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Investigação da influência de alterações associadas com a corrida no controle cardíaco / Evaluation of the influence of running in cardiac controlNatali, José Eduardo Soubhia 18 November 2015 (has links)
O estudo dos aspectos fisiológicos da corrida é importante não somente pela popularidade dessa atividade como também pelo seu papel na manutenção da saúde. Dessa maneira, é interessante identificar marcadores sensíveis aos efeitos agudos e crônicos desse exercício e capazes de, potencialmente, trazer informações sobre o estado fisiológico dos corredores. Nesse contexto, estimadores do controle cardíaco, como a variabilidade cardíaca (VC) e a complexidade cardíaca (CC) (cujos valores, quando baixos, estão associados à problemas de saúde), parecem ser particularmente importantes. No entanto, existem diversas controvérsias e lacunas no estudo da associação desses estimadores com a corrida. Para abordar esse problema, o presente estudo foi dividido em diversas etapas. Em um primeiro momento, foi necessário elaborar uma análise de complexidade cardíaca capaz de consistentemente caracterizar séries temporais. Dessa maneira, foi desenvolvida a a1ApEn, a qual é capaz de corrigir problemas identificados em outras análises não lineares; sendo robusta, consistente e com um tempo computacional adequado. Em seguida, investigou−se o efeito agudo da corrida na VC e na CC em 3 protocolos experimentais (velocidades constantes, crescentes e decrescentes). Foi possível observar que a VC e a CC se correlacionam positivamente com a frequência cardíaca (FC) e que essa relação é melhor observada no protocolo de velocidades crescentes. Nesse protocolo, foi observado, ainda, que uma correlação negativa entre a1ApEn−CC e FC está associada com sedentarismo. Essa correlação foi aprofundada sob a óptica do histórico de treinamento em maratonistas. Nesse contexto, foi possível concluir que a complexidade cardíaca obtida via a1ApEn é capaz de discernir maratonistas em função do tempo treinando para provas de longa duração. Finalmente, em experimentos realizados em velocidade constante, foi observado um componente oscilatório nos resultados tanto de VC quanto de CC. Esse componente é mais proeminente em resultados de CC e está, potencialmente, associado com fatores termorregulatórios. Dessa maneira, as abordagens propostas foram capazes de não apenas trazer diversas informações novas sobre as alterações associadas com a corrida no controle cardíaco mas, também, introduzir metodologias com grande potencial em outros contextos. / A better understanding of the physiological aspects of running is important due to the increasing popularity of this activity and, also, for its role in maintaining health. Therefore, it is interesting to identify markers capable of detecting the acute and chronic effects of this exercise and, potentially, bring additional information about the physiological status of runners. In this context, heart rate control estimators, such as heart rate variability (HRV) and heart rate complexity (HRC) (both indexes, when low, are associated with health disorders), appears to be particularly important. Nevertheless, there are several controversies and missing information regarding the association between these estimators and running. To approach these issues, the present study was divided in four parts. First of all, it was necessary to create a HRC analysis capable of consistently characterizing time series. Thereunto, the a1ApEn was developed; a robust, consistent analytical tool with an adequate computational time that is capable of correcting problems that arose in other nonlinear analyses. Next, the acute effect of running in HRV and HRC was investigated utilizing three experimental protocols (constant, increasing and decreasing speeds). HRV and HRC are positively correlated with heart rate (HR), a relationship better observed in the protocol with increasing speeds. In this protocol, it was observed that a negative correlation between a1ApEn−HRC and HR is associated with sedentary. This correlation was further studied under the scope of the training background of marathoners. In this context, it was possible to conclude that the heart rate complexity, obtained through a1ApEn, is capable of discriminating marathoners in regard to the number of years training for long distance running. Finally, in experiments performed at constant speed, it was detected an oscillatory component in the HRV and HRC results. This component is more prominent in the HRC results and is, potentially, associated with termorregulatory factors. To conclude, the proposed approaches are capable of bringing several new information to the study of the effects of running in heart rate control and, moreover, to introduce new methodologies of great potential in other contexts.
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Estudo da reserva de perfusão miocárdica pelo ecocardiograma com contraste em tempo real, em indivíduos com hipercolesterolemia grave, antes e após tratamento com inibidores da HMG-CoA redutase / Evaluation of myocardial perfusion reserve in severe hypercholesterolemic patients with real time contrast echocardiography, before and after treatment with HMG-CoA reductase inhibitorsLario, Fábio de Cerqueira 02 June 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A hipercolesterolemia provoca alterações inflamatórias no sistema cardiovascular, induzindo disfunção endotelial e mudanças estruturais na microcirculação, com alterações significativas da homeostase vascular, processo este reversível com o tratamento hipolipemiante. Clinicamente, tais fenômenos podem ser demonstrados pela avaliação da reserva de fluxo coronário e da reatividade vascular periférica. A ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real (EPMTR) possui características que a tornam ideal para a avaliação da microcirculação coronária, como a utilização de contrastes intravasculares, além de ótimas resoluções temporal e espacial. MÉTODOS: 16 pacientes com hipercolesterolemia e sem lesões coronárias obstrutivas (grupo HF) e 10 indivíduos saudáveis, sem doença arterial coronária obstrutiva estabelecida (grupo controle) foram avaliados por EPMTR e por ultrassonografia da artéria braquial em dois momentos: pré-tratamento com atorvastatina no grupo HF (período livre de medicação >6 semanas) e 12 semanas após o primeiro exame. A análise do fluxo miocárdico foi realizada nos 17 segmentos do ventrículo esquerdo obtendo-se índices de volume de sangue relativo no miocárdio (AN), da velocidade do fluxo () e do fluxo miocárdico absoluto (ANx) na condição de repouso e durante a vasodilatação com adenosina. A reserva de fluxo foi definida como a razão entre o fluxo durante vasodilatação e o fluxo do repouso. Para estudo da reatividade vascular periférica, todos os indivíduos foram submetidos à ultrassonografia da artéria braquial, com avaliação dos diâmetros da artéria braquial antes e depois de um período de isquemia de 5 minutos. RESULTADOS: Os dois grupos foram comparáveis quanto à idade, sexo, peso, superfície corpórea, índice de massa corpórea, índice de massa do VE, frequência cardíaca e pressões arteriais sistólica e diastólica, tanto no repouso quanto durante a infusão de adenosina. Os valores evolutivos de LDL-C (mg.dL-1) nos dois momentos foram 106±36 e 107±35; p=NS para o grupo controle vs 278±48 e 172±71; p<0,001 para o grupo HF. Na avaliação inicial, a dilatação braquial estava reduzida nos pacientes do grupo HF 0,08±0,04 vs 0,15±0,02; p<0,001 relativamente ao grupo controle, com aumento do diâmetro arterial basal (mm): 3,42±0,63 vs 3,07±0,53; p<0,001. O grupo HF, quando comparado ao grupo controle na avaliação inicial, apresentava valores mais altos de AN: (dB) 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, de (s-1) 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02 e ANx: (dB.dB-1 s-1) 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, maiores valores de AN: durante infusão de adenosina 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,001 e menores reservas de : 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,001 e de ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. Após o uso de atorvastatina, as alterações foram revertidas, tanto na circulação periférica quanto na coronária. CONCLUSÕES: A EPMTR monstrou que em indivíduos com hipercolesterolemia e sem doença coronária obstrutiva existe aumento do fluxo microvascular em repouso e redução da reserva de fluxo miocárdico. Após o tratamento com atorvastatina houve normalização do fluxo em repouso. Adicionalmente, alterações similares ocorreram na circulação periférica dos indivíduos hipercolesterolêmicos, revertidas por utilização da atorvastatina. / BACKGROUND: Hypercholesterolemia induces inflammatory changes on the cardiovascular system, causing endothelial dysfunction and structural alterations of microcirculation, with substantial imbalance of vascular homeostasis. Reduction of blood cholesterol levels can stop these processes. These circulation alterations can be demonstrated by coronary flow reserve and peripheral vascular reactivity evaluation. Real time myocardial perfusion echocardiography (EPMTR) is an excellent method to demonstrate coronary microcirculation alterations, as ultrasound contrast agent has rheological properties close to red cells. Additionally, EPMTR has optimal spatial and temporal resolutions. METHODS: 16 patients with hypercholesterolemia (group-HF) without overt obstructive coronary disease and 10 healthy volunteers (group-C) were evaluated by EPMTR and vascular ultrasound in 2 moments: before atorvastatin treatment (group-HF, >6 weeks free of statin) and 12 weeks after beginning medication (group-HF), or 12 weeks after the first evaluation (group-C). For myocardial blood flow evaluation, the left ventricle was divided into 17 segments, and indexes of myocardial blood volume (AN), blood flow velocity (), and myocardial blood flow (ANx) were obtained for each myocardial segment at rest condition and after adenosine infusion. Myocardial flow reserve was calculated as the hyperemic to rest values of AN, e ANx. Peripheral vascular reactivity was evaluated by vascular ultrasound. Measures of braquial artery diameter were obtained before and after 5 minutes of arterial flow occlusion. RESULTS: Both groups were comparable for age, sex, body weight, body surface area, body mass index, left ventricular mass index, heart rate, and systolic and diastolic arterial blood pressure. These variables were also comparable, under basal or adenosine stress conditions. LDL-C values (mg.dL-1) in different moments (intra-group) were 106±36 and 107±35; p=NS for group-C vs 278±48 and 172±71; p<0,001 for group-HF. Group-HF as compared to group-C had higher initial resting values of AN (dB): 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, (s-1): 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02, and ANx (dBdB-1s-1): 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, and higher hyperemic value of AN 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,04, and lesser reserves of 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,01 and of ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. After atorvastatin treatment no difference was observed at rest, hyperemic and reserve values of AN, and ANx between the groups. CONCLUSION: In patients with hypercholesterolemia and without coronary obstruction, there was augmented myocardial blood flow and reduced coronary flow reserve at rest, compared to healthy volunteers. After atorvastatin treatment at rest myocardial blood flow was normalized in those patients. Additionally, similar alterations in peripheral circulation could be demonstrated in hypercholesterolemia, and were reverted with atorvastatin.
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Evolução temporal dos efeitos do treinamento aeróbio sobre o conteúdo de ácido <font face=\"symbol\">g-aminobutírico e glutamato em áreas de controle autonômico de ratos normotensos e hipertensos. / Temporal evolution of the effects of aerobic training on the content of <font face=\"Symbol\">g-aminobutyric acid and glutamate in areas of autonomic control of normotensive and hypertensive rats.Ruggeri, Adriana 01 February 2012 (has links)
A hipertensão arterial cursa com hiperativação de neurônios glutamatérgicos (excitatórios) e depressão de neurônios gabaérgicos (inibitórios) em áreas centrais autonômicas. Avaliamos em ratos SHR e WKY os efeitos temporais do treinamento aeróbio (T) sobre a expressão/funcionalidade das vias gabaérgicas e glutamatérgicas no núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), núcleo do trato solitário (NTS) e bulbo ventrolateral rostral (RVLM), correlacionando-as a dados hemodinâmicos. SHRs apresentavam elevada PAM e FC e níveis elevados de RNAm de GAD67 no NTS. T promoveu bradicardia de repouso (T2 SHR e T8 WKY) e redução da PAM nos SHR (T8). O aumento de GAD em SHR e WKY induzido pelo T correlacionava-se com a redução da FC basal. T determinou aumento da razão inibição/excitação nos WKY e não a alterou nos SHR. Alterações nas expressões gênicas foram confirmadas por alterações similares na expressão protéica. Assim, o aumento da inibição gabaérgica essencialmente no PVN de WKY e SHR treinados é um fator determinante para a instalação da bradicardia de repouso. / Hypertension is accompanied by hyperactivity of glutamatergic (excitatory) and depression of gabaergic (inhibitory) neurons in autonomic areas driving cardiovascular control. Evaluated in SHR and WKY rats the time effects of T on cardiovascular parameters and on the expression/activity of gabaergic and glutamatergic pathways in the hypothalamic paraventricular nucleus (PVN), nucleus of solitary tract (NTS) and rostroventrolateral medulla (RVLM), correlating the hemodynamic data. SHRs exhibited elevated BP and HR and high GAD67 mRNA levels within the NTS. T caused resting bradycardia (T2 SHR and T8 WKY) and BP basal in SHR (T8). In both groups, T-induced elevated GAD expression was correlated with baseline HR reduction. T caused in the WKY augmentation of inhibitory/excitatory ratio, and did not change it in the SHR. Gene expression changes were confirmed by similar changes in protein expression. So, the increased gabaergic inhibition within the PVN of trained WKY and SHR is a main factor determining the appearance of resting bradycardia.
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Tabaquisme i esport. Modificacions metabòliques, cardiopulmonars i subjectives durant l'exercici físicComella Cayuela, Agustí 20 December 2002 (has links)
Introducció: La nicotina causa una estimulació simpàtica per mitjà de mecanismes centrals i perifèrics. Els mecanismes mediats pel SNC inclouen l'activació dels quimioreceptors perifèrics, particularment els quimioreceptors carotidis i dels cossos aòrtics, i efectes directes sobre el tronc de l'encèfal i la medul·la espinal. Aquesta resposta simpaticomimètica a la nicotina, amb l'activació dels quimioreceptors, produeix per via reflexa vasoconstricció, taquicàrdia i elevació de la pressió arterial. Els mecanismes perifèrics inclouen l'alliberament de catecolamines des de la medul·la suprarenal i les terminacions nervioses vasculars. Aquesta descàrrega adrenèrgica que s'inicia amb el fumar pot afectar la resposta de l'organisme durant l'esforç.Objectiu: La finalitat de l'estudi és la de conèixer les respostes fisiològiques i subjectives en el curs de l'exercici físic fins a l'extenuació, en els individus en funció del seu hàbit tabàquic i, si existeixen diferències entre els mateixos fumadors actius i en situació d'abstinència tabàquica.Material i mètode: S'han estudiat 38 subjectes d'edats compreses entre 18 i 48 anys (mitjana de 32,7). La distribució en funció de l'hàbit tabàquic ha estat: 25 fumadors (F)(17 homes i 8 dones)i 13 no fumadors (NF)(8 homes i 5 dones). L'estudi ha constat de dues parts: 1ª. Comparació del comportament dels F i NF al llarg d'una prova d'esforç (PE) amb anàlisi dels gasos espirats mitjançant cicloergòmetre. La temperatura cutània (TC) s'ha registrat de forma contínua i simultània amb dos sensors tèrmics, un a la regió dorsal i l'altre a la cuixa, sobre el quadríceps. També s'han determinat parametres bioquímics i hematològics. 2ª. Repetició de la PE, comparant els fumadors en situació de fumador actiu i en abstinència tabàquica. L'abstinència tabàquica s'ha detectat i confirmat mitjançant la determinació dels nivells de COHb en sang venosa abans de la PE.Resultats i conclusions: En el nostre estudi, hem comprovat que l'hàbit tabàquic, com a efecte crònic, no modifica de forma significativa la capacitat màxima de treball durant l'esforç en els individus sans i amb edats compreses entre els 18 i 48 anys, independentment del gènere i del grau d'activitat física. Però encara que el consum de cigarretes en individus acostumats a fumar no restringeix significativament el seu rendiment físic, sí que es modifica, de forma notable, la seva resposta fisiològica durant l'activitat física de lleugera i moderada intensitat. Aquesta es manifesta amb un increment significatiu en la despesa metabòlica i l'oxidació d'hidrats de carboni com a substrat energètic, un increment en la resposta cardiocirculatòria i pulmonar (en menor grau), i una deficient resposta termoreguladora al llarg de l'esforç. El fumar cigarretes, al ritme habitual i sense evitar el seu consum les hores prèvies a l'activitat física, pot afectar de forma significativa els mecanismes implicats en la termoregulació i provocar una resposta hemodinàmica alterada durant l'exercici. L'associació de tabac i activitat física d'alta intensitat pot fer augmentar la temperatura central al pertorbar els mecanismes de pèrdua de calor mitjançant la redistribució del flux vascular cutani. A més, durant exercicis perllongats com els exercicis de resistència, i en ambients calorosos, el consum de cigarretes pot actuar com a factor limitant en el rendiment esportiu, i incrementar el risc d'hipertèrmia. En canvi, el consum de tabac disminueix de forma significativa la percepció de l'esforç durant l'activitat física d'alta intensitat en els fumadors actius.
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Avaliação do dano oxidativo e função cardiovascular em diferentes modelos de hiperhomocisteinemia : papel protetor do folato e do estrogênioBarp, Jaqueline January 2007 (has links)
Sabe-se que concentrações elevadas de homocisteína (Hcy) estão associadas com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e com o dano celular causado pela formação das espécies ativas de oxigênio (EAO). Sabe-se também que o estrogênio atua como antioxidante não enzimático envolvido na proteção cardiovascular. Foram objetivos deste trabalho avaliar o efeito da homocistinúria sobre parâmetros de estresse oxidativo em tecido cardíaco; e avaliar o efeito da hiperhomocisteinemia (HHcy) sobre parâmetros de estresse oxidativo e hemodinâmicos em ratas com e sem estrogênio. Este trabalho foi divido em 4 experimentos. No experimento 1 foram utilizados 16 animais divididos em 2 grupos (n= 8/grupo): controle e Hcy. Estes animais receberam tratamento crônico do 6° dia ao 28° dia de vida com doses crescentes de Hcy e foram mortos 1 hora após a última dose.No experimento 2 foram utilizados 30 ratos, divididos em 4 grupos: Salina (n=8); Folato (n=6); Hcy (n=9) e Folato+Hcy (n=7). Estes animais receberam ácido fólico e/ou Hcy do 6° ao 28º dias de vida e foram mortos aos 80 dias de vida. No experimento 3, foram utilizados 64 animais divididos em 6 grupos (n= 8/grupo): NAIVE; NAIVE+Hcy; Sham; Sham+Hcy; castrada e castrada+Hcy. Estes animais foram castrados no 50° dia de vida e, após uma semana, receberam tratamento agudo com Hcy de 8 em 8 horas por 72 horas e foram mortos 1 hora após a última dose. No experimento 4, foram utilizados 32 animais divididos em 4 grupos (n= 8/grupo): controle, castrado, metionina e castrado+metionina. Estes animais foram castrados no 70° dia de vida, receberam metionina na água de beber por 30 dias e foram mortos logo após o final do tratamento. No modelo de homocistinúria (experimento 1), não foram observadas alterações na lipoperoxidação (LPO) cardíaca nos ratos com 28 dias. No entanto, as atividades das enzimas antioxidantes SOD e GST estavam aumentadas no grupo Hcy. Como este é um tratamento crônico, provavelmente estas enzimas estão aumentadas de forma a minimizar o dano oxidativo causado pela Hcy. Já no experimento 2, avaliou-se o efeito da Hhcy a longo prazo, em animais com 80 dias. Houve aumento na LPO dos animais tratados com Hcy que foi previnida com a administração de folato. A redução da LPO na presença do folato confirma sua capacidade de minimizar o dano causado pela Hcy. Observamos ainda adiminuição na atividade das enzimas GST e catalase nos animais tratados com Hcy o que resultaria em aumento da concentração de peróxido de hidrogênio no tecido cardíaco. O tratamento com folato previniu a atividade das enzimas antioxidantes. A partir dos resultados encontrados, podemos sugerir que os níveis de Hcy podem ser reduzidos com folato, uma vez que altas doses de folato reduziram consideravelmente os níveis de estresse oxidativo gerado pela Hcy. No modelo de HHcy aguda (experimento 3), o estresse oxidativo cardíaco aumentou em função da administração de Hcy no grupo sem estrogênio. Este resultado se correlaciona positivamente com a pressão arterial (PA), ou seja, os animais com maior LPO também apresentaram uma maior PA. Este efeito não foi observado nos grupos com níveis estrogênicos fisiológicos. Acredita-se que estes resultados sejam devidos à proteção antioxidante oferecida pelo estrogênio. Além disso, observamos uma diminuição na atividade da GST nos animais castrados+Hcy, o que pode estar contribuindo para o dano oxidativo observado. Já no modelo de HHcy causado pelo consumo de metionina (experimento 4), observamos um aumento na PDFVE no grupo castrado+metionina que se correlaciona negativamente com os metabólitos do NO. Este resultado mostra que os animais que tiveram disfunção ventricular apresentaram uma menor biodisponibilidade do NO. Neste modelo observamos também um aumento no dano oxidativo cardíaco em função da administração de metionina no grupo sem estrogênio. Este resultado se correlaciona positivamente com a PDFVE, ou seja, os animais com maior LPO também apresentam uma maior pressão ventricular diastólica, indicando uma possível participação do estresse oxidativo na disfunção ventricular. Estes animais ainda apresentaram um aumento na atividade das enzimas antioxidantes GST e GPx no grupo castrado+metionina, sugerindo que o tratamento crônico levou a uma adaptação do sistema antioxidante enzimático na ausência do estrogênio. / It is known that high concentrations of homocysteine (Hcy) are associated with the increase of risk of cardiovascular disease and of cellular damage caused by the formation of reactive oxygen species (ROS). It is also known that the estrogen acts as a non enzymatic antioxidant involved in cardiovascular protection. In this work we evaluated the effect of homocystinuria on myocardial oxidative stress parameters, and the effect of hyperhomocysteinemia (HHcy) on the same parameters and also on hemodynamics in rats with and without estrogen. Four experiments were performed. In experiment number one, sixteen animals were divided in 2 groups (n=8/group): control and Hcy. These animals received chronic treatment from the 6th to the 28th day of life with increasing doses of Hcy and were killed one hour after the last dose. In the second experiment, thirty rats were divided into four groups: Saline (n=8); Folate (n=6); Hcy (n=9) and Folate+Hcy (n=7).These animals had received folic acid and/or Hcy from the 6th to the 28th day of life and had been killed with 80 days of life. In the third experiment, fourty eight animals were divided in 6 groups (n=8/group): NAIVE; NAIVE+Hcy; Sham; Sham+Hcy; castrated and castrated+Hcy. These animals were castrated in the 50th day of life and, after one week, they received an acute treatment with Hcy for 72 hours at each eight hours and were killed one hour after the last dose. In the fourth experiment, thirty two animals were divided into four groups (n=8/group): control, castrated, methionine and castrated+methionine. These animals had been castrated in the 70th day of life, and received methionine in drinking water for 30 days and were killed at the end of treatment. In the homocystinuria model (experiment number one), there were no signs of alterations in lipid peroxidation (LPO) in 28 day rats. However, antioxidant enzyme activities of SOD and GST were increased in Hcy group. As this is a chronic treatment, probably these enzymes are increased to minimize the oxidative damage caused by Hcy. In the second experiment, the effect of the homocystinuria was evaluated in animals with 80 days. It was observed an increase in LPO in the animals that had received Hcy, but it returned to control values with folate administration. The reduction of LPO in the presence of folate confirms its capacity of minimize the damage caused by Hcy. We also observedreduction in the enzyme activities of GST and catalase in the animals receiving Hcy, which also returned to the control values with the administration of folate. It is possible that Hcy increases the hydrogen peroxide concnetration in the myocardium of these animals. From the results obtained, we can suggest that the levels of Hcy can be reduced with folate, since high doses of folate had significantly reduced the levels of oxidative stress caused by Hcy. In the acute model of HHcy (experiment number three), myocardial oxidative stress increased due to the administration of Hcy in the group without estrogen. This result has a positive correlation with mean arterial pressure (MAP), that is, the higher LPO, the higher MAP. This effect was not observed in groups with physiological estrogens levels. It is possible that these findings are related to the antioxidant protection offered by estrogen. Moreover, we observed a reduction in the activity of GST in the group castrated+Hcy, which can be contributing for the oxidative damage observed. In the HHcy model caused by the consumption of methionine (experiment number four), we observedThis result has a negative correlation with the nitric oxide metabolites (Nox) showing that the animals that had an increased ventricular diastolic pressure had presented lesser NO bioavailability. In this model we also observed an increase in the myocardial oxidative stress due to the administration of methionine in the group without estrogen. This result has a positive correlation with LVEDP, that is, the animals with enhanced LPO also presented high ventricular diastolic pressure, indicating a possible participation of oxidative stress in ventricular dysfunction. These animals also presented an increase in the activities of GST and GPx in group castrated+methionine, suggesting that chronic treatment with methionine leads to an adaptation of the enzymatic antioxidant system in the absence of the estrogen.
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Comparação do uso de noradrenalina, nitroprussiato e levosimendan na terapia do choque hipovolêmico: efeitos sobre a microcirculação e expressão gênica renal / Comparison between noradrenaline, nitroprusside and levosimendan use in hypovolemic shock therapy: effects on microcirculation and renal gene expressionRonald de Albuquerque Lima 29 May 2014 (has links)
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos sistêmicos, microcirculatórios assim como mudanças na expressão gênica renal, causados pela ação da noradrenalina, nitropussiato de sódio e levosimendan no tratamento do choque hemorrágico. Nesse estudo foi utilizado o modelo da câmara dorsal.Os animais foram sujeitos a choque hemorrágico e após, foram aleatoriamente divididos em quatro grupos. Os grupos foram: CTRL, recebeu apenas ringer lactato; NPS recebeu ringer lactato com nitroprussiato de sódio; NA recebeu ringer lactato com noradrenalina e LEV, recebeu ringer lactato com levosimendan. Foram avaliados parâmetros sistêmicos, assim como parâmetros microcirculatórios (comparados como percentual em relação ao momento basal). Além disso, foi avaliada a expressão gênica renal de eNOS, HIF-1α, ICAM e caspase-3. O grupo NPS apresentou uma recuperação sustentada do diâmetro arteriolar ( 89 12 %) e DCF (125 114 %) ao final do tratamento. Houve recuperação da velocidade de hemácias nos grupos CTRL e NPS. Não houve diferença em relação ao número de leucócitos aderidos e/ou rolantes ao final do tratamento. A expressão gênica renal de eNOS e caspase-3 entre os grupos não apontou diferenças, entretanto houve diferença significativa na expressão renal de HIF- 1α no grupo NA (0,65 0,08, UA) em relação ao grupo CTRL (0,44 0,06, UA) e LEV (0,45 0,06, UA). Todos os grupos tiveram uma maior expressão de ICAM (0,65 0,12; 0,7 0,12; 0,069 0,06; 0,65 0,12, UA) em relação ao grupo SHAM (0,50 0,05, UA). Ringer lactato puro ou associado com noradrenalina ou levosimendan não foram suficientes para recuperar e sustentar os parâmetros microvasculares. O tratamento com nitroprussiato de sódio foi o que apresentou os melhores resultados, com recuperação dos diâmetros arteriolar, da DCF e velocidade de hemácias. / This work aimed at evaluating the systemic and microcirculatory effects, as well as changes in renal gene expression elicited by noradrenalin, sodium nitroprusside and levosimendan associated to volume resuscitation in the treatment of hemorrhagic shock. The dorsal chamber model was used in this study. Animals were subjected to hemorrhagic shock and after that, were randomly distributed between four groups. Groups were: CTRL, received only lactated ringer's solution; NPS received lactated ringer's solution with sodium nitroprusside; NA received lactated ringer's solution with noradrenaline and LEV received lactated ringer's with levosimendan. Systemic and microcirculatory parameters were evaluated ( as percent change compared to baseline). Furthermore, renal genic expression of eNOS, HIF-1a and caspase-3 were also evaluated. NPS group presented a sustained recovery of arteriolar diameter ( 89 12 %) and FCD (125 114 %) at the end of the treatment. There was a red blood cell velocity recovery in CTRL and NPS groups. There was no difference regarding adhered or rolling leukocytes at the end of the treatment. eNOS and caspase-3 renal genic expression between groups showed no differences, however, there was a significant difference in renal genic expression of HIF-1α in NA group (0,65 0,08, AU) compared to CTRL (0,44 0,06, AU) e LEV (0,45 0,06, AU). All groups had a higher expression of ICAM (0,65 0,12; 0,7 0,12; 0,069 0,06; 0,65 0,12, AU) compared to the SHAM group (0,50 0,05, AU). Ringer's lactate solution associated or not to noradrenaline or levosimendan were not enough to recover and sustain microvascular parameters. Treatment with sodium nitroprusside presented the best results, with sustained arteriolar diameter, FCD and RBCV recoveries.
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Fluxo pulsátil através de uma bomba de sangue centrífuga com mancal magnético usada para assistência ventricular esquerdaKohutek, Carolina January 2014 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Pai Chi Nan / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, 2014. / A alta demanda de transplantes de coração não é suprida pela quantidade de doadores
do órgão. Diferentes alternativas aos transplantes são pesquisadas, sendo uma delas a
utilização de bombas de sangue centrífugas (BSC) com mancal magnético (MM),
apresentando maior durabilidade do que demais bombas. Porém acredita-se que o fluxo
contínuo produzido por essas bombas possa causar danos no organismo em longo prazo,
havendo a necessidade da utilização de fluxo sanguíneo pulsátil. O objetivo do trabalho
foi produzir fluxo sanguíneo pulsátil sincronizado com o coração do paciente com uma
BSC com MM. Para a produção do fluxo pulsátil foi feita a alteração da velocidade de
rotação da BSC de acordo com os sinais eletrocardiográficos (ECG) do paciente. Foram
utilizadas três fontes de sinal de ECG para os testes: gerador de funções, simulador de
paciente e voluntário. O algoritmo implementado no Simulink® inferiu os instantes dos
batimentos cardíacos seguintes identificando regiões acima de um determinado limiar
(fixo e móvel) de amplitude máxima (picos QRS), que correspondem ao início dos
batimentos. Calculou-se a média (fixa e móvel) da taxa de batimentos e inferiu-se o
instante de tempo aproximado do pico QRS seguinte no sinal de ECG. A velocidade de
rotação da BSC foi aumentada nos instantes inferidos para os QRS e após algum tempo
foi reduzida. A resposta do motor foi avaliada no ar utilizando sinais degraus e
velocidades de rotação definidas pelo algoritmo como entrada. As velocidades reais do
motor foram obtidas utilizando a amostra do gerador e do voluntário. A possibilidade de
produção de fluxo pulsátil nas condições encontradas foi avaliada. O algoritmo permitiu
a identificação dos picos dos complexos QRS, o cálculo da taxa de batimentos e a
inferência dos batimentos seguintes. Os valores de erro absolutos e relativos entre os
instantes inferidos e reais foram baixos para os sinais das três fontes, tendo valores
máximos aproximados de 0,5s (120 a 60bpm) e 51% (60 a 90bpm) para as amostras do
gerador e do simulador, e de 0,157s e 15,94% para a amostra do voluntário. A elevação
da velocidade de rotação de referência para 1900rpm ocorreu nos instantes dos valores
inferidos e após 0,4s a velocidade foi reduzida para 1500rpm. Os momentos de elevação
da velocidade de rotação se apresentaram sincronizados com os instantes dos
batimentos. O tempo de resposta do motor foi de 0,04s. A estabilização das oscilações
da velocidade real ocorreu após 2s, com máximos e mínimos acima e abaixo dos valores
de referência, e médias das oscilações aproximadamente de 1700rpm, de acordo com a
frequência do ECG. Houve sincronização entre a velocidade de referência e a real. As
amplitudes de oscilação elevadas indicaram que os parâmetros do controlador do motor
deveriam ser modificados para sua utilização em uma aplicação na água, com
velocidade variável de entrada, e para seu ganho variável estar em intervalos de
estabilidade. Outro dispositivo é necessário para medir fluxo e pressão do sistema
produzindo fluxo pulsátil. / The high demand for heart transplants is not supplied by the number of donors.
Alternatives to transplants are being researched, being one of these the use of
centrifugal blood pumps (CBP) with magnetic bearing (MB), which have higher
durability than other types of pumps. Nevertheless it is believed that the continuous
flow generated by these pumps may cause long-term damage to the body, being
necessary the use of pulsatile blood flow. The objective of this work is to produce
pulsatile blood flow synchronized with the heart of the patient using a CBP with MB.
The synchronized pulsatile flow was done by changing the rotational speed of the
pump, according to the electrocardiographic (EKG) signals of the patient. Three
different sources of EKG signal were used: a function generator, a patient simulator and
a volunteer. The algorithm, implemented on Simulink®, inferred the moments of the
following heart beats by finding points, above a certain threshold (fixed and moving), of
maximum amplitude (QRS complexes) on the EKG signal. The mean of the heart beat
rate (fixed or moving) was calculated and the instant of the next QRS peaks were
inferred. The rotational speed of the CBP was increased on the moments of the QRS
inferred and decreased after some time. The motor response was evaluated on air, using
step signals and rotational speeds defined by the algorithm as inputs. The motor
rotational speeds were obtained with the generators¿ and the volunteer¿s samples. The
possibility of generation of pulsatile flow was evaluated. The algorithm identified the
QRS complexes peaks, calculated the mean heart rate and inferred the following heart
beats. The absolute and relative errors between the inferred and the real instants of the
QRS peaks were low for the signals of the three sources, with maximum approximate
values of 0,5s (120 to 60bpm) and 51% (60 to 90bpm) for the function generator and the
simulator samples, and of 0,157s and 15,94% for the volunteer sample. The increase of
the reference rotational speed to 1900rpm was done on the instants of the inferred
values of QRS complexes, with reduction to 1500rpm after 0,4s. The moments in which
the rotational speed is on its maximum values are about the same as the QRS complexes
of the signal. The motor response was of 0,04s. The stabilization of the oscillating speed
occurred after 2s, with maximum and minimum values above and below the reference
ones, and mean values around 1700rpm, according to the heart beating rate.
Synchronization between the reference and real rotational speeds was observed. The
high amplitudes of the oscillations pointed out that the motor driver parameters should
be changed to be used with variable rotational speed input and for the variable gain to
remain between the driver stability values. Another device is required to measure flow
and pressure of the system producing pulsatile flow.
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Avaliação do dano oxidativo e função cardiovascular em diferentes modelos de hiperhomocisteinemia : papel protetor do folato e do estrogênioBarp, Jaqueline January 2007 (has links)
Sabe-se que concentrações elevadas de homocisteína (Hcy) estão associadas com o aumento do risco de doenças cardiovasculares e com o dano celular causado pela formação das espécies ativas de oxigênio (EAO). Sabe-se também que o estrogênio atua como antioxidante não enzimático envolvido na proteção cardiovascular. Foram objetivos deste trabalho avaliar o efeito da homocistinúria sobre parâmetros de estresse oxidativo em tecido cardíaco; e avaliar o efeito da hiperhomocisteinemia (HHcy) sobre parâmetros de estresse oxidativo e hemodinâmicos em ratas com e sem estrogênio. Este trabalho foi divido em 4 experimentos. No experimento 1 foram utilizados 16 animais divididos em 2 grupos (n= 8/grupo): controle e Hcy. Estes animais receberam tratamento crônico do 6° dia ao 28° dia de vida com doses crescentes de Hcy e foram mortos 1 hora após a última dose.No experimento 2 foram utilizados 30 ratos, divididos em 4 grupos: Salina (n=8); Folato (n=6); Hcy (n=9) e Folato+Hcy (n=7). Estes animais receberam ácido fólico e/ou Hcy do 6° ao 28º dias de vida e foram mortos aos 80 dias de vida. No experimento 3, foram utilizados 64 animais divididos em 6 grupos (n= 8/grupo): NAIVE; NAIVE+Hcy; Sham; Sham+Hcy; castrada e castrada+Hcy. Estes animais foram castrados no 50° dia de vida e, após uma semana, receberam tratamento agudo com Hcy de 8 em 8 horas por 72 horas e foram mortos 1 hora após a última dose. No experimento 4, foram utilizados 32 animais divididos em 4 grupos (n= 8/grupo): controle, castrado, metionina e castrado+metionina. Estes animais foram castrados no 70° dia de vida, receberam metionina na água de beber por 30 dias e foram mortos logo após o final do tratamento. No modelo de homocistinúria (experimento 1), não foram observadas alterações na lipoperoxidação (LPO) cardíaca nos ratos com 28 dias. No entanto, as atividades das enzimas antioxidantes SOD e GST estavam aumentadas no grupo Hcy. Como este é um tratamento crônico, provavelmente estas enzimas estão aumentadas de forma a minimizar o dano oxidativo causado pela Hcy. Já no experimento 2, avaliou-se o efeito da Hhcy a longo prazo, em animais com 80 dias. Houve aumento na LPO dos animais tratados com Hcy que foi previnida com a administração de folato. A redução da LPO na presença do folato confirma sua capacidade de minimizar o dano causado pela Hcy. Observamos ainda adiminuição na atividade das enzimas GST e catalase nos animais tratados com Hcy o que resultaria em aumento da concentração de peróxido de hidrogênio no tecido cardíaco. O tratamento com folato previniu a atividade das enzimas antioxidantes. A partir dos resultados encontrados, podemos sugerir que os níveis de Hcy podem ser reduzidos com folato, uma vez que altas doses de folato reduziram consideravelmente os níveis de estresse oxidativo gerado pela Hcy. No modelo de HHcy aguda (experimento 3), o estresse oxidativo cardíaco aumentou em função da administração de Hcy no grupo sem estrogênio. Este resultado se correlaciona positivamente com a pressão arterial (PA), ou seja, os animais com maior LPO também apresentaram uma maior PA. Este efeito não foi observado nos grupos com níveis estrogênicos fisiológicos. Acredita-se que estes resultados sejam devidos à proteção antioxidante oferecida pelo estrogênio. Além disso, observamos uma diminuição na atividade da GST nos animais castrados+Hcy, o que pode estar contribuindo para o dano oxidativo observado. Já no modelo de HHcy causado pelo consumo de metionina (experimento 4), observamos um aumento na PDFVE no grupo castrado+metionina que se correlaciona negativamente com os metabólitos do NO. Este resultado mostra que os animais que tiveram disfunção ventricular apresentaram uma menor biodisponibilidade do NO. Neste modelo observamos também um aumento no dano oxidativo cardíaco em função da administração de metionina no grupo sem estrogênio. Este resultado se correlaciona positivamente com a PDFVE, ou seja, os animais com maior LPO também apresentam uma maior pressão ventricular diastólica, indicando uma possível participação do estresse oxidativo na disfunção ventricular. Estes animais ainda apresentaram um aumento na atividade das enzimas antioxidantes GST e GPx no grupo castrado+metionina, sugerindo que o tratamento crônico levou a uma adaptação do sistema antioxidante enzimático na ausência do estrogênio. / It is known that high concentrations of homocysteine (Hcy) are associated with the increase of risk of cardiovascular disease and of cellular damage caused by the formation of reactive oxygen species (ROS). It is also known that the estrogen acts as a non enzymatic antioxidant involved in cardiovascular protection. In this work we evaluated the effect of homocystinuria on myocardial oxidative stress parameters, and the effect of hyperhomocysteinemia (HHcy) on the same parameters and also on hemodynamics in rats with and without estrogen. Four experiments were performed. In experiment number one, sixteen animals were divided in 2 groups (n=8/group): control and Hcy. These animals received chronic treatment from the 6th to the 28th day of life with increasing doses of Hcy and were killed one hour after the last dose. In the second experiment, thirty rats were divided into four groups: Saline (n=8); Folate (n=6); Hcy (n=9) and Folate+Hcy (n=7).These animals had received folic acid and/or Hcy from the 6th to the 28th day of life and had been killed with 80 days of life. In the third experiment, fourty eight animals were divided in 6 groups (n=8/group): NAIVE; NAIVE+Hcy; Sham; Sham+Hcy; castrated and castrated+Hcy. These animals were castrated in the 50th day of life and, after one week, they received an acute treatment with Hcy for 72 hours at each eight hours and were killed one hour after the last dose. In the fourth experiment, thirty two animals were divided into four groups (n=8/group): control, castrated, methionine and castrated+methionine. These animals had been castrated in the 70th day of life, and received methionine in drinking water for 30 days and were killed at the end of treatment. In the homocystinuria model (experiment number one), there were no signs of alterations in lipid peroxidation (LPO) in 28 day rats. However, antioxidant enzyme activities of SOD and GST were increased in Hcy group. As this is a chronic treatment, probably these enzymes are increased to minimize the oxidative damage caused by Hcy. In the second experiment, the effect of the homocystinuria was evaluated in animals with 80 days. It was observed an increase in LPO in the animals that had received Hcy, but it returned to control values with folate administration. The reduction of LPO in the presence of folate confirms its capacity of minimize the damage caused by Hcy. We also observedreduction in the enzyme activities of GST and catalase in the animals receiving Hcy, which also returned to the control values with the administration of folate. It is possible that Hcy increases the hydrogen peroxide concnetration in the myocardium of these animals. From the results obtained, we can suggest that the levels of Hcy can be reduced with folate, since high doses of folate had significantly reduced the levels of oxidative stress caused by Hcy. In the acute model of HHcy (experiment number three), myocardial oxidative stress increased due to the administration of Hcy in the group without estrogen. This result has a positive correlation with mean arterial pressure (MAP), that is, the higher LPO, the higher MAP. This effect was not observed in groups with physiological estrogens levels. It is possible that these findings are related to the antioxidant protection offered by estrogen. Moreover, we observed a reduction in the activity of GST in the group castrated+Hcy, which can be contributing for the oxidative damage observed. In the HHcy model caused by the consumption of methionine (experiment number four), we observedThis result has a negative correlation with the nitric oxide metabolites (Nox) showing that the animals that had an increased ventricular diastolic pressure had presented lesser NO bioavailability. In this model we also observed an increase in the myocardial oxidative stress due to the administration of methionine in the group without estrogen. This result has a positive correlation with LVEDP, that is, the animals with enhanced LPO also presented high ventricular diastolic pressure, indicating a possible participation of oxidative stress in ventricular dysfunction. These animals also presented an increase in the activities of GST and GPx in group castrated+methionine, suggesting that chronic treatment with methionine leads to an adaptation of the enzymatic antioxidant system in the absence of the estrogen.
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Importância da região AV3V para as respostas pressoras produzidas pela ativação de áreas bulbares.Vieira, Alexandre Antonio 21 March 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:23:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005-03-21 / Universidade Federal de Sao Carlos / Cardiovascular responses are integrated at different levels of the central
nervous system (CNS). Particularly the hypothalamus and brainstem areas are
involved in the control of autonomic responses and among them the cardiovascular
responses. Different areas in the brainstem, like the nucleus tract solitarii (NTS),
the rostroventrolateral medulla (RVLM), caudoventrolateral medulla (CVLM) and
the nucleus ambigus are important to cardiovascular control. These areas of the
brainstem that control the cardiovascular system receive information from
receptors present in different parts of the body, specially the pressoreceptors and
chemoreceptores and control the activity of the autonomic efferents. Injection of
the excitatory amino acid glutamate into the NTS in anesthetized rats produces
depressor response and bradycardia like barorreflex activation. Differently, in
unanesthetized rats, injection of the glutamate into the NTS produces pressor
response and bradycardia, similar to chemoreflex activation. The neuropeptide
substance P may act as neurotransmitter or neuromodulator of differents
cardiovascular reflexes and when injected into the NTS produces pressor
response. The RVLM is the main site of sympathetic output to the intermediolateral
cell column of the spinal cord. Injection of glutamate into the RVLM increases
sympathetic activity and induces pressor response. Hypotalamic areas are also
involved in the control of cardiovascular responses. For example, electrolytic
lesions in the paraventricular nucleus of the hypothalamus (PVN), reduce the
pressor response to chemoreflex activation with potassium cyanide (KCN) iv
Another hypothalamic area important for cardiovascular control is the anteroventral
third ventricle (AV3V) region. Electrolytic lesion of the AV3V region reduces the cardiovascular responses produced by central colinergic and angiotensinergic
activation and abolish many forms of the experimental hypertension in animals. In
the present study, in unanesthetized rats, we investigated the effects of acute (1
day) and cronic (15 days) AV3V lesions in the pressor responses produced by NTS
activation with injection of the excitatory amino acid glutamate and substance P or
injection of glutamate into the RVLM. The responses to activation of the baroreflex
and chemoreflex were also tested. Rats with sham or electrolytic lesions of the
AV3V region and stainless steel cannulas implanted into the NTS or RVLM were
used. Mean arterial pressure (MAP) and heart rate (HR) were recorded in
unanesthetized rats. A polyethylene tubing was inserted into the abdominal aorta
through the femoral artery on day before the experiments. A second polyethylene
tubing was inserted in the femoral vein for the baroreflex and chemoreflex tests.
The central injections were made using 5 µl Hamilton syringes. The volume of the
central injections into the NTS and RVLM was 100 nl. In sham rats, the injection of
glutamate (5 nmol) into the NTS produce pressor response (28 ± 3 mmHg). The
same dose of glutamate in acute AV3V-lesioned rats produce hypotension (-26 ± 8
mmHg) in the first day after lesion or did not modify the MAP (2 ± 8 mmHg) fifteen
days after AV3V lesion. The bradycardic responses produced by injection of the
glutamate into the NTS in acute (-65 ± 23 bpm) or cronic (-90 ± 29 bpm) AV3Vlesioned
rats were not different from the bradycardic responses produced by
glutamate into the NTS in sham-lesioned rats (-76 ± 13 e -90 ± 15 bpm).
Differently, the pressor response produced by injection of substance P (0,5 e 1
nmol) into the NTS in acute (16 ± 2 and 20 ± 2 mmHg, respectively) or chronic AV3V-lesioned rats (18 ± 1 and 20 ± 1 mmHg) were not different from the pressor
responses produced by the same doses of substance P into the NTS in acute (20 ±
5 and 22 ± 3 mmHg) or chronic sham rats (19 ± 3 and 25 ± 3 mmHg). The
tachycardic responses produced by injection of substance P into the NTS in acute
(54 ± 15 and 71 ± 15 bpm) and chronic AV3V-lesioned rats (70 ± 11 and 66 ± 11
bpm) were also not different from the tachycardic responses produced by
substance P into the NTS in acute (75 ± 14 and 72 ± 12 bpm) or chronic sham rats
(53 ± 16 e 84 ± 7 bpm). The pressor responses produced by injections of
glutamate (1, 5 and 10 nmol) into the RVLM in acute (9 ± 4, 39 ± 6 e 37 ± 4 mmHg,
respectively) or chronic AV3V-lesioned rats (13 ± 6, 39 ± 4 and 43 ± 4 mmHg,
respectively) were significantly reduced compared to the pressor responses of the
same doses of glutamate into the RVLM in acute (33 ± 5, 54 ± 3 and 56 ± 8 mmHg,
respectively) or chronic sham rats (29 ± 3, 50 ± 2 and 58 ± 3 mmHg, respectively).
Glutamate into the RVLM in acute or chronic sham or AV3V lesioned rats produced
no significant change in the heart rate. The baroreflex responses produced by iv
phenylephrine (5 µg/kg of body weight), sodium nitroprussiade (30 µg/kg of body
weight), or the responses produced by chemoreflex activation with iv injection of
potassium cyanide (20 and 40 µg/rato) were not modified by acute or chronic AV3V
lesion. The results show the importance of the AV3V region for the cardiovascular
responses dependent on the activation of the sympathetic nervous system and
specially the pressor responses to glutamatergic activation in the NTS and RVLM.
The integrity of the AV3V region is important for the pressor responses to injection
of glutamate into the NTS and into the RVLM, but not for the pressor response to injection of substance P into the NTS, which suggests that the AV3V lesion does
not non specifically affect any pressor mechanism. The AV3V lesions do not
modify the baro and chemoreflex responses, suggesting that the sympatoexcitatory
responses to chemoreflex activation do not depend unique and
exclusively on glutamatergic neurotransmission in the NTS and RVLM. / Respostas cardiovasculares podem ser integradas em diferentes níveis do
sistema nervoso central (SNC). Em particular, o hipotálamo e o bulbo estão muito
envolvidos com o controle de respostas autonômicas, entre as quais estão as
repostas cardiovasculares. No bulbo estão vários núcleos importantes para o
controle cardiovascular como o núcleo do trato solitário (NTS), as áreas
rostroventrolateral (RVL) e caudoventrolateral (CVL) e o núcleo ambíguo. Um
circuito envolvendo essas áreas bulbares é responsável pelo controle básico do
sistema cardiovascular, podendo receber informações dos receptores localizados
em diferentes partes do organismo, em especial dos pressorreceptores e
quimiorreceptores e, integrando essas informações de diversas origens, comandar
as eferências autonômicas. Injeção do aminoácido excitatório glutamato no NTS
de ratos anestesiados produz resposta hipotensora e bradicárdica semelhante à
ativação do barorreflexo. Diferentemente, em animais não anestesiados, a injeção
de glutamato no NTS provoca resposta pressora e bradicárdica, semelhante á
ativação do quimiorreflexo. A substância P é um neuropeptídeo que também
quando injetada no NTS produz efeito pressor, podendo atuar como
neurotransmissor ou neuromodulador dos diferentes reflexos cardiovasculares. A
área RVL é o principal sítio de saída simpática para a coluna intermédio lateral
(IML). Injeção de glutamato na área RVL produz disparos dos neurônios
simpáticos para a IML produzindo resposta pressora. É bem relatado, que áreas
hipotalâmicas exercem forte modulação sobre respostas cardiovasculares. Uma
dessas áreas é o núcleo paraventricular do hipotálamo (NPV), cuja lesão eletrolítica reduz a resposta pressora à ativação do quimiorreflexo com cianeto de
potássio i.v. Uma outra área hipotalâmica muito importante para o controle
cardiovascular é a região anteroventral do terceiro ventrículo (AV3V), cuja lesão
reduz as respostas cardiovasculares produzidas pela ativação colinérgica e
angiotensinérgica central e impede o desenvolvimento de diversas formas de
hipertensão em animais. No presente estudo o objetivo foi estudar em ratos não
anestesiados, os efeitos da lesão aguda (1 dia) e crônica (15 dias) da região AV3V
sobre as respostas pressoras produzidas pela ativação do NTS com injeção do
aminoácido excitatório glutamato e da taquicinina substância P ou pela injeção de
glutamato na área RVL, além de se testar as respostas à ativação tanto do
barorreflexo quanto do quimiorreflexo. Para isso foram utilizados ratos com lesão
eletrolítica ou lesão fictícia da região AV3V aguda ou crônica e com cânulas de
aço inoxidável implantadas no NTS ou na área RVL. A pressão arterial média
(PAM) e a frequência cardíaca (FC) foram registradas em ratos não anestesiados
que tiveram a artéria femoral canulada com tubo de polietileno (PE 10) no dia
anterior ao do registro. A veia femoral também foi canulada para injeções das
drogas periféricas para os teste de baro e quimiorreflexo. As injeções centrais no
volume de 100 nl foram feitas com auxílio de uma seringa Hamilton de 5 µl.
Enquanto que nos ratos com lesão fictícia (1 e 15 dias), a injeção de glutamato (5
nmol) no NTS produziu respostas pressoras (28 ± 3 mmHg), a mesma injeção nos
ratos com lesão da região AV3V produziu hipotensão (-26 ± 8 mmHg) no 1o dia
após a lesão ou não modificou a PAM (2 ± 8 mmHg) 15 dias após a lesão da
região AV3V. A resposta bradicárdica produzida pela injeção de glutamato no NTS de ratos com lesão eletrolítica aguda (-65 ± 23 bpm) e crônica (-90 ± 29 bpm) não
foram diferentes das respostas bradicárdicas produzidas pela injeção de glutamato
no NTS nos respectivos controles com lesão fictícia (-76 ± 13 e -90 ± 15 bpm).
Diferentemente do ocorrido com injeções de glutamato, as respostas pressoras
produzidas pelas injeções de substância P (0,5 e 1 nmol) no NTS de ratos com
lesão da região AV3V aguda (16 ± 2 e 20 ± 2 mmHg, respectivamente) ou crônica
(18 ± 1 e 20 ± 1 mmHg) não foram diferentes das respostas pressoras produzidas
pela injeção das mesmas doses de substância P no NTS de ratos com lesão
fictícia aguda (20 ± 5 e 22 ± 3 mmHg) ou crônica (19 ± 3 e 25 ± 3 mmHg). As
respostas taquicárdicas produzidas pela injeção de substância P no NTS de ratos
com lesão da região AV3V aguda (54 ± 15 e 71 ± 15 bpm) e crônica (70 ± 11 e 66
± 11 bpm) não foram diferentes das respostas taquicárdicas produzidas pela
injeção de substância P no NTS de ratos com lesão fictícia aguda (75 ± 14 e 72 ±
12 bpm) ou crônica (53 ± 16 e 84 ± 7 bpm). Por outro lado, as respostas pressoras
produzidas pelas injeções de glutamato (1, 5 e 10 nmol) na área RVL de ratos com
lesão da região AV3V aguda (9 ± 4, 39 ± 6 e 37 ± 4 mmHg, respectivamente) ou
crônica (13 ± 6, 39 ± 4 e 43 ± 4 mmHg, respectivamente) foram significativamente
reduzidas em relação às respostas pressoras produzidas pelas injeções das
mesmas doses de glutamato na área RVL de ratos com lesão fictícia aguda (33 ±
5, 54 ± 3 e 56 ± 8 mmHg, respectivamente) ou crônica (29 ± 3, 50 ± 2 e 58 ± 3
mmHg, respectivamente). Não se observaram diferenças nas respostas
bradicárdicas produzidas pelas injeções de glutamato nos ratos com lesão da
região AV3V (aguda ou crônica) em relação aos ratos com lesão fictícia. As respostas barorreflexas produzidas pelas injeções i.v. de fenilefrina (5 µg/kg de
peso corporal) ou nitroprussiato de sódio (30 µg/kg), assim como nas respostas
produzidas pela ativação do quimiorreflexo com injeções i.v. de cianeto de
potássio (20 e 40 µg/rato) também não foram modificadas pela lesão da região
AV3V tanto aguda como crônica. Esses resultados mostram a grande importância
que a região AV3V têm para as respostas cardiovasculares dependentes da
ativação do sistema nervoso simpático e, nesse caso em especial, respostas
pressoras à ativação glutamatérgica de áreas bulbares. Pelos resultados obtidos,
pode-se sugerir, que a região AV3V participa de uma forma decisiva nas respostas
pressoras resultantes da injeção de glutamato no NTS e na área RVL, mas não na
resposta pressora à injeção de substância P no NTS. Isso demonstra que o efeito
da lesão da região AV3V não depende de um comprometimento inespecífico de
mecanismos pressores. Um outro resultado importante desse estudo, é que a
lesão da região AV3V não modifica as respostas baro e quimiorreflexa, podendo
sugerir, que a resposta simpato-excitatória do quimiorreflexo não depende única e
exclusivamente da neurotransmissão glutamatérgica em área bulbares.
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Comparação do uso de noradrenalina, nitroprussiato e levosimendan na terapia do choque hipovolêmico: efeitos sobre a microcirculação e expressão gênica renal / Comparison between noradrenaline, nitroprusside and levosimendan use in hypovolemic shock therapy: effects on microcirculation and renal gene expressionRonald de Albuquerque Lima 29 May 2014 (has links)
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos sistêmicos, microcirculatórios assim como mudanças na expressão gênica renal, causados pela ação da noradrenalina, nitropussiato de sódio e levosimendan no tratamento do choque hemorrágico. Nesse estudo foi utilizado o modelo da câmara dorsal.Os animais foram sujeitos a choque hemorrágico e após, foram aleatoriamente divididos em quatro grupos. Os grupos foram: CTRL, recebeu apenas ringer lactato; NPS recebeu ringer lactato com nitroprussiato de sódio; NA recebeu ringer lactato com noradrenalina e LEV, recebeu ringer lactato com levosimendan. Foram avaliados parâmetros sistêmicos, assim como parâmetros microcirculatórios (comparados como percentual em relação ao momento basal). Além disso, foi avaliada a expressão gênica renal de eNOS, HIF-1α, ICAM e caspase-3. O grupo NPS apresentou uma recuperação sustentada do diâmetro arteriolar ( 89 12 %) e DCF (125 114 %) ao final do tratamento. Houve recuperação da velocidade de hemácias nos grupos CTRL e NPS. Não houve diferença em relação ao número de leucócitos aderidos e/ou rolantes ao final do tratamento. A expressão gênica renal de eNOS e caspase-3 entre os grupos não apontou diferenças, entretanto houve diferença significativa na expressão renal de HIF- 1α no grupo NA (0,65 0,08, UA) em relação ao grupo CTRL (0,44 0,06, UA) e LEV (0,45 0,06, UA). Todos os grupos tiveram uma maior expressão de ICAM (0,65 0,12; 0,7 0,12; 0,069 0,06; 0,65 0,12, UA) em relação ao grupo SHAM (0,50 0,05, UA). Ringer lactato puro ou associado com noradrenalina ou levosimendan não foram suficientes para recuperar e sustentar os parâmetros microvasculares. O tratamento com nitroprussiato de sódio foi o que apresentou os melhores resultados, com recuperação dos diâmetros arteriolar, da DCF e velocidade de hemácias. / This work aimed at evaluating the systemic and microcirculatory effects, as well as changes in renal gene expression elicited by noradrenalin, sodium nitroprusside and levosimendan associated to volume resuscitation in the treatment of hemorrhagic shock. The dorsal chamber model was used in this study. Animals were subjected to hemorrhagic shock and after that, were randomly distributed between four groups. Groups were: CTRL, received only lactated ringer's solution; NPS received lactated ringer's solution with sodium nitroprusside; NA received lactated ringer's solution with noradrenaline and LEV received lactated ringer's with levosimendan. Systemic and microcirculatory parameters were evaluated ( as percent change compared to baseline). Furthermore, renal genic expression of eNOS, HIF-1a and caspase-3 were also evaluated. NPS group presented a sustained recovery of arteriolar diameter ( 89 12 %) and FCD (125 114 %) at the end of the treatment. There was a red blood cell velocity recovery in CTRL and NPS groups. There was no difference regarding adhered or rolling leukocytes at the end of the treatment. eNOS and caspase-3 renal genic expression between groups showed no differences, however, there was a significant difference in renal genic expression of HIF-1α in NA group (0,65 0,08, AU) compared to CTRL (0,44 0,06, AU) e LEV (0,45 0,06, AU). All groups had a higher expression of ICAM (0,65 0,12; 0,7 0,12; 0,069 0,06; 0,65 0,12, AU) compared to the SHAM group (0,50 0,05, AU). Ringer's lactate solution associated or not to noradrenaline or levosimendan were not enough to recover and sustain microvascular parameters. Treatment with sodium nitroprusside presented the best results, with sustained arteriolar diameter, FCD and RBCV recoveries.
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