da anemia, pois representa uma fonte complementar que contribui para a formação de reservas do mineral para os períodos de maior vulnerabilidade. As gestantes compõem um dos grupos mais vulneráveis à anemia, com consequências deletérias à sua saúde e do feto. Considerando que a fortificação compulsória das farinhas de trigo e milho com ferro foi efetivamente implantada em junho de 2004, supõe-se que mulheres em idade reprodutiva tenham aumentado suas reservas, tornando as gestações de menor risco. Justifica-se, assim, avaliar o efeito da fortificação das farinhas no controle da anemia em gestantes. Objetivo: Avaliar o efeito da fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro, no controle da anemia em gestantes atendidas em serviços públicos de pré-natal, localizados em municípios das cinco regiões do Brasil. Métodos: Estudo de avaliação de intervenção por meio de painéis repetidos, com amostras transversais independentes, realizado em serviços públicos de saúde localizados em municípios das cinco regiões do Brasil. Foram coletados dados retrospectivos de 12.119 prontuários de gestantes distribuídas em dois grupos: Antes-fortificação (parto antes de Jun/2004) e Após-fortificação (última menstruação após Jun/2005). Anemia foi definida como Hb<11g/dL. Níveis de hemoglobina-Hb por idade gestacional foram avaliados segundo critérios do Center for Disease Control-CDC (1989) e Szarfarc et al. (1983). Utilizou-se teste qui-quadrado, t de Student e regressão logística, com nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra total, a anemia diminuiu de 25% para 20% após a fortificação (p<0,001), com aumento das médias de Hb (p<0,001). Verificaram-se, entretanto, diferenças regionais importantes. Nas regiões Nordeste e Norte, onde as prevalências eram elevadas, houve queda significativa Após-fortificação: de 37% para 29% e de 32% para 25%, respectivamente. Nas regiões Sudeste e Sul, cujas prevalências eram baixas mesmo antes da fortificação, também houve redução: de 18% para 15% e de 7% para 6%, respectivamente. Nas regiões Sudeste e Sul, as gestantes tinham, respectivamente, razão de chance 30% e 75% menor de serem anêmicas, em relação às da região Nordeste. Em comparação com os parâmetros do CDC (1989), os níveis de Hb segundo idade gestacional de ambos os grupos se mostraram discretamente mais elevados nos primeiros meses, porém bem mais baixos após o 4º mês. O mesmo se verificou em relação à curva de Szarfarc et al (1983), porém após o 3º mês, as médias de Hb das gestantes estudadas acompanharam essa curva. Mesmo após o controle das variáveis que se mostraram diferentes entre os grupos (p<0,20), o grupo Após-fortificação apresentou menor razão de chance de ter anemia. Análise de regressão logística mostrou que grupo, região geográfica, situação conjugal, trimestre gestacional, estado nutricional inicial e gestação anterior associaram-se com anemia (p<0,05). Conclusões: Apesar de a prevalência da anemia em gestantes continuar elevada nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, a diminuição no total da amostra e aumento das médias de Hb sugerem efeito positivo da fortificação das farinhas no controle da deficiência do mineral, embora outras variáveis não estudadas possam ter contribuído para tal resultado. A distribuição desigual da anemia nas diferentes regiões geográficas do Brasil, entretanto, reitera sua determinação social. Considerando as dificuldades na obtenção dos dados de Hb a partir de prontuários, sugere-se a implantação de um sistema de monitoramento permanente que possibilite acompanhar a evolução da anemia gestacional em resposta às estratégias implementadas. / Introduction: Anemia is an important public health problem in Brazil, and it has been quite associated to social conditions. Food fortification with iron is a far-reaching alternative to combat iron deficiency and anemia control, as it represents an additional source that contributes to the formation of the mineral stores for the periods of greatest vulnerability. Pregnant women are one of the most vulnerable to anemia, with deleterious consequences to their health and the fetus. Whereas the mandatory fortification of flour and corn flour with iron was effectively implemented in June 2004, it is assumed that women of reproductive age have increased their reserves, making lower-risk pregnancies. Therefore, it justified to evaluate the effect of flour fortification in the control of anemia in pregnant women. Objective: To evaluate the effect of fortification of wheat and corn flours with iron in the control of anemia in pregnant women attending public prenatal care, located in cities of the five regions of Brazil. Methods: A repeated cross-sectional panel evaluation study of intervention was carried out in public health care services located in cities of the five Brazilian regions. We collected backward data in 12.119 medical records. Pregnant women were divided into two groups: Before-fortification (delivery before Jun/2004) and After-fortification (last menstrual period after Jun/2005). Anemia was defined as Hb<11g/dL. Hb level by gestational age was evaluated according to criteria of Centers for Disease Control-CDC(1989) and Szarfarc et al(1983). We used chi-square, Students t test and logistic regression, with significance level of 5%. Results: In the total sample, anemia was dropped from 25% to 20% after fortification (p<0.001). Hb level also was significantly higher after fortification (p <0.001). However, the findings showed great differences among the regions. In the Northeast and North, where the prevalence of anemia were high, significant drop After-fortification was found: from 37% to 29% and 32% to 25%, respectively. In the Southeast and South, whose prevalences were low Before-fortification, also decreased: from 18% to 15% and 7% to 6%, respectively. In the Southeast and South, the women had, respectively, odds ratio 30% and 75% less to be anemic compared to the Northeast. Hb levels according to gestational age, comparing to CDC parameters, were better in the first trimester but worse from the 4th month in both groups. The same was verified comparing to curve of Szarfarc et al, but Hb levels of pregnant women studied followed this curve after 3rd month. Even after controlling for variables that were different between groups (p <0.20), the group After-fortification had lower odds ratio of having anemia. Logistic regression showed that group, geographic region, marital status, gestational trimester, initial nutritional status and previous pregnancy were associated with anemia (p<0.05). Conclusions: Despite the prevalence of anemia in pregnant women is still high in the Northeast, North and Midwest, the decrease in the total sample and increase in Hb levels suggest positive effect of fortification of flour to the control of iron deficiency, although other variables not studied may have contributed to this result. The unequal distribution of anemia in different geographical regions of Brazil, however, reiterates its social determination. Considering the difficulties in obtaining data of Hb from medical records suggest the establishment of a permanent monitoring system allows monitoring the evolution of pregnancy anemia in response to the strategies implemented.
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Avaliação dos níveis de hemoglobina de gestantes brasileiras antes e após a fortificação de farinhas com ferro / Evaluation of hemoglobin levels of Brazilian pregnant women before and after the fortification of flours with ironSato, Ana Paula Sayuri 15 March 2013 (has links)
Objetivo: Avaliar os níveis de hemoglobina de gestantes brasileiras antes e após a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e investigar as variáveis associadas. Método: Estudo transversal que integra um projeto matricial desenvolvido com dados retrospectivos obtidos de prontuários de 12.119 gestantes atendidas em serviços públicos de pré-natal localizados em 13 municípios das cinco regiões geográficas do Brasil, divididas em dois grupos: Antes-fortificação das farinhas com ferro (gestantes com parto realizado antes de junho de 2004); e Após-fortificação (gestantes com data da última menstruação posterior a junho de 2005). A coleta de dados ocorreu em 2006-2008 e incluiu apenas gestantes de baixo risco, cujos prontuários continham pelo menos a data da primeira consulta de pré-natal e da última menstruação e a dosagem de hemoglobina (Hb). A variável dependente foi o nível de Hb (g/dL) e as independentes foram: grupo de fortificação, região geográfica, características sociais e demográficas, antecedentes obstétricos e características do pré-natal. Realizou-se análise descritiva, univariada e múltipla do nível de Hb para o total das gestantes, por região geográfica e por trimestre de gestação, por meio de modelos de regressão linear. Contruíram-se modelos de regressão polinomial para o ajuste das curvas de Hb por mês de gestação, que foram comparadas com referências nacional e internacional. Curvas de níveis médios e críticos (-2 desvios-padrão) de Hb de gestantes não anêmicas do grupo Após-fortificação também foram comparados às referências. O nível de significância de todos os testes foi de 5%. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Não houve aumento significativo do nível de Hb para o total da amostra (p=0,325) após a fortificação, exceto em gestantes da região nordeste (p<0,001; =0,214) e em gestantes no segundo trimestre de gestação (p=0,025; =0,093). O nível de Hb foi menor entre aquelas que tinham menor idade, viviam sem companheiro, tinham menor Índice de Massa Corporal-IMC, maior idade gestacional e/ou duas ou mais gestações anteriores. Apesar da curva Após-fortificação apresentar níveis superiores em todos os meses de gestação, a regressão polinomial não mostrou efeito significativo da fortificação de farinhas (p=0,316). As curvas de Hb de ambos os grupos de fortificação mostraram-se acima dos níveis críticos das referências nacional e internacional no primeiro trimestre, com queda a seguir e estabilização no final da gestação. A curva de níveis críticos, construída com dados de gestantes não anêmicas do grupo Após-fortificação, ficou abaixo da curva de níveis críticos da referência nacional e do ponto de corte da OMS, mas semelhante à referência internacional, exceto no final da gestação. Conclusões: A fortificação de farinhas com ferro aumentou significativamente o nível de Hb apenas em gestantes da região nordeste do Brasil e no segundo trimestre de gestação. Idade, situação conjugal, IMC, idade gestacional e número de gestações anteriores mantêm-se como características importantes que devem ser consideradas na avaliação da anemia na gestação. As curvas construídas seguem os padrões das referências nacional e internacional. Propõe-se uma curva de Hb de gestantes não anêmicas para ser utilizada na avaliação da anemia em gestantes brasileiras. / Objective: To evaluate the hemoglobin levels of Brazilian pregnant women before and after fortification of wheat and corn flours with iron and to investigate the associated variables. Methods: This collaborative cross-sectional study was developed with retrospective data obtained from medical records of 12,119 pregnant women who attended public prenatal care services in 13 municipalities of five Brazilians geographical regions. They were divided into two groups: Before-fortification (women who delivered before June/2004), and After-fortification (women with date of last period after June/2005). Data collection occurred between 2006-2008 and included only low risk pregnant women, whose medical records contained at least the date of the first prenatal visit, date of the last menstrual period and measurement of Hemoglobin (Hb). The dependent variable was the Hb level (g/dL) and the independent variables were: group of fortification, geography region, social and demographic characteristics, obstetric history and characteristics of prenatal care. We conducted descriptive analysis, univariate and multiple (linear regression) of the Hb level for the total of pregnant women, by geographic region and trimester of pregnancy. Polynomial regression models were used to fit the curves of Hb by month of pregnancy, which were compared with national and international references. Curve of Hb mean and critical levels (-2 standard deviations) constructed with data of non-anemic pregnant of After-fortification group were also compared to references. The significance level for all tests was 5%. This study was approved by the Research Ethics Committee. Results: There was no significant increase in Hb level for the total sample after the fortification (p=0.325), except pregnant women in the northeast region (p <0.001, =0.214) and pregnant women in the second trimester of pregnancy (p=0.025; =0.093). The Hb levels were lower on those who were younger, lived without partner, had lower body mass index-BMI, had higher gestational age and/or had two or more previous pregnancies. Although the curve of After-fortification group had presented higher levels in all months of pregnancy, the polynomial regression showed no significant effect of fortification of flour (p=0.316). The curves of Hb in both groups of fortification were higher than the national and international references critical levels in the first trimester, followed by a drop and stabilization in late pregnancy. The curve of critical levels constructed with data of non-anemic pregnant women of After-fortification group were below the curve of critical levels of national reference and the WHO cut-off point, but similar to the international reference, except in late pregnancy. Conclusions: Fortification of flour with iron significantly increased the Hb levels of pregnant women only in northeast region of Brazil and in the second trimester of pregnancy. Age, marital status, BMI, gestational age and number of previous pregnancies remain as important characteristics that should be considered in the evaluation of anemia in pregnancy. The constructed curves follow the national and international references. We propose a curve of Hb non-anemic pregnant women to be used in the evaluation of anemia in pregnant Brazilian women.
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A humanização do cuidado pré e pós-natal em uma organização não-governamental / The humanization of antenatal and postnatal care in a non-governmental organizationLima, Ana Paula Campos 16 April 2010 (has links)
A humanização do cuidado ao ciclo grávido-puerperal no Brasil é marcada por distintos sentidos e experiências. Diante de tal diversidade, um conceito de humanização foi elaborado no presente trabalho, a partir de uma análise de documentos do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), lançado pelo Ministério da Saúde em junho de 2000. Tal conceito norteou o estudo, que se constituiu em uma pesquisa qualitativa de referencial fenomenológico-existencial realizada, à luz do PHPN, no ambulatório de uma organização não-governamental que presta uma atenção pré e pós-natal autorreferida como humanizada. Teve como objetivos: observar, descrever e compreender como se dá a humanização de tal atenção, tendo em vista as inter-relações de alguns dos sujeitos envolvidos em sua produção (usuárias, colaboradores e coordenadores) e o cenário no qual tais inter-relações se dão; compreender de que forma os processos de acolhimento e de produção de vínculo estabelecem relações com a humanização do cuidado, caso tais aspectos se fizessem presentes no serviço estudado; e refletir sobre elementos que favoreçam a superação de algumas das contradições que permeiam o campo da humanização. A coleta de dados foi realizada a partir de observação participante, levantamento de dados de cartões de gestantes e entrevistas com profissionais de saúde ligados ao serviço em pauta e com mulheres lá atendidas. A análise dos dados evidenciou, como eixos centrais do cuidado produzido: o acolhimento, explicitado nas dimensões de postura do profissional (discutida como dialógica/de figura de apego seguro, segundo o referencial gestáltico) e de (re)organização do serviço; a produção de vínculos; e a integralidade (ali marcada pelo olhar da Antroposofia). Tais processos afiguraram-se também como aqueles que marcam a forma com que a humanização é compreendida e mobilizada no serviço. Mostraram-se, nesse sentido, especialmente importantes à restituição e/ou reafirmação da condição de sujeitos integrais de usuárias e de profissionais e à experiência de ampliação e efetivação de potências de tais atores. Por fim, revelaram-se aspectos fundamentais à efetivação das mudanças necessárias à sedimentação de um cuidado humanizado: o reconhecimento, a valorização e a legitimação institucional da condição de pessoa do profissional; a fundamentação da produção do cuidado em saúde em um referencial filosófico humanista e holístico; e a superação das contradições identificadas não apenas no universo dos discursos mas também na existencialidade de cada um dos sujeitos que de tais discursos se fizer portador e multiplicador / In Brazil the humanization of maternity care is marked by different meanings and experiences. Facing such a diversity, a concept of humanization has been elaborated in this study, based on the analysis of documents from the Program for Humanization of Prenatal and Childbirth Care (PHPN), launched by the Ministry of Health in June 2000. The concept herein developed guided this work, which consisted of a qualitative research with an existentialphenomenological approach, held in the light of PHPN, in a non-governmental organization\'s ambulatory that provides a pre- and postnatal care which is self-defined as humanized. The aims of this study were (i) to observe, describe and understand the humanization of such a care, considering the interrelationships of some of the subjects involved in its production (users, collaborators and coordinators) and the environment in which the interrelationships take place, (ii) to understand how the processes of user embracement and promotion of bonding are related to the humanization of care, in the cases where the service studied included such aspects, (iii) and to reflect about elements that help to overcome some of the contradictions that are found in the humanization field. The data were collected through field participant observation, data collection from pregnants\' attendance card and interviews with health professionals related to the service and women there attended. The data analysis demonstrated the axes of the production of care were (i) the user embracement, which appeared in the dimension of professional attitude (herein exposed as a dialogical attitude and/or as a secure attachment figure attitude, according to the gestaltic approach) and in the service reorganization dimension, (ii) the promotion of bonding; and (iii) the comprehensiveness (as understood in Anthroposophy, mainly). The humanization was associated with such processes, which showed themselves to be especially important to the restitution and/or reaffirmation of the integrality condition of users and professionals and to the experience of ampliation and realization of potentialities of these subjects. Finally, the following aspects proved to be essential points to implement the necessary changes which solidify the humanized care: (i) the recognition, the valorization and the institutional legitimation of the health professionals\' personal condition, (ii) the grounding of the production of health care in a humanistic and holistic approach, (iii) and the overcoming of the contradictions identified not only at the level of discourses but also at the existential dimension of each subject that produces and propagates those discourses
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