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Estudo de cinética de viremia do vírus dengue sorotipo 3 em formas clínicas da dengue com diferentes níveis de gravidade / Study of viraemia kinetics of serotype 3 dengue virus in dengue clinical forms with different severity levelsSilva, Ana Maria da January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Estudos que relacionam a cinética de viremia, o estado de imunidade do hospedeiro e as formas clínicas da dengue são importantes para uma melhor compreensão da patogênese da doença. A quantificação da magnitude da replicação viral é fundamental no entendimento da progressão da doença para formas clínicas mais graves. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de estudar a cinética de viremia do vírus dengue sorotipo 3 (DENV-3) nos diferentes tipos de infecção e formas clínicas. Dois kits (DSSS-P26 e DSSS-P29), específicos para detecção e determinação da carga viral do DENV-3 por PCR em tempo real, foram testados e validados, sendo escolhido e utilizado o kit DSSS-P29 que apresentou um limite de detecção de 10 cópias de RNA. Foram analisadas 314 amostras de soro seqüenciais de 85 pacientes, além de 209 primeiras amostras coletadas na fase aguda (período febril). Os níveis de viremia foram os mesmos em infecções primárias e secundárias e diferentes formas clínicas, quando analisadas amostras seqüenciais. O tempo mediano de duração da viremia foi de 10 dias. A carga viral máxima foi observada entre o primeiro e o terceiro dia após o início dos sintomas. Foi detectada viremia após a defervescência em todas as formas clínicas. A redução dos níveis de plaquetas foi mais acentuada nas infecções primárias, com valores mais baixos entre o quinto e o sétimo dia de início dos sintomas. Além disso, os valores de transaminase glutâmico oxalacética (TGO) foram mais elevados que os de transaminase glutâmico pirúvica (TGP) em amostras coletadas até oito dias de início dos sintomas, em infecções secundárias e na forma clínica dengue clássica complicada, embora a TGP tenha permanecido alterada por mais tempo. Os níveis de viremia foram mais elevados nas formas mais graves (febre hemorrágica da dengue e dengue clássica complicada) que em dengue clássica (p0,0001), quando analisada a primeira amostra de cada paciente, coletada na fase febril. Os níveis de carga viral e cinética de viremia nas amostras analisadas não possibilitaram predizer a gravidade da dengue
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Aspectos clínicos e epidemiológicos do dengue hemorrágico no Ceará, no período de 1994 a 2006 / Clinical and epidemiological aspects of hemorrhagic dengue in Ceará in the period 1994 to 2006Vilar, Dina Cortez Lima Feitosa January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Casos de dengue hemorrágico começaram a ser notificados no Estado do Ceará em 1994, com letalidade elevada. O objetivo desse trabalho foi analisar as características clinicas e epidemiológicas dos casos de dengue hemorrágico no Ceará, no período de 1994 a 2006, buscando fatores associados à ocorrência de casos graves e óbitos. Foram analisados 868 casos confirmados pela Secretaria da Saúde do Ceará, que apresentaram início dos sintomas entre 1º de Janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 2006. As análises foram realizadas utilizando os programas Terra View, Epi-Info 6.0 e Stata. Houve um aumento significativo no percentual de casos de dengue hemorrágico em relação aos casos clássicos, passando de 0,05 por cento em 1994 para 0,67 por cento em 2006. A letalidade no período foi de 10,7 por cento, variando de 6,8 a 75,0 por cento. O número de municípios com casos hemorrágicos passou de 3 em 1994 para 36 em 2003. A maioria dos casos (64 por cento) foram confirmados na capital. Não houve diferença significativa entre os sexos. Foi observado um aumento de casos em menores de 12 anos (p menor ou igual a 0,000), e uma diminuição nos maiores de 19 anos. As manifestações hemorrágicas mais freqüentes foram petéquias (40 por cento), gengivorragia (18,7 por cento) e sangramento gastrointestinal (17,3 por cento). A prova do laço foi realizada em 52,5 por cento dos pacientes e positiva em 36,5 por cento do total de casos. O sinal de alerta mais freqüente foi a dor abdominal (48,3 por cento). Os pacientes do interior apresentaram maior percentual de choque, com 20 por cento e na capital 11,9 por cento (p=0,007). A letalidade foi maior nos pacientes residentes do interior, com 16,1vpor cento na capital e 9,6 (p=0,016). / A média dos valores de hematócrito foi mais elevada nos pacientes que evoluíam para cura com 41,6 por cento e os valores médios de menor contagem de plaquetas foram menores nos que evoluíram para óbito com 41.400 por mm3 enquanto que nos que sobreviveram foi de 51.063 por mm3. Percebeu-se um agravamento da situação epidemiológica no Estado, com destaque para Fortaleza aumento da proporção de casos graves em relação aos casos de dengue clássico e um aumento dos casos nas faixas etárias mais jovens. Sugere-se a realização de estudos com o objetivo de determinar valor prognóstico dos fatores associados ao óbito encontrados.
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Dengue com complicações no Estado da Bahia: uma revisão a luz dos critérios da OMS (1997 e 2009).Lima, Maria Cristina Aguiar 01 April 2010 (has links)
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Diss MP Maria Cristina Aguiar Lima. 2010.pdf: 701637 bytes, checksum: 958fbfe399cafe951de515c1c37529bf (MD5) / O Dengue é uma das doenças infecciosas de maior relevância na atualidade, cuja
forma mais grave, a Febre Hemorrágica do Dengue (FHD), constitui-se uma das principais
causas de hospitalização e morte em crianças, em países endêmicos, um importante problema
de Saúde Pública para o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a década de
1970, recomenda critérios para classificação e confirmação da doença, no entanto os critérios para confirmação de FHD, recomendados a partir de 1997, são considerados rígidos, excluindo casos das estimativas da doença. O Ministério da Saúde brasileiro, buscando identificar todas as formas graves da doença, incluiu a esta classificação mais uma categoria
denominada: Dengue com complicações (DCC). Em novembro de 2009, a OMS publicou
uma nova classificação da doença em duas formas principais: Dengue e Dengue Severo e uma forma intermediária, denominada Dengue com Sinais de Alarme. Este estudo tem por objetivo conhecer o perfil clínico – epidemiológico dos casos de Dengue com Complicações no Estado da Bahia, qual a proporção desses casos que se enquadraria de fato como FHD bem como Dengue Severo e finalmente verificar, à luz da classificação da OMS, quais os critérios de FHD não foram atendidos. Utilizou-se estudo descritivo de todos os 2.138 casos de DCC, que epresentaram 2,3% das 91.441 notificações de dengue em residentes no Estado da Bahia entre 2007 e 2009. Analisou-se as variáveis: sexo; faixa etária; raça/cor; escolaridade; as
manifestações clínicas: hemorragias, extravasamento plasmático, trombocitopenia; tipos de complicações: alterações neurológicas, disfunção cardiorrespiratória, insuficiência hepática, derrames cavitários, hemorragia digestiva, leucometria; sorologia (IgM); classificação final,hospitalização e óbito. Verificou-se a concordância entre os casos de DCC com definições de FHD e Dengue Severo, calculou-se coeficientes de incidência, letalidade e hospitalização. Os
resultados revelaram concordância em 13,0% dos casos de DCC com a definição de FHD; em
33,4% com Dengue Severo e elevação em 38% dos casos de FHD no período após revisão da
classificação final encontrada no SINAN. Conclui-se que os casos de DCC representam um
número expressivo de casos graves da doença, que a rigidez dos critérios da classificação da OMS de 1997, excluiu casos de FHD das estimativas estaduais e que a atual definição de Dengue Severo e Dengue com Sinais de Alarme aumentará a sensibilidade na identificação dos casos mais graves da doença.
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Fatores de risco para complicações por dengue em menores de 15 anos no município de Goiânia / Risk factors for complications for dengue in less than 15 years old in Goiânia, Central BrazilMarques , Solomar Martins 26 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-26 / Introduction: In the 21st century, Brazil has become the country with the highest number of cases of dengue in the world, with a wide distribution of Aedes aegypti in all regions and simultaneous circulation of the four serotypes. The identification of the four serotypes is confirmed in Goiânia, which is among the municipalities and cities with the highest concentration of reported cases. Objective: To identify clinical and laboratory markers associated with complications and severe forms of dengue in Goiania, from 2001 to 2011. Methods: A case-control study in which the cases are severe forms (DHF and CCD) and the controls are patients with CD. Secondary data from the Information System for Notifiable Diseases (Sinan) was used, Brazilian Ministry of Health. Verification of consistency, checking and data analysis was performed by the SPSS 20.0 program. Results: 3359 patients aged under 15 years were laboratory confirmed as dengue, with 349 cases and 3010 controls. It did not differ by gender. It is noted an increased tendency to severity, over the years (X2 for trend = 19.03, p <0.0001). Regarding age, the greatest risk of severe forms strata was 5-9 years old (OR 2.32, 95% CI 1.28 to 4.03) and 10 to 14 years old (OR 2.08, 95% CI 1.50 to 2.89). Discussion: Abdominal pain, hypotension and hemorrhagic phenomena such as petechiae, epistaxis and gastrointestinal bleeding were significantly associated with severity after logistic regression. Regarding the laboratory tests available, hemoconcentration, thrombocytopenia and tourniquet test had statistically significant association with CCD and HDF. We identified 10 patients with neurological complications, including 2 deaths. Conclusions: detailed clinical assessment and collection of blood counts are strongly suggested for all patients in the pediatric age group. This study contributed to consolidate the classical signs and ordinary laboratories as important instruments in both the diagnosis, the prognosis of children and adolescents with dengue disease. / Introdução: No século 21, o Brasil se tornou o país com maior número de casos relatados de dengue no mundo, com ampla distribuição do Aedes aegypti em todas as regiões e circulação simultânea dos quatro sorotipos. Goiânia tem confirmada a identificação dos quatro sorotipos e se encontra entre os municípios e localidades com maior concentração de casos notificados. Objetivo: Identificar marcadores clínicos e laboratoriais associados a formas graves de dengue em menores de quinze anos de idade, na cidade de Goiânia, de 2001 a 2011. Métodos: estudo caso-controle, onde Casos são definidos como formas graves (DCC e FHD) e os Controles, pacientes com DC. Utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Feita verificação da consistência, checagem e análise de dados, pelo programa SPSS 20. Resultados: 3.359 menores de 15 anos foram confirmados laboratorialmente como dengue, sendo 349 casos e 3.010 controles. Não apresentaram diferenças quanto ao sexo. Nota-se incremento da tendência de gravidade, ao longo dos anos (X2 p/tendência= 19,03; p<0,0001). Quanto à idade, o maior risco de formas graves foi nos estratos de 5 a 9 anos (OR 2,32; IC95% 1,28 - 4,03) e 10 a 14 anos (OR 2,08; IC95%1,50 - 2,89). Discussão: Dor abdominal, hipotensão e fenômenos hemorrágicos como petéquias, epistaxe e sangramento gastrointestinal tiveram associação estatisticamente significante com gravidade após regressão logística. Respectivo aos exames laboratoriais disponíveis, hemoconcentração, plaquetopenia e prova do laço tiveram associação estatisticamente significante com FHD e DCC. Foram identificados 10 pacientes com complicação neurológica, sendo dois óbitos. Conclusões: avaliação clínica minuciosa e a coleta de hemograma são fortemente sugeridas em todos os pacientes na faixa etária pediátrica. Este trabalho contribuiu para consolidar os sinais clínicos clássicos e os laboratoriais básicos como importantes ferramentas auxiliares, tanto no diagnóstico, quanto no prognóstico de crianças e adolescentes com dengue.
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Perfil clínico-epidemiológico da dengue em menores de 15 anos de idade, no município de Goiânia Goiás. / Clinical and epidemiological profile of dengue fever in children under 15 years old, in Goiânia GoiásROCHA, Benigno Alberto Moraes 29 February 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-02-29 / In Brazil, dengue is present in almost all states and territories, with a circulation of three different serotypes (DEN 1, DEN 2 and DEN 3), resulting in about 500 000 cases reported in 2007 (PAHO 2008; MS / SVS 2008a). This dissertation consists of a literature review, with emphasis on the epidemiology of dengue in Brazil and two articles that are designed to analyze the clinical and epidemiological characteristics of this condition, focusing on children under 15 years old, in Goiânia. The first article provides a profile analysis 59. 157 reported cases of dengue (SINAN), in Goiania, from 2001 to 2006. It also presents a reliability evaluation of the clinical classification of dengue, as recorded in the SINAN, compared with a revised classification proposed by the authors. There was an increase of dengue fever with complications or Dengue hemorrhagic fever in all age groups (p <0.05), children showed more hemorrhagic manifestations, however, no difference in the proportion of severe cases among adults and children. The results showed a low capacity of the surveillance system for classifying cases potentially serious in children under 15 years old (Kappa = 0.22;
95% CI 0.20 to 0.24). The second article examines 162 children under 15 years with acute febrile illness suggestive of dengue fever, attended from 2005 to 2006. We collected blood samples for detection of IgM anti-dengue (MAC-ELISA), molecular biology test (RT-PCR) and virus isolation. Half the cases were
laboratory confirmed by serology and 84 and five by RT-PCR and / or virus isolation and identification of DEN 3 in all. Myalgia, arthralgia, rash, thrombocytopenia and leukopenia were more frequent among confirmed cases (p <0.05). PPV and NPV for suspected dengue cases, by clinical criteria, were respectively 54.8% and 40.0%. Recommended clinical criteria for diagnosis of dengue were reluctant for this specific age group, even in a region of high endemicity. / No Brasil, a dengue esta presente em quase todos os estados e
territórios, com circulação de três sorotipos diferentes (DEN 1, DEN 2 e DEN 3), resultando em cerca de 500 mil casos notificados, em 2007 (PAHO 2008; MS/SVS 2008a).
A presente dissertação de mestrado é composta por uma revisão da literatura, com ênfase na epidemiologia da dengue no Brasil e por dois artigos que se propõem analisar as características clínicas e epidemiológicas desse agravo, com enfoque em menores de 15 anos de idade, em Goiânia. O primeiro artigo traz uma análise do perfil de 59. 157 casos notificados de dengue (SINAN), em Goiânia, de 2001 a 2006. Apresenta, também, uma avaliação da confiabilidade da classificação clínica de dengue, conforme registrada no SINAN, em comparação com uma classificação revisada, propostas pelos autores. Houve aumento de dengue com complicação ou
dengue hemorrágica, em todas as faixas etárias (p<0,05), Crianças apresentaram mais manifestações hemorrágicas, entretanto, não houve diferença na proporção de formas graves entre adultos e crianças. Foi evidenciada uma baixa capacidade do sistema de vigilância para classificar casos potencialmente graves, em menores de 15 anos de idade (Kappa = 0,22;
IC95% 0,20-0,24). O segundo artigo analisa 162 menores de 15 anos, com quadro febril agudo, sugestivo de dengue, atendidas entre 2005 a 2006. Foram colhidas amostras de sangue para detecção de IgM anti-dengue (MAC-ELISA); teste de biologia molecular (RT-PCR) e isolamento viral. Metade dos casos foram
confirmados laboratorialmente, sendo 84 por sorologia e cinco por RT-PCR e/ou isolamento viral, com identificação de DEN 3 em todos eles. Mialgia,artralgia, exantema, plaquetopenia e leucopenia foram mais freqüentes entre os casos confirmados (p< 0,05). VPP e VPN para casos suspeitos de dengue, pelos critérios clínicos, foram, respectivamente, de 54,8% e 40,0%. Critérios clínicos preconizados para o diagnóstico de dengue mostraram-se pouco específicos para esta faixa etária, mesmo em região de alta endemicidade.
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Características sociodemográficas e fatores relacionados à assistência dos casos de dengue ocorridos em Vitória no ano de 2011Vicente, Creuza Rachel 15 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-15 / Introdução: A ocorrência da dengue sofre influência do comportamento, estrutura social e distribuição da população e sua transmissão pode variar de acordo com as áreas do município. Seu prognóstico depende do diagnóstico precoce e da imediata instituição do tratamento. Este estudo avalia fatores associados à ocorrência da dengue, enfatizando a distribuição territorial e os relacionados à dengue grave. Métodos: Foram realizados dois estudos, sendo um
transversal e outro retrospectivo, sobre a totalidade dos casos de dengue que ocorreram em Vitória no ano de 2011, com base nos dados do Sistema de Informações de Agravos de
Notificação. Resultados: Entre os casos confirmados, 53,4% ocorreram em mulheres, 74,7% em maiores de 15 anos e 6,3% evoluíram para gravidade. Os territórios de saúde de Jardim
Camburi, Maruípe, Ilha das Caieiras, Santa Martha e Santo André responderam por 41,6% das notificações. Quase metade dos casos foram concluídos por critério laboratorial e, destes, 80% realizaram sorologia. Em todos os territórios, mais de 20% dos notificados realizaram sorologia e, na maioria, mais de 51% tiveram resultado positivo. Nas regiões de São Pedro, Maruípe e Santo Antônio, os afetados eram principalmente jovens, enquanto nas regiões Continental e Forte São João, eram pessoas mais velhas. Dos 371 casos de dengue grave, 78,7% foram de dengue com complicações e 21,3% de febre hemorrágica da dengue. Sessenta e sete por cento dos casos ocorreram em pessoas com idade superior a 15 anos. As Regiões de Saúde de Maruípe e São Pedro foram responsáveis por mais da metade dos casos de dengue
grave (56,35%). Houve associação estatisticamente significante entre ocorrência de febre hemorrágica da dengue com idades mais jovens (menores de 15 anos) e maior tempo
decorrido na procura por atendimento. Também houve associação estatisticamente significante entre maior tempo decorrido na procura pelo atendimento e idade menor que 15
anos. Os casos de dengue grave estavam concentrados em faixas etárias mais jovens na região de São Pedro. Conclusão: A distribuição territorial não foi uniforme, e pode ser determinada pela alta densidade populacional e pelas condições socioeconômicas. As diferenças de idade
entre as regiões podem estar relacionadas à incidência da doença nestes locais. A grande proporção de sorologias positivas e o número de exames realizados possibilitaram uma boa detecção e acompanhamento dos casos de dengue. Os resultados corroboram os de outras pesquisas que apontam uma mudança no perfil da febre hemorrágica da dengue nas Américas e no Brasil, com crescente acometimento de jovens, e apontam a demora no tempo de procura por atendimento, baixa qualidade urbana e alta endemicidade como possíveis fatores de risco. / Introduction: The incidence of dengue, influenced by human behavior, social structure and population distribution, may vary with respect to the geographical areas of a given city. Its prognosis depends on early diagnosis and prompt initiation of treatment. This study evaluates factors related to the occurrence of dengue, emphasizing the territorial distribution and risk factors for severe dengue. Methods: A cross-sectional and a retrospective study on all cases were conducted with dengue cases of Vitória in 2011, based on data from the Information System of Notifiable Diseases (SINAN). Results: 53.4% of confirmed cases occurred in women, 74.7% were 15 years old or older, and 6.3% were severe forms. The health territories of Jardim Camburi, Maruípe, Ilha das Caieiras, Santa Martha and Santo André accounted for 41.6% of reported cases. Almost half of the cases had final classification based on laboratory tests, and of these, 80% were submitted to serological tests. Of all territories, more than 20% of those reported cases had been submitted to serological tests, and more than 51% of them had a positive result. In the regions of São Pedro, Santo Antônio e Maruípe, the affected individuals were younger, while in Continental Region and Forte São João Region, they were older. Of the 371 cases of severe dengue, 78.7% were classified as dengue with complications and 21.3% were classified as dengue hemorrhagic fever, whose age distribution disclosed a frequency of 67.1% in individuals 15 years old or older. Regions of Maruípe and São Pedro were responsible for over half of cases of severe dengue (56.3%). There was a statistically significant association between the occurrence of dengue hemorrhagic fever and younger ages (under 15 years) and longer time interval between the beginning of symptoms and seeking for care. People younger than 15 years old take longer to seek for care. The frequencies of cases of severe dengue were concentrated in younger age groups in the region of São Pedro. Conclusion: The geographical distribution was not uniform, and can be influenced by the high population density and socioeconomic conditions. The age differences between regions may be related to disease incidence in these locations. A large proportion of positive tests and a great number of tests performed allowed a good detection and monitoring of dengue cases. The results corroborate those of other studies that indicate a change in the profile of dengue hemorrhagic fever in the Americas and Brazil, with growing involvement of young people, and indicate the time delay in seeking treatment, urban poor quality and high endemic scenario as possible risk factors.
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