• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 5
  • Tagged with
  • 5
  • 5
  • 3
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Identidade, memória e resistência em A cor da ternura e Ponciá Vicêncio

Silva , Michelle Pinto da 22 August 2014 (has links)
Submitted by Andressa Lima (andressa@uepb.edu.br) on 2016-08-17T17:55:04Z No. of bitstreams: 1 PDF - Michelle Pinto da Silva.pdf: 980349 bytes, checksum: 03e5f6daddd27f9889a35b3aa17b7b7c (MD5) / Approved for entry into archive by Irenilda Medeiros (nildamedeiros@uepb.edu.br) on 2016-09-02T15:14:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Michelle Pinto da Silva.pdf: 980349 bytes, checksum: 03e5f6daddd27f9889a35b3aa17b7b7c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-02T15:14:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Michelle Pinto da Silva.pdf: 980349 bytes, checksum: 03e5f6daddd27f9889a35b3aa17b7b7c (MD5) Previous issue date: 2014-08-22 / Universidade Estadual da Paraíba / Introducing itself by means of a language loaded with significance and punctuated by marks of oppression and exclusion, African-Brazilian literature, by conveying the word, ensures the black community breaking a silence for a long time by the subjugation and subservience proportioned by enslavement. Such texts increasingly affirm themselves in the scenery of the Brazilian literary canon, when they turn to the way of the fights that impel the black population to seek for their personal affirmation and for the guarantee of their rights as citizens. Under this angle we´ll analyze here the works A cor da ternura (1998), by Geni Guimarães and Ponciá Vicêncio (2003), by Conceição Evaristo, in a comparative study of the protagonist´s discourses in what concerns the issues of identity, presented through a plot of memoirs in which the life experiences exposed by them suggest actions of combat against and resistance to racial prejudice and oppression on the part of the dominant society. In this work we use as theoretical basis the studies made by Anna Freud (1976); Halbwachs (1990); Bergson (1999); Landowski (2002); Giddens (2002); Bauman (2005); Seligmann-Silva (2005); Hall (2006/2013); Fanon (2008); (2010); Castells (2010) and Candau (2012), among others. / Apresentando-se por meio de uma linguagem carregada de significados, marcas de opressão e exclusão, a literatura afro-brasileira, através da veiculação da palavra, garante a comunidade negra o rompimento de um silêncio pontuado pela subjugação e subserviência advindas da escravização. Tais textos cada vez mais se firmam no panorama das letras brasileiras ao enveredar pelos caminhos das lutas que impulsionam a população negra em busca da sua afirmação pessoal e da garantia de seus direitos enquanto cidadãos. Sob este viés analisamos aqui as obras A cor da ternura (1998), de Geni Guimarães e Ponciá Vicêncio (2003), de Conceição Evaristo, por meio de uma pesquisa bibliográfica constituída por um estudo comparatista dos discursos das protagonistas quanto às questões identitárias, apresentadas por meio de um enredo memorialístico, em que as vivências por elas expostas sugerem ações de combate e resistência à discriminação e à opressão por parte da sociedade dominante. Neste trabalho utilizamos como aporte teórico os estudos de Anna Freud (1976); Halbwachs (1990); Bergson (1999); Landowski (2002); Giddens (2002); Bauman (2005); Seligmann-Silva (2005); Hall (2006/2013); Fanon (2008); (2010); Castells (2010) e Candau (2012), dentre outros.
2

#PROTESTO.DOC - Construção de narrativas e representações sociais em documentários na cultura de protesto /

Carrasco, Vinicius January 2020 (has links)
Orientador: Claúdio Bertolli Filho / Resumo: Defende-se a tese de que o documentário se instaura como uma mídia alternativa que dá voz a diferentes atores sociais e constrói espaços de visibilidade e aprofundamento de causas, demandas e problemáticas do contemporâneo que são evidenciadas através dessa representação simbólica. Nessa instância de luta por poder, como se constroem identidades de resistências por meio da narrativa documental audiovisual? São analisadas as representações sociais nos documentários "Lute como uma menina" (2016), "Espero tua (re)volta" (2019) e "Acabou A Paz, Isto Aqui Vai Virar o Chile!" (2016), que ilustram as ocupações secundaristas contra a proposta de reforma do ensino paulista em 2015. Tais levantes possuem como características elementos de uma cultura de protesto semelhantes aos eventos de Junho de 2013 e característicos das insatisfações da sociedade em rede. Metologicamente se recorre à pesquisa bibliográfica e documental, à netnografia e análise fílmica, entrevista em profundidade e análise da percepções de tais obras junto à opinião pública. / Abstract: It defends the thesis that the documentary establishes itself as an alternative media that gives voice to different social actors and builds spaces of visibility and deepening of the causes, demands and problems of the contemporary that are evidenced through this symbolic representation. In this instance of struggle for power, how are identities of resistances constructed through the audiovisual documentary narrative? Social representations are analyzed in the documentaries Lute como uma menina (2016), You turn (2019) and Acabou A Paz, Isto Aqui Vai Virar o Chile! (2016), which illustrate the secondary occupations against the proposed reform of São Paulo education in 2015. Such uprisings have elements of a protest culture similar to the events of June 2013 and characteristic of the dissatisfaction of the network society. Methodologically, bibliographic and documentary research, netnography and film analysis, in-depth interview and analysis of the perceptions of such works with public opinion are used. / Doutor
3

Deuses que dançam e conclamam a revolução: a construção da identidade de resistência em A ilha sob o mar, de Isabel Allende / Dioses que bailan y llaman a la revolución: la construcción de la identidad de resistencia en La isla bajo el mar, de Isabel Allende

Milena Campos Eich 30 March 2015 (has links)
Este trabalho tem como objetivo identificar os processos através dos quais a personagem Zarité, protagonista do romance A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010), constrói sua identidade de resistência (CASTELLS, 2013). Sujeito subalterno por ser simultaneamente escrava, negra e mulher (SPIVAK, 2010), ela desenvolve estratégias verossímeis que lhe permitem sobreviver e enfrentar a opressão física e identitária típica de sua condição na colônia francesa de São Domingos, atual Haiti, que vivia, à época, sob o domínio de um modelo político e social profundamente patriarcal, escravocrata e racista. A pesquisa assume a perspectiva desenvolvida em torno da literatura de autoria feminina na América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARÍN, 2007; WARD, 2007), segundo a qual, nessa produção específica, desenvolvem-se representações de mulher às quais são garantidas a voz e o empoderamento que lhes foram negados em outros contextos de escrita literária. Alinhando a noção de estranhamento desenvolvida pelo formalismo russo (CHKLOVSKI, 2013) com a do uso de procedimentos capazes de conferir literariedade à narrativa (LUKÁCS, 1968), este trabalho verifica a configuração de condições que conferem à obra o pertencimento ao contexto das produções desenvolvidas por autoras migrantes ou exiladas (SKAR, 2001). O conceito de hibridismo (CANCLINI, 2011) se soma a esse entendimento, articulando-se, nesta pesquisa, com a perspectiva multicultural de compreensão das identidades (HALL, 2005). Hutcheon (1991) fornece o arcabouço que nos permite o necessário trabalho com o conceito de sujeito marginalizado e ex-cêntrico. Para isso, é utilizado também o embasamento teórico oferecido por Castells (2013) no tocante ao desenvolvimento da noção de identidade de resistência. As condições históricas e econômicas sob as quais se desenvolveu o regime vigente no ambiente em que se passa a narrativa são verificadas em James (2010) e Blackburn (2003). Para lidar com a vivência religiosa e cultural experimentada pelos descendentes de africanos naquele contexto, a pesquisa se embasa nos argumentos trazidos por Capone (2011) ao debate acerca desse tema e, por intermédio dos estudos de Garauday (1980) e Lody & Sabino (2011), é possível angariar informações relativas à história e à simbologia envolvidas nas danças de origem africana. O estudo dessas correntes teóricas conduz à conclusão de que o romance A ilha sob o mar encena, na personagem Zarité, a construção de uma identidade de resistência entre os escravos que, dançando, celebravam seus deuses, permitiam o encontro das diferentes culturas das quais eram originários e fortaleciam a rede de relações, informações e colaboração mútua entre os indivíduos e as comunidades que pretendiam livrar-se do domínio do elemento europeu e de seu regime escravocrata / Este trabajo tiene como objetivo identificar los procesos a través de los cuales la personaje Zarité, protagonista de la novela A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010) construye su identidad de resistencia (CASTELLS, 2013). Sujeto subalterno al ser simultáneamente negro, esclavo y mujer - desarrolla estrategias verosímiles que le permiten sobrevivir y enfrentar a la opresión física y de identidad propias de su condición en la colonia francesa de Santo Domingo, actual Haití , que vivía en la época de la dominación de un modelo político y social esclavitud profundamente patriarcal y racista. La investigación adopta la perspectiva desarrollada alrededor de la literatura de escritura femenina en América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARIN, 2007; WARD, 2007), según la cual, en esta producción en particular, el desarrollo de las representaciones de las mujeres garanten a ellas la voz y el empoderamiento que les fue negado en otros contextos de la escritura literaria. Alineándose la noción de extrañamiento desarrollado por el formalismo ruso (Chklovski, 2013) con el uso de los procedimientos que dan literariedade a la narrativa (Lukács, 1968), este estudio verifica las condiciones de configuración que proporcionan a obra la pertenencia al contexto de las producciones desarrolladas por las autoras migrantes o exiladas (Skar, 2001). El concepto de hibridez (Canclini, 2011) se suma a este entendimiento, articulándose en esta investigación con la perspectiva multicultural de la comprensión de las identidades (Hall, 2005). Hutcheon (1991) proporciona el marco que nos permite el necesario trabajo con el concepto del sujeto marginado y ex-céntrico. Para eso, se utiliza también la base teórica ofrecida por Castells (2013) sobre el desarrollo del concepto de identidad de resistencia. Las condiciones históricas y económicas en las que desarrollan el régimen corriente en el mundo que va de la narración se comprueban James (2010) y Blackburn (2003). Para hacer frente a la experiencia religiosa y cultural que sufren las personas de ascendencia africana en ese contexto, la investigación subyace en los argumentos presentados por Capone (2011) para debatir sobre el tema y, a través de estudios de Garauday (1980) y Lody y Sabino (2011), se puede obtener información sobre la historia y el simbolismo que envuelven las danzas de origen africana. El estudio de estas perspectivas teóricas lleva a la conclusión de que La isla bajo el mar promulga, en la persona de Zarité, la construcción de una identidad de resistencia entre los esclavos que, bailando, celebraban sus dioses, permitían el encuentro de las diferentes culturas del que derivaban y fortalecían a la red de relaciones, informaciones y cooperación mutua entre los individuos y las comunidades que querían deshacerse del dominio del elemento europeo y su régimen esclavista
4

Do invisível ao visível: o mapeamento dos grupos sociais do estado de Mato Grosso Brasil; Mapa social; Identidades de resistências; Territórios; Educação ambiental; Sustentabilidade / From the invisible to the visible: the mapping of the social groups of the state of Mato Grosso - Brazil

Silva, Regina Aparecida da 11 July 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:29:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3911.pdf: 10639147 bytes, checksum: 230fde9ada685b4189426c44c2d4bbd2 (MD5) Previous issue date: 2011-07-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / xuberant landscape, identities that are at the mercy of the historical indifference and of the hegemonic economy of the agribusiness that advances over the so‐called empty spaces are hidden. In these different environments, a rich cultural mosaic of interacting identities, that many times, are invisible or barely known coexist. With this pseudo‐invisibility, many social groups are not being attended in the elaboration of public policies. An example of this can be noticed in the policies that aim at the territorial management of the State, such as the Ecological Socioeconomic Zoning Project of Mato Grosso that did not support the different social groups that form the mato‐grossense landscape. In the attempt to overcome this fragility and give visibility to this beautiful cultural mosaic, we started in 2008, a daring proposal of building the Mapping of identities and territories of the State of MT , proposed and carried out by the leadership of the Research Group in Environmental Education, Communication and Arts (GPEA) of the Federal University of Mato Grosso (UFMT) with the important contribution of several partners. Enrolled in this project, we assumed the commitment of performing the mapping of the social groups of MT, with the aim of identifying and registering the identities of resistance. Based on the triad inhabitants-habits-habitats, we sought to understand the identity of the mapped social groups, their different rationalities and ways of life that limit the characteristics of their territories in an intrinsic relationship between culture and nature. Besides, we seek to understand how the identities of these groups are constructed, destroyed and re‐constructed due to the alterations in the habitats. In this trajectory, we elaborated a methodology called Social Map that used the narratives of the representatives of several social groups, aiming at understanding the essence of the identities that build different meanings and act in the different mato‐grossense biomes. Two seminars of Social Mapping with more than 500 participants from 54 municipalities; were held in 2008 and 2010. There were more than 70 Indigenous representatives of 19 ethnicities, of Maroon communities, pantaneiro peoples, families who were camping, settlers, family farmers, rubber‐tappers, extractivist workers, gypsy communities, affected by dams, people from Araguaia, Morroquian communities, among others. In an ethnographic approach field researches were also carried out. In this becoming of several groups and movements we expose the existence of old and new social protagonists, totalizing 52 social groups /communities/movements that added to 47 Indigenous ethnicities that resulted in a prognostic of 99 mapped identities. In the search for finding space for them, a map of the social groups was made, an important result of this thesis. In this map the identities built in traditional dimensions; of the place of culture and habitat; of labor, work and production; of the driving forces and development; and, of the choices and philosophies of life were shown and circumscribed in the territories. The expectation is that with information provided by this research, there will be subsidies for articulations, partnerships and alliances so that the social groups can be strengthened in their struggle for the protection of the State s ecosystems and be attended by the public policies. The environmental education comes hand in hand in this circle allied to the valuing of culture, in the daring idea of reconstructing the sustainable societies that re‐signify values such as environmental justice, belonging and democracy. There are loose dots and lines, but there is also, a territory of hopes that transcends this tyrant time, rescuing the weavings of the collective dreams. / O Estado de Mato Grosso‐Brasil localizado no centro da América do Sul possui uma rica diversidade ecológica distribuídas nos domínios da Amazônia, Cerrado e Pantanal. Na paisagem exuberante, escondem‐se identidades que estão à mercê do descaso histórico e da economia hegemônica do agronegócio que avançam sobre os ditos espaços vazios . Nesses ambientes diversos, coexiste um rico mosaico cultural de identidades interatuantes, que muitas vezes, estão invisibilizadas ou pouco conhecidas. Com esta pseudo‐invisibilidade, muitos grupos sociais não estão sendo contemplados na elaboração de políticas públicas. Um exemplo disso pode ser percebido nas políticas que visam o ordenamento territorial do Estado, como o projeto de Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso que não contemplou os diferentes grupos sociais que compõem a paisagem mato‐grossense. Na tentativa de superar tal fragilidade e dar visibilidade a este belo mosaico cultural, iniciamos em 2008, uma ousada proposta de construir o Mapeamento das identidades e territórios do Estado de Mato Grosso , proposto e concretizado pela liderança do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com a importante contribuição de diversos parceiros. Inscritos neste projeto, assumimos o compromisso de realizar o mapeamento dos grupos sociais do Estado, com objetivo de identificar e registrar as identidades de resistências. Ancorados na tríade habitantes-hábitos-habitats, buscamos compreender as identidades dos grupos sociais mapeados, suas diferentes racionalidades e modos de vida que demarcam as características de seus territórios ‐ numa relação intrínseca entre a cultura e a natureza. Além disso, procuramos compreender como as identidades destes grupos se constroem, se destroem e re‐constroem frente às alterações dos habitats. Neste percurso, elaboramos uma metodologia denominada Mapa Social, que contou com as narrativas dos representantes de vários grupos sociais, visando, compreender a essência das identidades que constroem diferentes significados e atuam nos diversos biomas mato‐grossenses. Foram realizados dois Seminários de Mapeamento Social, em 2008 e 2010, que somados contou com mais de 500 participantes vindos de 54 municípios; sendo mais de 70 representantes indígenas de 19 etnias, de comunidades quilombolas, povos pantaneiros, acampados, assentados, agricultores familiares, seringueiros, extrativistas, povos ciganos, atingidos por barragem, retireiros do Araguaia, povos morroquianos, entre outros. Como também, em uma abordagem de cunho etnográfico foram realizadas pesquisas de campo. Neste vir‐a‐ser de vários grupos e movimentos trazemos a cena a existência de antigos e novos protagonistas sociais, ao total registramos 52 grupos sociais/comunidades/movimentos que somados a 47 etnias indígenas totalizaram um prognóstico de 99 identidades mapeadas. Na busca de espacializá‐los foi elaborado o mapa dos grupos sociais, resultado importante desta tese. Neste mapa as identidades construídas nas dimensões da tradição; do local da cultura e habitat; do labor, trabalho e produção; das driving forces e desenvolvimento; e, das escolhas e filosofias de vida foram evidenciadas e circunscritas nos territórios. A expectativa é que com apropriação das informações proporcionadas por esta pesquisa nasçam subsídios para articulamentos, parcerias e alianças para que os grupos sociais sejam fortalecidos na luta pela proteção dos ecossistemas do Estado e possam ser contemplados nas políticas públicas. A educação ambiental vem de mãos dadas nesta ciranda, aliada à valorização da cultura, na ousadia da reconstrução de sociedades sustentáveis, que resignifique valores como justiça ambiental, pertencimento e democracia. Há pontos e linhas frouxas, mas há, também, um território de esperanças que transcende este tempo tirano, resgatando as tessituras dos sonhos coletivos.
5

Deuses que dançam e conclamam a revolução: a construção da identidade de resistência em A ilha sob o mar, de Isabel Allende / Dioses que bailan y llaman a la revolución: la construcción de la identidad de resistencia en La isla bajo el mar, de Isabel Allende

Milena Campos Eich 30 March 2015 (has links)
Este trabalho tem como objetivo identificar os processos através dos quais a personagem Zarité, protagonista do romance A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010), constrói sua identidade de resistência (CASTELLS, 2013). Sujeito subalterno por ser simultaneamente escrava, negra e mulher (SPIVAK, 2010), ela desenvolve estratégias verossímeis que lhe permitem sobreviver e enfrentar a opressão física e identitária típica de sua condição na colônia francesa de São Domingos, atual Haiti, que vivia, à época, sob o domínio de um modelo político e social profundamente patriarcal, escravocrata e racista. A pesquisa assume a perspectiva desenvolvida em torno da literatura de autoria feminina na América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARÍN, 2007; WARD, 2007), segundo a qual, nessa produção específica, desenvolvem-se representações de mulher às quais são garantidas a voz e o empoderamento que lhes foram negados em outros contextos de escrita literária. Alinhando a noção de estranhamento desenvolvida pelo formalismo russo (CHKLOVSKI, 2013) com a do uso de procedimentos capazes de conferir literariedade à narrativa (LUKÁCS, 1968), este trabalho verifica a configuração de condições que conferem à obra o pertencimento ao contexto das produções desenvolvidas por autoras migrantes ou exiladas (SKAR, 2001). O conceito de hibridismo (CANCLINI, 2011) se soma a esse entendimento, articulando-se, nesta pesquisa, com a perspectiva multicultural de compreensão das identidades (HALL, 2005). Hutcheon (1991) fornece o arcabouço que nos permite o necessário trabalho com o conceito de sujeito marginalizado e ex-cêntrico. Para isso, é utilizado também o embasamento teórico oferecido por Castells (2013) no tocante ao desenvolvimento da noção de identidade de resistência. As condições históricas e econômicas sob as quais se desenvolveu o regime vigente no ambiente em que se passa a narrativa são verificadas em James (2010) e Blackburn (2003). Para lidar com a vivência religiosa e cultural experimentada pelos descendentes de africanos naquele contexto, a pesquisa se embasa nos argumentos trazidos por Capone (2011) ao debate acerca desse tema e, por intermédio dos estudos de Garauday (1980) e Lody & Sabino (2011), é possível angariar informações relativas à história e à simbologia envolvidas nas danças de origem africana. O estudo dessas correntes teóricas conduz à conclusão de que o romance A ilha sob o mar encena, na personagem Zarité, a construção de uma identidade de resistência entre os escravos que, dançando, celebravam seus deuses, permitiam o encontro das diferentes culturas das quais eram originários e fortaleciam a rede de relações, informações e colaboração mútua entre os indivíduos e as comunidades que pretendiam livrar-se do domínio do elemento europeu e de seu regime escravocrata / Este trabajo tiene como objetivo identificar los procesos a través de los cuales la personaje Zarité, protagonista de la novela A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010) construye su identidad de resistencia (CASTELLS, 2013). Sujeto subalterno al ser simultáneamente negro, esclavo y mujer - desarrolla estrategias verosímiles que le permiten sobrevivir y enfrentar a la opresión física y de identidad propias de su condición en la colonia francesa de Santo Domingo, actual Haití , que vivía en la época de la dominación de un modelo político y social esclavitud profundamente patriarcal y racista. La investigación adopta la perspectiva desarrollada alrededor de la literatura de escritura femenina en América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARIN, 2007; WARD, 2007), según la cual, en esta producción en particular, el desarrollo de las representaciones de las mujeres garanten a ellas la voz y el empoderamiento que les fue negado en otros contextos de la escritura literaria. Alineándose la noción de extrañamiento desarrollado por el formalismo ruso (Chklovski, 2013) con el uso de los procedimientos que dan literariedade a la narrativa (Lukács, 1968), este estudio verifica las condiciones de configuración que proporcionan a obra la pertenencia al contexto de las producciones desarrolladas por las autoras migrantes o exiladas (Skar, 2001). El concepto de hibridez (Canclini, 2011) se suma a este entendimiento, articulándose en esta investigación con la perspectiva multicultural de la comprensión de las identidades (Hall, 2005). Hutcheon (1991) proporciona el marco que nos permite el necesario trabajo con el concepto del sujeto marginado y ex-céntrico. Para eso, se utiliza también la base teórica ofrecida por Castells (2013) sobre el desarrollo del concepto de identidad de resistencia. Las condiciones históricas y económicas en las que desarrollan el régimen corriente en el mundo que va de la narración se comprueban James (2010) y Blackburn (2003). Para hacer frente a la experiencia religiosa y cultural que sufren las personas de ascendencia africana en ese contexto, la investigación subyace en los argumentos presentados por Capone (2011) para debatir sobre el tema y, a través de estudios de Garauday (1980) y Lody y Sabino (2011), se puede obtener información sobre la historia y el simbolismo que envuelven las danzas de origen africana. El estudio de estas perspectivas teóricas lleva a la conclusión de que La isla bajo el mar promulga, en la persona de Zarité, la construcción de una identidad de resistencia entre los esclavos que, bailando, celebraban sus dioses, permitían el encuentro de las diferentes culturas del que derivaban y fortalecían a la red de relaciones, informaciones y cooperación mutua entre los individuos y las comunidades que querían deshacerse del dominio del elemento europeo y su régimen esclavista

Page generated in 0.1149 seconds