Spelling suggestions: "subject:"literatura great"" "subject:"iteratura great""
41 |
A passagem do cetro : aspectos dos personagens Héracles e Jasão na Argonáutica de Apolônio de Rodes /Diniz, Fábio Gerônimo Mota. January 2010 (has links)
Orientador: Maria Celeste Consolin Dezotti / Banca: Adriane da Silva Duarte / Banca: Brunno Vinícius Gonçalves Vieira / Resumo: Pretende-se levantar pontos da obra Argonáutica (Ἀργοναυτικά), de Apolônio de Rodes que possam demonstrar a caracterização das personagens Jasão e Héracles, em oposição. A análise parte da observação de C. Beye (Epic and Romance in Argonautica of Apollonius, 1982), que vê Jasão como um novo perfil de herói, próximo a um anti-herói, mais afeito ao gosto do Período Helenístico e Héracles como paradigma do herói da épica homérica visto pelos olhos da crítica e poética do Período Helenístico - principalmente do ponto de vista estético do poeta Calímaco, tido como mentor de Apolônio. Serão analisadas, então, as características desses heróis que serviriam a essa análise, como representações figurativas de cada um e metáforas da evolução natural das estruturas narrativas. Apolônio faria, portanto, além de literatura, uma crítica, análise e releitura do próprio épico nos moldes das narrativas helenísticas a ele contemporâneas. / Abstract: The intent is to raise points of the work Argonautica (Ἀργοναυτικά), of Apollonius Rhodius that can show the characterization of the characters Jason and Heracles, in opposition. The analysis comes from the notice of C. Beye (Epic and Romance in Argonautica of Apollonius, 1982), that sees Jason as a new outline of hero, near to an anti-hero, more wont to the taste of the Hellenistic Period and Heracles as a paradigm of the hero of the Homeric epics seen through the eyes of the critics and poetics of the Hellenistic Period - mainly through the aesthetic point of view of the poet Callimachus, taken as the mentor of Apollonius. It will be analyzed, then, the characteristics of these heroes that had served to this analysis, as figurative representations of each one and as metaphors of the natural evolution of the narrative structures. Apollonius would do, therefore, besides literature, criticism and analysis and re-reading of the epic itself in the form of the Hellenistic narratives contemporary to him. / Mestre
|
42 |
Sendo homem: a guerra no romance grego / Being a man: war in the Greek novelLucia Sano 23 October 2013 (has links)
Episódios bélicos são convencionais na estrutura do romance grego. Por se tratar de um tema fundamental da cultura grega, a guerra permite, por um lado, que seja explorada a relação entre esse novo gênero e a tradição literária (em especial a épica e a historiografia), e, por outro lado, que se estabeleçam diversos ideais de masculinidade. Assim, nesta tese investigam-se os episódios bélicos dos romances de Cáriton de Afrodísias, de Longo e de Heliodoro tendo em vista a representação de aspectos como andreia (coragem, masculinidade), autocontrole (sophrosyne) e violência dos personagens masculinos. Sugere-se que é possível observar nessas narrativas uma valorização do controle da raiva e da violência em detrimento da habilidade marcial e do uso da força como manifestação de andreia, o que revela uma concepção de heroísmo mais afim com o contexto cultural em que eles foram produzidos. / War episodes are conventional in the structure of the Greek novel. As a fundamental aspect of the Greek culture, the war theme not only allows the authors to explore intertextual relations between this new genre and the literary tradition (especially epic poetry and historiography), but it also provides means to establish ideals of masculinity. The purpose of this thesis is therefore to investigate the war episodes in the novels of Chariton of Aphrodisias, Longus and Heliodoros, considering the representation of aspects such as andreia (bravery, masculinity), self-control (sophrosyne) and violence of the male characters. I suggest that it is possible to argue that these narratives favor the control of anger and violence over martial prowess and the use of force as a manifestation of andreia, thus revealing a conception of heroism more akin to the cultural context in which they were produced.
|
43 |
Desgraça e felicidade como consequências de ações marginais / Disgrace and happiness as consequences of marginal actionsCristina de Souza Agostini 04 June 2013 (has links)
Por meio da análise das ações de dois heróis de peças do teatro Ático antigo, o presente trabalho elabora uma comparação entre a construção de dois tipos de comportamento marginal, e entre as diferentes consequências advindas dessas condutas que se colocam à margem da sociedade dramática. Nesse sentido, a partir da caracterização da marginalidade do herói personagem-título, da tragédia de Eurípides, Hipólito, demonstrarei de que modo a escolha do rapaz pela virgindade está intrinsecamente ligada às consequências desgraçadas que se abatem sobre a casa de seu pai, Teseu. De fato, considero que porque Hipólito escolhe deliberadamente, ou seja, sem coerção física ou mental, viver à margem dos costumes de sua comunidade dramática, ele é completamente responsável por desencadear a vingança de Afrodite que arruinará a vida de sua família. Do mesmo modo, através da delimitação da atitude marginal do herói Diceópolis, da comédia de Aristófanes, Acarnenses, elaborarei de que modo da escolha que o personagem faz pela paz privada, transgressora em relação à decisão da maioria dos cidadãos pela continuidade da guerra, decorrem as consequências etílicas, sexuais e gastronômicas com as quais ele arca. Assim, o objetivo desse trabalho diz respeito a entrelaçar de que modo Hipólito é desgraçado por causa de suas ações marginais e o porquê Diceópolis é feliz graças à marginalidade de suas ações. E, em última instância, pretendo explicitar por quais vias tanto o personagem da tragédia quanto o personagem da comédia são responsáveis pelos frutos que colhem de seus modos de vida à margem. / Through an analysis of the actions of two heroes present in plays from the Ancient Attic drama, this work draws a comparison between the construction of two types of marginal behavior, as well as between the different consequences resulting from these behaviors. In this sense, following the characterization of the marginality of Hippolytus, the homonymous hero of Euripides tragedy, I shall demonstrate how the young mans choice for virginity is intrinsically related to the disgraceful consequences that befall Theseuss house. In fact, I consider that because Hippolytus deliberately chooses (i.e. without physical or mental coercion) to live outside his dramatic community refusing its customs, he is completely responsible for Aphrodites revenge, which ruins his family. In the same way, by delimiting the marginal attitude of Dikaiopolis, from Aristophanes comedy, Acharnians, I shall elucidate the manner in which the characters choice for private peace, transgressive of the majoritys decisions for the continuity of the war, is followed by ethylic, sexual and gastronomic consequences he is faced with. Hence, the aim of this thesis is the intertwining of the way Hippolytus is disgraceful because of his marginal actions and the reason why Dikaiopolis is happy thanks to this very marginality. And, lastly, I intend to cast light upon the ways by which both the tragedy and comedys characters are responsible for whatever they reap from their marginal ways of life.
|
44 |
Ritmo e sonoridade na poesia grega antiga: uma tradução comentada de 23 poemas / Rhythm and sonority in ancient Greek poetry: an annotated translation of 23 poemsCarlos Leonardo Bonturim Antunes 24 April 2009 (has links)
Este trabalho consiste de uma tradução comentada de vinte e três poemas gregos dos períodos Clássico e Arcaico. Essa tradução foi realizada buscando recriar o ritmo e a sonoridade dos textos originais, mas sem se afastar demasiadamente do plano do sentido, de modo que não é uma recriação livre. O trabalho é introduzido por um breve estudo a respeito do ritmo e da sonoridade, tanto na literatura grega quanto em termos gerais. / This work is comprised of a translation, followed up by a commentary, of twenty-three greek poems from the Classical and Archaic periods. The translation was carried out with a view to recreate the rhythm and sound of the original texts, without, however, allowing it to stray too far from the meaning, lest it would become a free recreation. The main work is introduced by a brief study regarding rhythm and sound, both in greek literature and in general terms.
|
45 |
Quem tem boca vai a Ítaca: um estudo sobrea persuasão no canto XIV da Odisseia / Better ask the way to Ítaca: a study of persuasion in the XIV corner of the OdysseyViviani Xanthakos 07 October 2011 (has links)
Esta dissertação dedica-se ao estudo da persuasão nos discursos proferidos por Odisseu no canto XIV da Odisseia, levando em consideração a interação de três elementos:o orador, o auditório e a argumentação. É seu objetivo refletir sobre qual tese Odisseu busca compartilhar com seu público, Eumeu, e as estratégias de que se vale para atingir esse fim. / This dissertation is a study about the persuasion in Odysseus´ speeches in Odyssey XIV, observing three elements: the orator, the audience and the argumentation. My target is make a reflection about what idea Odysseus wants to share with his audience, Eumaios, and the strategies to do it.
|
46 |
Lá vem a noiva: o epithalamium suas configurações do período helenístico à era flaviana / There comes the bride: the configurations of the \'epithalamium\' from the Hellenistic age through the Flavian periodErika Pereira Nunes Werner 25 February 2011 (has links)
Esta tese dedica-se ao estudo do gênero poético conhecido como epithalamium, \"epitalâmio\", e sua presença entre as composições poéticas supérstites localizadas temporalmente entre o início do período helenístico e o fim da Antigüidade Clássica. Neste estudo, são analisadas composições poéticas gregas e latinas com o objetivo de identificar as características que seriam associadas a esse gênero ao longo desses séculos. / This doctoral thesis is a study about the poetical genre known as epithalamium and its occurrence among the transmitted poetical compositions located between the beginning of the Hellenistic period and the end of the classical antiquity. Greek and Latin poetical compositions are analysed in order to identify the main characteristics that are supposed to be associated to that genre during that time
|
47 |
As fenícias de Eurípides: estudo e tradução / Euripides\' Phoenician Women: study and translationWaldir Moreira de Sousa Júnior 08 December 2014 (has links)
O objeto de estudo desta dissertação é a tragédia As Fenícias de Eurípides. Mito e Ritual são os dois aspectos em que a peça será analisada na primeira parte deste trabalho, dividida em dois capítulos: o primeiro visa entender como o tragediógrafo fez uso da tradição mítica para construir o enredo da peça e como ele pode ter se valido de elementos de outros gêneros literários para construir novos significados dramáticos em sua obra; o segundo visa entender a dimensão religiosa da peça em seu aspecto ritualístico, ou seja, como determinados elementos textuais podem sugerir paralelos com sua ocasião de performance. Na segunda parte, apresenta-se a tradução integral da referida peça. / This study presents Euripides´ Phoenician Women as its subject under discussion. Myth and Ritual are the two aspects under which the play will be investigated in the first part: Chapter 1 seeks to understand in what manner Euripides displays the mythological stories into the production of the tragedy´s plot: in this case, the multifarious literary traditions are analysed in conjuction with dramatic concerns; Chapter 2 seeks to understand the religious background of the play within its ritualistic context, that is, it will be suggested that the textual structure exposes dionisiac implications due to its poetic performance. In the second part, one reads the play wholly translated into portuguese.
|
48 |
A Biblioteca do Pseudo Apolodoro e o estatuto da mitografia / The Pseudo-Apollodorus' library and the status of mythographyCabral, Luiz Alberto Machado, 1959- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Flávio Ribeiro de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-24T03:35:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cabral_LuizAlbertoMachado_D.pdf: 1547375 bytes, checksum: a0b009115fe122a26f2169fba6f1742b (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: A Biblioteca é um compêndio em Grego antigo de mitos e lendas heroicas dispostos em três livros e foi denominado "a mais valiosa obra mitográfica dos tempos antigos que chegou até nós", mas não se sabe absolutamente quem é o seu autor. A obra que temos em mãos é atribuída a Apolodoro, o Gramático, ou seja, Apolodoro de Atenas, um erudito do século II a. C. e autor da obra Sobre os Deuses (Perì Theôn). O texto que possuímos, no entanto, menciona um autor romano, o cronista Cástor, um contemporâneo de Cícero do século I a. C. Os eruditos que se seguiram a Fócio se equivocaram na atribuição da obra. Uma vez que Apolodoro de Atenas não poderia ter escrito a obra, o autor da Biblioteca é convencionalmente denominado o "Pseudo Apolodoro" por aqueles que almejam ser estritamente precisos. As referências tradicionais mencionam apenas "a Biblioteca e Epítome". Sua primeira menção na literatura grega ocorre em 858 d. C. pelo erudito bizantino Fócio, que teve acesso à obra na íntegra, tal como ele menciona no seu "relato de livros lidos", que ela continha histórias dos heróis da Guerra de Troia e dos nóstoi (Retornos) que faltam nos manuscritos que restaram. Infelizmente, a Biblioteca chegou-nos incompleta. Nos manuscritos ela se encontra indivisa, mas por convenção, foi dividida em três livros. Parte do Livro III, que é interrompido abruptamente no meio das aventuras de Teseu, foi perdida. No século XII d. C., no entanto, John Tzetzes possuía o texto completo, e em 1885, R. Wagner constatou que um manuscrito da Biblioteca do Vaticano, que continha trechos de uma obra de Tzetzes, continha também um longo trecho resumido, extraído de todo o conteúdo da Biblioteca, incluindo o seu final perdido. Essa versão resumida (ou epítome) é conhecida atualmente como Epítome do Vaticano. Coincidentemente, poucos anos depois, A. Papadopoulos-Kerameus descobriu em Jerusalém um manuscrito que continha um conjunto de excertos resumidos, todos do Livro III e da parte conhecida apenas pela epítome de Tzetzes. Este manuscrito ficou conhecido como Epítome Sabaítica (devido ao monastério de São Sabbas, onde o manuscrito foi descoberto); Portanto, embora a Biblioteca tenha sido impressa pela primeira vez em uma edição moderna em 1555, foi somente com a edição de R. Wagner, de 1894, que tivemos acesso ao texto completo, ou pelo menos próximo disso. Estas duas epítomes são inestimáveis para nós por serem nossos únicos testemunhos da parte do livro que se perdeu e foram compostas em tempos diferentes, por diferentes eruditos ou copistas, e quando são contrastadas, nem sempre conservam o mesmo material ou detalhe. Este é o motivo pelo qual escolhemos traduzir uma versão combinada delas, criada por J. G. Frazer, que une as duas epítomes para criar um relato mais completo e coerente. Em nossa tradução da obra, tentamos manter a clareza e a objetividade sem pretender "embelezar", quando nosso autor não teve a intenção de fazê-lo. Compilada fielmente, embora de maneira acrítica, a partir das melhores fontes literárias disponíveis para o Pseudo Apolodoro, em sua época, a importância da Biblioteca deriva sobretudo da fidelidade com a qual ele reproduz ou resume os relatos de escritores cujas obras nos são acessíveis e nos inspira a aceitar suas afirmações também com relação a outros autores, cujos escritos desapareceram. Daí a extrema importância documental desse livro como um registro meticuloso sobre o que os gregos acreditavam a respeito da origem do mundo e da antiga história de sua raça, pois é o único testemunho de tradições perdidas de que dispomos. Os relatos breves e desprovidos de adornos dos mitos na Biblioteca levaram alguns comentadores a sugerir que mesmos as suas seções completas são um resumo de uma obra perdida. / Resumo: A Biblioteca é um compêndio em Grego antigo de mitos e lendas heroicas dispostos em três livros e foi denominado "a mais valiosa obra mitográfica dos tempos antigos que chegou até nós", mas não se sabe absolutamente quem é o seu autor. A obra que temos em mãos é atribuída a Apolodoro, o Gramático, ou seja, Apolodoro de Atenas, um erudito do século II a. C. e autor da obra Sobre os Deuses (Perì Theôn). O texto que possuímos, no entanto, menciona um autor romano, o cronista Cástor, um contemporâneo de Cícero do século I a. C. Os eruditos que se seguiram a Fócio se equivocaram na atribuição da obra. Uma vez que Apolodoro de Atenas não poderia ter escrito a obra, o autor da Biblioteca é convencionalmente denominado o "Pseudo Apolodoro" por aqueles que almejam ser estritamente precisos. As referências tradicionais mencionam apenas "a Biblioteca e Epítome". Sua primeira menção na literatura grega ocorre em 858 d. C. pelo erudito bizantino Fócio, que teve acesso à obra na íntegra, tal como ele menciona no seu "relato de livros lidos", que ela continha histórias dos heróis da Guerra de Troia e dos nóstoi (Retornos) que faltam nos manuscritos que restaram. Infelizmente, a Biblioteca chegou-nos incompleta. Nos manuscritos ela se encontra indivisa, mas por convenção, foi dividida em três livros. Parte do Livro III, que é interrompido abruptamente no meio das aventuras de Teseu, foi perdida. No século XII d. C., no entanto, John Tzetzes possuía o texto completo, e em 1885, R. Wagner constatou que um manuscrito da Biblioteca do Vaticano, que continha trechos de uma obra de Tzetzes, continha também um longo trecho resumido, extraído de todo o conteúdo da Biblioteca, incluindo o seu final perdido. Essa versão resumida (ou epítome) é conhecida atualmente como Epítome do Vaticano. Coincidentemente, poucos anos depois, A. Papadopoulos-Kerameus descobriu em Jerusalém um manuscrito que continha um conjunto de excertos resumidos, todos do Livro III e da parte conhecida apenas pela epítome de Tzetzes. Este manuscrito ficou conhecido como Epítome Sabaítica (devido ao monastério de São Sabbas, onde o manuscrito foi descoberto); Portanto, embora a Biblioteca tenha sido impressa pela primeira vez em uma edição moderna em 1555, foi somente com a edição de R. Wagner, de 1894, que tivemos acesso ao texto completo, ou pelo menos próximo disso. Estas duas epítomes são inestimáveis para nós por serem nossos únicos testemunhos da parte do livro que se perdeu e foram compostas em tempos diferentes, por diferentes eruditos ou copistas, e quando são contrastadas, nem sempre conservam o mesmo material ou detalhe. Este é o motivo pelo qual escolhemos traduzir uma versão combinada delas, criada por J. G. Frazer, que une as duas epítomes para criar um relato mais completo e coerente. Em nossa tradução da obra, tentamos manter a clareza e a objetividade sem pretender "embelezar", quando nosso autor não teve a intenção de fazê-lo. Compilada fielmente, embora de maneira acrítica, a partir das melhores fontes literárias disponíveis para o Pseudo Apolodoro, em sua época, a importância da Biblioteca deriva sobretudo da fidelidade com a qual ele reproduz ou resume os relatos de escritores cujas obras nos são acessíveis e nos inspira a aceitar suas afirmações também com relação a outros autores, cujos escritos desapareceram. Daí a extrema importância documental desse livro como um registro meticuloso sobre o que os gregos acreditavam a respeito da origem do mundo e da antiga história de sua raça, pois é o único testemunho de tradições perdidas de que dispomos. Os relatos breves e desprovidos de adornos dos mitos na Biblioteca levaram alguns comentadores a sugerir que mesmos as suas seções completas são um resumo de uma obra perdida. / Abstract: The Bibliotheke is an ancient Greek compendium of myths and heroic legends, arranged in three books and it has been called "the most valuable mythographical work that has come down from ancient times", but his author is completely unknown to us. The work has come down to us attributed to Apollodorus the Grammarian, that is, Apollodorus of Athens, a second-century BC scholar and author of On the Gods (Peri Theon). The text that we possess, however, cites a Roman author: Castor the Annalist, a contemporary of Cicero in the 1st century BC. The mistaken attribution was made by scholars from Photius onwards. Since for chronological reasons Apollodorus of Athens could not have written the book, the author of the Bibliotheke is conventionally called the "Pseudo-Apollodorus" by those wishing to be scrupulously correct. Traditional references simply instance "the Library and Epitome". The first mention of the work in the Greek literature is in AD 858 by the Byzantine scholar Photius, who had the full work before him, as he mentions in his "account of books read" that it contained stories of the heroes of the Trojan War and the nostoi, missing in surviving manuscripts. Unfortunately the Bibliotheca has come down to us incomplete. It is undivided in the manuscripts but conventionally divided in three books. Part of the third book, which breaks off abruptly in the middle of Theseus' adventures, has been lost. In the twelfth century AD, however, John Tzetzes, had a complete text too, and in 1885 R. Wagner realized that a manuscript in the Vatican Library containing excerpts of some Tzetzes' work also contained large abridged excerpts drawn from across the whole of the Bibliotheke - including the lost ending. This abridged version (or epitome) is known as the Vatican Epitome. Coincidentally, a few years later, A. Papadopoulos-Kerameus discovered in Jerusalem a manuscript that contained another set of abridged excerpts, all from the third book and the portion known only from Tzetzes' epitome. This became known as the Sabbaitic Epitome (from the monastery of St. Sabbas, where the manuscript was discovered); Thus, although the Bibliotheke was first printed in a modern edition in 1555, it was only with Wagner's edition of 1894 the we had a complete, or at least nearly complete, text. The two epitomes are invaluable for us because they are our witness to the last part of the book and were made at different times by different copyists and scholars, and when they overlap they do not always preserve the same material or detail. That is the reason why we have chosen to translate a combined version of them, created by J. G. Frazer; with stitches the separate epitomes together to create a fuller and more connect account. In our translation of the work we have tried to be clear and straightforward, without "prettying up" our author into something he is not. Compiled faithfully, if uncritically, from the best literary sources open to the Pseudo- Apollodorus, the Bibliotheke debt its importance above all to the fidelity with which he reproduced or summarized the accounts of writers whose works are accessible to us and inspires us with confidence in accepting his statements concerning others whose writings are lost. Hence his book possesses a documentary value as an accurate record of what the Greeks in general believed about the origin and early history of the world and of their race. The brief and unadorned accounts of myth in the Bibliotheca have led some commentators to suggest that even its complete sections are an epitome of a lost work. / Abstract: The Bibliotheke is an ancient Greek compendium of myths and heroic legends, arranged in three books and it has been called "the most valuable mythographical work that has come down from ancient times", but his author is completely unknown to us. The work has come down to us attributed to Apollodorus the Grammarian, that is, Apollodorus of Athens, a second-century BC scholar and author of On the Gods (Peri Theon). The text that we possess, however, cites a Roman author: Castor the Annalist, a contemporary of Cicero in the 1st century BC. The mistaken attribution was made by scholars from Photius onwards. Since for chronological reasons Apollodorus of Athens could not have written the book, the author of the Bibliotheke is conventionally called the "Pseudo-Apollodorus" by those wishing to be scrupulously correct. Traditional references simply instance "the Library and Epitome". The first mention of the work in the Greek literature is in AD 858 by the Byzantine scholar Photius, who had the full work before him, as he mentions in his "account of books read" that it contained stories of the heroes of the Trojan War and the nostoi, missing in surviving manuscripts. Unfortunately the Bibliotheca has come down to us incomplete. It is undivided in the manuscripts but conventionally divided in three books. Part of the third book, which breaks off abruptly in the middle of Theseus' adventures, has been lost. In the twelfth century AD, however, John Tzetzes, had a complete text too, and in 1885 R. Wagner realized that a manuscript in the Vatican Library containing excerpts of some Tzetzes' work also contained large abridged excerpts drawn from across the whole of the Bibliotheke - including the lost ending. This abridged version (or epitome) is known as the Vatican Epitome. Coincidentally, a few years later, A. Papadopoulos-Kerameus discovered in Jerusalem a manuscript that contained another set of abridged excerpts, all from the third book and the portion known only from Tzetzes' epitome. This became known as the Sabbaitic Epitome (from the monastery of St. Sabbas, where the manuscript was discovered); Thus, although the Bibliotheke was first printed in a modern edition in 1555, it was only with Wagner's edition of 1894 the we had a complete, or at least nearly complete, text. The two epitomes are invaluable for us because they are our witness to the last part of the book and were made at different times by different copyists and scholars, and when they overlap they do not always preserve the same material or detail. That is the reason why we have chosen to translate a combined version of them, created by J. G. Frazer; with stitches the separate epitomes together to create a fuller and more connect account. In our translation of the work we have tried to be clear and straightforward, without "prettying up" our author into something he is not. Compiled faithfully, if uncritically, from the best literary sources open to the Pseudo- Apollodorus, the Bibliotheke debt its importance above all to the fidelity with which he reproduced or summarized the accounts of writers whose works are accessible to us and inspires us with confidence in accepting his statements concerning others whose writings are lost. Hence his book possesses a documentary value as an accurate record of what the Greeks in general believed about the origin and early history of the world and of their race. The brief and unadorned accounts of myth in the Bibliotheca have led some commentators to suggest that even its complete sections are an epitome of a lost work. / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
|
49 |
Os heróis gregos e anglo-saxões ou as transformações de um paradigma / The Greek and Anglo-Saxon heroes or the transformations of a paradigmWaki, Fábio, 1985- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Flávio Ribeiro de Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-27T17:51:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Waki_Fabio_M.pdf: 1681620 bytes, checksum: bb4e8d870c882bd426e166f15d5cd3f6 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Resumo: Esta dissertação apresenta uma leitura do poema anglo-saxão Beowulf a partir de leituras dos poemas homéricos. O objetivo é iniciar uma discussão sobre a natureza do paradigma heroico anglo-saxão confiando em parâmetros normalmente utilizados para discutir a natureza do paradigma heroico grego. Sendo a primeira literatura inglesa em geral menos conhecida ao público brasileiro, essa abordagem cruzada busca esclarecer os principais aspectos dessa literatura valendo-se de características análogas encontradas na mais conhecida literatura grega. Embora o estabelecimento de uma diacronia poética conclusiva entre as tradições grega e anglo-saxã seja impossível por causa da insuficiência de paralelos verbais entre o Beowulf e os poemas homéricos, o método comparativo se mostrou eficiente ao destacar que os protagonistas dos três poemas podem ser qualificados segundo parâmetros neutros comuns que não descrevem uma transformação diacrônico-poética, mas sim uma transformação histórico-social. Esse método evidentemente é sincrônico e a descoberta de que o Beowulf, devido a sua forma, é melhor analisado por meio de um método sincrônico é talvez a maior conquista desta pesquisa. Tanto esse poema quanto os poemas homéricos são oriundos da literatura oral, mas, enquanto esses buscam articular de maneira orgânica diversos mitos de uma tradição longeva e dedicada ao culto heroico, aquele busca glosar os principais mitos da tradição germânica do tempo em que foi composto, um tempo em que essa tradição já era dominada pelo cristianismo. Este estudo é essencialmente em teoria literária, mas confia grande parte de seus argumentos em uma metodologia que pertence igualmente à literatura e à linguística: trata-se do close reading, procedimento de análise textual preferido pelos helenistas contemporâneos, sobretudo os do meio anglófono. Adotando tal metodologia, esta dissertação busca chamar atenção para o pensamento desses helenistas e divulgar a literatura anglo-saxã de maneira didática, bem como aproveita para exercitar técnicas de hermenêutica filológica e literária que são as mais atualizadas dentro dos estudos clássicos e amplamente úteis aos estudos literários em geral / Abstract: This dissertation presents a reading of the Anglo-Saxon poem Beowulf based on readings of the Homeric poems. The objective is to initiate a discussion about the nature of the Anglo-Saxon heroic paradigm relying on parameters normally used to discuss the nature of the Greek heroic paradigm. Because the first English literature is in general less known to the Brazilian public, this crossed approach tries to enlighten the main aspects of this literature by making use of analogous characteristics found in the better known Greek literature. Although establishing a conclusive poetic diachrony between the Greek and the Anglo-Saxon is impossible due to insufficient verbal parallels between Beowulf and the Homeric poems, the comparative method was found efficient for evincing that the protagonists of the three poems can be qualified following neuter and common parameters that do not describe a diachronic-poetic transformation, but rather an historic-social one. This method is, evidently, synchronic and the discovery that the Beowulf, due to its form, is better analysed by means of a synchronic method is perhaps this research¿s greatest achievement. This poem and the Homeric poems are products of oral literature, but, while the latter try to organically articulate many myths of a long-lived tradition dedicated to hero cult, the former tries to gloss the most important myths of the Germanic tradition by the time it was composed, a tradition already overwhelmed by Christianity. This study is essentially one in literary theory, but a great part of its arguments relies on a methodology that is as literary as it is linguistic: close reading, the procedure of textual analysis preferred by contemporary Hellenists, especially those from the Anglophone academic milieu. By adopting such a methodology, this dissertation calls attention to these Hellenists¿ thoughts and discloses the Anglo-Saxon literature in didactic fashion. It also takes this opportunity to exercise techniques of literary and philological hermeneutics that are state of the art in Classics and widely useful for literary studies in general / Mestrado / Linguistica / Mestre em Linguística
|
50 |
Enganos, enganadores e enganados no mito e na tragédia da Eurípides / Deceptions, deceivers and deceived in Myth and Euripides tragedyRibeiro Junior, Wilson Alves 05 August 2011 (has links)
O engano, enquanto reflexo da realidade, está representado em diversos gêneros literários e na literatura de várias épocas. Este trabalho analisa, primariamente, os antecedentes míticos, o léxico e a estrutura dramática dos enganos mencionados ou encenados em todas as tragédias conhecidas de Eurípides, completas ou fragmentárias. Precede a análise um breve estudo da teoria comportamental do engano e de sua presença na literatura antiga, notadamente a da Grécia (dos poemas homéricos até o fim do século -V), e um excurso sobre o engano na poesia pré-euripidiana e sua influência na tragédia grega. A última parte do estudo compreende uma sistematização da estrutura do engano euripidiano e de seu léxico. / Deception, as a reflex of our reality, can be found in many literary genres and literary compositions of all times. This work deals primarily with the mythical antecedents and with lexical and dramatical structure of deceits briefly described or staged in all known Euripides complete or fragmentary tragedies. A study on behavioral deception theory and its presence in ancient literature, specially in Greece from homeric poems until the fifth century B.C., with an excursus on deception in pre-euripidean poetry and its influence in Greek tragedy precedes the analysis. A systemization of lexical and structural characteristics of euripidean deception completes the study.
|
Page generated in 0.1085 seconds