Spelling suggestions: "subject:"fenomenologia existencia"" "subject:"enomenologia existencia""
1 |
As percepções de professores videntes sobre ser(sendo) aluno deficiente visual cego: uma análise de inspiração fenomenológica existencial-hermenêuticaNASCIMENTO, C. C. C. 20 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T11:11:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_6253_CLÁUDIA CASTRO DE CARVALHO.pdf: 1051637 bytes, checksum: 93e45bdaab7a6b9ccc4b07dab62fff6a (MD5)
Previous issue date: 2012-12-20 / Esta pesquisa tem por objetivo descrever e analisar as percepções de professores videntes da educação básica, técnica e tecnológica quando envolvidos existencialmente em experiência vivencial, psicopedagógica, de sentir-se como aluno deficiente visual cego-com experiência visual anterior - em sala de aula do Ifes - Campus de Alegre. Configurada como pesquisa de abordagem qualitativa, seu olhar investigativo está sobre o contexto de sala de aula, orientada pelo método de inspiração fenomenológica existencial-hermenêutica, auxiliada pelos autores Forghieri, Bicudo, Ribeiro Junior, Rezende, Coltro , Pinel e Masini. O trabalho consubstancia-se na constituição do ser professor(a) de educação básica, técnica e tecnológica em diálogo com a história da profissão docente, orientada pela busca de uma identidade, por aquilo que lhe falta, uma completude no/do deficiente visual cego, enriquecida pela história, concepções e peculiaridades desse ser; um texto constituído por teóricos como Woodward, Farias, Gambini, Hall, Pimenta, Araújo, Paiva, Cordeiro, Madalena Freire , Franco e Dias, Rocha, Silva, Amiralian, Carvalho e Silva, e Smith dentre outros. O processo investigativo se dá pela via das descrições das vivências, da significação dos sentidos e pela análise da estrutura do fenômeno , um exercício de interpretação hermenêutica. Constitui-se como resultado de pesquisa, firmada na compreensão/interpretação sobre as unidades de significado, que ser(sendo) aluno cego na sala de aula do IfesCampus de Alegre é ser sujeito a outras pessoas e ao espaço pela desconsideração na relação do saber. Pelo conhecimento que lhe vem à consciência, a autora da pesquisa, através de uma linguagem descritiva, apresenta nova compreensão a partir de uma reflexão crítica sobre o fenômeno, apoiada referencialmente em Paulo Freire e subsidiada pelos autores Batalloso, Bastos, Rogers, Trombetta e Trombetta, Ribeiro Júnior, Osowski, Paludo e Gadotti. Conclui-se que o professor na relação dialógica com o saber tem a capacidade e poder, havendo humildade, de libertar-se e de libertar gerações oprimidas, assumindo a posição de sujeitos conscientes de sua história, conhecedores de seus próprios limites no processo histórico-social, no entanto, diferentes no pensar, sensíveis à humanidade de seus alunos, provocados a testemunhar de si mesmos e de lutar pela conquista e libertação de todos.
|
2 |
As angustias impensaveis em relação a angustia de castraçãoSantos, Eder Soares 28 July 2018 (has links)
Orientador: Zeljko Loparic / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-28T08:02:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Santos_EderSoares_M.pdf: 9897851 bytes, checksum: 18dfda4eb2a239a936ed998e19262ad0 (MD5)
Previous issue date: 2001 / Resumo: Este trabalho consiste em um estudo do conceito de angústias impensáveis de Winnicott e do conceito de angústia de castração de Freud. Trabalhamos com a idéia de que a teoria psicanalítica de Freud e de Winnicott constituem paradigmas diferentes. O
resultado da distinção paradigmática entre as duas teorias psicanalíticas permitiu-nos a possibilidade de ler o conceito de angústia da psicanálise à luz da fenomenologia existencial de Martin Heidegger / Abstract: This work is a study of Winnicott's concept of unthinkable anxieties and Freud's concept of anxiety of castration. We work with the idea that Freud's and Winnicott's psychoanalytic theories represent paradigms which differ from each other. The result of the
paradigmatic distinction between the two psychoanalytical theories allowed us to read the anxiety concept of psychoanalysis in the light of Martin Heidegger's existential phenomenology / Mestrado / Mestre em Filosofia
|
3 |
Da Totalidade ao Infinito.Quanto Ãs possibilidades de superaÃÃo das limitaÃÃes Ãticas da Cultura Ocidental ContemporÃnea: um estudo à luz do pensamento de Emmanuel LÃvinasHerlon Alves Bezerra 12 February 2007 (has links)
Este trabalho apresenta dois contextos significadores Ãltimos: (1) por um lado, deve o mesmo ser entendido como participante dos jogos argumentativos praticados na tradiÃÃo hermenÃutica do pensamento filosÃfico, particularmente naquele espaÃo teorÃtico que reÃne Fenomenologia, Pensamento Existencial e as Filosofias da Vida; (2) por outro lado, este exercÃcio compartilha das preocupaÃÃes morais que marcam a humanidade nos Ãltimos sÃculos, em especial Ãquelas que dizem respeito à possibilidade e necessidade de significaÃÃo Ãtico-filosÃfica do multiculturalismo, tenso e caÃtico, que marca as urbanizadas sociedades contemporÃneas, visando produzir condiÃÃes culturais globais capazes de possibilitar a convivÃncia pacÃfica entre as inÃmeras diferenÃas em choque cotidiano. Nesse sentido, o mesmo encontra suas direÃÃes investigativas nas seguintes pressuposiÃÃes: embora seja a Ãtica uma particularidade cultural grega, foi mesma âimpostaâ Ãs mais diversas culturas âincorporadasâ pelo violento processo global de expansÃo e domÃnio em que se possibilitou, estabeleceu e desenvolveu a CivilizaÃÃo Ocidental. Os efeitos das evidentes contradiÃÃes morais de tal processo impÃem severas limitaÃÃes Ãticas à Cultura Ocidental ContemporÃnea, uma vez que, em resposta a tais contradiÃÃes, dissemina-se o relativismo como Ãnico critÃrio universal de julgamento Ãtico das condutas, quer de indivÃduos quer de coletividades humanas. à luz do pensamento Ãtico de Emmanuel LÃvinas, propÃe-se neste trabalho que a possibilidade de superaÃÃo Ãtica de tal condiÃÃo cultural reside numa difÃcil escolha a ser hoje realizada pela consciÃncia filosÃfica: de um lado, a reposiÃÃo do universalismo, fictÃcio e violento, possibilitado na tendÃncia intelectualista do logos grego e as abstraÃÃes de suas Luzes; de outro, a assunÃÃo das exigÃncias advindas da imediaticidade concreta da Sensibilidade e da Proximidade, Ãnica fonte para uma universalidade humanamente significativa, jà que prÃ-originÃria do prÃprio humano e, assim, anterior a toda possÃvel cultura.
|
4 |
Investigações sobre afetividade em Merleau-Ponty: contribuições para uma ética, política e psicologia fenomenológico-existencial / Beyond the borders between rationalism and emotionalism: investigations of affectivity for a psychology through Merleau-Ponty philosophyVieira, Marcelo Georgétti 07 August 2014 (has links)
O objetivo deste trabalho é realizar uma averiguação, demonstração e explicitação, apoiada nos textos de nosso autor principal (Merleau-Ponty) e de seus comentadores, da seguinte hipótese: se assumirmos as considerações merleau-pontyanas sobre afetividade ao longo de sua produção nos anos 40 como cenário ou pano de fundo para nossas discussões, a noção de papel (rôle) - presente sobretudo nos textos políticos do autor na segunda metade dessa década - não somente torna-se uma figura dentro do pensamento do filósofo durante esse período, como também ganha um destaque central para se pensar na proposta de uma ética existencialista a partir da filosofia de Merleau-Ponty. Apesar de ser possível identificar em alguns poucos comentadores referências à noção de papel como indicação para a formulação de um pensamento ético merleau-pontyano, a originalidade de nossa proposta consiste na vinculação daquela noção com o referencial da afetividade. Como resultado, culminamos com uma concepção de subjetividade de matiz afetivo desvinculada dos prejuízos racionalistas da modernidade, que tampouco recai em um solipsismo reduzido a um conjunto de estados emocionais. Temos, ao contrário o desenvolvimento conceitual de uma intencionalidade afetiva cujo desenrolar prático mediado por papeis sociais implica em uma abertura ao mundo e a outrem que se dá tanto por uma ordem ontológica quanto por um tipo de discernimento operacional próprio a uma subjetividade fundamentalmente corporal que só encontra sua realização através da experiência concreta da coexistência. / The aim of this research is to verify and demonstrate based on our main author\'s texts (Merleau-Ponty), as well as on his commenters\', the following hypothesis: if one considers Merleau-Ponty\'s assumptions on affectivity throughout his writings in the 40s as a scenery or a background to our discussions, the notion of role (rôle) - present mainly in his political texts during the second half of that decade - becomes not only a figure inside the philosopher\'s ideas but also achieves a central position in the proposal to consider an existentialist ethics inspired by Merleau-Ponty\'s philosophy. Although it is possible to identify in a few commenters references to the notion of role as a direction to formulate a merleau-pontyene\'s ethical thinking, the originality of our propposal consists on attaching to that notion the affectivity\'s referencial. As a result, we reach the conception of an affective subjectivity, free from modernity\'s rational prejudices, which, on the other hand, does not guide us to a solipsism reduced to a setting of emotional states. On the contrary, we face the conceptual formulation of an affective intentionallity whose practical development mediated by social roles implies in an overture to the world and to otherness, which occurs as much in an ontological way as in some sort of operational reasoning concerning a basically embodied subjectivity that only express itself through concrete experience of coexistence.
|
5 |
Investigações sobre afetividade em Merleau-Ponty: contribuições para uma ética, política e psicologia fenomenológico-existencial / Beyond the borders between rationalism and emotionalism: investigations of affectivity for a psychology through Merleau-Ponty philosophyMarcelo Georgétti Vieira 07 August 2014 (has links)
O objetivo deste trabalho é realizar uma averiguação, demonstração e explicitação, apoiada nos textos de nosso autor principal (Merleau-Ponty) e de seus comentadores, da seguinte hipótese: se assumirmos as considerações merleau-pontyanas sobre afetividade ao longo de sua produção nos anos 40 como cenário ou pano de fundo para nossas discussões, a noção de papel (rôle) - presente sobretudo nos textos políticos do autor na segunda metade dessa década - não somente torna-se uma figura dentro do pensamento do filósofo durante esse período, como também ganha um destaque central para se pensar na proposta de uma ética existencialista a partir da filosofia de Merleau-Ponty. Apesar de ser possível identificar em alguns poucos comentadores referências à noção de papel como indicação para a formulação de um pensamento ético merleau-pontyano, a originalidade de nossa proposta consiste na vinculação daquela noção com o referencial da afetividade. Como resultado, culminamos com uma concepção de subjetividade de matiz afetivo desvinculada dos prejuízos racionalistas da modernidade, que tampouco recai em um solipsismo reduzido a um conjunto de estados emocionais. Temos, ao contrário o desenvolvimento conceitual de uma intencionalidade afetiva cujo desenrolar prático mediado por papeis sociais implica em uma abertura ao mundo e a outrem que se dá tanto por uma ordem ontológica quanto por um tipo de discernimento operacional próprio a uma subjetividade fundamentalmente corporal que só encontra sua realização através da experiência concreta da coexistência. / The aim of this research is to verify and demonstrate based on our main author\'s texts (Merleau-Ponty), as well as on his commenters\', the following hypothesis: if one considers Merleau-Ponty\'s assumptions on affectivity throughout his writings in the 40s as a scenery or a background to our discussions, the notion of role (rôle) - present mainly in his political texts during the second half of that decade - becomes not only a figure inside the philosopher\'s ideas but also achieves a central position in the proposal to consider an existentialist ethics inspired by Merleau-Ponty\'s philosophy. Although it is possible to identify in a few commenters references to the notion of role as a direction to formulate a merleau-pontyene\'s ethical thinking, the originality of our propposal consists on attaching to that notion the affectivity\'s referencial. As a result, we reach the conception of an affective subjectivity, free from modernity\'s rational prejudices, which, on the other hand, does not guide us to a solipsism reduced to a setting of emotional states. On the contrary, we face the conceptual formulation of an affective intentionallity whose practical development mediated by social roles implies in an overture to the world and to otherness, which occurs as much in an ontological way as in some sort of operational reasoning concerning a basically embodied subjectivity that only express itself through concrete experience of coexistence.
|
6 |
João e o vício: por entre o cuidar de ser / João and the Addiction: through the caring of beingGorenstein, Marcos Geraissate 29 April 2013 (has links)
Este estudo buscou uma compreensão acerca do fenômeno vício. Pela perspectiva da Fenomenologia Existencial, a pergunta sobre o que do ser do vício implica na descrição da forma pela qual este fenômeno se dá a ver, o como. O vício pôde ser explicitado em um caráter singular, pela experiência no contato com um homem viciado em cocaína, João. O percurso desse contato foi narrado a partir das considerações de Walter Benjamin sobre a narrativa e o narrador. O vício pôde ser compreendido como uma experiência dissonante, na qual a emergência da droga dissolve a urgência no cuidado próprio. Inapropriado do cuidado de si, o viciado incumbe àqueles ao redor da responsabilidade para a tarefa, na mesma medida em que se apresenta como uma ferramenta para a droga. Contudo, através dos suportes para sua sustentação, pode lançar-se no angustiante empreendimento de deixar de ser quem é para realizar-se como ser de possibilidades / Through the Existential Phenomenology´s perspective, the question what is the addiction´s being implies on the description over the way this phenomenon appears to sight, the how. The addiction could be made explicit in a singular character, through the experience from the contact with a cocaine addicted man, João. The course of this contact has been narrated using Walter Benjamin´s considerations regarding narrative and narrator. The addiction could be comprehended as a dissonant experience, in which the drugs emergency dissolves the own care´s urgency. Ill-fated on the self care, the addicted delegates to those around the responsibility for this task, to the same extent which he presents himself as a tool for the drug. Nevertheless, through the backings for his sustenance, he can leap into the anguishing enterprise of letting be who he is, to actualize himself as a being made of possibilities
|
7 |
Ser adulto sobrevivente de câncer infantil: uma compreensão fenomenológica / Be-adult-survivor-of-childhood-cancer: a fenomenologic comprehensionRocha, Shirley Santos Teles 23 September 2009 (has links)
O presente estudo tem o objetivo de compreender o que é ser adulto sobrevivente de câncer infantil. O método utilizado foi o fenomenológico-existencial e foi desenvolvido no Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo e contou com a colaboração de sete adultos que tiveram câncer na infância. Foi realizada uma entrevista a partir da questão norteadora: Conte-me como está a sua vida. A análise das entrevistas foi construída à luz de algumas idéias de Martin Heidegger em Ser e Tempo (2005). Ser-adulto-sobrevivente-de- câncer-infantil se desvelou como um ser que se lança e que já está lançado e se projetando, resgata o vigor de ter sido, que se atualiza a cada instante. Assim, a vivência do adulto sobrevivente de câncer infantil desvela-se na temporalidade: vigor de ter sido, atualidade e porvir. Dessa forma, ter vivenciado câncer na infância constitui o existir do adulto, ainda que não se queira lembrar, podendo esta vivência ser impulsionadora do existir. Dessa forma, ser-sobrevivente-de-câncer-infantil-no-mundo-com-os-outros é ser projeto, é porvir, é lançar-se, é existir na fluidez da existência, ora na busca de si mesmo, ora buscando ser igual a todo mundo, sendo impessoal, sendo normal, porém a busca pela normalidade dá-se a partir do ser diferente, da busca de si mesmo, pois somos singular e plural ao mesmo tempo. Foi possível perceber que os adultos sobreviventes de câncer infantil necessitam de programas de acompanhamento que atendam às suas demandas e necessidades Porém, esse acompanhamento não deve ficar restrito ao âmbito metafísico, é necessário abertura para estar, co-existir com esse adulto sobrevivente, para que assim possa compreender o seu modo de existir. Assim, o profissional de saúde, em sua atuação, lidará com as diferentes formas de ser no mundo do sobrevivente, além da dimensão biológica do funcionamento do corpo humano. E isso só é possível, quando a equipe de saúde e o paciente constróem relações autênticas. Porém, essa atuação convoca a equipe de saúde a se colocar, a perceber-se co-existente, tendo que cuidar do seu vir a ser, buscando ou se perdendo de si mesma. / The aim of this work is to comprehend what is be an adult survivor of childhood cancer using the method existential-phenomenologic. This work was developed in the Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo and it count on the colaboration of seven adults that had childhood cancer. An interview was held from the following guiding question: tell me how your live is. The analysis of the interviews were developed using the ideas of Martin Heidegger in the book Ser e Tempo (2005). Be-adult-survivor-of-childhood-cancer was viewed as a being that throws oneself and that is already thrown and that, projecting oneself, recovers the strength of have been that renews every instant. Thus, the experience of live of the adult survivor of childhood cancer manifests on the temporality: the strength of have been, the present and the future. Then, to have experienced cancer during the childhood is part of the existence of the adult, even if he does not want to remember and this experience can even stimulate his existence. Thus, be-adult-survivor-of-childhood-cancer-in-the-world-with-the-other is be project, is future, is to throw oneself, is to exist in the flow of the existence, once looking for oneself, once trying to be equal to the other, being impersonal, being normal. However, the search of the normality happens from the I am different looking for himself/herself, because we are singular and plural at the same time. It was noted that the adult survivors of childhood cancer need accompaniment programs that attend your necessities. Nevertheless, this accompaniment cannot be restricted to the metaphysic field. It is necessary to be open to be with and to coexist with this adult survivor in order to understand your way of existence. Then, in your actuation, the health professional will deal with the different ways of the be in the world of the survivor, besides the biological dimension of the work of the human body. This is only possible when the health team and the patient build an authentic relation. Although, this actuation requires that the health team to perceive coexistent taking care of your own will be, searching or loosing itself.
|
8 |
João e o vício: por entre o cuidar de ser / João and the Addiction: through the caring of beingMarcos Geraissate Gorenstein 29 April 2013 (has links)
Este estudo buscou uma compreensão acerca do fenômeno vício. Pela perspectiva da Fenomenologia Existencial, a pergunta sobre o que do ser do vício implica na descrição da forma pela qual este fenômeno se dá a ver, o como. O vício pôde ser explicitado em um caráter singular, pela experiência no contato com um homem viciado em cocaína, João. O percurso desse contato foi narrado a partir das considerações de Walter Benjamin sobre a narrativa e o narrador. O vício pôde ser compreendido como uma experiência dissonante, na qual a emergência da droga dissolve a urgência no cuidado próprio. Inapropriado do cuidado de si, o viciado incumbe àqueles ao redor da responsabilidade para a tarefa, na mesma medida em que se apresenta como uma ferramenta para a droga. Contudo, através dos suportes para sua sustentação, pode lançar-se no angustiante empreendimento de deixar de ser quem é para realizar-se como ser de possibilidades / Through the Existential Phenomenology´s perspective, the question what is the addiction´s being implies on the description over the way this phenomenon appears to sight, the how. The addiction could be made explicit in a singular character, through the experience from the contact with a cocaine addicted man, João. The course of this contact has been narrated using Walter Benjamin´s considerations regarding narrative and narrator. The addiction could be comprehended as a dissonant experience, in which the drugs emergency dissolves the own care´s urgency. Ill-fated on the self care, the addicted delegates to those around the responsibility for this task, to the same extent which he presents himself as a tool for the drug. Nevertheless, through the backings for his sustenance, he can leap into the anguishing enterprise of letting be who he is, to actualize himself as a being made of possibilities
|
9 |
Ser adulto sobrevivente de câncer infantil: uma compreensão fenomenológica / Be-adult-survivor-of-childhood-cancer: a fenomenologic comprehensionShirley Santos Teles Rocha 23 September 2009 (has links)
O presente estudo tem o objetivo de compreender o que é ser adulto sobrevivente de câncer infantil. O método utilizado foi o fenomenológico-existencial e foi desenvolvido no Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo e contou com a colaboração de sete adultos que tiveram câncer na infância. Foi realizada uma entrevista a partir da questão norteadora: Conte-me como está a sua vida. A análise das entrevistas foi construída à luz de algumas idéias de Martin Heidegger em Ser e Tempo (2005). Ser-adulto-sobrevivente-de- câncer-infantil se desvelou como um ser que se lança e que já está lançado e se projetando, resgata o vigor de ter sido, que se atualiza a cada instante. Assim, a vivência do adulto sobrevivente de câncer infantil desvela-se na temporalidade: vigor de ter sido, atualidade e porvir. Dessa forma, ter vivenciado câncer na infância constitui o existir do adulto, ainda que não se queira lembrar, podendo esta vivência ser impulsionadora do existir. Dessa forma, ser-sobrevivente-de-câncer-infantil-no-mundo-com-os-outros é ser projeto, é porvir, é lançar-se, é existir na fluidez da existência, ora na busca de si mesmo, ora buscando ser igual a todo mundo, sendo impessoal, sendo normal, porém a busca pela normalidade dá-se a partir do ser diferente, da busca de si mesmo, pois somos singular e plural ao mesmo tempo. Foi possível perceber que os adultos sobreviventes de câncer infantil necessitam de programas de acompanhamento que atendam às suas demandas e necessidades Porém, esse acompanhamento não deve ficar restrito ao âmbito metafísico, é necessário abertura para estar, co-existir com esse adulto sobrevivente, para que assim possa compreender o seu modo de existir. Assim, o profissional de saúde, em sua atuação, lidará com as diferentes formas de ser no mundo do sobrevivente, além da dimensão biológica do funcionamento do corpo humano. E isso só é possível, quando a equipe de saúde e o paciente constróem relações autênticas. Porém, essa atuação convoca a equipe de saúde a se colocar, a perceber-se co-existente, tendo que cuidar do seu vir a ser, buscando ou se perdendo de si mesma. / The aim of this work is to comprehend what is be an adult survivor of childhood cancer using the method existential-phenomenologic. This work was developed in the Ambulatório de Curados do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo and it count on the colaboration of seven adults that had childhood cancer. An interview was held from the following guiding question: tell me how your live is. The analysis of the interviews were developed using the ideas of Martin Heidegger in the book Ser e Tempo (2005). Be-adult-survivor-of-childhood-cancer was viewed as a being that throws oneself and that is already thrown and that, projecting oneself, recovers the strength of have been that renews every instant. Thus, the experience of live of the adult survivor of childhood cancer manifests on the temporality: the strength of have been, the present and the future. Then, to have experienced cancer during the childhood is part of the existence of the adult, even if he does not want to remember and this experience can even stimulate his existence. Thus, be-adult-survivor-of-childhood-cancer-in-the-world-with-the-other is be project, is future, is to throw oneself, is to exist in the flow of the existence, once looking for oneself, once trying to be equal to the other, being impersonal, being normal. However, the search of the normality happens from the I am different looking for himself/herself, because we are singular and plural at the same time. It was noted that the adult survivors of childhood cancer need accompaniment programs that attend your necessities. Nevertheless, this accompaniment cannot be restricted to the metaphysic field. It is necessary to be open to be with and to coexist with this adult survivor in order to understand your way of existence. Then, in your actuation, the health professional will deal with the different ways of the be in the world of the survivor, besides the biological dimension of the work of the human body. This is only possible when the health team and the patient build an authentic relation. Although, this actuation requires that the health team to perceive coexistent taking care of your own will be, searching or loosing itself.
|
10 |
O estágio de atendimento nos anos iniciais: experiência com plantão psicológico / Psychological practicum by early years students: experience through psychological attendanceNunes, André Prado 15 May 2015 (has links)
A partir de 2007, o Projeto de Atendimento em Plantão Psicológico do Laboratório de Estudos em Fenomenologia Existencial e Prática em Psicologia (LEFE-PSA/IPUSP) disponibilizou estágio a estudantes a partir do segundo ano do curso. Esta investigação buscou conhecer a experiência de quatro plantonistas que iniciaram o seu primeiro estágio de atendimento em plantão no terceiro semestre do curso. Entrevistas individuais foram realizadas, de modo a constituírem relatos sobre este momento de formação. Como percurso metodológico, buscou-se inspiração na fenomenologia hermenêutica e na analítica do sentido como via para explicitação de saberes e impasses que surgiram nas narrativas colhidas sobre plantão. Por um lado, os relatos revelaram como o plantão se organizou para cuidar deste estudante: o atendimento era realizado com psicólogos e colegas dos últimos semestres, sendo supervisionados em grupo, além de haver aulas sobre fenomenologia existencial e aconselhamento psicológico. Por outro lado, o projeto mostrou como cada estagiário, a partir de seus questionamentos, conduziu-se de modo singular ao longo de pelo menos um ano de estágio, outro requisito para ser entrevistado. Neste sentido, evidenciou-se que o plantão contempla múltiplos dizeres e posicionamentos dos estudantes como possibilidade de propiciar um aprender pela experiência (ação). Em busca de descobrirem-se psicólogos, os estagiários disseram dos desafios e impasses encontrados neste modo de aprender, remetendo-os à crise de identidade profissional, à perspectiva fenomenológica existencial e também às limitações da própria instituição no qual este projeto de extensão ocorre. Convocados pela atenção psicológica dos supervisores, os saberes dos plantonistas mostraram-se incorporados em seu agir, sendo difícil falar sobre, mas surgindo nas reflexões sobre situações de atendimento, conversas e supervisões contadas. Neste sentido a formação surgiu como formar-ação, pela aprendizagem significativa como via privilegiada de constituição do saber de ofício do psicólogo. Assim, a investigação destacou a relevância deste estágio ocorrer nos semestres inicias pelo modo como estagiários apresentaram uma compreensão pertinente de plantão nesta perspectiva. Por essa via, manifesta-se a urgência da clínica-escola contemplar projetos de estágio que, simultaneamente, diferenciem-se dos tradicionais treinamento, observação e aplicação de técnicas, contemplando serviços que atenção às demandas da clientela, em sua amplitude / Since 2007, the project of Psychological Attendance, from the Phenomenological Existential Studies and Practice in Psychology Laboratory (LEFE-PSA-IPUSP), initiated such a practicum to students from the second year of the Psychology Course. The present investigation intended to explore and comprehend how four of those students experienced such practicum. Individual interviews were taken in order to obtain oral testimonies about that moment in their graduation formation. The methodological path was based on proposals of the hermeneutic phenomenology and the analytics of sense as a way to present knowledge and difficulties discovered according to the students narratives about Psychological Attendance. By one hand, they revealed how that practicum is organized to take care of the student: to be with a client, the freshmen students were accompanied by colleagues from final semesters or by psychologists and supervision happened in group, besides attending counselling psychology and existential phenomenology classes. On the other hand, the project showed itself as singular for one year, allowing the students narrative for this investigation. It was possible to comprehend how the psychological attendance opened to the participants many possibilities to learn through experience, by learning in action: they expressed challenges and difficulties in this path, mainly emphasizing the professional crisis identity, the existential phenomenological perspective and the limits of the educational institution for such extension project. At the same time, by the supervisors careful psychological attention, the students referred how they incorporated such knowledge in their acting by their reflexions about the experiences at the supervisions as well as with clients. It revealed the possibility of significative learning in action as pertinent to comprehend the meaning of psychologists attention, even when the practicum occurs for Psychology freshmen students. They expressed how the psychological attendance experience in such perspective is important by allowing them to know about the psychological action. Therefore, this investigation points to the urgency to changes in the curriculum of Psychology courses in order to contemplate projects that open new possibilities to the traditional practicum, directing them to the real students and clients actual needs
|
Page generated in 0.1059 seconds