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Depressão em idosos

Malta, Ludmilla Castro 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Florianópolis, 2008 / Made available in DSpace on 2012-10-24T02:45:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 275385.pdf: 975658 bytes, checksum: 564965f5a81c8591bd8db08f43c17783 (MD5) / Atualmente há uma forte associação entre envelhecimento e depressão. No Brasil, a prevalência de depressão entre as pessoas idosas varia de 4,7% a 36,8%, dependendo do instrumento utilizado, dos pontos de corte e gravidade dos sintomas. É um dos transtornos psiquiátricos mais comuns entre pessoas idosas e sua presença necessita ser avaliada. Esta pesquisa analisa como ocorre o diagnóstico de depressão em idosos nas Unidades Básicas de Saúde em Balneário Camboriú, SC, assistidos pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família ESF-, verificando a compreensão do médico de saúde da família acerca da depressão na velhice, e o conjunto de procedimentos adotados pelos profissionais para o diagnóstico e prognóstico dos idosos assistidos na Rede Pública. Trata-se de pesquisa qualitativa, com coleta de dados transversal, obtidos por entrevista semi-estruturada aplicada em todos os médicos da ESF do município, estes concordaram em participar mediante leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE. A sistematização dos dados dá-se a partir da Análise de Conteúdo, proposta por Bardin. Na pré-análise, realizou-se a leitura flutuante para a organização do Corpus, conjunto de documentos submetidos à análise, expresso aqui pela leitura e re-leitura da transcrição das entrevistas realizadas. A categorização deriva dos esultados obtidos nas entrevistas, seguindo critérios de: Repetição e Relevância. O tratamento dos dados possibilita a construção de três categorias de análise, divididas em subcategorias. I - Perfil Profissional: a) Tempo de formação e exercício da medicina: há ausência de preparo técnico-assistencial para a assistência a saúde mental e do idoso na rede pública; b) Características da formação e estrutura acadêmica: Formação acadêmica expressa em sua maioria insuficiência para intervenção clinica na saúde mental, saúde do idoso e no SUS. II - Modelo de Atenção: a) Dimensão Estratégica: há predominância da incompreensão dos entrevistados na reorientação do modelo assistencial; b) Dimensão Executiva: maioria dos médicos justifica o insucesso das ações na ESF atribuindo-as ao governo federal, resultando na desculpabilização da prática; c) Dimensão Assistencial: predomínio do modelo biomédico, o que diverge com a proposta do SUS e da perspectiva psicossocial. III Aspectos Clínicos: a) Diagnóstico: Associação do transtorno depressivo com o =ser velho; confusão teórico-metodológica no entendimento do sofrimento emocional da depressão; b) Terapêutica: Tratamento sem diagnóstico; trata-se =sintomas depressivos# sem intervenção e ação sobre fatores etiológicos; c) Prognóstico: os entrevistados, com a exceção de um, não compreendem a depressão como tendo cura, levando a cronificação do tratamento farmacológico. Os entrevistados, tanto pela perspectiva de sua formação acadêmica biomédica quanto pela abordagem psicossocial, não conseguem construir com segurança a compreensão de um quadro depressivo. Aliada a fragilidade da formação acadêmica, constata-se que a prática dos médicos entrevistados encontra pontos divergentes daqueles preconizados pelo SUS. A dificuldade em assistir ao idoso com sofrimento emocional pode levar à sobrenotificação de casos de depressão. Sugere-se capacitação continuada para a equipe das ESFs na assistência a saúde do Idoso e a Saúde Mental. / Currently there is a strong association between aging and depression. In Brazil, the prevalence of depression among the elderly ranges from 4.7% 36.8%, depending on the instrument used, the views of cut and the severity of symptoms. It is one of the most common psychiatric disorders among the elderly and their presence needs to be evaluated. This research aims at analyzing how the diagnosis of depression are done in the elderly in the Basic Health Units in Balneário Camboriu city, SC state assisted by teams of the Family Health Strategy - FHS - by checking what is the understanding of health from the family doctor about the depression in old age, and what the set of procedures are adopted by professionals for the diagnosis and prognosis of elderly, assisted in the public network. This is a qualitative research with a collected data characterized as a cross (transverse) resulted from the analyses of semi-structured interviews applied in all physicians who work in FSH in BC municipality; they authorized the use of data analysis that were suggested by the interview in the research and agreed to participate by reading and signing the Term of Free and Informed Consent -TFIC-. The systematization of the data comes from the Content Analysis, proposed by Bardin. In the pre-analysis, there will be a floating reading for the organization of the Corpus, a set of documents submitted to the analysis, expressed here by reading and re-reading the transcript of the interviews. The categorization occurs through descriptive procedure, given the following criterias: Repetition and relevance. The processing of data allows the construction of three categories of analysis, divided in turn into subcategories: I-Professional Profile: a) Time of training and medical practice: There isn#t any technical or assistencial prepare for these professionals to work with mental health and old people#s health in the public system, b) characteristics of training and academic structure; II - Model of Attention: a) strategic dimension: predominance of misunderstanding of the respondents in reorienting the care model b) executive dimension: Most doctors justify the failure of actions in the ESF attributing them to the federal government, resulting in the indulgence of the practice, c) care dimension size: predominance of the biomedical model, which differs from the proposal of the Unified Health System and psychosocial perspective. III # clinical Aspects: a) Diagnosis: association between depressive disorder and old age. b) Therapeutics: treatment without diagnosis, they treat ¯depressive symptoms without intervention and action on etiologic factors, theoretical and methodological confusion in understanding the emotional suffering of depression; c) Prognosis: Respondents, with the exception of one, do not understand the depression as having a cure, leading to chronic pharmacological treatment. The interviewees, both from the perspective of their academic biomedical and the psychosocial approach, cannot safely build an understanding of depression. Coupled with the fragility of academic education, there is the practice of doctors interviewed with divergent points of those recommended by the Unified Health System. The difficulty in assisting the elderly with emotional distress can lead to over reporting of depression cases. It is suggested ongoing training for staff of the FHS in care of the elderly health and Mental Health.
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Sintomas depressivos e atividade física em idosos: estudo longitudinal

Borges, Lucélia Justino January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:19:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 328832.pdf: 4417693 bytes, checksum: 91902b4a5c4a99c2f73b8d5bfc1e635d (MD5) Previous issue date: 2014 / O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência e os fatores associados aos sintomas depressivos (SD), e analisar a relação entre SD e atividade física de lazer (AFL) de idosos, de forma prospectiva. Esta pesquisa longitudinal, observacional e de base populacional faz parte do EpiFloripa Idoso realizado em 2009/2010 (primeira onda) e 2013/2014 (segunda onda), na área urbana do município de Florianópolis ? SC. Na primeira onda foram entrevistados 1.705 idosos, sendo incluídos nesse estudo 1.656 (49 foram excluídos por terem as entrevistas respondidas por cuidadores). Para a segunda onda, 1.564 idosos foram considerados elegíveis. Entretanto, para a presente investigação foi utilizada amostra parcial (n=659). Os SD (desfecho) foram obtidos pela Geriatric Depression Scale (GDS-15); o nível de AFL foi avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire; além das variáveis de saúde, sociodemográficas, comportamentais e sociais. Análise descritiva, Teste de McNemar, Regressão de Poisson e Regressão Linear Múltipla foram utilizados, adotando nível de significância de 5%. Na primeira onda, a prevalência de SD foi de 23,9%. Os fatores de risco associados foram: 1 a 4 anos (RP= 1,62) e nenhum ano de estudo (RP= 2,11); situação econômica pior comparada àquela que tinha aos 50 anos (RP=1,33); déficit cognitivo (RP=1,45); percepção negativa de saúde (RP=2,64); dependência funcional (RP=1,83) e dor crônica (RP=1,35). Grupo etário de 70 a 79 anos (RP=0,77); AFL (RP=0,75); participação em grupos de convivência ou religiosos (RP= 0,80) e ter relação sexual (RP= 0,70) mostraram-se fatores protetores ao aparecimento dos SD. Na segunda onda, a prevalência de SD foi de 22,8% e não foi observada diferença estatística significante na comparação entre as duas ondas. Vale destacar que a recorrência dos sintomas foi 12,7%; incidência de 10%; remissão de 9,3% e 68% permaneceu livre de suspeita à depressão. Verificou-se diferença estatística significante entre as duas ondas para déficit cognitivo, quedas, relação sexual e participação em grupos de convivência. Ao analisar o nível de AFL no seguimento, 40,8% dos idosos permaneceram inativos; 32,3% eram ativos e tornaram-se inativos; 6,7% eram inativos e tornaram-se ativos e 20,2% permaneceram ativos no lazer. Para os idosos sintomáticos, o antidepressivo, a terapia psicológica e a atividade física foram os recursos mais citados para amenizar esses sintomas; melhorar a saúde e recomendação médica foram os motivos frequentes para a adesão à prática de atividade física, enquanto a limitação física e o cansaço (ou falta de disposição) foram os motivos de desistência mais citados. Nasegunda onda foi evidenciada associação entre SD e AFL, ajustada por sexo, idade, renda familiar e dependência funcional. Os idosos que permaneceram ativos reduziram 8,83% da variação percentual dos escores de SD. Os resultados sinalizam que a situação clínica adversa, desvantagem socioeconômica, inatividade física no lazer, pouca atividade social e sexual são fatores associados aos SD em idosos. A associação com a AFL permaneceu no seguimento, demonstrando redução dos SD em idosos ativos no lazer. Os resultados obtidos poderão auxiliar e subsidiar as políticas de atenção à saúde mental da população idosa, considerando os fatores modificáveis associados aos SD, e a AFL enquanto estratégia alternativa na promoção da saúde, prevenção ou auxiliar no tratamento da depressão em idosos.<br> / Abstract : The aim of this study was to estimate the prevalence and associated factors of depressive symptoms (DS) in the elderly and to analyze the relationship between DS and physical activity in leisure time (LTPA) in follow-up. Longitudinal population based epidemiological study (EpiFloripa Elderly) was conducted in 2009/2010 (baseline; n=1.656) and 2013/2014 (follow-up; partial sample n=659) in Florianópolis, Brazil. The prevalence of DS (outcome) was obtained using Geriatric Depression Scale (GDS-15), the level of LTPA was assessed by the International Physical Activity Questionnaire and socio-demographic, health, behavioral and social variables were assessed. Analyses were carried out using McNemar Test, Poisson Regression and Multiple Linear Regressions (p<0.05). Depressive symptoms were observed in 23.9% of the elderly individuals at baseline. In the final model, DS were associated with: 1 to 4 years of schooling (PR=1.62) and no schooling (PR=2.11); being in a worse financial condition than at the age of 50 (PR=1.33); cognitive impairment (PR=1.45); perceiving their health as regular (PR=1.95) or poor (PR=2.64); functional dependence (PR=1.83) and chronic pain (PR=1.35). Factors with protective effects were: being in the 70 to 79 year old age group (PR=0.77); LTPA (PR=0.75); participation in social or religious groups (PR=0.80) and having sexual relations (PR=0.70). The prevalence of SD was 22.8% in follow-up and no significant differences was observed between baseline and follow-up. According to the progression of DS four groups were identified: 68% without DS; recurrence (12.7%); incidence (10%) and remission (9.3%). Cognitive impairment, falls, sexual relations and participation in social or religious groups weren't statistically different. Four groups were identified according to the progress of LTPA: 40.8% remained inactive; 32.3% were active and became inactive; 6.7% were inactive and became active and 20.2% remained active. Antidepressants; psychological therapy and physical activity were the most cited resources to alleviate the DS; improve the health and medical recommendations were the most frequencies for the elderly engaged the physical activity; physical limitations and fatigue were the most cited reasons for desistence. Association between DS and LTPA adjusted for sex, age, family income and functional dependence was observed in follow-up. The elderly that remained active reduced 8.83% of percentage change the DS scores. Adverse clinical situations, being socioeconomically disadvantaged and low social and sexual activity were associated with DS in the elderly.The association with the LTPA remained in follow-up and was identified a reduction of DS in the active elderly population. The results may assist and support health care policies for the elderly considering the modifiable associated factors of DS and the LTPA may be an alternative strategy to promote health, to prevent or on the treatment of depression in the elderly.
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Cuidado de enfermagem, com visão holográfica, na abordagem de idosas com depressão, utilizando a terapia floral de Bach

Vasconcelos, Eliane Maria Ribeiro de January 2003 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. / Made available in DSpace on 2012-10-20T10:26:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 199174.pdf: 2853451 bytes, checksum: e9aaa985f5d50553258437b1b718b619 (MD5) / Este estudo teve como objetivo investigar a relevância do cuidado de Enfermagem com visão holográfica, incluindo a aplicação dos florais de Bach em idosas com depressão, usando o referencial de Enfermagem de Betty Neuman. Foi utilizada uma metodologia qualitativa com abordagem analítica e analógica. A técnica da abordagem foi o estudo de casos, aplicando-se a entrevista semi- estruturada e a escala de Beck - Depression Inventory - BDI, para semi-quantificar a depressão. Foi feito análise estatística das médias dos BDIs. O diagnóstico de depressão foi baseado no DSM IV, feito por uma geriatra, que também fez a avaliação desses casos após o período estipulado de tratamento (20 semanas). As idosas participavam das sessões de terapia de grupo, realizadas por uma psicóloga. As voluntárias foram 13 idosas, acima de 60 anos, em depressão, assistidas no Centro de Reabilitação de Idosos Damásio Barbosa de Franca - João Pessoa - Paraíba, no período de julho de 2002 a fevereiro de 2003. Os dados foram colhidos através das respostas dos questionários. Entre as informações foram identificados os estressores, os fenômenos de Enfermagem, segundo a Classificação Internacional da Prática de Enfermagem (CIPE) - versão ALFA, e as metas a serem trabalhadas através da terapia floral de Bach. Os fenômenos de Enfermagem ligados aos estressores intrapessoais mais freqüentes foram: depressão; dificuldade para dormir; isolamento social; tristeza; desesperança; falta de apetite; ansiedade; culpa; medo; insônia; fadiga; baixa auto-estima; interação social prejudicada; sono intermitente; déficit nutricional. Dentre os ligados aos estressores intra e interpessoal associados, destacaram-se: falta de apetite; culpa; distúrbio do relacionamento familiar; insônia; crenças de valores; processo familiar alterado; interação social prejudicada. Dos ligados aos estressores intra, inter e extrapessoais perceberam-se: distúrbio no relacionamento familiar; interação social limitada. Percebeu-se que os estressores que mais contribuíram para a depressão em idosos estavam ligados aos intrapessoais, fossem eles associados ou não a outros estressores. A intervenção da enfermagem foi à prescrição dos florais de Bach. Pode-se concluir que o cuidado de Enfermagem com visão holográfica, incluindo a aplicação dos florais de Bach, em idosas com depressão, contribuiu para a redução significante dos estressores nessas pacientes. Assim, a sua aplicabilidade é possível uma vez que a teoria escolhida trabalha com os estressores, sendo esses harmonizados através da terapia floral de Bach, que atua nas causas dos desconfortos, equilibrando o indivíduo e devolvendo-lhe a saúde.
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Estimulação em idosos institucionalizados

Tavares, Lorine January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T13:33:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 244701.pdf: 1394799 bytes, checksum: 3089ea17f9f4a4e3a9a469e3c2e8be2c (MD5) / Engajamento em atividades cognitivas e físicas está associado com a manutenção da saúde cognitiva e com a prevenção de declínio cognitivo na população idosa. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da prática de atividades cognitivas e atividades físicas em idosos institucionalizados. Para tanto, cinco idosos de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) participaram de vinte e duas sessões de um programa de atividades cognitivas, e cinco idosos de outra ILPI participaram de treze sessões de um programa de atividades físicas. Anteriormente às intervenções, os participantes responderam ao Formulário de Caracterização Geral e Auto-avaliação de Idosos e a uma entrevista semi-estruturada para identificação do histórico de atividade cognitiva e física. Os instrumentos: a) Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), b) Escala de Depressão em Geriatria (GDS-15) e c) Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT), foram aplicados antes e logo após as intervenções para verificação de seus efeitos na capacidade cognitiva geral, nos sintomas depressivos e na memória de trabalho dos participantes. Uma entrevista semi-estruturada foi aplicada após as intervenções para verificação da opinião dos participantes sobre os programas de estimulação. Verificou-se que, de modo geral, os participantes possuem histórico restrito de engajamento em atividades físicas e cognitivas. O teste não-paramétrico de Wilcoxon constatou que não houve diferença estatisticamente significativa antes e depois entre os grupos nas variáveis estudadas. Entretanto, as diferenças entre as médias individuais obtidas pelos participantes nos testes mostram efeitos positivos, sugerindo que o programa de atividades cognitivas produziu maiores efeitos positivos na capacidade cognitiva de seus participantes, e que o programa de atividades físicas foi mais eficaz em reduzir a intensidade dos sintomas depressivos de seus participantes. As opiniões dos participantes de ambos os programas se mostraram, na sua grande maioria, positivas, e suas falas sugerem apreço ao envolvimento nos programas de estimulação, percebendo efeitos positivos oriundos da participação nos mesmos. Sugere-se a necessidade de novas pesquisas relacionadas à investigação da eficácia de programas de estimulação na saúde cognitiva de idosos institucionalizados.
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Influência de um programa de exercício físico na saúde mental e na aptidão funcional de idosos usuários dos Centros de Saúde de Florianópolis

Borges, Lucélia Justino January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-graduação em Educação Física / Made available in DSpace on 2012-10-24T07:17:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 262167.pdf: 1862221 bytes, checksum: 872b618a644e587b342a504f6a13f321 (MD5) / O objetivo desse estudo foi analisar a influência de um programa de exercício físico na saúde mental e na aptidão funcional dos idosos usuários dos Centros de Saúde de Florianópolis, Santa Catarina. A amostra incluiu os idosos, de ambos os sexos, cadastrados nos Centros de Saúde e participantes do Programa Floripa Ativa # Fase #B#, do período de junho de 2006 a julho de 2008. Os idosos foram avaliados em períodos pré-estabelecidos que totalizaram, ao máximo, sete avaliações. Dessa forma, a amostra variou de 118 a 129 idosos, sendo observada predominância do sexo feminino (85,9%) e média de idade de 69,5 anos (DP: 0,72). Os instrumentos utilizados foram: anamnese (informações sócio-demográficas); Mini-Exame do Estado Mental (MEEM); Geriatric Depression Scale (GDS-15); Questionário Internacional de Atividade Física # forma longa (IPAQ); bateria de testes físicos da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation & Dance (AAHPERD); lista de freqüência (chamada). Utilizouse a estatística descritiva (média, desvio padrão, freqüência e percentual) e a estatística inferencial (teste t de Student para amostras pareadas, teste de Friedman, teste de Wilcoxon, correlação de Pearson e Spearman), adotando nível de significância de 5% Dentre os resultados, antes da inserção no programa de exercício físico, 81,4% dos idosos eram ativos (somatório dos quatros domínios do IPAQ) e 36,8% afirmaram não praticar atividades físicas no lazer. De acordo com as diferentes avaliações, a freqüência de suspeita à depressão variou de 7% a 24%, enquanto 9,1% a 19,4% dos idosos apresentaram pontuação abaixo do normal no MEEM. Observou-se melhora da classificação do Índice de Aptidão Funcional Geral (IAFG) de #fraco# para #regular e bom#, com aumento da média geral da primeira avaliação ( =207; DP=27,2) para a última avaliação ( =231,79; DP=43,53). Verificou-se tendência de redução dos escores depressivos, aumento da pontuação do MEEM e do IAFG. No entanto, foi detectada diferença estatisticamente significante somente para os idosos que tiveram assiduidade no programa de exercício físico (p=0,008, p=0,05 e p<0,001, respectivamente). Tanto a escolaridade quanto a renda apresentaram associação estatística significante com a pontuação do MEEM (p<0,001 e p<0,001, respectivamente). Nenhuma das variáveis estudadas (estado civil, idade e renda) associou-se com a pontuação da GDS (p=0,986, p=0,226, p=0,302). Observou-se associação inversa e significante entre a pontuação do MEEM e da GDS (r= -0,201; p=0,02) e entre IAFG e escores depressivos (r= - 0,226, p=0,033). Detectou-se, ainda, associação significante entre a pontuação do MEEM e os níveis de atividade física (r=0,901, p=0,006), entre MEEM e IAFG (r=0,355, p=0,004). Conclui-se que o programa de exercício físico teve influência positiva na redução dos sintomas depressivos, na melhora dos déficits cognitivos (pontuação do MEEM) e da aptidão funcional para aqueles idosos que se mantiveram assíduos nas sessões de exercício físico. Diante disso, infere-se que a prática regular de exercício físico contribuiu para a melhora da saúde mental e da aptidão funcional dos idosos.
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Associação entre obesidade, mudanças antropométricas e sintomas depressivos em idosos

Goes, Vanessa Fernanda January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-10-31T03:17:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 350975.pdf: 5572129 bytes, checksum: fc8ccce63a82ba6af2fde9ea223b723b (MD5) Previous issue date: 2017 / Os sintomas depressivos geram sérias consequências individuais, familiares e sociais, que aumentam incapacidades e suicídios e reduzem a qualidade de vida nos idosos. Existem algumas evidencias sugerindo que a obesidade é um fator de risco para os sintomas depressivos. Diante disso, a presente tese teve como objetivo investigar a associação entre obesidade, mudanças antropométricas e sintomas depressivos em idosos da cidade de Florianópolis (SC) pertencentes ao estudo EpiFloripa Idoso. Caracteriza-se como uma coorte prospectiva, de base populacional domiciliar com idosos de ambos os sexos, 60 anos ou mais de idade. Foram avaliados 1.702 idosos em 2009/10 (62,5% mulheres; 70,6±8,0 anos) e realizou-se o acompanhamento dessa amostra de 1.197 em 2013/14 (63,1% mulheres; 73,9±7,3 anos). Os dados antropométricos aferidos foram: peso, altura, e circunferência da cintura (CC), sendo calculado o índice de massa corporal (IMC). As mudanças nesses indicadores foram avaliadas mediante modelos lineares mistos, com coeficientes fixos e aleatórios. A Escala de Depressão Geriátrica (15 itens) foi usada para avaliação dos sintomas depressivos. Foi utilizada a regressão logística nas análises, com ajuste para variáveis sociodemográficas e comportamentais. A prevalência de sintomas depressivos em 2009/10 foi 23,3% (IC95% 20,3-26,6) e a incidência cumulativa no período de 4 anos foi de 10,9% (IC95% 8,7-13,6). A obesidade acometeu 29,3% dos idosos na linha de base. O sobrepeso e valores intermediários de CC (indicador de obesidade abdominal) estiveram associados com menor prevalência e menor incidência de sintomas depressivos em idosos. Além disso, aqueles que eram sobrepeso nas duas ondas do estudo ou que mudaram para eutrofia na segunda onda, tiveram menores risco de sintomas depressivos. Indivíduos com obesidade severa (obesidade II-III e CC no quartil superior) apresentaram maior razão de odds de prevalência de sintomas depressivos (RO 2,34; IC95% 1,42?3,87 e RO 1,73; IC95% 1,13?2,65, respectivamente) do que os eutróficos ou com CC no quartil inferior, contudo, a incidência foi similar à dos eutróficos. Os indivíduos com obesidade severa apresentaram sintomas depressivos persistentes. Na avaliação das mudanças antropométricas foi observado alteração no padrão de mudança da CC nos idosos, compatível com um processo intermediário de transição nutricional, com aumento da obesidade abdominal, principalmente nas mulheres. A prática regular de atividade física e o consumo alimentar não apresentaram associação com peso ou CC. Os homens com baixa escolaridade e os que não eram casados, apresentaram elevada redução de peso após os 75 anos. Indivíduos eutróficos que reduziram anualmente o peso ou IMC tiveram maior incidência de sintomas depressivos, provavelmente devido à redução de massa magra (sarcopenia). A mudança da CC não esteve associada à incidência de sintomas depressivos. Como conclusão, tem-se que a relação entre o estado do peso corporal e a presença de sintomas depressivos em idosos não foi linear. Os resultados encontrados ressaltam a necessidade de estratégias públicas de monitoramento das mudanças antropométricas e de prevenção da obesidade severa e redução do peso em idosos eutróficos, visto que ambas estão relacionadas com sintomas depressivos.<br> / Abstract : Depressive symptoms lead to individual, family, and social impairments that increase disability and suicide, and reduce quality of life of elderly. There is some evidence suggesting that obesity is a risk factor for depressive symptoms. Therefore, the present thesis aimed to investigate the association between obesity, anthropometric changes and depressive symptoms in the elderly living in the city of Florianópolis, from the EpiFloripa Idoso study. This prospective longitudinal population-based study included a representative sample of individuals with 60 years of age and older. In 2009/10, 1,702 elderly individuals were evaluated (62.5% women, 70.6 ± 8.0 years) and in 2013/14 it was 1,197. The measured anthropometric data were: weight, height, and waist circumference (WC), and the body mass index (BMI) was calculated. The changes in these indicators were evaluated using mixed linear models with fixed and random coefficients. The Geriatric Depression Scale (15 items) was used to evaluate depressive symptoms. Logistic regression was used in the analyses, with adjustments for sociodemographic and behavioral variables. The prevalence of depressive symptoms in 2009/10 was 23.3% (95% CI 20.3-26.6) and the cumulative incidence was 10.9% (95% CI 8.7-13.6). At the baseline, 29.3% of the elderly were obese. Overweight and intermediate values of waist circumference (indicator of abdominal obesity) were associated with lower prevalence and lower incidence of depressive symptoms. Addition, those who maintained overweight in both waves or those who changed from overweight to normal weight in the second wave showed a lower risk of depressive symptoms. Individuals with severe obesity (obesity II-III and waist circumference in the upper quartile) had higher prevalence odds ratio of being depressed than individuals with normal weight or WC in the lower quartile (OR 2.34; 95% CI 1.42?3.87 and OR 1.73; 95% CI 1.13?2.65, respectively), however, the incidence was similar to eutrophic. Individuals with severe obesity presented persistent depressive symptoms. The assessment of the anthropometric changes showed change in the pattern of CC, suggesting an intermediate stage of nutritional transition with an increase in abdominal obesity, especially in women. The regular practice of physical activity and food consumption were not associated with weight or CC. Less educated men and those who live without a partner showed higher weight reduction, especially after 75 years. Normal weight individuals who reduced their weight or BMI annually had a higher incidence of depressive symptoms, probably due to the reduction of lean mass (sarcopenia). Change in WC was not associated with the incidence of depressive symptoms. In conclusion, the relationship between the body weight status and the presence of depressive symptoms in the elderly was not linear. The results highlight the importance of public strategies to monitor anthropometric changes and to prevent severe obesity and weight loss in normal weight elderly, since both are related to depressive symptoms.

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