Made available in DSpace on 2015-03-05T19:37:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 16 / Nenhuma / A investigação das representações maternas, que se inserem nos aspectos subjetivos da relação mãe-criança, constitui um campo atual de estudos e um dos eixos principais da clínica pais-bebê. A presente dissertação trata de uma pesquisa realizada sobre as representações maternas no contexto da maternidade na adolescência. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal, com delineamento de estudo de caso, cujo referencial teórico está alicerçado na teoria psicanalítica. Participaram do estudo três mães adolescentes, de 16 e 17 anos e suas mães. Elas foram contatadas em um hospital da cidade de Porto Alegre. Os bebês tinham três e seis meses de idade, sendo dois do sexo feminino e um do sexo masculino. Foram avaliadas as representações das adolescentes sobre si mesmas, sobre a própria mãe e sobre o bebê através dos seguintes instrumentos: entrevista sobre a gestação e o parto, Entrevista R (Stern et al., 1989), observação da díade mãe-bebê em situação de amamentação e entrevista com a avó materna. As informações / The investigation of maternal representations, that includes some subjective aspects of mother-infant relationship, constitutes itself a current field of study and one of the main axes of parent-infant clinic. This qualitative and transversal study, with a case study design, aims to present a research about maternal representations in the context of adolescent motherhood, grounded on psychoanalysis theory. Three adolescent mothers, ages 16 and 17, and their mothers, were recruited in a Porto Alegre’s hospital. Their babies, two girls and one boy, were three and six months old. The adolescents’ representations about themselves, their own mother and their baby were investigated through the following instruments: interview about pregnancy and birth, Interview R, observation of mother-infant in a breastfeeding situation and interview with the adolescent’s mother. Results revealed that representations about the own mother were references for the adolescents’motherhood, showing the influence of intergenerational as

A case study of two adolescent mothers of the same age is presented (17 years old) withwhich it is intended to explore the maternal representations and mother-baby interactions, that is, the different ways of “being with” a baby. The study pretends to discuss that it is not adolescent motherhood in itself a risk factor, but other mediating variables such as support network and the reflective function with which each young mother counts. Maternal repre- sentations were assessed through a semi-structured interview about maternal representations (Traverso, 2006) and the mother-infant interactions were measured and filmed through the Mother-Infant Global Ratings for two and four months (Murray, Fiori-Cowley & Cooper,1996). / Se presenta un estudio de caso de dos madres adolescentes de la misma edad (17 años), con el cual se intenta explorar las representaciones maternas y las interacciones madre-bebe, es decir, las distintas maneras de “estar con” el bebe. El estudio pretende discutir que la maternidad adolescente en sí misma no es un factor de riesgo, sino que otras variables moderadoras como la calidad de las redes de sostenimiento y la función reflexiva con que cada joven madre cuenta. Las representaciones maternas fueron evaluadas a través de una entrevista semi-estructurada sobre representaciones maternas (Traverso, 2006) y las interacciones madre-bebe fueron medidas y filmadas a través del Mother-Infant Global-Ratings para dos y cuatro meses (Murray, Fiori-Cowley & Cooper, 1996).

O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.

O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.

O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.

O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.

O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.

O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.

The aim of this study is to give an in-depth understanding of the representations of a depressed woman who killed her baby. The representations under study is based on “The motherhood constellation” by Stern (1995) and focus on the woman’s representation of her mother as mother-of-herself-as-child, herself-as-mother and her representations of her children. Pregnancy is an important phase in a woman’s life. Parent-infant psychotherapies are a rapidly growing field of infant mental health as many psychological problems have their roots in infancy. Neglect, trauma and abuse and prolonged maternal depression can cause a child to develop a range of problems. The work of Winnicott (1965a) and Bion (1988) put the mother’s fantasy life about her infant as one of the major building blocks of the infant’s construction of a sense of identity (Stern, 1995). Fraiberg (Fraiberg, Adelson&Shapiro, 1980) with her “ghosts in the nursery” revolutionised this perception by placing the maternal representation at the core of the parent-infant clinical situation (Stern, 1995). The way the research developed and the nature of the research problem necessitated a pure qualitative mode of enquiry. A single case study was done about the representations (of self-as-mother, mother-as –mother–of–self-as-child- and of the children) in an extreme case where the mother’s depression led to her murdering her baby. Data collection was done through semi-structured interviews and documents from the psychiatric hospitals she attended. Data was also obtained from field notes, before and after the interviews and also while transcribing the audio-taped interviews. Data analysis was done by the procedures of data reduction and organising it into categories on the basis of themes as described by Neuman (2000). Coding and analytic memo writing were done. The relationships between concepts were examined and linked to each other and interweaved into theoretical statements. The researcher argues that not enough is done to enhance the relationship between a mother and her foetus, and later her baby. The concept of maternal representations is the only approach that opens the possibility to start working at the earliest point of prevention, because intervention can start during pregnancy. Intervention during pregnancy is ideal because defence mechanisms are less rigid during pregnancy and women are more in touch with their entire life cycle and the whole system is more open for change. The ghosts can be chased out of the nursery by helping the mother to see the repetition of the past in the present. The affective link, recognising and remembering the feelings help a parent not to repeat the past in the present - “…it is the parent who cannot remember his childhood feelings of pain and anxiety who will need to inflict his pain upon his child” (Fraiberg, Adelson&Shapiro, 1980, p. 182). / Thesis (PhD (Psychotherapy))--University of Pretoria, 2006. / Psychology / unrestricted

L'objet de ce travail est d'analyser l'évolution du processus de deuil lors d'une grossesse suivant une interruption médicale de grossesse (IMG). 8461 enfants sont nés sans vie en France en 2012 et 59 à 86% des femmes démarre,t une nouvelle grossesse dans les 6 mois suivant la perte; le deuil périnatal constitue un problème de santé publique puisque 25% évoluent vers un deuil pathologique. Le statut de l'objet perdu et la représentation que s'en font les mères participent du destin de ce foetus perdu; l'évolution des pratiques favorisant l'humanisation du foetus et l'objectalisation de ce dernier est critiquée par certains auteurs. Nous relevons un maque de consensus dans la littérature sur l'impact de cette nouvelle grossesse sur le processus de deuil; selon certains, elle pourrait interrompre le travail de deuil, pour d'autres au contraire favoriser une reprise élaborative. Ces grossesses suivantes, teintées du deuil, semblent représenter un facteur de risque dans l'attachement prénatal avec des conséquences sur le lien à l'enfant puîné. Nous interrogeons donc la relation entre le processus de deuil périnatal et le processus d'investissement de l'enfant à venir lors d'une grossesse suivante. Méthodologie utilisée: suivi longitudinal de 7 femmes enceintes lors d'une grossesse suivant une IMG après 15 SA, aux 3 trimestres de la grossesse et aux 3 mois de l'enfant suivant, selon une analyse qualitative au moyen d'entretiens de recherche clinique et une analyse quantitative de la dépression (EPDS), anxiété (STAI), deuil périnatal (PGS) et attachement prénatal (PAI) au moyen d'autoquestionnaires. Les résultats qualitatifs, traités de façon singulière selon une analyse psychodynamique, sont regroupés ensuite en fonction de nos hypothèses. Les résultats quantitatifs sont intégrés dans un corpus plus large pour permettre une analyse statistique des données. Résultats: entre le normal et le pathologique, les affects, les émotions, les représentations oscillent sur ce continuum, au fil de la grossesse, des termes et dates anniversaires, des manifestations sensorielles éprouvées. La grossesse suivante permet de revisiter la grossesse précédente; elle donne l'opportunité aux mères endeuillées de mettre en mots les affects brutes consécutifs à la perte, de mettre du sens pour inscrire cet événement traumatique dans l'histoire individuelle, conjugale et familiale. Certaines patientes, pour qui le travail de deuil pouvait sembler figé, ont pu mettre la transparence psychique de cette nouvelle grossesse à profit pour ré-élaborer la perte précédente et donner une juste place à chacun des deux bébés. L'actualisation du processus de deuil lors de la grossesse suivante sera fonction de la structure psychique des patientes; la dépression et l'angoisse sont également des marqueurs de l'élaboration de la perte et de la place faite à l'enfant puîné. L'analyse quantitative des données statistiques montre la présence d'anxiété particulièrement au début de la grossesse suivante. / The objet of this work is to analyze the evolution of the process of mourning during a pregnancy following a termination of pregnancy (TOP). 8461 children were born dead in France in 2012 and 59 to 86% of women start a new pregnancy in the six months following the loss; the perinatal mourning constitutes a problem of public health because 25% lead to a pathological mourning. The status of the lost object and maternal representations participate in the fate this lost foetus. The evolution of the practices favoring the humanization of the foetus and the objectalisation of the latter is criticized by some authors. We find a lack of consensus in the literature on the impact of this new pregnancy on the process of mourning. According to certain authors, she could interrupt the work of mourning, for others on the contrary, favor a elaborative resumption. These following pregnancies, tinged with the mourning, seem to represent a risk factor in the prenatal attachment with consequences on the link to the puisne child. We thus question the relation between the process of perinatal mourning and the process of investment of the child coming during a following pregnancy. Used methodology: longitudinal follow-up of seven pregnant women during pregnancy following a TOP after 15 weeks, three times during the pregnancy and at three months after the birth of the subsequent child according to a qualitative analysis (interview of clinical research) and a quantitative analysis of depression (EPDS), anxiety (STAI), perinatal mourning (PGS) and prenatal attachment (PAI) by means of auto-questionnaires. The qualitative results, treated in a singular way according to a psychodynamic analysis, are then included according to our hypotheses. The quantitative results are integrated into a wier corpus to allow statistical analysis of the data. Results: between the normal and the pathological, affects, feelings and representations oscillate on this continuum, in the course of the pregnancy, the terms and anniversaries, the proven sensory demonstrations. The following pregnancy allows to revisit the previous pregnancy; she gives the opportunity to the mothers saddened to put into words the gross affects consecutive to the loss, to put of the sens to register this traumatic event in the individual, conjugal, and family history. Somme women,for whom the work of mourning could seem motionless, were able to put the psychic transparency of this new pregnancy in profit to redevelop the previous loss and to give a just place to each of both babies. The updating of the process of mourning during the following pregnancy will be function of the psychic structure of the woman. The depression and the anxiety are also markers of the elaboration of the loss and the place made for the puisne child. The quantitaive analysis of the statistical data shows the presence of anxiety, particularly at the begining of the following pregnancy.