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Efeito da hipertensão intracraniana sobre a complacência gástrica de ratos anestesiados : cauterização do fenômeno e dos mecanismos neurais / Effect of the intracranial hypertension on gastric compliance of anaesthetized rats : characterization of the phenomenology and neural mechanisms

Cristino Filho, Gerardo January 2004 (has links)
CRISTINO FILHO, Gerardo. Efeito da hipertensão intracraniana sobre a complacência gástrica de ratos anestesiados : cauterização do fenômeno e dos mecanismos neurais. 2004. 148 f. Tese (Doutorado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-03-17T16:32:41Z No. of bitstreams: 1 2004_tese_gcristinofilho.pdf: 1531055 bytes, checksum: 2e841345892a86682b24f2602fa990f0 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2014-03-17T16:33:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2004_tese_gcristinofilho.pdf: 1531055 bytes, checksum: 2e841345892a86682b24f2602fa990f0 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-03-17T16:33:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2004_tese_gcristinofilho.pdf: 1531055 bytes, checksum: 2e841345892a86682b24f2602fa990f0 (MD5) Previous issue date: 2004 / In humans, intracranial hypertension (ICH) disturbs cardiovascular function and also modifies gastrointestinal physiology as clinically manifested by nausea and vomiting symptoms. Since gastric compliance drives the gastric emptying of liquid which is inhibited by ICH, it was studied the ICH effect on gastric compliance behavior in anesthetized rats and the neuropathways possibly serving this phenomenon. Anesthetized male Wistar rats (N=65, 280-320g) received a carotid cannula to monitor arterial pressure (AP) and heart rate (HR). Under stereotactic guidance a cannula was positioned into each lateral ventricule: one for cerebrospinal fluid simile infusion and the other to record intracranial pressure (ICP in mmHg). All animals received a catheter balloon that was positioned in the proximal stomach and connected to a U shaped barostat filled with standard ionic solution set 4cm above the animals xyphoid appendix. Gastric volume changes transmitted to this communicant vessel system were sensed and recorded by a plethysmometer for 80min After a basal period of 20min the animals were randomly allocated to either experimental protocols: control or ICH. In controls the animals remained untouched while in ICH the ICP was increased from basal to 10, 20, 40, or 60 mmHg, for 30min. In crescent ICP, the pressure was increased in the same animal, at every 20min, from basal to 20, 40 and then 60 mmHg. Separate groups of animals also underwent neurotomy or respective sham operation: subdiafragmatic vagotomy, splancnotomy plus bilateral ganglionectomy and after the basal period were submitted to 10 mmHg of ICP. Brains from other animals (control ICP 10 and ICP 60 mmHg) were removed for histological studies. Data (mean ± SEM) were compared to respective basal values after ANOVA and Bonferroni’s test. In controls, hemodynamic parameters and GV remained within stable levels. In ICP 10 mmHg, GV decreased (P<0.05) from basal levels (2.70±0.12ml) to 2.30±0.14ml at 30min to remain decreased afterwards, while at ICP 20, 40 and 60mmHg decreased early at 20min of ICH (2.36±0.18 vs 2.03±0.19, 2.69±0.27 vs 2.03±0.25 e 2.83±0.12 vs 1.95±0.11ml, respectively), remaining as such up to the end (P<0.05). In crescent ICP, GV decreased from basal levels (2.94±0.04ml) at ICP 40mmHg to 2.70±0.07ml as well as at ICP 60 mmHg to 2.67±0.06ml (P<0.05). In all groups were observed arterial hypertension and bradycardia, typical findings of Cushing’s reflex. In animals without vagal connection, GV despite beginning from lower basal values (1.82±0.18ml) decreased (P<0.05) at 30min to 1.69±0.18ml. After sympathectomy, GV remained stable (P>0.05) throughout the experiment (2.29±0.21ml vs 2.11±0.23ml). Moderate meningeal edema-coroid plexus- was observed moreover at brains from ICP 60mmHg subset. In conclusion, experimental ICH besides inducing Cushing’s reflex (arterial hypertension and bradycardia) also decreases gastric compliance in anesthetized rats in an ICP dependent manner. Vagotomy had no effect and this phenomenon is likely to be mediated by sympathetic neuropathways. / Em humanos, a hipertensão intracraniana (HIC) além de promover distúrbios hemodinâmicos, também provoca alterações na função gastrintestinal, apresentadas clinicamente com náuseas e vômitos. Como a HIC em ratos acordados inibe o esvaziamento gástrico de líquido e este é influenciado pela complacência gástrica (CG), estudou-se o efeito da HIC sobre a CG e os mecanismos neurais envolvidos no fenômeno. Ratos Wistar (N=65, 280-320g) anestesiados com uretana tiveram a artéria carótida canulada para registro hemodinâmico. Mediante estereotaxia, cânulas-guias foram implantadas bilateralmente nos ventrículos laterais, para registro simultâneo da PIC e compressão do sistema ventricular por infusão de líquido cefalorraquidiano-símile (LCR-símile). Um catéter com um balão na extremidade foi posicionado no estômago proximal e conectado a um sistema de vasos comunicantes com barostato. Variações do volume do balão gástrico (VG) transmitidas ao barostato foram detectadas por um sensor eletrônico de volume e registradas continuamente por 80min num pletismômetro. Após um período basal de 20min, os ratos foram aleatoriamente submetidos às seguintes condições: Controle (PIC espontânea), PIC 10mmHg, PIC 20mmHg, PIC 40mmHg, PIC 60mmHg e PIC Crescente. Após a compressão ventricular, os animais foram monitorados por mais 30min. Para o estudo dos mecanismos neurais, grupos de ratos, previamente submetidos a laparotomia seguida ou não (falsa cirurgia) de vagotomia subdiafragmática ou esplancnicectomia+gangliectomia celíaca bilaterais, foram estudados sob PIC de 10mmHg. Um grupo à parte de animais (n=9) PIC controle, PIC 10mmHg e PIC 60mmHg tiveram seus encéfalos retirados para avaliação histológica. Os dados foram expressos em média±EPM e analisados pela ANOVA seguido pelo teste de Bonferroni. No grupo controle, os parâmetros hemodinâmicos e de VG se mantiveram constantes. No grupo PIC 10mmHg, em relação ao período basal (2.70±0.12ml), o VG diminuiu para 2.30±0.14ml aos 30min de HIC, assim permanecendo por todo o experimento (P<0.05). Já nos grupos PIC 20mmHg, PIC 40mmHg e PIC 60mmHg, o VG diminuiu em relação ao período basal aos 20min de HIC (2.36±0.18 vs 2.03±0.19, 2.69±0.27 vs 2.03±0.25 e 2.83±0.12 vs 1.95±0.11ml, respectivamente), assim permanecendo até o final (P<0.05). No grupo PIC crescente, em relação ao período basal (2.94±0.04ml), o VG diminuiu para 2.70±0.07ml com PIC 40 mmHg e para 2.67±0.06ml com PIC 60mmHg (P<0.05). Em todos os grupos observou-se hipertensão arterial e bradicardia, efeitos típicos do reflexo de Cushing. Nos animais sem conexão vagal, o VG embora partindo de níveis basais menores (1.82±0.18ml) diminuiu (P<0.05) aos 30min para 1.69±0.18ml. Nos animais submetidos a esplacnicectomia, em relação ao período basal (2.29±0.21ml), o VG permaneceu inalterado (P>0.05) durante (2.11±0.23ml) e após a compressão ventricular. Nas lâminas analisadas identificou-se edema parenquimatoso e congestões meníngea, do plexo coróide e parenquimatosa de graus leve a moderado, principalmente nos animais submetidos a PIC de 60 mmHg. A HIC diminui a CG de ratos anestesiados, sendo o fenômeno PIC dependente e possivelmente mediado por via esplâncnica.
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Avaliação de método não invasivo para monitorização da pressão intracraniana em crianças e adolescentes portadores de hidrocefalia / Evaluation of a non-invasive method to monitoring intracranial pressure in children and adolescents with hydrocephalus

Ballestero, Matheus Fernando Manzolli 07 October 2016 (has links)
A hidrocefalia ainda é um desafio no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento na população pediátrica. O tratamento, por meio das derivações ventriculares ou ventriculostomias endoscópicas, está bem estabelecido. Contudo, o diagnóstico de mau funcionamento das derivações, associado à hipertensão intracraniana, permanece um problema, especialmente em crianças menores e com fontanelas não patentes. Os exames radiológicos, tais como: ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, possibilitam apenas o acesso indireto à pressão intracraniana, enquanto os métodos para sua avaliação direta podem apresentar riscos e raramente são utilizados em crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar um dispositivo não invasivo para acessar alguns parâmetros da curva de pressão intracraniana em crianças portadoras de hidrocefalia. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo-analítico, não experimental, prospectivo. A amostra foi composta por indivíduos menores de 18 anos, incluindo 28 pacientes portadores de hidrocefalia e 28 crianças em seguimento rotina de puericultura (grupo controle). Os participantes foram divididos em quatro grupos: grupo A: hidrocefalia compensada clinicamente; grupo B: pacientes com hidrocefalia, sem sinais clínicos sugestivos de hipertensão intracraniana e já submetidos à cirurgia para tratamento da hidrocefalia; grupo C: pacientes com hidrocefalia aguda e hipertensão intracraniana; grupo D: crianças sem qualquer doença neurológica (controle). Os dados foram coletados entre 2014 e 2016, por meio da instalação de um sensor extracraniano de deformação, acoplado sobre o couro cabeludo, com registro da curva de pressão intracraniana não invasiva. A análise dos dados foi realizada com software Freemat® 4, Origin Pro® 8 e R® 3.1.3. Foram analisados parâmetros obtidos na curva de pressão intracraniana como \"relação P2/P1\", \"classificação de P1 e P2\" (P1>P2 ou P2>P1) e \"inclinação de P1\". Os resultados apontaram, que na amostra estudada, o índice P2>P1 apresentou sensibilidade de 80% e especificidade de 100%, a \"classificação de P1 e P2\" sensibilidade de 100% e especificidade de 80% para predição de hipertensão intracraniana em hidrocefalia, sendo que a \"inclinação de P1\" não apresentou relação estatística. Conclui-se que, apesar de limitações operacionais, o método de monitorização não invasiva da pressão intracraniana se mostrou útil na detecção de hipertensão intracraniana e apresenta perspectivas de aplicação clínica futura. / Hydrocephalus is still a challenge regarding diagnosis, treatment and monitoring in the pediatric population. Currently, treatments by ventricular or endoscopic ventriculostomies are well established. However, to date, the diagnosis of malfunctioning shunts associated with intracranial hypertension remains a problem, especially in young children and without patent fontanelles. Radiological examinations, such as ultrasonography, computerized tomography and magnetic resonance, allow only an indirect access to the intracranial pressure, whilst methods for direct assessment may present risks and therefore are rarely used in children. The aim of this study was to evaluate a noninvasive device to assess some parameters of the intracranial pressure curve in children with hydrocephalus. For this, we performed a prospective and non-experimental descriptive-analytic study. The sample consisted of children (under 18 years), including 28 patients with hydrocephalus and 28 children following routine child care (control group). Participants were divided into four groups; Group A: children with clinically compensated hydrocephalus; B: patients with hydrocephalus, but with no clinical signs of intracranial hypertension and no history of medical surgery for the treatment of hydrocephalus; C: patients with acute intracranial hypertension due to hydrocephalus, and D: children without neurological disease (control). Data were collected between 2014 and 2016, through the installation of an extracranial deformation sensor, coupled to the children\'s scalp, which allowed registration of non-invasive intracranial pressure curves. Data analysis was performed using Freemat® 4, Origin Pro® 8 and R® 3.1.3 software. Parameters obtained from the intracranial pressure curves were analyzed, such as \"ratio P2 / P1\", \"classification P1 and P2\" (P1> P2 or P2> P1) and \"P1 slope.\" The results showed that P2>P1 index had a sensitivity of 80% and specificity of 100%, while the \"classification of P1 and P2\" had 100% of sensitivity and 80% of specificity for predicting intracranial hypertension. \"P1 slope\" presented no statistical difference. In summary, despite some operational limitations, this study showed an useful and non-invasive method for monitoring intracranial pressure, which was able to indicate the intracranial hypertension in children with hydrocephalus and, thus, should be further investigated for clinical applications.
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.
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Avaliação de método não invasivo para monitorização da pressão intracraniana em crianças e adolescentes portadores de hidrocefalia / Evaluation of a non-invasive method to monitoring intracranial pressure in children and adolescents with hydrocephalus

Matheus Fernando Manzolli Ballestero 07 October 2016 (has links)
A hidrocefalia ainda é um desafio no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento na população pediátrica. O tratamento, por meio das derivações ventriculares ou ventriculostomias endoscópicas, está bem estabelecido. Contudo, o diagnóstico de mau funcionamento das derivações, associado à hipertensão intracraniana, permanece um problema, especialmente em crianças menores e com fontanelas não patentes. Os exames radiológicos, tais como: ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, possibilitam apenas o acesso indireto à pressão intracraniana, enquanto os métodos para sua avaliação direta podem apresentar riscos e raramente são utilizados em crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar um dispositivo não invasivo para acessar alguns parâmetros da curva de pressão intracraniana em crianças portadoras de hidrocefalia. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo-analítico, não experimental, prospectivo. A amostra foi composta por indivíduos menores de 18 anos, incluindo 28 pacientes portadores de hidrocefalia e 28 crianças em seguimento rotina de puericultura (grupo controle). Os participantes foram divididos em quatro grupos: grupo A: hidrocefalia compensada clinicamente; grupo B: pacientes com hidrocefalia, sem sinais clínicos sugestivos de hipertensão intracraniana e já submetidos à cirurgia para tratamento da hidrocefalia; grupo C: pacientes com hidrocefalia aguda e hipertensão intracraniana; grupo D: crianças sem qualquer doença neurológica (controle). Os dados foram coletados entre 2014 e 2016, por meio da instalação de um sensor extracraniano de deformação, acoplado sobre o couro cabeludo, com registro da curva de pressão intracraniana não invasiva. A análise dos dados foi realizada com software Freemat® 4, Origin Pro® 8 e R® 3.1.3. Foram analisados parâmetros obtidos na curva de pressão intracraniana como \"relação P2/P1\", \"classificação de P1 e P2\" (P1>P2 ou P2>P1) e \"inclinação de P1\". Os resultados apontaram, que na amostra estudada, o índice P2>P1 apresentou sensibilidade de 80% e especificidade de 100%, a \"classificação de P1 e P2\" sensibilidade de 100% e especificidade de 80% para predição de hipertensão intracraniana em hidrocefalia, sendo que a \"inclinação de P1\" não apresentou relação estatística. Conclui-se que, apesar de limitações operacionais, o método de monitorização não invasiva da pressão intracraniana se mostrou útil na detecção de hipertensão intracraniana e apresenta perspectivas de aplicação clínica futura. / Hydrocephalus is still a challenge regarding diagnosis, treatment and monitoring in the pediatric population. Currently, treatments by ventricular or endoscopic ventriculostomies are well established. However, to date, the diagnosis of malfunctioning shunts associated with intracranial hypertension remains a problem, especially in young children and without patent fontanelles. Radiological examinations, such as ultrasonography, computerized tomography and magnetic resonance, allow only an indirect access to the intracranial pressure, whilst methods for direct assessment may present risks and therefore are rarely used in children. The aim of this study was to evaluate a noninvasive device to assess some parameters of the intracranial pressure curve in children with hydrocephalus. For this, we performed a prospective and non-experimental descriptive-analytic study. The sample consisted of children (under 18 years), including 28 patients with hydrocephalus and 28 children following routine child care (control group). Participants were divided into four groups; Group A: children with clinically compensated hydrocephalus; B: patients with hydrocephalus, but with no clinical signs of intracranial hypertension and no history of medical surgery for the treatment of hydrocephalus; C: patients with acute intracranial hypertension due to hydrocephalus, and D: children without neurological disease (control). Data were collected between 2014 and 2016, through the installation of an extracranial deformation sensor, coupled to the children\'s scalp, which allowed registration of non-invasive intracranial pressure curves. Data analysis was performed using Freemat® 4, Origin Pro® 8 and R® 3.1.3 software. Parameters obtained from the intracranial pressure curves were analyzed, such as \"ratio P2 / P1\", \"classification P1 and P2\" (P1> P2 or P2> P1) and \"P1 slope.\" The results showed that P2>P1 index had a sensitivity of 80% and specificity of 100%, while the \"classification of P1 and P2\" had 100% of sensitivity and 80% of specificity for predicting intracranial hypertension. \"P1 slope\" presented no statistical difference. In summary, despite some operational limitations, this study showed an useful and non-invasive method for monitoring intracranial pressure, which was able to indicate the intracranial hypertension in children with hydrocephalus and, thus, should be further investigated for clinical applications.
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.
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Relação entre hipertensão intracraniana e quantificação de antifúngicos em líquor de pacientes com meningite criptococócica através de Cromatografia Líquida de Alta Performance-HPLC

Wirth, Fernanda January 2016 (has links)
Introdução: Dados sobre a relação entre a farmacocinética do fluconazol (FCZ) e anfotericina B (AMB) no líquido cefalorraquidiano (LCR) e a hipertensão intracraniana (HIC) não se encontram disponíveis na literatura. Objetivos: Avaliar a influência da pressão intracraniana na concentração dos antifúngicos AMB e FCZ no LCR de pacientes com meningite criptococócica internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 1 ano. Métodos: Foram estudados 15 pacientes com meningite criptococócica durante os primeiros 14 dias de tratamento com AmB (1 mg/kg/dia) e FCZ (800 mg/dia). As amostras de LCR foram obtidas por meio de punções lombares de rotina realizadas nos dias 1, 7 e 14 da terapia antifúngica, respectivamente. Os valores das pressões intracranianas de abertura foram obtidos no momento de cada punção lombar. Os níveis de AmB e FCZ no LCR foram medidos pela metodologia de cromatografia líquida de alta performance (HPLC). A concentração inibitória mínima (CIM) para AmB, FCZ, voriconazol (VRZ) e flucitosina (5-FC) de cada isolado de Cryptococcus sp. foi realizada de acordo com o as normas descritas no documento M27-A3, do CLSI, publicado em 2008. Resultados: Entre os 15 pacientes incluídos no estudo, C. gattii foi isolado do LCR de 2 pacientes e C. neoformans foi isolado do LCR de 13 pacientes apresentaram. A condição de imunossupressão encontrada foi a AIDS, seguida de transplante de órgão sólido. Nove pacientes apresentaram cultura negativa de LCR no 14º dia de terapia antifúngica. Os níveis de AmB no LCR foram indetectáveis para a maioria das amostras de LCR durante os 14 dias de terapia antifúngica. Os níveis de FCZ no LCR aumentaram progressivamente do dia 1 ao dia 14 de terapia. Seis pacientes apresentaram HIC no dia 1, com variação da pressão de abertura entre 100 mmH2O e 650 mmH2O no respectivo dia. A pressão intracraniana não interferiu nas concentrações de FCZ no LCR. Não observamos correlação entre a HIC e as concentrações de AMB e FCZ no LCR de acordo com a correlação de Spearman (Spearman p= 0.122). Conclusão: São necessários mais estudos para avaliar o papel da HIC na eficácia terapêutica de diferentes agentes antifúngicos em pacientes com meningite criptococócica. / Introduction: Data considering the relationship between pharmacokinetics of fluconazole (FCZ) and amphotericin B (BPA) in cerebrospinal fluid (CSF) and intracranial hypertension (IH) are not available in the literature. Objectives: To evaluate the influence of intracranial pressure on the concentration of the antifungals AMB and FCZ in the CSF of patients with cryptococcal meningitis admitted at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), within a period of one year. Methods: Fifteen patients with cryptococcal meningitis were studied during the first 14 days of treatment with AmB (1 mg / kg / day) and FCZ (800 mg / day). CSF samples were obtained by means of routine lumbar punctures performed on days 1, 7 and 14 of antifungal therapy, respectively. The values of intracranial opening pressures were obtained at the time of each lumbar puncture. The levels of AmB and FCZ in the CSF were measured by high performance liquid chromatography (HPLC) methodology. The minimum inhibitory concentration (MIC) for AmB, FCZ, voriconazole (VRZ) and flucytosine (5-FC) of each isolate of Cryptococcus sp. was performed according to CLSI guideline M27-A3, published in 2008. Results: Among the 15 patients included in the study, C. gattii was isolated from the CSF of 2 patients and C. neoformans was isolated from the CSF of 13 patients presented. The immunosuppressive condition found was AIDS, followed by solid organ transplantation. Nine patients presented negative CSF culture on the 14th day of antifungal therapy. AmB levels in the CSF were undetectable for most of the CSF samples during the 14 days of antifungal therapy. CSF FCZ levels increased progressively from day 1 to day 14 of therapy. Six patients presented IH on day 1, with variation of the opening pressure between 100 mmH2O and 650 mmH2O on the respective day. Intracranial pressure did not interfere with CSF on FCZ concentrations. We did not observe a correlation between IH and the concentrations of AMB and FCZ in the CSF according to the Spearman correlation (Spearman p = 0.122). Conclusion: Further studies are needed to evaluate the role of IH in the therapeutic efficacy of different antifungal agents in patients with cryptococcal meningitis.
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Effect of the intracranial hypertension on gastric compliance of anaesthetized rats: characterization of the phenomenology and neural mechanisms / Efeito da HipertensÃo Intracraniana sobre a complacÃncia GÃstrica de ratos Anestesiados: CauterizaÃÃo do FenÃmeno e dos Mecanismos Neurais

Gerardo Cristino Filho 03 December 2004 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / In humans, intracranial hypertension (ICH) disturbs cardiovascular function and also modifies gastrointestinal physiology as clinically manifested by nausea and vomiting symptoms. Since gastric compliance drives the gastric emptying of liquid which is inhibited by ICH, it was studied the ICH effect on gastric compliance behavior in anesthetized rats and the neuropathways possibly serving this phenomenon. Anesthetized male Wistar rats (N=65, 280-320g) received a carotid cannula to monitor arterial pressure (AP) and heart rate (HR). Under stereotactic guidance a cannula was positioned into each lateral ventricule: one for cerebrospinal fluid simile infusion and the other to record intracranial pressure (ICP in mmHg). All animals received a catheter balloon that was positioned in the proximal stomach and connected to a U shaped barostat filled with standard ionic solution set 4cm above the animals xyphoid appendix. Gastric volume changes transmitted to this communicant vessel system were sensed and recorded by a plethysmometer for 80min After a basal period of 20min the animals were randomly allocated to either experimental protocols: control or ICH. In controls the animals remained untouched while in ICH the ICP was increased from basal to 10, 20, 40, or 60 mmHg, for 30min. In crescent ICP, the pressure was increased in the same animal, at every 20min, from basal to 20, 40 and then 60 mmHg. Separate groups of animals also underwent neurotomy or respective sham operation: subdiafragmatic vagotomy, splancnotomy plus bilateral ganglionectomy and after the basal period were submitted to 10 mmHg of ICP. Brains from other animals (control ICP 10 and ICP 60 mmHg) were removed for histological studies. Data (mean  SEM) were compared to respective basal values after ANOVA and Bonferroniâs test. In controls, hemodynamic parameters and GV remained within stable levels. In ICP 10 mmHg, GV decreased (P<0.05) from basal levels (2.70Â0.12ml) to 2.30Â0.14ml at 30min to remain decreased afterwards, while at ICP 20, 40 and 60mmHg decreased early at 20min of ICH (2.36Â0.18 vs 2.03Â0.19, 2.69Â0.27 vs 2.03Â0.25 e 2.83Â0.12 vs 1.95Â0.11ml, respectively), remaining as such up to the end (P<0.05). In crescent ICP, GV decreased from basal levels (2.94Â0.04ml) at ICP 40mmHg to 2.70Â0.07ml as well as at ICP 60 mmHg to 2.67Â0.06ml (P<0.05). In all groups were observed arterial hypertension and bradycardia, typical findings of Cushingâs reflex. In animals without vagal connection, GV despite beginning from lower basal values (1.82Â0.18ml) decreased (P<0.05) at 30min to 1.69Â0.18ml. After sympathectomy, GV remained stable (P>0.05) throughout the experiment (2.29Â0.21ml vs 2.11Â0.23ml). Moderate meningeal edema-coroid plexus- was observed moreover at brains from ICP 60mmHg subset. In conclusion, experimental ICH besides inducing Cushingâs reflex (arterial hypertension and bradycardia) also decreases gastric compliance in anesthetized rats in an ICP dependent manner. Vagotomy had no effect and this phenomenon is likely to be mediated by sympathetic neuropathways. / Em humanos, a hipertensÃo intracraniana (HIC) alÃm de promover distÃrbios hemodinÃmicos, tambÃm provoca alteraÃÃes na funÃÃo gastrintestinal, apresentadas clinicamente com nÃuseas e vÃmitos. Como a HIC em ratos acordados inibe o esvaziamento gÃstrico de lÃquido e este à influenciado pela complacÃncia gÃstrica (CG), estudou-se o efeito da HIC sobre a CG e os mecanismos neurais envolvidos no fenÃmeno. Ratos Wistar (N=65, 280-320g) anestesiados com uretana tiveram a artÃria carÃtida canulada para registro hemodinÃmico. Mediante estereotaxia, cÃnulas-guias foram implantadas bilateralmente nos ventrÃculos laterais, para registro simultÃneo da PIC e compressÃo do sistema ventricular por infusÃo de lÃquido cefalorraquidiano-sÃmile (LCR-sÃmile). Um catÃter com um balÃo na extremidade foi posicionado no estÃmago proximal e conectado a um sistema de vasos comunicantes com barostato. VariaÃÃes do volume do balÃo gÃstrico (VG) transmitidas ao barostato foram detectadas por um sensor eletrÃnico de volume e registradas continuamente por 80min num pletismÃmetro. ApÃs um perÃodo basal de 20min, os ratos foram aleatoriamente submetidos Ãs seguintes condiÃÃes: Controle (PIC espontÃnea), PIC 10mmHg, PIC 20mmHg, PIC 40mmHg, PIC 60mmHg e PIC Crescente. ApÃs a compressÃo ventricular, os animais foram monitorados por mais 30min. Para o estudo dos mecanismos neurais, grupos de ratos, previamente submetidos a laparotomia seguida ou nÃo (falsa cirurgia) de vagotomia subdiafragmÃtica ou esplancnicectomia+gangliectomia celÃaca bilaterais, foram estudados sob PIC de 10mmHg. Um grupo à parte de animais (n=9) PIC controle, PIC 10mmHg e PIC 60mmHg tiveram seus encÃfalos retirados para avaliaÃÃo histolÃgica. Os dados foram expressos em mÃdiaÂEPM e analisados pela ANOVA seguido pelo teste de Bonferroni. No grupo controle, os parÃmetros hemodinÃmicos e de VG se mantiveram constantes. No grupo PIC 10mmHg, em relaÃÃo ao perÃodo basal (2.70Â0.12ml), o VG diminuiu para 2.30Â0.14ml aos 30min de HIC, assim permanecendo por todo o experimento (P<0.05). Jà nos grupos PIC 20mmHg, PIC 40mmHg e PIC 60mmHg, o VG diminuiu em relaÃÃo ao perÃodo basal aos 20min de HIC (2.36Â0.18 vs 2.03Â0.19, 2.69Â0.27 vs 2.03Â0.25 e 2.83Â0.12 vs 1.95Â0.11ml, respectivamente), assim permanecendo atà o final (P<0.05). No grupo PIC crescente, em relaÃÃo ao perÃodo basal (2.94Â0.04ml), o VG diminuiu para 2.70Â0.07ml com PIC 40 mmHg e para 2.67Â0.06ml com PIC 60mmHg (P<0.05). Em todos os grupos observou-se hipertensÃo arterial e bradicardia, efeitos tÃpicos do reflexo de Cushing. Nos animais sem conexÃo vagal, o VG embora partindo de nÃveis basais menores (1.82Â0.18ml) diminuiu (P<0.05) aos 30min para 1.69Â0.18ml. Nos animais submetidos a esplacnicectomia, em relaÃÃo ao perÃodo basal (2.29Â0.21ml), o VG permaneceu inalterado (P>0.05) durante (2.11Â0.23ml) e apÃs a compressÃo ventricular. Nas lÃminas analisadas identificou-se edema parenquimatoso e congestÃes menÃngea, do plexo corÃide e parenquimatosa de graus leve a moderado, principalmente nos animais submetidos a PIC de 60 mmHg. A HIC diminui a CG de ratos anestesiados, sendo o fenÃmeno PIC dependente e possivelmente mediado por via esplÃncnica
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Craniotomia descompressiva em janela - relato de dez casos

Max Felix Mendonça, Caio 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:56:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1286_1.pdf: 555704 bytes, checksum: 23100241cdb256a0fd85b0546b895803 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / A craniotomia descompressiva (CD) é uma técnica utilizada desde o início do século para o controle da hipertensão intracraniana (HIC) refratária a medidas clínicas, posturais e ventilatórias. É utilizada como medida salvatória em várias afecções sendo as mais comuns: traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e nos acidentes vasculares encefálicos (AVE) isquêmicos ou hemorrágicos. O manejo neurointensivo evoluiu muito nos últimos anos mas algumas vezes a pressão intracraniana (PIC) é refratária ao melhor tratamento otimizado. A CD tem apresentado impacto positivo na diminuição da mortalidade em várias series de casos, mas a sua utilização segue como opção, pois não existem ainda estudos classes I e II. Nas injúrias cerebrovasculares a HIC é causada por infarto cerebral maligno, onde ocorre isquemia tecidual extensa e edema cerebral reacional. A compressão do tecido cerebral injuriado e edemaciado contra estruturas rígidas da caixa craniana como osso e tentório aumentam a isquemia tecidual piorando o edema e dando início a um ciclo vicioso de HIC refratária. No caso da hemorragia intracerebral, o efeito de massa do hematoma intraparenquimatoso com isquemia perilesional e edema reacional dão início a cascata de eventos que culmina em HIC intratável. Apesar da CD ser comprovadamente eficaz no controle da HIC complicações inerentes à técnica operatória como a forma de armazenar o flap ósseo e a necessidade de um procedimento adicional para a recompor a calota craniana. Complicações tardias causadas pelas mudanças na dinâmica liquórica e no metabolismo cerebral como a hidrocefalia e a síndrome do trefinado também podem acontecer. Tais complicações são fatores desfavoráveis à realização da CD. A craniotomia descompressiva em janela (CDJ) foi pensada como uma forma de minimizar essas complicações, mas mantendo a eficácia no controle da PIC, preserva a conformação da calota craniana e permite uma resolução gradual do edema cerebral. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão na literatura sobre CD e relatar uma série de 10 casos submetidos à CDJ. Os pacientes apresentavam injúria cerebral grave sendo metade de origem traumática e os demais de origem vascular; isquêmicos em sua maioria. Os critérios de exclusão foram idade &#8804; a 10 ou &#8805; a 70 anos e escore &#8804; a 4 da escala de coma de Glasgow e a presença de coagulopatias. O método utilizado foi o quantitativo, descritivo, prospectivo, transversal, e de intervenção com o seguimento mínimo de 12 meses. Os pacientes foram atendidos durante o período de junho de 2008 a setembro de 2009 na emergência de quatro hospitais dois em Caruaru e dois em Recife-PE. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Pernambuco sob o N° 262/08. A amostra tem idade média de 37 anos e foi predominantemente masculina. Os pacientes submetidos a essa nova técnica apresentaram evolução satisfatória, não houve óbito relacionado ao procedimento, 90% dos pacientes apresentaram resultado estético satisfatório e não necessitaram de cranioplastia e nenhum paciente apresentou hidrocefalia ou infecção do couro cabeludo. Estudos posteriores comparando a técnica proposta e a técnica clássica com um número maior de sujeitos, deverão ser realizados para demonstrar se a CDJ evolue com resultados melhores, com menor mortalidade e evolução neurológica com menor grau de incapacidade
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Quantificação da perda neural no papiledema crônico pela tomografia de coerência óptica e o eletrorretinograma de padrão reverso / Quantification of axonal loss in chronic papiledema from pseudotumor cerebri syndrome with frequency domain-OCT and pattern electroretinogram

Afonso, Clara Lima 13 July 2015 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a capacidade do eletrorretinograma de padrão reverso (PERG) de campo total de detectar alterações funcionais da retina em olhos com papiledema resolvido de pacientes com a síndrome do pseudotumor cerebral (PTC). Utilizar a tomografia de coerência óptica de domínio Fourier (FD-OCT) para avaliar a espessura total e das camadas internas da retina (após segmentação dos dados) na área macular e a camada de fibras nervosas retinianas (CFNR) peripapilar em pacientes com PTC, e compará-las com aquelas de olhos normais. Estudar a correlação entre as amplitudes do PERG, as medidas da tomografia de coerência óptica (OCT) e a perda de campo visual (CV) avaliada pela perimetria computadorizada. MÉTODOS: Cinquenta e dois olhos com papiledema clinicamente resolvidos de 29 pacientes portadores de PTC foram submetidos a exame oftalmológico completo, CV, PERG e OCT. As seguintes medidas obtidas pelo OCT foram analisadas: a espessura da CFNR peripapilar, a espessura macular total (EMT), avaliada em oito setores, de acordo com o mapa do Early Treatment Diabetes Retinopathy Study, e medidas segmentadas na região da mácula da CFNR, da camada de células ganglionares (CCG) e da camada nuclear interna (CNI). Os resultados do CV foram avaliados, levando em consideração o mean deviation (MD) e os valores de diferentes regiões do CV divididos, de acordo com sua correspondência no nervo óptico, seguindo o mapa de Garway-Heath. Foram, também, calculados os desvios médios de 12 ou de 16 pontos centrais do CV, que estimulam áreas semelhantes àquelas avaliada pelo OCT macular e pelo PERG. Os achados foram comparados utilizando-se as equações de estimativas generalizadas para compensação da interdependência dos dois olhos de um mesmo indivíduo. Foram, também, calculadas e comparadas as áreas sob as curvas ROC (receiver operating characteristics). As correlações entre os achados do PERG, do OCT e do CV foram avaliadas pela correlação de Pearson ou Spearman. RESULTADOS: Comparadas aos controles, as espessuras do OCT, da CFNR peripapilar, CFNR macular, CCG macular e EMT foram significativamente menores em pacientes com PTC. Com relação ao PERG, houve redução da amplitude de N95 e P50+N95, e aumento do tempo de pico de N95, ambos para o estímulo de 48\', em olhos doentes, quando comparados ao grupo controle. Correlações estatisticamente significantes foram encontradas entre os valores de amplitude do PERG e da espessura retiniana do OCT. As reduções de espessura das camadas retinianas do OCT também foram significativamente associadas à perda de sensibilidade do CV. CONCLUSÕES: O PERG e o OCT foram capazes de demonstrar a perda anatômica e funcional dos doentes com papiledema decorrente de PTC, apresentando significativa correlação entre os métodos analisados. Tanto o OCT avaliando as medidas maculares como o PERG podem ser úteis na monitorização da perda neural retiniana de pacientes com papiledema decorrente da síndrome do PTC / PURPOSE: To evaluate the ability of the full field pattern electroretinogram (PERG) to detect functional changes of retina in eyes with resolved papiledema from patients with pseudotumor cerebri (PTC). To analyze full thickness macular measurements, peripapillary retinal nerve fiber layer (RNFL) thickness as well as segmented inner retinal layers in patients with PTC using of Fourier domain optical coherence tomography (FD-OCT) and compare them with normal eyes. To study the correlation between the PERG parameters, the optical coherence tomography (OCT) measurements and the visual field (VF) sensitivity loss, using standard automated perimetry. METHODS: Fifty-two eyes with resolved papilledema of 29 patients with PTC syndrome were submitted to a complete ophthalmic examination including VF, PERG and OCT. The following OCT measurements were analyzed: the peripapillary RNFL thickness, the total macular thickness (TMT), which was sub-divided in 8 sectors according to the Early Treatment Diabetes Retinopathy Study map, and the segmented inner macula layers, RNFL, the ganglion cell layer (GCL) and inner nuclear layer (INL). The VF results were analyzed through the mean deviation (MD) and the different sectors of the VF according to their correspondence to Garway-Heath optic nerve map. Central mean deviation, an average from VF sensitivity for the 12 and 16 central points, an area roughly equivalent to the area tested by macular cube scan protocol and PERG, was evaluated in patients and controls. Generalized estimating equation models accounting for inter-eye correlations were used to compare the results among different groups. Areas under ROC (receiver operating characteristics) curves were also calculated and compared. The correlations between the findings of the PERG, OCT and VF were assessed by Pearson correlation coefficients or Spearman\'s rank correlation coefficients. RESULTS: Compared to controls, the OCT thickness of the peripapillary RNFL, macular RNFL, macular GCL and TMT were significantly thinner in eyes with PTC. When PERG was studied, the amplitude of P50 and N95 + N95 were significantly reduced and N95 peak time increased, both based on 48 min check size, in patients when compared with normal controls. Significant correlations were found between the PERG amplitude and OCT retinal thickness. The decreased thickness of the OCT retinal layers was also significantly associated with VF sensitivity loss. CONCLUSIONS: PERG and OCT were able to demonstrate anatomical and functional loss in patients with resolved papiledema from PTC, showing significant correlation between the methods analyzed. It is known that the main morbidity of this disease is visual impairment. It is therefore of great importance to monitor the visual function during treatment. Whereas papilledema may be reversible at early stages, permanent visual loss may occur. These findings suggest that both measurements can be complementary in assessing axonal loss in patients with PTC
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Hipertensão intracraniana na meningoencefalite criptocócica em pacientes soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana: estudo de uma série de casos / Elevated intracranial pressure in HIV patients with cryptococcal meningoencephalitis: a case series

Andrade, Najara Maria Procópio 27 November 2006 (has links)
Os objetivos deste estudo foram: (1) Descrever e analisar as principais características da hipertensão intracraniana em pacientes com meningoencefalite criptocócica e aids; (2) Descrever e comparar as características clínicas, epidemiológicas, laboratoriais e evolutivas associadas à presença de hipertensão intracraniana em pacientes com meningoencefalite criptocócica e aids; (3) Identificar fatores associados à má evolução em pacientes com meningoencefalite criptocócica e aids. Este é um estudo de coorte prospectivo que avaliou 34 pacientes soropositivos para o HIV internados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas no período de janeiro de 2003 a março de 2004. Definição de caso: paciente com sinais e sintomas de meningoencefalite com cultura de líquor positiva para Cryptococcus neoformans. Hipertensão intracraniana foi definida como pressão liquórica inicial >= 200 mmH2O. Todos os pacientes receberam tratamento inicial com anfotericina B e aqueles casos que apresentaram hipertensão intracraniana foram submetidos a um algoritmo específico de punções diárias de alívio ou shunt. Os pacientes foram analisados durante o período de internação. Vinte e seis pacientes eram do gênero masculino (76,5%); com média de idade de 35,4 anos; com imunodepressão grave (média de cels T CD4+ = 35,4 anos). Sete (20,6%) pacientes souberam do diagnóstico da infecção pelo HIV a partir da criptococose, que foi a primeira doença definidora de aids em 61,8% dos casos. Hemocultura foi positiva em 52,9% dos casos. Hipertensão intracraniana ocorreu em 20 (58,9%) pacientes à admissão e em 25 (73,52%) em qualquer momento da evolução clínica. Os fatores associados estatisticamente à ocorrência de hipertensão intracraniana foram: turvação visual (P=0,02), alteração de nervos cranianos (P=0,03), e número de células fungicas no LCR > 100 células/ mm3 à admissão (P=0,036). As punções diárias de alívio foram eficazes em controlar a hipertensão intracraniana em 21 (62%) casos e shunt foi realizado em seis casos. A mortalidade geral foi de 26,5%, porém na maioria dos casos a causa do óbito foi atribuída à infecção hospitalar. Os fatores estatisticamente associados à evolução para óbito foram: hipertensão arterial sistêmica (P=0,048), coma (P=0,048), déficit motor (P=0,014) e número elevado de células fúngicas no líquido cefalorraquidiano (P=0,030). / The objectives of this study were: (1) To describe and analyze the main characteristics associated to elevated intracranial pressure in patients with Cryptococcal meningoencephalitis and aids. (2) To describe and to compare clinical, epidemiologic, laboratorial and outcome characteristics associated to elevated intracranial pressure in patients with Cryptococcal meningoencephalitis and aids (3) To identify associated factors to poor outcome in patients with Cryptococcal meningoencephalitis and aids This is a prospective cohort study that analyzed 34 HIV infected patients hospitalized at Emilio Ribas Institute during the period of January 2003 to March 2004. Case definition: Patients with clinical manifestations of meningoencephalitis and isolation of Cryptococcus neoformans from Cerebrospinal Fluid. Elevated intracranial pressure was defined as cerebrospinal fluid opening pressure >= 200 mmH2O. All patients were initially treated with amphotericin B and that who presented with elevated intracranial pressure were submitted to a specific algorithm of repeated lumbar drainage or shunt. The patients were followed during hospitalization period. Results: Twenty six patients were male (76.5%); with mean of age of 35, 4 years. The means of T CD4 count was 28,5 cell/ . Cryptococcosis led to diagnosis of HIV infection in 20,6% of patients, whereas it was the aids-defining disease in 61,8% of patients. Blood cultures were positive in 52,9% of cases. Elevated intracranial pressure was presented in 20 (58,9%) patients at admission, and in 25 patients (73,52%) during evolution. Elevated intracranial pressure was associated to visual turvation (P=0,02), cranial nerve abnormalities (P=0,03) and number of fungal cells ³ 100 cells/ mm3 at admission (P=0,036). Lumbar puncture was efficient to control elevated intracranial pressure in 21 (62%) cases and six patients were submitted to shunt. Overall mortality was 26,5%. Factors associated to death were: arterial hypertension (P=0,048), coma (P=0,048), motor deficits (P=0,014) and raised number of fungal cells in cerebrospinal fluid at admission (P=0,03).

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