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Tafonomia comparada e paleoecologia dos macroinvertebrados (ênfase em trilobites), da Formação Ponta Grossa (Devoniano, Sub-bacia Apucarana), Estado do Paraná / Not available.Renato Pirani Ghilardi 13 September 2004 (has links)
Foi realizado um minucioso estudo tafonômico e paleoecológico para os trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) e outros macroinvertebrados da Formação Ponta Grossa (?Lochkoviano a Frasniano), do Estado do Paraná. Esse estudo foi fundamentado no arcabouço de estratigrafia de seqüências pré-estabelecido, abrangendo nível de detalhamento de quarta a quinta ordens. Três seções colunares, englobando rochas das seqüências B e C da Formação Ponta Grossa foram examinadas: a- seção 1 (estrada de rodagem entre os quilômetros 224 e 231,5 da PR-092, Jaguariaíva), b- seção 2 (ramal ferroviário Jaguariaíva-Arapoti, entre os quilômetros 2,2 e 6,0) e c- seção 3 (quilômetro 60 da PR-340, que liga Castro a Tibagi, município de Tibagi e afloramentos na estrada que parte de Tibagi em direção a NW, rumo a Telêmaco Borba). Em virtude da escala de detalhe da análise proposta, foi estabelecida uma metodologia inovadora para a coleta dos fósseis. Nas seções estudadas foram elaboradas 27 quadrículas que equivalem, cada uma, a um volume de rocha analisado de cerca de 1,2 \'m POT.3\'. Para cada fóssil coletado nessas são registradas, quando possível, até 60 diferentes informações (tafonômicas, paleoecológicas, estratigráficas e taxonômicas, dentre outras). As análises estatísticas feitas incluíram a técnica exploratória da análise de agrupamento, com a metodologia de Ward (para o agrupamento dentro de cada seção) e SLM (Single Linkage Method), no caso de agrupamentos de fósseis de diferentes seções. No total, foram analisados 660 trilobites, tendo sido reconhecidas duas classes tafonômicas principais: a- Classe I, trilobites articulados, onde todos os segmentos do corpo estão associados formando, assim, um único esclerito. Essa classe inclui as seguintes sub-classes: restos de carcaças estendidas, restos de carcaças enroladas e, restos de carcaças torcidas, e b- Classe II, desarticulados, onde ao menos um dos escleritos corpóreos está dissociado do restante, incluindo as sub-classes: a- restos de carcaças parcialmente desarticuladas, onde ao menos dois escleritos permanecem articulados e b- restos de carcaças desarticuladas, onde há a preservação de apenas um dos escleritos. Os trilobites articulados com a carcaça estendida são restos de organismos mortos fora do processo de muda ou restos de mudas preservados imediatamente após o processo de ecdise sendo seu soterramento rápido e, provavelmente, associado a depósitos de sufocamento, abaixo do nível de base de ondas de tempestade. Os trilobites calmoniídeos articulados com a carcaça enrolada representam uma resposta do organismo ao estresse causado pela sedimentação episódica. Os trilobites desarticulados são grande maioria entre os fósseis analisados, sendo que os parcialmente desarticulados podem ser interpretados como bioclastos ainda nas primeiras etapas de desarticulação. Os trilobites totalmente desarticulados representam o último estágio de desarticulação dos trilobites da Formação Ponta Grossa. Contudo, o grau de desarticulação destes bioclastos não pode ser interpretado como um indicativo apenas da duração de exposição ou de transporte físico, pois o controle básico destes pode ser sedimentológico e/ou morfológico. Em relação à paleoecologia dos trilobites, a ausência de hipóstoma dentre esses organismos da Formação Ponta Grossa indica que essa estrutura não era fundida à dobra cefálica. Essa característica denota hábito alimentar de comedores de partículas orgânicas de fundo. Ainda é possível distinguir padrão de muda salteriano para os trilobites calmoniídeos, assim como para os homalonotídeos. Os calmoniídeos são encontrados, muitas vezes, preservados dessa forma. Já os homalonotídeos, apesar de não possuírem registro desse hábito, demonstram, em muitos espécimes, quebra de somitos torácicos. Tal fato é um forte indício de que esses animais utilizavam como escape corpóreo à junção entre o céfalo e o tórax, tipicamente caracterizado, num padrão salteriano, Por sua vez, com relação às classes tafonômicas e sua distribuição ao longo das seções estudadas, nota-se que os trilobites desarticulados têm seu registro preferencialmente associado a depósitos relativamente mais proximais (porções basais do Trato de Sistemas Transgressivo - TST - da Seqüência B). Já os indivíduos articulados são encontrados também nas porções basais do TST, porém em sedimentos das porções inferiores das parasseqüências (Superfícies de Inundação Marinha - SI). Trilobites completos não são encontrados nos depósitos de sufocamento típicos, pois, com o aumento na taxa de deposição de finos, organismos vágeis ainda têm seu escape possibilitado. Os depósitos referentes às SI, por serem seções mais condensadas temporalmente tendem a preservar elementos de ambas as classes tafonômicas, em grande quantidade e possivelmente com acentuada mistura temporal, com bioclastos autóctones e parautóctones. Em se tratando da Seqüência C, nota-se a ausência de fósseis de trilobites, o que pode representar um artefato tafonômico. Essa seqüência está associada a ambientes mais proximais e, portanto, supostamente menos favoráveis à preservação dos trilobites, especialmente sob condições de baixa taxa de sedimentação. A análise em conjunto dos trilobites com os outros macroinvertebrados também revela padrões de distribuição interessantes ao longo das seções analisadas. A análise paleoecológica dos organismos macrofósseis da Formação Ponta Grossa mostra, por exemplo, que os invertebrados detritívoros, como os da infauna rasa, possuem seus picos de abundância justamente juntos às SI. Possivelmente, isso é decorrência do ambiente menos energético e rico em matéria orgânica que caracteriza as SI. Já os invertebrados suspensívoros, como os bivalves de infauna rasa a moderadamente profunda, são menos freqüentes nas SI, pois esses necessitam, dentre outras, de maior energia do meio para que o aporte de partículas, em suspensão, possa ser filtrado por seus sifões. Os TST da Seqüência B contêm, na sua maioria invertebrados suspensívoros, da epifauna livre. Na Seqüência C, os TST são caracterizados por possuírem uma grande proporção de invertebrados suspensívoros, da infauna rasa a moderadamente profunda, o que demonstra uma alteração da estratégia ecológica entre ambas as seqüências. Os Tratos de Sistemas de Mar Alto da Seqüência B não possuem, até o momento, registro fossilífero enquanto que os da Seqüência C apresentam registro de alto número de Tentaculites. Já na Superfície de Máxima Inundação - SIM - da seção 2 de Jaguariaíva são encontrados apenas fósseis com carapaças quitino-fosfáticas, preferencialmente no interior de concreções carbonáticas. As SIM das Seqüências B e C da seção de Tibagi apresentam sua composição faunística mais rica e diversificada apresentando organismos suspensívoros da epifauna livre (Australocoelia sp., Orbiculoidea sp.), invertebrados suspensívoros da infauna rasa a moderadamente profunda (Lingula sp.) e organismos dentritívoros da epifauna vágeis (calmoniídeos e homalonotídeos). Representam, assim, pulsos de oxigênio, indicando períodos menos anóxicos, e condições um pouco mais energéticas. Deste modo, a distribuição dos macrofósseis de invertebrados nas seqüências B e C da Formação Ponta Grossa está, como um todo, relacionada à variação do nível de base da bacia. Outrossim, o registro pode estar indicando mudanças tafonômicas e não exatamente apenas tróficas. Finalmente, esse estudo reforça a idéia de que a tafonomia e a paleoecologia constituem ambas importantes ferramentas às análises estratigráficas, especialmente quando trabalhando em escalas de extremo detalhe (terceira, quarta e quinta ordens). / A detailed taphonomical and paleoecological study was carried out for the trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) and other macroinvertebrates of the Ponta Grossa Formation (?Lochkovian-Frasnian), Paraná Basin (Apucarana Sub-basin), from the Paraná State. The study was based on the availabie sequence stratigraphy framework, in a scale of fourth to the fifth orders. Three columnar surface sections, including rocks of the Sequences B and C of the Ponta Grossa Formation were examined: a- section 1 (kilometers 224 to 231.5 of the PR-092 highway, Jaguariaíva county), b- section 2 (kilometer 2.2 to 6.0 of the Jaguariaíva-Arapoti raiiroad, Jaguariaíva county) and c- section 3 (kiiomeier 60 of the PR-340, Castro to Tibagi, Tibagi county), and outcrops in the (Tibagi-Telêmaco Borba highway, Tibagi county). Because of the scale of detail of the proposed analysis, a new fossil collecting strategy was employed, including the exam of fossil content of 27 squares, each one corresponding equaiiy to the rock volume of 1.2 m³. Up to sixty different taphonomicai, paleoecological, stratigraphicai and taxonomical information, were recorded for each collected fossil. Statistical analyses included the exploratory technique of grouping analysis, with the methodology of Ward and SIM (Singie Linkage Method). In a total, 660 trilobites were analyzed, and two main taphonomical classes were recognized: a- Class I, articulate trilobites, where all of the segments of the body are associated forming a single sclerite. This class includes the following sub-classes: 1- remains of outstretched carcasses; 2- remains of coiled carcasses, and 3- remains of twisted carcasses. b- Class II, disarticulate trilobites, where at least one of the corporal sclerites is dissociated from the remaining, including the following sub-classes: 1- partially disjointed remains, where at least two sclerites are articulated, and 2- disjointed remains, preserving just one of the sclerites. The articulate trilobites with extended carcasses are remains of dead organisms out of ecdysis process or remains of exuviaes preserved immediately after the ecdysis process. The burial of these remains was rapid, and associated with obrution deposits, below storm wave base probably. The articulated calmoniid trilobites with the enrolled carcasses represent a response of the organism to the stress caused by the episodic sedimentation. The great majority of the analyzed fossils are disjointed trilobites, and the partially disjointed ones can be interpreted as bioclasts in the first stages of disarticulation. The totally disjointed trilobites represent the last stage of disarticulation of Ponta Grossa trilobites. However, the degree of disarticulation of these bioclasts cannot be interpreted as a proxy of physical transport or residence time in the sediment/water interface (or TAZ, Taphonomically Active Zone), because the basic control of these can be sedimentary and/or morphologic. As far as the paleoecology, the absence of hipostome among the studied trilobites indicates that this structure was not fused to the cephalic doublure, suggesting a deposit feeding behavior. It is still possible to distinguish salterian pattern of molting for both group of examined trilobites (calmoniids and homaionotids). Commonly, the calmoniids are preserved according to this pattern. Although this type of molding (Salterian) is unknown among the homalonotids in many of studied specimens the thoracic somites are broken This is a strong evidence that during the molding process, the new organism broken the junction between the cephalon and thorax, which characterize the salterian pattern of molding. The obtained results indicate that regarding the taphonomical classes and the distribution along the studied sections, disarticulated trilobites are preferentially recorded in the basal portions of the Transgressive Systems Tracts (TST) of Sequence B. The articulated trilobites are also found in basal portions of TST, but in rocks of the basal portions of the parasequences (Marine Flooding Surfaces - FS, for example). Complete trilobites are not found in obrution deposits, since their escape of the rapid burial that characterizes that deposits is favored by their vagile mode of life. Deposits of Marine Flooding Surfaces (FS) are condensed; preserving trilobites from the above define taphonomic classes. This is a time-averaged record, including parautochthonous to autochthonous remains. On the other hand, the absence of trilobites in rocks of Sequence C may be a taphonomic artifact. This sequence is associated to more proximal environments and, therefore supposedly less favorable to the preservation of the trilobites especially under conditions of low net sedimentation rate. The simultaneously analysis of the trilobites with the other fossil macroinvertebrates also reveal interesting distribution patterns along the analyzed sections. The paleoecological analysis of the macrofossis of the Ponta Grossa Formation shows, for example, that the abundance peaks of the shallow infaunal and the deposit feeding invertebrates are recorded at the FS. This is because the less energetic environmental conditions and organic rich bottoms that prevail during FS. Conversely, shallow infaunal to moderately deep, suspension-feeding bivalves are less frequent in FS. Epifaunal, suspension-feeding invertebrates are the main constituents of the TST of Sequence B. However, in the TST of the Sequence C, the great majority of fossils are shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding invertebrates, demonstrating differences in the ecological pattern from both sequences. Considering the data gathered, the deposits of the Highstand Systems Tracts of Sequence B are unfossiliferous, whereas those from Sequence C have evidence of abundant Tentaculites. In addition, in the Maximum Flooding Surfaces - MFS - from section 2 of Jaguariaíva, chitinous-phosphatic shells are just found, preferentially inside carbonate concretions. However, the MFS of sequences B and C of the section of Tibagi have a far more rich and diversified fauna, including epifaunal, free-lying, suspension-feeding invertebrates (Austalocoelia sp., Orbiculoidea sp.), shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding brachiopods (Lingula sp.) and vagile, epifaunal, deposit feeders (calmoniids and homalonotids). Hence, they represent oxygen pulses, suggesting less anoxic intervals during the MFS. These results indicate that the distribution of the invertebrate macrofossils in rocks of the Sequence B and C of the Ponta Grossa Formation is, as a whole, controlled by changes in water column. Likewise, those records can be indicative of taphonomic and not necessarily trophic changes, alone. Finally, this research reinforces the idea that both taphonomy and paleoecology are complementary tools to the stratigraphical analyses, especially when working in extreme detail scales (fourth and fifth orders, for example).
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Litotipos, associações faciológicas e sistemas deposicionais da formação Irati no Estado de São PauloJorge Hachiro 29 May 1991 (has links)
Este trabalho tem por finalidade abordar a petrografia e faciologia da formação Irati (P), Grupo Passa Dois, no Estado de São Paulo, através do estudo sistemático de sedimentos procedentes de afloramentos naturais, cortes de estradas, pedreiras e testemunhos de sondagens. De acordo com a ordem de empilhamento observada em seções geológicas regionais, procedeu-se minuciosa descrição petrográfica acompanhada de identificação das estruturas sedimentares e eventuais macrofósseis. Nesta etapa foram importantes as informações encontradas nos perfis litológicos e geofísicos de perfurações que atravessaram a unidade. A caracterização macroscópica e microscópica dos litotipos propiciou, em princípio, a separação em subunidades litoestratigráficas informais, correspondentes a conjuntos de sedimentos reunidos por afinidades de origem e sequência de sedimentação. Esta coluna litoestratigráfica informal baseada em unidades genéticamente relacionadas, permitiu idealizar um modelo preliminar a partir do qual foi possível identificar sete associações de fácies, discriminadas por atributos conferidos pelos processos sedimentares atuantes no sítio deposicional. No contexto sedimentar pós-glacial da bacia do Paraná, dominado por um episódio de transgressão de grande amplitude, foram registradas, nos sedimentos da base do grupo Passa Dois, três ciclos transgressivo-regressivos, de menor ordem, subordinados ao evento principal. O exame acurado da variedade faciológica, resultante da interação entre repetidas oscilações eustáticas e mudanças climáticas, permite pressupor, no Permiano Superior da bacia do Paraná, a existência de vasta área de plataforma coberta por um mar interno do tipo epicontinental. / This paper presents the results of a research made on the petrography and faciology of the Irati Formation (P), Passa Dois Group, in the State of São Paulo. The sedimentary samples were taken from natural outcrops, road cuts, quarries and bore hole cores. Taking into account the observed piling order of regional geologic sections, detailed petrographic descriptions were accompanied by the identification of sedimentary structures and macrofossils eventually found in outcrops. At this stage some important information were obtained from geophysical and litological profiles of holes drilled through the unity. As a result of the macro and microscopic characterization of lithotypes, several informal subunities were initialy conceived. They included sediments connected by similar origin and piling sequence. Seven faciological assemblages were then identified in those informal genetic units. They can be differentiated from each other by attributes pertaining to the domain of the sedimentary processes which were active in the depositional environment. During the extensive transgression episode which prevailed through the postglacial sedimentation of the Paraná Basin three subordinate transgressive-regressive cycles became imprinted in the basal sediments of the Passa Dois Group. The accurate examination of the faciological variety which resulted from repeated eustatic and climatic changes allows one to assume for the Late Permian of the Paraná Basin the existence of a vast platform covered by an inland epicontinental sea.
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Análise estratigráfica do Siluro-Devoniano (Formações Furnas e Ponta Grossa) da Sub-Bacia de Apucarana, Bacia do Paraná, Brasil / not availableSérgio Bergamaschi 03 September 1999 (has links)
O registro Siluro-Devoniano da sub-bacia de Apucarana, Bacia do Paraná (formações Furnas e Ponta Grossa), é constituído por seis sequências deposicionais de 3ª ordem. A sequência A, de presumida idade pridoliana a eo-lochkoviana, compreende os depósitos da Formação Furnas. Nela são reconhecidos depósitos marinho-rasos de antepraia e transicionais (deltaicos e estuarinos), cuja sucessão marca um ciclo transgressivo-regressivo que configura os tratos de sistemas transgressivo e de mar alto. A sequência B (?neolochkoviana a emsiana) assenta-se sobre a superfície transgressiva que limita as formações Furnas e Ponta Grossa, sendo constituída por depósitos marinho-rasos de costa-afora e de shoreface inferior, acumulados sob influência dominante de processos de tempestade. A superfície de inundação máxima desta sequência, formada próximo ao limite Praquiano/Emsiano, apresenta valores máximos de COT em torno de 1,7% e teores relativamente baixos de Zn e Mn, indicativos de condições de anoxia neste intervalo. As sequências C (neo-eifeliana-eo-emsiana), D (eifelianao), E (neo-efeliana-neo-givetiana) tem em comum o fato de apresentarem uma base constituída por corpos arenosos de shoreface. Estes corpos se depositaram em resposta à regressões forçadas que deslocavam a linha de costa grandes distâncias bacia a dentro. Formaram-se, desse modo, os limites inferiores de tais sequências que truncam pelitos de plataforma da sequência anterior. A sequência F (frasniana) é constituída por depósitos marinho-rasos de plataforma externa, que exibem uma tendência regressiva em direção ao topo. Em termos de ciclos de 2ª ordem, os depósitos da formações Furnas e Ponta Grossa são agrupados dentro de um mesma sequência deposicional. Os depósitos da Formação Furnas constituem o registro do trato de sistemas de mar baixo, enquanto que aqueles depósitos da Formação Ponta Grossa situados abaixo da superfície de inundação máxima da sequência, idade neo-givetiana/frasniana, constituem um espesso trato de sistemas transgressivo. Os depósitos regressivos frasnianos, situados acima da superfície de inundação máxima, constituem o trato de sistemas de mar alto. O limite abrupto entre as formações Furnas e Ponta Grossa representa uma superfície transgressiva no ciclo de 2ª ordem, formada presumivelmente próxima ao limite Lochkoviano/Praguiano. / The Silurian-Devonian record of the Apucarana sub-basin, Paraná basin (Furnas and Ponta Grossa formations) is constituted by six 3rd order depositional sequences. Sequence \"A\", of presumed Prindolian to Early Lochkovian age; encompasses the Furnas Formation deposits in which shallow-marine and transitional deposits can be recognized. This succession marks a transgressive-regressive cycle that configures the transgressive and highstand systems tracts. Sequence \"B\" (? Late lochkovian to Emsian age) overlies the transgressive surface that limits the Furnas and Ponta Grossa formations, being constituted by a storm-dominated shoreface and shallow-marine deposits. The maximum flooding surface of this sequence, formed close to the Pragian/Emsian limit, presents maximum COT values around 1.7% and relatively low Zn and Mn contents, showing an anoxic conditions interval. The basal portion of the Sequences \"C\" (Late Eifelian to Early Emsian age), \"D\" (Eifelian age), and \"E\" (Late Eifelian to Late Givetian age) are constituted by shoreface sand bodies. These were deposited in response to the forced regressions displacing the shoreline towards offshore. This process allowed the emplacement of sequences boundaries that truncated the previous shelf politic deposits. Sequence \"F\" is constituted by shallow outer shelf deposits, and displays a regressive tending towards the top. In terms of 2nd order cycles, the deposits of the Furnas and Ponta Grossa formations could be grouped into the same depositional sequence. The Furnas Formation deposits constitute the lowstand systems tract. The deposits of Ponta Grossa Formation located below the maximum flooding surface; of Late Givetian/Frasnian ag, constitutes a thick transgressive systems tract. The Frasnian regressive deposits, located above the maximum flooding surface, constitute a high systems tract. The abrupt limit between the Furnas and Ponta Grossa formations represents the main transgressive surface into a 2nd order cycle, assumed as formed close to the Lochkovian/Pragian limit.
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Corais carboníferos da Amazônia / Not availableIrajá Damiani Pinto 01 June 1972 (has links)
O presente trabalho compreende o estudo de corais carboníferos da Amazônia. Baseou-se fundamentalmente, em material de Bom Jardim e Monte Cristo, pertencente à Universidade de São Paulo. Contou o autor, ainda, com material de Miritituba, pertencente às coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi. Está dividido em duas partes. A primeira inclui: introdução; método de trabalho; terminologia; distribuição geográfica dos corais e fauna associada; considerações sobre os corais registrados para a Formação Itaituba; paleoecologia; significado das faunas de corais, idade e correlação. A segunda versa sobre a taxinomia. A relação dos corais descritos é a seguinte: Tetracoralla: Stereostylus mendesi Pinto, sp. nov.; Stereostylus leinzi Pinto, sp. nov.; Lomphamplexus sp.; Amplexizapherentis petrii Pinto, sp. nov.; Dibunophylloides duncanae Pinto, sp. nov.; Dibunophylloides geiseli Pinto, sp. nov. Tabulata - Multithecopora milanoi Pinto, sp. nov.. Dos registros anteriores, as espécies assinaladas por Katzer, 1903, não foram encontradas. Pelo exame externo do material por ele coletado, e depositado no Museu Paraense Emílio Goeldi, parecem não pertencer aos gêneros assinalados e algumas certamente pertencerão às espécies novas aqui descritas. Quanto à espécie assinalada por Duarte (1938) certamente não pertence ao gênero mencionado. O único coral dos grupos estudados, assinalado para o Grupo Tarma, não corresponde a nenhuma das espécies aqui estudadas. O presente estudo confirma idade Westfaliano C ou D (Desmoinesiano) para os afloramentos de Bom Jardim e talvez pouco mais recente para os de Monte Cristo. / Not available
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Sistema de dobramentos Rio Preto e suas relações com o Cráton do São FranciscoMarcos Egydio-Silva 04 September 1987 (has links)
O sistema de dobramentos Rio Preto é uma unidade de idade brasiliana (~650 m.a.) que bordeja o Cráton do São Francisco em sua porção noroeste. Caracteriza-se por apresentar uma estrutura assimétrica, com dupla vergência (estrutura em leque), sendo que o domínio sul é bem mais desenvolvido e mostra uma clara vergência tectônica para o Cráton do São Francisco. A transição da faixa para o Cráton dá-se de modo progressivo. O domínio norte, mais curto, está inclinado para norte e cavalga o embasamento policíclico do Estado do Piauí, a transição ocorre, portanto, de maneira abrupta. O conjunto metassedimentar do Sistema de Dobramentos do Rio Preto foi submetido a um encurtamento generalizado que varia de 15 a 20% nas unidades externas, as menos deformadas, e mais 50% nas unidades internas. Este encurtamento da cobertura implica em um descolamento geral da estrutura, o qual foi localizado, a título de hipótese, no contato embasamento-cobertura. Os materiais que constituem o Sistema de Dobramentos Rio Preto representam os equivalentes espessados das coberturas da parte superior do Proterozóico Médio (Grupo Espinhaço Superior ou Grupo Chapada Diamantina) e do Proterozóico Superior (Supergrupo São Francisco) do Cráton do São Francisco. Eles são essencialmente detríticos e possuem uma espessura total da ordem de 5.000 a 7.000 metros, segundo os dados gravimétricos. Desta maneira o preenchimento do graben do Rio Preto iniciou-se , como parece ser o caso de muitas faixas brasilianas, ao redor de 1200 m.a.. A formação Riachão das Neves, topo do Grupo Bambuí na região, correlacionada com a Formação Três Marias, a qual é considerada como um depósito molássico no Estado de Minas Gerais, encontra-se no Sistema Rio Preto afetada pela tectogênese brasiliana, que compreende três fases de dobramentos claramente identificáveis. O metamorfismo é do tipo barroviano e varia de grau médio com registros de retrometamorfismo no embasamento gnáissico. Nenhuma granitização foi observada. Estas coberturas foram depositadas em bacias, cujo centro de subsidência migrou no decorrer dos tempos provavelmente para o Sul, em direção ao Cráton do São Francisco, sendo que cada uma destas recobre em discordância cartográfica a borda meridional da precedente. A mais antiga das bacias, o graben do Rio Preto, coincide com uma forte anomalia gravimétrica negativa (-100 mgal) indicando uma espessa acumulação de sedimentos. O modelo geotectônico proposto é aquele de uma bacia instalada sobre uma crosta continental adelgaçada sem contribuição de material do manto. No decorrer da tectogênese brasiliana (700-500 m.a.) a cobertura é descolada e dobrada, enquanto que o embasamento, nesta época, é pouco afetado. Este modelo, de uma maneira geral, é aplicável a muitas faixas brasilianas no Brasil. Sua particularidade é sua dupla vergência com um transporte de material para o Cráton São Francisco (este é o esquema habitual) e para o embasamento que aflora no Estado do Piauí. As causas desta estrutura em leque permanecem mal elucidadas. / The Rio Preto Fold System was originated during the Brasiliano Orogenic Cycle (700-500 my) along the northwest margin of the São Francisco Cráton. It exhibits, as its most relevant tectonic feature , an asymmetric structure with double vergence. The southern domain of the belt is the widest, and clearly shows a southward tectonic vergence towards the São Franc isco Cráton. Metamorphism and deformation gradually decrease towards the cratonic area. The northern domain is narrower and thrusted northward, over an area of policyclic crystalline basement, in the State of Piauí. A general N-S shortening occurred in all metasedimentary units of Rio Preto Fold System. In the less deformed external portion of the system (the southern domain), shortening varies from 15 to 20%, whereas in the internal portion (the northern domain), shortening is about 50-55%, suggesting a generalized process os decollement throughout the region. The Rio Preto Fold System comprizes mainly detritic sediments of the Chapada Diamantina Group and São Francisco Supergroup deposited during mid to late Proterozoic times. These sediments are about 7000-8000 meters in thickeness, according to composite geologic profiles, but their maximum depth is about 7200 meters, if gravimetric data are considered. The Rio Preto Graben was completely filled up around 1200 my ago. The Riachão das Neves Formation, the youngest unit of the Bambuí Group in the region can be correlated to the Três Marias Formation, a molassic deposit characterized in the State of Minas Gerais, and has been folded during the Brasiliano tectogenesis. Three deformational events can be observed for the structural evolution. The sediments were initially deposited in tectonic basins, whose depocenters migrated progressively southwards. The older basin, the Rio Preto Graben is the site of very large gravimetric anomalies (-100 mgals), suggesting thick accumulation of sediments. Regional metamorphism is barrovian, presenting low grade in the southern domain and middle grade in the northern sector of the area, where evidences of retrometamorphism were also detected. The geodynamic model is that of a marginal basin formed on a thinned continental crust, without contribution from material of the mattel, this, a model that can be applied, in the authors opinion, to most folded belts of the Brasiliano/Pan African orogenic cycles, in West Gondwana. The peculiar double tectonic vergence of the Rio Preto folded belt remains without an adequate explanation, at present.
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Sistemas deposicionais e paleogeografia do Subgrupo Itararé (Neopaleozóico da Bacia do Paraná), na região entre Itu e Indaiatuba, SP / Not available.Rodrigo Artur Perino Salvetti 29 June 2005 (has links)
O Subgrupo Itararé contém o mais expressivo registro da glaciação que atingiu a Bacia do Paraná durante o Neopaleozóico. Junto a borda leste da bacia, em especial na área entre Itu e Indaiatuba (SP), este registro é caracterizado essencialmente por depósitos glácio-marinhos, representativos de períodos de mar relativamente mais baixo intercalados com registros de mar relativamente alto. Com base na análise de fácies e suas associações, foram identificadas na área de estudos, oito unidades faciológicas: fácies diamictito compacto; fácies arenito grosso imaturo; fácies conglomerado desestruturado; fácies folhelho homogêneo; fácies folhelho com intercalações silto-arenosas; fácies folhelho rítmico; fácies arenito médio; e fácies diamictito de matriz areno-argilosa, agrupadas em quatro associações de fácies. A partir das associções analisadas, e de suas relações laterais e verticais, foram interpretados quatro sistemas deposicionais principais: sistema subglacial/proglacial; sistema glácio-marinho distal; sistema glácio-marinho proximal; e sistema de leques submarinos. Estes sistemas deposicionais estão articulados na forma de três grandes tratos de sistema: trato de sistema deposicional glacial (sistema subglacial/proglacial); trato de sistema deposicional marinho profundo (sistemas glácio-marinho distal e de leques submarinos); e trato de sistema deposicional marinho raso (sistema glácio-marinho proximal). Não há evidências, na área de estudos, da presença de sistemas deposicionais tipicamente terrestres. A evolução paleogeográfica interpretada para a área de estudos leva em consideração uma área topograficamente irregular, intensamente escavada pelos sucessivos avanços da geleira, quando se formariam os depósitos subglaciais. Com o recuo do gelo, o mar avança rapidamente sobre as regiões deprimidas, formando um grande corpo de água marinha. Áreas mais altas serviriam como fonte para sedimentos grossos e fluxos gravitacionais de massa, dando origem ao sistema de leques submarinos. Nas áreas protegidas das correntes litorâneas e da ação de ondas mais intensas, depositam-se folhelhos rítmicos. A fase de regressão marinha, devida tanto a compensação glácio-isostática como ao recrudescimento das condições glaciais, permite a progradação de corpos arenosos deltáicos na porção sul da área de estudos, e fluxos arenosos subaquosos na porção norte. / The Itararé Subgroup contains the more expressive record of the glaciation that reached the Parana Basin during the Neopaleozoic. Near to the east margin of the basin, in special in the area between Itu and Indaiatuba (SP), the sedimentary sucession is characterized essentially by glaciomarine deposits representative of alternated periods of low and high sea-level. Eight facies has been indentified: compact diamictite; immature coarse sandstone; strutureless conglomerate; homogeneous shale; shale with silte-sandstones intercalations; rhythmic shale; fine to medium sandstones; and sand-argillaceous diamictites. From the characteristics of the as well as this lateral and vertical relations, four main deposicionais systems had been interpreted: subglacial/proglacial system; distal glaciomarine system; proximal glaciomarine system; and submarine fans system. These deposicional systems are articulated in in three systems tracts: glacial deposicional system tract (subglacial/proglacial system); deep marine deposicional system tract (distal glaciomarine and of submarine fans systems); proximal marine system tract (proximal glaciomarine system). It does not have evidences, in the area of studies, of the formation of typically terrestrial deposicionais systems. The interpreted paleogeografy of the area takes in consideration a topografically irregular area, intensely excavated by the successive advances of the glacier, when the subglacial deposits were formed. With the retreat of the ice, the sea advances quickly on the depressed regions, forming a great sea water body. Higher areas would serve as source for coarse sediments and gravitational sedimentary flows in a submarine fan system. In the protected areas of littoral the deposition of rhythmic shales occurred. The phase of sea regression as a result of the glacio-isostatic compensation as well as the intensification of the glacial conditions, allows the subaquous progradation of deltaic sand bodies in the south portion of the area, and sand debris flows in the north portion of the studied area.
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Seqüências siluro-devoniana e eocarbonífera da Bacia do Parnaíba, Brasil, como análogos para a explotação de hidrocarbonetosHugo Santos, Victor January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / No presente estudo sobre as seqüências devoniana e eocarbonífera aflorantes da
Bacia do Parnaíba, como subsídio análogo para o entendimento de possíveis
rochas-reservatório de hidrocarbonetos, foram estudados dez afloramentos
localizados na região central do Estado do Piauí, geologicamente inseridos na
borda sudeste da Bacia do Parnaíba. Três afloramentos mostram estratos silurianos
do Grupo Serra Grande (Ipú 1, Jaicós 1 e 3) e os demais exibem camadas do
devoniano ao eocarboníferas do Grupo Canindé (Itaim/ Pimenteiras 1 e 2, Cabeças
1 e 2, Poti 1, 2 e 3). As seqüências sedimentares aflorantes confirmam a existência
de dois ciclos sedimentares distintos ocorridos na Bacia, comandados por variações
de níveis eustáticos de um mar interior: uma seqüência devoniana e uma seqüência
devoniano-eocarbonífera. A seqüência devoniana está representada pela
Formação Cabeças, depositada em ambiente transicional de frente deltaica
proximal, dominado por fácies canalizadas e sigmoidais. A seqüência devonianoeocarbonífera
compõe uma mesma sucessão deposicional de plataforma marinha
rasa flúvio-deltaica, onde as fácies mais proximais pertencem à Formação Poti e, as
mais distais, à Formação Longá. A Formação Poti foi depositada sob sistema fluvial
meandrante em extensa planície de inundação com certa influência marinha e de
tempestades. Oito fácies sedimentares foram identificadas: conglomerados
suportados por clastos (Gcm), arenitos com estratificação cruzada de baixo ângulo
(Sl), arenitos com estratificação cruzada planar (Sp), arenitos com estratificação
cruzada acanalada/festonada (St), arenitos com marcas de ondas ou hummocky
(Sr), arenitos com estratificação planoparalela ou climbing ripples (Sh) e siltitos a
arenitos muito finos estratificados e com acamamento ondulado (Fl). A Formação
Ipú, visualizada no afloramento IP-1, apresenta quatro fácies de uma fase
eminentemente clástica de barras longitudinais de leitos fluviais entrelaçados de um
fandelta submerso. A Formação Jaicós, com grande continuidade lateral e
geometria geralmente tabular, foi analisada em dois afloramento (JC-1e JC-2),
mostrando quatro diferentes fácies de um canal fluvial primário de baixa energia
com migração de barras longitudinais truncadas por canais rasos. As formações
Itaim-Pimenteiras apresentam cinco fácies areníticas: no afloramento ITP-1 sugerem
uma deposição em frente deltaica de retrogradante a progradante de alta
energia, e no afloramento ITP-2, com a maior variedade faciológica na seqüência
do Grupo Canindé, uma deposição estuarina de regiões costeiras com interferência
de correntes de baixa energia. A Formação Cabeças, analisada em doisafloramentos de ampla continuidade lateral (CAB-1 e CAB-2), mostrou três fácies
arenosas atribuídas à deposição em planície deltaica com canais distributários
ativos, em barras de embocadura e com lobos migrando em direção ao centro da
bacia. E a seqüência regressiva entre as formações Longá e Poti foi avaliada em
três extensos afloramentos PT-1, PT-2 e PT-3, revelando quatro fácies relacionadas a
um ambiente fluvial meandrante com acreção lateral de barras, e periódicas
variações da velocidade de correntes. Três tipos principais de sistemas
deposicionais foram identificados por: depósitos plataformais constituídos por pelitos
laminados e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky e plano-paralela
(em todas as unidades estratigráficas); depósitos litorâneos de arenitos finos a
médios com estratificação cruzada sigmoidal, ritmitos relacionados a planícies de
maré, arenitos bioturbados e siltitos com laminação plano-paralela (formações
Itaim, Cabeças e Poti); e depósitos fluviais principalmente do tipo anastomosado
compostos por arenitos grossos a conglomeráticos com estratificação cruzada
acanalada de barras e dunas em sistema sub-aquoso entrelaçado (formações
Jaicós e Poti). A correlação de afloramentos com perfis de RG possibilitou a
identificação de 52 marcos elétricos ou estratigráficos, definindo-se também três
seqüências deposicionais (da base para o topo): devoniana (do marco Jaic até o
M200), devoniano-eocarbonífera (do marco M200 até abaixo do M015), e
eocarbonífera (do marco M015 até o M010). A seqüência devoniana mostra um
intervalo transgressivo, correspondendo à Formação Itaim e parte da Formação
Pimenteiras, e um intervalo regressivo, correspondente às formações Pimenteiras e
Cabeças. É possível individualizar conjuntos de parasseqüências que correspondem
a uma seqüência vertical de fácies tempestíticas do tipo shoaling upward, sendo
frequentemente recobertas por um folhelho radioativo correspondente à superfície
de inundação da parasseqüência. A seqüência devoniano-eocarbonífera
apresenta um intervalo transgressivo corresponde à metade inferior da Formação
Longá e é formado por duas parasseqüências que representam sistemas
deposicionais de plataformas dominadas por tempestades. O intervalo regressivo
corresponde à Formação Poti, onde são individualizados dois conjuntos de
parasseqüências. Uma simulação numérica sintética dos dados adquiridos no
presente estudo demonstra que a análise faciológica detalhada de afloramentos
pode oferecer subsídios bastante interessantes na investigação de reservatórios
análogos de hidrocarbonetos
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Análise e correlação de seqüências de 3a ordem do Subgrupo Itararé (PC), entre a região de Sorocaba-Itapetininga, SP, e a região ao sul do Arco de Ponta Grossa, Bacia do Paraná, Brasil / 3rd order sequence stratigraphy of Itararé Subgroup (Neopaleozoic), within Sorocaba - Itapetininga (SP) and the south area of Ponta Grossa Arch, Parana Basin, BrazilVieira, Gabriel Luiz Perez 21 August 2007 (has links)
O Subgrupo Itararé apresenta o registro sedimentar mais expressivo da glaciação que assolou a Bacia do Paraná durante o Neopaleozóico. Próximo à borda leste da bacia, em especial na área do estudo, entre os municípios de Sorocaba e Itapetininga, este registro é caracterizado basicamente por depósitos glaciomarinhos, representativos de períodos de mar relativamente mais baixo intercalados com registros de mar relativamente alto. Através da definição e análise de fácies foi possível identificar, na área do estudo, 15 (quinze) unidades faciológicas: Diamictito maciço compactado, Diamictito maciço não compactado, Diamictito maciço compactado deformado, Diamictito tabular, Diamictito lenticular, Arenito maciço tabular, Arenito maciço lenticular, Arenito com estratificação gradacional, Arenito com estratificação cruzada e granodecrescência ascendente, Arenito com estratificação cruzada de baixo ângulo e truncamentos, Siltito maciço, Siltito maciço com clastos dispersos, Folhelho ou argilito maciço, Folhelho ou argilito maciço, com clastos dispersos e Interlaminado. A análise dessas fácies, bem como seu agrupamento em associações diagnósticas (AF1, AF2, AF3 e AF4), permitiu o reconhecimento de tratos de sistemas deposicionais, TSMB, TST, TSMA e TSRGi, os quais, por sua vez, levaram à identificação de 9 (nove) seqüências de 3ª ordem, que permitiram o estabelecimento um arcabouço cronoestratigráfico para os sedimentos do Subgrupo Itararé, ao longo do perfil selecionado na área do estudo. Para se realizar a correlação pretendida entre os sedimentos do Subgrupo Itararé na área do estudo e os aflorantes na região localizada ao sul do Arco de Ponta Grossa no Paraná e Santa Catarina, foram identificados planos ou horizontes que podem ser utilizados, segundo suas características, como datum litoestratigráfico e datum bioestratigráfico. Os resultados das análises palinológicas, bem como os próprios dados físicos de superfície, demonstraram confiabilidade e viabilidade de correlação. A análise petrográfica efetuada em quatro amostras de arenitos revelou porosidades da ordem de 8 a 13%, o que permitiu caracterizar esses sedimentos como potencialmente bons para reservatórios relativamente a hidrocarbonetos ou aqüíferos. / The Itararé Subgroup (Carboniferous-Permian) of the Paraná Basin of southeastern Brazil contains the thickest, most extensive and one of the longest records of late Paleozoic glaciation in all of the Gondwana supercontinent. In the studied area, situated between the cities of Sorocaba and Itapetininga, São Paulo State, this record is characterized by glaciomarine sediments depicting intercalation of periods of high and low relative sea-level. Facies analysis of the glacigenic sediments allowed the identification of 15 lithofacie units: compact massive diamictite, massive non compact diamictite, massive non compact deformed diamictite, tabular diamictite, lenticular diamictite, massive tabular sandstone, massive lenticular sandstone, sandstone with gradational bedding, sandstone with cross bedding and normal grading, sandstone with low angle cross bedding and truncations, massive siltstone, massive siltstone with clasts, massive shale or mudstone, massive shale or mudstone with dispersed clasts and laminites. The analysis of facies and their clustering into the associations AF1, AF2, AF3 and AF4 enabled the identification of the systems tracts TSMB, TST, TSMA and TSRGi and 9 sequences of 3rd order. These provided the base to set up a local chronostratigraphic framework for the Itararé Subgroup in the studied area. In view of the possibility of correlation between the sediments of the studied area and those outcropping in the south of the Ponta Grossa arch, in the States of Paraná and Santa Catarina, some datum planes were determined. The results of the palinological analysis as well as the surface data surveyed pointed out that this correlation is feasible. Petrographic analysis of 4 samples of sandstones indicated porosities between 8 and 13 % which characterize them as potentially reservoirs for water and hydrocarbon.
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Caracterização geoquímica e efeito térmico de intrusão de diabásio na matéria orgânica da Formação Irati, poço FP-12-SP, bacia do Paraná / Caracterização geoquímica e efeito térmico de intrusão de diabásio na matéria orgânica da Formação Irati, poço FP-12-SP, bacia do Paraná / Organic geochemistry characterization and thermal effect of diabase intrusions on organic matter of the Irati Formation, wel FP-12_SP, Bacia do Paraná / Organic geochemistry characterization and thermal effect of diabase intrusions on organic matter of the Irati Formation, wel FP-12_SP, Bacia do ParanáIngrid Alves Seifert 10 April 2013 (has links)
Agência Nacional do Petróleo / O estudo visou à caracterização geoquímica orgânica detalhada (carbono orgânico total, resíduo insolúvel, enxofre, pirólise Rock-Eval e biomarcadores) da Formação Irati através do furo pioneiro FP-12-SP localizado próximo da região de Anhembi (SP), e à análise das alterações destes parâmetros devido ao efeito térmico de intrusões de diabásio. A partir destes dados definiu-se 8 (oito) unidades quimioestratigráficas, determinou se o potencial gerador de cada unidade, o tipo de querogênio e a assinatura geoquímica através de parâmetros dos biomarcadores saturados e, por último, indicou-se as alterações causadas pelo efeito térmico de intrusivas nos sedimentos. O Membro Taquaral possui baixo teor de carbono orgânico total, querogênio tipo III/IV, com alta proporção de alcanos lineares e cicloalcanos, predominância dos esteranos C27 em relação ao C29, com indicações de ambiente marinho com salinidade normal. O Membro Assistência é caracterizado por apresentar valores de carbono orgânico total relativamente alto com aumento para o topo, intercalação de níveis siliciclásticos com carbonáticos, potencial gerador que chega a excelente e índice de hidrogênio predominante para óleo e condensado, baixa proporção de n-alcanos em relação aos cicloalcanos e alcanos ramificados, aparecimento do gamacerano, indicando ambiente marinho hipersalino com afogamento para o topo. O efeito térmico é visto a partir de 3 metros abaixo e 10 metros acima da soleira com maturação da matéria orgânica nos 9,5m mais próximos da soleira. A propagação de calor acima da soleira foi maior do que abaixo devido à diferença de condutividade térmica entre o carbonato e o folhelho, onde a máxima restrição com o aumento da salinidade na Unidade Quimioestratigráfica E, indicada pela presença de gamacerano, pode ter amplificado a passagem de calor para o topo. / The study aimed to detailed organic geochemistry characterization (total organic carbon, insoluble residue, sulfur , Rock-Eval pyrolysis and biomarkers) of the Irati Formation through pioneering well FP-12-SP located near the region of Anhembi (SP), and to analysis of changes in these parameters due to the thermal effect of diabase intrusions. From these data it was defined eight (8) chemostratigraphic units, as well as the potential generator of each unit, the type of kerogen and geochemical parameters through the saturated biomarkers, and, finally, it was indicated the changes caused by thermal effect of intrusives on sediments. The Taquaral Member has low content of total organic carbon, kerogen type III/IV, with a high proportion of linear alkanes and cycloalkanes, predominance of C27 steranes compared to C29, with indications of marine environment with normal salinity. The Member Assistência is characterized by relatively high levels of total organic carbon increasing to the top, interleaving siliciclastic levels with carbonate, generation potential reaching excellent and hydrogen index predominant to oil and condensate, low proportion of n-alkanes relative to cycloalkanes and branched alkanes and gammacerane indicating hypersaline marine environment with drowning to the top. The thermal effect is seen from 3 meters below and 10 meters above the sill with maturation of the organic matter at 9.5 m from the nearest sill. The propagation of heat above the threshold was higher than below due to difference in thermal conductivity between the shale and carbonate, where the maximum constraint with increasing salinity in Chemostratigraphic Unit E, indicated by the presence of gammacerane, may have amplified the passage of heat to the top.
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Análise estratigráfica do intervalo siluro-devoniano da bacia do Amazonas / Stratigraphic analysis of silurian-devonian interval of the Amazon basinWerlem Holanda dos Santos 02 April 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O trabalho consiste na análise estratigráfica do intervalo siluro-devoniano da Bacia do Amazonas utilizando como base os conceitos da Estratigrafia Moderna, mais especificamente a sequência estratigráfica genética, proposta por Galloway (1989), a qual utiliza as superfícies de inundação marinha como os limites de uma sequência sedimentar. A principal razão para a utilização desta metodologia deve-se ao fato que o conteúdo rochoso compreendido no intervalo estudado teve a sua sedimentação relacionada às transgressões marinhas que faziam parte do contexto paleogeográfico da bacia durante o Siluriano e Devoniano. Desta forma, as superfícies de inundação máxima, representativas de eventos cronoestratigráficos, destacam-se nos perfis de raios gama e são tomadas como datum de correlação em treze poços exploratórios, os quais foram distribuídos em quatro seções (A-A, B-B, C-C e D-D) pela bacia. A análise destas seções permitiu a identificação de quatro sequências de terceira ordem (AB, BC, CD e DE), limitadas no topo e na base por superfícies de inundação marinha. Cada sequência é constituída por ciclos regressivo-transgressivos assimétricos, representados pelo trato de sistemas de mar alto e pelo trato de sistemas transgressivo. A análise destas seções integrada à interpretação de mapas estratigráficos (isópacas, isólitas e porcentagem de areias) possibilitou identificar o depocentro da bacia, bem como duas áreas principais como fonte de sedimentos arenosos (uma a oeste e outra a sul). Além disto, foi possível inferir que a comunicação marinha com o continente, durante as transgressões paleozoicas, responsável pela deposição de sedimentos pelíticos, seguiu uma orientação de norte para sul, evoluindo obliquamente em direção ao continente num trend nordeste para sudoeste. Por fim, a partir da análise cíclica em perfis de raios gama, as superfícies de inundação marinha, do intervalo Devoniano, das bacias do Amazonas e Parnaíba foram correlacionadas.
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