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Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa / Effects of therapies with conjugated equine estrogens or raloxifene on arterial stiffiness in post menopausal women

Dias Júnior, Altamiro Ribeiro 26 April 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: A rigidez arterial é fator de risco cardiovascular pouco estudado e importante determinante de sobrecarga cardiovascular, estando associada ao envelhecimento. Analisou-se a ação das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) ou raloxifeno sobre os índices de rigidez, com o intuito de se observar a influência destas medicações na rigidez arterial, bem como se as mesmas são capazes de influenciar o envelhecimento vascular bem sucedido. MÉTODOS: Realizou-se estudo duplo cego, randomizado, placebo-controlado, que envolveu sessenta e sete mulheres saudáveis, normotensas e com 1 a 10 anos de menopausa, divididas em três grupos de 24, 25 e 18 mulheres. Estas receberam placebo, 0,625 mg EEC ou 60 mg de raloxifeno, respectivamente, 1 comprimido por dia, por 4 meses consecutivos. Analisou-se a rigidez arterial, através da avaliação das velocidades de onda de pulso carótida-femoral (VOP CF), fêmoro-pediosa (VOP FP), e do índice de amplificação (IA) da pressão sistólica na artéria carótida. RESULTADOS: Não se observou qualquer alteração dos índices de rigidez arterial associada às intervenções farmacológicas no grupo placebo (VOP CF pré x pós: 644 x 626 cm/s, p= 0,09; VOP FP pré x pós: 1006 x 1012 cm/s, p= 0,77; IA pré x pós = 30 x 29%, p= 0,55), no grupo EEC (VOP CF pré x pós: 642 x 600 cm/s, p= 0,11; VOP FP pré x pós: 952 x 971 cm/s, p= 0,66; IA pré x pós: 25 x 32%, p= 0,82) e no grupo raloxifeno (VOP CF pré x pós: 636 x 601 cm/s, p= 0,12; VOP FP pré x pós: 964 x 941 cm/s, p= 0,62; IA pré x pós:25 x 25%, p= 0,65). Apesar da ausência de ação das drogas sobre a rigidez arterial, houve uma correlação significativa entre o grau de rigidez arterial basal e a resposta à intervenção farmacológica, particularmente no grupo EEC, de tal maneira que a redução dos índices de rigidez neste grupo foi proporcional ao nível de rigidez basal, apresentando as seguintes relações: VOP CF (r= -0,602, p= 0,001); VOP FP (r= -0,455, p= 0,022); IA (r= -0,410, p= 0,042). CONCLUSÃO: EEC e raloxifeno não parecem afetar a rigidez arterial de mulheres sadias e normotensas com menos de 10 anos de menopausa / INTRODUCTION: Arterial stiffness has been recognized as a cardiovascular risk factor, an important determinant of the left ventricular overload and a marker of cardiovascular aging. However, the clinical impact of arterial stiffness and how it is affected by hormone therapy has not been fully investigated. This study analyzed the influence of conjugated equine estrogens (CEE) or raloxifene on arterial stiffness and how the may influence successful cardiovascular aging. METHODS: Sixty-seven healthy and normotensive women with 1 to 10 years of menopause were randomly assigned to one of three groups, with 24, 25, and 18 participants. They were given oral placebo, 0,625 mg of conjugated equine estrogen, or 60 mg of raloxifene, respectively, for 4 consecutive months. Arterial stiffness was evaluated by measurement of the carotid-femoral pulse wave velocity (PWV CF) and femoral-dorsalis pedis pulse wave velocity (PWV FP), and the systolic pressure augmentation index (AI) at the carotid artery obtained by applanation tonometry. RESULTS: None of the treatment regimens affected arterial stiffness: placebo (PWV CF before x after: 644 x 626 cm/s, p= 0.09; PWV FP before x after : 1006 x 1012 cm/s, p= 0.77; AI before x after = 30 x 29%, p= 0.55), CEE (PWV CF before x after: 642 x 600 cm/s, p= 0.11; PWV FP before x after: 952 x 971 cm/s, p= 0.66; AI before x after: 25 x 32%, p= 0.82) and raloxifene (PWV CF before x after: 636 x 601 cm/s, p= 0.12; PWV FP before x after: 964 x 941 cm/s, p= 0.62; AI before x afer:25 x 25%, p= 0.65). Despite the absence of statistically significant reduction in arterial stiffness with treatment, there was a significant correlation between basal stiffness and the degree of reduction in the indexes measured, indicating that the higher the basal stiffness, the greater the degree of reduction, particularly in the CEE group: PWV CF (r= -0.602, p= 0.001); PWV FP (r= -0.455, p= 0.022); AI (r= -0.410, p= 0.042). CONCLUSIONS: Conjugated equine estrogen and raloxifene do not seem to affect arterial stiffness of healthy normotensive women with less than 10 years of menopause
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Fase 1 do estudo da aplicação da vacina de DNA HSP 65 (Heat Shock Protein) do Mycobacterium leprae no tratamento de formas avançadas de carcinomas epidermóide de cabeça e pescoço / Gene therapy of advanced-stage head and neck squamous cell carcinoma with Mycobacterium leprae heat shock protein 65 DNA: a phase 1 study

Lima, Fanny Dantas de 02 April 2007 (has links)
O objetivo deste estudo foi descrever e mapear a toxicidade local e sistêmica da aplicação da vacina de DNA HSP 65 do Mycobacterium leprae em pacientes com formas avançadas de carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço e definir qual a dose máxima tolerada. Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado, aberto, sem grupo controle, de fase 1, com utilização de uma nova vacina para o tratamento de dezoito pacientes com carcinoma epidermóide avançado de cabeça e pescoço, sem opção terapêutica curativa, índice de Karnofsky maior que 70%, sem outra doença sistêmica grave. Propôs-se 3 grupos de 6 indivíduos, cada grupo recebendo diferente dose da vacina, respectivamente 150ug; 600ug e 1200ug por dose. A administração desta foi feita em 3 injeções com intervalo de 21 dias. Durante 90 dias os pacientes eram rigorosamente avaliados clinico e laboratorialmente quanto à ocorrência de eventos adversos (EA). A pesquisa de EA foi baseada no Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) elaborado pelo National Cancer Institute (NCI). No primeiro grupo (150ug) um paciente morreu por sangramento abundante de úlcera tumoral antes do fim do protocolo. Todos os pacientes referiram aumento da dor; três tiveram maior edema e dois piora da astenia; três tiveram infecções de pele e/ou tecido subcutâneo da cabeça e pescoço e um infecção do trato respiratório superior. No 2º grupo (600ug) três pacientes faleceram antes dos 90 dias de protocolo por causas não relacionadas ao tratamento, descritas a seguir: complicações de gastrostomia, rápida progressão tumoral e hemorragia fatal e carcinomatose pulmonar. Neste grupo um paciente não teve EA; cinco tiveram piora da dor; quatro aumento do edema; dois maior astenia; três celulite de face e dois apresentaram sinusite aguda. Como neste grupo observou-se toxicidade classificada como relacionada ao tratamento graus 3 e 4 em mais de um terço dos pacientes decidiu-se escalonar para baixo a dose no 3º grupo para 400ug. No último grupo três pacientes morreram por progressão tumoral rápida, sem completar o protocolo, então incluiu-se três novos indivíduos. Todos tiveram maior dor; três aumento do edema; três piora da astenia; um caso de erisipela; três com infecção pulmonar e um com sinusite aguda; um paciente apresentou linfonodomegalia peri-tumoral após receber a vacina. Concluiu-se que a administração desta vacina neste grupo de pacientes é segura na dose de 400ug e tem como principal toxicidade aumento dos sinais inflamatórios na lesão tumoral e maior ocorrência de infecções locais e respiratórias. / This study goal was to describe and graduate the local and systemic toxicity of intratumoral injections of HSP (Heat Shock Protein) 65 DNA vaccine in advanced-stage head and neck squamous cell carcinoma (SCCHN) patients and to define the highest well tolerated dose for them. This is a prospective, non-randomized, uncontrolled, phase 1 study, using a new vaccine to treat eighteen patients with advanced-stage SCCHN patients without any option for curative treatment, Karnofsky performance status greater than 70% and no organ failure. The patients were divided into 3 groups of 6 patients each one, receiving different vaccine doses, 150ug; 600ug e 1200ug per dose, respectively. They received three injections with a 21 days interval. The patients were rigorously evaluated into their clinical and laboratory aspects looking for adverse events (AE) during 90 days. Toxic effects were monitored according to National Cancer Institute Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE). In the first group (150ug) one patient died due to an ulcerate lesion extensive bleeding before the protocol end. All the patients referred pain increase; tree had greater edema; two had strong fatigue; tree presented with cutaneous infections of head and neck and one with an acute sinusitis. In the second group (600ug) three patients died before the 90th day protocol, all considered unrelated to treatment, following described: gastrostomy complications, a fatal bleeding after rapid progression of the tumor and pulmonary carcinomatosis. In this group one patient didn\'t have adverse events; five had pain worsening; four had increase of edema; two had greater fatigue; tree had facial cellulitis and two had acute sinusitis. Due to grade 3 and 4 adverse events occurred in more than one third of patients of this group we decided to lower the dose of the third group to 400ug. In the last group three patients also died before protocol completion, all due to cancer progression, so we had to include three more patients in this group. All of them presented greater pain; tree had increasing of edema; tree had fatigue worsening; tree had pulmonary infections; one had acute sinusitis and lymphoadenomegalia besides the tumor lesion. We concluded that intratumoral injections of M.leprae HSP 65 DNA in advanced-stage SCCHN patients is safe at the dose of 400ug/injection and cause tumor flare adverse events and an increase rate of local and respiratory infections.
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"Diagnóstico de rejeição cardíaca celular em pacientes transplantados: utilidade do estudo regional da função cardíaca com Doppler tecidual" / Diagnosis of cellular acute cardiac allograft rejection: usefulness of the regional study of heart function using pulsed Doppler tissue imaging

Resende, Marcos Valério Coimbra de 19 August 2005 (has links)
Para o diagnóstico de rejeição celular foi utilizado o Doppler tecidual para o estudo da movimentação miocárdica de 14 regiões de 54 pacientes transplantados que realizaram 129 biópsias endomiocárdicas do ventrículo direito. Foram comparadas as médias e desvios padrão das velocidades de movimentação entre os pacientes com e sem rejeição celular = 3A.Verificou-se que a velocidade de movimentação diastólica tardia do anel lateral do ventrículo esquerdo quando menor do que 5,6 cm/s, isoladamente, apresentou sensibilidade de 73,8% e na análise multivariada encontrou-se modelo matemático com um conjunto de seis parâmetros, com sensibilidade de 88,2% para o diagnóstico de rejeição celular = 3A / For the diagnosis of cellular acute cardiac allograft rejection pulsed tissue Doppler imaging was used for measuring myocardial wall motion of 14 sites of 54 transplant patients who underwent 129 endomyocardial biopsies.The mean and standard deviation of myocardial velocities among patients displaying or not acute rejection = 3A were compared.It was observed that the analysis of late diastolic mitral annular motion at lateral site on its own showed a sensibility of 73.8% (5.6 cm/s was the best cut off value) and in the multivariate analysis a mathematical model was found with a set of 6 parameters with a sensibility of 88.2% for the diagnosis of cellular rejection = 3A
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Efeitos da ciclosporina A e da secção brônquica sobre o sistema mucociliar de ratos / Effects of cyclosporine A and bronchial section on mucociliary system in rats

Pazetti, Rogério 04 August 2006 (has links)
As infecções são a causa mais freqüente de morbidade e mortalidade observadas tanto aguda como tardiamente nos pacientes receptores de transplante pulmonar, o que pode estar diretamente relacionado a uma deficiência no transporte mucociliar do sistema respiratório. Nosso objetivo foi avaliar a influência de dois fatores envolvidos com o transplante pulmonar sobre o transporte mucociliar de ratos: a secção e anastomose brônquica e a imunossupressão pela ciclosporina A. Setenta e dois ratos foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos de acordo com: i) procedimento operatório e ii) terapia a que seriam submetidos. Os resultados mostram que houve uma diminuição significativa da Freqüência de Batimento Ciliar in situ, da Transportabilidade do Muco in vitro e da Velocidade de Transporte Mucociliar in situ medidos a partir do brônquio principal esquerdo dos ratos tratados com ciclosporina A (p<0,001). A Freqüência de Batimento Ciliar in situ dos brônquios operados mostrou-se diminuída também no grupo tratado com solução salina e sacrificado no 30º dia após a operação (p=0,001). Já a Velocidade de Transporte Mucociliar in situ mostrou uma diminuição significativa em todos os grupos submetidos à secção brônquica (p<0,001). Houve um efeito sinérgico entre a terapia com ciclosporina A e a secção brônquica, causando um prejuízo ao transporte mucociliar ainda maior do que quando analisados isoladamente. Concluímos que a Velocidade de Transporte Mucociliar in situ foi agudamente prejudicada após a secção brônquica e terapia imunossupressora pela ciclosporina A, havendo diminuição da freqüência de batimento dos cílios e alteração das propriedades viscoelásticas do muco respiratório. / Infections are the most common cause of early and late morbidity and mortality in lung transplant recipient, and can be directly related to impaired mucociliary transport. Our aim was to assess the influence of bronchial section and imunossupression on mucociliary transport in rats. Seventy two rats were randomly distributed in five groups according to i) surgical procedure and ii) drug therapy. There was a significant impairment on Ciliary Beating Frequency in situ, Mucus Transportability Rate in vitro and Mucociliary Transport Speed in situ from operated bronchus of cyclosporine A-treated rats (p<0.001). Ciliary Beating Frequency from operated bronchus was also impaired in saline-treated rats that were killed on 30th postoperative day (p=0.001). Mucociliary Transport Speed was impaired in all bronchi underwent to section (p<0.001). We conclude that bronchial section and cyclosporine therapy impaired all factors analyzed. Also there was a synergic effect between cyclosporine therapy and bronchial section on ciliary beating frequency.
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Acurácia diagnóstica, análise da decisão e heurísticas relacionadas à decisão clínica intuitiva de usar antagonista de bloqueador neuromuscular / Diagnostic accuracy, decision analysis and heuristics related to the clinical intuitive decision of using antagonist of neuromuscular blocking agents

Videira, Rogerio Luiz da Rocha 14 December 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A curarização residual está associada a maior risco de morte após anestesia. Erros diagnósticos após o uso de bloqueador neuromuscular (BNM) estão relacionados com prevalência de 65-88% de curarização residual pré-extubação traqueal (CRPE). Esse estudo analisou a decisão clínica intuitiva de usar antagonista de BNM antes da extubação traqueal. MÉTODOS: Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a decisão clínica dos anestesiologistas da nossa instituição foi auditada em 150 pacientes. A participação foi voluntária e anônima. As decisões, como se fossem resultados de um teste diagnóstico, foram comparadas à aceleromiografia, com TOF < 0,9 definido como CRPE. Uma árvore de decisão foi estruturada para comparar as diferentes estratégias e uma pesquisa sequencial (Delphi), realizada entre 108 anestesiologistas, extraiu as heurísticas (regras simplificadoras) mais usadas. RESULTADOS: A prevalência de CRPE foi de 77%. A intuição clínica apresentou sensibilidade de 0,35 (0,23-0,49) e especificidade de 0,80 (0,54- 0,94) para CRPE (P= 0,0001). Em uma escala de 0-10 a utilidade esperada da intuição foi menor do que sempre antagonizar (4,1 + 4,4 vs. 8,4 + 3,0, P< 0,05). As heurísticas mais proeminentes foram O intervalo desde a última dose de BNM foi curto e O padrão respiratório está inadequado, citadas por 73% e 71% dos anestesiologistas, respectivamente. Uma hora após dose única de atracúrio comparada ao rocurônio, 69,3% vs. 47,1% (P= 0,0035) dos anestesiologistas não usam antagonista antes da extubação traqueal. Os anestesiologistas têm a percepção de que a prevalência de curarização residual clinicamente significativa é maior na prática dos seus colegas do que na sua própria prática clínica (razão de chances 7,8 (3,8-16,2) P< 0,0001). CONCLUSÕES: A intuição clínica não deve ser usada para descartar a presença de curarização residual. Sempre usar o antagonista é uma estratégia melhor do que usar a intuição clínica para decidir. Os anestesiologistas tomam a decisão intuitiva baseados em uma previsão da duração dos efeitos do BNM e no julgamento qualitativo da adequação do padrão respiratório do paciente. Eles se consideram mais capacitados para evitar a curarização residual do que os colegas. Demonstram confiança excessiva na própria capacidade de prever a duração de ação do BNM e de descartar intuitivamente a presença de CRPE / BACKGROUND: Residual curarization is associated with a higher risk of death after anesthesia. Diagnostic errors after the use of neuromuscular blocking agents (NMBA) are related to 65-88% prevalence of preextubation residual curarization (PERC). This study analyzed the clinical intuitive decision of antagonizing NMBA before tracheal extubation. METHODS: After IRB approval, this clinical decision was audited in 150 patients. Participation in the study was voluntary and anonymous. Decisions, as if a diagnostic test, were compared to acceleromyography, with TOF<0.9 defined as PERC. A decision tree was structured to compare different decision strategies. A sequential survey (Delphi) was conducted among 108 anaesthesiologists to elicit the most frequently used heuristics (rules of thumb). RESULTS: PERC prevalence was 77%. Clinical intuition presented sensitivity of 0.35 (0.23-0.49) and specificity of 0.80 (0.54-0.94) (P=0.0001). In a 0-10 rating scale, expected utility of intuition was lower than always antagonize all patients (4.1 + 4.4 vs. 8.4 + 3.0, P<0.05). The most salient heuristics were Short interval since the last NMBA dose and Breathing pattern is inadequate stated by 73% and 71% of the anesthesiologists, respectively. One hour after a single dose of atracurium compared with rocuronium, 69.3% vs. 47.1% (P= 0.0035) of the anesthesiologists do not use antagonist before tracheal extubation. They perceive that prevalence of clinically significant residual curarization is higher in their colleagues practice than in their own clinical practice (odds ratio 7.8 (3.8- 16.2), P< 0.0001). CONCLUSIONS: Clinical intuition should not be used to rule out residual curarization. Routine antagonism is a better strategy than the use of clinical intuition to make this decision. Clinicians make this intuitive decision based on a forecast of the duration of the effects of NMBA and on a qualitative judgement about the adequacy of the patients breathing pattern. They consider themselves more capable of avoiding residual curarization than their colleagues. They are overconfident in their own capacity to predict NMBA duration and intuitively rule PERC out
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Impacto da mitomicina-C tópica na deposição de colágeno em torno de enxerto de gordura na prega vogal de coelhos: estudo histológico e morfométrico / Impact of topical mitomycin-C in the deposition of collagen around fat grafts in vocal folds of rabbits: histologic and morphometric study

Socher, Jan Alessandro 01 April 2009 (has links)
Desde o início de 1990, a enxertia de gordura na prega vocal é descrita como um método para reparar a insuficiência glótica. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da aplicação tópica de mitomicina-C no processo cicatricial de enxertos autólogos de gorduras inseridos em pregas vocais de coelhos através da medida da deposição de colágeno. Vinte e oito coelhos foram submetidos a enxertia de gordura em ambas pregas vocais. As pregas vocais direitas recebeu previamente a aplicação tópica de mitomicina-C (0,4mg/ml) durante cinco minutos enquanto que as pregas vocais esquerdas formavam o grupo controle (sem mitomicina-C). Quatro grupos com 6 coelhos cada foram sacrificados com 7, 14, 30 e 90 dias após a cirurgia de enxertia. As pregas vocais foram removidas para estudo histológico com a intenção de quantificar a deposição de colágeno através da coloração por Picrossírius Red sob microscopia polarizada. A deposição de colágeno foi menor em todos os grupos de pregas vocais que receberam aplicação tópica de mitomicina-C quando comparada com as pregas vocais do grupo controle. No presente estudo, a aplicação tópica de mitomicina-C antes da enxertia de gordura reduziu significativamente a deposição de colágeno (p = 0,05). / Since the early 1990s, fat implantation in the vocal fold is described as a method of repairing glottal insufficiency. The aim of this study was to evaluate the effect of topical application of mitomycin in the healing process with collagen deposition measurement around of autologous fat implants inserted in rabbits vocal folds. Twenty-eight rabbits were submitted to a fat implant in the both vocal folds. The right vocal folds received previously topical application of mitomycin (0,4mg/ml) for five minutes and the left vocal folds were the control group (without mitomycin). Four groups of 6 rabbits each were sacrificed 7, 14, 30 and 90 days after the implantation. The samples of the vocal folds were collected for histological analysis with the purpose of quantifying the collagen deposition by Picrosirius Red stain under polarization microscopy. The collagen deposition was lower in all groups of vocal folds with topical application of mitomycin than in control groups. In the present study, the topical application of mitomycin before the fat grafts reduced significantly the collagen deposition (p = 0,05).
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Avaliação dos efeitos adversos, com ênfase na retinotoxicidade, desencadeados pelo uso de difosfato de cloroquina em 350 doentes com lupus eritematoso / Evaluation of adverse effects, emphasis on retina toxicity, triggered by the use of chloroquine diphosphate in 350 patients with lupus erythematosus

Maria Raquel Nogueira Cavalcante Ponchet 19 April 2005 (has links)
Os antimaláricos, cloroquina e hidroxicloroquina, têm sido usados há décadas com bons resultados terapêuticos para o tratamento do lupus eritematoso e são considerados medicações seguras, muito embora, haja preocupação em relação à retinotoxicidade, notadamente com a cloroquina. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência dos efeitos adversos desencadeados pelo tratamento com 250mg/d de difosfato de cloroquina em doentes com lupus eritematoso, dando ênfase à retinotoxicidade. Foram estudados 350 doentes e reavaliados seus respectivos prontuários, que datavam de 1980 a 2003. Os doentes foram acompanhados no ambulatório de colagenoses da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A ocorrência dos efeitos adversos foi de 35,7%, sendo que 17,4% decorreram de alterações oculares. Em 12% dos doentes ocorreu pigmentação retiniana sugestiva de retinopatia antimalárica, em 3,1% depósitos corneanos e, em 2,3%, sintomas visuais agudos. Em 10% dos doentes houve alterações gastrointestinais: epigastralgia (6%), náuseas e vômitos (3,7%) e diarréia (0,3%). Alterações dermatológicas ocorreram em 3,4% dos doentes: rash cutâneo no início do tratamento (2%), exacerbação de quadro de psoríase pré-existente (0,3%) e pigmentação cutânea (1,1%). Ocorreram ainda cefaléia (2,9%), alterações neuromusculares (1,7%) com quadro gripal símile no início do tratamento (1,1%), neuropatia sensitiva (0,3%) e miopatia compatível com miastenia (0,3%) e, sintomas neuropsiquiátricos (0,3%). A droga foi suspensa devido aos efeitos adversos em 22,9% dos doentes, principalmente, em decorrência de alterações oculares, gastrointestinais e dermatológicas. A reavaliação oftalmológica de 12% dos doentes com pigmentação retiniana, confirmou a retinopatia antimalárica em apenas 2,6%, o que demonstrou uma tendência à valorização de alterações retinianas inespecíficas, discretas e unilaterais, com indicação desnecessária da suspensão da droga em 9,4% dos doentes. Não ocorreram casos de retinopatia antimalárica avançada com lesão do tipo bull-eye. Não houve associação estatisticamente significativa entre a ocorrência de efeitos adversos e alterações retinianas com dose diária de difosfato de cloroquina por quilo de peso e com o tipo clínico do lupus eritematoso. As alterações retinianas foram estatisticamente significativas nos doentes acima de cinqüenta anos quando comparado ao grupo abaixo dos cinqüenta anos, possivelmente pela dificuldade em diferenciar as alterações iniciais da retinopatia antimlárica daquelas decorrentes da degeneração macular senil. O controle oftalmológico foi realizado em intervalo médio de 10,5 meses, demonstrando que o controle anual foi eficaz para o acompanhamento dos doentes. Nove doentes foram expostas durante o primeiro trimestre gestacional, não ocorrendo casos de mal formação fetal / Antimalarial agents, chloroquine and hydroxichloroquine, have been used for decades leading to good therapeutic outcomes at treatment approach for lupus erythematosus and are considered safe medication; however, the main concern is retina toxicity, especially with chloroquine. The purpose of the present study was to conduct analysis of the occurrence of adverse effects, triggered by use of 250 mg/d of chloroquine diphosphate at treatment for lupus erythematosus, especially retina toxicity. We analyzed 350 patients and reviewed their medical charts, from 1980 to 2003. The patients were followed up by the outpatient unit of collagenosis, Division of Dermatology, Hospital das Clinicas, Medical School, University of São Paulo. The occurrence of adverse effects was 35.7%, and eye affections were detected in 17.4% of patients. Impairment of retina pigmentation suggestive of antimalarial retinopathy occurred in 12%, cornea deposits in 3,1%, and acute visual symptoms in 2.3%. Gastrointestinal affections were detected in 10% of patients: epigastralgia (6%), nausea and vomiting (3.7%) and diarrhea (0.3%). Dermatological affections occurred in 3.4% of patients: skin rash in the beginning of treatment (2%), exacerbation of preexisting psoriasis (0.3%) and skin pigmentation (1.1%). We also detected headache (2.9%), neuromuscular disorders (1.7%) with flu-like episode at the beginning of treatment (1,1%), sensitive neuropathy (0,3%) and myopathy compatible with myasthenia (0.3%) and neuropsychiatric symptoms (0.3%). Discontinuation of drugs owing to side effects occurred in 22.9% of the patients, being that the main affections were eye, gastrointestinal and dermatological occurrences. Ophthalmologic reevaluation of retina pigmentation affections occurred in 12% of the patients, but we confirmed antimalarial retinopathy only in 2.6%, detecting a tendency to value nonspecific, discreet and unilateral affections, which generated unnecessary recommendations for discontinuation of drug in 9.4% of the patients. There were no cases of advanced retinopathy with bull-eye type lesion. There was no statistically significant association between occurrence of adverse effects and retina affections with daily dose per kg of chloroquine diphosphate and the differents types of lupus erythematosus. In patients over the age of 50, there was statistically significant increase in number of retina affections when compared to the group aged below 50 years, possibly owing to difficulty to differentiate between initial affections in antimalarial retinopathy from those resultant from senile macular degeneration. Ophthalmologic control was conducted on average after 10.5 months, showing that annual follow-up was effective to keep track of patients. Nine of the patients were exposed during the first gestational trimester and there were no cases of fetal malformations
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Comparação de resposta à vacinação com três esquemas diferentes de vacina antipneumocócica em indivíduos infectados por vírus de imunodeficiência humana / Comparison of antibody response to three different pneumococcal vaccine schedules in HIV-infected adults

Yeh Li Ho 06 May 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes infectados pelo HIV apresentam maior risco de doença pneumocócica invasiva com maior mortalidade que a população geral. Estratégias para redução da carga de doença pneumocócica são importantes. A vacina antipneumocócica polissacarídica 23-valente é recomendada para adultos infectados pelo HIV, entretanto, a imunogenicidade desta vacina nessa população ainda é discutível. A vacina antipneumocócica ideal e o regime vacinal de maior eficácia ainda são controversos na literatura. Os poucos estudos publicados com vacina antipneumocócica conjugada 7-valente em adultos infectados pelo HIV apresentam resultados discrepantes. Esse estudo visa comparar a resposta de anticorpos e a reatogenicidade de três esquemas diferentes de vacina antipneumocócica, em adultos infectados pelo HIV; e avaliar o impacto da vacinação no estado de colonização da nasofaringe. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado e duplo-cego, envolvendo 331 pacientes infectados pelo HIV, de 18 a 60 anos de idade, com contagem de linfócitos T-CD4 acima de 200 cél/mm3. Os pacientes foram alocados em grupos de duas intervenções com intervalos de 60 dias entre elas: a) vacina antipneumocócica polissacarídica 23-valente + placebo; b) vacina antipneumocócica conjugada 7-valente + placebo; c) vacina antipneumocócica conjugada 7-valente + vacina antipneumocócica polissacarídica 23-valente. A imunogenicidade das vacinas foi determinada através da reação de ELISA para sorotipos 6B, 9V e 14, realizadas no momento pré-vacinal, 60 dias e 180 dias após a primeira intervenção. A reatogenicidade foi avaliada através de entrevista após cada vacinação. A colonização da nasofaringe foi avaliada antes do início da vacinação e 180 dias após. RESULTADOS: Os grupos foram similares nas características demográficas e condições associadas à infecção pelo HIV. Nos três grupos foi observado um aumento significativo dos níveis de anticorpo-IgG para todos os três sorotipos avaliados. Foi observada uma maior proporção de indivíduos que sustentaram aumento de quatro vezes ou mais na concentração de anticorpos para sorotipos 6B e 9V nos grupos que receberam PC7V na primeira vacinação. A combinação das vacinas conjugada 7-valente seguida da vacina polissacarídica 23-valente não aumentou a imunogenicidade para nenhum dos sorotipos avaliados. Ambas as vacinas foram bem toleradas, entretanto, eventos adversos sistêmicos foram mais frequentes após aplicação da vacina conjugada 7-valente. Nenhum evento grave foi reportado. O uso da vacina polissacarídica 23- valente após a aplicação da vacina conjugada 7-valente não aumentou a reatogenicidade. A colonização da nasofaringe por S.pneumoniae foi significantemente menor 180 dias após a vacinação, embora não tenha sido observada diferença entre os três grupos. CONCLUSÃO: nesse ensaio clínico conduzido em adultos brasileiros infectados pelo HIV, observamos que as vacinas antipneumocócicas polissacarídica 23-valente e conjugada 7- valente foram seguras e imunogênicas. As evidências sugerem que a vacina conjugada 7-valente foi mais imunogênica que a polissacarídica 23-valente para os sorotipos 6B e 9V. Não houve benefício da aplicação da vacina antipneumocócica polissacarídica 23-valente após vacina conjugada 7- valente. A vacinação antipneumocócica reduziu a colonização da nasofaringe por S.pneumoniae, independentemente do esquema vacinal aplicado / BACKGROUND: The risk and the mortality of invasive pneumococcal disease are higher in HIV-infected patients than in uninfected individuals. Strategy to reduce the burden of invasive pneumococcal disease is crucial. Pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent is recommended for HIV- adults, but its immunogenicity is still controversial. The ideal antipneumococcal vaccine and effective vaccination regimen remain controversial. Few trials with 7-valent pneumococcal conjugate vaccine in HIV-adults revealed disparate results. This study aims to compare antibody response and reactogenicity to three different pneumococcal vaccine schedules in HIV-infected adults, and impact of vaccine in nasopharyngeal carriage of Streptococcus pneumoniae. METHODS: a randomized, blinded clinical trial was conducted in Brazil with 331 HIV-patients aged 18 to 60 years with CD4+ T-lymphocytes count >=200 cells/mm3. Two interventions 60 days apart were done in three schedules: a) 23-valent pneumococcal polysaccharide vaccine + placebo; b) 7-valent pneumococcal conjugate vaccine + placebo; and c) 7-valent pneumococcal conjugate vaccine + pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent. Immunogenicity was assessed by an IgG enzyme-linked immunosorbent assay to S. pneumoniae serotypes 6B, 9V and 14, performed at baseline, 60 and 180 days after first intervention. Reactogenicity was evaluated by individual interview. Nasopharyngeal colonization was evaluated before first dose and 180 days after. RESULTS: Demographic and HIV conditions were similar between all groups. Significant increase in IgG-antibodies was observed to all serotypes evaluated. A greater proportion of individuals who reached and sustained IgG antibody concentrations at least four times as high as those at baseline, for serotypes 6B and 9V received PC7V at first vaccination. A pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent dose after 7-valent pneumococcal conjugate vaccine did not enhance immunogenicity. Both vaccines were well tolerated across vaccine groups; however, more systemic adverse events were reported after 7-valent pneumococcal conjugate vaccine despite none severe events were described. Pneumococcal polysaccharide vaccine 23- valent after 7-valent pneumococcal conjugate vaccine did not increased reactogenicity. Nasopharyngeal colonization of S. pneumoniae 180 days after vaccination was statistically significant lower than pre-vaccination, although none difference was been observed between three groups. CONCLUSIONS: In this clinical trial conducted in Brazilian HIV-infected adults, both pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent and 7-valent pneumococcal conjugate vaccine were safe and immunogenic. Evidence suggesting 7-valent pneumococcal conjugate vaccine was more immunogenic than pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent, as it elicited higher and persistent >=4-fold increase of antibodies for serotypes 6B and 9V in a greater proportion of HIV-patients, is noteworthy. No benefit of a pneumococcal polysaccharide vaccine 23-valent dose following 7-valent pneumococcal conjugate vaccine was observed. Pneumococcal vaccination reduced nasopharyngeal colonization of S.pneumoniae in this population, without statistical difference between groups
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Caracterização da resposta imune em modelo experimental de esclerodermia induzida por colágeno tipo V / Humoral immune response characterization of the type V collagen induced scleroderma experimental model

Maria Roseli Monteiro Callado 08 September 2005 (has links)
Os modelos experimentais reproduzem doenças que acometem seres humanos, sendo de extrema importância porque possibilitam o estudo da patogênese e abordagem terapêutica dessas enfermidades. Nesse grupo inclui-se o modelo experimental de esclerodermia induzida pela imunização de coelhos com colágeno V humano provocando alterações histológicas (pele, pulmão e rim) similares àquelas observadas em humanos. As doenças auto-imunes têm sua etiologia desconhecida e são particularmente caracterizadas pela presença de auto-anticorpos no soro. Nesse aspecto, 90 a 95% dos pacientes com esclerodermia apresentam algum auto-anticorpo contra antígenos intracelulares (proteínas nucleolares RNA polimerase I, II e III, Scl-70, centriolares ou golginas) ou da matriz extracelular (colágeno). O presente estudo tem como objetivo avaliar a resposta imunológica nos animais do modelo experimental de esclerodermia. Para tanto, o soro dos animais foram testados quanto à presença de auto-anticorpos e de outros fatores imunológicos séricos que indicassem um processo imunológico ativo paralelo às lesões teciduais em desenvolvimento e incluiu: pesquisa de anticorpos anticolágenos V, III e I, imunocomplexos circulantes, fator reumatóide, níveis de complemento, fatores antinucleares (FAN) por imunofluorescência indireta em células HEp-2 e caracterização dos antígenos alvos por immunoblot. A análise da resposta imune revelou que as alterações histológicas do pulmão, rim e pele se desenvolviam com o aumento dos níveis séricos de anticorpos anti-colágeno V. Além disso, todos os animais imunizados com Col V apresentavam anticorpos para outros tipos de colágeno. Esses animais desenvolveram uma marcante resposta imunológica a antígenos intracelulares com 100% de positividade para o FAN e presença de imunocomplexos nos soros obtidos 30, 75 e 120 dias pós-imunização quando comparados a dois grupos controles (albumina e adjuvante completo de Freud). Todos os animais do grupo Col V apresentaram na IFI padrão citoplasmático Golgi símile e, em 10% deles, reatividade adicional aos centríolos. Ambos auto-anticorpos são raros, mas já descritos em pacientes com esclerodermia. A pré-absorção dos soros desses animais com Col V não interferiu no resultado do FAN. A caracterização dos antígenos alvos mostrou uma reatividade uniforme a proteínas de alto peso molecular de células epiteliais humanas (maior ou igual 175 kDa) que progredia com o tempo de imunização. Eluatos ácidos contendo os anticorpos anti-fração 175 kDa reproduziram o padrão de IFI igual ao soro original. As análises demonstram que a imunização com Col V humano em coelhos resulta numa resposta imunológica exuberante e que se caracteriza pela presença de auto-anticorpos a componentes intracelulares. / Experimental models for human diseases are of utmost importance, since they allow the study of their pathogenesis and therapeutic approach. In this group we can include the experimental model of collagen V-induced scleroderma, in rabbits, with histological alterations (skin, lung and kidney) similar to those observed in humans. Auto-immune diseases have an unknown etiology, and are characterized by the presence of auto-antibodies in serum. In this aspect, 90%-95% of the patients with scleroderma present some kind of auto-antibody against intracellular antigens (RNA polymerase I, II and III nucleoproteins, Scl-70, centriolar or golgins) or to components of the extracellular matrix (collagen). This study aims to assess the immune response of the animal subjects in a scleroderma experimental model. The animals sera were tested for auto-antibodies and other serum immunological factors that would point to an active immunological process, parallel to the developing tissue lesions, including anti-collagen V, III and I antibodies, circulating immune complexes, rheumatoid factor, complement levels, antinuclear antibodies (ANA) by indirect immunofluorescence in HEp-2 (IFI) cells, and characterization of target antigens with an immunoblot. The analysis of the immune response in the studied animals revealed that histological alterations in lungs, kidneys and skin developed with an increase of the serum levels of anti-collagen V antibodies. Furthermore, all the Col Vimmunized animals presented antibodies against other types of collagen as well. These animals also developed a strong immune response against intracellular antigens, being 100% positive for ANA, showing also immune complexes in sera obtained 30, 75 and 120 days after immunization with Col V, when compared to the control groups (albumin and Freunds complete adjuvant). All the animals from the Col V group showed a cytoplasmic pattern at the IFI, Golgi simile and, in 10% of the cases, additional reactivity to the centrioles. Both auto-antibodies are rare, yet were already described in patients with scleroderma. The pre-absorption of these animals sera with Col V did not interfere with the ANA reactivity. The characterization of the target antigens showed a uniform reactivity to high molecular weight proteins of human epithelial cells (> or = 175 kDa), which progressed with the immunization time. Acid eluats containing antibodies against the 175 kDa fraction reproduced the same IFI reactivity pattern of the original serum. The results demonstrate that immunization of rabbits with human Col V results in an exuberant immune response, characterized by the presence of autoantibodies against intracellular components.
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Efeitos das emissões geradas pela queima dos canaviais sobre a superfície ocular / Effects of sugar cane burning emissions on the ocular surface

Monique Matsuda 26 February 2010 (has links)
Efeitos adversos das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar representa um problema que afeta principalmente os países em desenvolvimento. Estudos prévios têm demonstrado que, durante o período de queima, há um aumento das admissões hospitalares e atendimentos de emergência nas cidades do Brasil próximas às plantações de cana. Entretanto, até o momento, não há estudos que avaliaram os efeitos sobre a superfície ocular. O presente trabalho avalia o impacto causado pela queima da cana sobre a superfície ocular em cortadores de cana e na população da região de Tatuí-SP. Vinte e dois cortadores de cana e dezenove voluntários do perímetro urbano de Tatuí-SP, localizada no Estado de São Paulo, foram recrutados para o estudo. Medidas ambientais das concentrações de material particulado de 2,5 Vm (MP2,5), temperatura e umidade foram mensuradas durante os períodos de queima e entresafra. Ao mesmo tempo, avaliações histológicas e clínicas da superfície ocular, tais como, citologia de impressão da região tarsal, tempo de rotura do filme lacrimal (TRFL), teste de Schirmer I, colorações vitais por rosa bengala e fluoresceína, biomicroscopia e sintomas oculares foram realizadas durante os dois períodos. Níveis de MP2,5 durante a atividade de corte da cana queimada foi 3,5 vezes mais elevados do que o limite de 25Vg/m3 sugerido pelo órgão de regulamentação. Nas avaliações oculares, observamos que os valores médios das áreas coradas por ácido periódico de Schiff (PAS) das amostras dos cortadores foram menores durante o período de queima (57±6,8%) do que na entresafra (64,3±12%; p=0,014) e quando comparadas com as amostras dos voluntários da cidade (63,9±6.8%; p=0,009). Modelo de regressão não-linear revela uma forte associação entre os valores médios das áreas PAS positivas e os anos de trabalho no corte da cana queimada. Detectamos um aumento nas áreas PAS positivas conforme os anos de trabalho acumulados no corte da cana queimada durante o período da entresafra (r=0,99; p=0,015). Teste de Schirmer I revela uma diminuição dos valores conforme os anos de trabalho no corte da cana queimada observados durante o período de queima. (r=0,99; p=0,026). Valores médios de TRFL dos cortadores de cana durante o periodo de queima (6,48±3.47s) foram menores do que na entresafra (10,16±7,79) e quando comparadas com o TRFL dos voluntários da cidade (8,6±4,6s; p<0,05). Não houve diferenças estatísticas em relação às outras variáveis oculares. Nossos resultados sugerem que a exposição sazonal às altas concentrações das emissões geradas pela queima da cana-de-açúcar pode causar efeitos tóxicos sobre a mucosa epitelial e afetar a estabilidade do filme lacrimal, permitindo que o epitélio torne-se menos protegido aos agentes deletérios. Por outro lado, a exposição crônica às emissões da cana parece induzir uma resposta adaptativa do epitélio ocular, associado a um aumento da densidade de muco para compensar a perda de células caliciformes durante o período da queima, todos os anos. Em conclusão, esses achados reforçam a importância de futuras investigações para melhor compreender as consequências da poluição atmosférica sobre a superfície ocular e sugere medidas para proteção da superfície ocular durante este período. / The adverse effects of particle emissions produced by sugar cane burning represent a problem that affects mostly developing countries. Previous studies have shown that, during the burning period, there is an increase in respiratory hospital admissions and emergency room visits in communities surrounded by sugar cane plantations in rural cities of Brazil. However, until this date, no previous studies have evaluated the effects on the ocular surface. The aim of the present work is to study the impact of the sugar cane burning on the ocular surface of cane workers and the people at the city of Tatuí, near the burning crops. Twenty-two healthy sugar cane workers and nineteen volunteers from Tatuí region located at the State of Sao Paulo, Brazil, were recruited to the study. Measurements of the average concentrations of particulate matter 2.5 Vm, temperature and humidity were done during the burning and non-burning periods. Concurrently, histological and clinical assessments of the ocular surface such as, inferior tarsal impression cytology, tear film break-up time, Schirmer´s I test, fluorescein and rose bengal staining, biomicroscopy and eye irritation symptoms were evaluated during the two periods. PM2.5 exposure levels in the crops during the activity of burnt cane cutting were 3.5-fold higher than the suggest limit of 25Vg/m3 proposed by governmental regulation. On ocular assessments, we observed that the average of periodic acid-Schiff (PAS) positive areas of sugar cane workers samples were lower during the burning (mean 57%, SD 6.8) than the non-burning period (mean 64.3%, SD 12; p=0.014) and the downtown volunteers samples (mean 63.9%, SD 6.8; p=0.009). A non-linear regression model reveals a strong relationship between average PAS positive areas and years working in sugar cane harvesting. We noticed an increase in PAS positive areas as long as the years accumulated in sugar cane harvesting labor during non-burning period (r=0.99, p=0.015). Schirmer test t reveals impairment at the values across the years of labour in sugar cane harvesting observed during the burning period (r=0.99, p=0.026). Mean TBUT values of sugar cane workers during the burning period (mean 6.48s; SD 3.47) were lower than non-burning period (mean 10.16s; SD 7.79) and than TBUT of the volunteers of downtown (mean 8.6s, SD 4.6; p<0.05). There were no statistically differences among the groups for the other ocular variables. Our results suggest that seasonal exposition of higher concentrations of emissions generated by sugar cane burning may cause toxic effects on the mucosal epithelium and affect tear film stability that may leave underlying ocular epithelium less protected to harmful agents. On the other hand, chronic occupational exposure to sugar cane emissions during harvest may induce an adaptive response of ocular epithelium associated with an increase of mucus density in order to compensate loss of goblet cells every year during burning period. In conclusion, these findings reinforce the importance for further investigations to better understanding the consequences of air pollution on the ocular surface and suggest procedures to protect ocular surface during this period.

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