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Comportamento de risco na adolescência : aspectos pessoais e contextuaisZappe, Jana Gonçalves January 2014 (has links)
Esta tese apresenta um conjunto de estudos que investigaram a manifestação de comportamentos de risco na adolescência e as relações com variáveis de risco e proteção pessoais e contextuais. Engloba uma revisão sistemática de literatura, que identificou os comportamentos de risco mais investigados; um artigo que apresenta o processo de construção e análise do Índice de Comportamento de Risco (ICR); dois artigos empíricos construídos a partir do ICR; e um capítulo com o relato da experiência de devolução dos resultados da pesquisa em diferentes contextos. A versão final do ICR foi composta por 17 itens, que avaliam conjuntamente o uso de substâncias, comportamento sexual de risco, comportamento antissocial e comportamento suicida, com consistência interna satisfatória (α=0.84). Quanto aos estudos empíricos, um deles investigou o engajamento em comportamentos de risco e suas relações com fatores de risco e proteção, e o outro investigou longitudinalmente adolescentes que vivem em diferentes contextos: família, acolhimento institucional e instituições para cumprimento de medidas socioeducativas. Foi possível identificar que o comportamento de risco assume características diferenciadas conforme o contexto de inserção dos adolescentes, além de variações por idade e sexo, e que está associado com violência intra e extrafamiliar, eventos estressores, relações com a família, escola e religião, ter amigos próximos ou familiares que usam drogas e autoeficácia. Conclui-se que é preciso intervir minimizando fatores de risco e potencializando fatores de proteção, especialmente em grupos mais vulneráveis como adolescentes institucionalizados. / This thesis presents a set of studies that investigated the manifestation of risk behaviors in adolescence and the relationship among risk, personal protection and context variables. Encompasses a systematic literature review that identified risk behaviors investigated further; an article that presents the process of construction and analysis of Risk Behavior Index (RCI); two empirical articles built from the RCI; and a chapter with an experience report of returning the search results in different contexts. The final version of the RCI was composed of 17 items, which jointly assess substance use, risky sexual behavior, antisocial behavior, and suicidal behavior, with satisfactory internal consistency (α = 0.84). About the empirical studies, one investigated the engagement in risky behaviors and their relationships with risk and protective factors, and the other investigated longitudinally adolescents living in different contexts: family, institutional care and institutions to abide educational measures. The study identified that the risk behavior takes different characteristics depending on the adolescents’ context, plus variations by age and sex. The risk behavior in adolescents is also associated with intra- and extra-family violence, stressful events, relationships with family, school and religion, have close friends or relatives who use drugs and self-efficacy. In conclusion, the study shows that an intervention is required to minimize risk factors and enhancing protective factors, especially in vulnerable groups such as institutionalized adolescents.
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Comportamento de risco na adolescência : aspectos pessoais e contextuaisZappe, Jana Gonçalves January 2014 (has links)
Esta tese apresenta um conjunto de estudos que investigaram a manifestação de comportamentos de risco na adolescência e as relações com variáveis de risco e proteção pessoais e contextuais. Engloba uma revisão sistemática de literatura, que identificou os comportamentos de risco mais investigados; um artigo que apresenta o processo de construção e análise do Índice de Comportamento de Risco (ICR); dois artigos empíricos construídos a partir do ICR; e um capítulo com o relato da experiência de devolução dos resultados da pesquisa em diferentes contextos. A versão final do ICR foi composta por 17 itens, que avaliam conjuntamente o uso de substâncias, comportamento sexual de risco, comportamento antissocial e comportamento suicida, com consistência interna satisfatória (α=0.84). Quanto aos estudos empíricos, um deles investigou o engajamento em comportamentos de risco e suas relações com fatores de risco e proteção, e o outro investigou longitudinalmente adolescentes que vivem em diferentes contextos: família, acolhimento institucional e instituições para cumprimento de medidas socioeducativas. Foi possível identificar que o comportamento de risco assume características diferenciadas conforme o contexto de inserção dos adolescentes, além de variações por idade e sexo, e que está associado com violência intra e extrafamiliar, eventos estressores, relações com a família, escola e religião, ter amigos próximos ou familiares que usam drogas e autoeficácia. Conclui-se que é preciso intervir minimizando fatores de risco e potencializando fatores de proteção, especialmente em grupos mais vulneráveis como adolescentes institucionalizados. / This thesis presents a set of studies that investigated the manifestation of risk behaviors in adolescence and the relationship among risk, personal protection and context variables. Encompasses a systematic literature review that identified risk behaviors investigated further; an article that presents the process of construction and analysis of Risk Behavior Index (RCI); two empirical articles built from the RCI; and a chapter with an experience report of returning the search results in different contexts. The final version of the RCI was composed of 17 items, which jointly assess substance use, risky sexual behavior, antisocial behavior, and suicidal behavior, with satisfactory internal consistency (α = 0.84). About the empirical studies, one investigated the engagement in risky behaviors and their relationships with risk and protective factors, and the other investigated longitudinally adolescents living in different contexts: family, institutional care and institutions to abide educational measures. The study identified that the risk behavior takes different characteristics depending on the adolescents’ context, plus variations by age and sex. The risk behavior in adolescents is also associated with intra- and extra-family violence, stressful events, relationships with family, school and religion, have close friends or relatives who use drugs and self-efficacy. In conclusion, the study shows that an intervention is required to minimize risk factors and enhancing protective factors, especially in vulnerable groups such as institutionalized adolescents.
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Fatores de proteção social no enfrentamento da violência: dar voz e vez aos adolescentes em seu ambiente escolar / Factors of social protection in confronting violence: giving voice and chance to teenagers in their school environmentSantos, Angela Letícia dos 19 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / School violence constitutes one of the difficulties in the accomplishment of the knowledge building process, fact which worries and drives educators, and also students, to deepen the understanding of the forms to react to the problem. This work studies the social condition of schools, which, built around a repression system, end up being a space favorable to the manifestation of violent attitudes, often destroying attempts for breaking free from hierarchization by the students. From the references in Foucault and related to the accumulation of the theoretical debate about bullying and from the contribution of the ethical discussion and of the relative presence of the family in the educational framework and in the social protection, we proceeded to the observation of the consequences of this system. In the research work performed, through qualitative procedures, with state schools students from the municipality of São Bernardo do Campo/SP, the reports reinforce the Idea of a repressive school system: they point to the power relationships in the schools, among school officials, teachers and students; to the disrespect to the singularities and condition of the developing individual; to the abuse of punishment, such as school suspension and mandatory transference; to the reinforcement of prejudice and permanence of segregation. The identification of the multiple causes that concur to establish violent conditions, after the analysis of the bibliography and content of the reports from the students, served as base to point out useful protection factors for the improvement for living together in the schools. Guidelines to be adopted by educators in their everyday actions derive from them. Thirteen of them are presented: Promoting education with ethics; To be an effective educator; To be a rational educator; Knowing the stages of the infant and youth development; To respect to be respected; To recognize the differences and diversities to built relationships of respect; To be fair; To identify unfairness against children and teenagers; To stimulate political participation; To be solidary; To involve the community in the educational process; To repudiate violence and lead the transforming dialogue / A violência escolar constitui uma das dificuldades para a efetivação do processo de construção do saber, fato que preocupa e impulsiona educadores, e também educandos, a aprofundar o conhecimento das formas de reagir ao problema. Este trabalho estuda a condição social das escolas, que, construídas à luz de um sistema de repressão, acabam se configurando como espaço propício para a manifestação de atitudes violentas, destruindo tentativas dos estudantes de romper com a hierarquização. A partir de referências em Foucault e relativas ao acúmulo do debate teórico acerca do bullying, do aporte da discussão ética e da relativa à presença da família no quadro educacional e de proteção social, procedemos à observação das conseqüências desse sistema. No trabalho de pesquisa realizado, mediante procedimentos qualitativos, com estudantes de escolas estaduais do município de São Bernardo do Campo/SP, os relatos reforçam a idéia de um sistema escolar repressor: apontam para as relações de poder nas escolas, entre funcionários, professores e alunos; para o desrespeito às singularidades e a condição de indivíduo em desenvolvimento; para o abuso de punições, como a suspensão escolar e a transferência compulsória; para o reforço ao preconceito e à permanência da segregação. A identificação das múltiplas causas que concorrem para estabelecer relações sociais violentas, após análise da bibliografia e do conteúdo dos relatos dos estudantes serviu de base para apontar fatores de proteção úteis na melhoria das condições de convivência nas escolas. Deles decorrem diretrizes a serem adotadas por educadores no cotidiano de suas ações. São apresentadas treze delas: Promover educação com ética; Ser um educador afetivo; Ser um educador racional; Conhecer as etapas do desenvolvimento infanto-juvenil; Respeitar para ser respeitado; Reconhecer as diversidades para construir relações de respeito; Ser justo; Identificar injustiças contra crianças e adolescentes; Estimular a participação política; Ser solidário; Envolver a comunidade no processo educacional; Repudiar a violência e protagonizar o diálogo transformador
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Fatores relacionados ao trabalho remunerado entre indivíduos com transtorno mental / Fators related to paid work among individuals with mental disordersLilian Carla de Almeida 27 October 2017 (has links)
O presente estudo teve como objeto a prevalência e os preditores do trabalho remunerado entre indivíduos com transtorno mental, identificando-se a necessidade de estudar tal prevalência e os fatores que favorecem a inserção destes indivíduos no trabalho remunerado, em detrimento dos seus fatores de risco, considerando a sua importância na vida do indivíduo e também a relação entre o trabalho e o transtorno mental nos diferentes períodos históricos do Brasil e do mundo, sob a égide da Reabilitação Psicossocial voltada para o eixo trabalho com valor social. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva, com amostra de 258 fichas de admissão de pacientes atendidos em um ambulatório de saúde mental do interior do estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreu por meio de um roteiro norteador contendo informações dos aspectos sociodemográficos, situação de trabalho e aspectos clínicos dos participantes, que, posteriormente, foram submetidas a análises bivariadas, a saber, teste de Qui-Quadrado (Chi-Square test) e teste Exato de Fisher (Fisher\'s Exact test) com o objetivo de identificar a associação entre as variáveis e à análise de regressão logística múltipla, tendo como propósito identificar os fatores associados ao exercício de atividade remunerada. Os aspectos éticos das diretrizes e normas propostos pela resolução 466/ 2012 do Conselho nacional de Saúde para as pesquisas com seres humanos foram respeitados, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - EERP/ USP. Com relação aos resultados, 40,3% dos participantes exerciam trabalho remunerado e 59,7% não exerciam tal atividade, a maioria era do gênero feminino, tinha entre 40 e 59 anos, baixa escolaridade e não tinha companheiro. Os preditores do trabalho remunerado identificados neste estudo foram a idade mais jovem, o gênero masculino, as categorias de transtornos mentais de humor e ansiosos em detrimento dos outros tipos de transtorno e a não utilização de medicamentos antipsicóticos. Destaca-se que os preditores idade, não uso de antipsicóticos e gênero masculino provavelmente sofreram influência dos subgrupos dos indivíduos aposentados, afastados por doença ou desempregados e apenas as categorias diagnósticas não sofreram tal influência, portanto, identifica-se a importância do olhar mais cuidadoso aos indivíduos com diagnósticos psiquiátricos mais severos, estigmatizantes e incapacitantes no sentido de empreender esforços que viabilizem a inserção desses indivíduos no trabalho remunerado dentro do mercado formal, quando possível, ou em formas de trabalho protegidas / The present study had as object the prevalence and predictors of paid work among individuals with mental disorder, identifying the need to study such theme, to the detriment of its risk factors, considering its importance for the individual\'s life and under the aegis of Psychosocial Rehabilitation focused on the work with social value axis. This is a quantitative, descriptive and retrospective study, with a sample of 258 admission records from patients attended at a mental health clinic in the interior of the state of Sao Paulo. Data collection was done through a guiding script containing information about sociodemographic aspects, work situation and clinical aspects of the participants, which were then submitted to bivariate analysis, as the Chi-Square test and Fisher\'s Exact test with the objective of identifying the association between the variables and the multiple logistic regression analysis, in order to identify the factors associated with paid work. The present study was approved for the Ethics and Research Committee of the Ribeirao Preto School of Nursing University of Sao Paulo. About the results, 40.3% of the participants were inserted in paid work and 59.7% did not practice this activity, the majority were female, between 40 and 59 years old, had low education and had no marital-partner. The predictors of paid work identified in this study were the younger age, the male gender, the diagnostic categories of mental disorders related to mood and anxious to the detriment of the other types of mental disorders and the non-use of antipsychotic medications. It stands out the predictors of age, non-use of antipsychotics and male gender as factors that were probably influenced by the subgroups of retired, away from work by illness or unemployed individuals and only the diagnostic categories did not suffer such influence, therefore, the importance of a more careful look to individuals with more severe, stigmatizing and incapacitating psychiatric diagnoses in the sense of undertake efforts that make possible the insertion of these individuals in paid work in the formal market, whenever possible, or in protected forms of work.
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Fatores relacionados ao trabalho remunerado entre indivíduos com transtorno mental / Fators related to paid work among individuals with mental disordersAlmeida, Lilian Carla de 27 October 2017 (has links)
O presente estudo teve como objeto a prevalência e os preditores do trabalho remunerado entre indivíduos com transtorno mental, identificando-se a necessidade de estudar tal prevalência e os fatores que favorecem a inserção destes indivíduos no trabalho remunerado, em detrimento dos seus fatores de risco, considerando a sua importância na vida do indivíduo e também a relação entre o trabalho e o transtorno mental nos diferentes períodos históricos do Brasil e do mundo, sob a égide da Reabilitação Psicossocial voltada para o eixo trabalho com valor social. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva e retrospectiva, com amostra de 258 fichas de admissão de pacientes atendidos em um ambulatório de saúde mental do interior do estado de São Paulo. A coleta de dados ocorreu por meio de um roteiro norteador contendo informações dos aspectos sociodemográficos, situação de trabalho e aspectos clínicos dos participantes, que, posteriormente, foram submetidas a análises bivariadas, a saber, teste de Qui-Quadrado (Chi-Square test) e teste Exato de Fisher (Fisher\'s Exact test) com o objetivo de identificar a associação entre as variáveis e à análise de regressão logística múltipla, tendo como propósito identificar os fatores associados ao exercício de atividade remunerada. Os aspectos éticos das diretrizes e normas propostos pela resolução 466/ 2012 do Conselho nacional de Saúde para as pesquisas com seres humanos foram respeitados, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - EERP/ USP. Com relação aos resultados, 40,3% dos participantes exerciam trabalho remunerado e 59,7% não exerciam tal atividade, a maioria era do gênero feminino, tinha entre 40 e 59 anos, baixa escolaridade e não tinha companheiro. Os preditores do trabalho remunerado identificados neste estudo foram a idade mais jovem, o gênero masculino, as categorias de transtornos mentais de humor e ansiosos em detrimento dos outros tipos de transtorno e a não utilização de medicamentos antipsicóticos. Destaca-se que os preditores idade, não uso de antipsicóticos e gênero masculino provavelmente sofreram influência dos subgrupos dos indivíduos aposentados, afastados por doença ou desempregados e apenas as categorias diagnósticas não sofreram tal influência, portanto, identifica-se a importância do olhar mais cuidadoso aos indivíduos com diagnósticos psiquiátricos mais severos, estigmatizantes e incapacitantes no sentido de empreender esforços que viabilizem a inserção desses indivíduos no trabalho remunerado dentro do mercado formal, quando possível, ou em formas de trabalho protegidas / The present study had as object the prevalence and predictors of paid work among individuals with mental disorder, identifying the need to study such theme, to the detriment of its risk factors, considering its importance for the individual\'s life and under the aegis of Psychosocial Rehabilitation focused on the work with social value axis. This is a quantitative, descriptive and retrospective study, with a sample of 258 admission records from patients attended at a mental health clinic in the interior of the state of Sao Paulo. Data collection was done through a guiding script containing information about sociodemographic aspects, work situation and clinical aspects of the participants, which were then submitted to bivariate analysis, as the Chi-Square test and Fisher\'s Exact test with the objective of identifying the association between the variables and the multiple logistic regression analysis, in order to identify the factors associated with paid work. The present study was approved for the Ethics and Research Committee of the Ribeirao Preto School of Nursing University of Sao Paulo. About the results, 40.3% of the participants were inserted in paid work and 59.7% did not practice this activity, the majority were female, between 40 and 59 years old, had low education and had no marital-partner. The predictors of paid work identified in this study were the younger age, the male gender, the diagnostic categories of mental disorders related to mood and anxious to the detriment of the other types of mental disorders and the non-use of antipsychotic medications. It stands out the predictors of age, non-use of antipsychotics and male gender as factors that were probably influenced by the subgroups of retired, away from work by illness or unemployed individuals and only the diagnostic categories did not suffer such influence, therefore, the importance of a more careful look to individuals with more severe, stigmatizing and incapacitating psychiatric diagnoses in the sense of undertake efforts that make possible the insertion of these individuals in paid work in the formal market, whenever possible, or in protected forms of work.
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Trajetórias de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social : entre o risco e a proteçãoMorais, Normanda Araujo de January 2009 (has links)
A presente tese buscou caracterizar diferentes perfis de trajetórias de vida de crianças e adolescentes (11-18 anos) que vivem em situação de vulnerabilidade social (um grupo em situação de rua - G1 e um grupo que vive com sua família - G2). No Estudo I, G1 e G2 (N = 98) foram caracterizados quanto ao risco (eventos estressores), proteção (rede de apoio social e afetiva) e ajustamento (sintomas físicos, uso de drogas, comportamento sexual de risco, comportamento suicida, afeto positivo e afeto negativo) e análises comparativas entre os grupos foram realizadas. A associação dos eventos estressores e da rede de apoio social com o mau ajustamento foi testada, assim como o efeito moderador da rede de apoio. No Estudo II, realizaram-se estudos de casos múltiplos acerca dos perfis dos quatro participantes que obtiveram os piores e melhores escores de ajustamento no Estudo I. O Estudo III apresentou a visão que técnicas da rede de assistência possuíam acerca de aspectos relevantes da trajetória de vida dos participantes do estudo II. O Estudo I mostrou que G1 apresentou maior número de eventos estressores e piores indicadores de ajustamento (à exceção da variável afeto positivo) que G2. Apenas o número de eventos estressores esteve associado ao mau ajustamento e o fator de proximidade na família funcionou como fator de proteção (buffer). O Estudo II mostrou diferentes perfis de ajustamento, os quais se diferiam no número de eventos estressores, indicador de ajustamento e grau de vinculação familiar, com a escola, com a rua e com a instituição. O Estudo III mostrou características comuns à trajetória dos quatro adolescentes, sobretudo com relação à dinâmica familiar e ao papel da rede de apoio. Os resultados sugerem: a idéia de um continuum de vulnerabilidade social; a noção de vinculação processual com a rua e de diferentes perfis e trajetórias de vinculação com a rua; e a necessidade de que maior visibilidade seja dada para a infância/adolescência que vive diferentes situações de vulnerabilidade social, não apenas a situação de rua. Por fim, são discutidas as características de medidas preventivas que sejam anteriores à vinda para a rua e de medidas que atendam crianças e adolescentes que já estão na rua. / The present work aimed to characterize different profiles of children and adolescents (11- 18 years old) who live in situations of social vulnerability (one group of street children and adolescents - G1 and one group living with their families - G2). In Study I, G1 and G2 (N = 98) were characterized according to risk (stressful events), protection (social and emotional support network) and adjustment (physical health symptoms, drug use, sexual risk taking behavior, suicidal behavior and positive/negative affect) and comparative analysis between the groups were conducted. The association of stressful events and social support networks with maladjustment was tested, as well as the moderator effect of support networks. In Study II, multiple case studies were developed to examine the profiles of the four participants who had the worst and best adjustment scores in Study I. Study III examined the perspectives of social service providers regarding relevant aspects of the path of life of participants in Study II. Study I showed that G1 experienced a larger number of stressful events and worse indicators of adjustment (with the exception of positive affect) than G2. Only the number of stressful events was independently associated with maladjustment, and proximity to the family worked as a protective factor (buffer). Study II showed different profiles of adjustment, which differed from one another in number of stressful events, indicators of adjustment and strength of ties to the family, school, street and institution. Study III showed common characteristics in the path of the four adolescents; mainly concerning the family dynamic and the role of social support. The results suggest the following: the idea of a continuum of social vulnerability; the notion of a procedural linking with the street and of different paths of linking with the street; and the necessity of paying greater attention to childhood and adolescents who experience situations of social vulnerability other than (or in addition to) homelessness. In conclusion, characteristics of preventive programs whose goal is to prevent children's arrival on the street, and programs that attend children and adolescents who are already on the street, are discussed.
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Exploração sexual e trabalho : um estudo de fatores de risco e proteção com adolescentes e jovensDutra-Thomé, Luciana January 2009 (has links)
A presente dissertação teve como objetivo investigar aspectos relacionados à juventude brasileira e trabalho através da identificação de fatores de proteção e de risco em dois estudos independentes. Os referenciais teóricos da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano e da Psicologia do Trabalho embasaram estes estudos. O Estudo I teve como foco a exploração sexual como trabalho. O objetivo foi investigar o caso de uma menina de 14 anos, em situação de exploração sexual comercial, que informava ser esta a sua atividade laboral. Utilizou-se um delineamento de estudo de caso único. Constatou-se que a jovem percebia a atividade como um trabalho que lhe proporcionava autonomia, subsistência e sobrevivência. O Estudo II teve como foco a comparação das características de jovens trabalhadores e não trabalhadores. Seu objetivo foi investigar aspectos relacionados ao mundo do trabalho na vida de jovens brasileiros de nível sócio econômico baixo. Foi realizado um recorte transversal de uma pesquisa de caráter exploratório descritivo sobre Fatores de Risco e Proteção da Juventude Brasileira, realizada em sete cidades do país. Participam 7425 jovens, com idade entre 14 a 24 anos (m = 16,19; SD = 1,821), de ambos os sexos (masculino, n = 3397, 45,8%; feminino n = 4014, 54,2%) e nível sócio econômico baixo. Foi utilizado um questionário para levantamento de fatores de risco e proteção. Para análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas, qui-quadrado e teste t de Student, comparando um grupo de jovens trabalhadores e um grupo de jovens não trabalhadores. Algumas constatações revelaram que, apesar de haver um número relativamente elevado de jovens trabalhando, a remuneração desta mão de obra foi considerada baixa, sendo que 47,9% trabalham entre cindo e oito horas diárias. Além disso, o fato de trabalhar na juventude mostrou-se relacionado ao número de reprovações. Os resultados indicaram que, quanto maior o nível educacional dos pais, menor o percentual de jovens trabalhando. Jovens não trabalhadores apresentaram média de escolaridade superior e estudam prioritariamente nos turnos da manhã e da tarde em relação aos jovens trabalhadores, cujo turno escolar concentra-se à noite. Jovens trabalhadores registraram auxiliar na renda doméstica, enquanto os jovens não trabalhadores registraram contar com o apoio financeiro familiar. Jovens trabalhadores apresentaram um percentual maior de uso de todas as drogas, maior risco de suicídio em relação aos jovens não trabalhadores. Além disso, a exposição à violência doméstica e na comunidade foi superior no caso dos jovens trabalhadores. O Estudo I e o Estudo II revelaram os efeitos negativos do trabalho sobre a saúde dos jovens trabalhadores, somado às dificuldades de administrar a competição que se estabeleceu entre o trabalho e outras tarefas. O trabalho juvenil pode ser considerado um fator de risco, principalmente quando as condições laborais não se dão de forma adequada e protegida. / The aim of the study was to investigate aspects related to brazilian youth and work, identifying protective and risk factors through two independent studies. The Biological Human Development Approach and the Psychology of Work were used as frameworks. In the first study the focus was the sexual exploitation as a job. The objective was to investigate the case of a 14 years old girl, in the situation of commercial sexual exploitation, who considered this situation her labor activity. It was used a single case study delineation. The girl perceived the activity as a job that provided autonomy and her survival. The second study focused on the comparison of a group of youth workers and a group of youth non-workers. Its objective was to investigate aspects related to the world of work in the life of young brazilians of low economic level. It was a cross-sectional study based on a national descriptive exploratory research about risk and protective factors in brazilian youth, developed in seven different cities. There were 7425 participants, aged between 14 and 24 years old (m = 16,19; SD = 1,821), both genders (male, n = 3397, 45,8%; female n = 4014, 54,2%), of low economic level. The instrument was a questionnaire about risk and protective factors, containing 109 questions. The data analysis included descriptive statistics, chi-square and Student t test comparing a group of youth workers and a group of youth non-workers. Some results showed that although there is a relatively high number of youth workers, their income is low, considering that 47.9% work between five and eight a day. Concerning education, working during youth is related to a high failure rate at school. The results show that the higher the educational level of parents, the lower the percentage of youth workers. Non-workers group showed a greater average of educational level and with priority studies in the morning and the afternoon shifts in relation the young workers, whose scholar shift is at night. Young workers had registered to assist in the domestic income, while the non-workers group had registered to count on the familiar financial support. The youth workers' group had a greater percentage of use of all the investigated drugs and a higher risk of suicide in comparison to the youth nonworkers group. Moreover, the exposition to domestic violence and community violence was superior in the case of youth workers. Study I and Study II revealed that the negative effects of working during youth period can bring consequences to youth health and generate difficulties in managing the competition between work and other tasks. Youth work can be defined as a risk factor, especially when the labour conditions are not adequate and protected.
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Trajetórias de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social : entre o risco e a proteçãoMorais, Normanda Araujo de January 2009 (has links)
A presente tese buscou caracterizar diferentes perfis de trajetórias de vida de crianças e adolescentes (11-18 anos) que vivem em situação de vulnerabilidade social (um grupo em situação de rua - G1 e um grupo que vive com sua família - G2). No Estudo I, G1 e G2 (N = 98) foram caracterizados quanto ao risco (eventos estressores), proteção (rede de apoio social e afetiva) e ajustamento (sintomas físicos, uso de drogas, comportamento sexual de risco, comportamento suicida, afeto positivo e afeto negativo) e análises comparativas entre os grupos foram realizadas. A associação dos eventos estressores e da rede de apoio social com o mau ajustamento foi testada, assim como o efeito moderador da rede de apoio. No Estudo II, realizaram-se estudos de casos múltiplos acerca dos perfis dos quatro participantes que obtiveram os piores e melhores escores de ajustamento no Estudo I. O Estudo III apresentou a visão que técnicas da rede de assistência possuíam acerca de aspectos relevantes da trajetória de vida dos participantes do estudo II. O Estudo I mostrou que G1 apresentou maior número de eventos estressores e piores indicadores de ajustamento (à exceção da variável afeto positivo) que G2. Apenas o número de eventos estressores esteve associado ao mau ajustamento e o fator de proximidade na família funcionou como fator de proteção (buffer). O Estudo II mostrou diferentes perfis de ajustamento, os quais se diferiam no número de eventos estressores, indicador de ajustamento e grau de vinculação familiar, com a escola, com a rua e com a instituição. O Estudo III mostrou características comuns à trajetória dos quatro adolescentes, sobretudo com relação à dinâmica familiar e ao papel da rede de apoio. Os resultados sugerem: a idéia de um continuum de vulnerabilidade social; a noção de vinculação processual com a rua e de diferentes perfis e trajetórias de vinculação com a rua; e a necessidade de que maior visibilidade seja dada para a infância/adolescência que vive diferentes situações de vulnerabilidade social, não apenas a situação de rua. Por fim, são discutidas as características de medidas preventivas que sejam anteriores à vinda para a rua e de medidas que atendam crianças e adolescentes que já estão na rua. / The present work aimed to characterize different profiles of children and adolescents (11- 18 years old) who live in situations of social vulnerability (one group of street children and adolescents - G1 and one group living with their families - G2). In Study I, G1 and G2 (N = 98) were characterized according to risk (stressful events), protection (social and emotional support network) and adjustment (physical health symptoms, drug use, sexual risk taking behavior, suicidal behavior and positive/negative affect) and comparative analysis between the groups were conducted. The association of stressful events and social support networks with maladjustment was tested, as well as the moderator effect of support networks. In Study II, multiple case studies were developed to examine the profiles of the four participants who had the worst and best adjustment scores in Study I. Study III examined the perspectives of social service providers regarding relevant aspects of the path of life of participants in Study II. Study I showed that G1 experienced a larger number of stressful events and worse indicators of adjustment (with the exception of positive affect) than G2. Only the number of stressful events was independently associated with maladjustment, and proximity to the family worked as a protective factor (buffer). Study II showed different profiles of adjustment, which differed from one another in number of stressful events, indicators of adjustment and strength of ties to the family, school, street and institution. Study III showed common characteristics in the path of the four adolescents; mainly concerning the family dynamic and the role of social support. The results suggest the following: the idea of a continuum of social vulnerability; the notion of a procedural linking with the street and of different paths of linking with the street; and the necessity of paying greater attention to childhood and adolescents who experience situations of social vulnerability other than (or in addition to) homelessness. In conclusion, characteristics of preventive programs whose goal is to prevent children's arrival on the street, and programs that attend children and adolescents who are already on the street, are discussed.
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Exploração sexual e trabalho : um estudo de fatores de risco e proteção com adolescentes e jovensDutra-Thomé, Luciana January 2009 (has links)
A presente dissertação teve como objetivo investigar aspectos relacionados à juventude brasileira e trabalho através da identificação de fatores de proteção e de risco em dois estudos independentes. Os referenciais teóricos da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano e da Psicologia do Trabalho embasaram estes estudos. O Estudo I teve como foco a exploração sexual como trabalho. O objetivo foi investigar o caso de uma menina de 14 anos, em situação de exploração sexual comercial, que informava ser esta a sua atividade laboral. Utilizou-se um delineamento de estudo de caso único. Constatou-se que a jovem percebia a atividade como um trabalho que lhe proporcionava autonomia, subsistência e sobrevivência. O Estudo II teve como foco a comparação das características de jovens trabalhadores e não trabalhadores. Seu objetivo foi investigar aspectos relacionados ao mundo do trabalho na vida de jovens brasileiros de nível sócio econômico baixo. Foi realizado um recorte transversal de uma pesquisa de caráter exploratório descritivo sobre Fatores de Risco e Proteção da Juventude Brasileira, realizada em sete cidades do país. Participam 7425 jovens, com idade entre 14 a 24 anos (m = 16,19; SD = 1,821), de ambos os sexos (masculino, n = 3397, 45,8%; feminino n = 4014, 54,2%) e nível sócio econômico baixo. Foi utilizado um questionário para levantamento de fatores de risco e proteção. Para análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas, qui-quadrado e teste t de Student, comparando um grupo de jovens trabalhadores e um grupo de jovens não trabalhadores. Algumas constatações revelaram que, apesar de haver um número relativamente elevado de jovens trabalhando, a remuneração desta mão de obra foi considerada baixa, sendo que 47,9% trabalham entre cindo e oito horas diárias. Além disso, o fato de trabalhar na juventude mostrou-se relacionado ao número de reprovações. Os resultados indicaram que, quanto maior o nível educacional dos pais, menor o percentual de jovens trabalhando. Jovens não trabalhadores apresentaram média de escolaridade superior e estudam prioritariamente nos turnos da manhã e da tarde em relação aos jovens trabalhadores, cujo turno escolar concentra-se à noite. Jovens trabalhadores registraram auxiliar na renda doméstica, enquanto os jovens não trabalhadores registraram contar com o apoio financeiro familiar. Jovens trabalhadores apresentaram um percentual maior de uso de todas as drogas, maior risco de suicídio em relação aos jovens não trabalhadores. Além disso, a exposição à violência doméstica e na comunidade foi superior no caso dos jovens trabalhadores. O Estudo I e o Estudo II revelaram os efeitos negativos do trabalho sobre a saúde dos jovens trabalhadores, somado às dificuldades de administrar a competição que se estabeleceu entre o trabalho e outras tarefas. O trabalho juvenil pode ser considerado um fator de risco, principalmente quando as condições laborais não se dão de forma adequada e protegida. / The aim of the study was to investigate aspects related to brazilian youth and work, identifying protective and risk factors through two independent studies. The Biological Human Development Approach and the Psychology of Work were used as frameworks. In the first study the focus was the sexual exploitation as a job. The objective was to investigate the case of a 14 years old girl, in the situation of commercial sexual exploitation, who considered this situation her labor activity. It was used a single case study delineation. The girl perceived the activity as a job that provided autonomy and her survival. The second study focused on the comparison of a group of youth workers and a group of youth non-workers. Its objective was to investigate aspects related to the world of work in the life of young brazilians of low economic level. It was a cross-sectional study based on a national descriptive exploratory research about risk and protective factors in brazilian youth, developed in seven different cities. There were 7425 participants, aged between 14 and 24 years old (m = 16,19; SD = 1,821), both genders (male, n = 3397, 45,8%; female n = 4014, 54,2%), of low economic level. The instrument was a questionnaire about risk and protective factors, containing 109 questions. The data analysis included descriptive statistics, chi-square and Student t test comparing a group of youth workers and a group of youth non-workers. Some results showed that although there is a relatively high number of youth workers, their income is low, considering that 47.9% work between five and eight a day. Concerning education, working during youth is related to a high failure rate at school. The results show that the higher the educational level of parents, the lower the percentage of youth workers. Non-workers group showed a greater average of educational level and with priority studies in the morning and the afternoon shifts in relation the young workers, whose scholar shift is at night. Young workers had registered to assist in the domestic income, while the non-workers group had registered to count on the familiar financial support. The youth workers' group had a greater percentage of use of all the investigated drugs and a higher risk of suicide in comparison to the youth nonworkers group. Moreover, the exposition to domestic violence and community violence was superior in the case of youth workers. Study I and Study II revealed that the negative effects of working during youth period can bring consequences to youth health and generate difficulties in managing the competition between work and other tasks. Youth work can be defined as a risk factor, especially when the labour conditions are not adequate and protected.
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Trajetórias de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social : entre o risco e a proteçãoMorais, Normanda Araujo de January 2009 (has links)
A presente tese buscou caracterizar diferentes perfis de trajetórias de vida de crianças e adolescentes (11-18 anos) que vivem em situação de vulnerabilidade social (um grupo em situação de rua - G1 e um grupo que vive com sua família - G2). No Estudo I, G1 e G2 (N = 98) foram caracterizados quanto ao risco (eventos estressores), proteção (rede de apoio social e afetiva) e ajustamento (sintomas físicos, uso de drogas, comportamento sexual de risco, comportamento suicida, afeto positivo e afeto negativo) e análises comparativas entre os grupos foram realizadas. A associação dos eventos estressores e da rede de apoio social com o mau ajustamento foi testada, assim como o efeito moderador da rede de apoio. No Estudo II, realizaram-se estudos de casos múltiplos acerca dos perfis dos quatro participantes que obtiveram os piores e melhores escores de ajustamento no Estudo I. O Estudo III apresentou a visão que técnicas da rede de assistência possuíam acerca de aspectos relevantes da trajetória de vida dos participantes do estudo II. O Estudo I mostrou que G1 apresentou maior número de eventos estressores e piores indicadores de ajustamento (à exceção da variável afeto positivo) que G2. Apenas o número de eventos estressores esteve associado ao mau ajustamento e o fator de proximidade na família funcionou como fator de proteção (buffer). O Estudo II mostrou diferentes perfis de ajustamento, os quais se diferiam no número de eventos estressores, indicador de ajustamento e grau de vinculação familiar, com a escola, com a rua e com a instituição. O Estudo III mostrou características comuns à trajetória dos quatro adolescentes, sobretudo com relação à dinâmica familiar e ao papel da rede de apoio. Os resultados sugerem: a idéia de um continuum de vulnerabilidade social; a noção de vinculação processual com a rua e de diferentes perfis e trajetórias de vinculação com a rua; e a necessidade de que maior visibilidade seja dada para a infância/adolescência que vive diferentes situações de vulnerabilidade social, não apenas a situação de rua. Por fim, são discutidas as características de medidas preventivas que sejam anteriores à vinda para a rua e de medidas que atendam crianças e adolescentes que já estão na rua. / The present work aimed to characterize different profiles of children and adolescents (11- 18 years old) who live in situations of social vulnerability (one group of street children and adolescents - G1 and one group living with their families - G2). In Study I, G1 and G2 (N = 98) were characterized according to risk (stressful events), protection (social and emotional support network) and adjustment (physical health symptoms, drug use, sexual risk taking behavior, suicidal behavior and positive/negative affect) and comparative analysis between the groups were conducted. The association of stressful events and social support networks with maladjustment was tested, as well as the moderator effect of support networks. In Study II, multiple case studies were developed to examine the profiles of the four participants who had the worst and best adjustment scores in Study I. Study III examined the perspectives of social service providers regarding relevant aspects of the path of life of participants in Study II. Study I showed that G1 experienced a larger number of stressful events and worse indicators of adjustment (with the exception of positive affect) than G2. Only the number of stressful events was independently associated with maladjustment, and proximity to the family worked as a protective factor (buffer). Study II showed different profiles of adjustment, which differed from one another in number of stressful events, indicators of adjustment and strength of ties to the family, school, street and institution. Study III showed common characteristics in the path of the four adolescents; mainly concerning the family dynamic and the role of social support. The results suggest the following: the idea of a continuum of social vulnerability; the notion of a procedural linking with the street and of different paths of linking with the street; and the necessity of paying greater attention to childhood and adolescents who experience situations of social vulnerability other than (or in addition to) homelessness. In conclusion, characteristics of preventive programs whose goal is to prevent children's arrival on the street, and programs that attend children and adolescents who are already on the street, are discussed.
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