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A questão da explicação causal em históriaMaar, Alexander Weller January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T05:45:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Durante as últimas décadas os historiadores evitaram a palavra "causalidade", acreditando que uma asserção causal haveria necessariamente de conduzir a explicações deterministas, e fazendo assim, estariam negando o livre arbítrio do agente histórico. Por outro lado, filósofos têm se ocupado dessa questão, e procurado verificar de que maneira as relações causais estão presentes nas ciências humanas. Este trabalho apresenta uma breve história da idéia de causalidade na escrita da história, partindo desde as concepções metafísicas até as analíticas. Sobre estas últimas apresentarei alguns dos problemas comumente discutidos e ilustrá-los-ei com exemplos históricos. No segundo capítulo discutirei a abordagem neopositivista da história, que procurou equipará-la com as ciências físicas. Essa tese afirma que os historiadores, ao contrário do que normalmente se diz, deveriam se ocupar com as questões gerais, e buscar por leis causais, ainda que probabilísticas. Esse pensamento entende que a única fonte segura de conhecimento científico e, conseqüentemente de explicações causais, é o modelo nomológico-dedutivo. A partir de minhas leituras e críticas de alguns textos de Hempel e Nagel, procurarei demonstrar que o modelo proposto, batizado por Dray como "leis de cobertura", não se aplica em história devido à própria natureza do conhecimento histórico que não nos permite a confirmação de regularidades observáveis que levem a leis. Defenderei o uso de outras formas de fornecer explicações causais, como a noção de causa intencional. Esta última tem em Donald Davidson um de seus maiores defensores. Ele relaciona o mundo do mental com o físico e derruba a tradicional distinção entre causas e razões, propondo que razões podem ser causas, no sentido de que a intenção do agente causa seu movimento do corpo. Meu objetivo final é defender que a escrita da história faz uso de relações causais, mas que seus tipos de explicação causal não são nomológicos, mas de outro tipo, genéticos, intencionais, etc. Ao invés de recusar a causalidade, os historiadores deveriam rejeitar apenas a utilização de leis, visto que a natureza de suas explicações são descrições de eventos particulares de forma racional, mas não propriamente científica. A presença da causalidade nos textos históricos é a única forma de manter a história nos trilhos de uma atividade racional e que procura confirmar as teorias nas evidências empíricas.
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A filosofia da história de R. G. CollingwoodPereira, Gustavo Freitas January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T08:02:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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O tempo na fenomenologia do espírito de HegelSilva, Philipe Pimentel de Resende January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:22:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / Esta dissertação pretende analisar a contribuição do conceito de tempo para o desenvolvimento da Fenomenologia do Espírito. Dessa forma, o que se tentará evidenciar é a importância desse conceito para o desdobramento da obra, salientando que o tempo é a peça-chave que a estrutura em toda a sua extensão. Para que se alcance tal objetivo, organiza-se em três capítulos este trabalho. O primeiro capítulo tem como mote um velho questionamento: o que é o tempo? Nesse sentido, busca-se na Filosofia da Natureza a compreensão de Hegel sobre este tema, de modo que se compreendam as características que compõem o conceito de tempo. O segundo capítulo, por sua vez, apresenta como o conceito de tempo ajuda a estruturar - como um esqueleto - toda a Fenomenologia. Já o terceiro e último capítulo trata da relação entre tempo e história, demonstrando que o Espírito necessita do tempo para que consiga retornar a sua forma pura. É diante desse escopo que se abre a questão do conceito de tempo na Fenomenologia do Espírito, a qual objetiva mostrar que o desdobramento do tempo esconde algo além de sua fugaz aparência.<br> / Abstract : This dissertation intends to analyze the contribution of the concept of timeto the development of the Phenomenology of the Spirit. Thus, what is tried to highlight is the importance of this concept for the unfolding of thework, emphasizing that time is the key piece of the structure in all its extension. In order to achieve this goal, this work is organized in three chapters. The first chapter has as its theme an old question: what is time? In this sense, Hegel's understanding of this theme is sought in the Philosophy of Nature, in order to understand the characteristics that makeup the concept of time. The second chapter, in turn, presents how the concept of time helps to structure - as a skeleton - the whole Phenomenology. The third and last chapter deals with the relation between time and history, demonstrating that the Spirit needs time to be able to return to its pure form. Within this scope that the question of the concept of time opens itself in the Phenomenology of the Spirit, which aims to show that the unfolding of time hides something beyond its fleeting appearance.
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Ética como filosofia primeira em Emannuel LévinasTorquato, Emanuel Marcondes de Souza January 2004 (has links)
TORQUATO, Emanuel Marcondes de Souza. Ética como filosofia primeira em Emannuel Lévinas. 2004. 105 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004. / Submitted by Jairo Viana (jairo@ufc.br) on 2017-11-14T17:49:08Z
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Previous issue date: 2004 / O objetivo desta dissertação é a compreensão da tese principal do pensamento levinasiano: a ética como filosofia primeira. Investigamos esta questão a partir da obra pela qual Lévinas é mais conhecido e em que este pensamento é apresentado de forma mais elaborada: “Totalidade e Ininito”. Com esta afirmação ele apresenta uma crítica à filosofia nos moldes modernos – a filosofia da subjetividade –, colocando a fundamentação do conhecimento na relação com o outro, na intersubjetividade. Na base de todo o saber está a ética que Lévinas também chama de relação metafísica, um acordo mínimo necessário, respeitoso, pautado pela justiça, entre o eu e o outro. A estruturação do seu pensamento apresenta uma complexidade desencadeada pelo fato de que, embora partindo da fenomenologia, ele traz elementos ou categorias alheias ao pensamento ocidental elevando-os à posição de categorias filosóficas. Constrói, assim, a sua reflexão retomando categorias como ontologia, metafísica e ética e introduzindo termos da sabedoria judaica como revelação, epifania, escatologia e messianismo. Para entender sua tese se faz necessário compreender o significado das principais categorias utilizadas na sua construção. Para tanto esta pesquisa está estruturada a partir de três momentos: a reconstrução dos conceitos de subjetividade, metafísica e alteridade por parte de Lévinas. Uma subjetividade verdadeira, emancipada enquanto tal, só é possível enquanto se realiza como abertura para a alteridade, enquanto “desejo metafísico”. A isto Lévinas chama de “infinição do infinito”, ou seja, o infinito, com a ajuda da compreensão de Descartes, apresenta-se como inadequação à idéia de infinito no sujeito, irrompendo-o e ultrapassando. A partir daí buscamos descrever todo o processo de constituição da subjetividade partindo da sensibilidade passando pela teoria até chegar ao encontro na “epifania do rosto” possibilitador da verdadeira “paz messiânica”.
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A emancipação da tecnologia em relação à ciênciaSzczepanik, Gilmar Evandro January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:38:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / O objetivo básico desta tese consiste em explorar a índole da ciência e da tecnologia e os vínculos entre ambas para esclarecer a relação que as une. Partindo da constatação de que existem ambiguidades na compreensão da diferença entre ciência e tecnologia, procuramos aqui identificar e comparar os elementos característicos de cada uma dessas áreas, evitando que a tecnologia seja reduzida à ciência aplicada, o que em nosso entender é um erro. Para tanto, apresentamos inicialmente três modelos teóricos relativos à relação entre ciência e tecnologia: o hierárquico, que vê a tecnologia como subordinada à ciência, o não hierárquico, que as concebe como atividades conjuntas ou contínuas, e o emancipatório, que defende uma relativa autonomia da tecnologia em relação à ciência. Argumentamos que este último parece o mais adequado. Na sequência, procedemos a uma comparação da ciência e da tecnologia em três aspectos que consideramos essenciais. Nossa comparação começa com as respectivas metodologias, partindo do princípio de que a ciência é uma atividade que visa solucionar problemas relacionados ao conhecimento e a tecnologia se aplica a solucionar problemas de natureza prática. Além dos aspectos metodológicos, buscamos compreender o tipo de racionalidade vigente em cada um desses domínios, entendendo por tal a maneira como em cada uma dessas áreas justifica-se o alcance das suas correspondentes finalidades. Por fim, adotamos o mesmo procedimento em relação à ideia de progresso, identificando os critérios usados em ciência e em tecnologia para caracterizar o rumo da atividade e para avaliar seu avanço. Através da comparação dos elementos definidores da ciência e da tecnologia chegamos à conclusão de que os recursos teóricos e metodológicos desenvolvidos para possibilitar e fundamentar a prática científica são insuficientes para fazer o mesmo nas áreas tecnológicas. A irredutibilidade da tecnologia em relação à ciência e a identificação de um conjunto de características peculiares da atividade tecnológica permitem conceber uma emancipação fraca da tecnologia em relação à ciência, pois se conserva a noção de que a tecnologia pressupõe o uso da ciência, ao mesmo tempo em que se percebem traços da atividade tecnológica que não se reduzem a traços da ciência.<br> / Abstract : The main purpose of this thesis is to explore the nature of science and technology and the links between them, aiming to clarify their mutual relation. After perceiving ambiguities in the understanding of the difference between science and technology, here we seek to identify and compare the specific features of each of those fields, avoiding the reduction of technology to applied science, what we consider as a mistake. In order to attain our goal, we present initially three theoretical models regarding the relation between science and technology: the hierarchic model, which imagines technology as subordinated to science; the non hierarchic model, which sees them as continuous or conjoined activities; and the emancipator model, which defends some autonomy of technology in relation to science. We argue that the last model seems the most adequate. After that, we proceed to a comparison of science and technology choosing three aspects of those activities that we judge to be essential for our purpose. We begin with the corresponding methodologies, presupposing the view that science seeks solving knowledge related problems, and technology has to do with problems of a practical nature. Besides methodology, we try to understand the kind of rationality prevailing in each of those fields, rationality meaning the way of justifying the results obtained. Finally, we analyse the idea of progress, identifying the criteria by which the direction of each activity, science and technology, is settled and its improvement judged. Through comparing the defining elements of science and technology we arrive to the conclusion that the theoretical and practical resorts developed to enable and to support scientific practice are not enough to do the same in technological areas. The impossibility of reducing technology to science and the identification of several characteristics which are peculiar to technology allows the view of a weak emancipation of technology in relation to science. That is so because the notion that technology presupposes science is preserved, at the same time that a set of aspects of technological activity are pointed up which are not found in science.
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Os sujeitos da escuta clínicaBogo, Fabio Henrique Medeiros January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-08-08T04:10:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Valendo-se da Teoria do Self de base fenomenológica como referência em articulação com uma miríade de contribuições, especialmente da psicanálise e do escrutínio anticapitalista de Deleuze e Guattari, enseja-se a construção de uma ontologia gestáltica sobre o sujeito que, outrora tido como estruturado, teve o primado de sua autoconsistência destronado pelas revoluções de pensamento do século XX.As funções de Id, Ato e Personalidade componentes do sistema Self desdobram-se em manifestações de existência da ordem do gozo, do desejo e da produção cultural. A coexistência simultânea e assintética destas manifestações é o que justifica que sejam compreendidas aos modos de uma Gestalt. Cabe ao observador atestar os marcos diferenciais entre as partes desta totalidade e atribuir a elas caráter de figura/ prioridade ou fundo para, assim, tecer discursos sobre o sujeito em função de suas ocupações de territórios de sentido, seu engendramento desejante ou sua passividade ante o impossível do gozo. O trânsito fundo-figurativo entre uma e outra dimensão do Self é o sentido aqui dado ao trabalho de escuta clínica. A tessitura deste discurso gestáltico, enfim, subsume uma ontologia que é inerentemente falhada e disruptiva, posto que não pretende tampouco logra abarcar um sujeito em suposta completude o que nem por isso faz desta empresa ineficaz ou menos valorável. O que ela de fato faz é dar lugar a um sujeito em processo de ser, consolidando-se como uma ontologia imanente.<br> / Abstract : Making use of the phenomenology-based Theory of Self as a referential approach, in articulation with a myriad of contributions, especially those of psychoanalytical views and the anticapitalist scrutiny of Deleuze and Guattari, one aims to bring up a Gestaltic onthology on subjects who, once seen as structured, had the primacy of their autoconsistency dethroned by the revolutions of thought throughout the 20th century. The functions of Id, Act and Personality which compose the Self as a system unfold into manifestations of existence associated with the jouissance, desire and cultural production. The simultaneous and asymptotic coexistence of these manifestations is what justifies that they be perceived in the means of a Gestalt. It falls to the beholder to acknowledge the diferential marks among the parts of this whole and provide them with the status of figure/ priority or depth as a means to, henceforth, weave discourses regarding the subject according to their occupation of territories of meaning, their desire-fueled engenders or their passivity before the impossible of jouissance. The figure-depth traffic from one to another dimension of Self is the true meaning granted here to the endeavor of clinical listening. Ultimately, the weaving of this Gestaltic discourse leads to an ontology which is inherently flawed and disruptive, since it neither aims to nor manages to encompass a subject in its alleged completeness which does not make this enterprise inefficient or less valuable. What it indeed does is providing room for a subject in the process of becoming, thus establishing itself as an immanent ontology.
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O uso da doutrina da ponderação aplicado ao principialismoPereira, Cinthia Berwanger January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-05-24T17:36:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A partir do nascimento do principialismo, teoria central da bioética, muitas questões foram levantadas, tais como: se esta seria a teoria ideal, se os quatro princÃpios do principialismo, o princÃpio da autonomia, o princÃpio da beneficência, o princÃpio da não-maleficência e o princÃpio da justiça, seriam suficientes, isto é: se abrangeriam todos os casos, etc. Para respondermos estas questões trabalharemos tendo como referencial teórico os estudos de Alexy e parte do trabalho de Dworkin, que aqui nos ajudará no papel de diferenciação entre princÃpios e regras. Teremos como cerne de nosso projeto os estudos de Alexy sobre os princÃpios e regras, a diferenciação entre princÃpios e regras, o problema do conflito entre regras e a colisão de princÃpios, enfrentada no principialismo, e, ao final, apresentaremos como uma solução à s indagações levantadas acerca do principialismo, a Teoria da Ponderação de Robert Alexy.<br> / Abstract : From the birth of principlism, the central theory of bioethics, many questions have been raised: if this would be the ideal theory, if the principialism?s four principles: the principle of autonomy, the principle of beneficence, the principle of non-maleficence and the principle of justice, would they be suficiente, would they be enough for all cases, etc. To answer these questions we will have as raference the work of Robert Alexy and part of Ronald Dworkin?s studies, which here, will help us in the role of differentiation between principles and rules. The paper?s core are Alexy?s studies about principles and rules, the distinction between principles and rules , the problem of rules?sconflits and principles?s collision, faced in principlism , and at the end, as a solution to the questions raised about principialism we will present the Theory of Balancing of Robert Alexy .
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Análise e crítica do conceito de ciência normal de Thomas Kuhn e sua filosofia da ciência de viés históricoAlves, Daniel Caon January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-26T11:16:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
310441.pdf: 595443 bytes, checksum: c3be66955bbf30ad53c88f17ebf78929 (MD5) / A obra Estrutura das Revoluções Científicas (1962), de Thomas S. Kuhn, foi responsável por promover diversos conceitos na área da Filosofia da Ciência relacionados a uma abordagem sócio-histórica da noção de ciência. Inspirado em filósofos e historiadores da ciência da primeira metade do século XX, Thomas Kuhn reuniu uma série de formulações e reflexões anteriores para dar origem a sua própria visão de ciência, uma contrapartida da visão estritamente analítica do fazer científico. Desse resultado, tomamos a ideia kuhniana de "ciência normal" a fim de estender sua compreensão em relação a outros conceitos já bastante aventados, como "paradigma" e "revolução científica". Tendo em consideração que o próprio filósofo encarregou-se de rever suas afirmações sobre esses conceitos, interessa-nos verificar até que ponto manteve a consistência de uma ideia de ciência normal em face das principais críticas que apontam, sobretudo, para o relativismo e o aspecto meramente rotineiro que Kuhn emprestaria ao fazer científico. Finalmente, buscaremos avaliar a sua elaboração e consistência conceitual no horizonte proposto por Kuhn que consiste em uma abordagem em Filosofia da Ciência que privilegia o viés histórico
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Nada entre ser e tempoSilva, Fernando Maurício da January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:11:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221474.pdf: 572655 bytes, checksum: 9007d49907fce3e5e4ba21754684d8c0 (MD5) / O que é, é no tempo e o tempo é algo que é: deste modo, ser e tempo são compreendidos a partir de uma relação metafísica prévia de identidade. Entretanto, quando a metafísica clássica teve que se perguntar pelo ser do tempo, não pôde se esquivar à questão pelo não-ser que compõe as suas partes. E o problema do não-ser transferiu-se para uma modalidade ôntica. Contudo, quando o próprio modo de indagar-se pelo ser e pelo tempo são postos em questão, desde a relação que o questionante - o ser-aí - tem com o questionado - o ser - em sua temporalidade, então a questão pelo ser do tempo não mais pode furtar-se ao problema do nada. Nada há além do tempo que lhe fundamente um ser - é este o problema que a questão do tempo não pode deixar de pensar quando se dirige ao seu ser. A pergunta de Heidegger pelo sentido do ser a partir do tempo não implica simplesmente em negar a filosofia clássica do tempo, tal como iniciada por Aristóteles, mas antes de tudo colocar a questão desde uma outra possibilidade: perguntar pelo tempo sem partir do sentido do ente, senão a partir do próprio sentido de ser, ao qual não pertence nada de ôntico.
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As contribuições de wittgenstein para a filosofia do direito: uma análise da linguagem e suas regrasPablos, Mayara Roberta January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:42:02Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2013 / O tema geral da presente dissertação é a significação da linguagem e a possibilidade de seguir regras. Mostrar-se-á que não é preciso que critérios rígidos sejam atribuídos à linguagem como condição de significação e normatividade de seus termos e regras, o que será feito a partir da análise da linguagem jurídica. Na primeira parte, apresentaremos a concepção tractatiana de linguagem, conhecida como uma linguagem rígida estabelecida por critérios lógicos. Em seguida, serão reconstruídas algumas dentre as críticas e objeções dirigidas a este modelo. Por fim, será apresentada a concepção de linguagem expressa nas Investigações Filosóficas, como uma alternativa à compreensão acerca da linguagem, sua significação e normatividade, outrora apresentada por Wittgenstein. No segundo capítulo, será discutida a questão sobre os critérios de normatividade e correção da linguagem, através da noção de regras e a prática de segui-las. Finalmente, no terceiro capítulo apresentar-se-á uma análise da linguagem, tendo em vista um campo específico de sua aplicação, a saber, o Direito. Argumentaremos que a compreensão de Wittgenstein acerca da linguagem apresentada no Tractatus pode ter exercido algumas influências no modo como o positivismo jurídico fundamentou a linguagem jurídica. Essa abordagem, será feita através da análise do modo como Kelsen estabeleceu a ciência do Direito. Não obstante, será analisada também as relações e influências do pensamento tardio de Wittgenstein para a nova compreensão da linguagem jurídica, sua textura aberta e a possibilidade de seguir regras no âmbito do Direito, a partir da teoria jurídica de Hart <br>
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