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Modelos de informações nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares saudáveis de estudantes universitáriosOliveira, Renata Carvalho de January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:08:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / A informação nutricional, disponibilizada tanto em produtos embalados quanto em restaurantes, é uma estratégia política de prevenção à obesidade e demais doenças crônicas, pelo potencial de influenciar positivamente as escolhas alimentares, auxiliando os consumidores a fazerem escolhas mais saudáveis e informadas. A provisão de informação nutricional é obrigatória para alimentos embalados na maioria dos países, incluindo o Brasil. Porém, a disponibilização de informação nutricional em restaurantes, apesar de estar sendo discutida em vários países, é obrigatória apenas nos Estados Unidos da América e em condições específicas. Além disso, os restaurantes que oferecem algum tipo de informação aos consumidores, usualmente disponibilizam informações relacionadas apenas à quantidade de calorias. Até o momento, não foi encontrado na literatura científica quais características devam ter um modelo para disponibilizar informações nutricionais em restaurantes. Estudos sobre modelos de informação nutricional em restaurantes e escolhas alimentares saudáveis relatam resultados contraditórios, podendo estar relacionado aos variados métodos que vêm sendo utilizados e às limitações metodológicas para avaliar esses diferentes modelos de informação. Esta tese objetivo comparar modelos de informação nutricional em restaurante para avaliar a influência nas escolhas alimentares saudáveis de estudantes universitários. Para tanto, realizou-se o estudo em duas fases. Na fase 1, foram conduzidos grupos focais no Brasil e na Inglaterra, contando respectivamente com 11 e 25 estudantes. A condução dos grupos focais na Inglaterra foi realizada durante período de estágio sanduíche no exterior, realizado na Bournemouth University, em Bournemouth, Inglaterra. Essa fase visou conhecer as preferências dos estudantes universitários quanto aos diferentes formatos de informações nutricionais em restaurantes, para posterior aplicação e análise das informações preferidas em ambiente real ? restaurante, na fase 2. Os dados dos grupos focais foram gravados, transcritos e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Em ambos os países, os participantes preferiram o formato de informação com lista de ingredientes e símbolos de alerta, considerado-omais compreensível e útil para realizar escolhas alimentares informadas. A segunda opção foi o formato de semáforo nutricional (traffic light system) acrescido do percentual de valor diário de referência. Tanto no Brasil quanto na Inglaterra, a maioria dos participantes rejeitou o formato de informação apenas de calorias, bem como calorias e nutrientes, afirmando que estes modelos não influenciariam suas escolhas alimentares. Na fase 2 realizou-se um ensaio controlado randomizado de grupos paralelos, em um restaurante no Brasil, durante um dia de intervenção. Trezentos e treze estudantes universitários foram randomizados em um dos três grupos de modelos de informação nutricional. Desses, 233 estudantes participaram da intervenção e foram analisados, os demais não compareceram e foram excluídos da análise. O grupo intervenção 1 (n=88) recebeu cardápio contendo informação de semáforo nutricional (traffic light system) e o percentual de valor diário de referência. O grupo intervenção 2 (n=74) recebeu o cardápio apresentando lista de ingredientes e símbolos de alerta. O grupo controle (n=71) recebeu cardápio sem informação nutricional. No grupo de estudantes que recebeu o cardápio contendo lista de ingredientes e símbolos de alerta, as escolhas alimentares saudáveis foram significativamente maiores quando comparado aos demais grupos. Esse mesmo formato de informação nutricional afetou positivamente as escolhas alimentares saudáveis de mulheres, participantes sem excesso de peso e aqueles que costumavam comer fora de casa mais do que duas vezes na semana. Como conclusão da tese, compreendendo as duas fases, os resultados sugerem que os estudantes universitários preferem o formato apresentando lista de ingredientes e símbolos de alerta. Esse modelo também influenciou positivamente as escolhas alimentares saudáveis dessa população-alvo, como foi comprovado no ensaio controlado randomizado. Assim, a informação contendo lista de ingredientes e símbolos de alerta, ao ser disponibilizado em restaurantes, pode fazer parte de políticas públicas, como estratégia para empoderar os consumidores, promover a saúde e auxiliar no combate à obesidade e outras doenças crônicas. Esse modelo também pode ser adotado em futura legislação sobre o tema no Brasil e no mundo.<br> / Abstract: Food labelling available in packaged foods and in restaurants is a policy strategy designed to inform consumers' food choices and thereby prevent obesity and other chronic diseases, due to the potential to influence food choices and guide consumer healthy selection. Food labelling is mandatory for packaged foods in most countries, including Brazil. However, the availability of menu labelling in restaurants, despite being discussed in several countries, it is mandatory only in the United States under specific conditions. Also, the restaurants that offer some menu labelling to consumers usually provide information related only to the amount of calories. Until now, it was not found in the scientific literature which features should have a format to provide menu labelling in restaurants. Studies on menu labelling formats in restaurants and healthy food choices have reported contradictory results, which may be related to various methods that have been used and methodological limitations to assess different information formats. This thesis aimed to compare menu labelling formats in restaurant to assess the influence on healthy food choices of university students. Therefore, the study was conducted in two phases. In phase 1, focus groups were conducted in Brazil and UK, respectively counting with 11 and 25 students. Focus groups in UK were carried out during PhD sandwich internship in Bournemouth University, Bournemouth, UK. This phase aimed to know the preferences of university students for different menu labelling formats in restaurants, for subsequent intervention and analysis of the preferred information in a real restaurant setting, in phase 2. The data from the focus groups were recorded, transcribed and analysed using the content analysis technique. In both countries, participants preferred the format that presented an ingredients list and highlighted symbols, considered it more understandable and useful to make informed food choices. The second option was the traffic light format (traffic light system) plus guidelines daily amounts (GDA). Both in Brazil and in UK, the majority of participants rejected the calories and calories and nutrients information, stating that these formats do not influence their food choices. In phase 2, it was conducted a randomised and controlledparallel-group trial on one weekday in a restaurant in Brazil. 313 university students were randomly assigned to one of three parallel groups with different menu labelling formats. Of these, data from 233 students were analysed. The others did not attend and were excluded. Intervention group 1 (n=88) received information in the form of a traffic light system plus guideline daily amounts, while intervention group 2 (n=74) was presented with an ingredients list plus highlighted symbols. The control group (n=71) received a menu with no menu labelling. Healthy food choices were significantly higher among students who received the menu showing an ingredients list plus highlighted symbols. The same menu labelling format positively affected healthy food choices in women, not overweight participants and who often ate out more than twice a week. In conclusion, results including the two phases suggest that university students prefer a menu labelling format that presented an ingredients list and highlighted symbols. This menu labelling format also positively affected healthy food choices in this target population, as evidenced in the randomised controlled trial. Thus, it is suggested that menu labelling with an ingredients list plus highlighted symbols can be part of public policy as a strategy to empower consumers, to promote health and help fight obesity and other chronic diseases. This format also can be adopted in future legislation on menu labelling in Brazil and around the world.
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DIAN - BUFÊOliveira, Renata Carvalho de January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição. / Made available in DSpace on 2012-10-24T01:52:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Poucos são os estudos que discutem a necessidade de aplicação da rotulagem nutricional em restaurantes, bem como a forma para oferecer essas informações aos consumidores. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver um método para disponibilizar informações alimentares e nutricionais de preparações oferecidas em restaurantes do tipo bufê. A escolha por este tipo de distribuição deveu-se à sua ampla utilização no mercado de alimentação fora de casa. O estudo foi dividido nas etapas: caracterização teórica dos pontos relevantes sobre informações alimentares e nutricionais; concepção do modelo de método para disponibilizar as informações em preparações de bufês; seleção do local para a realização do estudo de caso; teste de aplicação do método proposto por meio de estudo de caso; elaboração do modelo de etiqueta de informações alimentares e nutricionais; revisão e estruturação do método de Disponibilização de Informações Alimentares e Nutricionais em Bufês (DIAN-bufê). O método estruturado foi organizado em etapas, formulários e recomendações de aplicação. Concluiu-se que as informações alimentares e nutricionais devem ter linguagem simples e de fácil entendimento, sendo apresentadas como etiquetas no balcão do bufê. Quando for utilizado nome fantasia para a preparação, sugere-se uma nomenclatura auto-explicativa, contendo os alimentos da receita em ordem decrescente de quantidade. Optou-se por indicar também informações sobre nutrientes e/ou substâncias relevantes para a saúde dos consumidores, por meio de destaques de alertas (presença de glúten, gordura trans, lactose e/ou açúcar) e destaques de alimentação saudável (presença de cereais integrais, leguminosas, frutas, legumes e/ou verduras), apresentados em forma de ícones nas etiquetas. A principal dificuldade para a aplicação do método DIAN-bufê relaciona-se à pouca existência e à utilização das fichas técnicas de preparação no processo produtivo. Assim, destaca-se necessidade de controle nas modificações de ingredientes e preparações durante o fluxo produtivo, além da conscientização dos operadores quanto à importância da padronização das receitas e das informações alimentares e nutricionais para os consumidores. Considera-se que o DIAN-bufê pode auxiliar na garantia do direito à informação e colaborar para escolhas alimentares mais seguras e saudáveis, constituindo um instrumento de educação nutricional e alimentar, tanto no plano de políticas de saúde quanto no plano individual.
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Informação nutricional de sal/sódio em rótulos de alimentos industrializados para lanches consumidos por crianças e adolescentesKraemer, Mariana Vieira dos Santos January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:52:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Objetivo: Analisar o teor de sal/sódio declarado no rótulo dos alimentos industrializados comercializados no Brasil, usualmente consumidos em lanches por crianças e adolescentes. Método: Foi realizado um estudo observacional transversal, com coleta de dados tipo censo. As informações coletadas foram sobre o produto alimentício (produto, nome comercial, sabor, marca, fabricante, país de origem, preço e peso total) e a informação nutricional de sódio nos rótulos (presença do item sódio na informação nutricional, peso da porção em gramas ou mililitros, quantidade de sódio em miligramas por porção, alegações nutricionais de sódio, citação e ordem de citação do sal na lista de ingredientes e citação de aditivos alimentares a base de sódio na lista de ingredientes) em todos os alimentos industrializados disponíveis à venda em um supermercado do sul do Brasil, nos meses de outubro e novembro de 2011. Analisou-se o conteúdo de sódio e a declaração do tamanho da porção dos alimentos usualmente consumidos como lanches por crianças e adolescentes, selecionados com base na literatura científica. Os alimentos selecionados para a pesquisa foram categorizados em grupo e subgrupos de acordo com a divisão estabelecida pela legislação brasileira de rotulagem nutricional. Além disso, verificou-se o percentual de adequação do conteúdo de sódio por porção, com as recomendações diárias de ingestão de sódio para a faixa etária. Resultados: Foram analisados 2945 alimentos industrializados. Encontrou-se que a maioria deles (86%) cumpriram o preconizado pela legislação brasileira quanto ao tamanho da porção. Quanto ao conteúdo de sódio, 21% dos alimentos industrializados apresentavam altos teores de sódio e 35% médios teores. Destacaram-se os grupos 5 (Carnes e ovos), 6 (Óleos, gorduras e sementes oleaginosas) e 8 (Molhos, temperos prontos, caldos, sopas e pratos preparados), por apresentarem os maiores percentuais de alimentos com alto teor de sódio. Verificou-se que houve, em alguns alimentos, grande variação entre os conteúdos mínimos e máximos de sódio, chegando esta diferença a até 2857mg no subgrupo dos embutidos. Destacaram-se os embutidos, os hambúrgueres, as linguiças e salsichas e os pratos prontos por conterem os maiores conteúdos de sódio por porção e por fornecerem, em alguns casos, mais de 100% da necessidade diária de sódio para crianças. Conclusão: A maioria dos alimentos industrializados apresenta conteúdo médio ou alto de sódio e, portanto, o consumo diário deste micronutriente pode estar acima do recomendado para a faixa etária. Verificou-se a necessidade de estabelecer uma porção padrão para a rotulagem de todos os alimentos industrializados, tendo em vista que as porções determinadas pela legislação brasileira para cada subgrupo de alimento, bem como as variabilidades permitidas, podem dificultar o entendimento das informações nutricionais. Assim, destaca-se a importância da reformulação da legislação brasileira de rotulagem nutricional em dois aspectos: a padronização da porção de referência em que os alimentos devem ser rotulados, analisando a possibilidade de não permitir a variabilidade e a diminuição do valor de 2400mg utilizado como base para o cálculo do percentual de valor diário (%VD), já que esse valor representa mais de 50% da necessidade diária de sódio para crianças e adolescentes. Finalmente, sugere-se o desenvolvimento de outros métodos de classificação do teor de sódio em alimentos industrializados, tendo em vista que os parâmetros utilizados pela Traffic Light Labelling são elevados para crianças e adolescentes. <br> / Abstract : Objective: To analyze the information of salt / sodium declared on food labels of processed foods sold in Brazil, usually consumed as snacks by children and adolescents. Method: was conducted an observational and cross-sectional study using census data collection. The information collected relates to the food product (product, trademark, flavor, brand, manufacturer, country of origin, price and total weight) and nutrition information of sodium on labels (presence of sodium in the nutrition information item, weight of the portion in grams or milliliters, the amount of sodium in milligrams per serving, sodium nutrition claims, mentioning and order of salt in the list of ingredients, and the acknowledging of sodium-base food additives in the ingredients list) in all foods available for sale at a supermarket in southern Brazil, between October and November of 2011. We analyzed the sodium amount statement, and the size of the food portions commonly eaten as snacks by children and adolescents, based on a selection from the scientific literature in the field. Foods selected for the survey were categorized into groups and subgroups according to the distinctions prescribed by Brazilian legislation for food labeling. Furthermore, was verified the percentage of adequacy of sodium amount per serving, with the daily recommendations of sodium intake for the age group. Results: Were analyzed 2945 processed foods. It was found that most of them (86%) fulfilled the criteria of the Brazilian legislation regarding portion size. As for the amount of sodium, 21% of processed foods had high levels of sodium and 35% average levels. Highlights were groups 5 (meats and eggs), 6 (oils, fats and oilseeds) and 8 (sauces, seasonings, broths, soups, and cooked meals), for presenting the highest percentages of foods with high sodium amount. It was found that there was, in some foods, great variation between the minimum and maximum content of sodium, this difference reaching up to 2857mg in the subgroup of sausages. The highlights were the sausages, the burgers, the hot dogs, the sausages, and ready meals for containing the highest amount of sodium and for providing, in some cases, over 100% of the daily requirement of sodium for children.
Conclusion: These results revealed an alarming situation regarding the sodium amount contained in foods for children and adolescents. Most foods contain medium or high sodium levels, and, therefore, the daily consumption of this micronutrient may be above the recommended for the age. This high sodium intake can lead to the development of various diseases, such as systemic hypertension in adulthood or even in childhood and adolescence.
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Informação nutricional complementar em rótulos de alimentos industrializados direcionados a acriançasRodrigues, Vanessa Mello January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-10-18T03:03:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / A Informação Nutricional Complementar (INC) é um tipo de alegação presente nos rótulos de alimentos que se refere a propriedades nutricionais específicas e consideradas positivas do ponto de vista nutricional, como por exemplo, a presença de vitaminas ou a redução do teor sódio. Entretanto, pesquisadores discutem se a INC pode levar os consumidores a perceberem os alimentos como mais saudáveis do que realmente são, visto que a INC não garante ao alimento composição nutricional adequada. Tal possibilidade se torna ainda mais preocupante quando se considera o uso dessas alegações em alimentos industrializados direcionados a crianças. Alimentos industrializados estão entre os mais consumidos pelo público infantil, no qual é crescente a prevalência de sobrepeso e obesidade. Esta tese teve o intuito de investigar o panorama brasileiro sobre a utilização de INC em alimentos industrializados direcionados a crianças, avaliar sua qualidade nutricional, bem como conhecer a percepção de pais sobre alimentos com esse tipo de alegação. Para atender aos objetivos propostos, foi escolhido um delineamento quanti-qualitativo. Inicialmente, foi realizado um levantamento censitário em um supermercado pertencente a uma das dez maiores redes de supermercados do Brasil. Entre os 5620 alimentos que compuseram o banco de dados, 535 (9,5%) tinham estratégias de marketing direcionadas a crianças (ex. personagens de desenhos animados, passatempos, brindes) e constituíram nossa amostra. Cerca de metade dos alimentos avaliados (270, 50,5%) apresentava no mínimo uma INC no rótulo. Mais da metade dos alimentos direcionados a crianças (300, 56,1%) pertencia ao grupo que inclui achocolatados, biscoitos doces recheados, guloseimas, refrigerantes e salgadinhos. O objetivo do primeiro artigo resultante desta tese foi comparar a composição nutricional dos alimentos direcionados a crianças com e sem INC. A composição nutricional dos alimentos com e sem INC foi semelhante para a maioria dos componentes avaliados, com exceção do sódio, cuja quantidade foi maior em alimentos com INC do que em alimentos sem INC. Aqualidade nutricional dos alimentos foi avaliada utilizando duas abordagens diferentes: perfil nutricional e nível de processamento. Para avaliação por perfil nutricional foi utilizado um modelo criado por pesquisadores da Universidade de Oxford, Inglaterra, para regulação da publicidade de alimentos e bebidas direcionada a crianças na televisão do Reino Unido. Buscando discutir a viabilidade da aplicação desse modelo aos alimentos direcionados a crianças comercializados no Brasil, foi realizado um estágio de doutorado sanduíche com este grupo, entre janeiro e setembro de 2015. Para avaliar os alimentos com base no seu nível de processamento foram utilizadas as recomendações do modelo NOVA, adotadas na 2ª edição do Guia alimentar para a população brasileira de 2014. Os alimentos direcionados a crianças foram classificados como ?mais saudáveis? e ?menos saudáveis? de acordo com cada um dos modelos. O segundo artigo apresenta os resultados da avaliação da qualidade nutricional dos alimentos, na qual o modelo NOVA categorizou mais alimentos com INC como ?menos saudáveis? do que o modelo UK/Ofcom. Independentemente do modelo utilizado, pelo menos 75% dos alimentos direcionados a crianças com INC foram classificados como ?menos saudáveis? (p<0,05). A terceira etapa da pesquisa buscou investigar como alimentos ultraprocessados com INC direcionados a crianças eram percebidos pelos pais e se essas alegações poderiam influenciar suas escolhas. Para isto, foram realizadas entrevistas presenciais (n=18) com pais de crianças entre 7 e 10 anos. Embalagens de alimentos ultraprocessados direcionados a crianças com INC nos rótulos foram utilizadas para orientar a condução das entrevistas. A análise temática revelou que apenas alguns pais referiram que não se influenciariam pelas alegações nos rótulos, por avaliarem que esses destaques não melhoravam a baixa qualidade nutricional dos alimentos. Por outro lado, apesar de reconhecerem os alimentos ultraprocessados direcionados a crianças como pouco saudáveis, a presença da alegação nutricional funcionou para alguns pais como mais um estímulo para aquisição de tais alimentos, juntamente com a praticidade e boa aceitação dos filhos. A partir dos resultados obtidos neste trabalho, destaca-se a importância de estabelecer critérios para restringir o uso de alegações nutricionais, buscando evitar más interpretações que possam promover escolhas pouco saudáveis.<br> / Abstract : Nutrient claims (NC) are a type of label claim which relate to specific nutritional properties of foods seen as positive in a nutritional context, such as added vitamins or reduced sodium content. However, researchers discuss that NC may lead consumers to perceive food as healthier than they really are, whereas the NC does not mean that the food has an adequate nutritional composition. This possibility becomes even more worrying when one considers the use of NC on processed foods targeted at children. These foods are among the most consumed by this group, in which the prevalence of overweight and obesity are increasing. This thesis aimed to investigate the Brazilian scenario of NC on processed food labels targeted at children, to assess their nutritional quality and to know parents? perceptions regarding food with this type of claim. To achieve the proposed objectives, a quantitative and qualitative design was chosen. Initially, we conducted an audit in a supermarket belonging to one of the ten largest supermarket chains in Brazil. Among the 5620 food that composed the database, 535 (9.5%) presented marketing strategies aimed at children (e.g. cartoon characters, hobbies, gifts) and constituted our sample. Around half of the food products marketed at children (270; 50.5%) displayed at least one nutrient claim. More than half of all the food products identified as targeting children (300, 56.1%) were from the group which included products such as sweets and sweetened carbonated drinks. The aim of the first article of this thesis was to compare the nutritional composition of foods targeted at children, with and without NC. Children?s products with and without NC had a similar nutritional content, except for sodium, which content was higher than their counterparts without NC. The nutritional quality of foods was evaluated through two different approaches: nutrient profile and level of processing. Firstly, we used an evaluation nutrient profiling model (The UK / Ofcom Nutrient Profiling), created by researchers from the University of Oxford, England, for regulating food and beverages advertisements to children on the UK television. Aiming to discuss the feasibility of applying the model to packaged foods aimed at children in Brazil, a doctoralinternship was attended with the group, between January and September 2015. In order to evaluate foods based on their processing level we used the NOVA recommendations, which had been adopted in November 2014 in the 2nd edition of the Diet Guidelines for the Brazilian Population. Food products aimed at children were classified as 'healthier' and 'less healthy' according to each model. The second article presented the results of nutritional quality evaluation, in which we classified more products with NC as ?less healthy? according to the NOVA model (96%) than to the nutrient profile based model (74%) Regardless of the applied model, at least 75% of the food targeted at children with NC were classified as ' less healthy' (p <0.05). The third part of the research aimed to investigate how ultraprocessed foods targeted at children with NC were perceived by parents and if these claims could influence their choices. Face-to-face interviews (n=18) were conducted with parents of 7-10 years old children. Ultraprocessed food packages bearing marketing strategies for children and NC were used as stimuli for conducting the interviews. The thematic analysis revealed that only few parents reported that the NC did not influence their choices, because they said these claims did not improve the low nutritional quality of foods. On the other hand, besides parents evaluated the ultraprocessed foods targeted at children as unhealthy, the presence of NC worked for some of them as a further incentive to purchase such foods, along with the convenience and acceptance by children. The results obtained in this study highlight the importance of establishing criteria to restrict the use of NC, seeking to avoid misinterpretations that may promote unhealthy choices.
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A importância das informações nutricionais nos rótulos de alimentos na intenção de compra do consumidorGiehl, Raquel Bernardon Toigo January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:40:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / The study of Nutrition has been the focus of attention of many marketing researches due to the strategic importance that the subject has achieved in the business scenario. On the foodstuff compass, it is verified that the consumers are changing their preferences as they get more knowledgement about nutritional information and as their healthy concerns also increase. Therefore, the nutritial information shown on the food labels became relevant to the consumer decision process. “Nutritional information” is defined as all descriptions destined to inform the consumer about a food nutritional properties in terms of nutrients, ingredients, reduced fat or sugar, health benefits and special characteristics, and others. Some studies show that the consumer purchase intention s dependent on how the products will satisfy their expectation when used. However, in some circumstances’, the purchase intention is determined by the communication at the sale place, as consumers are drive to consider the product appearance, flavor and aroma aspects when they see images and find data available in the packaging. Also, it has to be consider that different people react in such different ways to packaging customization, what gives to the segmentation an important hole to determine the consumers reaction to the packaging elements. The present research focuses on investigate the consumer behavior and the influence of the nutritional information provided on food packages and labels in the purchase intention. For in such a way, the factors “individual characteristics” and “nutrition knowledge” categorized for Drichoutis, Lazardis and Nayga (2005) has been evaluated.Initially, a descriptive analysis was carried out for evaluate which factors would be more present in the population under study and that deserve more approach in the qualitative stage. In a second stage, a descriptive survey was carried out, with quantitative variables, with a sample of undergraduate students. The results identified that the nutritional information presented on food labels does influence the purchase intention, but that attributes such as price, brand and flavor are also relevant. Consumer gender and age were also found to be statistically significant factors. At the end of this work, the results are discussed, academic and management implications are given and suggestions for future research are presented. / O tema Nutrição tem atraído a atenção de estudiosos de marketing pela importância estratégica que a questão rotulagem nutricional adquiriu no cenário empresarial. No âmbito dos produtos alimentícios, nota-se que o maior conhecimento dos consumidores de alimentos sobre questões nutricionais vem modificando suas preferências, na medida em que aumentam as preocupações com a saúde. Assim, as informações nutricionais apresentadas nas embalagens dos produtos ganham relevância no processo decisório do consumidor. “Informações nutricionais” são definidas como sendo toda a descrição destinada a informar o consumidor sobre as propriedades nutricionais do alimento, no que se refere aos nutrientes, ingredientes, redução de gordura ou açúcar, benefícios à saúde e características especiais, entre outros. Estudos demonstram que a intenção de compra do consumidor depende do quanto este espera que o produto satisfaça sua expectativa quando do uso. Contudo, há situações em que a intenção de compra é determinada pela comunicação no ponto de venda, visto que os consumidores são propensos a imaginar aspectos como aparência, sabor e aroma do produto quando vêem imagens e informações na embalagem. Há de se considerar também que diferentes pessoas respondem de diferentes maneiras a configurações de embalagens, sendo a segmentação um importante fator de determinação da reação dos consumidores aos elementos da embalagem. Esta pesquisa objetiva investigar o comportamento do consumidor e a influência das informações nutricionais presentes nas embalagens e rótulos de alimentos na intenção de compra. Para tanto, foram avaliados os fatores “características individuais” e “conhecimento nutricional” categorizados por Drichoutis, Lazaridis e Nayga (2005).Inicialmente, foi realizado um estudo exploratório descritivo para avaliar os fatores mais presentes na população em estudo e que mereceriam enfoque na etapa qualitativa. Em seguida, foi realizado um levantamento tipo survey, de natureza descritiva, com variáveis quantitativas, com uma amostra de estudantes universitários. O resultado identificou a existência de influência das informações disponíveis nos rótulos de alimentos na intenção de compra, compartilhando importância com atributos como preço, marca e sabor. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os consumidores de acordo com o sexo e a idade. Discussões sobre os resultados, bem como implicações acadêmicas e gerenciais, e sugestões para pesquisas futuras são abordadas ao final do trabalho.
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Desenvolvimento de instrumento para avaliação da qualidade nutricional e sensorial de bufês de café da manhã em hotéis de negócioTrancoso, Suelen Caroline January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição. / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:38:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O café da manhã é uma das principais refeições do dia, sendo a sua realização freqüente e adequada associada a um estilo de vida saudável. Apesar da importância da realização desta refeição para a saúde, a diminuição do seu consumo tem sido observada como uma modificação importante no comportamento alimentar atual. Os motivos destacados abrangem o aumento do número de indivíduos que moram sozinhos, a falta de tempo para realizar as refeições e particularidades no consumo de pratos diferentes pelos membros da família. Neste perfil encontra-se o profissional executivo que, devido às longas jornadas de trabalho e o grande número de refeições utilizadas para encontro de negócios, menciona dificuldade na manutenção de uma alimentação equilibrada. Devido às constantes viagens de trabalho, este profissional necessita de meios de hospedagem durante sua estada nas cidades, frequentemente utilizando os hotéis de negócio. Entre os serviços que este estabelecimento deve reunir, destaca-se o café da manhã. Esta é, normalmente, a única refeição incluída na diária de um hotel, destacando-se como uma facilidade que exerce forte influência na escolha de um hotel por um cliente. Neste enfoque, o presente estudo desenvolveu um instrumento de avaliação da qualidade nutricional e sensorial de bufês de café da manhã em hotéis de negócio - AQCM. O processo de construção do instrumento foi dividido nas etapas: a)definição dos termos relevantes, b)coleta de informações iniciais da amostra, c)definição das variáveis e respectivas técnicas e instrumentos e coleta de dados do estudo, d)definição da estrutura do instrumento (quantitativo ou qualitativo), e)desenho inicial do instrumento, f)teste de aplicação, g)desenho final do instrumento. Os testes de aplicação foram realizados em seis hotéis de negócio da cidade de Curitiba-PR. O AQCM desenvolvido divide-se em avaliação do ambiente de café da manhã e dos alimentos da mesa de bufê. A interpretação das respostas é qualitativa e está dividida em três critérios: menos adequadas, padrão mínimo e opções para melhorias, este último focado em questões de melhoria contínua. O padrão mínimo foi definido a partir das opções para a garantia mínima da qualidade nutricional e sensorial do bufê de café da manhã para o cliente. Sendo assim, o estudo apresenta um instrumento prático para auxiliar os restaurantes que servem café da manhã no momento de montar e planejar o bufê, respeitando a oferta de alimentos saudáveis, as opções de melhorias, a forma de apresentação dos alimentos, o fornecimento de informações completas aos seus clientes, dentre outras questões. Embora utilizando o setor hoteleiro como local do estudo, acredita-se que a forma como o instrumento foi estruturado e planejado garante a fácil aplicação e interpretação das respostas em diferentes estabelecimentos que forneçam o café da manhã.
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Alimentos ultraprocessados direcionados a criançasZucchi, Natália Durigon January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:09:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Alimentos com poucas fibras e excesso de calorias, açúcar, sódio e gordura trans podem ser classificados como ultraprocessados. Entre estes estão os lanches, petiscos ou sobremesas, bem como produtos prontos para aquecer. O consumo excessivo de ultraprocessados é reconhecido, dentre outros fatores, como influenciador das prevalências de excesso de peso em crianças. Considerando esse cenário, emergem estratégias de prevenção como a rotulagem nutricional, que segundo a legislação, compreende na declaração do valor energético e de nutrientes (informação nutricional) e na declaração de propriedades nutricionais (Informação Nutricional Complementar - INC). A INC corresponde a qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um produto possui propriedades nutricionais particulares em relação ao seu valor energético ou conteúdo de nutrientes. Além da rotulagem, regulamentada por legislação, alimentos direcionados a crianças comumente trazem estratégias de marketing em seu painel frontal. Objetivou-se com esta pesquisa analisar embalagens de alimentos direcionados a crianças caracterizados como ultraprocessados quanto à presença e ao tipo de INC disponível no painel frontal e conhecer a opinião de crianças sobre informações veiculadas nas embalagens de tais alimentos. Para tanto, primeiramente foi realizada uma análise das fotos do painel frontal de alimentos classificados como direcionados a crianças (n=535), obtidas em um estudo censitário realizado em um supermercado pertencente a uma das dez maiores redes de supermercados do Brasil. Posteriormente, foram identificados alimentos com características de ultraprocessados e a presença e tipos de INC. Foram então selecionados quatro painéis frontais de marcas populares para a condução de grupos focais com crianças de 8 a 10 anos de idade de uma escola particular de Florianópolis-SC. Foram conduzidos nove grupos focais com 49 crianças (27 meninos). As sessões foram gravadas, transcritas verbatim e analisadas pela técnica de análise de conteúdo. Dentre os 535 alimentos industrializados direcionados a crianças, 472 (88%) eram ultraprocessados e 220 (46,6%) apresentavam INC em seu painel frontal. Foi encontrado um total de 321 INC nestes 220 alimentos. Do total de INC identificadas, 236 (73,5%) indicavam presença ou aumento de algum componente, principalmente de vitaminas (n=92) e minerais (n=75). Quanto à INC de isenção ou redução (26,5%), a gordura trans foi o item que mais se repetiu (n=48). Os alimentos em cujas embalagens foi identificado o maior número de INC foram biscoitos e bolos recheados, iogurtes adoçados e balas. Nos grupos focais, a presença de personagens e INC nas embalagens despertou a atenção das crianças, as quais consideraram óbvio que os principais motivos do personagem estar presente na embalagem ser para chamar a atenção e deixá-las mais atrativas. Foram frequentes os comentários associando as INC a características positivas do alimento, para destacar que o produto tem menos coisas que, segundo as crianças, fazem "mal". Também demonstraram estar atentas a outras informações na rotulagem de um modo geral. A rotulagem nutricional e a INC são ferramentas que podem auxiliar na realização de escolhas alimentares saudáveis. No entanto, se forem utilizadas para enfatizar aspectos saudáveis do alimento, podem fazer com que o alimento pareça mais saudável do que é. Deste modo, identificou-se uma situação em que as atuais ações que regulamentam o uso da INC em embalagens de alimentos ultraprocessados ainda podem ser aperfeiçoadas. Como influenciadores das compras da família e futuros consumidores, sugerem-se ações com o objetivo de instrumentalizar as crianças na leitura, compreensão, utilização e interpretação das informações presentes nos rótulos de alimentos.<br> / Abstract : Foods with low fibre content and excessive amounts of calories, sugar, sodium and trans fat can be classified as ultraprocessed foods. These are snacks or desserts, as well as ready-to-heat foods. The high consumption of ultraprocessed foods is recognized as one of the causes of increased overweight rates in children. Considering this scenario, prevention strategies, such as nutrition labelling emerge. Nutrition labelling consists of the declaration of energy and nutrient content (nutritional information) and the declaration of nutritional properties (nutrition claims). Nutrition claims are representations which state, suggest or imply that a given product presents specific nutrient properties regarding its energy or nutrient content. Besides nutrition labelling, regulated by legislation, food packages can also present marketing strategies on the front-of-pack. The aim of this research was to analyze ultraprocessed food packages marketed to children regarding the presence and type of nutrition claims available on the front-of-pack. Also, to understand children consumers' opinion about information provided on ultraprocessed food labels directed to them. To reach these objectives, first was performed an analysis of the front-of-pack photos of foods classified as targeted to children (n=535). The photos were collected during an audit study at a big Brazilian supermarket. Subsequently, ultraprocessed foods and the presence and types of nutrition claims were identified. Given this analysis, four packages (front-of-pack) of foods (n=3)and drinks (n=1) of popular brandings were chosen to assist focus groups conduction with 8-10 years old children in a private school in Florianópolis-SC. Nine focus groups were conducted with 49 children (27 boys). The sessions were recorded, transcribed verbatim and analyzed through Content Analysis technique. In a set of 535 foods marketed to children 472 (88%) were ultraprocessed. Among these, 220 (46.6%)presented nutrition claims on their front-of-pack, being identified a total of 321 nutrition claims. Among these, 236 (73.5%) concerned the presence or the increase of some component, mostly vitamins (n=92) and minerals (n=75). Regarding exemption or reduction (26.5%), trans fat was the most repeated nutrition claim (n=48). The highest number of nutrition claims was identified on filled cookies and cakes, sweetened yogurts and candies. In focus groups, the presence of characters and nutrition claims attracted attention of children. Participants considered obvious that the main reason of the character presence was to draw attention and make the package more attractive. About the nutrition claims, comments associated to positive attributes of food were frequent. Children considered the presence of nutrition claims important because highlights the fact that the product has, according to children, less "bad" things. They were observant of general information on the labeling. Nutrition labelling, and the nutrition claim are tools that can help consumers when of eating habits. However, if nutrition claims are used to emphasize healthy aspects of unhealthy foods, they can make the food look healthier. Therefore, actions about the presence of nutrition claims in ultraprocessed foods target at children can be improved. For his role as influencer's consumers of the family shopping, as well as future consumers, children can become the focus of actions which aim to instrumentalize the reading, understanding, use and interpretation of the nutrition labelling information.
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O gostoso e o saudável: uma análise da utilização de apelos de saúde na rotulagem de alimentos e sua convergência com o conteúdo nutricional / The tasty and the healthy: an analysis of the use of health claims in food labeling and its convergence with the nutritional contentMaciel, Elisabeth 16 October 2012 (has links)
Introdução. A epidemia global de obesidade e suas consequências ocorrem simultaneamente a uma maior consciência quanto às escolhas que promovem a saúde, padrões estéticos cada vez mais magros e oferta crescente de alimentos industrializados de alta densidade calórica, saborosos e práticos. Este cenário estimula a indústria de alimentos a utilizar apelos de saúde como estratégia de concorrência. Objetivo. Analisar a utilização de apelos de saúde e outras estratégias de incentivo ao consumo presentes na rotulagem de alimentos industrializados, sua coerência com os teores de calorias, gorduras, açúcares e sal presentes nesses alimentos e sua convergência com a legislação pertinente. Metodologia. A definição de teores elevados de calorias, gorduras, açúcares e sódio e dos quesitos que nortearam a análise foi feita a partir da legislação pertinente e da literatura. Um formulário foi criado e a análise baseou-se nas informações declaradas na rotulagem pelo fabricante. A categoria estudada foi Biscoitos e Salgadinhos. Os produtos foram escolhidos pela análise do gasto das famílias paulistanas com alimentação a partir da base de micro dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Foram identificadas 64 marcas e adquiridos 209 produtos em supermercados da cidade de São Paulo. Foram avaliados densidade calórica, teores de açúcar, gorduras saturada e trans, e sódio. Quatro dos quesitos tratam de diversas formas de estímulo ao consumo (apelos de saúde, selos de certificação, brindes e prêmios e apresentação do produto); o último trata da obrigatoriedade de informar os teores de gorduras, açúcar e sódio em destaque. Produtos com um ou mais teores elevados não deveriam apresentar nenhuma ação relativa aos quatro primeiros quesitos, e todos deveriam atender ao último, por ser exigência legal. Resultados. A totalidade dos produtos apresentou densidade calórica elevada e para 99% a quantidade de Kcal/100g foi maior que o dobro do limite; 48% não informaram os teores de açúcar separadamente; 22% declararam quantidades elevadas de açúcar; 64% apresentaram teores elevados de gordura saturada. Mais da metade dos produtos continha gordura vegetal, mas declarou 0% de gordura trans na porção; 35% eram alimentos livres de gordura vegetal; 53% apresentaram teores de sódio elevados sendo 17% entre 50% e 100% acima e 20%, mais que o dobro do limite. Noventa e quatro por cento dos produtos apresentaram teores concomitantemente elevados; 27%, calorias, gordura saturada e sódio; 20%, calorias e sódio e 17%, calorias e gordura saturada. Setenta e um por cento dos produtos com um ou mais dos teores elevados utilizaram apelos de saúde na sua rotulagem; 4%, selos de certificação de sociedades médicas; 6% bonificações, prêmios ou brindes e 16%, embalagens especiais; 66% dos produtos não apresentaram teores de gorduras, açúcar e sódio em destaque apesar de esta ser exigência legal. Conclusão. Os produtos estudados apresentaram um ou mais dos teores avaliados acima dos parâmetros estabelecidos; apelos de saúde e outras estratégias de marketing nutricional foram identificados em produtos que não deveriam ser associados a uma alimentação saudável ou ter seu consumo incentivado. / Introduction. The global epidemic of obesity and its consequences occur simultaneously to a greater awareness of the choices that promote health, aesthetic standards increasingly thin and an increasing availability of foods of high caloric density, tasty and practical. This scenario encourages the food industry to use health claims as competitive strategy. Objective. To analyze the use of health claims and other strategies to boost consumption present in food labeling, the consistency with the levels of calories, fat, sugar and salt in these products and its convergence with relevant legislation. Methodology. The definition of high levels of calories, fats, sugars and sodium and the questions that guided the analysis were based was based on the relevant legislation and the literature. A form was created and the analysis was based on the information declared on the label by the manufacturer. The category studied was Cookies and Snacks. Products were chosen by the analysis of the household spending from Sao Paulo city with food from the Household Budget Survey (POF) database, run by Economic Research Institute Foundation (FIPE). Sixty four brands were identified and 209 products were purchased in supermarkets in the city of São Paulo. Energy density, sugar content, saturated and trans fats, and sodium were evaluated. Four of the questions dealt with various forms of promotion (health claims, certification, gifts and prizes and product presentation) and one with the obligation to highlight the levels of fat, sugar and sodium. Products with high levels of one or more of these contents should not present any elements relating to the first four questions, and all of them should serve the latter, because it is a legal requirement. Results. All the products showed high caloric density and for 99% of them the amount of Kcal/100g was higher than twice the threshold; 48% did not report sugar levels separately; 22% informed high amounts of sugar; 64% had elevated levels of saturated fat. More than half of the products contained vegetable fat, but stated 0% trans-fat per portion; 35% were vegetable fat free products; 53% of the sample showed elevated levels of sodium; 17% informed sodium levels between 50% and 100% above while 20% report more than double the limit . Ninety-four percent of the products showed high levels simultaneously; 27%, calories, sodium and saturated fat; 20%, calories and sodium and 17%, saturated fat and calories. Seventy-one percent of the products with one or more elevated levels used health claims in its labeling; 4% presented medical societies seal certification, 16% used special packaging and 6% offered bonuses, prizes or giveaways; 66% of the products did not show the levels of fat, sugar and sodium highlighted despite it being a legal requirement. Conclusion. The products included in this study had one or more of the assessed levels above established parameters; health claims and other marketing strategies were identified in nutritional products that should not be associated with healthy eating or have their consumption encouraged.
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Base de dados de informação nutricional, relacionados com doenças crônicas não transmissíveis, de alimentos comercializados no Brasil / Nutritional information database, related to non transmissible chronic diseases, of foods commercialized in BrazilMazzini, Eliana Rodrigues 07 November 2013 (has links)
A recente evolução das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), possivelmente associadas às mudanças de hábitos alimentares, tem sido um desafio para a promoção da alimentação saudável em vários países, inclusive no Brasil, onde o sódio tem sido o foco de atenção, pela possibilidade da redução da sua elevada ingestão ser uma das medidas com melhor custo benefício para saúde pública. É necessário conhecer o conteúdo de sódio e de componentes específicos, relacionados às DCNT nos alimentos comercializados no país, para orientar o consumidor na seleção adequada dos alimentos e mesmo para modificar sua composição; no entanto, nas bases de dados, o conteúdo desse mineral está presente em um número reduzido de alimentos. O objetivo da presente pesquisa foi a elaboração de uma base de dados de alimentos processados com componentes específicos associados às DCNT, dando ênfase ao sódio, e avaliar o uso dessa base de dados para estimar a sua ingestão. Informações nutricionais de rótulos e de websites de indústrias de alimentos foram coletadas para inclusão na base de dados, elaborada de acordo com as diretrizes do International collaborative project to compare and monitor the nutritional composition of processed foods, coordenado pelo The George Institute for Global Health (Austrália). A avaliação da variação do conteúdo de sódio foi realizada para alguns alimentos processados presentes na base de dados, considerando os de maior consumo nacional. O conteúdo de sódio em refeições de restaurantes populares de São Paulo foi analisado por espectrofotometria de absorção atômica de chama e estimado pela base de dados elaborada para comparação. Na base de dados estão incluídas informações de 2.319 alimentos distribuídos em 14 grupos. Foi observada grande variação no conteúdo de sódio entre diferentes tipos de pães de forma industrializados, de salsichas, de linguiças, de queijos e iogurtes. O conteúdo de sódio analisado nas refeições (base integral) variou de 215,9 mg a 427,9 mg por 100 kcal, enquanto que o conteúdo de sódio estimado variou de 204,2 mg a 486,8 mg por 100 kcal (418 kJ). A análise do coeficiente de correlação entre valores analíticos e estimados do conteúdo de sódio em refeições mostrou forte correlação entre esses dados para dois restaurantes (r=0,703 e 0,897) e moderada correlação para outros dois (r=0,513 e 0,622) dos cinco restaurantes estudados, indicando que através da base de dados elaborada é possível obter uma estimativa da ingestão de sódio. A importância de se conhecer o conteúdo de sódio de refeições e/ou alimentos está na possibilidade de uso dessas informações para orientar a redução do sal empregado no preparo da refeição, e ampliar para o consumidor informações que permitam identificar alternativas para redução do consumo de sal. / The recent evolution of non transmissible chronic diseases (NTCD), possibly associated to changes in eating habits, has been a great challenge against the promotion of health around the world, including Brazil, where sodium has been the focus of attention, and reducing its intake is one of the best cost-benefit actions for public health. It is necessary to know the content of sodium and specific components, related to NTCD, in foods nationally commercialized, in order to modify their composition and also to advise consumers on adequate food choice; however, food composition databases contain little information on this nutrient. The aim of this work was to elaborate a database containing processed foods with specific components associated to NTCD, emphasizing sodium, and to evaluate the use of this database to estimate sodium intake. Nutritional information from product labels and food industry websites were collected to be included in the database, which was developed according to the guidelines of the \"International collaborative project to compare and monitor the nutritional composition of processed foods\", coordinated by The George Institute for Global Health (Australia). The evaluation of the sodium content variation was done in some processed foods existing in the database, considering the ones that are more frequently consumed by the Brazilian population. The sodium content of meals served in popular restaurants in Sao Paulo was analyzed by flame atomic absorption spectrophotometry and estimated by the database, for comparison. The database contains information on 2,319 foods, distributed in 14 groups. Great variation in sodium content was observed among different kinds of industrialized bread, hot dogs, sausages, cheese and yoghurt. The sodium content analyzed in the meals varied between 215.9 mg and 427.9 mg/100 kcal (418kJ), whereas the sodium content estimated varied between 204.2 mg and 486.8 mg/100 kcal (418kJ). The analysis of the correlation coefficient between analytical and estimated values of sodium content in meals demonstrated strong correlation (r=0,703 and 0,897) for two restaurants, and moderate correlation (r=0,513 and 0,622) for two others out of the five restaurants in the research, indicating that, through the elaborated database, it is possible to obtain an estimated sodium intake. It is very important to know the sodium content in meals and/or foods, once this information may be used to advise on sodium reduction when preparing the meals, and also to inform consumers on how to identify alternatives for reducing salt consumption.
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Repercussão da informação nutricional sobre o comportamento de clientes de restaurantes universitários\" / Repercussion of nutritional information on the behavior of the clients of university restaurantsSilva, Maurea Elena Missio da 05 September 2006 (has links)
Introdução - A informação nutricional do rótulo de embalagem de alimentos tem sido uma estratégia importante para oferecer ao consumidor informações para escolhas mais apropriadas. Partindo desse princípio, os restaurantes administrados pela Coordenadoria de Assistência Social, no ano de 2001, passaram a disponibilizar a informação de valor energético das preparações culinárias oferecidas nos restaurantes de forma a orientar e auxiliar o cliente em sua escolha. Objetivo Avaliar o comportamento de funcionários e alunos que utilizam os restaurantes universitários em relação à informação nutricional e, em especial, referente ao valor energético das preparações culinárias oferecidas nestes. Métodos - Foi utilizada amostra sistemática. Os domínios de estudo foram constituídos por dois estratos de 600 indivíduos cada. O método de investigação foi a entrevista estruturada. As variáveis de estudo foram analisadas de forma descritiva e utilizou-se o teste Qui-quadrado para analisar associações. Resultados. Houve semelhanças entre os estratos de alunos e funcionários com maior tempo de educação formal. Não houve associação entre ler as informações nutricionais do rótulo de embalagem de alimentos e o valor energético das preparações culinárias oferecidas pelos restaurantes. A utilização da informação nutricional esteve associada a, anos de educação formal, excesso de peso, prática de atividade física esportiva, tipos de fontes de informação sobre alimentação e nutrição. Conclusão. Observou-se ser esta pesquisa de importante natureza, uma vez que não foram encontrados trabalhos específicos que avaliassem o comportamento da população universitária sobre a informação nutricional. De modo geral, as mulheres utilizam as duas Resumo informações nutricionais mais que os homens. No caso dos alunos, observouse pouco interesse em relação às duas informações. Entre os funcionários de menor tempo de educação formal, verificou-se maior interesse na informação de valor energético das preparações culinárias, diferente dos funcionários com maior tempo de educação formal, que lêem mais as informações nutricionais do rótulo de embalagem de alimentos / The nutritional information on the labels on the packaging of foodstuffs has proved an important strategy in offering the consumer such information to make the most appropriate choices. On this basis, the restaurants managed by the Coordenadoria de Assistência Social began, in 2001, to make available to their clients information regarding the energy value of the food prepared so as to guide and help them in their choices. Objective. To assess the behavior of the staff members and students who make use of university restaurants in their response to the nutritional information provided, especially as regards the energy value of the food prepared and provided in these restaurants. Methods. Systematic sampling was used. The universe of study consisted of two strata of 600 individuals each. The structured interview was used as the method of investigation. The study variables were analyzed descriptively and the chi-squared test was used to analyze the associations. Results. There were similarities between the strata of students and staff with higher levels of education. There was no association between the reading of the labels on the packaging of foodstuffs and the energy value of the food prepared and offered by the restaurant. The use made of the nutritional information provided was associated with the level of education, over-weight, practice of physical sporting activity and kinds of sources of information on feeding habits and nutrition. Conclusion. It is clear that this research is important, as no specific studies which attempt to assess behavior related to nutritional information in a university population are available. Generally speaking, women use both kinds of Abstract information more than men. As regards the students, little interest was show in either kind of information. Among the staff of low level of education a greater interest was found in energy value information regarding the food served in the university restaurant than among the staff of higher levels of education who read the information on the packaging of foodstuffs more frequently
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