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Formação da dívida externa brasileira como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado : 1969-1982Lopes, Paulo Muller January 1998 (has links)
Esta dissertação trata da formação da dívida externa brasileira, no período 1969-82, como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado (euromercado) em operação. Este sistema formou-se e estruturou-se no pós II Guerra Mundial. Até o final da década de 1960, o euromercado acumulou grande quantidade de dólares fora dos Estados Unidos (eurodólares) e criou instrumentos e estruturas para a captação de dinheiro expatriado. A partir de 1970, atuou ativamente oferecendo empréstimos, sem condicionalidades, mas com taxas de juros flutuantes, que deram origem à dívida externa internacional e, especialmente, à brasileira. Esta formou-se, no período estudado, em três etapas: a primeira, 1969-73, foi predominantemente para acumular reservas internacionais, sendo, por isso, especulativa; a segunda, 1974-78, consumiu-se em custos crescentes da dívida, principalmente custos financeiros crescentes, e acumulou-se parcialmente em reservas internacionais, constituindo-se, assim, numa etapa transitória para o endividamento só para cobrir custos financeiros da dívida; na última etapa, 1979-82, formou-se dívida só para pagar juros da dívida e, por isso, foi puramente financeira. A dívida externa brasiliera formou-se, assim, predominantemente em função dos interesses do sistema financeiro desregulamentado, sendo, portanto, uma conseqüência da ação do mesmo.
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Os determinantes do endividamento externo brasileiro, 1964-79: uma tentativa de categorização das principais interpretações e análise empíricaFrancelino, Josiane de Araújo [UNESP] 03 June 2004 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2004-06-03. Added 1 bitstream(s) on 2018-07-27T17:16:30Z : No. of bitstreams: 1
000883752.pdf: 11234847 bytes, checksum: 9de1491fe78d07231485a0c20495dd31 (MD5) / Buscou-se, neste trabalho, examinar como a literatura interpretou os determinantes do endividamento externo brasileiro para o período 1964-79, e dar um passo além na determinação das variáveis explicativas desse processo. Foi possível dividir as interpretações entre três grandes categorias: a primeira categoria enfatizou os fatores internos ligados ao financiamento da economia como principal determinante de uma política econômica pró-endividamento externo; a segunda categoria enfatizou os fatores externos ligados à conjuntura econômica internacional do período e a terceira categoria, subdivida em mais dois grupos, combinou fatores externos e internos, chamando a atenção para a existência de estruturas internas que necessariamente estimularam e apoiaram esse tipo de diretriz de política econômica pró-endividamento (endividamento como opção de política econômica ratificada externamente e, sobretudo, internamente). A partir das variáveis levantadas pela literatura, estimamos um modelo geral para o endividamento externo para o período completo (1964-79), que não difere dos já estimados pela literatura empírica, e inovamos ao incluir variáveis alternativas com vieses político e social em recortes temporais diferenciados (devido a não disponibilidade dos dados para todo o período). Realizamos ainda Testes de Quebra Estrutural e de Análise de Intervenção os quais evidenciaram que os fatores comumente designados como responsáveis pelo endividamento externo, o baixo custo do empréstimo externo, a elevada taxa de juros interna, a liquidez internacional, a crise do petróleo, não são suficientes para a explicar a evolução da série ao longo de todo o período. Os resultados parecem evidenciar mais a favor dos autores que consideram em suas análises fatores internos e externos / This work aims to examine how the economic literature has interpreted the causes of Brazilian foreign debt in the 1964-79 period and take one step ahead concerning the explaining variables in this process. It was possible to classify those interpretations into three major categories: the first one emphasizes domestic factors regarding the financial system as the main cause of the debt; the second one emphasizes foreign factors, specially because of the world economy in the period; the third one, divided into two subgroups, uses a blend of domestic and foreign factors, emphasizing the existence of domestic structures that necessarily stimulated and supported this kind of pro debt policy (debt as an option of economic policy, with foreign and domestic support). Based on variables pointed out in the literature, we estimated a general model for foreign debt in the whole period (1964-79). This is not entirely different from what was made before in empiric works, but there are innovations such as the inclusion of social and political variables for different time frames (since those data are not available for the whole period). Tests of Structural Breaks and Analysis of Intervention seems to show that factors usually taken as responsible for foreign debt in the period, such as low cost of foreign money, high domestic interest rates, international liquidity, petroleum crisis, are not sufficient explanations to the evolution of debt in the period. The empiric results seem to be more in favor of those who consider in their analysis, both domestic and foreign causes
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O poder da floresta : ecologia e politica internacional na AmazoniaAbdala, Fabio de Andrade 29 September 2000 (has links)
Orientador: Shiguenoli Miyamoto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-27T07:18:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Abdala_FabiodeAndrade_M.pdf: 10845969 bytes, checksum: f466d53d88b197fa51fb3f5091164189 (MD5)
Previous issue date: 2000 / Resumo: Esta dissertação, do ponto de vista geral, trata das questões ecológicas que estão inseridas no seio das relações internacionais contemporâneas e que induzem às seguintes questões: como a inserção
do ecologismo tem introduzido mudanças nos sistemas político e econômico recentes e quais têm sido os principais atores, atividades e conceitos subjacentes a tal inserção? Mais especificamente busca retratar o contexto recente dos programas e projetos internacionais voltados para a conservação da natureza, que introduzem o conceito de desenvolvimento sustentável, tais como a Agenda 21, o Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), o Programa de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PP/G-7), entre outros, e que constituem o que chamamos de Sistema Financeiro Verde, em processo de formação. Este sistema é o pano de fundo criado para a descrição de algumas modalidades de cooperação internacional destinadas à pesquisa, ao uso e à conservação do meio ambiente brasileiro, notadamente o da Região Amazônica. Este trabalho trata de experiências realizadas nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará, que envolvem controvérsias sobre as interfaces da ecologia com a soberania nacional e que nos remetem à histórica polêmica a respeito da ternacionalização da Amazônia. Mesmo que a falta de recursos favoreça posturas pragmáticas dos atores e instituições que realizam políticas ambientais na região, o discurso nacionalista que ressalta a primazia da soberania sobre os recursos naturais, ainda mantém a sua força em amplos setores sociais, entre governantes, militares, diplomatas, pesquisadores e ONGs, que vêem na ajuda externa uma tentativa de colonialismo ecológico e de ingerência em assuntos de escopo estritamente nacional. Por fim, o estudo apresenta a hipótese da geopolítica ambiental para a qual a posse de recursos, bens e serviços ambientais poderiam
converter-se em fatores de poder político nas negociações internacionais dedicadas a este tema / Mestrado / Mestre em Ciência Política
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Formação da dívida externa brasileira como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado : 1969-1982Lopes, Paulo Muller January 1998 (has links)
Esta dissertação trata da formação da dívida externa brasileira, no período 1969-82, como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado (euromercado) em operação. Este sistema formou-se e estruturou-se no pós II Guerra Mundial. Até o final da década de 1960, o euromercado acumulou grande quantidade de dólares fora dos Estados Unidos (eurodólares) e criou instrumentos e estruturas para a captação de dinheiro expatriado. A partir de 1970, atuou ativamente oferecendo empréstimos, sem condicionalidades, mas com taxas de juros flutuantes, que deram origem à dívida externa internacional e, especialmente, à brasileira. Esta formou-se, no período estudado, em três etapas: a primeira, 1969-73, foi predominantemente para acumular reservas internacionais, sendo, por isso, especulativa; a segunda, 1974-78, consumiu-se em custos crescentes da dívida, principalmente custos financeiros crescentes, e acumulou-se parcialmente em reservas internacionais, constituindo-se, assim, numa etapa transitória para o endividamento só para cobrir custos financeiros da dívida; na última etapa, 1979-82, formou-se dívida só para pagar juros da dívida e, por isso, foi puramente financeira. A dívida externa brasiliera formou-se, assim, predominantemente em função dos interesses do sistema financeiro desregulamentado, sendo, portanto, uma conseqüência da ação do mesmo.
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Rompendo o pecado original - a mudança de postura nas recomendações do FMI entre o plano Baker (1985) e o plano Brady (1989): um estudo do caso brasileiro / Breaking the original sin: the change of the position at the IMF recommendations between the Baker Plan (1985) and Brady Plan (1989): a Brazilian case studyMarcelo Luiz Delizio Araujo 25 June 2015 (has links)
Durante o século XIX, para financiar a atividade econômica, era comum as jovens nações captarem empréstimos no exterior com pagamento em moeda estrangeira. A prática, chamada de Pecado Original era comum no regime do padrão ouro e objetivava garantir aos credores segurança num mercado financeiro ainda em desenvolvimento, que não oferecia instrumentos de proteção contra a flutuação de moedas não lastreadas e para casos de mercado secundário pouco desenvolvido no país devedor. A prática de fornecer empréstimos com serviço em moeda estrangeira perdura pelo século XX com notável estabilidade, haja vista a retomada do sistema de câmbio fixo (Padrão Dólar-Ouro) durante o Fordismo. Neste período, protegidos pela estabilidade cambial, os países em desenvolvimento fizeram uso da prática de rolagem da dívida para cumprir suas obrigações e obter recursos para custear o crescimento de suas economias. O Brasil foi um bom exemplo desta prática. A crise da década de 1970, porém, põe fim ao regime de câmbio fixo. Com a flutuação das moedas estrangeiras, as taxas de juros internacionais tornam-se mais voláteis, colocando em risco todos os países em desenvolvimento que fizeram uso da estratégia de rolagem da dívida nas décadas anteriores. Em 1979, a elevação das taxas de juros internacionais arremessa a América Latina, em particular, numa crise de grandes proporções. Com a dívida atingindo um patamar considerado impagável, o México decreta moratória em 1982, o que cessa o fluxo de empréstimos para o subcontinente. Para administrar a crise, o FMI propõe em 1982 o pagamento integral dos débitos através do saldo nas balanças comerciais dos países endividados, a ser obtido com a desvalorização cambial. Ao longo da década de 1980, a crise latino-americana se aprofunda, com hiperinflação e recessão. Em 1985, no Plano Baker, o FMI reforça sua posição de 1982, sugerindo, porém, uma elevação dos empréstimos para reduzir a transferência líquida de divisas e, assim, custear o desenvolvimento. O Brasil adota planos econômicos heterodoxos que resultam em fracasso e, em 1987, decreta a moratória parcial de sua dívida. O Plano Baker fracassa e, em 1989, o FMI lança o Plano Brady, que pressupunha a securitização das dívidas e a redução do principal, apropriando-se de parte do desconto então praticado no mercado secundário. Com estas medidas, o FMI abria uma brecha para que os países endividados troquem suas dívidas em moeda estrangeira por títulos a serem pagos em moedas locais. O motivo que leva a esta mudança de postura está relacionado à própria transformação sistêmica da Economia Mundo, além da evolução dos mercados secundários e da emergência da doutrina Neoliberal a nortear as novas diretrizes do Fundo. Em 2005, após renegociar sua dívida e fazendo uso da possibilidade aberta como Plano Brady, o Brasil emite títulos no exterior com pagamento em Reais, rompendo com a cláusula secular do Pecado Original. / During the XIX century, it was very common for nations worldwide to raise debt internationally with payments due in foreign currency to finance economic activity. This practice, known as original sin, was common during the gold standard period, and aimed at ensuring safety to creditors in a financial market yet in development, with a lack of protection instruments against the floating of the unbacked currencies and for cases of an undeveloped secondary market in the debtor country. This practice of providing loans in foreign currency endures throughout the entire XX century with remarkable stability, given the recapture of the fixed exchange rate system (dollar-gold standard) during the Fordism. In said period, protected by exchange rate stability, developing countries made use of a practice called debt rollover to fulfill its obligations and raise funds to sustain its economies´ development. Brazil is a good example of this practice. The 1970 crisis puts an end to the fixed exchange rate system though. With foreign currencies fluctuation, international interest rates became more volatile, endangering all developing countries that used the debt rollover strategy at previous decades. In 1979, the rise in international interest rates puts Latin America in fullblown crisis. With its debt reaching a level considered priceless, Mexico defaults in 1982, ceasing the flow of loan money to the whole continent. Still in 1982, in order to manage the crisis, the IMF proposes the full payment of debts through balance in the trade balances of indebted countries, achieved via exchange rate devaluation. During the decade of 1980, the Latin American crisis deepens, resulting in hyperinflation and recession. In 1985 with the Baker plan, the IMF reinforces its position, but this time suggesting a rise in loans to reduce the net transfer of foreign currency and thus support development. Brazil adopts heterodox economic plans that with frustrating results and, in 1987, partially defaults its debt. The Baker plan fails and, in 1989, the IMF launches the Brady Plan, which involved the securitization of the debt and reduction of principal, appropriating part of the discount then practiced in the secondary market. With these measures, the IMF creates a loophole for indebted countries to switch its foreign currencies debts for bonds to be paid in local currency. The reason leading to this behavior change is not only connected to the very transformation of systemic world economy itself, but also to the evolution of secondary markets and the surge of the neoliberal doctrine guiding the fund´s new guidelines. In 2005, after renegotiating its debt and using the open possibility with the Brady Plan, Brazil issues bonds overseas with payment in Brazilian Reais, breaking the secular clause of the original sin.
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Repensando a dependenciaGoldenstein, Lidia, 1954- 21 June 1994 (has links)
Orientador: João Manuel Cardoso de Mello / Tese (doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-07-19T09:17:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Doutorado / Doutor em Economia
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Coréia do Sul 1979-1984: um caso bem-sucedido de estabilização econômicaBarra, Mario Augusto Mariz de Oliveira 20 January 1994 (has links)
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Previous issue date: 1994-01-20T00:00:00Z / Analisa a estabilização econômica ocorrida na Coréia do Sul no período compreendido entre 1979 a 1984. São discernidos os fatores político-econômicos que levaram este país asiático próximo à insolvência e ao caos financeiro. As medidas adotadas no âmbito fiscal-monetário-cambial são identificadas, e procura- se mostrar a importância delas na solução da crise.
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[en] THE ROLE OF NORMS IN THE INTERNATIONAL CAPITAL MARKETS AND THE SOVEREIGN DEBT RESTRUCTURING MECHANISM / [pt] O PAPEL DAS NORMAS NO MERCADO DE CAPITAIS INTERNACIONAL E O MECANISMO DE REESTRUTURAÇÃO DE DÍVIDA SOBERANAGUSTAVO SEIGNEMARTIN DE CARVALHO 19 June 2006 (has links)
[pt] A presente dissertação analisa a proposta apresentada, no
final de 2001,
por Anne Krueger, vice-diretora gerente do Fundo Monetário
Internacional, para
a criação de um mecanismo para facilitar a reestruturação
da dívida soberana de
países com perfil de endividamento insustentável. Ao menos
em teoria, esse
mecanismo, chamado em inglês de Sovereign Debt
Restructuring Mechanism
(SDRM), contribuiria para coordenar credores e devedores,
tornar os processos
de reestruturação mais rápidos e ordenados, diminuir o
risco de crises de
endividamento, promover ganhos para todos os envolvidos na
cooperação e
contribuir para a estabilidade do mercado de capitais
internacional. Ainda assim,
foi rejeitado por credores privados, por alguns devedores
como o Brasil e o
México e pelo governo norte-americano. Utilizando como
arcabouço teórico o
construtivismo de normas de Friedrich Kratochwil, este
estudo pretende
responder por que ocorreu essa reação. A análise dos
documentos produzidos
pelos defensores (especialmente membros do staff do FMI) e
pelos críticos do
SDRM no curso do debate que se seguiu até a rejeição
formal do mecanismo,
em reuniões do Fundo realizadas em abril de 2003, sugere
como resposta que a
reação contrária dos credores privados e dos devedores
pode ser atribuída a
profundas divergências de interpretação quanto ao conteúdo
e ao papel das
normas no mercado de capitais internacional. / [en] This dissertation analyzes the proposal for the creation
of a mechanism for
restructuring sovereign debt of countries with
unsustainable debt burdens,
presented in the end of 2001 by Anne Krueger, deputy
manager director of the
International Monetary Fund. Using Friedrich Kratochwil´s
rule-based
constructivism as its theoretical framework, this
dissertation intends to answer
why the Sovereign Debt Restructuring Mechanism (SDRM) was
rejected by
private creditors, by debtors such as Brazil and Mexico,
and by the US
government, even though it could, at least theoretically,
contribute in the
coordination of creditors and debtors, make restructuring
processes quicker and
orderly, reduce the risk of debt crises, and bring
benefits and stability to the
market and its participants. The review of the documents
prepared by the
defenders (especially those among the staff of the IMF)
and the critics of the
SDRM during the debate which ended with its formal
rejection in the beginning of
2003, suggests that the reactions of private creditors and
debtors can be
attributed to deep-seated differences in the
interpretation of the content and role
of norms in the international capital market.
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[pt] O EFEITO DE EMISSÕES SOBERANAS SOBRE A LIQUIDEZ DOS TÍTULOS CORPORATIVOS BRASILEIROS EMITIDOS NO MERCADO INTERNACIONAL / [en] THE SOVEREIGN ISSUANCE S IMPACT ON THE LIQUIDITY OF BRAZILIAN CORPORATE BONDS ISSUED IN THE INTERNATIONAL MARKETJEFFERSON GOMES DE BRITO 03 November 2015 (has links)
[pt] Muitos pesquisadores acreditam haver relação entre os mercados de dívida
externa soberana e corporativa. Esta idéia é corroborada pela observação em
países desenvolvidos, cujos mercados de títulos privados são frequentemente
acompanhados de ativa negociação e emissão de títulos do governo. A literatura
acadêmica sobre o tema sugere que títulos soberanos possuem um papel de
referência para a determinação do valor dos ativos corporativos. Em um contexto
de mercado favorável para o Brasil, caracterizado pela obtenção do grau de
investimento e captações externas frequentes, com custos cada vez mais baixos,
analisamos o impacto que uma emissão soberana exerce sobre a liquidez de títulos
de empresas brasileiras emitidos no exterior. A principal hipótese é que
lançamentos soberanos contribuem para o aumento da liquidez ao reduzir o risco
de seleção adversa associado à assimetria de informações. Constatamos que as
emissões do governo diminuem o yield spread e bid-ask spread dos títulos
corporativos de forma significativa. Esse resultado indica que títulos soberanos
atuam como benchmarks e contribuem para o estabelecimento e crescimento do
mercado de dívida externa corporativa. / [en] Many researchers believe there is a relationship between sovereign and
corporate foreign debt markets. This idea is supported by the observation in
developed countries, whose corporate bond markets are often accompanied by
active trading and issuance of government bonds. The academic literature on the
subject suggests that sovereign bonds have a reference role in the valuation of
corporate assets. In a context of favorable market for Brazil, characterized by the
investment grade status and regular external funding with lower costs, we analyze
the impact a sovereign issue has on the liquidity of securities issued by Brazilian
companies in the international market. The main hypothesis is that sovereign
issuances contribute to increased liquidity as reduce the risk of adverse selection
associated with asymmetric information. We note that government issues lowers
the yield spread and bid-ask spread of foreign corporate bonds significantly. This
result indicates that sovereign bonds act as benchmarks and contribute to the
establishment and growth of the foreign corporate debt market.
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[en] NO FREE LUNCH FOR FISCAL INFLATIONS: A FISCAL-INDUCED STAGFLATION / [pt] SEM ALMOÇO GRÁTIS PARA INFLAÇÕES FISCAIS: UMA ESTAGNAÇÃO INDUZIDA POR DÉFICITSMOISES SHALIMAY DE SOUZA ANDRADEE 13 March 2017 (has links)
[pt] Expansões fiscais têm sido propostas como soluçao para economias
passando por fortes recesseções e episódios de deflação. Mostramos em
uma arcabouço fiscalista que um aumento dos deficits pode iniciar uma
estagflação por afetar negativamente a intermediação de recursos para
investimentos. Intermediários financeiros coletam depósitos para comprar
títulos do governo e realizar empréstimos através de contratos nominais
de longo-prazo. Quando intermediários enfrentam fricções financeiras e um
descasamentos entre seus ativos e passivos, uma inflação surpresa e/ou
uma reavaliação dos preços dos títulos prejudica seus balanços, reduzindo
os empréstimos, investimentos e produção. Em uma expansao fiscal, a
recessção vem com inflação porque a queda na oferta de capital iniciada
no setor financeiro aumenta os custos marginais das firmas produtoras
de bens. A probabilidade de uma recessão é maior quanto maior for o
descasamento de maturidade, a sensibilidade dos preços dos titulos às
taxas de juros e quanto maior a participação dos titulos no balanço dos
bancos. Esses resultados: (1) dão suporte teórico para a relação negativa
entre a performance do setor financeiro e alta inflação; (2) ajudam a
explicar episodios de alto endividamento publico, alta inflação e crises
bancarias e, mais importante, (3) expõem desvantagens de politicas fiscais
inflacionarias propostas para inflacionar e estimular economias com baixa
inflação, onde o arcabouço proposto neste artigo é mais provavel de estar
presente. / [en] Expansionary fiscal policies have been advocated to induce output expansions and inflation in deep recession or deflationary episodes. We show that, in a fiscalist setup, an increase in deficits can trigger a stagflation by
negatively affecting financial intermediation of resources to investments. Financial intermediaries collect deposits to buy government bonds and lend through nominal long-term loans. When intermediaries face financial frictions and a maturity mismatch on their assets and liabilities, a surprise inflation and/or a revaluation of bonds prices impair their net-worth reducing lending, investments, and output. Recession comes with inflation in a fiscal expansion because the fall on capital triggered on the financial sector rises production firms marginal costs. The probability of a recession is higher the greater is the maturity mismatch, the sensitivity of bonds prices to the policy rate, and the share of bonds on banks balances. These results:
(1) give theoretical support for the negative relation documented between financial sector performance and inflation (2) help explaining high debt, high inflation environments coinciding with banking crisis and, more importantly, (3) expose drawbacks of fiscal inflation policies proposed to inflate and stimulate low inflation economies, where the fiscalist setup stressed in this paper is more probable to be present.
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