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Um estudo sobre as funções da tatuagem e da identificação à luz da psicanálise Freudiana / A Study on Identification and Tattooing Functions in the light of Freudian Psychoanalysis

Gláucia Faria da Silva 30 March 2012 (has links)
Elemento milenar, a tatuagem renasce entranhada na lógica do consumo e da exibição, arrastada por um apelo subjetivante frente ao enfraquecimento dos discursos totalizantes. Fenômeno presente em todas as camadas sociais e com ampla inserção em qualquer grupo etário, a tatuagem tem sua motivação comumente relacionada ao prazer estético, à beleza corporal e ao interesse por arte, e tende a ser vivida como um fim em si mesma. Estas referências, entretanto, são insuficientes para explicar a experiência da tatuagem enquanto surgimento de uma essência verdadeira, capaz de dizer mais do sujeito do que ele mesmo ousaria revelar, bem como os enigmáticos pesadelos, as tentativas de apagamento e o caráter compulsivo que envolve a prática. Nosso foco, portanto, foi desdobrar os discursos em dados capazes de refletir a dinâmica e as funções inconscientes da tatuagem e do corpo na dinâmica psíquica. Entrevistamos jovens adultos que tivessem no mínimo três tatuagens. Cada entrevista semidirigida foi reconstruída buscando-se o núcleo conflitivo, configurado em torno da perda do objeto ou de sua presença excessivamente excitante. Partimos de um amplo levantamento bibliográfico sobre o tema, realizamos um aprofundamento do conceito de identificação na obra de Freud e comentadores e selecionamos três casos para a análise. Os casos abordam a função da tatuagem e o conceito de identificação através de exemplos de luto patológico, da prevalência do Unheimliche na identificação histérica e do papel do superego nas identificações edípicas. Sob a perspectiva conceitual adotada a identificação a dinâmica do aparato destacou a importância do objeto na estruturação psíquica e as consequências avassaladoras de sua ausência ou perda. Por fim, dentro de suas especificidades, cada caso revelou a potência da pulsão de morte nas experiências de desobjetalização e o recurso recorrente ao corpo e às marcas corporais como tentativa de subjetivação e inscrição social e psíquica. A conclusão indica que o corpo tem sido convocado como importante instrumento de laço social e peça fundamental na estruturação psíquica individual. Quanto à identificação, destacamos seu papel preponderante na articulação dos polos eu-outro, enquanto preside a fluida localização do objeto no psiquismo e responde pela infiltração do superego na dinâmica egoica / Millennial element, tattooing is reborn embedded in the logic of consumption and exhibition, dragged by a subjective appeal in face of the weakening of totalizing manifestations. Phenomenon present in every social stratus and with wide insertion in any age group, tattooing has its motivation commonly related to aesthetic pleasure, body beauty and interest for art, and tends to be enjoyed as an end in itself. However, these references are not enough to explain the experience of tattooing as the advent of real essence, capable of saying more about an individual than what he himself would dare reveal, as well as the enigmatic nightmares, extinguishing attempts and compulsive character that its practice involves. Therefore, our focus was to breakup manifestations into data capable of reflecting body and tattooing unconscious functions and dynamics in the psychic dynamics. We interviewed young adults who at least had three tattoos. Each semi-directed interview was reconstructed seeking the conflictive core, configured around the loss of the object or its excessively exciting presence. We started from a large bibliographic survey on the subject, we dug deep into the concept of identification in Freud\'s and his reviewers\' works and chose three cases for analysis. The cases\' approach the tattooing function and identification concept through examples of pathological grief, predominant presence of Unheimliche in hysteric identification and the superego role in Oedipus identifications. Under the conceptual perspective adopted identification the array\'s dynamics highlighted the object\'s importance in psychic structuring and the overwhelming consequences of its absence or loss. Finally, within its specificities, each case revealed the death instinct urge in de-objectivization experience and the recurring resourcing to the body and body marks as an attempt of subjective and social and psychic inscription. The conclusion shows that the body has been called upon as an important social tie instrument and fundamental part in individual psychic structuring. Regarding identification, we point out its significant role in articulating the I/another poles, while it presides the fluid localization of the object in psyche and answer for the superego\'s infiltration in egoic dynamics
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O conceito de superego na teoria freudiana / The concept of superego in Freuds theory

Adriana Chaves Borges Homrich 10 November 2008 (has links)
Este trabalho trata da trajetória do conceito de superego na teoria freudiana desde o momento que os primeiros indícios de sua existência emergiram na clínica da histeria em 1892 até a segunda tópica em 1923, quando esta noção foi formalmente inserida na psicanálise, constituindo um dos pilares do aparelho psíquico ao lado do id e do ego. Para tanto a autora percorreu 1) as experiências pessoais e auto-analíticas de Freud descritas por seus biógrafos e por ele mesmo em sua extensa correspondência com Fliess, e também ao longo de seu livro A interpretação dos sonhos, que na verdade é uma valiosa peça autobiográfica; 2) a percepção de Freud dos fenômenos superegóicos relatados em alguns de seus casos clínicos desde a pré-história da psicanálise; e 3) a teoria psicanalítica, sendo que o foco principal foi o período de investigação conduzido por Freud entre os anos de 1892 e 1923. Ao longo deste estudo foram ressaltados os principais atributos, a natureza, as origens e as funções que o superego desempenha no psiquismo humano e concluiu-se que o superego, por conta de seu vínculo com a pulsão de morte, de sua militância no id e de sua ascendência nos conflitos incestuosos e parricidas do complexo de Édipo, é uma estrutura psíquica por natureza violenta e cruel. Uma vez que a participação do superego é estrutural na organização psíquica, cabe ao ego controlar sua fúria, defendendo o psiquismo de seus ataques destrutivos. / This paper follows the trajectory of the concept of the superego in Freudian theory from the first signs of its development in 1892 trough hysteria clinic, to the point in 1923 when it was formally incorporated in his psychoanalysis, forming one of the pillars of the psychical apparatus next to the ego and the id. To achieve this objective, the author examined 1) Freuds personal and auto-analytical experiences as described by his biographers and by himself in both his book The Interpretation of Dreams and in the long and intense correspondence with Wilhelm Fliess; 2) Freuds perceptions of the superegos role in the human psyche as described in some of his clinical cases; and 3) psychoanalytic theory, focused mainly on Freuds work between 1892 and 1923. The author aimed to highlight the main features, the nature, the origins and the functions that the superego performs in the human psyche and concluded that the superego, because of its close link with the death drive, its confrontational relationship with the id and its emergence in the incestuous and parricidal conflicts of the Oedipus complex, is by nature a cruel and violent psychical structure. Given the superegos structural participation in the psychical mechanism, it is up to the ego to control its wrath, defending itself from the destructive assault of the superego.
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O conceito de superego na teoria freudiana / The concept of superego in Freuds theory

Homrich, Adriana Chaves Borges 10 November 2008 (has links)
Este trabalho trata da trajetória do conceito de superego na teoria freudiana desde o momento que os primeiros indícios de sua existência emergiram na clínica da histeria em 1892 até a segunda tópica em 1923, quando esta noção foi formalmente inserida na psicanálise, constituindo um dos pilares do aparelho psíquico ao lado do id e do ego. Para tanto a autora percorreu 1) as experiências pessoais e auto-analíticas de Freud descritas por seus biógrafos e por ele mesmo em sua extensa correspondência com Fliess, e também ao longo de seu livro A interpretação dos sonhos, que na verdade é uma valiosa peça autobiográfica; 2) a percepção de Freud dos fenômenos superegóicos relatados em alguns de seus casos clínicos desde a pré-história da psicanálise; e 3) a teoria psicanalítica, sendo que o foco principal foi o período de investigação conduzido por Freud entre os anos de 1892 e 1923. Ao longo deste estudo foram ressaltados os principais atributos, a natureza, as origens e as funções que o superego desempenha no psiquismo humano e concluiu-se que o superego, por conta de seu vínculo com a pulsão de morte, de sua militância no id e de sua ascendência nos conflitos incestuosos e parricidas do complexo de Édipo, é uma estrutura psíquica por natureza violenta e cruel. Uma vez que a participação do superego é estrutural na organização psíquica, cabe ao ego controlar sua fúria, defendendo o psiquismo de seus ataques destrutivos. / This paper follows the trajectory of the concept of the superego in Freudian theory from the first signs of its development in 1892 trough hysteria clinic, to the point in 1923 when it was formally incorporated in his psychoanalysis, forming one of the pillars of the psychical apparatus next to the ego and the id. To achieve this objective, the author examined 1) Freuds personal and auto-analytical experiences as described by his biographers and by himself in both his book The Interpretation of Dreams and in the long and intense correspondence with Wilhelm Fliess; 2) Freuds perceptions of the superegos role in the human psyche as described in some of his clinical cases; and 3) psychoanalytic theory, focused mainly on Freuds work between 1892 and 1923. The author aimed to highlight the main features, the nature, the origins and the functions that the superego performs in the human psyche and concluded that the superego, because of its close link with the death drive, its confrontational relationship with the id and its emergence in the incestuous and parricidal conflicts of the Oedipus complex, is by nature a cruel and violent psychical structure. Given the superegos structural participation in the psychical mechanism, it is up to the ego to control its wrath, defending itself from the destructive assault of the superego.

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