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Ensaio sobre a cegueira : um olhar que transcende o olhoIvonete Coutinho da Silva, Maria January 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002 / Este trabalho tem como objeto de estudo o romance Ensaio sobre a
cegueira de José Saramago, com o objetivo de questionar e refletir sobre a
existência humana e suas relações de identidade/alteridade no âmbito do contexto
pós-moderno.
A cegueira, tema central do romance, é articulada com o olhar. Um olhar
que transcende os limites visuais, impostos pela sociedade da imagem, e se
estende para um mundo onde o visível e o invisível, são moldados no sensível.
Desse modo, o olhar é perceptivo, isto é, apreende as coisas o os seres pelo
contato direto com estes e se realiza na intersubjetividade, na relação de
intercorporeidade do Eu com o Outro. Portanto o olhar é redimensionado para o
campo da percepção
A análise que desenvolvemos sobre este romance, parte das inquietações
sobre a existência humana e as redimensiona, fundamentando-as sob a luz das
teorias filosóficas, antropológicas, e literárias; sob a extensão de um olhar plural,
dialético, que se abre para um conjunto de saberes e possibilita uma leitura
interdisciplinar sobre a identidade/alteridade, que deve ser compreendida como
experiência de subjetividade.
Acreditamos que a cegueira descrita como um sol dentro de um nevoeiro, é
a metáfora de um sinuoso caminho rumo à visão, à aprendizagem do olhar. Ela
viabiliza o processo de um certo estilo de visão, que parte do corpo como algo que me abre ao mundo e me possibilita, no movimento da existência em direção ao
outro
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A intertextualidade na obra de José Saramago: labirinto e unidade discursiva / Intertextuality in José Saramagos work: labyrinth and discursive unitGomes, Murilo de Assis Macedo 03 June 2016 (has links)
Tem-se como objetivo nesta tese defender a existência em algumas obras de José Saramago de uma unidade discursiva intertextualizada com a imagem do labirinto. Para defender a ideia da existência do que será nomeado como discurso do labirinto em sua obra serão analisados textos de três momentos distintos da produção literária de José Saramago. Partir-se-á de duas crônicas E agora, José? e O jardim de Boboli publicadas nos jornais A capital e Jornal do Fundão, entre os anos de 1969 e 1972, que foram recolhidas na obra A bagagem do viajante (1996) a fim de verificar de que modo Saramago enquanto leitor interpretava labirinticamente textos verbais e não-verbais da tradição artística. Posteriormente, estudar-se-á como o percurso labiríntico da personagem, intertextualizado com textos literários e outras obras de arte, é construído no romance O ano da morte de Ricardo Reis (1988). No terceiro e último momento será analisado um diálogo entre as personagens do romance Ensaio sobre a cegueira (1995), em que se poderá observar a orientação dialógica da palavra do outro, conforme conceituado por Bakhtin (2015), e verificar o uso da intertextualidade, de acordo com Kristeva (1974), no diálogo das personagens entre si e com obras de arte que perpassariam por variados momentos da História, do século XV ao XX, propondo um percurso labiríntico e reflexivo ao leitor do romance acerca da realidade e da vida do homem no mundo contemporâneo. / The objective of this thesis is to defend the existence of a discursive unit in the intertextual relation some of José Saramagos works establish with the labyrinth image. In order to support what is to be called the labyrinth discourse in his works, three literary pieces published by José Saramago in different moments will be analysed. The first texts will be the chronicles E agora, José? and O jardim de Boboli published in the newspapers A capital and Jornal do Fundão, between 1969 and 1972 and collected in the book A bagagem do viajante (1996). The aim in these texts is to see how Saramago as a reader used to interpret traditional verbal and non-verbal texts in a labyrinthic way. After that, it is going to be studied how the characters labyrinth discourse is built in the book O ano da morte de Ricardo Reis (1988), showing intertextual relations with other texts and other pieces of art. Finally, in the third chapter, a dialogue among the characters in the book Ensaio sobre a cegueira (1995) will also be analysed so as to observe the dialogical guidance in the Others words, as developed by Bakhtin (2015), and to verify the use of intertextuality according to Kristeva (1974) in the dialogues characters have with themselves and with pieces of art which would occur in different times in History, from the fifteenth to the twentieth century, suggesting to the reader a labyrinthic and reflexive way about reality and human life in a contemporary world.
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Entre expansão digressiva e concentração moralizante: uma proposta semiótica para narrador saramaguiano / Between digressive expansion and moralizing concentration: a semiotics proposal to the saramaguian narratorQueiroz, Lucas Porto de 20 July 2017 (has links)
Sobretudo a partir do início da década de 1980, José Saramago notabilizou-se como um dos escritores de língua portuguesa a conquistar considerável apreço da crítica literária sem, em contrapartida, cobrar um texto que se possa considerar dos mais herméticos na literatura contemporânea, o que decerto contribuiu para a formação de um público leitor significativo. Entendendo que o narrador de seus romances, gênero em que o autor mais escreveu, responde bastante por essa combinação relativamente exitosa de público e crítica, esta dissertação volta-se diretamente para esta instância enunciativa. Investigamos o narrador saramaguiano, então, a partir do reconhecimento de dois vetores que consideramos distintivos desta instância enunciativa e que nomeamos como expansão digressiva e concentração moralizante. Apresentando e detalhando de que consiste cada um desses vetores, defendemos o reconhecimento possível de uma oscilação regulada entre ambos os movimentos. Expomos também as categorias narrativas e tensivas que nos parecem sustentar a expansão digressiva e a concentração moralizante. Paralelamente, desenvolvemos uma análise de parte da fortuna crítica saramaguiana, com a qual fizemos nossas análises se confrontarem - em especial quando essa crítica problematiza o quantum de moderno e de tradicional haveria nos romances do tal português. Defendemos, por fim, que as opções discursivas na instância enunciativa nos permitem aproximar a função desempenhada pelo actante narrador do éthos de um orador, tal como concebido pela retórica clássica. Verificamos, ainda, como os vetores expostos ao longo do trabalho dialogam com a categoria semiótica do estilo. Baseamo-nos em dois romances de José Saramago - Memorial do convento (1982) e A caverna (2000) - e utilizamos como referencial teórico a semiótica de linha francesa, nascida com Saussure, desenvolvida por Hjelmslev e aprimorada por Greimas e, mais recentemente, por Zilberberg. / Mainly after the 80\'s decade, José Saramago has become one of the acclaimed writers in the Portuguese language literature to conquer considerable appreciation of the literature critique. Nevertheless, he presents a text that is not to be considered one of the most hermetic in the contemporaneous literature which surely contributes to gathering a significant public of readers. Understanding that the narrator of his novels, genre that he has produced the most, responds to this successful blend of public and critique, this research focuses directly to this enunciation instance. Therefore, we investigate the saramaguian narrator from the recognition of two vectors that are considered distinctive form this enunciation instance which were defined as digressive expansion and moralizing concentration. Presenting and detailing the constitution of those two vectors, we defend the possible recognition of a regulated oscillation between both movements. We also expose the narrative and tensive categories which seem to support the digressive expansion and moralizing concentration. Aside from that, we developed an analysis of part of the saramaguian critique fortune, confronting it to our analysis especially when this critique problematizes the extent of modern and traditional quantum in the Portuguese writer`s novels. At last, we defend that the discourse options in the enunciation instance allow us to approximate the developed function by the acting narrator of the ethos of an orator as conceived by the classical rethoric. We verified how the vectors exposed throughout the work dialog with the semiotic category of style. We based our analysis in the novels Memorial do convento (1982) e A caverna (2000) by José Saramago and we used as theoretical reference the French semiotics, born with Saussure, developed by Hjelmslev, imporved by Greimas and, more recently, by Zilberberg.
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A intertextualidade na obra de José Saramago: labirinto e unidade discursiva / Intertextuality in José Saramagos work: labyrinth and discursive unitMurilo de Assis Macedo Gomes 03 June 2016 (has links)
Tem-se como objetivo nesta tese defender a existência em algumas obras de José Saramago de uma unidade discursiva intertextualizada com a imagem do labirinto. Para defender a ideia da existência do que será nomeado como discurso do labirinto em sua obra serão analisados textos de três momentos distintos da produção literária de José Saramago. Partir-se-á de duas crônicas E agora, José? e O jardim de Boboli publicadas nos jornais A capital e Jornal do Fundão, entre os anos de 1969 e 1972, que foram recolhidas na obra A bagagem do viajante (1996) a fim de verificar de que modo Saramago enquanto leitor interpretava labirinticamente textos verbais e não-verbais da tradição artística. Posteriormente, estudar-se-á como o percurso labiríntico da personagem, intertextualizado com textos literários e outras obras de arte, é construído no romance O ano da morte de Ricardo Reis (1988). No terceiro e último momento será analisado um diálogo entre as personagens do romance Ensaio sobre a cegueira (1995), em que se poderá observar a orientação dialógica da palavra do outro, conforme conceituado por Bakhtin (2015), e verificar o uso da intertextualidade, de acordo com Kristeva (1974), no diálogo das personagens entre si e com obras de arte que perpassariam por variados momentos da História, do século XV ao XX, propondo um percurso labiríntico e reflexivo ao leitor do romance acerca da realidade e da vida do homem no mundo contemporâneo. / The objective of this thesis is to defend the existence of a discursive unit in the intertextual relation some of José Saramagos works establish with the labyrinth image. In order to support what is to be called the labyrinth discourse in his works, three literary pieces published by José Saramago in different moments will be analysed. The first texts will be the chronicles E agora, José? and O jardim de Boboli published in the newspapers A capital and Jornal do Fundão, between 1969 and 1972 and collected in the book A bagagem do viajante (1996). The aim in these texts is to see how Saramago as a reader used to interpret traditional verbal and non-verbal texts in a labyrinthic way. After that, it is going to be studied how the characters labyrinth discourse is built in the book O ano da morte de Ricardo Reis (1988), showing intertextual relations with other texts and other pieces of art. Finally, in the third chapter, a dialogue among the characters in the book Ensaio sobre a cegueira (1995) will also be analysed so as to observe the dialogical guidance in the Others words, as developed by Bakhtin (2015), and to verify the use of intertextuality according to Kristeva (1974) in the dialogues characters have with themselves and with pieces of art which would occur in different times in History, from the fifteenth to the twentieth century, suggesting to the reader a labyrinthic and reflexive way about reality and human life in a contemporary world.
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Entre expansão digressiva e concentração moralizante: uma proposta semiótica para narrador saramaguiano / Between digressive expansion and moralizing concentration: a semiotics proposal to the saramaguian narratorLucas Porto de Queiroz 20 July 2017 (has links)
Sobretudo a partir do início da década de 1980, José Saramago notabilizou-se como um dos escritores de língua portuguesa a conquistar considerável apreço da crítica literária sem, em contrapartida, cobrar um texto que se possa considerar dos mais herméticos na literatura contemporânea, o que decerto contribuiu para a formação de um público leitor significativo. Entendendo que o narrador de seus romances, gênero em que o autor mais escreveu, responde bastante por essa combinação relativamente exitosa de público e crítica, esta dissertação volta-se diretamente para esta instância enunciativa. Investigamos o narrador saramaguiano, então, a partir do reconhecimento de dois vetores que consideramos distintivos desta instância enunciativa e que nomeamos como expansão digressiva e concentração moralizante. Apresentando e detalhando de que consiste cada um desses vetores, defendemos o reconhecimento possível de uma oscilação regulada entre ambos os movimentos. Expomos também as categorias narrativas e tensivas que nos parecem sustentar a expansão digressiva e a concentração moralizante. Paralelamente, desenvolvemos uma análise de parte da fortuna crítica saramaguiana, com a qual fizemos nossas análises se confrontarem - em especial quando essa crítica problematiza o quantum de moderno e de tradicional haveria nos romances do tal português. Defendemos, por fim, que as opções discursivas na instância enunciativa nos permitem aproximar a função desempenhada pelo actante narrador do éthos de um orador, tal como concebido pela retórica clássica. Verificamos, ainda, como os vetores expostos ao longo do trabalho dialogam com a categoria semiótica do estilo. Baseamo-nos em dois romances de José Saramago - Memorial do convento (1982) e A caverna (2000) - e utilizamos como referencial teórico a semiótica de linha francesa, nascida com Saussure, desenvolvida por Hjelmslev e aprimorada por Greimas e, mais recentemente, por Zilberberg. / Mainly after the 80\'s decade, José Saramago has become one of the acclaimed writers in the Portuguese language literature to conquer considerable appreciation of the literature critique. Nevertheless, he presents a text that is not to be considered one of the most hermetic in the contemporaneous literature which surely contributes to gathering a significant public of readers. Understanding that the narrator of his novels, genre that he has produced the most, responds to this successful blend of public and critique, this research focuses directly to this enunciation instance. Therefore, we investigate the saramaguian narrator from the recognition of two vectors that are considered distinctive form this enunciation instance which were defined as digressive expansion and moralizing concentration. Presenting and detailing the constitution of those two vectors, we defend the possible recognition of a regulated oscillation between both movements. We also expose the narrative and tensive categories which seem to support the digressive expansion and moralizing concentration. Aside from that, we developed an analysis of part of the saramaguian critique fortune, confronting it to our analysis especially when this critique problematizes the extent of modern and traditional quantum in the Portuguese writer`s novels. At last, we defend that the discourse options in the enunciation instance allow us to approximate the developed function by the acting narrator of the ethos of an orator as conceived by the classical rethoric. We verified how the vectors exposed throughout the work dialog with the semiotic category of style. We based our analysis in the novels Memorial do convento (1982) e A caverna (2000) by José Saramago and we used as theoretical reference the French semiotics, born with Saussure, developed by Hjelmslev, imporved by Greimas and, more recently, by Zilberberg.
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Ricardo Ries, Flâneur e detetive: a apresentação de lisboa em José SaramagoTEIXEIRA, Paulo Octávio Nunes Dias 09 1900 (has links)
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Num âmbito interdisciplinar, o da Geografia e Literatura, a presente dissertação examina a representação da cidade de Lisboa no romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Da leitura do romance é possível deduzir uma relação significativa entre o protagonista e os lugares por si frequentados, lugares que surgem carregados de memória e de referências textuais. O que une os lugares é o movimento incessante de Ricardo Reis: Lisboa é representada seguindo os seus passos, prática deambulatória que torna visível a dinâmica específica de uma cidade, ao mesmo tempo que nos conduz na busca da sua identidade adiada. O romance deixa perceber uma geografia pessoal, uma estruturação particular do espaço urbano, assim como uma (re)criação do espaço por meio do movimento e de uma percepção que faz apelo a todos os sentidos no espaço-tempo dado pelos percursos. A abordagem seguida no estudo da representação da cidade no romance baseia-se nas teorias de Benjamin a respeito do flâneur. No autor alemão, o flâneur constitui um motivo narrativo e discursivo no qual se firma a representação e percepção da vida moderna no labirinto das grandes cidades. Ricardo Reis desenvolve uma atividade visual contínua, alimentada pelos deslocamentos quase ininterruptos pelo centro antigo de Lisboa. No decurso desses itinerários, é testemunha de um vínculo entre a organização perceptiva dos lugares, dos modos de mobilidade e da relação que o flâneur estabelece com a figura do detetive. A flânerie do protagonista constitui um instrumento de leitura e de figuração de Lisboa, que questiona e critica os fundamentos das representações instituídas da cidade em plena ditadura do Estado Novo. / ABSTRACT
In an interdisciplinary context, the one of Geography and Literature, this dissertation examines the representation of Lisbon in the novel of José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis. From the reading of the novel it is possible to deduct a significant relationship between the protagonist and the places frequented by him, places that come loaded with memory and textual references. What unites the places is the incessant movement of Ricardo Reis: Lisbon is represented by following in his footsteps, ambulatory practice that makes visible the specific dynamics of a city, while leads in the search for his postponed identity. The novel reveals a personal geography, a particular structuring of urban space, as well as a (re)creation of space through movement and a perception that appeals to all the senses in space-time given by the paths. The approach taken in the study of the representation of the city in the novel is based in Benjamin’s theories regarding the flâneur. In the German author, the flâneur is a narrative and discursive reason in which is based the representation and perception of modern life in the labyrinth of big cities. Ricardo Reis develops a continuous visual activity, fueled by his almost uninterrupted shifts in the old center of Lisbon. During these routes, he is witness to a link between perceptual organization of places, modes of mobility and the relationship that the flâneur establishes with the figure of the detective. The flânerie of the protagonist is a tool for reading and figuring Lisbon, questioning and criticizing the foundations of the of the city representations in the Estado Novo dictartorship.
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Manifestações de utopia na narrativa de José SaramagoFEITOSA, F. C. 25 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-25 / A presente pesquisa propõe uma reflexão acerca da manifestação da utopia na obra
ficcional do escritor português José Saramago. A produção literária do escritor mostra-se,
frente a uma realidade contemporânea que desumaniza, algo declaradamente engajado.
Embora não faça da literatura um panfleto, Saramago demonstra se destacar pelos
elementos indicadores da utopia enquanto fenômeno social. Assim sendo, intenta-se
analisar as manifestações e (re)configurações do pensamento utópico na obra de Saramago,
buscando recolher elementos que permitam delimitar como o seu projeto ético-estético
constrói uma utopia estruturada na perspectiva de um escritor de esquerda, aproximando-se
da utopia concreta elaborada pelo filósofo marxista Ernest Bloch. Dialoga-se, nesse sentido,
também com a concepção ―ser de esquerda‖, formulada por Gilles Deleuze. Retomando
algumas abordagens deleuzianas como a questão da percepção e o devir-minoria, este
trabalho dedica-se à literatura de Saramago, com o objetivo de apontar algumas
características que auxiliam no processo de identificação do tipo de engajamento e
politização propostos em suas obras; bem como na tentativa de investigar de que forma os
elementos utópicos apresentam-se inseridos nas mesmas, enquanto mote que desperta a
consciência crítica, em um discurso literário que ressignifica a importância da utopia
concreta enquanto esperança, práxis e resistência. Dentre o corpus literário trabalhado
destacam-se Levantado do Chão, O conto da Ilha Perdida, Jangada de Pedra, Memorial do
Convento e Ensaio sobre a cegueira.
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Muito além do que se vê: a alegoria em Ensaio sobre a cegueira, de José SaramagoSOUZA, A. V. 04 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-04 / O objetivo desta pesquisa é a análise das características textuais trabalhadas por José Saramago, na estrutura alegórica de seu romance Ensaio sobre a cegueira (1995). Para isso, realiza uma revisão teórica do conceito de alegoria, considerando sua origem, formas e subdivisões, segundo o critério da clareza, e aponta as semelhanças e as desproporções entre alegoria e outras figuras. Trata da classificação histórica da alegoria: alegoria dos poetas e alegoria dos teólogos. Destaca a oposição entre símbolo e alegoria, promovida pelos românticos e enfoca o conceito de leitura alegórica. Pontua os elementos alegóricos presentes na narrativa: nos vocábulos que ilustram o seu próprio título, na intertextualidade com os ditos populares, nas personagens, no narrador e nos espaços narrativos. Fundamentada nos estudos de Walter Benjamin, Flávio Kothe, João Adolfo Hansen, Mikhail Bakhtin e Marc Augé, busca ressaltar o romance de Saramago como espaço de questionamento do homem no mundo.
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Riso, ironia e morte: um estudo de As intermitências da morte de José SaramagoBARROS, Mahely Florenço 27 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-27 / O presente estudo tem como objetivo verificar o processo de ficcionalização da morte no romance As Intermitências da Morte (2005), de José Saramago. O tema é problematizado a partir de uma perspectiva dupla, já que toda a estrutura da obra revela esse caráter especular, que é mesmo da própria literatura: real/sobrenatural, ironia/linguagem e morte/vida. Assim, a questão da construção do discurso ficcional será discutida primeiramente pelo viés (a) do enriquecimento do real pelo sobrenatural presente no modo de narração neofantástico, subsidiado pelo conceito de sobrenatural de tradição; (b) em seguida, pela perspectiva irônica da narrativa que desvela os seus procedimentos ficcionais e avalia sua própria linguagem e realidade artística; e também, como consequente desta, o humor que esse confronto provoca; (c) decorrente do caráter pragmático da fábula, observaremos como Saramago recria ficcionalmente o vazio da representação da morte na sociedade contemporânea, na primeira parte do romance; e, na segunda parte, como os limites entre a vida e a morte resgatam o valor de voltar-se para si mesmo no confronto com o eterno abismo, sendo este a perda que fundamenta a experiência mesma do homem e do artista.
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Muito além do que se vê : a alegoria, em Ensaio sobre a cegueira, de José SaramagoSouza, Adriana Vieira de 04 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-04 / The objective of this research is the analysis of textual features worked by José Saramago, the allegorical structure of his novel Ensaio sobre a cegueira (1995). It presents a review of the theoretical concept of allegory, considering its origins, forms and subdivisions, and points out the similarities and the imbalance between allegory and other figures of speech. This sort of historical allegory: "allegory of poets" and "allegory of theologians." It highlights the opposition between symbol and allegory, promoted by the romantics and focuses on the concept of "allegorical reading." It points to the allegorical elements present in the narrative: the words that illustrate his own title, the intertextuality with the sayings, the characters, the narrator and narrative spaces. Based on studies of Walter Benjamin, Kothe Flávio, João Adolfo Hansen, Mikhail Bakhtin and Marc Augé, seeks to highlight the novel by Saramago as a place for questioning the man in the world / O objetivo desta pesquisa é a análise das características textuais trabalhadas por José Saramago, na estrutura alegórica de seu romance Ensaio sobre a cegueira (1995). Para isso, realiza uma revisão teórica do conceito de alegoria, considerando sua origem, formas e subdivisões, e aponta as semelhanças e as desproporções entre alegoria e outras figuras de linguagem. Trata da classificação histórica da alegoria: alegoria dos poetas e alegoria dos teólogos . Destaca a oposição entre símbolo e alegoria, promovida pelos românticos e enfoca o conceito de leitura alegórica . Pontua os elementos alegóricos presentes na narrativa: nos vocábulos que ilustram o seu próprio título, na intertextualidade com os ditos populares, nas personagens, no narrador e nos espaços narrativos. Fundamentada nos estudos de Walter Benjamin, Flávio Kothe, João Adolfo Hansen, Mikhail Bakhtin e Marc Augé, busca ressaltar o romance de Saramago como espaço de questionamento do homem no mundo
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