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Geograficidade: necessidades, teorias e usos / Geographicity: needs, theories and usesPires, Tom Adamenas e 01 August 2019 (has links)
diversas proposições seminais da ideia de geograficidade que, ao longo do século XX e início do XXI, surgiram no contexto brasileiro e europeu. Tal recorte centrou-se na perspectiva de que um conjunto restrito de autores deu diferentes interpretações e articulações para o termo em questão, servindo então como embasamento para seu uso pelos demais pesquisadores, geógrafos ou não, nas universidades brasileiras. Partiu-se da exploração teórica de seis autores fundamentais, sistematicamente citados pelos demais pesquisadores. O belga Paul Michotte, primeiro geógrafo a utilizar o termo geograficidade, ainda em 1921, articula-o no sentido de justificar, epistemologicamente, o sentido da existência de um objeto que possa ser denominado como propriamente geográfico, i.e., que possua geograficidade. Em 1952 o francês Eric Dardel utiliza o mesmo termo, agora para apontar uma característica ontológica da humanidade, qual seja, a geografia enquanto parte fundante do ser do homem. Segue-se e, em 1979, o também francês Yves Lacoste emprega o termo para designar o campo possível de atuação do geógrafo em seu determinado contexto histórico. Momento seguinte, desloca-se a pesquisa para o contexto brasileiro, onde aponta-se a utilização e popularização do termo geograficidade por Werther Holzer, no mesmo sentido daquele proposto por Eric Dardel em 1952. Posteriormente é Ruy Moreira quem utilizará o termo, também em um debate que aproxima a geografia da ontologia, mas agora considerando-o como a condição espacial do homem ou o modo espacial da existência do homem. Enfim, em Elvio Martins encontramos a geograficidade igualmente no campo da ontologia, mas agora considerando-a como o fundamento geográfico do homem. Observados estes seis universos teóricos, a presente pesquisa se desloca para o objetivo da observação dos modos como estas teses são articuladas pelos demais geógrafos e pesquisadores brasileiros. Para tanto levantou-se a produção bibliográfica de alguns notórios programas de pós-graduação em geografia, selecionados a partir do conceito CAPES, bem como de artigos publicados em periódicos científicos de geografia, selecionadas a partir da classificação Qualis-CAPES. A busca das produções realizou em ambiente virtual on-line a partir da palavra-chave geograficidade. Procedeu-se então com a sistematização da bibliografia encontrada, no afã da observação da adequação do sentido proposto pelo pesquisador para o uso da ideia de geograficidade, com o(s) autor(es) que fundamenta(m) esta articulação. De um modo geral o que pode ser observado é uma ampla permeabilidade do termo na geografia acadêmica brasileira, mas que ainda encontra profundos desencontros entre os usos propostos para o termo e os fundamentos teóricos que se articulam, apontando para uma ainda existente necessidade de se sistematizar os debates em torno das diferentes ideias de geograficidade que circulam, ao que a presente pesquisa espera dar sua parcela de contribuição. / The aim of the present research is to analyze the foundations and the development of the various seminal propositions of the idea of geographicity that, throughout the XX century and beginning of the XXI, appeared in the Brazilian and European context. This approach is centered in the perspective that a restricted set of authors gave different interpretations and articulations for the word at attention, serving as a basis for its use by other researchers, geographers or not, in Brazilian universities. It was based on the theoretical exploration of six fundamental authors, systematically quoted by the other researchers. The Belgian Paul Michotte, the first geographer to use the term geographicity in 1921, articulates it in order to justify, epistemologically, the meaning of the existence of an object that can be identified as geographic, i.e., that has geographicity. In 1952 the Frenchman Eric Dardel uses the same term to point out an ontological characteristic of humanity, that is, geography as a founding part of the being of man. In 1979 the also Frenchman Yves Lacoste used the term to designate the possible area of inquiry of the geographer in his particular historical context. Next, we move the research to the Brazilian context, where the use and popularization of the term geographicity by Werther Holzer, in the same sense as that proposed by Eric Dardel in 1952, is proposed. Subsequently it is Ruy Moreira who will use the term, also in a debate that approximates the geography of ontology, but now considering it as the spatial condition of man or the spatial mode of man\'s existence. Finally, in Elvio Martins we find geographicity also in the debate about ontology, but now considering it as the geographical foundation of man. Once these six theoretical universes were observed, the present research moves towards the objective of observing the ways in which these theses are articulated by other Brazilian geographers and researchers. For this reason the bibliographical production of some notorious postgraduate programs in geography were selected, based on the CAPES concept, as well as articles published in scientific journals selected from the Qualis-CAPES ranking. The search for the productions were carried out in online virtual environment having geographicity as keyword. We proceeded to systematize the bibliography found, in an effort to observe the appropriateness of the meaning proposed by the researcher for the use of the idea of geographicity, with the author(s) that underlies this articulation. In general, what can be observed is a broad permeability of the term in the Brazilian academic geography, but still finds deep disagreements between the uses proposed for the word and the theoretical foundations that are articulated, pointing to an even existing need to systematize the debates surrounding the different ideas of geographicity that circulate, to which the present research hopes to give its share of contribution.
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A violência como paisagem: uma leitura do Quadros da Natureza de Alexander von Humboldt / Violence as landscape: a reading of Alexander von Humboldt\'s Views of natureLopes, Francisco Bahia 01 December 2015 (has links)
Em 1799, enquanto a Europa sacudia com as guerras napoleônicas, o naturalista prussiano Alexander von Humboldt e o botânico francês Aimé Bonpland embarcavam rumo à América do Sul para realizar uma expedição científica. Oficialmente, era a primeira vez que cientistas viajavam ao mundo colonial espanhol sem escolta militar. Durante a viagem, uma peste atinge a tripulação obrigando Humboldt a desembarcar em Cumaná, na Tierra Firme, área marginalizada pela colonização espanhola. Humboldt permaneceria na área (hoje território colombiano e venezuelano) até 1801; este trecho da viagem seria seu principal objeto de representação quando, em 1808, já de volta ao mundo metropolitano, publica o Quadros da Natureza. No prefácio, Humboldt dizia que a obra tinha a intenção de evocar, através da descrição paisagística, aquilo que vivenciou no mundo colonial; neste procedimento, porém, pintava a colônia como espetáculo natural regido pela harmonia do mundo; com o Quadros da Natureza, Humboldt aniquilava, na paisagem descrita, aquilo que unia a colônia à metrópole: a mais brutal violência. / In 1799, while Europe concussed by the Napoleonic wars, the Prussian naturalist Alexander von Humboldt and the French botanist Aimé Bonpland boarded to South America to perform a scientific expedition. Officially, was the first time that scientists travelled to the Spanish colonial world without military bodyguard. During the trip, a plague reaches the ship forcing the scientists to land in Cumana, in Tierra Firme, Spanish colonization\'s marginal area. Humboldt stays in Tierra Firme (now Colombian and Venezuelan territory) until 1801; this travel section would be his main representation object when, in 1808, having returned to the metropolitan world, publishes Views of Nature. In the preface, Humboldt said that the work was intended to evoke, through the landscape description, what he experienced in the colonial world; this procedure, however, painted the colony as natural spectacle governed by harmonic forces; with Views of Nature, Humboldt annihilated, in landscape description, what tied colony and metropolis: the most brutal violence.
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O lugar da fronteira na geografia de Pierre Monbeig / The place of the frontier in the Geography of Pierre MonbeigNogueira, Carlo Eugenio 16 December 2013 (has links)
Este trabalho procura avaliar a relação existente entre a expansão espacial do povoamento ocorrida no Brasil na primeira metade do século XX e o processo de formação territorial do país, trazendo a lume a importância das relações sociais que ocorriam na fronteira para a composição de uma explicação geográfica sobre o fenômeno do pioneirismo. Tomando como ponto de partida a análise da noção de frente pioneira explicitada na obra do geógrafo francês Pierre Monbeig entre as décadas de 1930 e 1950, busca-se apontar de que maneira a descrição explicativa das áreas de movimentação de fronteiras dinamizadas pela expansão espacial da colonização, que impulsionou a fundação de cidades, o desmatamento de florestas e a abertura de campos de cultivo e pastos, comporta uma análise sobre o processo de construção dos sistemas de engenharia que conseguiram consolidar nexos de solidariedade entre distintos lugares, garantindo maior fluidez e integração a um território que modificava sua organização espacial para se adequar às novas necessidades surgidas com a expansão do capitalismo no Brasil. Figura de destaque no ensino e pesquisa em geografia desenvolvidos no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, especialmente na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde foi um dos fundadores do curso de Geografia e História, Pierre Monbeig é um dos protagonistas da institucionalização acadêmica do campo geográfico no país, influenciando diretamente a formação da primeira geração de geógrafos brasileiros saídos dos bancos universitários. Assim sendo, este trabalho colocou como objetivo específico rastrear a influência do enquadramento oferecido por Monbeig em seus trabalhos sobre o pioneirismo nas pesquisas de autores como Ary França, José Ribeiro de Araújo Filho, Renato da Silveira Mendes, Nice Lecocq Müller e Pasquale Petrone, discípulos do francês que assumiram uma posição institucional de relevo no cenário da geografia brasileira a partir da década de 1950, tornando-se os continuadores do curso de Geografia da FFCL/USP. / The aim of this work is to analyze the relation between the spatial expansion of Brazilian settlement occurred in the first half of the twentieth century and the process of territorial formation, with a focus on the role of the frontiers social relations in the construction of a geographic approach for the pioneering phenomena. Based upon the analysis of the pioneer fringe as it is expounded in the work of French geographer Pierre Monbeig between the 1930s and the 1950s, we intend to point out in what ways the descriptive explanation of the moving frontier, which impelled, for its turn, the foundation of cities, the deforestation and the formation of agriculture fields and pastures, reveals an interpretation about the construction of engineering systems planned to consolidate spatial relations among different places in the Brazilian territory, ensuring the territorial integration necessary for the expansion of capitalism in Brazil. Pierre Monbeig is a distinguish figure of the Brazilian geographic movement, fulfilling an important role in the institutionalization of the geographic scientific field as one of the greatest scholar figures that ever worked in this country. The analysis of the influence brought together with his activities as a teacher and researcher developed in the Department of Geography of the São Paulo University during the 1930s and the 1940s, which he helped to organize and establish, can be taken in consideration as a demonstration of the reach of his works for the generation of students that came after him in the University. Thus, this work seeks to examine the influence of the explicative frame held in Monbeigs studies of the pioneer fringe on the research developed by authors like Ary França, José Ribeiro de Araújo Filho, Renato da Silveira Mendes, Nice Lecocq Müller and Pasquale Petrone, all of them future teachers in the same Department of Geography in São Paulo.
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A violência como paisagem: uma leitura do Quadros da Natureza de Alexander von Humboldt / Violence as landscape: a reading of Alexander von Humboldt\'s Views of natureFrancisco Bahia Lopes 01 December 2015 (has links)
Em 1799, enquanto a Europa sacudia com as guerras napoleônicas, o naturalista prussiano Alexander von Humboldt e o botânico francês Aimé Bonpland embarcavam rumo à América do Sul para realizar uma expedição científica. Oficialmente, era a primeira vez que cientistas viajavam ao mundo colonial espanhol sem escolta militar. Durante a viagem, uma peste atinge a tripulação obrigando Humboldt a desembarcar em Cumaná, na Tierra Firme, área marginalizada pela colonização espanhola. Humboldt permaneceria na área (hoje território colombiano e venezuelano) até 1801; este trecho da viagem seria seu principal objeto de representação quando, em 1808, já de volta ao mundo metropolitano, publica o Quadros da Natureza. No prefácio, Humboldt dizia que a obra tinha a intenção de evocar, através da descrição paisagística, aquilo que vivenciou no mundo colonial; neste procedimento, porém, pintava a colônia como espetáculo natural regido pela harmonia do mundo; com o Quadros da Natureza, Humboldt aniquilava, na paisagem descrita, aquilo que unia a colônia à metrópole: a mais brutal violência. / In 1799, while Europe concussed by the Napoleonic wars, the Prussian naturalist Alexander von Humboldt and the French botanist Aimé Bonpland boarded to South America to perform a scientific expedition. Officially, was the first time that scientists travelled to the Spanish colonial world without military bodyguard. During the trip, a plague reaches the ship forcing the scientists to land in Cumana, in Tierra Firme, Spanish colonization\'s marginal area. Humboldt stays in Tierra Firme (now Colombian and Venezuelan territory) until 1801; this travel section would be his main representation object when, in 1808, having returned to the metropolitan world, publishes Views of Nature. In the preface, Humboldt said that the work was intended to evoke, through the landscape description, what he experienced in the colonial world; this procedure, however, painted the colony as natural spectacle governed by harmonic forces; with Views of Nature, Humboldt annihilated, in landscape description, what tied colony and metropolis: the most brutal violence.
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O lugar da fronteira na geografia de Pierre Monbeig / The place of the frontier in the Geography of Pierre MonbeigCarlo Eugenio Nogueira 16 December 2013 (has links)
Este trabalho procura avaliar a relação existente entre a expansão espacial do povoamento ocorrida no Brasil na primeira metade do século XX e o processo de formação territorial do país, trazendo a lume a importância das relações sociais que ocorriam na fronteira para a composição de uma explicação geográfica sobre o fenômeno do pioneirismo. Tomando como ponto de partida a análise da noção de frente pioneira explicitada na obra do geógrafo francês Pierre Monbeig entre as décadas de 1930 e 1950, busca-se apontar de que maneira a descrição explicativa das áreas de movimentação de fronteiras dinamizadas pela expansão espacial da colonização, que impulsionou a fundação de cidades, o desmatamento de florestas e a abertura de campos de cultivo e pastos, comporta uma análise sobre o processo de construção dos sistemas de engenharia que conseguiram consolidar nexos de solidariedade entre distintos lugares, garantindo maior fluidez e integração a um território que modificava sua organização espacial para se adequar às novas necessidades surgidas com a expansão do capitalismo no Brasil. Figura de destaque no ensino e pesquisa em geografia desenvolvidos no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, especialmente na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde foi um dos fundadores do curso de Geografia e História, Pierre Monbeig é um dos protagonistas da institucionalização acadêmica do campo geográfico no país, influenciando diretamente a formação da primeira geração de geógrafos brasileiros saídos dos bancos universitários. Assim sendo, este trabalho colocou como objetivo específico rastrear a influência do enquadramento oferecido por Monbeig em seus trabalhos sobre o pioneirismo nas pesquisas de autores como Ary França, José Ribeiro de Araújo Filho, Renato da Silveira Mendes, Nice Lecocq Müller e Pasquale Petrone, discípulos do francês que assumiram uma posição institucional de relevo no cenário da geografia brasileira a partir da década de 1950, tornando-se os continuadores do curso de Geografia da FFCL/USP. / The aim of this work is to analyze the relation between the spatial expansion of Brazilian settlement occurred in the first half of the twentieth century and the process of territorial formation, with a focus on the role of the frontiers social relations in the construction of a geographic approach for the pioneering phenomena. Based upon the analysis of the pioneer fringe as it is expounded in the work of French geographer Pierre Monbeig between the 1930s and the 1950s, we intend to point out in what ways the descriptive explanation of the moving frontier, which impelled, for its turn, the foundation of cities, the deforestation and the formation of agriculture fields and pastures, reveals an interpretation about the construction of engineering systems planned to consolidate spatial relations among different places in the Brazilian territory, ensuring the territorial integration necessary for the expansion of capitalism in Brazil. Pierre Monbeig is a distinguish figure of the Brazilian geographic movement, fulfilling an important role in the institutionalization of the geographic scientific field as one of the greatest scholar figures that ever worked in this country. The analysis of the influence brought together with his activities as a teacher and researcher developed in the Department of Geography of the São Paulo University during the 1930s and the 1940s, which he helped to organize and establish, can be taken in consideration as a demonstration of the reach of his works for the generation of students that came after him in the University. Thus, this work seeks to examine the influence of the explicative frame held in Monbeigs studies of the pioneer fringe on the research developed by authors like Ary França, José Ribeiro de Araújo Filho, Renato da Silveira Mendes, Nice Lecocq Müller and Pasquale Petrone, all of them future teachers in the same Department of Geography in São Paulo.
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Monteiro Lobato e o Sítio do Picapau Amarelo: uma análise do pensamento geográficoGiaretta, Liz Andréia [UNESP] 19 March 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2008-03-19Bitstream added on 2014-06-13T19:39:22Z : No. of bitstreams: 1
giaretta_la_me_rcla.pdf: 1512395 bytes, checksum: 4f1fcaa4e96d9f94446ff2c92bc81524 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente pesquisa tem como propósito realizar uma análise do pensamento geográfico embutido na visão do mundo de Monteiro Lobato em sua obra literária infantil. Com isso, promoveremos a inserção dessa obra na História do Pensamento Geográfico, buscando preencher uma lacuna nessa linha de pesquisa, que tem dado pouca atenção às obras desse gênero literário. Para analisar essa visão do mundo, amparamo-nos em Lucien Goldmann que propõe o estudo das obras-primas de literatura na perspectiva do método estruturalista genético. A partir de suas orientações, analisamos o contexto histórico vivido por Lobato e as correntes de pensamento que o influenciaram a propor uma reconstrução do espaço geográfico brasileiro, pautado na ideologia de sua classe social: a burguesia industrial. Esse panorama contextualizou a análise do discurso geográfico de Lobato presente em três histórias: Geografia de Dona Benta (1935), O poço do Visconde (1937), A Chave do Tamanho (1942). Os pontos marcantes neste discurso são industrialização, integração e identidade nacional, exploração dos recursos naturais, potencialidades e problemas regionais, valorização da educação e da ciência, e uma visão ambígua do povo e do progresso, ora vistos com otimismo, ora com pessimismo, caracterizando a visão do mundo contraditória do escritor. Também detectamos nesse discurso uma Geografia pautada em concepções deterministas e darwinistas sociais e, eventualmente, uma postura possibilista, o que nos levou a crer que a obra infantil lobatiana refletiu a conjuntura da ciência geográfica da década de 1930. / This academic research has the purpose of making an analysis of the geographic thought embedded in Monteiro Lobato’s world vision in his literary child. With this, we will intend to insert this work in the History of Geographic Thought, seeking for filling a gap in this line of research, which has given little attention to works of this gender. To analyze this world vision, we lean on Lucien Goldmann’s that suggests the study of works of literature primary in the perspective of the genetic structuralist method. From the guidelines of his proposal, we analyse the historical context lived by Monteiro Lobato and the currents of thought that had influenced him to propose a reconstruction of a Brazilian geographical space, based on the ideology of his social class: the industrial bourgeoisie. This overview contextualized the analysis of his geographic speech in the three stories: Geografia de Dona Benta (1935), O poço do Visconde (1937), A Chave do Tamanho (1942). The remarkable points in this speech are industrialization, national integration and identity, exploitation of natural resources, regional potentialities and problems, enhancement of education and science and an ambiguous seen of the people and progress, now seen with an optimism now with pessimism, characterizing the writer contradictory world vision. We also detected in this speech a Geography based on deterministic concepts and social darwinists, and, possibly, a possibilist behaviour, that led us to believe that Lobato’s literary child reflected the conjuncture of science geographic of the decade of 1930.
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A abordagem ambiental na geografia agrária brasileira: uma análise dos periódicos Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERA / El abordaje ambiental en la geografia agraria brasileña: un análisis de las publicaciones Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERAArtur Leonardo Andrade 10 April 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo procurou analisar a abordagem ambiental na geografia agrária brasileira a partir dos periódicos Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERA. Para isso, foram selecionados e analisados 78 artigos que debatem, de forma direta, a questão ambiental. Como os periódicos foram criados a partir da década de 1990, a escolha metodológica possibilitou uma análise do período atual da geografia agrária, o pós-1990, marcado pela pluralidade teórico-metodológica. Esta pesquisa foi divida em três capítulos principais, sendo o primeiro dedicado à discussão sobre a geografia e sua relação particular com a natureza e meio ambiente ao longo de sua história. No segundo, privilegiou-se a história da geografia agrária brasileira, as transformações no espaço agrário e as circunstâncias que levaram a abordagem ambiental tornar-se frequente nos estudos sobre as questões agrárias. O terceiro capítulo foi reservado para análise dos artigos selecionados, organizando as informações obtidas em textos, gráficos e quadros. Dessa forma, pode-se evidenciar que os temas relacionados a questão ambiental se apresentam como um dos principais eixos temáticos da geografia agrária brasileira, que se posiciona diante dos problemas ambientais e dialoga com pensadores de diversos campos do saber. Entretanto, a intrínseca relação da geografia com o meio ambiente parece não sensibilizar os estudos sobre o campo sob a perspectiva ambiental, amenizando a contribuição geográfica para o debate / El presente estudio ha buscado analizar el abordaje ambiental en la geografía agraria brasileña de las publicaciones Revista Agrária, Revista Campo-Território y Revista NERA. Para eso, fueron seleccionados y analizados 78 artículos que debaten, en forma directa, la cuestión ambiental. Como las revistas fueron creadas en la década del 1990, la elección metodológica ha posibilitado un análisis del periodo actual de la geografía agraria, el pos 1990, marcado por la pluralidad teórico-metodológica. Esta investigación fue dividida en tres capítulos: el primero, dedicado a la discusión sobre la geografía y su relación particular con la naturaleza y medio ambiente a lo largo de su historia; en el segundo, se destaca la historia de la geografía agraria brasileña, las transformaciones en el espacio agrario y las circunstancias que llevaron al abordaje ambiental a presentarse frecuentemente en los estudios sobre las cuestiones agrarias y el tercer capítulo fue reservado para análisis de los artículos seleccionados, organizando la información obtenida en textos, gráficos y cuadros. De esa manera, se puede evidenciar que, los temas relacionados a la cuestión ambiental, se presentan como uno de los principales ejes temáticos de la geografía agraria brasileña, la que se posiciona frente a los problemas ambientales y mantiene diálogos con pensadores de diversas áreas del conocimiento. Sin embargo, la intrínseca relación de la geografía con el medio ambiente parece no sensibilizar los estudios sobre el campo bajo una perspectiva ambiental, amenizando la contribución geográfica para el debate
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A abordagem ambiental na geografia agrária brasileira: uma análise dos periódicos Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERA / El abordaje ambiental en la geografia agraria brasileña: un análisis de las publicaciones Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERAArtur Leonardo Andrade 10 April 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo procurou analisar a abordagem ambiental na geografia agrária brasileira a partir dos periódicos Revista Agrária, Revista Campo-Território e Revista NERA. Para isso, foram selecionados e analisados 78 artigos que debatem, de forma direta, a questão ambiental. Como os periódicos foram criados a partir da década de 1990, a escolha metodológica possibilitou uma análise do período atual da geografia agrária, o pós-1990, marcado pela pluralidade teórico-metodológica. Esta pesquisa foi divida em três capítulos principais, sendo o primeiro dedicado à discussão sobre a geografia e sua relação particular com a natureza e meio ambiente ao longo de sua história. No segundo, privilegiou-se a história da geografia agrária brasileira, as transformações no espaço agrário e as circunstâncias que levaram a abordagem ambiental tornar-se frequente nos estudos sobre as questões agrárias. O terceiro capítulo foi reservado para análise dos artigos selecionados, organizando as informações obtidas em textos, gráficos e quadros. Dessa forma, pode-se evidenciar que os temas relacionados a questão ambiental se apresentam como um dos principais eixos temáticos da geografia agrária brasileira, que se posiciona diante dos problemas ambientais e dialoga com pensadores de diversos campos do saber. Entretanto, a intrínseca relação da geografia com o meio ambiente parece não sensibilizar os estudos sobre o campo sob a perspectiva ambiental, amenizando a contribuição geográfica para o debate / El presente estudio ha buscado analizar el abordaje ambiental en la geografía agraria brasileña de las publicaciones Revista Agrária, Revista Campo-Território y Revista NERA. Para eso, fueron seleccionados y analizados 78 artículos que debaten, en forma directa, la cuestión ambiental. Como las revistas fueron creadas en la década del 1990, la elección metodológica ha posibilitado un análisis del periodo actual de la geografía agraria, el pos 1990, marcado por la pluralidad teórico-metodológica. Esta investigación fue dividida en tres capítulos: el primero, dedicado a la discusión sobre la geografía y su relación particular con la naturaleza y medio ambiente a lo largo de su historia; en el segundo, se destaca la historia de la geografía agraria brasileña, las transformaciones en el espacio agrario y las circunstancias que llevaron al abordaje ambiental a presentarse frecuentemente en los estudios sobre las cuestiones agrarias y el tercer capítulo fue reservado para análisis de los artículos seleccionados, organizando la información obtenida en textos, gráficos y cuadros. De esa manera, se puede evidenciar que, los temas relacionados a la cuestión ambiental, se presentan como uno de los principales ejes temáticos de la geografía agraria brasileña, la que se posiciona frente a los problemas ambientales y mantiene diálogos con pensadores de diversas áreas del conocimiento. Sin embargo, la intrínseca relación de la geografía con el medio ambiente parece no sensibilizar los estudios sobre el campo bajo una perspectiva ambiental, amenizando la contribución geográfica para el debate
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