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Verbos de movimento ir/vir em português europeu e seus correspondentes em russo : alguns aspetos sintáticosKravchenko, Inna January 2012 (has links)
A presente dissertação centra-se na comparac;ao entre duas línguas, o Português e o Russo, quanto ao funcionamento de alguns verbos de movimento. Depois de feita a apresentação dos vários estudos portugueses e brasileiros sobre a expressão do espaço e sobre verbos de movimento, em que destacamos em especial as contribuições de Mário Vilela, Leonard Talmy e Hanna Batoreo, o trabalho centrou-se na análise de dois grupos de verbos de movimento (IRIVIR) em Português e análogos em Russo, descrevendo-se as relações semânticas que os argumentos estabelecem com os verbos e a maneira como se exprimem sintaticamente (usando os papéis temáticos de Agente, Meta, Origem, Instrumento, Objeto e Locativo). Vimos que os sintagmas nominais e preposicionais empregados delimitam urn sentido particular do verbo nas frases e o seu valor semântico influencia a escolha das preposições. Na teoria de Talmy, OS termos centrais são "figura" e "fundo". O primeiro elemento é o objeto que se move em algum lugar e o segundo é esse lugar para o qual o objeto se desloca ou em que se situa. Há, ainda, um "percurso", que e definido como a trajetória percorrida pela "figura" relativamente ao "fundo"; além disso, o "evento de movimento" pode incluir os elementos designados externos, como "modo" e "causa". No Capítulo 3, analisamos nas duas línguas os verbos de movimento deíticos pertencentes ao grupo-lR e ao grupo-VIR. Ambos os grupos de verbos de movimento nas duas línguas apresentam esquemas semântico-sintáticos ou estruturas argumentais quase idênticas; as diferenças formais e argumentais derivam do sistema de preposições e do sistema de casos. Além disso, o Português é uma língua essencialmente verb-framed, em que a informação principal acerca da relação espacial é transmitida pelo verbo, enquanto o Russo e uma língua sattelite-framed, em que essa informação e veiculada pelas partículas ligadas ao verbo. [...]
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Quando não é a mesma coisa : análise de traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil : repercussões no campo educacionalPrestes, Zoia Ribeiro 02 1900 (has links)
Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2010. / Submitted by Claudiney Carrijo de Queiroz (claudineycarrijo@hotmail.com) on 2011-07-15T22:39:41Z
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2010_ZoiaRibeiroPrestes.pdf: 5048445 bytes, checksum: eb9ded5fcdfd13e4ca4b2c0eebb0f061 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-07-25T11:23:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2010_ZoiaRibeiroPrestes.pdf: 5048445 bytes, checksum: eb9ded5fcdfd13e4ca4b2c0eebb0f061 (MD5) / No presente trabalho examinamos a atividade de tradução, compreendendo-a como um processo de criação em que o tradutor é um servidor da verdade do autor e suporte da alteridade deste. Não se trata, pois, de fidelidade ao texto, mas de lealdade ao homem que se faz presente no texto. As palavras do autor iluminam o leitor e devem continuar a fazê-lo quando vertidas em outra língua. De outro modo, se adulteradas, dois atos de violência são cometidos simultaneamente: contra o autor e contra o leitor, pois as palavras do autor formam um campo enevoado que tornam curta a visão do leitor. Para realizar o trabalho, tomamos traduções de obras do pensador soviético Lev Semionovitch Vigotski como emblemáticas e, com base na análise de traduções feitas no Brasil, procuramos demonstrar como certos equívocos e descuidos na tradução constituem adulterações de conceitos fundamentais de sua teoria e distorcem seriamente suas ideias. Para a elaboração da tese, procedemos a um amplo levantamento bibliográfico, assim como realizamos um trabalho de cotejamento textual de edições brasileiras e estrangeiras. Foi necessário também o aprofundamento de conceitos apresentados por Vigotski, o que foi feito por meio de pesquisas em fontes russas sobre a trajetória de publicações de alguns de seus textos, de entrevistas com seus familiares e com alguns estudiosos russos da teoria histórico-cultural. Discutimos as opções de alguns tradutores de textos de Vigotski e analisamos a trajetória de algumas de suas obras na União Soviética, na Rússia e no Brasil. Com base no exame detalhado de alguns conceitos basilares de sua teoria, apresentamos e justificamos algumas sugestões alternativas de tradução, bem como procuramos mostrar que algumas adulterações intencionais na tradução de obras de Vigotski escondem-se sob um véu ideológico quase imperceptível para o leitor. Finalmente, com base em fatos, documentos e depoimentos, trazemos algumas informações inéditas no Brasil sobre a trajetória profissional de Vigotski, destacando, entre elas, a sua relação com Aleksei Nikolaievitch Leontiev e a importância deste para a psicologia soviética, ao contribuir para a elaboração e o desdobramento da teoria histórico-cultural. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present work is about rendering, understood as a creation process in which the translator is a servant of the author’s truth and also a support of his otherness. Therefore, the translation is not comprehended as a matter of fidelity to the text, but as a matter of loyalty to the person who wrote the text. The words written by the author shed light to the reader and must keep doing it when translated to another language. Otherwise, if the words are tampered with, two acts of violence are committed simultaneously. One act is against the author and the other is against the reader since the author’s words become shrouded in mist and limit the reader’s comprehension. In this work, we consider translations of works by Lev Semionovitch Vygotsky as emblematic. Based on the analysis of some Brazilian Portuguese translations we argue that some misunderstandings and oversights are corruptions of fundamental concepts of his theory and ideas. We preceded a comprehensive bibliography survey and we also collated texts in different languages. In addition, it was needed to deepen the concepts presented by Vygotsky through search in Russian sources about the history of his published texts, interviews with his family and some Russian experts of historical-cultural theory. We analyze the path of some of the Vygotsky’s works in Soviet Union, Russia and Brazil and we discuss some translation choices of selected translators of Vygotsky. We also examine some basic concepts of Vygotsky’s theory in order to suggest and justify some alternative rendering for them. In addition, we reveal some intentional corruption in translations of Vygotsky’s work which are hidden by an ideological bias almost imperceptible to the reader. Finally, this work also presents some new information in Brazil about Vygotsky’s professional life based on facts, documents and testimonies, with emphasis on his relationship with Aleksei Nikolaievitch Leontiev, an important soviet psychologist who gave substantial contribution to the development of the historical-cultural theory.
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Versões de Nabókov / Nabokov versionsUrso, Graziela Schneider 09 May 2016 (has links)
Esta Tese visa aprofundar algumas questões da poética nabokoviana, a partir de uma tradução inédita do russo para o português brasileiro de capítulos de (Druguíe Beregá), de 1954, uma das variações de sua autobiografia, chamada, na Rússia, de romance. Incluída em seleções e antologias no mundo todo, esta obra de Nabókov possui uma história repleta de matizes linguísticos e estilísticos: um de seus princípios foi um conto-ensaio escrito em francês, Mademoiselle O (1936), recomposto e traduzido para o inglês, tornando-se uma primeira versão em livro de memórias, Conclusive Evidence, ou Speak, Memory (1951, EUA e Inglaterra, respectivamente), revertido e reformulado em russo, por sua vez retransformado em uma versão final, Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparação entre os textos corrobora a hipótese de que as transformações que se concretizam na recriação de , obra mediadora, são fundamentais para a leitura tanto da última versão em inglês, como também da primeira. Para Nabókov, essa reescritura, além do processo criativo inerente ao ato tradutório, passa a ser uma releitura e revisão de sua própria obra, com alterações que vão além das peculiaridades de cada língua. Dessa forma, faz-se necessário ler, traduzir e examinar cada versão como texto independente. A tradução, em todas as suas formas e manifestações, como mote e como prática, tem papel essencial na obra e na vida de Nabókov. É com ela que ele inicia sua trajetória literária, é por meio dela que ele retorna à Rússia e à língua russa. A relação do escritor com o tradutor e a (auto)tradução é crucial e a Tese tem o propósito de refletir sobre não uma Arte da Tradução nabokoviana, mas Artes da Tradução, já que transformam o tradutor em escritor, o autotradutor em revisor, e o revisor em reescritor. / This dissertation aims to deepen some issues about the Nabokovian poetics, presenting the first Russian translation into Brazilian Portuguese of some chapters of (1954), one of the variations of his autobiography, known as a novel in Russia. Included in selections and anthologies around the world, this work has a history full of linguistic and stylistic nuances: one of the first versions was a story-essay written in French, Mademoiselle O (1936), recomposed and translated into English, becoming a memoir, Conclusive Evidence, or Speak, Memory (1951, USA and England, respectively), reworked in Russian, and then reprocessed into a final version: Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparison of the texts shows that the transformations performed in recreating , an interposed work, are key to reading the last version in English, as well as the first. For Nabokov, this rewriting, besides the creative process inherent to the act of translation, becomes a reinterpretation and revision of his own work, full of changes beyond the peculiarities of each language. Thus, it is necessary to read, translate and study each version as a autonomous text. Translation in all its forms and expressions, as a theme and as a practice, plays an essential role in Nabokov\'s work and life. It is translating that he began his literary career, it is through it that he returns to Russia and Russian language. The writer\'s relationship with the translator and (self)translation is critical and the dissertation aims to reflect on not a Nabokovian Art of Translation, but multiple Arts of Translation since they transform the translator into a writer, the self-translator into an editor, the editor into a rewriter.
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O fonema : linguística e históriaGaray, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
O presente trabalho é o produto de minha pesquisa acerca dos aspectos históricos e linguísticos que subjazem o conceito do fonema. Nossa ideia originou-se a partir de dois extratos diferentes escritos pelo linguista russo Roman Jakobson: 1) sobre a gênese do fonema: “A procura pelos constituintes diferenciais discretos mais elementares da linguagem nos faz remontar à doutrina do sphoṭa dos gramáticos do sânscrito e a concepção do στοιχεῖον de Platão, mas o verdadeiro estudo linguístico desses invariantes iniciou-se apenas em 1870” (Jakobson, 1962:467); e 2) acerca dos fundadores da Fonologia: “Os primeiros alicerces da Fonologia foram assentados por Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure e seus discípulos” (Jakobson, 1962:232). Desta forma, tentamos realizar uma “reconstrução” desta trajetória histórica e linguística, dos nomes, fatos e teorias que formam o conceito da unidade fonológica no estudo científico da língua. Iniciamos com o estudo da ciência da linguagem na Índia antiga (em particular, o estudo da gramática do sânscrito), seguido pelo estudo do alfabeto grego (incluindo aí os problemas relativos à língua grega, assim como à Gramática e à Filosofia). Finalmente, tentamos fazer “um recorte” preciso do momento na história das ideias linguísticas quando o conceito científico do fonema foi delineado, definido e incorporado à terminologia da epistemologia linguística. Os grandes teóricos da escola incipiente da Linguística Geral, da Fonologia e do fonema, são, como disse Jakobson, o linguista e filólogo suíço Saussure, e o filólogo e foneticista polonês Courtenay; mas a história do fonema não é nada simples. Recentemente, um trabalho meticuloso por parte dos pesquisadores tem resgatado grande parte desta história já há muito esquecida, no que tange as teorias antigas dos gramáticos filósofos hindus e gregos, e os manuscritos de Saussure recentemente publicados, assim como os artigos de Courtenay e seus alunos (entre eles o polonês Mikołaj Kruszewski), escritos que, em sua maioria, permanecem sem tradução ao português. Nossa tarefa, então, foi trazer à luz esta história, seus desenvolvimentos no campo da Linguística em geral, e da Fonologia em particular. Realizamos nossa análise por meio de um cuidadoso estudo do fonema, um conceito no qual vários séculos de história e de ideias linguísticas estão sedimentados. / The present work is the product of my research into the historical and linguistic aspects that underlie the concept of the phoneme. Our main idea originated from two different extracts by the Russian linguist Roman Jakobson: 1) on the genesis of the phoneme: “the search for the ultimate discrete differential constituents of language can be traced back to the sphoṭa doctrine of the Sanskrit grammarians and to Plato’s conception of στοιχεῖον, but the actual linguistic study of these invariants started only in the 1870s” (Jakobson, 1962:467); and 2) on the founders of Phonology: “The first foundations of Phonology were laid by Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure and their disciples” (Jakobson, 1962:232). Thus, we attempted a historical and linguistic “reconstruction” of names, facts and theories that comprise the concept of a phonological unit and that of the phonological structure of language. We started with the study of the Science of Language in ancient India (in particular the grammar of Sanskrit), followed by the study of the Greek alphabet (including its implications concerning the Greek language, as well as Grammar and Philosophy). Finally, we attempted a precise “cut”, so to speak, on the moment in the history of Linguistic ideas when the scientific concept of the phoneme was outlined, defined and incorporated into the terminology of modern linguistic epistemology. The great theoreticians of the incipient school of General Linguistics, of Phonology and of the phoneme are, as Jakobson stated, the Swiss linguist and philologist Saussure, and the Polish philologist and phonetician Courtenay; yet the story inside the phoneme is anything but a simple one. Recently, meticulous scholarship has rescued a great part of this long forgotten history, in what concerns the ancient theories of both the Hindu and the Greek grammarian-philosophers, and the unpublished manuscript works of Saussure and the works of Courtenay and his students (among them the Polish professor Mikołaj Kruszewski), works that so far have remained without translation into Portuguese. Our task, then, has been to bring this history to light, its developments in the field of Linguistics in general, and Phonology in particular. We carried out this analysis by means of a careful study of the phoneme, a concept in which several hundred years of history and linguistic ideas have crystallized.
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A face russa de Nabokóv: poética e tradução / Nabokov\'s russian face: poetics and translationUrso, Graziela Schneider 22 March 2010 (has links)
Embora o nome Nabókov remeta tão-somente a escritor norte-americano, criador de Lolita, raro se lembra de sua origem russa. Nem os leitores, nem a crítica literária brasileira associam Nabókov à literatura russa, apesar de ter-se consagrado primeiramente como autor russo e por mais de 20 anos ter escrito nessa língua, com a qual ele se identifica tanto como escritor, tradutor e autotradutor, quanto como professor e teórico. A presente dissertação é o primeiro trabalho a trazer tradução direta do russo da coletânea de contos Primavera em Fialta (1956), obra-prima do momento russo de Nabókov, inédita no Brasil. Propõe-se a adentrar o arcabouço nabokoviano, delinear sua poética e traçado distintivo, ressaltando seus procedimentos estilísticos e lingüísticos. Finalmente, objetiva-se observar o processo tradutório de Nabókov, suscitando questões atreladas às mudanças de paisagem e língua literária e investigando a relação entre escritura, tradução e identidade cultural e artística. / Although Nabokov is usually best remembered as the North-American author of Lolita, his Russian origins are rarely mentioned. Brazilian readers and literary critics never think of linking Nabokov with Russian literature, even though he was first known as a Russian writer, for over two decades, and even though he identified himself as such, as well as being a translator, self-translator, teacher and theoretician. This master thesis is the first one to offer a direct translation from Russian into Portuguese of Spring in Fialta (1956), a remarkable collection of short stories from Nabokov s Russian period, considered a masterpiece, never yet published in Brazil. It will also describe Nabokov´s poetics and stylistic peculiarities, as well as the linguistic process at work in the short stories. This work aims at studying Nabokov´s translation process, raising issues linked with the changes in his literary landscape and language, and observing the relation between writing, translation, as well as cultural and artistic identity.
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O fonema : linguística e históriaGaray, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
O presente trabalho é o produto de minha pesquisa acerca dos aspectos históricos e linguísticos que subjazem o conceito do fonema. Nossa ideia originou-se a partir de dois extratos diferentes escritos pelo linguista russo Roman Jakobson: 1) sobre a gênese do fonema: “A procura pelos constituintes diferenciais discretos mais elementares da linguagem nos faz remontar à doutrina do sphoṭa dos gramáticos do sânscrito e a concepção do στοιχεῖον de Platão, mas o verdadeiro estudo linguístico desses invariantes iniciou-se apenas em 1870” (Jakobson, 1962:467); e 2) acerca dos fundadores da Fonologia: “Os primeiros alicerces da Fonologia foram assentados por Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure e seus discípulos” (Jakobson, 1962:232). Desta forma, tentamos realizar uma “reconstrução” desta trajetória histórica e linguística, dos nomes, fatos e teorias que formam o conceito da unidade fonológica no estudo científico da língua. Iniciamos com o estudo da ciência da linguagem na Índia antiga (em particular, o estudo da gramática do sânscrito), seguido pelo estudo do alfabeto grego (incluindo aí os problemas relativos à língua grega, assim como à Gramática e à Filosofia). Finalmente, tentamos fazer “um recorte” preciso do momento na história das ideias linguísticas quando o conceito científico do fonema foi delineado, definido e incorporado à terminologia da epistemologia linguística. Os grandes teóricos da escola incipiente da Linguística Geral, da Fonologia e do fonema, são, como disse Jakobson, o linguista e filólogo suíço Saussure, e o filólogo e foneticista polonês Courtenay; mas a história do fonema não é nada simples. Recentemente, um trabalho meticuloso por parte dos pesquisadores tem resgatado grande parte desta história já há muito esquecida, no que tange as teorias antigas dos gramáticos filósofos hindus e gregos, e os manuscritos de Saussure recentemente publicados, assim como os artigos de Courtenay e seus alunos (entre eles o polonês Mikołaj Kruszewski), escritos que, em sua maioria, permanecem sem tradução ao português. Nossa tarefa, então, foi trazer à luz esta história, seus desenvolvimentos no campo da Linguística em geral, e da Fonologia em particular. Realizamos nossa análise por meio de um cuidadoso estudo do fonema, um conceito no qual vários séculos de história e de ideias linguísticas estão sedimentados. / The present work is the product of my research into the historical and linguistic aspects that underlie the concept of the phoneme. Our main idea originated from two different extracts by the Russian linguist Roman Jakobson: 1) on the genesis of the phoneme: “the search for the ultimate discrete differential constituents of language can be traced back to the sphoṭa doctrine of the Sanskrit grammarians and to Plato’s conception of στοιχεῖον, but the actual linguistic study of these invariants started only in the 1870s” (Jakobson, 1962:467); and 2) on the founders of Phonology: “The first foundations of Phonology were laid by Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure and their disciples” (Jakobson, 1962:232). Thus, we attempted a historical and linguistic “reconstruction” of names, facts and theories that comprise the concept of a phonological unit and that of the phonological structure of language. We started with the study of the Science of Language in ancient India (in particular the grammar of Sanskrit), followed by the study of the Greek alphabet (including its implications concerning the Greek language, as well as Grammar and Philosophy). Finally, we attempted a precise “cut”, so to speak, on the moment in the history of Linguistic ideas when the scientific concept of the phoneme was outlined, defined and incorporated into the terminology of modern linguistic epistemology. The great theoreticians of the incipient school of General Linguistics, of Phonology and of the phoneme are, as Jakobson stated, the Swiss linguist and philologist Saussure, and the Polish philologist and phonetician Courtenay; yet the story inside the phoneme is anything but a simple one. Recently, meticulous scholarship has rescued a great part of this long forgotten history, in what concerns the ancient theories of both the Hindu and the Greek grammarian-philosophers, and the unpublished manuscript works of Saussure and the works of Courtenay and his students (among them the Polish professor Mikołaj Kruszewski), works that so far have remained without translation into Portuguese. Our task, then, has been to bring this history to light, its developments in the field of Linguistics in general, and Phonology in particular. We carried out this analysis by means of a careful study of the phoneme, a concept in which several hundred years of history and linguistic ideas have crystallized.
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O fonema : linguística e históriaGaray, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
O presente trabalho é o produto de minha pesquisa acerca dos aspectos históricos e linguísticos que subjazem o conceito do fonema. Nossa ideia originou-se a partir de dois extratos diferentes escritos pelo linguista russo Roman Jakobson: 1) sobre a gênese do fonema: “A procura pelos constituintes diferenciais discretos mais elementares da linguagem nos faz remontar à doutrina do sphoṭa dos gramáticos do sânscrito e a concepção do στοιχεῖον de Platão, mas o verdadeiro estudo linguístico desses invariantes iniciou-se apenas em 1870” (Jakobson, 1962:467); e 2) acerca dos fundadores da Fonologia: “Os primeiros alicerces da Fonologia foram assentados por Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure e seus discípulos” (Jakobson, 1962:232). Desta forma, tentamos realizar uma “reconstrução” desta trajetória histórica e linguística, dos nomes, fatos e teorias que formam o conceito da unidade fonológica no estudo científico da língua. Iniciamos com o estudo da ciência da linguagem na Índia antiga (em particular, o estudo da gramática do sânscrito), seguido pelo estudo do alfabeto grego (incluindo aí os problemas relativos à língua grega, assim como à Gramática e à Filosofia). Finalmente, tentamos fazer “um recorte” preciso do momento na história das ideias linguísticas quando o conceito científico do fonema foi delineado, definido e incorporado à terminologia da epistemologia linguística. Os grandes teóricos da escola incipiente da Linguística Geral, da Fonologia e do fonema, são, como disse Jakobson, o linguista e filólogo suíço Saussure, e o filólogo e foneticista polonês Courtenay; mas a história do fonema não é nada simples. Recentemente, um trabalho meticuloso por parte dos pesquisadores tem resgatado grande parte desta história já há muito esquecida, no que tange as teorias antigas dos gramáticos filósofos hindus e gregos, e os manuscritos de Saussure recentemente publicados, assim como os artigos de Courtenay e seus alunos (entre eles o polonês Mikołaj Kruszewski), escritos que, em sua maioria, permanecem sem tradução ao português. Nossa tarefa, então, foi trazer à luz esta história, seus desenvolvimentos no campo da Linguística em geral, e da Fonologia em particular. Realizamos nossa análise por meio de um cuidadoso estudo do fonema, um conceito no qual vários séculos de história e de ideias linguísticas estão sedimentados. / The present work is the product of my research into the historical and linguistic aspects that underlie the concept of the phoneme. Our main idea originated from two different extracts by the Russian linguist Roman Jakobson: 1) on the genesis of the phoneme: “the search for the ultimate discrete differential constituents of language can be traced back to the sphoṭa doctrine of the Sanskrit grammarians and to Plato’s conception of στοιχεῖον, but the actual linguistic study of these invariants started only in the 1870s” (Jakobson, 1962:467); and 2) on the founders of Phonology: “The first foundations of Phonology were laid by Baudouin de Courtenay, Ferdinand de Saussure and their disciples” (Jakobson, 1962:232). Thus, we attempted a historical and linguistic “reconstruction” of names, facts and theories that comprise the concept of a phonological unit and that of the phonological structure of language. We started with the study of the Science of Language in ancient India (in particular the grammar of Sanskrit), followed by the study of the Greek alphabet (including its implications concerning the Greek language, as well as Grammar and Philosophy). Finally, we attempted a precise “cut”, so to speak, on the moment in the history of Linguistic ideas when the scientific concept of the phoneme was outlined, defined and incorporated into the terminology of modern linguistic epistemology. The great theoreticians of the incipient school of General Linguistics, of Phonology and of the phoneme are, as Jakobson stated, the Swiss linguist and philologist Saussure, and the Polish philologist and phonetician Courtenay; yet the story inside the phoneme is anything but a simple one. Recently, meticulous scholarship has rescued a great part of this long forgotten history, in what concerns the ancient theories of both the Hindu and the Greek grammarian-philosophers, and the unpublished manuscript works of Saussure and the works of Courtenay and his students (among them the Polish professor Mikołaj Kruszewski), works that so far have remained without translation into Portuguese. Our task, then, has been to bring this history to light, its developments in the field of Linguistics in general, and Phonology in particular. We carried out this analysis by means of a careful study of the phoneme, a concept in which several hundred years of history and linguistic ideas have crystallized.
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A face russa de Nabokóv: poética e tradução / Nabokov\'s russian face: poetics and translationGraziela Schneider Urso 22 March 2010 (has links)
Embora o nome Nabókov remeta tão-somente a escritor norte-americano, criador de Lolita, raro se lembra de sua origem russa. Nem os leitores, nem a crítica literária brasileira associam Nabókov à literatura russa, apesar de ter-se consagrado primeiramente como autor russo e por mais de 20 anos ter escrito nessa língua, com a qual ele se identifica tanto como escritor, tradutor e autotradutor, quanto como professor e teórico. A presente dissertação é o primeiro trabalho a trazer tradução direta do russo da coletânea de contos Primavera em Fialta (1956), obra-prima do momento russo de Nabókov, inédita no Brasil. Propõe-se a adentrar o arcabouço nabokoviano, delinear sua poética e traçado distintivo, ressaltando seus procedimentos estilísticos e lingüísticos. Finalmente, objetiva-se observar o processo tradutório de Nabókov, suscitando questões atreladas às mudanças de paisagem e língua literária e investigando a relação entre escritura, tradução e identidade cultural e artística. / Although Nabokov is usually best remembered as the North-American author of Lolita, his Russian origins are rarely mentioned. Brazilian readers and literary critics never think of linking Nabokov with Russian literature, even though he was first known as a Russian writer, for over two decades, and even though he identified himself as such, as well as being a translator, self-translator, teacher and theoretician. This master thesis is the first one to offer a direct translation from Russian into Portuguese of Spring in Fialta (1956), a remarkable collection of short stories from Nabokov s Russian period, considered a masterpiece, never yet published in Brazil. It will also describe Nabokov´s poetics and stylistic peculiarities, as well as the linguistic process at work in the short stories. This work aims at studying Nabokov´s translation process, raising issues linked with the changes in his literary landscape and language, and observing the relation between writing, translation, as well as cultural and artistic identity.
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Versões de Nabókov / Nabokov versionsGraziela Schneider Urso 09 May 2016 (has links)
Esta Tese visa aprofundar algumas questões da poética nabokoviana, a partir de uma tradução inédita do russo para o português brasileiro de capítulos de (Druguíe Beregá), de 1954, uma das variações de sua autobiografia, chamada, na Rússia, de romance. Incluída em seleções e antologias no mundo todo, esta obra de Nabókov possui uma história repleta de matizes linguísticos e estilísticos: um de seus princípios foi um conto-ensaio escrito em francês, Mademoiselle O (1936), recomposto e traduzido para o inglês, tornando-se uma primeira versão em livro de memórias, Conclusive Evidence, ou Speak, Memory (1951, EUA e Inglaterra, respectivamente), revertido e reformulado em russo, por sua vez retransformado em uma versão final, Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparação entre os textos corrobora a hipótese de que as transformações que se concretizam na recriação de , obra mediadora, são fundamentais para a leitura tanto da última versão em inglês, como também da primeira. Para Nabókov, essa reescritura, além do processo criativo inerente ao ato tradutório, passa a ser uma releitura e revisão de sua própria obra, com alterações que vão além das peculiaridades de cada língua. Dessa forma, faz-se necessário ler, traduzir e examinar cada versão como texto independente. A tradução, em todas as suas formas e manifestações, como mote e como prática, tem papel essencial na obra e na vida de Nabókov. É com ela que ele inicia sua trajetória literária, é por meio dela que ele retorna à Rússia e à língua russa. A relação do escritor com o tradutor e a (auto)tradução é crucial e a Tese tem o propósito de refletir sobre não uma Arte da Tradução nabokoviana, mas Artes da Tradução, já que transformam o tradutor em escritor, o autotradutor em revisor, e o revisor em reescritor. / This dissertation aims to deepen some issues about the Nabokovian poetics, presenting the first Russian translation into Brazilian Portuguese of some chapters of (1954), one of the variations of his autobiography, known as a novel in Russia. Included in selections and anthologies around the world, this work has a history full of linguistic and stylistic nuances: one of the first versions was a story-essay written in French, Mademoiselle O (1936), recomposed and translated into English, becoming a memoir, Conclusive Evidence, or Speak, Memory (1951, USA and England, respectively), reworked in Russian, and then reprocessed into a final version: Speak, Memory: An Autobiography Revisited (1967). A comparison of the texts shows that the transformations performed in recreating , an interposed work, are key to reading the last version in English, as well as the first. For Nabokov, this rewriting, besides the creative process inherent to the act of translation, becomes a reinterpretation and revision of his own work, full of changes beyond the peculiarities of each language. Thus, it is necessary to read, translate and study each version as a autonomous text. Translation in all its forms and expressions, as a theme and as a practice, plays an essential role in Nabokov\'s work and life. It is translating that he began his literary career, it is through it that he returns to Russia and Russian language. The writer\'s relationship with the translator and (self)translation is critical and the dissertation aims to reflect on not a Nabokovian Art of Translation, but multiple Arts of Translation since they transform the translator into a writer, the self-translator into an editor, the editor into a rewriter.
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Mikhail Vassílievitch Lomonóssov: uma apresentação / Introducing: Mikhail Vassílievitch LomonóssovFrate, Rafael Nogueira de Carvalho 11 November 2016 (has links)
O presente trabalho se propõe a esboçar a primeira apresentação em língua portuguesa de uma das mais importantes figuras do pensamento, letras e educação da Rússia, absolutamente central em seu desenvolvimento técnico, científico e literário, Mikhail Vassílievitch Lomonóssov. Nele, juntamente com uma introdução provendo uma contextualização geral do século XVIII russo, seguida de um panorama biográfico do polímata centrado em sua produção literária e findada em um relato sobre sua contribuição para a formação da língua russa moderna, são apresentadas as traduções integrais de quatro obras suas na área das letras, duas das quais poemas longos acrescidos de comentários, bem como outras traduções secundárias ilustrativas da primeira parte. / The goal of the present work is to provide a sketch presenting for the first time in Portuguese language one of the most important individuals in Russian thought, language and education, who played a fundamental role in the technological, scientific and literary development of the country, Mikhail Vasilievitch Lomonosov. Here, along with an introduction containing a general outline of 18th century Russia, followed by a biographical overview of the polymath and ending in an account of his main contributions to the shaping of the modern Russian language, four full translations of his works in the realm of letters are presented, two of which duly commented long poems, as well as minor secondary translations, illustrating the first part.
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