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Políticas públicas do esporte de alto rendimento no Brasil : fatores políticos-esportivos que influenciam e contribuem para o sucesso

Mees, Gabriela Klein January 2015 (has links)
As condições ambientais adequadas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento englobam os aspectos referentes ao treinamento esportivo, às condições psico-socioeconômicas, assim como ao sistema organizacional nacional do esporte na sociedade. Estudos apontam diversos fatores que influenciam a questão do sucesso esportivo. A sistematização da estrutura organizacional de diferentes países reflete-se em bons resultados esportivos internacionais. Os países que alcançam sucesso internacional no esporte de alto nível possuem planos de ações nacionais que são elaborados de maneira central, e aplicados em todo o território nacional. Para um país atingir o sucesso no esporte internacional, é necessário que existam determinadas organizações que exerçam a função de gerenciamento do sistema esportivo nacional, principalmente na elaboração de programas de desenvolvimento de atletas, leis e diretrizes que promovam o esporte de alto rendimento. O esporte brasileiro passa por um período extremamente importante, pois está se preparando para receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Parece hoje que o desenho organizacional de sistemas de esporte de alto-rendimento não pode mais explicar as diferenças no seu sucesso. Como a maioria dos sistemas fornece um espectro de apoio (suporte) similar, pode-se argumentar que hoje um dos fatores mais decisivos, e que afeta o desempenho de um sistema de esporte de alto-rendimento, é a forma como os serviços são organizados e administrados. O objetivo do estudo foi descrever as políticas de esporte de alto rendimento do Brasil através de suas ações para a detecção e desenvolvimento de atletas de rendimento. Para isto, definiram-se quatro grandes eixos considerados por especialistas como fundamentais para o sucesso de uma política de EAR: a detecção e a formação de talentos esportivos, a ciência do esporte, a infraestrutura para treinamento, o apoio financeiro e a póscarreira dos atletas. O presente estudo, que focou nas ações de apoio e na política em geral ligadas ao Esporte de Alto Rendimento constatou a preocupação do Ministério do Esporte em fomentar políticas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento brasileiro. O trabalho também evidenciou que, para o Brasil se tornar uma potência olímpica, os investimentos públicos devem ser direcionados para a criação de um efetivo sistema que fomente a detecção, o encaminhamento, a formação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de atletas das diversas modalidades olímpicas. E nesse sistema deverão constar ações que visem o aumento no número de praticantes das diferentes modalidades esportivas, além de um sistema efetivo de identificação e desenvolvimento do talento esportivo e adequadas instalações esportivas a fim de que os atletas possam ter onde treinar adequadamente. / Appropriate environmental conditions for the development of high performance sport include aspects related to sports training, psycho-socio-economic conditions, as well as the national sport of the organizational system in the society. Studies suggest several factors that influence the sporting success. The systematization of the organizational structure of different countries reflects on good international sporting results. Countries that achieve international success in high-level sports have national plans of actions that are designed centrally and applied across the entire national territory. For a country to achieve international success in sport, it is necessary that there are certain organizations that perform the function of managing the national sports system, especially in the preparation of the development of athletes, laws and guidelines that promote high performance sport programs. The Brazilian sport goes through an extremely important time because it is preparing to host the Olympic and Paralympic Games in Rio de Janeiro in 2016. It seems today that the organizational design of the sport of high-performance systems cannot explain the difference in your success. Like most systems provides a spectrum of support similar, it can be argued that one of the most decisive factors, which affect the performance of a system for high-performance sport, is now the way services are organized and administered. The study aimed to describe the policies of high performance sport in Brazil through their actions for the detection and development of athletes performance. For this, we defined four major areas considered by experts as key to the success of a elite sport policy: athletic talent detection and training, sports science, the infrastructure for training, financial support and post-career of athletes. This study, which focused on the actions of support and in politics in general related to High Performance Sport noted the concern of the Ministry of Sports in policies to foster the development of the Brazilian elite sport. The work also showed that, for Brazil to become an Olympic power, public investment should be directed towards the creation of an effective system that fosters detection, referral, training, development and improvement of athletes from various Olympic disciplines. And in this system must include actions aimed at increasing the number of practitioners of different sports, as well as an effective system for identifying and developing sporting talent and appropriate sports facilities so that athletes can have where to train properly.
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A participação das crianças no esporte de alto rendimento : para além do 'como deve ser'

Freitas, Maitê Venuto January 2015 (has links)
A iniciação esportiva voltada para o alto rendimento na infância é um tema que gera muitas críticas, dentre as quais destacam-se as afirmativas de que essa prática retira a ludicidade da vida das crianças, o que conduz ao baixo rendimento ou mesmo ao abandono da escola, também causando estresse pelas altas cargas do treino físico e exigências por resultados em competições. Na Educação Física, os estudos sobre essa temática centram-se basicamente em três temas: a busca por talentos esportivos, a crítica ao esporte de alto rendimento e a importância dos pais e treinadores na carreira esportiva das crianças. Esses estudos abordam os aspectos do desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças quando envolvidas com o esporte de alto rendimento, e, com isso, diversas sugestões pedagógicas são apontadas. Assim, a partir dessa revisão de literatura, percebo que muito se sabe sobre o que é recomendado ou não para as crianças no campo esportivo, porém pouco se sabe sobre como as crianças vivenciam e atribuem significados ao esporte com o qual se envolvem. Por conta disso, o objetivo desse trabalho é compreender como crianças são constituídas atletas na iniciação esportiva para o alto rendimento na Ginástica Artística e quais os significados que essas crianças atribuem ao contexto do treino esportivo do qual fazem parte. Para o desenvolvimento do estudo, realizei – durante 9 meses – observações em treinos e competições de uma pré-equipe feminina de Ginástica Artística (GA), composta por atletas com idades entre 8 e 12 anos, de um clube esportivo de Porto Alegre/RS. Além das observações, desenvolvi diários de campo e entrevistas semiestruturadas com as atletas e uma treinadora. A partir da produção dos dados, identifiquei que o processo da formação de ginasta ia além do preparo de corpos hábeis para a prática da GA, pois as meninas também aprendiam a ‘ser’ e a se ‘comportar’ como ginastas. Essas maneiras de ‘agir’ nos treinos incluíam aspectos estéticos, como prender os cabelos, e comportamentais, como saber resistir à dor, enfrentar o medo, submeter-se a algumas restrições e assumir muitos compromissos. Diante desse processo de socialização, questionei: por que as meninas frequentavam os treinos de GA? A partir desse questionamento, percebi que alguns aspectos dos treinos eram ‘atrativos’ para as ginastas, como o ‘movimento’, o enfrentamento de ‘desafios’ que essa modalidade exigia e a ‘diversão’. Após os apontamentos sobre alguns significados que o contexto esportivo possuía para as ginastas, estabeleci uma relação entre o debate sobre o esporte na Educação Física e a Infância em diferentes áreas. Do mesmo modo que o esporte é muitas vezes tratado como uma prática homogênea, disciplinadora e reprodutora da lógica capitalista, a infância é entendida de um modo generalista, assim como a criança é vista como reprodutora da cultura que lhe é transmitida e um produto da sociedade capitalista. Diante dessa relação, busquei mostrar como perspectivas advindas da Antropologia da Criança e da Sociologia da Infância ajudam para o avanço desse debate. / La iniciación deportiva orientada para el alto rendimiento en la infancia es un tema que genera muchas críticas, entre las cuáles se destacan las afirmaciones de que esta práctica retira lo lúdico de la vida de los niños, lo que conduce a un bajo rendimiento o al abandono escolar, también causando estrés por las altas cargas de los entrenamientos físicos y la exigencia por los resultados en las competiciones. En Educación Física, los estudios sobre esa temática se centran básicamente en tres temas: la búsqueda por talentos deportivos, la crítica al deporte de alto rendimiento y la importancia de los padres y los entrenadores en la carrera deportiva de los niños. Estos estudios abordan aspectos del desarrollo físico, psicológico y social de los niños mientras están involucrados en el deporte de alto rendimiento, y, con eso, se señalan diferentes propuestas pedagógicas. Así, a partir de la revisión de esta literatura, percibo que mucho se sabe sobre lo que es recomendado o no para los niños en el campo deportivo, pero poco se sabe sobre cómo los niños vivencían y atribuyen significados al deporte con el que están envueltos. Por esto, el objetivo de este trabajo es comprender cómo los niños son constituidos atletas en la iniciación deportiva de alto rendimiento en la Gimnasia Artística y cuáles son los significados que ellos atribuyen al contexto del entrenamiento deportivo del cual hacen parte. Para el desarrollo de la investigación, realicé – durante 9 meses – observaciones en los entrenamientos y las competiciones de un pre equipo femenino de Gimnasia Artística (GA), compuesto por atletas entre 8 y 12 años de edad, de un club deportivo de Porto Alegre/RS. Además de las observaciones, desarrollé diarios de campo y entrevistas semi estructuradas con las atletas y una entrenadora. A partir de la producción de los datos, identifiqué que el proceso de formación de la gimnasta va más allá de la preparación de los cuerpos hábiles para la práctica de la GA, pues las niñas también aprenden a ‘ser’ y a ‘comportarse’ como gimnastas. Esas formas de ‘actuar’ en el entrenamiento incluyen aspectos estéticos, tal como saber recoger el cabello, y conductual, cómo resistir al dolor, enfrentar el miedo, someterse a algunas restricciones y asumir muchos compromisos. Ante este proceso de socialización, me pregunté: ¿Por qué las niñas frecuentaban los entrenamientos de GA? A partir de este cuestionamiento, me di cuenta que algunos aspectos de los entrenamientos eran ‘atractivos’ para las gimnastas, como el ‘movimiento’, el enfrentamiento de ‘desafíos’ que esta modalidad exige y la ‘diversión’. Después de las notas sobre algunos significados que el contexto deportivo tenían para las gimnastas, establecí una relación entre el debate sobre el deporte en la Educación Física y la infancia en diferentes áreas. Así como el deporte es muchas veces tratado como una práctica homogénea, disciplinadora y reproductora de la lógica capitalista, la infancia es entendida de una forma general, así como el niño es visto como reproductor de la cultura que se le transmite y un producto de la sociedad capitalista. Frente a esta relación, busqué mostrar cómo perspectivas provenientes de la Antropología del niño y de la Sociología de la Infancia ayudan para el avance de este debate.
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A participação das crianças no esporte de alto rendimento : para além do 'como deve ser'

Freitas, Maitê Venuto January 2015 (has links)
A iniciação esportiva voltada para o alto rendimento na infância é um tema que gera muitas críticas, dentre as quais destacam-se as afirmativas de que essa prática retira a ludicidade da vida das crianças, o que conduz ao baixo rendimento ou mesmo ao abandono da escola, também causando estresse pelas altas cargas do treino físico e exigências por resultados em competições. Na Educação Física, os estudos sobre essa temática centram-se basicamente em três temas: a busca por talentos esportivos, a crítica ao esporte de alto rendimento e a importância dos pais e treinadores na carreira esportiva das crianças. Esses estudos abordam os aspectos do desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças quando envolvidas com o esporte de alto rendimento, e, com isso, diversas sugestões pedagógicas são apontadas. Assim, a partir dessa revisão de literatura, percebo que muito se sabe sobre o que é recomendado ou não para as crianças no campo esportivo, porém pouco se sabe sobre como as crianças vivenciam e atribuem significados ao esporte com o qual se envolvem. Por conta disso, o objetivo desse trabalho é compreender como crianças são constituídas atletas na iniciação esportiva para o alto rendimento na Ginástica Artística e quais os significados que essas crianças atribuem ao contexto do treino esportivo do qual fazem parte. Para o desenvolvimento do estudo, realizei – durante 9 meses – observações em treinos e competições de uma pré-equipe feminina de Ginástica Artística (GA), composta por atletas com idades entre 8 e 12 anos, de um clube esportivo de Porto Alegre/RS. Além das observações, desenvolvi diários de campo e entrevistas semiestruturadas com as atletas e uma treinadora. A partir da produção dos dados, identifiquei que o processo da formação de ginasta ia além do preparo de corpos hábeis para a prática da GA, pois as meninas também aprendiam a ‘ser’ e a se ‘comportar’ como ginastas. Essas maneiras de ‘agir’ nos treinos incluíam aspectos estéticos, como prender os cabelos, e comportamentais, como saber resistir à dor, enfrentar o medo, submeter-se a algumas restrições e assumir muitos compromissos. Diante desse processo de socialização, questionei: por que as meninas frequentavam os treinos de GA? A partir desse questionamento, percebi que alguns aspectos dos treinos eram ‘atrativos’ para as ginastas, como o ‘movimento’, o enfrentamento de ‘desafios’ que essa modalidade exigia e a ‘diversão’. Após os apontamentos sobre alguns significados que o contexto esportivo possuía para as ginastas, estabeleci uma relação entre o debate sobre o esporte na Educação Física e a Infância em diferentes áreas. Do mesmo modo que o esporte é muitas vezes tratado como uma prática homogênea, disciplinadora e reprodutora da lógica capitalista, a infância é entendida de um modo generalista, assim como a criança é vista como reprodutora da cultura que lhe é transmitida e um produto da sociedade capitalista. Diante dessa relação, busquei mostrar como perspectivas advindas da Antropologia da Criança e da Sociologia da Infância ajudam para o avanço desse debate. / La iniciación deportiva orientada para el alto rendimiento en la infancia es un tema que genera muchas críticas, entre las cuáles se destacan las afirmaciones de que esta práctica retira lo lúdico de la vida de los niños, lo que conduce a un bajo rendimiento o al abandono escolar, también causando estrés por las altas cargas de los entrenamientos físicos y la exigencia por los resultados en las competiciones. En Educación Física, los estudios sobre esa temática se centran básicamente en tres temas: la búsqueda por talentos deportivos, la crítica al deporte de alto rendimiento y la importancia de los padres y los entrenadores en la carrera deportiva de los niños. Estos estudios abordan aspectos del desarrollo físico, psicológico y social de los niños mientras están involucrados en el deporte de alto rendimiento, y, con eso, se señalan diferentes propuestas pedagógicas. Así, a partir de la revisión de esta literatura, percibo que mucho se sabe sobre lo que es recomendado o no para los niños en el campo deportivo, pero poco se sabe sobre cómo los niños vivencían y atribuyen significados al deporte con el que están envueltos. Por esto, el objetivo de este trabajo es comprender cómo los niños son constituidos atletas en la iniciación deportiva de alto rendimiento en la Gimnasia Artística y cuáles son los significados que ellos atribuyen al contexto del entrenamiento deportivo del cual hacen parte. Para el desarrollo de la investigación, realicé – durante 9 meses – observaciones en los entrenamientos y las competiciones de un pre equipo femenino de Gimnasia Artística (GA), compuesto por atletas entre 8 y 12 años de edad, de un club deportivo de Porto Alegre/RS. Además de las observaciones, desarrollé diarios de campo y entrevistas semi estructuradas con las atletas y una entrenadora. A partir de la producción de los datos, identifiqué que el proceso de formación de la gimnasta va más allá de la preparación de los cuerpos hábiles para la práctica de la GA, pues las niñas también aprenden a ‘ser’ y a ‘comportarse’ como gimnastas. Esas formas de ‘actuar’ en el entrenamiento incluyen aspectos estéticos, tal como saber recoger el cabello, y conductual, cómo resistir al dolor, enfrentar el miedo, someterse a algunas restricciones y asumir muchos compromisos. Ante este proceso de socialización, me pregunté: ¿Por qué las niñas frecuentaban los entrenamientos de GA? A partir de este cuestionamiento, me di cuenta que algunos aspectos de los entrenamientos eran ‘atractivos’ para las gimnastas, como el ‘movimiento’, el enfrentamiento de ‘desafíos’ que esta modalidad exige y la ‘diversión’. Después de las notas sobre algunos significados que el contexto deportivo tenían para las gimnastas, establecí una relación entre el debate sobre el deporte en la Educación Física y la infancia en diferentes áreas. Así como el deporte es muchas veces tratado como una práctica homogénea, disciplinadora y reproductora de la lógica capitalista, la infancia es entendida de una forma general, así como el niño es visto como reproductor de la cultura que se le transmite y un producto de la sociedad capitalista. Frente a esta relación, busqué mostrar cómo perspectivas provenientes de la Antropología del niño y de la Sociología de la Infancia ayudan para el avance de este debate.
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Políticas públicas do esporte de alto rendimento no Brasil : fatores políticos-esportivos que influenciam e contribuem para o sucesso

Mees, Gabriela Klein January 2015 (has links)
As condições ambientais adequadas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento englobam os aspectos referentes ao treinamento esportivo, às condições psico-socioeconômicas, assim como ao sistema organizacional nacional do esporte na sociedade. Estudos apontam diversos fatores que influenciam a questão do sucesso esportivo. A sistematização da estrutura organizacional de diferentes países reflete-se em bons resultados esportivos internacionais. Os países que alcançam sucesso internacional no esporte de alto nível possuem planos de ações nacionais que são elaborados de maneira central, e aplicados em todo o território nacional. Para um país atingir o sucesso no esporte internacional, é necessário que existam determinadas organizações que exerçam a função de gerenciamento do sistema esportivo nacional, principalmente na elaboração de programas de desenvolvimento de atletas, leis e diretrizes que promovam o esporte de alto rendimento. O esporte brasileiro passa por um período extremamente importante, pois está se preparando para receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Parece hoje que o desenho organizacional de sistemas de esporte de alto-rendimento não pode mais explicar as diferenças no seu sucesso. Como a maioria dos sistemas fornece um espectro de apoio (suporte) similar, pode-se argumentar que hoje um dos fatores mais decisivos, e que afeta o desempenho de um sistema de esporte de alto-rendimento, é a forma como os serviços são organizados e administrados. O objetivo do estudo foi descrever as políticas de esporte de alto rendimento do Brasil através de suas ações para a detecção e desenvolvimento de atletas de rendimento. Para isto, definiram-se quatro grandes eixos considerados por especialistas como fundamentais para o sucesso de uma política de EAR: a detecção e a formação de talentos esportivos, a ciência do esporte, a infraestrutura para treinamento, o apoio financeiro e a póscarreira dos atletas. O presente estudo, que focou nas ações de apoio e na política em geral ligadas ao Esporte de Alto Rendimento constatou a preocupação do Ministério do Esporte em fomentar políticas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento brasileiro. O trabalho também evidenciou que, para o Brasil se tornar uma potência olímpica, os investimentos públicos devem ser direcionados para a criação de um efetivo sistema que fomente a detecção, o encaminhamento, a formação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de atletas das diversas modalidades olímpicas. E nesse sistema deverão constar ações que visem o aumento no número de praticantes das diferentes modalidades esportivas, além de um sistema efetivo de identificação e desenvolvimento do talento esportivo e adequadas instalações esportivas a fim de que os atletas possam ter onde treinar adequadamente. / Appropriate environmental conditions for the development of high performance sport include aspects related to sports training, psycho-socio-economic conditions, as well as the national sport of the organizational system in the society. Studies suggest several factors that influence the sporting success. The systematization of the organizational structure of different countries reflects on good international sporting results. Countries that achieve international success in high-level sports have national plans of actions that are designed centrally and applied across the entire national territory. For a country to achieve international success in sport, it is necessary that there are certain organizations that perform the function of managing the national sports system, especially in the preparation of the development of athletes, laws and guidelines that promote high performance sport programs. The Brazilian sport goes through an extremely important time because it is preparing to host the Olympic and Paralympic Games in Rio de Janeiro in 2016. It seems today that the organizational design of the sport of high-performance systems cannot explain the difference in your success. Like most systems provides a spectrum of support similar, it can be argued that one of the most decisive factors, which affect the performance of a system for high-performance sport, is now the way services are organized and administered. The study aimed to describe the policies of high performance sport in Brazil through their actions for the detection and development of athletes performance. For this, we defined four major areas considered by experts as key to the success of a elite sport policy: athletic talent detection and training, sports science, the infrastructure for training, financial support and post-career of athletes. This study, which focused on the actions of support and in politics in general related to High Performance Sport noted the concern of the Ministry of Sports in policies to foster the development of the Brazilian elite sport. The work also showed that, for Brazil to become an Olympic power, public investment should be directed towards the creation of an effective system that fosters detection, referral, training, development and improvement of athletes from various Olympic disciplines. And in this system must include actions aimed at increasing the number of practitioners of different sports, as well as an effective system for identifying and developing sporting talent and appropriate sports facilities so that athletes can have where to train properly.
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Políticas públicas do esporte de alto rendimento no Brasil : fatores políticos-esportivos que influenciam e contribuem para o sucesso

Mees, Gabriela Klein January 2015 (has links)
As condições ambientais adequadas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento englobam os aspectos referentes ao treinamento esportivo, às condições psico-socioeconômicas, assim como ao sistema organizacional nacional do esporte na sociedade. Estudos apontam diversos fatores que influenciam a questão do sucesso esportivo. A sistematização da estrutura organizacional de diferentes países reflete-se em bons resultados esportivos internacionais. Os países que alcançam sucesso internacional no esporte de alto nível possuem planos de ações nacionais que são elaborados de maneira central, e aplicados em todo o território nacional. Para um país atingir o sucesso no esporte internacional, é necessário que existam determinadas organizações que exerçam a função de gerenciamento do sistema esportivo nacional, principalmente na elaboração de programas de desenvolvimento de atletas, leis e diretrizes que promovam o esporte de alto rendimento. O esporte brasileiro passa por um período extremamente importante, pois está se preparando para receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Parece hoje que o desenho organizacional de sistemas de esporte de alto-rendimento não pode mais explicar as diferenças no seu sucesso. Como a maioria dos sistemas fornece um espectro de apoio (suporte) similar, pode-se argumentar que hoje um dos fatores mais decisivos, e que afeta o desempenho de um sistema de esporte de alto-rendimento, é a forma como os serviços são organizados e administrados. O objetivo do estudo foi descrever as políticas de esporte de alto rendimento do Brasil através de suas ações para a detecção e desenvolvimento de atletas de rendimento. Para isto, definiram-se quatro grandes eixos considerados por especialistas como fundamentais para o sucesso de uma política de EAR: a detecção e a formação de talentos esportivos, a ciência do esporte, a infraestrutura para treinamento, o apoio financeiro e a póscarreira dos atletas. O presente estudo, que focou nas ações de apoio e na política em geral ligadas ao Esporte de Alto Rendimento constatou a preocupação do Ministério do Esporte em fomentar políticas para o desenvolvimento do esporte de alto rendimento brasileiro. O trabalho também evidenciou que, para o Brasil se tornar uma potência olímpica, os investimentos públicos devem ser direcionados para a criação de um efetivo sistema que fomente a detecção, o encaminhamento, a formação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de atletas das diversas modalidades olímpicas. E nesse sistema deverão constar ações que visem o aumento no número de praticantes das diferentes modalidades esportivas, além de um sistema efetivo de identificação e desenvolvimento do talento esportivo e adequadas instalações esportivas a fim de que os atletas possam ter onde treinar adequadamente. / Appropriate environmental conditions for the development of high performance sport include aspects related to sports training, psycho-socio-economic conditions, as well as the national sport of the organizational system in the society. Studies suggest several factors that influence the sporting success. The systematization of the organizational structure of different countries reflects on good international sporting results. Countries that achieve international success in high-level sports have national plans of actions that are designed centrally and applied across the entire national territory. For a country to achieve international success in sport, it is necessary that there are certain organizations that perform the function of managing the national sports system, especially in the preparation of the development of athletes, laws and guidelines that promote high performance sport programs. The Brazilian sport goes through an extremely important time because it is preparing to host the Olympic and Paralympic Games in Rio de Janeiro in 2016. It seems today that the organizational design of the sport of high-performance systems cannot explain the difference in your success. Like most systems provides a spectrum of support similar, it can be argued that one of the most decisive factors, which affect the performance of a system for high-performance sport, is now the way services are organized and administered. The study aimed to describe the policies of high performance sport in Brazil through their actions for the detection and development of athletes performance. For this, we defined four major areas considered by experts as key to the success of a elite sport policy: athletic talent detection and training, sports science, the infrastructure for training, financial support and post-career of athletes. This study, which focused on the actions of support and in politics in general related to High Performance Sport noted the concern of the Ministry of Sports in policies to foster the development of the Brazilian elite sport. The work also showed that, for Brazil to become an Olympic power, public investment should be directed towards the creation of an effective system that fosters detection, referral, training, development and improvement of athletes from various Olympic disciplines. And in this system must include actions aimed at increasing the number of practitioners of different sports, as well as an effective system for identifying and developing sporting talent and appropriate sports facilities so that athletes can have where to train properly.
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A participação das crianças no esporte de alto rendimento : para além do 'como deve ser'

Freitas, Maitê Venuto January 2015 (has links)
A iniciação esportiva voltada para o alto rendimento na infância é um tema que gera muitas críticas, dentre as quais destacam-se as afirmativas de que essa prática retira a ludicidade da vida das crianças, o que conduz ao baixo rendimento ou mesmo ao abandono da escola, também causando estresse pelas altas cargas do treino físico e exigências por resultados em competições. Na Educação Física, os estudos sobre essa temática centram-se basicamente em três temas: a busca por talentos esportivos, a crítica ao esporte de alto rendimento e a importância dos pais e treinadores na carreira esportiva das crianças. Esses estudos abordam os aspectos do desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças quando envolvidas com o esporte de alto rendimento, e, com isso, diversas sugestões pedagógicas são apontadas. Assim, a partir dessa revisão de literatura, percebo que muito se sabe sobre o que é recomendado ou não para as crianças no campo esportivo, porém pouco se sabe sobre como as crianças vivenciam e atribuem significados ao esporte com o qual se envolvem. Por conta disso, o objetivo desse trabalho é compreender como crianças são constituídas atletas na iniciação esportiva para o alto rendimento na Ginástica Artística e quais os significados que essas crianças atribuem ao contexto do treino esportivo do qual fazem parte. Para o desenvolvimento do estudo, realizei – durante 9 meses – observações em treinos e competições de uma pré-equipe feminina de Ginástica Artística (GA), composta por atletas com idades entre 8 e 12 anos, de um clube esportivo de Porto Alegre/RS. Além das observações, desenvolvi diários de campo e entrevistas semiestruturadas com as atletas e uma treinadora. A partir da produção dos dados, identifiquei que o processo da formação de ginasta ia além do preparo de corpos hábeis para a prática da GA, pois as meninas também aprendiam a ‘ser’ e a se ‘comportar’ como ginastas. Essas maneiras de ‘agir’ nos treinos incluíam aspectos estéticos, como prender os cabelos, e comportamentais, como saber resistir à dor, enfrentar o medo, submeter-se a algumas restrições e assumir muitos compromissos. Diante desse processo de socialização, questionei: por que as meninas frequentavam os treinos de GA? A partir desse questionamento, percebi que alguns aspectos dos treinos eram ‘atrativos’ para as ginastas, como o ‘movimento’, o enfrentamento de ‘desafios’ que essa modalidade exigia e a ‘diversão’. Após os apontamentos sobre alguns significados que o contexto esportivo possuía para as ginastas, estabeleci uma relação entre o debate sobre o esporte na Educação Física e a Infância em diferentes áreas. Do mesmo modo que o esporte é muitas vezes tratado como uma prática homogênea, disciplinadora e reprodutora da lógica capitalista, a infância é entendida de um modo generalista, assim como a criança é vista como reprodutora da cultura que lhe é transmitida e um produto da sociedade capitalista. Diante dessa relação, busquei mostrar como perspectivas advindas da Antropologia da Criança e da Sociologia da Infância ajudam para o avanço desse debate. / La iniciación deportiva orientada para el alto rendimiento en la infancia es un tema que genera muchas críticas, entre las cuáles se destacan las afirmaciones de que esta práctica retira lo lúdico de la vida de los niños, lo que conduce a un bajo rendimiento o al abandono escolar, también causando estrés por las altas cargas de los entrenamientos físicos y la exigencia por los resultados en las competiciones. En Educación Física, los estudios sobre esa temática se centran básicamente en tres temas: la búsqueda por talentos deportivos, la crítica al deporte de alto rendimiento y la importancia de los padres y los entrenadores en la carrera deportiva de los niños. Estos estudios abordan aspectos del desarrollo físico, psicológico y social de los niños mientras están involucrados en el deporte de alto rendimiento, y, con eso, se señalan diferentes propuestas pedagógicas. Así, a partir de la revisión de esta literatura, percibo que mucho se sabe sobre lo que es recomendado o no para los niños en el campo deportivo, pero poco se sabe sobre cómo los niños vivencían y atribuyen significados al deporte con el que están envueltos. Por esto, el objetivo de este trabajo es comprender cómo los niños son constituidos atletas en la iniciación deportiva de alto rendimiento en la Gimnasia Artística y cuáles son los significados que ellos atribuyen al contexto del entrenamiento deportivo del cual hacen parte. Para el desarrollo de la investigación, realicé – durante 9 meses – observaciones en los entrenamientos y las competiciones de un pre equipo femenino de Gimnasia Artística (GA), compuesto por atletas entre 8 y 12 años de edad, de un club deportivo de Porto Alegre/RS. Además de las observaciones, desarrollé diarios de campo y entrevistas semi estructuradas con las atletas y una entrenadora. A partir de la producción de los datos, identifiqué que el proceso de formación de la gimnasta va más allá de la preparación de los cuerpos hábiles para la práctica de la GA, pues las niñas también aprenden a ‘ser’ y a ‘comportarse’ como gimnastas. Esas formas de ‘actuar’ en el entrenamiento incluyen aspectos estéticos, tal como saber recoger el cabello, y conductual, cómo resistir al dolor, enfrentar el miedo, someterse a algunas restricciones y asumir muchos compromisos. Ante este proceso de socialización, me pregunté: ¿Por qué las niñas frecuentaban los entrenamientos de GA? A partir de este cuestionamiento, me di cuenta que algunos aspectos de los entrenamientos eran ‘atractivos’ para las gimnastas, como el ‘movimiento’, el enfrentamiento de ‘desafíos’ que esta modalidad exige y la ‘diversión’. Después de las notas sobre algunos significados que el contexto deportivo tenían para las gimnastas, establecí una relación entre el debate sobre el deporte en la Educación Física y la infancia en diferentes áreas. Así como el deporte es muchas veces tratado como una práctica homogénea, disciplinadora y reproductora de la lógica capitalista, la infancia es entendida de una forma general, así como el niño es visto como reproductor de la cultura que se le transmite y un producto de la sociedad capitalista. Frente a esta relación, busqué mostrar cómo perspectivas provenientes de la Antropología del niño y de la Sociología de la Infancia ayudan para el avance de este debate.
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Talento esportivo : uma etnografia sobre as produções de talentos em práticas na educação física / Sports talent: An ethnographic study on the productions of talents in Physical Education practices / Talento deportivo: Una etnografía sobre las produccinnes del talento en prácticas en la educación física

Pacheco, Ariane Corrêa January 2017 (has links)
Colocar a noção de ‘talento esportivo’ em pauta nos debates tende a resultar em um rol de argumentações que tangenciam, de um lado, elementos da natureza, de outro, concepções ligadas à cultura ou, por uma terceira via, aborda-se esse objeto por meio da construção de um quadro interpretativo que engloba essas duas dimensões. Nesta pesquisa, o ponto de partida foi colocar o talento esportivo ‘em movimento’, isto é, observá-lo procurando o distanciar de explicações referentes a demarcações biológicas ou socioculturais que encerrariam seus significados. Essa escolha foi construída na medida em que me aproximei da esteira de debates de Bruno Latour, cuja proposta nos ajuda a compreender processos mediados por associações entre humanos e não humanos. Conduzindo-me por essa perspectiva, passei a operar com uma noção de talento ‘em aberto’, procurando acompanhar seus processos de produção e suas concepções que, a partir de então, poderiam se ‘deslocar’ dependo da articulação entre elementos heterogêneos. Esse percurso foi orientado pela seguinte questão: como a ‘noção’ de talento vem sendo produzida, de que maneira se mantém e o que produz a partir de sua consolidação em determinados coletivos ligados à Educação Física? Para ‘seguir’ esse objeto passei a explorar os seus rastros na produção bibliográfica na Educação Física brasileira, entre leis e decretos, dentre projetos governamentais e, no período de outubro de 2015 até dezembro de 2016, no Clube Grêmio Náutico União (GNU), localizado na cidade de Porto Alegre, especificamente, nos treinamentos e competições da Esgrima, Ginástica Artística e Natação Somada a produção do diário de campo, no qual descrevia cada dia vivido no GNU e as leituras em que fui buscando o uso e as mobilizações da ‘noção’ de talento, realizei 16 entrevistas com atletas, treinadores e coordenadores de cada uma dessas modalidades. Nesse processo, fui percebendo que abordar a noção de ‘talento esportivo’ era ter como elemento central um objeto amplo, multifacetado e polissêmico. Sendo assim, estabeleci dois caminhos para segui-lo: o primeiro se refere aos vínculos entre o esporte e o Estado; o segundo está relacionado ao dia a dia do esporte vivido nas modalidades observadas. Por meio da análise do material produzido nesses caminhos formulei um primeiro capítulo em que proponho uma problematização direcionada a ‘poluir’ a noção de talento esportivo, mostrando suas diferentes possibilidades de conexões e os trajetos que percorri para desenvolver esta pesquisa. No segundo capítulo abordo às ‘flutuações’ do talento esportivo nas relações entre esporte e Estado e a sua mobilização que se desloca por entre discursos e protocolos de medidas desenvolvidos em laboratórios. Por fim, detive-me aos relatos de trajetórias em que a noção de ‘talento esportivo’ vai sendo produzida através da atuação de mediadores no processo de formação de atletas de alto rendimento, o que foi descrito no terceiro capítulo. Por meio dessa linha de discussões passei a sustentar que o ‘talento esportivo’ vem sendo coproduzido por um conjunto de conexões heterogêneas que são particularizadas em determinados coletivos, sendo, portanto, um híbrido que passa a agir como um ‘ator’, na produção de ‘novas’ conexões, na medida em que a ‘noção’ vai sendo purificada em argumentos naturalizantes. / The inclusion of the notion of ‘sports talent’ in the agenda tends to result in a list of arguments that touch elements of nature on the one hand and conceptions linked to culture on the other. Or, as a third possibility, this object is addressed through the construction of an interpretive framework that encompasses those two dimensions. In this study, the starting point was to set sports talent ‘in movement’, that is, to observe it and try to drive it away from explanations referring to biological or sociocultural boundaries that would bear its meanings. This choice was built as I approached Bruno Latour’s discussion thread, whose proposal helps us understand processes mediated by human-nonhuman associations. Working under this perspective, I began to operate with a notion of ‘open’ talent, trying to follow its production processes and its conceptions that, from then on, could ‘move depending on the interconnections established between heterogeneous elements. This route was guided by the following questions: How is the ‘notion’ of talent being produced; in what way is it maintained; and what does it produce after its consolidation in certain groups linked to Physical Education? In order to ‘follow’ this object, I began to explore its tracks in Brazilian Physical Education’s bibliographic production, among laws and decrees, governmental projects and, in October 2015-December 2016, at Porto Alegre’s Club Grêmio Náutico União (GNU), specifically in Fencing, Artistic Gymnastics and Swimming training sessions and competitions. In addition to producing the field diary in which I described each day at GNU and the readings in which I sought the use and mobilizations of the notion of talent, I conducted 16 interviews with athletes, coaches and heads of so-called coordinators for these sports. In this process I came to realize that addressing the notion of ‘sports talent’ meant to have a broad, multifaceted and polysemous object as a central element. Therefore, I established two ways of following it: the first refers to the links between sport and the State while the second is related to daily life in the sports observed. By analyzing the material produced in these procedures I wrote a first chapter proposing a debate intended to ‘pollute’ the notion of sports talent, showing its various possibilities of connections and the paths I went through to develop this study. In the second chapter I address the ‘fluctuations’ of sports talent in relations between sport and the State, and their mobilization, which moves through discourses and measure protocols developed in laboratories. Finally, I looked into reports of life histories in which the notion of ‘sports talent’ is being produced through the work of mediators in the process of training high-performance athletes, which was described in the third chapter. Through this line of discussion, I began to sustain that ‘sports talent’ has been coproduced by a set of heterogeneous connections that are particularized in certain groups, being therefore a hybrid that works as an ‘actor’ in producing ‘new’ connections as the ‘notion’ is being purified in naturalizing arguments. / Colocar la noción de “talento deportivo” en pauta en los debates tiende a resultar en una serie de argumentos que tocan, por un lado, elementos de la naturaleza, por otro, concepciones ligadas a la cultura o, por una tercera vía, donde se aborda ese objeto a través de la construcción de un cuadro interpretativo que engloba esas dos dimensiones. En esta investigación, el punto de partida fue colocar el talento deportivo “en movimiento”, es decir, observarlo buscando cierta distancia de explicaciones referentes a demarcaciones biológicas o socioculturales que restringirían sus significados. Esa elección fue construida en la medida en que me aproximé a los debates de Bruno Latour, cuya propuesta nos ayuda a comprender procesos mediados por asociaciones entre humanos y no humanos. Guiándome por esa perspectiva, pasé a operar con una noción de talento “en abierto”, intentando acompañar sus procesos de producción y sus concepciones que, a partir de entonces, podrían “desplazarse” dependiendo de la articulación entre elementos heterogéneos. Ese recorrido fue orientado por la siguiente interrogante: ¿cómo la “noción” de talento se viene produciendo, de qué manera se mantiene y qué produce a partir de su consolidación en determinados colectivos ligados a la Educación Física? Para “seguir” ese objeto pasé a explorar sus rastros en la producción bibliográfica de la Educación Física brasileña, entre leyes y decretos, entre proyectos gubernamentales y, en el período de octubre de 2015 a diciembre de 2016, en el Club Gremio Náutico Unión (GNU), localizado en la ciudad de Porto Alegre, específicamente en los entrenamientos y competiciones de Esgrima, Gimnasia Artística y Natación Sumando la producción del diario de campo, en el cual describía cada día vivido en el GNU y las lecturas en que fui buscando el uso y las movilizaciones de la “noción” de talento, realicé 16 entrevistas con atletas, entrenadores y coordinadores de cada una de esas modalidades. En ese proceso, fui percibiendo que abordar la noción de “talento deportivo” era tener como elemento central un objeto amplio, multifacético y polisémico. Así, establecí dos caminos para seguirlo: el primero se refiere a los vínculos entre el deporte y el Estado; el segundo está relacionado con el día a día del deporte vivido en las modalidades observadas. A través del análisis del material producido en esos caminos formulé un primer capítulo donde propongo una problematización dirigida a “contaminar” la noción de talento deportivo, mostrando sus diferentes posibilidades de conexiones y los trayectos que recorrí para desarrollar esta investigación. En el segundo capítulo, abordo las “fluctuaciones” del talento deportivo en las relaciones entre deporte y Estado y su movilización, que se desplaza entre discursos y protocolos de medidas desarrollados en laboratorios. Por fin, me detuve en los relatos de trayectorias donde la noción de “talento deportivo” se va produciendo a través de la actuación de mediadores en el proceso de formación de atletas de alto rendimiento, lo que fue descrito en el tercer capítulo. A través de esa línea de discusiones pasé a sustentar que el “talento deportivo” se viene coproduciendo por un conjunto de conexiones heterogéneas que son particularizadas en determinados colectivos y es, por lo tanto, un híbrido que pasa a ejercer como un “actor” en la producción de “nuevas” conexiones, en la medida en que la “noción” se va purificando en argumentos naturalizantes.
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Talento esportivo : uma etnografia sobre as produções de talentos em práticas na educação física / Sports talent: An ethnographic study on the productions of talents in Physical Education practices / Talento deportivo: Una etnografía sobre las produccinnes del talento en prácticas en la educación física

Pacheco, Ariane Corrêa January 2017 (has links)
Colocar a noção de ‘talento esportivo’ em pauta nos debates tende a resultar em um rol de argumentações que tangenciam, de um lado, elementos da natureza, de outro, concepções ligadas à cultura ou, por uma terceira via, aborda-se esse objeto por meio da construção de um quadro interpretativo que engloba essas duas dimensões. Nesta pesquisa, o ponto de partida foi colocar o talento esportivo ‘em movimento’, isto é, observá-lo procurando o distanciar de explicações referentes a demarcações biológicas ou socioculturais que encerrariam seus significados. Essa escolha foi construída na medida em que me aproximei da esteira de debates de Bruno Latour, cuja proposta nos ajuda a compreender processos mediados por associações entre humanos e não humanos. Conduzindo-me por essa perspectiva, passei a operar com uma noção de talento ‘em aberto’, procurando acompanhar seus processos de produção e suas concepções que, a partir de então, poderiam se ‘deslocar’ dependo da articulação entre elementos heterogêneos. Esse percurso foi orientado pela seguinte questão: como a ‘noção’ de talento vem sendo produzida, de que maneira se mantém e o que produz a partir de sua consolidação em determinados coletivos ligados à Educação Física? Para ‘seguir’ esse objeto passei a explorar os seus rastros na produção bibliográfica na Educação Física brasileira, entre leis e decretos, dentre projetos governamentais e, no período de outubro de 2015 até dezembro de 2016, no Clube Grêmio Náutico União (GNU), localizado na cidade de Porto Alegre, especificamente, nos treinamentos e competições da Esgrima, Ginástica Artística e Natação Somada a produção do diário de campo, no qual descrevia cada dia vivido no GNU e as leituras em que fui buscando o uso e as mobilizações da ‘noção’ de talento, realizei 16 entrevistas com atletas, treinadores e coordenadores de cada uma dessas modalidades. Nesse processo, fui percebendo que abordar a noção de ‘talento esportivo’ era ter como elemento central um objeto amplo, multifacetado e polissêmico. Sendo assim, estabeleci dois caminhos para segui-lo: o primeiro se refere aos vínculos entre o esporte e o Estado; o segundo está relacionado ao dia a dia do esporte vivido nas modalidades observadas. Por meio da análise do material produzido nesses caminhos formulei um primeiro capítulo em que proponho uma problematização direcionada a ‘poluir’ a noção de talento esportivo, mostrando suas diferentes possibilidades de conexões e os trajetos que percorri para desenvolver esta pesquisa. No segundo capítulo abordo às ‘flutuações’ do talento esportivo nas relações entre esporte e Estado e a sua mobilização que se desloca por entre discursos e protocolos de medidas desenvolvidos em laboratórios. Por fim, detive-me aos relatos de trajetórias em que a noção de ‘talento esportivo’ vai sendo produzida através da atuação de mediadores no processo de formação de atletas de alto rendimento, o que foi descrito no terceiro capítulo. Por meio dessa linha de discussões passei a sustentar que o ‘talento esportivo’ vem sendo coproduzido por um conjunto de conexões heterogêneas que são particularizadas em determinados coletivos, sendo, portanto, um híbrido que passa a agir como um ‘ator’, na produção de ‘novas’ conexões, na medida em que a ‘noção’ vai sendo purificada em argumentos naturalizantes. / The inclusion of the notion of ‘sports talent’ in the agenda tends to result in a list of arguments that touch elements of nature on the one hand and conceptions linked to culture on the other. Or, as a third possibility, this object is addressed through the construction of an interpretive framework that encompasses those two dimensions. In this study, the starting point was to set sports talent ‘in movement’, that is, to observe it and try to drive it away from explanations referring to biological or sociocultural boundaries that would bear its meanings. This choice was built as I approached Bruno Latour’s discussion thread, whose proposal helps us understand processes mediated by human-nonhuman associations. Working under this perspective, I began to operate with a notion of ‘open’ talent, trying to follow its production processes and its conceptions that, from then on, could ‘move depending on the interconnections established between heterogeneous elements. This route was guided by the following questions: How is the ‘notion’ of talent being produced; in what way is it maintained; and what does it produce after its consolidation in certain groups linked to Physical Education? In order to ‘follow’ this object, I began to explore its tracks in Brazilian Physical Education’s bibliographic production, among laws and decrees, governmental projects and, in October 2015-December 2016, at Porto Alegre’s Club Grêmio Náutico União (GNU), specifically in Fencing, Artistic Gymnastics and Swimming training sessions and competitions. In addition to producing the field diary in which I described each day at GNU and the readings in which I sought the use and mobilizations of the notion of talent, I conducted 16 interviews with athletes, coaches and heads of so-called coordinators for these sports. In this process I came to realize that addressing the notion of ‘sports talent’ meant to have a broad, multifaceted and polysemous object as a central element. Therefore, I established two ways of following it: the first refers to the links between sport and the State while the second is related to daily life in the sports observed. By analyzing the material produced in these procedures I wrote a first chapter proposing a debate intended to ‘pollute’ the notion of sports talent, showing its various possibilities of connections and the paths I went through to develop this study. In the second chapter I address the ‘fluctuations’ of sports talent in relations between sport and the State, and their mobilization, which moves through discourses and measure protocols developed in laboratories. Finally, I looked into reports of life histories in which the notion of ‘sports talent’ is being produced through the work of mediators in the process of training high-performance athletes, which was described in the third chapter. Through this line of discussion, I began to sustain that ‘sports talent’ has been coproduced by a set of heterogeneous connections that are particularized in certain groups, being therefore a hybrid that works as an ‘actor’ in producing ‘new’ connections as the ‘notion’ is being purified in naturalizing arguments. / Colocar la noción de “talento deportivo” en pauta en los debates tiende a resultar en una serie de argumentos que tocan, por un lado, elementos de la naturaleza, por otro, concepciones ligadas a la cultura o, por una tercera vía, donde se aborda ese objeto a través de la construcción de un cuadro interpretativo que engloba esas dos dimensiones. En esta investigación, el punto de partida fue colocar el talento deportivo “en movimiento”, es decir, observarlo buscando cierta distancia de explicaciones referentes a demarcaciones biológicas o socioculturales que restringirían sus significados. Esa elección fue construida en la medida en que me aproximé a los debates de Bruno Latour, cuya propuesta nos ayuda a comprender procesos mediados por asociaciones entre humanos y no humanos. Guiándome por esa perspectiva, pasé a operar con una noción de talento “en abierto”, intentando acompañar sus procesos de producción y sus concepciones que, a partir de entonces, podrían “desplazarse” dependiendo de la articulación entre elementos heterogéneos. Ese recorrido fue orientado por la siguiente interrogante: ¿cómo la “noción” de talento se viene produciendo, de qué manera se mantiene y qué produce a partir de su consolidación en determinados colectivos ligados a la Educación Física? Para “seguir” ese objeto pasé a explorar sus rastros en la producción bibliográfica de la Educación Física brasileña, entre leyes y decretos, entre proyectos gubernamentales y, en el período de octubre de 2015 a diciembre de 2016, en el Club Gremio Náutico Unión (GNU), localizado en la ciudad de Porto Alegre, específicamente en los entrenamientos y competiciones de Esgrima, Gimnasia Artística y Natación Sumando la producción del diario de campo, en el cual describía cada día vivido en el GNU y las lecturas en que fui buscando el uso y las movilizaciones de la “noción” de talento, realicé 16 entrevistas con atletas, entrenadores y coordinadores de cada una de esas modalidades. En ese proceso, fui percibiendo que abordar la noción de “talento deportivo” era tener como elemento central un objeto amplio, multifacético y polisémico. Así, establecí dos caminos para seguirlo: el primero se refiere a los vínculos entre el deporte y el Estado; el segundo está relacionado con el día a día del deporte vivido en las modalidades observadas. A través del análisis del material producido en esos caminos formulé un primer capítulo donde propongo una problematización dirigida a “contaminar” la noción de talento deportivo, mostrando sus diferentes posibilidades de conexiones y los trayectos que recorrí para desarrollar esta investigación. En el segundo capítulo, abordo las “fluctuaciones” del talento deportivo en las relaciones entre deporte y Estado y su movilización, que se desplaza entre discursos y protocolos de medidas desarrollados en laboratorios. Por fin, me detuve en los relatos de trayectorias donde la noción de “talento deportivo” se va produciendo a través de la actuación de mediadores en el proceso de formación de atletas de alto rendimiento, lo que fue descrito en el tercer capítulo. A través de esa línea de discusiones pasé a sustentar que el “talento deportivo” se viene coproduciendo por un conjunto de conexiones heterogéneas que son particularizadas en determinados colectivos y es, por lo tanto, un híbrido que pasa a ejercer como un “actor” en la producción de “nuevas” conexiones, en la medida en que la “noción” se va purificando en argumentos naturalizantes.
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Um modelo para a gestão de informações do esporte de alto rendimento no Brasil

Ferreira, Alan de Carvalho Dias January 2018 (has links)
Pesquisas em várias partes do mundo vêm sendo realizadas para compreender os fatores que interferem no sucesso internacional do Esporte de Alto Rendimento (EAR). Neste contexto, a Gestão da Informação (GI) torna-se estratégica para que as organizações do esporte possam usufruir dos dados e dos processos que envolvem o sucesso na gestão esportiva. Contudo, pouco foi desenvolvido para estabelecer modelos de gestão de informações que monitorem continuamente a situação do EAR brasileiro. Diante disso, o objetivo deste estudo é construir um modelo para a gestão de informações do EAR no Brasil. Por meio de um misto de métodos, o estudo foi constituído por quatro fases: (1) levantamento e análise dos métodos de sistematização de informações do esporte- para identificar os elementos fundamentais para o sucesso esportivo e para revisar os métodos de sistematização de informações do EAR; (2) estudo piloto – para desenvolver o método de coleta, catalogação e sistematização das informações do EAR no Brasil; (3) construção do modelo de gestão de informações do EAR utilizando um modelo entidaderelacionamento (MER) para gestão informatizada dos dados; (4) validação do modelo de gestão, por meio do julgamento de um comitê de especialistas. Os resultados revelaram que em 29 nações já foram desenvolvidos estudos para sistematizar informações do esporte e conhecer os elementos que interferem no sucesso do EAR. O estudo do escopo desses elementos resultou na seleção de dez dimensões para coleta e catalogação de informações do EAR brasileiro em um Banco de Dados (BD) MySQL, modelado com o objetivo de permitir a articulação entre as dimensões Com a eliminação das redundâncias e a construção do MER, a padronização e categorização dos termos permitiram a construção de um modelo de gestão de informações do EAR que possibilita a atualização continuada das dimensões e informações mapeadas, composto por oito dimensões: Recursos Financeiros; Infraestrutura Esportiva; Equipamentos e Materiais Esportivos; Entidades e Governança; Atletas e Profissionais do Esporte; Eventos e Resultados Esportivos; Ciência e Tecnologia; Legislação. O modelo utiliza os princípios do Business Intelligence (BI) e um banco de dados que pode ser continuamente adaptado a fatores, contextos e a esportes diferentes. É um repositório digital de informações composto por 75 tabelas divididas em nove conjuntos que são articulados por meio de 185 relacionamentos, permitindo realizar análises, produzir relatórios e indicadores de forma intra ou interdimensional e uni ou multiesporte. Este modelo permite cruzamentos e apresentação de respostas simultâneas a partir de informações de atletas, de entidades, de esportes, suas provas e de dados que envolvem o financiamento, a infraestrutura e demais dimensões. Concluiu-se que este estudo inova ao utilizar os fatores de sucesso para estabelecer um modelo informatizado de gestão de informações do EAR, que pode ser implementado em um país ou em uma entidade. Ao inserir a inteligência de negócios na gestão esportiva, o trabalho concede as informações mais importantes para a tomada de decisão de gestores, podendo qualificar as políticas e contribuir para uma comunicação eficiente entre as diferentes entidades ligadas ao esporte. / Researches in various parts of the world are being conducted to understand the factors that interfere in the international success of Elite Sports (ES). In this context, the Information Management (IM) becomes strategic so that the sports organizations can take advantage of the data and the processes that involve the success in sport management. However, little was developed to establish information management models that continuously monitor the Brazilian ES. The objective of this study, therefore, is to construct a model for the management of ES information in Brazil. Through a combination of methods, the study consisted of four phases: (1) survey and analysis of methods to systematize of sport information - to identify the fundamental elements for sports success and to review the methods to systematize information of the ES; (2) pilot study - to develop the method of collecting, cataloging and systematizing ES information in Brazil; (3) construction of the ES information management model using an entity-relationship model (ERM) for computerized management of sports data; (4) validation of the management model, through the judgment of an experts committee. The results revealed that in 29 nations studies have been developed to systematize sport information and to know the elements that interfere in the success of the ES. The study of the scope of these elements resulted in the selection of ten dimensions for collecting and cataloging Brazilian ES information in a MySQL Database (DB), modeled with the objective of allowing the articulation between the dimensions The elimination of redundancies and the construction of the ERM, the standardization and categorization of the terms allowed the construction of an information management model of the ES that allows continuous updating dimensions and information mapped, composed of eight dimensions: Financial Resources; Sports Infrastructure; Sports Materials; Entities and Governance; Athletes and Sport Professionals; Events and Sport Results; Science and Technology; Legislation. The model uses the principles of Business Intelligence (BI) and a database that can be continuously adapted to different factors, contexts, and sports. It is a digital repository of information composed of 75 tables, divided into nine sets that are articulated through 185 relationships, allowing to produce analyzes, reports and indicators of intra or interdimensional form and uni or multisport. This model allows information crossing and presentation of simultaneous responses of athletes, entities, sports, their evidence and data that involve financing, infrastructure, and other dimensions. It was concluded that this study innovates when using the success factors to establish a computerized information management model of the ES, which can be implemented in a country or an entity. By inserting business intelligence into sports management, this work provides the most important information for decision-making by managers, can qualify the policies and contribute to efficient communication between different sports entities.
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Talento esportivo : uma etnografia sobre as produções de talentos em práticas na educação física / Sports talent: An ethnographic study on the productions of talents in Physical Education practices / Talento deportivo: Una etnografía sobre las produccinnes del talento en prácticas en la educación física

Pacheco, Ariane Corrêa January 2017 (has links)
Colocar a noção de ‘talento esportivo’ em pauta nos debates tende a resultar em um rol de argumentações que tangenciam, de um lado, elementos da natureza, de outro, concepções ligadas à cultura ou, por uma terceira via, aborda-se esse objeto por meio da construção de um quadro interpretativo que engloba essas duas dimensões. Nesta pesquisa, o ponto de partida foi colocar o talento esportivo ‘em movimento’, isto é, observá-lo procurando o distanciar de explicações referentes a demarcações biológicas ou socioculturais que encerrariam seus significados. Essa escolha foi construída na medida em que me aproximei da esteira de debates de Bruno Latour, cuja proposta nos ajuda a compreender processos mediados por associações entre humanos e não humanos. Conduzindo-me por essa perspectiva, passei a operar com uma noção de talento ‘em aberto’, procurando acompanhar seus processos de produção e suas concepções que, a partir de então, poderiam se ‘deslocar’ dependo da articulação entre elementos heterogêneos. Esse percurso foi orientado pela seguinte questão: como a ‘noção’ de talento vem sendo produzida, de que maneira se mantém e o que produz a partir de sua consolidação em determinados coletivos ligados à Educação Física? Para ‘seguir’ esse objeto passei a explorar os seus rastros na produção bibliográfica na Educação Física brasileira, entre leis e decretos, dentre projetos governamentais e, no período de outubro de 2015 até dezembro de 2016, no Clube Grêmio Náutico União (GNU), localizado na cidade de Porto Alegre, especificamente, nos treinamentos e competições da Esgrima, Ginástica Artística e Natação Somada a produção do diário de campo, no qual descrevia cada dia vivido no GNU e as leituras em que fui buscando o uso e as mobilizações da ‘noção’ de talento, realizei 16 entrevistas com atletas, treinadores e coordenadores de cada uma dessas modalidades. Nesse processo, fui percebendo que abordar a noção de ‘talento esportivo’ era ter como elemento central um objeto amplo, multifacetado e polissêmico. Sendo assim, estabeleci dois caminhos para segui-lo: o primeiro se refere aos vínculos entre o esporte e o Estado; o segundo está relacionado ao dia a dia do esporte vivido nas modalidades observadas. Por meio da análise do material produzido nesses caminhos formulei um primeiro capítulo em que proponho uma problematização direcionada a ‘poluir’ a noção de talento esportivo, mostrando suas diferentes possibilidades de conexões e os trajetos que percorri para desenvolver esta pesquisa. No segundo capítulo abordo às ‘flutuações’ do talento esportivo nas relações entre esporte e Estado e a sua mobilização que se desloca por entre discursos e protocolos de medidas desenvolvidos em laboratórios. Por fim, detive-me aos relatos de trajetórias em que a noção de ‘talento esportivo’ vai sendo produzida através da atuação de mediadores no processo de formação de atletas de alto rendimento, o que foi descrito no terceiro capítulo. Por meio dessa linha de discussões passei a sustentar que o ‘talento esportivo’ vem sendo coproduzido por um conjunto de conexões heterogêneas que são particularizadas em determinados coletivos, sendo, portanto, um híbrido que passa a agir como um ‘ator’, na produção de ‘novas’ conexões, na medida em que a ‘noção’ vai sendo purificada em argumentos naturalizantes. / The inclusion of the notion of ‘sports talent’ in the agenda tends to result in a list of arguments that touch elements of nature on the one hand and conceptions linked to culture on the other. Or, as a third possibility, this object is addressed through the construction of an interpretive framework that encompasses those two dimensions. In this study, the starting point was to set sports talent ‘in movement’, that is, to observe it and try to drive it away from explanations referring to biological or sociocultural boundaries that would bear its meanings. This choice was built as I approached Bruno Latour’s discussion thread, whose proposal helps us understand processes mediated by human-nonhuman associations. Working under this perspective, I began to operate with a notion of ‘open’ talent, trying to follow its production processes and its conceptions that, from then on, could ‘move depending on the interconnections established between heterogeneous elements. This route was guided by the following questions: How is the ‘notion’ of talent being produced; in what way is it maintained; and what does it produce after its consolidation in certain groups linked to Physical Education? In order to ‘follow’ this object, I began to explore its tracks in Brazilian Physical Education’s bibliographic production, among laws and decrees, governmental projects and, in October 2015-December 2016, at Porto Alegre’s Club Grêmio Náutico União (GNU), specifically in Fencing, Artistic Gymnastics and Swimming training sessions and competitions. In addition to producing the field diary in which I described each day at GNU and the readings in which I sought the use and mobilizations of the notion of talent, I conducted 16 interviews with athletes, coaches and heads of so-called coordinators for these sports. In this process I came to realize that addressing the notion of ‘sports talent’ meant to have a broad, multifaceted and polysemous object as a central element. Therefore, I established two ways of following it: the first refers to the links between sport and the State while the second is related to daily life in the sports observed. By analyzing the material produced in these procedures I wrote a first chapter proposing a debate intended to ‘pollute’ the notion of sports talent, showing its various possibilities of connections and the paths I went through to develop this study. In the second chapter I address the ‘fluctuations’ of sports talent in relations between sport and the State, and their mobilization, which moves through discourses and measure protocols developed in laboratories. Finally, I looked into reports of life histories in which the notion of ‘sports talent’ is being produced through the work of mediators in the process of training high-performance athletes, which was described in the third chapter. Through this line of discussion, I began to sustain that ‘sports talent’ has been coproduced by a set of heterogeneous connections that are particularized in certain groups, being therefore a hybrid that works as an ‘actor’ in producing ‘new’ connections as the ‘notion’ is being purified in naturalizing arguments. / Colocar la noción de “talento deportivo” en pauta en los debates tiende a resultar en una serie de argumentos que tocan, por un lado, elementos de la naturaleza, por otro, concepciones ligadas a la cultura o, por una tercera vía, donde se aborda ese objeto a través de la construcción de un cuadro interpretativo que engloba esas dos dimensiones. En esta investigación, el punto de partida fue colocar el talento deportivo “en movimiento”, es decir, observarlo buscando cierta distancia de explicaciones referentes a demarcaciones biológicas o socioculturales que restringirían sus significados. Esa elección fue construida en la medida en que me aproximé a los debates de Bruno Latour, cuya propuesta nos ayuda a comprender procesos mediados por asociaciones entre humanos y no humanos. Guiándome por esa perspectiva, pasé a operar con una noción de talento “en abierto”, intentando acompañar sus procesos de producción y sus concepciones que, a partir de entonces, podrían “desplazarse” dependiendo de la articulación entre elementos heterogéneos. Ese recorrido fue orientado por la siguiente interrogante: ¿cómo la “noción” de talento se viene produciendo, de qué manera se mantiene y qué produce a partir de su consolidación en determinados colectivos ligados a la Educación Física? Para “seguir” ese objeto pasé a explorar sus rastros en la producción bibliográfica de la Educación Física brasileña, entre leyes y decretos, entre proyectos gubernamentales y, en el período de octubre de 2015 a diciembre de 2016, en el Club Gremio Náutico Unión (GNU), localizado en la ciudad de Porto Alegre, específicamente en los entrenamientos y competiciones de Esgrima, Gimnasia Artística y Natación Sumando la producción del diario de campo, en el cual describía cada día vivido en el GNU y las lecturas en que fui buscando el uso y las movilizaciones de la “noción” de talento, realicé 16 entrevistas con atletas, entrenadores y coordinadores de cada una de esas modalidades. En ese proceso, fui percibiendo que abordar la noción de “talento deportivo” era tener como elemento central un objeto amplio, multifacético y polisémico. Así, establecí dos caminos para seguirlo: el primero se refiere a los vínculos entre el deporte y el Estado; el segundo está relacionado con el día a día del deporte vivido en las modalidades observadas. A través del análisis del material producido en esos caminos formulé un primer capítulo donde propongo una problematización dirigida a “contaminar” la noción de talento deportivo, mostrando sus diferentes posibilidades de conexiones y los trayectos que recorrí para desarrollar esta investigación. En el segundo capítulo, abordo las “fluctuaciones” del talento deportivo en las relaciones entre deporte y Estado y su movilización, que se desplaza entre discursos y protocolos de medidas desarrollados en laboratorios. Por fin, me detuve en los relatos de trayectorias donde la noción de “talento deportivo” se va produciendo a través de la actuación de mediadores en el proceso de formación de atletas de alto rendimiento, lo que fue descrito en el tercer capítulo. A través de esa línea de discusiones pasé a sustentar que el “talento deportivo” se viene coproduciendo por un conjunto de conexiones heterogéneas que son particularizadas en determinados colectivos y es, por lo tanto, un híbrido que pasa a ejercer como un “actor” en la producción de “nuevas” conexiones, en la medida en que la “noción” se va purificando en argumentos naturalizantes.

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