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Vivência de perdas: relação entre eventos significativos, luto e depressão, em pacientes internados com doença arterial coronariana / Experience of losses: relation between significatives events, mourning and depression, in hospitalized patients with coronary artery diseaseRachel Jurkiewicz 08 August 2008 (has links)
Do atendimento a cardiopatas internados, criou-se a categoria vivência de perdas, desencadeada por evento(s) significativo(s) que implica no processo do luto. Segundo Freud (1916), o luto é um trabalho psíquico que requer um tempo para elaboração da perda e de transformação da realidade psíquica, desestruturada pela falta do objeto perdido. Entende-se que o luto é o correlato psicodinâmico da reação manifesta de depressão. Com estes fundamentos, esta pesquisa teve por objetivo geral: investigar vivência de perdas, estados de luto e de depressão. Foram avaliados 44 pacientes com os diagnósticos médicos de infarto agudo do miocárdio e angina, de 33 a 65 anos, 50% mulheres e 50% homens. Utilizados três instrumentos: entrevista semi-estruturada, para avaliação do luto; Inventário de Depressão de Beck, para depressão; Escala de Avaliação e Reajustamento Social de Holmes e Rahe, que avalia porcentagem de probabilidade de apresentar problemas de saúde. Os resultados foram relacionados através do programa Statistical Package for Social Sciences, versão 11.0. Apresenta estado de luto 65,9%, sendo significativas as relações entre: luto e depressão (p<0,05); luto e gênero (p=0,000); presente em 90,9% das mulheres; depressão e gênero (p<0,05). Os eventos significativos relatados com maior freqüência foram: morte de familiares, 47% ou de pessoa próxima, 13%. Também é significativa a relação estatística entre luto e quantidade de mortes relatadas por participante como evento significativo (p<0,05). Sugere vivência de perdas como indicativo de risco psicológico para doença arterial coronariana, apontando para a associação entre luto e depressão / Since the attendance of hospitalized cardiac patients was created the category experience of losses caused by significative(s) event(s) that implicated in the mourning process. According to Freud (1916), mourning is a psychic process that requires time for the loss elaboration and changing of the psychic reality, shaped by the lost object missing. Mourning is understood as a psychodynamic correlation of the manifested depression reaction. On this basis, this research aimed: investigate experience of losses, mourning and depression. 44 patients with medical diagnosis of severe heart attack and angina were evaluated, from 33 to 65 years old, 50% women and 50 % men. Three instruments were used: semi-structured interview for mourning evaluation; Beck Depression Inventory, for depression; Holmes and Rahe Social Readjustment Rating Scale, which evaluates the probability of presenting health problems. The results were treated by the software Statistical Package for Social Sciences version 11.0 . 65,9% presented state of mourning and the association between : mourning and depression were significative (p<0,05); mourning and gender (p=0,000), presented in 90,9% of the women; depression and gender (p<0,05). The significative events more frequently reported were: death of a relative 47%, or closer person 13%. It is also significative the statistical relation between mourning and deaths related by the participants as significative event (p<0,05). Experience of losses is suggested as indicative of psychological risk for coronary artery disease, highlighting the association with mourning and depression
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Repercussões psicológicas da doença renal crônica: comparação entre pacientes que iniciam o tratamento hemodialítico após ou sem seguimento nefrológico prévio / Psychological and clinical effects: comparative study of ESRD patients with early or late referral to nephrologistFayer, Ana Amélia Martinez 15 March 2010 (has links)
É sabido que o paciente com doença renal crônica que tem um acompanhamento nefrológico precoce apresenta melhores condições clínicas e melhor prognóstico ao entrar em diálise. Porém o acompanhamento precoce pelo nefrologista melhora também o enfrentamento psíquico da doença e do tratamento? Foram estudados 39 pacientes com insuficiência renal estágio 5 no momento em que entravam em hemodiálise: 19 pacientes com acompanhamento por nefrologista 6 meses (Grupo 1) e 20 pacientes sem qualquer acompanhamento nefrológico prévio (Grupo 2). Todos os pacientes participaram de entrevista semiestruturada, composta por 17 questões abordando informações, crenças, expectativas e fantasias relacionadas à doença e ao tratamento. As respostas foram decompostas em categorias através da técnica da Análise de Conteúdo. Os dados demográficos e laboratoriais também foram coletados. A classe socioeconômica foi avaliada e classificada como baixa, média ou alta. Na análise estatística foram utilizados o teste de Fisher, do Quiquadrado, t de Student ou de Wilcoxon como apropriado e os resultados apresentados como média ± DP. O grupo 1 foi seguido por 26 ± 20 meses. Em ambos os grupos a maioria dos pacientes pertencia à classe baixa e era do sexo masculino. Os pacientes do grupo 2 eram mais jovens e apresentavam piores parâmetros laboratoriais (p <0,05). Também os aspectos psicológicos foram semelhantes nos 2 grupos: 63% dos pacientes do grupo 1 e 55% do grupo 2, disseram que tinham informações anteriores sobre a diálise; 42% no grupo 1 e 40% no grupo 2, disseram pouco entender o que o médico falava; 74% no grupo 1 e 85% no grupo 2 acreditam que seus rins voltariam a funcionar. Em ambos os grupos, 25% tinham expectativas ruins sobre voltar a trabalhar, e 60% sentiam atitudes negativas da família. O acompanhamento com o nefrologista minimiza as complicações clínicas e laboratoriais dos pacientes com insuficiência renal estágio 5, porém não é suficiente para minorar o impacto psicológico da entrada em hemodiálise. A atenção do nefrologista deve ir além dos aspectos clínicos. É necessário que o paciente seja adequadamente informado sobre sua doença e tratamento. Principalmente os pertencentes a uma classe social baixa como os estudados o apoio de uma equipe interdisciplinar pode ser de grande valia. / It is well known that patients with chronic renal failure (CRF) who are early on referred to a nephrologist have less clinical complications of the disease and a better outcome on chronic dialysis. But can early referral also improve the psychological burden of starting chronic dialysis? Thirty-nine ESRD patients initiating dialysis were studied: 19 patients had a Nephrology followup 6 months and 20 patients had no referral to nephrologist, starting dialysis on emergency situation. All patients participated in a semi-structured interview with 17 questions covering the perceived knowledge, beliefs, expectations and fantasies related to the disease and dialysis. The answers were decomposed in categories through the technique of content analysis. Demographic and laboratorial data at dialysis initiation were also collected. The socioeconomic position was evaluated and the patient was classified in one of 3 categories: low, middle or high. Categorical data were analyzed by Fishers or Chisquare statistical tests and continuous data by t or Wilcoxon tests as appropriate. The results are presented as mean ± SD. Group1 had been followed for 26 ± 20 months. In both groups the majority of patients were classified as low socioeconomic position and were males. Group 2 was younger and had worse laboratorial parameters (p<0.05). Also regarding the psychological aspects both groups were similar: 63% patients of group 1 and 55% of group 2 said they had no previous information about dialysis, and 42% in group 1 and 40% in group 2 said they didn\'t completely understand what the doctor said; 74% in group 1 and 85% in group 2 believed that their kidneys would work again; 25% in both groups had bad expectations about being able to work again , and 60% in both groups felt there was a negative attitude of the family toward them. Nephrology care of CRF patients mitigates clinical complications. However, on its own, it is not enough to minimize the psychological impact of the entering dialysis. Nephrology care must go beyond clinical care. The patients need to be well informed about the disease and treatment, especially patients like ours who came from low socioeconomic position. This kind of patients should be supported by an interdisciplinary team.
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Avaliação psicológica de meninas com puberdade precoce central idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH / Psychological evaluation of girls with idiopathic central precocious puberty before and during pubertal block with GnRH analoguesMenk, Tais Alencar Santos 16 October 2015 (has links)
Introdução: A puberdade é considerada precoce quando ocorre antes dos 8 anos nas meninas. É classificada como puberdade precoce central (PPC) quando decorre da ativação prematura do eixo gonadotrófico e é considerada idiopática quando não há alteração no sistema nervoso central. O bloqueio puberal com análogos de GnRH é o tratamento de escolha da PPC e visa a regressão ou estabilização dos caracteres sexuais secundários, desaceleração da velocidade de crescimento e da maturação óssea com melhora do prognóstico de estatura adulta e promoção do ajuste psicossocial da criança e dos familiares. Poucos estudos avaliaram o impacto psicológico da PPC e o benefício resultante do bloqueio puberal. Objetivos: (1) Comparar o escore de estresse entre pacientes com PPC idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. (2) Avaliar a dinâmica da personalidade por meio do teste projetivo HTP-F (house-tree-person-family) em meninas com PPC idiopática, antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. (3) Comparar a prevalência dos indicadores de personalidade obtidos no HTP-F entre pacientes com PPC idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. Pacientes e Métodos: As pacientes foram agrupadas em pré-tratamento (n=12) e em tratamento (n=22), sendo 11 do grupo pré-tratamento reavaliadas 1 ano após início do tratamento (corte longitudinal) e 11 avaliadas em uma ocasião durante o tratamento (corte transversal). O grupo controle foi constituído de 8 meninas com desenvolvimento puberal em idade adequada, pareadas por estadiamento puberal. A avaliação psicológica incluiu entrevista semiestruturada, questionário psicossocial, aplicação da Escala de Stress Infantil (ESI) e do teste projetivo House-Tree-Person-Family (HTP-F). Os resultados estão expressos em média e desvio padrão e comparados entre os grupos por métodos estatísticos apropriados. Resultados: No grupo pré-tratamento, 6/12 (50%) pacientes encontravam-se estressadas, 4/12 (33%) na fase de alerta e 2/12 (17%) na fase de resistência. No grupo em tratamento (braço longitudinal), 3/11 (27%) pacientes encontravam-se estressadas e na fase de alerta. No grupo em tratamento (corte transversal) foram verificadas que 4/11 (36%) pacientes encontravam-se estressadas e na fase de alerta. No grupo controle somente 2/8 (25%) encontraram-se estressadas e situadas na fase alerta. Houve diferença significativa da média de escore total de estresse entre o grupo pré-tratamento, comparados ao grupo longitudinal e ao grupo controle (p <0,05). No teste HTP-F, os indicadores psicológicos significativos no grupo pré-tratamento foram sentimento de introversão comparado ao grupo em tratamento (longitudinal), sexualidade aflorada comparado ao grupo em tratamento (transversal) e sentimento de inferioridade comparado ao grupo controle (p < 0,05). Os indicadores psicológicos prevalentes, embora sem significância estatística no grupo pré-tratamento foram: ansiedade, sexualidade aflorada, esquema corporal inadequado, interação social inadequada e sentimento de inferioridade comparado aos demais grupos. No grupo em tratamento (longitudinal) foram significativos traços depressivos (luto) e sentimento de extroversão comparado ao grupo pré-tratamento (p < 0,05). No grupo em tratamento (transversal) os indicadores psicológicos prevalentes foram aceitação da mudança corporal e traços agressivos comparados aos demais grupos, embora sem significância estatística. Conclusão: O bloqueio puberal apresentou impacto significativo na redução do escore de estresse em pacientes com PPC. A aplicação do HTP-F em meninas com PPC apontou indicadores valiosos na dinâmica da personalidade, e poderá ser de grande utilidade na avaliação inicial, bem como na intervenção de meninas com precocidade sexual / Introduction: Puberty is considered premature when it occurs before 8 years of age in girls. It is classified as central precocious puberty (CPP) when it is caused by premature activation of the gonadotropic axis and idiopathic when there is no change in the central nervous system. Pubertal block with GnRH analogues is the treatment of choice for CPP and aims to achieve regression or stabilization of secondary sexual characteristics, slowing growth velocity and bone maturation with improved adult height prognosis and promoting the child\'s and family\'s psychosocial adjustment. Few studies have assessed the psychological impact of CPP and the resulting benefits of pubertal block. Objectives: (1) Compare the stress score among patients with idiopathic CPP before and during pubertal block with GnRH analogues and a control group. (2) To assess personality dynamics through the projective HTP-F (house-tree-person-family) test in girls with idiopathic PPC, before and during pubertal block with GnRH analogues and in a control group. (3) To compare the prevalence of personality indicators obtained in the HTP-F test in patients with idiopathic CPP before and during pubertal block with GnRH analogues and a control group. Patients and Methods: Patients were grouped at pre-treatment (n = 12) and treatment (n = 22) groups, with 11 from the pretreatment group being reassessed 1 year after the start of treatment (longitudinal section) and 11 being assessed on one occasion during treatment (cross-section). The control group consisted of 8 girls with appropriate pubertal development for age, matched by pubertal stage. Psychological assessment included semi-structured interviews, psychosocial questionnaire, application of the Child Stress Scale (CSS) and the projective House-Tree-Person-Family (HTP-F) test. The results are expressed as mean and standard deviation and compared between groups through appropriate statistical methods. Results: In the pre-treatment group, 6/12 (50%) patients were stressed, 4/12 (33%) in the alert phase and 2/12 (17%) in the resistance phase. In the treatment group (longitudinal arm), 3/11 (27%) patients were stressed and in the alert phase. In the treatment group (cross-section), 4/11 (36%) patients were stressed and in the alert phase. In the control group only 2/8 (25%) were stressed and in the alert phase. Significant differences were observed in the mean total stress score of the pre-treatment group when compared to the longitudinal and the control groups (p < 0.05). In the HTP-F test, significant psychological indicators in the pre-treatment group were: feelings of introversion compared to the treatment group (longitudinal), emergence of sexuality, when compared to the treatment group (cross-sectional) and feelings of inferiority when compared to the control group (p < 0.05). The prevalent psychological indicators, although not statistically significant in the pre-treatment group were: anxiety, emergence of sexuality, inadequate body schema, inadequate social interaction and feelings of inferiority when compared to the other groups. In the treatment group (longitudinal) the following indicators were significant: depressive traits (bereavement) and feeling of extroversion, when compared to pre-treatment group (p < 0.05). In the treatment group (cross-sectional) the prevalent psychological indicators were acceptance of body changes and aggressive traits when compared to other groups, although not statistically significant. Conclusions: The pubertal block had significant impact on stress score reduction in patients with CPP. The use of the HTP-F test in girls with CPP disclosed valuable indicators in personality dynamics and can be very useful in the initial assessment and intervention of girls with sexual precocity
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Efeitos da entrevista motivacional e do mapeamento cognitivo associados à TCCG no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivoSilva, Elisabeth Meyer da January 2009 (has links)
INTRODUÇÃO Segundo a 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV; American Psychiatric Association, 2002), o Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC) caracteriza-se por obsessões e/ou compulsões recorrentes que interferem substancialmente com o funcionamento cotidiano. Ainda que a Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) tenha sido efetiva nos estudos de pacientes com TOC (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), quase um terço (30%) dos pacientes não se beneficiou do tratamento em grupo nos mesmos estudos. A Entrevista Motivacional (EM) e o Mapeamento Cognitivo (MC) têm sido usados para melhorar os resultados de tratamentos. OBJETIVOS O objetivo principal do presente estudo foi avaliar os efeitos de se acrescentar duas sessões individuais de EM+MC a 12 semanas de TCCG na resposta ao tratamento dos pacientes com TOC, quando comparados apenas à TCCG. MÉTODOS Noventa e três pacientes adultos, com diagnóstico de TOC de acordo com os critérios do DSM-IV, participaram de um ensaio clínico randomizado de 14 semanas: 48 pacientes foram alocados à condição de duas sessões individuais de EM+MC seguidas de 12 semanas de TCCG e 45 receberam duas sessões individuais informativas seguidas da TCCG. Para a avaliação dos resultados foi utilizada a escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) como medida de desfecho primária. Como medidas de desfecho secundárias utilizou-se: a escala de Impressão Clínica Global (CGI) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI), bem como a proporção de respondedores (definida como melhora [redução na Y-BOCS 35%] ou não-melhora [redução 35% na Y-BOCS]) e o percentual de pacientes com remissão parcial (Y-BOCS 35%, mas com escore total >8 e CGI 2) e remissão completa (Y-BOCS 8 e CGI < 2). RESULTADOS Quando os dois grupos foram comparados, ambos apresentaram redução dos sintomas do TOC. No entanto, a redução e remissão dos sintomas foram significativamente maiores no grupo da EM+MC seguido da TCCG. Além disso, os resultados positivos foram mantidos após três meses de seguimento com redução adicional de sintomas. CONCLUSÃO Este estudo é o primeiro ensaio clinico randomizado que acrescenta duas sessões individuais de EM+MC à TCCG para aumentar a resposta do tratamento em grupo para o TOC. Apesar de algumas limitações, nossos resultados sugerem que acrescentar duas sessões individuais de EM+MC à TCCG pode aumentar a efetividade da TCCG na redução dos sintomas do TOC. Estudos futuros deverão investigar isoladamente os efeitos da EM e do MC como estratégia de potencialização no tratamento do TOC. / INTRODUCTION According to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSMIV; American Psychiatric Association, 2002), Obsessive-compulsive disorder (OCD) is characterized by recurrent obsessions and/or compulsions that significantly interfere with daily functioning. Although group cognitive behavioral therapy (GCBT) has been effective for OCD patients (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), almost onethird (30%) of patients did not benefit from this treatment. Motivational Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) have been used to enhance treatment outcome. AIMS The main goal of the present study was to examine the effects of adding individual sessions of MI and TM to 12 weeks of CBGT on the treatment outcome of OCD patients when compared to the CBGT alone. METHODS Ninety-three adult outpatients, with OCD diagnosis according to the DSM-IV participated in a 14-week randomized clinical trial: 48 patients were allocated to two individual sessions of MI+TM in addition to 12-week CBGT; 45 underwent two individual information sessions followed by CBGT. For the outcomes evaluation, the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (YBOCS) was used as the primary efficacy measure. As secondary efficacy measures, the Clinical Global Impressions Scale (CGI), the Beck Depression Inventory (BDI) and the proportion of responders (defined as improved [reduction 35% on the Y-BOCS] or non-improved [reduction 35% on the Y-BOCS]) and the percentage of patients in partial remission (Y-BOCS 35% but with the total score >8 and CGI 2) and full remission (Y-BOCS 8 and CGI < 2) were used. RESULTS When the two groups were compared, both presented a reduction of OCD symptoms. However, symptom reduction and remission were significantly higher in the MI+TM CBGT group. In addition, positive outcomes were maintained at the 3-month follow-up with additional symptom reduction. CONCLUSION This study is the first randomized clinical trial which adds individual sessions of MI+TM to CBGT to improve the outcome of group treatment for OCD. Despite some limitations, our results suggest that adding MI+TM to CBGT can enhance the CBGT effectiveness in reducing OCD symptoms. Future studies should investigate the effect of the MI and the TM alone as an augmentation strategy for OCD treatment.
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Efeitos da entrevista motivacional e do mapeamento cognitivo associados à TCCG no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivoSilva, Elisabeth Meyer da January 2009 (has links)
INTRODUÇÃO Segundo a 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV; American Psychiatric Association, 2002), o Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC) caracteriza-se por obsessões e/ou compulsões recorrentes que interferem substancialmente com o funcionamento cotidiano. Ainda que a Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) tenha sido efetiva nos estudos de pacientes com TOC (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), quase um terço (30%) dos pacientes não se beneficiou do tratamento em grupo nos mesmos estudos. A Entrevista Motivacional (EM) e o Mapeamento Cognitivo (MC) têm sido usados para melhorar os resultados de tratamentos. OBJETIVOS O objetivo principal do presente estudo foi avaliar os efeitos de se acrescentar duas sessões individuais de EM+MC a 12 semanas de TCCG na resposta ao tratamento dos pacientes com TOC, quando comparados apenas à TCCG. MÉTODOS Noventa e três pacientes adultos, com diagnóstico de TOC de acordo com os critérios do DSM-IV, participaram de um ensaio clínico randomizado de 14 semanas: 48 pacientes foram alocados à condição de duas sessões individuais de EM+MC seguidas de 12 semanas de TCCG e 45 receberam duas sessões individuais informativas seguidas da TCCG. Para a avaliação dos resultados foi utilizada a escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) como medida de desfecho primária. Como medidas de desfecho secundárias utilizou-se: a escala de Impressão Clínica Global (CGI) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI), bem como a proporção de respondedores (definida como melhora [redução na Y-BOCS 35%] ou não-melhora [redução 35% na Y-BOCS]) e o percentual de pacientes com remissão parcial (Y-BOCS 35%, mas com escore total >8 e CGI 2) e remissão completa (Y-BOCS 8 e CGI < 2). RESULTADOS Quando os dois grupos foram comparados, ambos apresentaram redução dos sintomas do TOC. No entanto, a redução e remissão dos sintomas foram significativamente maiores no grupo da EM+MC seguido da TCCG. Além disso, os resultados positivos foram mantidos após três meses de seguimento com redução adicional de sintomas. CONCLUSÃO Este estudo é o primeiro ensaio clinico randomizado que acrescenta duas sessões individuais de EM+MC à TCCG para aumentar a resposta do tratamento em grupo para o TOC. Apesar de algumas limitações, nossos resultados sugerem que acrescentar duas sessões individuais de EM+MC à TCCG pode aumentar a efetividade da TCCG na redução dos sintomas do TOC. Estudos futuros deverão investigar isoladamente os efeitos da EM e do MC como estratégia de potencialização no tratamento do TOC. / INTRODUCTION According to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSMIV; American Psychiatric Association, 2002), Obsessive-compulsive disorder (OCD) is characterized by recurrent obsessions and/or compulsions that significantly interfere with daily functioning. Although group cognitive behavioral therapy (GCBT) has been effective for OCD patients (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), almost onethird (30%) of patients did not benefit from this treatment. Motivational Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) have been used to enhance treatment outcome. AIMS The main goal of the present study was to examine the effects of adding individual sessions of MI and TM to 12 weeks of CBGT on the treatment outcome of OCD patients when compared to the CBGT alone. METHODS Ninety-three adult outpatients, with OCD diagnosis according to the DSM-IV participated in a 14-week randomized clinical trial: 48 patients were allocated to two individual sessions of MI+TM in addition to 12-week CBGT; 45 underwent two individual information sessions followed by CBGT. For the outcomes evaluation, the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (YBOCS) was used as the primary efficacy measure. As secondary efficacy measures, the Clinical Global Impressions Scale (CGI), the Beck Depression Inventory (BDI) and the proportion of responders (defined as improved [reduction 35% on the Y-BOCS] or non-improved [reduction 35% on the Y-BOCS]) and the percentage of patients in partial remission (Y-BOCS 35% but with the total score >8 and CGI 2) and full remission (Y-BOCS 8 and CGI < 2) were used. RESULTS When the two groups were compared, both presented a reduction of OCD symptoms. However, symptom reduction and remission were significantly higher in the MI+TM CBGT group. In addition, positive outcomes were maintained at the 3-month follow-up with additional symptom reduction. CONCLUSION This study is the first randomized clinical trial which adds individual sessions of MI+TM to CBGT to improve the outcome of group treatment for OCD. Despite some limitations, our results suggest that adding MI+TM to CBGT can enhance the CBGT effectiveness in reducing OCD symptoms. Future studies should investigate the effect of the MI and the TM alone as an augmentation strategy for OCD treatment.
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Efeitos da entrevista motivacional e do mapeamento cognitivo associados à TCCG no tratamento de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivoSilva, Elisabeth Meyer da January 2009 (has links)
INTRODUÇÃO Segundo a 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV; American Psychiatric Association, 2002), o Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC) caracteriza-se por obsessões e/ou compulsões recorrentes que interferem substancialmente com o funcionamento cotidiano. Ainda que a Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) tenha sido efetiva nos estudos de pacientes com TOC (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), quase um terço (30%) dos pacientes não se beneficiou do tratamento em grupo nos mesmos estudos. A Entrevista Motivacional (EM) e o Mapeamento Cognitivo (MC) têm sido usados para melhorar os resultados de tratamentos. OBJETIVOS O objetivo principal do presente estudo foi avaliar os efeitos de se acrescentar duas sessões individuais de EM+MC a 12 semanas de TCCG na resposta ao tratamento dos pacientes com TOC, quando comparados apenas à TCCG. MÉTODOS Noventa e três pacientes adultos, com diagnóstico de TOC de acordo com os critérios do DSM-IV, participaram de um ensaio clínico randomizado de 14 semanas: 48 pacientes foram alocados à condição de duas sessões individuais de EM+MC seguidas de 12 semanas de TCCG e 45 receberam duas sessões individuais informativas seguidas da TCCG. Para a avaliação dos resultados foi utilizada a escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) como medida de desfecho primária. Como medidas de desfecho secundárias utilizou-se: a escala de Impressão Clínica Global (CGI) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI), bem como a proporção de respondedores (definida como melhora [redução na Y-BOCS 35%] ou não-melhora [redução 35% na Y-BOCS]) e o percentual de pacientes com remissão parcial (Y-BOCS 35%, mas com escore total >8 e CGI 2) e remissão completa (Y-BOCS 8 e CGI < 2). RESULTADOS Quando os dois grupos foram comparados, ambos apresentaram redução dos sintomas do TOC. No entanto, a redução e remissão dos sintomas foram significativamente maiores no grupo da EM+MC seguido da TCCG. Além disso, os resultados positivos foram mantidos após três meses de seguimento com redução adicional de sintomas. CONCLUSÃO Este estudo é o primeiro ensaio clinico randomizado que acrescenta duas sessões individuais de EM+MC à TCCG para aumentar a resposta do tratamento em grupo para o TOC. Apesar de algumas limitações, nossos resultados sugerem que acrescentar duas sessões individuais de EM+MC à TCCG pode aumentar a efetividade da TCCG na redução dos sintomas do TOC. Estudos futuros deverão investigar isoladamente os efeitos da EM e do MC como estratégia de potencialização no tratamento do TOC. / INTRODUCTION According to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSMIV; American Psychiatric Association, 2002), Obsessive-compulsive disorder (OCD) is characterized by recurrent obsessions and/or compulsions that significantly interfere with daily functioning. Although group cognitive behavioral therapy (GCBT) has been effective for OCD patients (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), almost onethird (30%) of patients did not benefit from this treatment. Motivational Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) have been used to enhance treatment outcome. AIMS The main goal of the present study was to examine the effects of adding individual sessions of MI and TM to 12 weeks of CBGT on the treatment outcome of OCD patients when compared to the CBGT alone. METHODS Ninety-three adult outpatients, with OCD diagnosis according to the DSM-IV participated in a 14-week randomized clinical trial: 48 patients were allocated to two individual sessions of MI+TM in addition to 12-week CBGT; 45 underwent two individual information sessions followed by CBGT. For the outcomes evaluation, the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (YBOCS) was used as the primary efficacy measure. As secondary efficacy measures, the Clinical Global Impressions Scale (CGI), the Beck Depression Inventory (BDI) and the proportion of responders (defined as improved [reduction 35% on the Y-BOCS] or non-improved [reduction 35% on the Y-BOCS]) and the percentage of patients in partial remission (Y-BOCS 35% but with the total score >8 and CGI 2) and full remission (Y-BOCS 8 and CGI < 2) were used. RESULTS When the two groups were compared, both presented a reduction of OCD symptoms. However, symptom reduction and remission were significantly higher in the MI+TM CBGT group. In addition, positive outcomes were maintained at the 3-month follow-up with additional symptom reduction. CONCLUSION This study is the first randomized clinical trial which adds individual sessions of MI+TM to CBGT to improve the outcome of group treatment for OCD. Despite some limitations, our results suggest that adding MI+TM to CBGT can enhance the CBGT effectiveness in reducing OCD symptoms. Future studies should investigate the effect of the MI and the TM alone as an augmentation strategy for OCD treatment.
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Avaliação psicológica de meninas com puberdade precoce central idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH / Psychological evaluation of girls with idiopathic central precocious puberty before and during pubertal block with GnRH analoguesTais Alencar Santos Menk 16 October 2015 (has links)
Introdução: A puberdade é considerada precoce quando ocorre antes dos 8 anos nas meninas. É classificada como puberdade precoce central (PPC) quando decorre da ativação prematura do eixo gonadotrófico e é considerada idiopática quando não há alteração no sistema nervoso central. O bloqueio puberal com análogos de GnRH é o tratamento de escolha da PPC e visa a regressão ou estabilização dos caracteres sexuais secundários, desaceleração da velocidade de crescimento e da maturação óssea com melhora do prognóstico de estatura adulta e promoção do ajuste psicossocial da criança e dos familiares. Poucos estudos avaliaram o impacto psicológico da PPC e o benefício resultante do bloqueio puberal. Objetivos: (1) Comparar o escore de estresse entre pacientes com PPC idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. (2) Avaliar a dinâmica da personalidade por meio do teste projetivo HTP-F (house-tree-person-family) em meninas com PPC idiopática, antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. (3) Comparar a prevalência dos indicadores de personalidade obtidos no HTP-F entre pacientes com PPC idiopática antes e durante o bloqueio puberal com análogos de GnRH e um grupo controle. Pacientes e Métodos: As pacientes foram agrupadas em pré-tratamento (n=12) e em tratamento (n=22), sendo 11 do grupo pré-tratamento reavaliadas 1 ano após início do tratamento (corte longitudinal) e 11 avaliadas em uma ocasião durante o tratamento (corte transversal). O grupo controle foi constituído de 8 meninas com desenvolvimento puberal em idade adequada, pareadas por estadiamento puberal. A avaliação psicológica incluiu entrevista semiestruturada, questionário psicossocial, aplicação da Escala de Stress Infantil (ESI) e do teste projetivo House-Tree-Person-Family (HTP-F). Os resultados estão expressos em média e desvio padrão e comparados entre os grupos por métodos estatísticos apropriados. Resultados: No grupo pré-tratamento, 6/12 (50%) pacientes encontravam-se estressadas, 4/12 (33%) na fase de alerta e 2/12 (17%) na fase de resistência. No grupo em tratamento (braço longitudinal), 3/11 (27%) pacientes encontravam-se estressadas e na fase de alerta. No grupo em tratamento (corte transversal) foram verificadas que 4/11 (36%) pacientes encontravam-se estressadas e na fase de alerta. No grupo controle somente 2/8 (25%) encontraram-se estressadas e situadas na fase alerta. Houve diferença significativa da média de escore total de estresse entre o grupo pré-tratamento, comparados ao grupo longitudinal e ao grupo controle (p <0,05). No teste HTP-F, os indicadores psicológicos significativos no grupo pré-tratamento foram sentimento de introversão comparado ao grupo em tratamento (longitudinal), sexualidade aflorada comparado ao grupo em tratamento (transversal) e sentimento de inferioridade comparado ao grupo controle (p < 0,05). Os indicadores psicológicos prevalentes, embora sem significância estatística no grupo pré-tratamento foram: ansiedade, sexualidade aflorada, esquema corporal inadequado, interação social inadequada e sentimento de inferioridade comparado aos demais grupos. No grupo em tratamento (longitudinal) foram significativos traços depressivos (luto) e sentimento de extroversão comparado ao grupo pré-tratamento (p < 0,05). No grupo em tratamento (transversal) os indicadores psicológicos prevalentes foram aceitação da mudança corporal e traços agressivos comparados aos demais grupos, embora sem significância estatística. Conclusão: O bloqueio puberal apresentou impacto significativo na redução do escore de estresse em pacientes com PPC. A aplicação do HTP-F em meninas com PPC apontou indicadores valiosos na dinâmica da personalidade, e poderá ser de grande utilidade na avaliação inicial, bem como na intervenção de meninas com precocidade sexual / Introduction: Puberty is considered premature when it occurs before 8 years of age in girls. It is classified as central precocious puberty (CPP) when it is caused by premature activation of the gonadotropic axis and idiopathic when there is no change in the central nervous system. Pubertal block with GnRH analogues is the treatment of choice for CPP and aims to achieve regression or stabilization of secondary sexual characteristics, slowing growth velocity and bone maturation with improved adult height prognosis and promoting the child\'s and family\'s psychosocial adjustment. Few studies have assessed the psychological impact of CPP and the resulting benefits of pubertal block. Objectives: (1) Compare the stress score among patients with idiopathic CPP before and during pubertal block with GnRH analogues and a control group. (2) To assess personality dynamics through the projective HTP-F (house-tree-person-family) test in girls with idiopathic PPC, before and during pubertal block with GnRH analogues and in a control group. (3) To compare the prevalence of personality indicators obtained in the HTP-F test in patients with idiopathic CPP before and during pubertal block with GnRH analogues and a control group. Patients and Methods: Patients were grouped at pre-treatment (n = 12) and treatment (n = 22) groups, with 11 from the pretreatment group being reassessed 1 year after the start of treatment (longitudinal section) and 11 being assessed on one occasion during treatment (cross-section). The control group consisted of 8 girls with appropriate pubertal development for age, matched by pubertal stage. Psychological assessment included semi-structured interviews, psychosocial questionnaire, application of the Child Stress Scale (CSS) and the projective House-Tree-Person-Family (HTP-F) test. The results are expressed as mean and standard deviation and compared between groups through appropriate statistical methods. Results: In the pre-treatment group, 6/12 (50%) patients were stressed, 4/12 (33%) in the alert phase and 2/12 (17%) in the resistance phase. In the treatment group (longitudinal arm), 3/11 (27%) patients were stressed and in the alert phase. In the treatment group (cross-section), 4/11 (36%) patients were stressed and in the alert phase. In the control group only 2/8 (25%) were stressed and in the alert phase. Significant differences were observed in the mean total stress score of the pre-treatment group when compared to the longitudinal and the control groups (p < 0.05). In the HTP-F test, significant psychological indicators in the pre-treatment group were: feelings of introversion compared to the treatment group (longitudinal), emergence of sexuality, when compared to the treatment group (cross-sectional) and feelings of inferiority when compared to the control group (p < 0.05). The prevalent psychological indicators, although not statistically significant in the pre-treatment group were: anxiety, emergence of sexuality, inadequate body schema, inadequate social interaction and feelings of inferiority when compared to the other groups. In the treatment group (longitudinal) the following indicators were significant: depressive traits (bereavement) and feeling of extroversion, when compared to pre-treatment group (p < 0.05). In the treatment group (cross-sectional) the prevalent psychological indicators were acceptance of body changes and aggressive traits when compared to other groups, although not statistically significant. Conclusions: The pubertal block had significant impact on stress score reduction in patients with CPP. The use of the HTP-F test in girls with CPP disclosed valuable indicators in personality dynamics and can be very useful in the initial assessment and intervention of girls with sexual precocity
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Repercussões psicológicas da doença renal crônica: comparação entre pacientes que iniciam o tratamento hemodialítico após ou sem seguimento nefrológico prévio / Psychological and clinical effects: comparative study of ESRD patients with early or late referral to nephrologistAna Amélia Martinez Fayer 15 March 2010 (has links)
É sabido que o paciente com doença renal crônica que tem um acompanhamento nefrológico precoce apresenta melhores condições clínicas e melhor prognóstico ao entrar em diálise. Porém o acompanhamento precoce pelo nefrologista melhora também o enfrentamento psíquico da doença e do tratamento? Foram estudados 39 pacientes com insuficiência renal estágio 5 no momento em que entravam em hemodiálise: 19 pacientes com acompanhamento por nefrologista 6 meses (Grupo 1) e 20 pacientes sem qualquer acompanhamento nefrológico prévio (Grupo 2). Todos os pacientes participaram de entrevista semiestruturada, composta por 17 questões abordando informações, crenças, expectativas e fantasias relacionadas à doença e ao tratamento. As respostas foram decompostas em categorias através da técnica da Análise de Conteúdo. Os dados demográficos e laboratoriais também foram coletados. A classe socioeconômica foi avaliada e classificada como baixa, média ou alta. Na análise estatística foram utilizados o teste de Fisher, do Quiquadrado, t de Student ou de Wilcoxon como apropriado e os resultados apresentados como média ± DP. O grupo 1 foi seguido por 26 ± 20 meses. Em ambos os grupos a maioria dos pacientes pertencia à classe baixa e era do sexo masculino. Os pacientes do grupo 2 eram mais jovens e apresentavam piores parâmetros laboratoriais (p <0,05). Também os aspectos psicológicos foram semelhantes nos 2 grupos: 63% dos pacientes do grupo 1 e 55% do grupo 2, disseram que tinham informações anteriores sobre a diálise; 42% no grupo 1 e 40% no grupo 2, disseram pouco entender o que o médico falava; 74% no grupo 1 e 85% no grupo 2 acreditam que seus rins voltariam a funcionar. Em ambos os grupos, 25% tinham expectativas ruins sobre voltar a trabalhar, e 60% sentiam atitudes negativas da família. O acompanhamento com o nefrologista minimiza as complicações clínicas e laboratoriais dos pacientes com insuficiência renal estágio 5, porém não é suficiente para minorar o impacto psicológico da entrada em hemodiálise. A atenção do nefrologista deve ir além dos aspectos clínicos. É necessário que o paciente seja adequadamente informado sobre sua doença e tratamento. Principalmente os pertencentes a uma classe social baixa como os estudados o apoio de uma equipe interdisciplinar pode ser de grande valia. / It is well known that patients with chronic renal failure (CRF) who are early on referred to a nephrologist have less clinical complications of the disease and a better outcome on chronic dialysis. But can early referral also improve the psychological burden of starting chronic dialysis? Thirty-nine ESRD patients initiating dialysis were studied: 19 patients had a Nephrology followup 6 months and 20 patients had no referral to nephrologist, starting dialysis on emergency situation. All patients participated in a semi-structured interview with 17 questions covering the perceived knowledge, beliefs, expectations and fantasies related to the disease and dialysis. The answers were decomposed in categories through the technique of content analysis. Demographic and laboratorial data at dialysis initiation were also collected. The socioeconomic position was evaluated and the patient was classified in one of 3 categories: low, middle or high. Categorical data were analyzed by Fishers or Chisquare statistical tests and continuous data by t or Wilcoxon tests as appropriate. The results are presented as mean ± SD. Group1 had been followed for 26 ± 20 months. In both groups the majority of patients were classified as low socioeconomic position and were males. Group 2 was younger and had worse laboratorial parameters (p<0.05). Also regarding the psychological aspects both groups were similar: 63% patients of group 1 and 55% of group 2 said they had no previous information about dialysis, and 42% in group 1 and 40% in group 2 said they didn\'t completely understand what the doctor said; 74% in group 1 and 85% in group 2 believed that their kidneys would work again; 25% in both groups had bad expectations about being able to work again , and 60% in both groups felt there was a negative attitude of the family toward them. Nephrology care of CRF patients mitigates clinical complications. However, on its own, it is not enough to minimize the psychological impact of the entering dialysis. Nephrology care must go beyond clinical care. The patients need to be well informed about the disease and treatment, especially patients like ours who came from low socioeconomic position. This kind of patients should be supported by an interdisciplinary team.
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Avaliação de terapia cognitiva-comportamental para prevenção de reincidência penitenciária / Evaluation of cognitive-behavioral therapy for prevention of prison recidivismFabiana Saffi 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A reinserção do indivíduo na sociedade, após ele ter cometido um ato anti-social, iniciou-se com o Iluminismo. Atualmente várias pesquisas têm sido realizadas para se verificar a eficácia de trabalhos de reinserção social para criminosos. Entretanto na realidade brasileira não existem trabalhos sistematizados para a população prisional. Como decorrência disto, pensou-se em sistematizar uma intervenção terapêutica para prevenção de reincidência penitenciária e verificar sua eficácia. MÉTODOS: A terapia cognitivo-comportamental para prevenção à reincidência penitenciária é composta por 10 sessões estruturadas. O grupo de sujeitos foi formado por sentenciados, que cumpriam pena no regime semi-aberto, presos, no mínimo, pela segunda vez (reincidentes penitenciários); o tempo máximo de pena que teriam que cumprir deveria ser inferior a quinze anos e já deveriam ter cumprido tempo suficiente para requisitar progressão de regime. Os 43 sujeitos que iniciaram a pesquisa foram divididos em dois grupos grupo de trabalho e grupo controle. Foram feitas entrevistas e aplicações de escalas antes e depois da intervenção. RESULTADOS: Como resultado do trabalho não se percebeu diferença estatisticamente significativa entre os sujeitos que estavam no grupo de trabalho e no grupo controle em relação a reincidência penitenciária. Em relação às escalas aplicadas, os sentenciados que terminaram o programa apresentaram um escore maior no Questionário de Pensamentos Automáticos, comparado com aqueles que desistiram. Os que concluíram a pesquisa e estava no grupo de trabalho percebemos que o Programa de Prevenção a Reincidência Penitenciária reduz o medo de avaliação negativa. Os que estavam no grupo controle apresentaram um decréscimo na Escala de Estresse e Fuga Social. Após 12 meses de intervenção, entre os sentenciados que iniciaram a pesquisa, os reincidentes mostraram uma tendência a ter um escore menor no Questionário de auto-estima antes da intervenção. Os reincidentes que estavam no grupo de trabalho apresentaram uma tendência a já terem cumprido mais tempo de suas penas e os do grupo controle, uma tendência a ter um escore menor na Escala de Medo de Avaliação Negativa antes do início do programa e um escore menor na escala de Estresse e Fuga Social depois da intervenção. Entre os sentenciados que terminaram o programa e reincidiram, pôdese perceber que a intervenção causou uma redução nos resultados no escore da Escala de Estresse e Fuga Social e uma tendência em diminuir o escore no Questionário de Pensamentos Automáticos. Dentre os não reincidentes existe uma diminuição no escore da Escala de Medo de Avaliação Negativa depois do programa; os que estavam no grupo de trabalho, apresentaram uma tendência de redução do medo de avaliação negativa e os que estavam no grupo controle apresentaram uma diminuição no escore da escala de estresse e fuga social. CONCLUSÕES: A partir deste estudo pôde-se notar que a terapia cognitiva para prevenção à reincidência penitenciária, apesar de apresentar alguns resultados positivos diminuição do medo de avaliação negativa e uma discreta redução na taxa acumulada de reincidência penitenciária daqueles que concluíram o programa - necessita ser revisto e reformulado. / INTRODUCTION: The idea of rehabilitating individuals after they have committed an antisocial act came about during the Enlightenment. Nowadays, a lot of researches have been done to realize the efficacy of offenders social rehabilitation. However, in Brazil don´t exist studies systematized for prison population. As a result of this a therapeutic intervention for prevention of prison recidivism was systematized. METHODS: The technique used in this program is cognitive-behavioral therapy, composed of 10 structured meetings. The group of subjects in the study comprehended 43 inmates (20 of them from the control group and 23 from the experimental group) who served their terms in medium security prisons, and who were serving, at least, their second term. A directed interview and some questionnaires or scales were applied both before and after the program. Results: Regarding re-offense, when we compare accumulated monthly rate, we cannot see statistic difference neither of all the subjects that started the program or those that finished the program. Based on analysis of the data collected it can be asserted that: the Penitentiary Re-offense Prevention Program reduces the fear of negative evaluation; participants in the control group had a decreased score in the Stress and Social Escape Scale; inmates who finished the program had a greater score in the Automatic Thoughts Questionnaire, a greater fear of a negative evaluation at the beginning of the program and a greater score in the Stress and Social Escape Scale. Subjects that re-offended at least one year after the end of the program showed a tendency to have a lower score in the Self-esteem Scale before the intervention. Those who were in the control group and re-offended showed tendency to have lower fear of a negative evaluation before the beginning of the program and had the lowest score rate in the Stress and Social Escape Scale, following the program. For inmates who finished the program and re-offense, the intervention caused a decrease on the results of the score in the Stress and Social Escape Scale, and a trend towards a decrease in the Questionnaire on Automatic Thoughts. Among the non-re-offenders there is a noticeable trend in reducing negative evaluation after the program. The non-re-offenders who were members of the experimental group showed a tendency to have a lower score in fear of a negative evaluation scale. CONCLUSION: From this study it was noted that cognitive therapy for preventing of prison recidivism, although they had some positive results, such as reducing the fear of negative evaluation needs to be revised and recast.
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"Percepção de perdas e ganhos subjetivos entre cuidadores de pacientes atendidos em um programa de assistência domiciliar" / Perception of subjective gains and losses among caregivers of patients attended by a home care programLaham, Claudia Fernandes 29 January 2004 (has links)
O objetivo desta pesquisa foi investigar as percepções dos cuidadores informais de pacientes de um serviço de assistência domiciliar sobre o cuidar e seu impacto, estudando aspectos positivos e negativos associados a este papel e a influência da assistência domiciliar para o seu desempenho. Participaram 50 cuidadores de pacientes inscritos no NADI Hospital das Clínicas da FMUSP, que responderam uma entrevista semi-dirigida e a Caregiver Burden Scale. Os cuidadores referem aspectos positivos dos cuidados, associados ao aprendizado e ao ganho narcísico, bem como aspectos negativos, como a perda de liberdade. Conclui-se que cuidar traz perdas e ganhos ao cuidador, relacionados ao seu envolvimento com a atividade e que as orientações da equipe são importantes para o sentimento de segurança do mesmo / The objective of this research was to investigate the perception of informal caregivers of patients attended by a home care program, about the care and its impact, studying positive and negative aspects associated with this role and the influence of home care and its development. Fifty caregivers of patients registered at NADI Hospital das Clínicas of FMUSP, participated in the study, answering the questions of a semi-structured interview and the Caregiver Burden Scale. Caregivers refer to positive aspects of caring related to learning and narcisistic gains, as well as to negative ones, such as the loss of freedom. It includes that caring brings losses and gains to the caregiver which are related to his involvment with the activity and that the staff´s orientation is very important for their feeling of security
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