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Ciencia, estetica, e mistica : modelos na psicologia analitica / Science, aesthetics and mystic : models in the analytical psychology

Reisdorfer, Ulianov 04 August 2009 (has links)
Orientador: Amneris Angela Maroni / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-13T03:13:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Reisdorfer_Ulianov_D.pdf: 1253557 bytes, checksum: c46a228570afff2ae7d613441dd01712 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Esta Tese pretende analisar a psicologia junguiana sob a ótica dos modelos epistemológicos de Bion. É possível identificar na psicologia junguiana o desenvolvimento de pelo menos três modelos epistemológicos análogos aos modelos bionianos: modelo científico, modelo estético-artístico e modelo místico-religioso. A aproximação entre os modelos bionianos e os modelos junguianos pode ser realizada por meio da análise do perspectivismo junguiano e de suas conseqüências em relação a uma abordagem científica de caráter generalizador e nivelador. Na origem da construção de diversos modelos estaria, em ambos, o caráter inacessível e desconhecido do inconsciente, portador de um excesso de sentido que ultrapassaria as diversas formas de abordá-lo / Abstract: This Thesis intends to analyze the junguian psychology under the optics of the Bion's epistemological models. It is possible to identify in the junguian psychology the development of at least three epistemological models similar to the bionian models: scientific model, aesthetic-artistic model and mystic-religious model. The approximation between the bionian models and the junguian models can be accomplished through the analysis of the junguian perspectivism and of their consequences in relation to a scientific approach of generalizing and leveling character. In the origin of the construction of several models it would be, in both, the inaccessible and unknown character of the unconscious, bearer of a meaning excess that would exceed the several forms of approaching it / Doutorado / Doutor em Ciências Sociais
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Reflexões sobre a materialidade numa abordagem imagético-apresentativa : narrativa de um percurso teórico e prático à luz da psicologia analítica / Reflections on materiality in an imagetical-presentative approach : narrative of a theoretical and practical path in the light of the analytical psychology

Santina Rodrigues de Oliveira 12 May 2006 (has links)
A dissertação narra o percurso da pesquisadora em torno do conceito “materialidade”, a fim de discutir e ilustrar uma proposta de abordagem imagético-apresentativa, à luz da psicologia analítica. O conceito é cotejado com termos correlatos utilizados por autores que também se ocuparam do tema, como Gaston Bachelard, Alvaro Gouvêa e outros mais alinhados ao pensamento de D. W. Winnicott. Explora, também, aproximações e distanciamentos semânticos em relação a termos similares, como “matéria” e “matéria-prima”, para especificar o sentido atribuído à materialidade neste trabalho. A discussão avança com a apresentação de alguns conceitos da psicologia analítica, principalmente sobre a consciência e o aspecto dinâmico da psique na concepção de C. G. Jung. Além disso, tece considerações sobre o processo de individuação numa perspectiva alquímica, tomando a materialidade como uma opus cum natura. A seguir, apoiada em conceitos de James Hillman, propõe o resgate da noção de anima mundi e aisthesis para fundamentar o aspecto apresentativo da materialidade numa relação dialética com a consciência. Preocupa-se em questionar a postura interpretativa em relação à materialidade, quando tomada em termos exclusivamente representacionais, e retoma o método proposto por Jung – pautado numa postura fenomenológica frente às imagens psíquicas – para sustentar a abordagem imagético-apresentativa, diferenciando-a das práticas de terapia com arte ou arteterapia, que abordam a materialidade como recurso expressivo. A dissertação também faz uma breve incursão no tema “processo grupal” no campo da psicologia analítica, uma vez que são utilizados relatos de sessões de um grupo terapêutico-vivencial para ilustrar a discussão. Embora não proponha um estudo de caso do grupo, identifica alguns temas que se constelaram no atendimento. Finalmente, aponta transformações observadas simultaneamente no grupo e na identidade da pesquisadora – que culminaram na elaboração de uma nova proposta de abordagem da materialidade no setting individual e/ou grupal, aqui denominada imagético-apresentativa. / This dissertation relates the path followed by the researcher around the notion of “materiality” in order to discuss and illustrate an imagetical-presentative approach in the light of the Analytical Psychology. This notion is compared to correlative terms used by authors that also worried about it, like Gaston Bachelard, Alvaro Gouvêa and others closer to Winnicott´s thoughts. It also explores semantic similarities (approximations) and differences that refer to some similar terms like “material” and “raw-material” in order to specify the meaning attributed to “materiality” in this research. The discussion moves forward to the presentation of some notions in the Analytical Psychology field – mainly about consciousness and the dynamic aspect of the psyche, according to C.G.Jung. Besides, the research makes some considerations about the individuation process under an alchemical perspective, taking “materiality” as an "opus cum natura". Afterwards, supported by James Hillman, it proposes the recuperation of "anima mundi" and "aisthesis" notions in order to sustain the presentative aspect of materiality in a dialectical relation with the consciousness. The research aims at questioning the interpretative posture related to materiality when taken exclusively as representational terms and reviews the method proposed by Jung, under a phenomenological point of view towards the psychic images in order to support the proposal of an imagetical-presentative approach, distinguishing it from the therapy practices with arts or art therapy – that consider materiality as an expressive resource. It also makes an incursion in the topic “group process” in the Analytical Psychology field – as some reports of sessions of an experiential group are used in order to illustrate the discussion. Although it does not propose a case study of the group, this dissertation identifies some topics that were constellated throughout the sessions. Finally, this research points transformations observed simultaneously in the group and in the identity of the researcher that ended up in the elaboration of a new proposal towards materiality in the individual/group setting – that here is called imagetical-presentative.
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A experiência da puérpera com o parto prematuro e internação do seu recém-nascido numa unidade de terapia intensiva neonatal: estudo a partir da psicologia analítica / The puerperal mother\'s experience with premature birth and the internment of her newborn in a Newborn Intensive Care Unit: a study based on analytic psychology

Camila Alessandra Scarabel 07 October 2011 (has links)
A temática do trabalho é a situação da mulher diante de uma gravidez que é interrompida por um parto prematuro, ou seja, aquele que acontece entre a 20ª a 36ª semana de gestação. Nestes casos, o recém-nascido tem que ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) para a salvaguarda de sua vida. A pesquisa é um estudo qualitativo e tem como objetivo geral discutir como as puérperas que passaram pelo parto prematuro e estão com seus recém-nascidos em UTI Neonatal experienciam este momento. E como objetivos específicos, procura identificar essa experiência, averiguando como abordam o parto, a situação de UTIN, o significado do ser mãe e a relação com o bebê. Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e um grupo focal em um hospital estadual no Estado de Rondônia. Foram feitas 10 entrevistas com mulheres que estavam com seus recém-nascidos internados na UTIN, que tinham mais de 18 anos e passavam por uma primeira experiência de parto prematuro. Destas mulheres, quatro participaram do grupo. As entrevistas e o trabalho em grupo foram analisados por categorias criadas dentro de eixos temáticos, na proposta de processamento simbólico arquetípico. Os eixos foram tomados de acordo com os objetivos específicos, assim se configurando as categorias dentro de cada um deles: o parto (o inesperado; a busca de explicação; duas vidas em jogo; o tremendum e o majestas; os apoios); a situação de UTIN (os sentimentos pela ida do bebê para a UTIN; entre o viver e o morrer; a comunicação da equipe com a família; a rotina difícil; a esperança; buscando forças); o significado do ser mãe (o numinoso; as dificuldades; a ambivalência); a relação mãe-bebê (o rápido primeiro encontro; a imagem do bebê: real e idealizada; o desejo de pegar o filho no colo; a ausência do filho; o contato; as reações do filho). O embasamento teórico constitui-se principalmente na psicologia analítica de Carl Gustav Jung e seus sucessores. Verificou-se que a experiência da maternidade, quando acontece o parto prematuro, é marcada pela ambivalência de sentimentos: ao mesmo tempo em que, por um lado, é bom que o bebê tenha nascido com vida e possa ao menos ser tocado, por outro lado, é também pesaroso ter um filho com que não se possa estar durante todo o tempo, sequer pegá-lo nos braços e levá-lo para casa, precisando ir todo o dia ao hospital e lidar com a ansiedade gerada pela notícia de sua evolução clínica. A esperança ajuda a superar cada dia, assim como o apoio da família, da equipe, e a proximidade ao filho, percebendo suas reações e participando dos cuidados. Práticas institucionais acolhedoras mostram-se imprescindíveis para minimizar o sofrimento da mulher / The subject of this work is the womans condition whenever facing the interruption of her pregnancy by premature birth, in other words, that one which happens between the 20th and the 36st gestation weeks. In these cases, her baby is interned in a Newborn Intensive Care Unit (NICU) in order to save his life. This research is a qualitative study and has the general objective of discussing how the puerperal mothers who had a newborn due to premature birth and whose newborns are interned in Newborn ICU do experience this moment. And, as specific objectives, this work aims to identify such experience, by verifying how they discuss the parturition, the situation of NICU, the meaning of to be mother and their relation with their babies. For this purpose, half-structured interviews and a focal group in a state hospital at Rondonia State were carried out with them: 10 interviews took place with women who were over 18 years old and were in their first experience of premature birth, with their newborns interned at NICU. Four of those women also participated on the focal group. Both the interviews and group work were analyzed through categories created on thematic axes, within the approach of archetypal symbolic processing. These axes were taken in accordance with the specific objectives, with the categories arranged in each one them as following: the parturition (the unexpected; the search for an explanation; two lives at stake; the tremendum and the majestas; the supports); the situation at the NICU (the feelings for the babys internment at the NICU; between life and death; the communication between the staff and the family; the difficult daily routine; the hope; finding strength); the meaning of to be mother (the numinous; the difficulties, the ambivalence); the relation mother-baby (the slight first encounter; the babys image: real and idealized; the desire to hold the baby in the arms; the contact; the babys reactions). The theoretical basement is principally settled on the analytical psychology of Carl Gustav Jung and his successors. It was positively established that the experience of motherhood, when the premature birth happens, is marked by the ambivalence of feelings: if, on one hand, it is good to know that the baby was born alive and the mother at least can touch him, on the other hand, it is sorrowful for her to have a baby with whom she cant be all the time, that she cant hold him in her arms and take him home, besides having to go every day to the hospital and dealing with the anxiety caused by the expectation of her babys clinic evolution. Hope helps her to surpass every day, as well as the support of the family, of the staff, and the proximity with her baby, realizing his reactions and participating in his caretaking. The sheltering institutional practices turned out to be indispensable to decrease womans suffering
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Cuidando de ser psicólogo no hospital: uma cartografia de experiências sobre a construção de um lugar, contadas sob inspiração da psicologia analítica de C. G. Jung / Being psychologist in a hospital: a cartography of experiences of the making of a place, under C. G. Jungs analytical psychology inspiration

Simone Correa Silva 29 April 2011 (has links)
O ofício do psicólogo numa instituição hospitalar é como uma arte que se modula dia-apósdia de trabalho e revela realidades desafiadoras no que se refere à sua inserção e à sua prática. A proposta deste estudo foi discutir o processo de construção do lugar do psicólogo no hospital geral com inspiração no referencial da psicologia analítica. Adotei a cartografia como metodologia de trabalho, utilizando narrativas obtidas a partir de diários de bordo que descreveram inquietações, questionamentos e reflexões sobre situações vivenciadas ao longo do percurso de minha prática enquanto psicóloga num hospital geral do município de São Paulo. O termo lugar, que transcende o espaço físico, foi entendido como disponibilidade emocional mediante situações diversas que se dão em termos de tempo e espaço no hospital. Refere-se a um jeito próprio de ocupar uma morada e que se configura por uma atitude clínica, no seu sentido etimológico. Apropriar-se de seu lugar é um processo de construção, fundamentação e manutenção, permeado por variáveis tais como: formação, supervisão, análise pessoal, conhecimento sobre a realidade e contexto da instituição e apropriação de uma persona criativa para transitar nesse contexto que corresponde a um self institucional. Essa construção se mostra em sincronia com o processo de individuação do psicólogo, em seus aspectos de desenvolvimento profissional. Considerando-se, inclusive, que, no seu trabalho dentro do hospital, sua individuação se cruza com a dos outros personagens que também transitam neste contexto. Através de sua postura de prontidão, o psicólogo ausculta as demandas que lhe são confiadas, clarificando sentidos e cuidando para que o encontro aconteça como possível o for e num processo percorrido junto e de modo que ao outro seja devolvido seu potencial de responsabilidade e cuidado. Importante atentar, inclusive, para sua atitude dentro da equipe e em relação ao modo pelo qual recebe e dá atenção às solicitações de intervenções. Também se faz necessária uma conciliação e flexibilização entre o tempo kairótico e o cronológico: entre a necessidade emocional do paciente, a disponibilidade pessoal do psicólogo e as emergências e urgências práticas do contexto hospitalar. O mito de Héstia pode inspirar-lhe uma atitude acalentadora ao sofrimento e incômodo humanos. Tal como a disponibilidade emocional do psicólogo, a lareira de Héstia é o lugar da passagem e deve sempre ser mantida acesa; ela proporciona o estar para que se restabeleça um cuidar de ser e de resgatar novos modos de continuar sendo. Já a presença inspiradora de Hermes abre caminhos para a transição rumo ao porvir, encaminhando sentidos aos impasses do cotidiano hospitalar. Um questionamento que também se mostrou relevante, pois embasa o lugar da Psicologia em qualquer contexto, refere-se ao que interpela o lugar que cabe à Psicologia enquanto ciência e a qual convocação esta se dirige, atualmente. O lugar do psicólogo no hospital, assim como em qualquer outro local, existe por sua legitimidade. Precisamos apenas reconhecê-lo e habitá-lo. Para isso, não podemos esperar que nos seja indicado; nós devemos clarificá-lo por uma atitude própria / The profession of a psychologist in a hospital institution is like an art that adjusts with every day of work and reveals challenging realities in relation to its insertion and its practice. The aim of this study was to discuss the process of the construction of the psychologists place in a general hospital inspired by references to analytical psychology. I adopted cartography as the work methodology, using narratives obtained from logbooks which described restlessness, questioning and reflections about situations experienced over the course of my work while I was a psychologist at a general hospital in the municipality of Sao Paulo. The term place, which transcends the physical environment, was understood as emotional availability by means of various situations that occur in terms of time and space in the hospital. It refers to a particular way of occupying a residence and which is shaped by a clinical attitude, in its etymological sense. The appropriation of ones place is a process of construction, foundation, and maintenance, permeated by variables such as: formation, supervision, personal analysis, knowledge in relation to the institutions reality and context and the appropriation of a creative persona to make ones way through this context which corresponds to an institutional self. This construction shows itself to be in synchrony with the psychologists process of individuation, in its aspects of professional development. Also taking into account that in such work for the hospital, ones individuation crosses with that of the other characters that are also making their way through this context. Through a posture of readiness, demands are entrusted to the psychologist who listen to them, clarifying meanings so that the meeting happens as possible it can be and in a process travelled together and in such a way that the other person is given back their potential for responsibility and care. It is also important to pay attention to ones attitude within the team and in relation to the way in which you receive and deal with the requests for interventions. It is also necessary a reconciliation and flexibility between kairotic time and chronological time, between the patients emotional needs, the psychologists personal availability and the practical emergencies and pressures of the hospital context. The myth of Hestia may inspire a soothing attitude to human suffering and discomfort. In the same way as the psychologists emotional availability, Hestias hearth is a place of passage and should always be kept lit; it provides the being in order to reestablish a care to be and to rescue new ways to continue being. Meanwhile Hermes inspiring presence paves the way for the transition towards what is still to come, forwarding meanings to the impasses of daily hospital life. A question that also showed to be relevant, as it lays the foundations for Psychologys place in any whatsoever context, refers to that which challenges Psychologys place as a science and to what calling it is currently directed. The psychologists place in the hospital, as in any other place, exists due to its legitimacy. We need merely recognize it and inhabit it. For this reason, we cannot expect that it is shown to us; we have to clarify it by our own attitude
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Performances analíticas e a clínica de Dionísio: sombras do corpo no Ocidente, corpo simbólico e corpo gestual nas práticas clínicas de orientação pós-junguiana / Not informed by the author

Adriana Perassi Bosco 07 April 2017 (has links)
O presente trabalho busca traçar um panorama da categoria corpo na sociedade ocidental, apontando suas sombras e seus escapes e estabelecendo o campo da psicologia analítica como um lugar de reimaginação e ressignificação deste termo. Nossos objetivos principais foram traçar uma cartografia do estatuto do corpo na modernidade, compreender como este termo aparece nas obras junguianas e propor que o corpo, nas práticas derivadas deste referencial, se coloca como corpo simbólico e gestual, numa performance clínica que aponta para a multiplicidade dionisíaca como forma de conhecimento e ação e que abre a perspectiva de transformações alquímicas tanto singulares quanto coletivas para os participantes de uma cena / The present work seeks to draw a panorama of the body category in Western society, pointing out its shadows and its escapes and establishing the field of analytical psychology as a place of reimagination and re-signification of this term. Our main objectives were to map the status of the body in modernity, to understand how this term appears in the Jungian works and to propose that the body, in the practices derived from this referential, places itself as a symbolic and gestural body, in a clinical performance that points to multiplicity Dionysian as a form of knowledge and action and that opens the perspective of alchemical transformations both singular and collective for the participants of a scene
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A frente e o verso da trama: grupos vivenciais junguianos com mulheres que cuidam, esperam e criam nas rodas de artesanato / Beyond immediate impressions: Junguian experiential groups with women who care, wait and create in arts and crafts activities

Fabretti, Lydiane Regina Pereira 02 March 2011 (has links)
As rodas de artesanato são uma modalidade de atendimento psicológico baseada nos grupos vivenciais de orientação junguiana. Os aviamentos e outros materiais úteis para a prática artesanal são compreendidos como recursos expressivos, maleáveis e convidativos à imersão num clima psicológico de relaxamento, ludicidade, acolhimento, apaziguamento e partilha, propício à imaginação e transformação criativa. A interação das participantes com os recursos expressivos, com o grupo, com o contexto institucional e com sua realidade de vida mais ampla é compreendida como simbólica, comunicando algo sobre o self grupal. O estabelecimento de um enquadre terapêutico vivencial prioriza mais a convivência do grupo com os símbolos expressos, do que a interpretação verbal e a racionalização. Deste modo, as queixas, experiências, conflitos ou fantasias devem sobrepairar ao centro da roda, sendo respeitosa e democraticamente autenticadas como reais e relevantes. Nesta pesquisa, as rodas de artesanato foram formadas por mulheres que acompanhavam crianças e jovens com deficiências físicas em atividades numa escola de educação especial, inserida num centro de reabilitação física. Devido às especifidades do contexto, suas rotinas implicavam em aguardar o período de aulas no pátio, muitas vezes ociosas ou envoltas em conflitos interpessoais. Além disso, devido às limitações no desenvolvimento neuropsicomotor dos filhos, à sobrecarga de tarefas e ao excesso de recomendações terapêuticas e pedagógicas, muitas viviam a inflação da identificação do ego com a persona em sua faceta de cuidadora. As rodas de artesanato foram propostas a fim de ampliar o enfoque terapêutico interdisciplinar ainda influenciado pela perspectiva médico-científica, revelando-se uma proposta maleável e sensível à identificação das necessidades da população atendida e aberta para a constelação de símbolos naturalmente indicativos de caminhos terapêuticos. Entre março de 2009 e março de 2010, foram realizados encontros semanais de uma hora e meia de duração, sendo o conteúdo transcrito para posterior confecção de narrativas. A discussão dos resultados visou à interlocução com a comunidade científica entremeando autores junguianos e estudos publicados em áreas afins como historiografia, ciências sociais, metodologia da pesquisa qualitativa participante e práticas em reabilitação. Os processos vivenciados nas rodas de artesanto indicaram que o respeito às preferências, escolhas, modos e tempos de agir, incentivam a busca por maior autonomia e a integração de potencialidades e habilidades negligenciadas, processos tão preconizados na prática clínica junguiana como no âmbito da reabilitação física / Arts and crafts activities may be used as a modality of psychological treatment based on Jungian-oriented experiential groups. Ornaments and other materials used in arts and crafts are understood as malleable and inviting expression resources for ones immersion in a psychological environment of relaxation, playfulness, acceptance, peacefulness and sharing, which is extremely valid for imagination and creative transformation purposes. Participants interaction with the expression resources, with the group, the institutional context and with their own reality, from a broader perspective, is understood as a symbol which provides indications on the group self. The establishment of an experiential therapeutic setting is more focused on the groups experience with the expressed symbols than on verbal interpretation and rationalization. The arts and crafts activities, developed in groups of people organized in a circle, will be hence permeated by each individuals complaints, experiences, conflicts or fantasies, which shall be respectfully and democratically authenticated as real and significant. In this study, these arts and crafts circles were comprised of women who accompany physically disabled children and teenagers during their activities at a special education school located in a physical rehabilitation center. Given the specificities inherent to the context, their routines implied waiting for the youngsters during class time, which was often spent either idly or amidst interpersonal conflicts. In addition, because of the limitations to their childrens neurological and psychomotor development, the overwhelming number of tasks and excessive therapeutic and pedagogical recommendations, many of these women experienced the inflation of the ego identification with the persona, as a caregiver. The arts and crafts circles were suggested in order to broaden the interdisciplinary therapeutic focus, still influenced by the medical-scientific perspective, and actually proved to be a flexible proposal which is open to the identification of the needs of the treated individuals and to the wide array of symbols that naturally indicate therapeutic pathways. Weekly sessions were held during one hour and a half from March 2009 to March 2010; the content thereof was transcribed for the further preparation of narratives. The discussion of the results was aimed at providing for the interlocution with the scientific community, using Jungian authors and studies published in correlated fields of knowledge such as historiography, social sciences, participant, qualitative result methodology and rehabilitation practices. The processes experiences in arts and crafts circles revealed that the respectful treatment given to preferences, choices, methods and time of action encourage the pursuit for greater autonomy and integration of potentialities and neglected skills, processes largely implemented both in Jungian clinical praxis and in physical rehabilitation
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O arquétipo na teoria junguiana e os modelos emergente e evolucionista

Martini, Wolney 18 May 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Wolney Martini.pdf: 369690 bytes, checksum: 277b2f8546f6eff30b16ca7386517060 (MD5) Previous issue date: 2012-05-18 / This work is a reflection regarding the concept of archetype as proposed by Jung, bearing in mind the views of archetype proposed by the evolutionary and emergent models in analytical psychology. This reflection aims at identifying possible transformations in the concept of archetype in the time span ranging from 1918 to 1958. The evolutionary and emergent models propose a reconciliation between Jung´s concept and modern theories involving the workings of the brain and evolution. The central hypothesis is that there are limitations on how much we can reconcile the archetypal theory to modern neurological and evolutionary theories, for this may disregard certain key aspects in Jung´s theory. The authors contemplated here are: Emergent Model: George Hogenson, Jean Knox and John Merchant; Evolutionary Model: Anthony Stevens, Erik Goodwyn and Alan Maloney / Este trabalho constitui uma reflexão sobre o conceito de arquétipo proposto por C. G. Jung, e as leituras nas abordagens da psicologia analítica dos modelos evolucionista e emergente. Os autores pesquisados do modelo emergente foram: George Hogenson, Jean Knox e John Merchant e do modelo evolucionista: Anthony Stevens, Erik Goodwyn e Alan Maloney. A reflexão atenta para modificações no conceito feitas por Jung no período entre 1918 e 1958. Os modelos evolucionista e emergente propõem uma aproximação entre o conceito de Jung e teorias atuais sobre mecanismos psíquicos relacionados ao cérebro e à evolução da espécie. A hipótese central do trabalho é de que há limitações nas tentativas de aproximação que desconsideram certos aspectos importantes da teoria de Jung. Verificou-se que conceitos epistemologicamente relevantes, como o psicoide e a sincronicidade não constituem elementos fundamentais para essas teorias
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A psicologia analítica de Carl Gustav Jung no estudo de instituição : uma proposta teórico-metodológica / The analytical psychology of Carl Gustav Jung in the study of the institution : a theoretical and methodological proposal

Vechi, Luís Gustavo 11 April 2008 (has links)
Nesta tese, faço uma proposta teórico-metodológica para o estudo de instituição segundo a Psicologia Analítica de C. G. Jung, além de demonstrar a sua aplicação, investigando um serviço de reabilitação psicossocial pelo trabalho para usuários de serviço de saúde mental. Defendo a hipótese de que a visão holográfica do mundo, delimitada mediante a articulação entre os conceitos de psique e de unus mundus, permite definir instituição e um modo para estudá-la que é capaz de valorizar possibilidades de desenvolvimento para essa formação sociocultural e para o indivíduo que nela se insere. Como resultados principais da proposta estabelecida com este trabalho, destaco cinco eixos relacionados à sistematização conceitual e quatro ao aspecto metodológico: Quanto à organização conceitual, o primeiro eixo expõe a visão holográfica do mundo, o segundo deles se refere à individuação como auto-regulação psíquica contextualizada pela experiência subjetiva na instituição, o terceiro corresponde ao conceito de instituição enriquecido pelo de psique institucional, o quarto à auto-organização desse tipo de formação sociocultural e o quinto articula autoregulação psíquica com auto-organização institucional, com vistas a ressaltar a propriedade autopoiética apontada por essas definições. Quanto ao aspecto metodológico, o primeiro eixo corresponde ao princípio esse in anima que introduz a visão holográfica no campo prático do estudo institucional, o segundo define o registro perceptivo contido no símbolo dos sujeitos como meio para realizar esta modalidade de pesquisa, o terceiro se refere aos três níveis de leitura da hermenêutica sintéticoconstrutiva, por meio dos quais os símbolos dos indivíduos são abordados sob três ângulos diferentes. O primeiro nível valoriza no símbolo o âmbito da vivência que estaria associado ao complexo individual, o segundo aquele que estaria relacionado ao complexo institucional, enquanto o terceiro se dedica a refletir a respeito das bases arquetípicas da produção simbólica contingenciada pela vivência na instituição. O quarto, e último eixo metodológico, deriva dessa leitura sugestões para o funcionamento institucional. Com esses eixos, este trabalho abre para a pesquisa institucional a possibilidade de cogitar, em relação de complementaridade, e não isolada e unilateralmente, os aspectos \"natureza\" e \"cultura\", \"indivíduo\" e \"sociedade\", \"arquetípico\" e \"adquirido\", \"invisível\" e \"visível\", \"transcendente\" e \"empírico\", entre outros que, indissociavelmente se conjugam, na integralidade da vivência psicológica e do funcionamento da instituição. / This thesis proposes a theoretical and methodological approach to the study of institutions from the standpoint of the Analytical Psychology of Carl Gustav Jung, demonstrating its applicability in the investigation of a psychosocial work-oriented rehabilitation program for users of mental health services. It substantiates the hypothesis that the holographic vision of the world, delimited by the articulation between the concepts of psyche and unus mundus, allows a definition for institution and means of studying it which enable the valuing of developmental possibilities for this type of sociocultural organization. As a result of this academic research, five core conceptual and four methodological axes can be delineated: Regarding the conceptual framework, the first axis reveals the holographic vision of the world, the second refers to individuation as psychic self-regulation within the institution, the third corresponds to the concept of institution enriched by that of institutional psyche, the fourth to the selforganization of this type of sociocultural organization and the fifth articulates psychic self-regulation with institutional self- organization, aiming to emphasize the autopoietic properties indicated by these definitions. As to the methodological aspect, the first axis corresponds to the principle esse in anima which brings the holographic vision to the practical field of institutional study, the second defines the perception registered in the symbol of subjects as a means of carrying out this manner of research, the third refers to the three levels of synthetic and constructive hermeneutical readings, by which the symbols of individuals are studied from three different angles. The first level values in the symbol the scope of experience associated with the individual complex, the second that related to the institutional complex, while the third is dedicated to reflection on the archetypal bases of the symbolic production contingent on the institutional experience. The fourth and final methodological axis derives, from these readings, contributions for the functioning of the institution. With these core axes, this work opens for institutional research the possibility to cogitate, in a relation of complementarity, rather than isolated and unilaterally, the aspects \"nature\" and \"culture\", \"individual\" and \"society\", \"archetype\" and \"learned\", \"invisible\" and \"visible\", \"transcendent\" and \"empirical\", among others which are inextricably linked in the whole of the psychological experience and the functioning of the institution.
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Mito Arturiano e processo de individuação: caminhos para uma educação de sensibilidade na relação ensino-aprendizagem de inglês / The Arthurian Myth and the Individuation process: some ways towards an education of sensibility in the teaching-learning process of english

Giosa, Elenice 14 March 2008 (has links)
Esta pesquisa estabelece um diálogo entre a Psicologia Analítica de Jung e a Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand, com o intuito de trilhar rumos alternativos para a educação, mais especificamente para o ensino-aprendizagem de Inglês como língua estrangeira. O problema central recai em um ensino-aprendizagem que privilegia excessivamente a racionalização em detrimento do caráter poético. A educação atual carece de equilíbrio entre razão e sensibilidade. O aparato teórico proposto recupera essa sensibilidade por meio da função mediadora do símbolo, tomado sobretudo, como o mito, trazendo significado para o aluno em seu contexto educacional. Considerando o ciclo arturiano como base da mitologia britânica, são observadas as trajetórias de seus mitos e sua ressonância em alguns aspectos da cultura britânica. Como passo seguinte, o aluno é colocado em contato com essa mitologia, com o objetivo de propiciar a construção de uma língua poética, ao invés da manutenção da língua inglesa enquanto língua de poder, encorajando assim, o processo imaginativo. O pressuposto é que tal sensibilização permite ao aluno vivenciar a constituição da cultura britânica e seus desdobramentos na língua, tornando seu aprendizado mais prazeroso e sua produção lingüística mais rica e mais sábia. Para tal, é necessária a recuperação do poder da imaginação e da poesia da palavra. O aparato teórico escolhido ajudou a percorrer esse caminho por meio da função mediadora do símbolo, mais especificamente do mito, numa articulação dupla: de um lado, abrindo para o aluno uma possibilidade de dialogar com o universo cultural inglês e, também com a língua que ele abarca, de uma maneira mais prazerosa. De outro, permitindo ao professor observar mais atentamente seu registro de sensibilidade nas aulas de Inglês e nele interferir. Assim, encontra-se no ciclo arturiano a expressão simbólica da busca pelo Graal, cujos valores estão impressos na cultura e, conseqüentemente, ressoam na língua. Esta tese almeja, assim, contribuir para a diminuição da aridez racional do ensino de um modo geral, onde seus principais construtores são o aluno e o professor, vivendo a constelação criativa do arquétipo do mestre-aprendiz. / This research establishes a dialogue between Jung´s Analytical Psychology and Gilbert Durand´s Anthropology of the Imaginary with the objective of looking for alternative routes to education, more specifically, to the teaching-learning process of English as a foreign language. The main problem falls upon a methodology that emphasizes the rationalization to the detriment of poetry. Nowadays, education lacks in a balance between reason and sensibility. The theoretical background hereby chosen rescues this sensibility through the mediator role of the symbol, more specifically the myth, bringing meaning to the students in the educational context where he stays. Taking the arthurian cycle as the mythical basis of the British culture, it is observed the trajectory of these myths and their resonance in some aspects of the daily culture. As a next step, the students are put in contact with this mythology, aiming to nourish the symbolic relation in the classroom with a poetical language instead of the maintenance of a language of power, encouraging the imaginal process. It is believed that that such process allows the student to live this culture better and so, the language, making his learning process more pleasant and his language production richer and wiser. So, it is necessary to get back the power of imagination and the poetry of the word. The chosen theoretical background helped in the following of this path through the mediation of the symbol, specially the myth, articulating two possible ways to be observed: On one hand, it opens possibilities for the student to know the British culture universe and consequently, the language that this universe approaches, in a more sensitive way. On the other, it allows the teacher to observe more attentively her sensibility register in the classroom and change it, if possible. Being so, it is found in the arthurian legend the symbolic expression of the Quest for the Grail, whose values appear in the culture and consequently, in the language. From the moment that the student recognizes the strong link between culture and language through mythology, his learning process may become more pleasant and his linguistic production richer and wiser. So, this thesis aims to contribute to the decrease of the rational dryness of the teaching-learning process where its main constructors are the student and the teacher living the creative constellation of the professor-apprentice arquetype.
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A frente e o verso da trama: grupos vivenciais junguianos com mulheres que cuidam, esperam e criam nas rodas de artesanato / Beyond immediate impressions: Junguian experiential groups with women who care, wait and create in arts and crafts activities

Lydiane Regina Pereira Fabretti 02 March 2011 (has links)
As rodas de artesanato são uma modalidade de atendimento psicológico baseada nos grupos vivenciais de orientação junguiana. Os aviamentos e outros materiais úteis para a prática artesanal são compreendidos como recursos expressivos, maleáveis e convidativos à imersão num clima psicológico de relaxamento, ludicidade, acolhimento, apaziguamento e partilha, propício à imaginação e transformação criativa. A interação das participantes com os recursos expressivos, com o grupo, com o contexto institucional e com sua realidade de vida mais ampla é compreendida como simbólica, comunicando algo sobre o self grupal. O estabelecimento de um enquadre terapêutico vivencial prioriza mais a convivência do grupo com os símbolos expressos, do que a interpretação verbal e a racionalização. Deste modo, as queixas, experiências, conflitos ou fantasias devem sobrepairar ao centro da roda, sendo respeitosa e democraticamente autenticadas como reais e relevantes. Nesta pesquisa, as rodas de artesanato foram formadas por mulheres que acompanhavam crianças e jovens com deficiências físicas em atividades numa escola de educação especial, inserida num centro de reabilitação física. Devido às especifidades do contexto, suas rotinas implicavam em aguardar o período de aulas no pátio, muitas vezes ociosas ou envoltas em conflitos interpessoais. Além disso, devido às limitações no desenvolvimento neuropsicomotor dos filhos, à sobrecarga de tarefas e ao excesso de recomendações terapêuticas e pedagógicas, muitas viviam a inflação da identificação do ego com a persona em sua faceta de cuidadora. As rodas de artesanato foram propostas a fim de ampliar o enfoque terapêutico interdisciplinar ainda influenciado pela perspectiva médico-científica, revelando-se uma proposta maleável e sensível à identificação das necessidades da população atendida e aberta para a constelação de símbolos naturalmente indicativos de caminhos terapêuticos. Entre março de 2009 e março de 2010, foram realizados encontros semanais de uma hora e meia de duração, sendo o conteúdo transcrito para posterior confecção de narrativas. A discussão dos resultados visou à interlocução com a comunidade científica entremeando autores junguianos e estudos publicados em áreas afins como historiografia, ciências sociais, metodologia da pesquisa qualitativa participante e práticas em reabilitação. Os processos vivenciados nas rodas de artesanto indicaram que o respeito às preferências, escolhas, modos e tempos de agir, incentivam a busca por maior autonomia e a integração de potencialidades e habilidades negligenciadas, processos tão preconizados na prática clínica junguiana como no âmbito da reabilitação física / Arts and crafts activities may be used as a modality of psychological treatment based on Jungian-oriented experiential groups. Ornaments and other materials used in arts and crafts are understood as malleable and inviting expression resources for ones immersion in a psychological environment of relaxation, playfulness, acceptance, peacefulness and sharing, which is extremely valid for imagination and creative transformation purposes. Participants interaction with the expression resources, with the group, the institutional context and with their own reality, from a broader perspective, is understood as a symbol which provides indications on the group self. The establishment of an experiential therapeutic setting is more focused on the groups experience with the expressed symbols than on verbal interpretation and rationalization. The arts and crafts activities, developed in groups of people organized in a circle, will be hence permeated by each individuals complaints, experiences, conflicts or fantasies, which shall be respectfully and democratically authenticated as real and significant. In this study, these arts and crafts circles were comprised of women who accompany physically disabled children and teenagers during their activities at a special education school located in a physical rehabilitation center. Given the specificities inherent to the context, their routines implied waiting for the youngsters during class time, which was often spent either idly or amidst interpersonal conflicts. In addition, because of the limitations to their childrens neurological and psychomotor development, the overwhelming number of tasks and excessive therapeutic and pedagogical recommendations, many of these women experienced the inflation of the ego identification with the persona, as a caregiver. The arts and crafts circles were suggested in order to broaden the interdisciplinary therapeutic focus, still influenced by the medical-scientific perspective, and actually proved to be a flexible proposal which is open to the identification of the needs of the treated individuals and to the wide array of symbols that naturally indicate therapeutic pathways. Weekly sessions were held during one hour and a half from March 2009 to March 2010; the content thereof was transcribed for the further preparation of narratives. The discussion of the results was aimed at providing for the interlocution with the scientific community, using Jungian authors and studies published in correlated fields of knowledge such as historiography, social sciences, participant, qualitative result methodology and rehabilitation practices. The processes experiences in arts and crafts circles revealed that the respectful treatment given to preferences, choices, methods and time of action encourage the pursuit for greater autonomy and integration of potentialities and neglected skills, processes largely implemented both in Jungian clinical praxis and in physical rehabilitation

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