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Micose fungoide hipocromiante: estudo epidemiológico e análise patogenética dos mecanismos da hipopigmentação / Hypopigmented mycosis fungoides: epidemiological study and pathogenetical analysis of hypopigmentation mechanismsFabricio Cecanho Furlan 25 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A variante hipocromiante da micose fungoide - MF - (MFh) apresenta características peculiares, como a predileção por indivíduos jovens e melanodérmicos e curso clínico crônico. Estudos especulam a patogênese da hipocromia comparando-a à do vitiligo. No Brasil, faltam dados que permitam conhecer sua importância na saúde pública. O presente trabalho visou avaliar a epidemiologia, a histopatologia e a imunofenotipagem de uma amostra de pacientes com diagnóstico de MFh e propor hipóteses dos mecanismos patogênicos da hipocromia, além de comparar pacientes portadores de lesões hipocrômicas exclusivas com aqueles portadores de outras formas de MF com lesões hipocrômicas concomitantes. MÉTODOS: Foram selecionados pacientes do Ambulatório de Linfomas Cutâneos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e classificados em três grupos: A (21 portadores apenas de lesões hipocrômicas); B (15 portadores de outras formas de MF com lesões hipocrômicas concomitantes) e C (8 pacientes com diagnóstico de MF clássica, estes apenas para avaliações histológica e imuno-histoquímica). Foram obtidos dados clinicoepidemiológicos e realizadas análises histológica e imuno-histoquímica de biópsias das lesões e de pele normal, como controle. Para o estudo imuno-histoquímico foram utilizados os marcadores para imunofenotipagem da neoplasia, Melan-A, tirosinase, SCF, CD117 e MITF. RESULTADOS: Do total de pacientes acompanhados naquele ambulatório, os pacientes com MF portadores de lesões hipocrômicas corresponderam a 16%. As medianas das idades de início da doença e dos tempos de história foram de, no grupo A 25 anos e 8 anos; no grupo B, 29 anos e 13 anos, respectivamente; houve predomínio de indivíduos melanodérmicos , acometimento do sexo feminino e a maioria dos pacientes encontrava-se em estágios iniciais da doença em ambos os grupos. A avaliação histológica revelou achados semelhantes, como epidermotropismo de linfócitos atípicos e infiltrado dérmico linfomonocitário nas lesões hipocrômicas e não-hipocrômicas. O imunofenótipo CD8+ do infiltrado neoplásico epidérmico foi mais frequente no grupo A, ao passo que os grupos B e C apresentaram mais casos com imunofenótipo CD4+. A avaliação da função melanocítica das lesões hipocrômicas do grupo A revelou diminuição significativa da imunomarcação dos melanócitos por todos marcadores em comparação à pele normal e às lesões do grupo C. Em relação ao grupo B, não houve diferenças para as lesões hipocrômicas, não-hipocrômicas e pele normal, quando avaliadas dentro do próprio grupo (exceto para Melan A). A expressão de SCF pelos queratinócitos foi irregular sobretudo nas lesões hipocrômicas. DISCUSSÃO: Os pacientes com lesões hipocrômicas apresentaram características semelhantes (idade precoce, predomínio do sexo feminino, doença indolente). Mostrou-se que indivíduos melanodérmicos tem maior chance de apresentar lesões hipocrômicas. Além da redução de melanócitos e do receptor melanocítico CD117 em relação à pele normal já demonstradas previamente, mostrou-se, como no vitiligo, a redução da expressão do MITF, fator vital para a função e sobrevida do melanócito. Além disso, também se explicitou desbalanço da produção de citocinas melanogênicas pelos queratinócitos. CONCLUSÃO: A presença de lesões hipocrômicas pode ser considerada um marcador de bom prognóstico na MF. Diferentes mecanismos, como ação celular citotóxica e a alteração do microambiente da unidade epidérmica, colaboram para hipocromia das lesões da MFh / INTRODUCTION: The hypopigmented variant of mycosis fungoides - MF - (MFh) presents specific characteristics, such as a predilection for young and melanodermic individuals, and chronic clinical course. Studies speculate the pathogenesis of the hypopigmentation comparing it to vitiligo\'s. In Brazil, the lack of data prevents the knowledge of its importance in public health. This study aimed to evaluate the epidemiology, the histopathology and the immunophenotyping of a sample of patients diagnosed with MFh and to propose hypotheses of the pathogenic mechanisms of hypopigmentation, in addition to comparing exclusive hypopigmented lesion-bearer patients with those bearing other types of MF with concomitant hypopigmented lesions. METHODS: Patients were selected from the Cutaneous Lymphoma Clinic, from Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo and classified in three groups: A (21 hypopigmented only lesion- bearers); B (15 bearers of other types of MF with concomitant hypopigmented lesion) and C (8 patients diagnosed with classical MF, being those only for histology and immunohistochemistry evaluations). Clinical- epidemiological data were obtained and histology and immunohistochemistry analyses of lesion biopsies and normal skin, as a control, were made. For the immunohistochemistry study, the markers for immunophenotyping the neoplasm, Melan-A, tyrosinase, SCF, CD117 and MITF were used. RESULTS: Of the total number of patients treated at that clinic, the MF patients bearing hypopigmented lesions were 16%. The medians of the age of disease onset and the medical history time were 25 years and 8 years in group A; 29 years and 13 years in group B, respectively; there were a predominance of melanodermic individuals, involvement of the female sex, and the majority of the patients were in early stages of the disease in both groups. The histological evaluation revealed similar findings, such as epidermotropism of atypical lymphocytes and lympho-monocytic dermal infiltrate in hypopigmented and non-hypopigmented lesions. The CD8+ immunophenotype of the epidermal neoplastic infiltrate was more frequent in group A, while groups B and C showed more cases of CD4+ immunophenotype. The evaluation of the melanocytic function of the hypopigmented lesions in group A revealed a significant decrease of immunostaining of the melanocytes by all markers when compared to normal skin and group C lesions. Regarding group B, there were no differences to hypopigmented and non-hypopigmented lesions and normal skin, when evaluated within the group itself (except for Melan A). The SCF expression by the keratinocytes was irregular especially in hypopigmented lesions. DISCUSSION: Patients with hypopigmented lesions showed similar characteristics (early age, female sex predominance, indolent disease). It has been showed that melanodermic subjects are more likely to have hypopigmented lesions. In addition to the previously-showed reduction of melanocytes and CD117 melanocytic receptor related to normal skin, it has been showed, as in vitiligo, the reduction of MITF expression, a vital factor for the function and survival of the melanocyte. Besides that, it has been also made explicit a production imbalance of melanogenic cytokines by the keratinocytes. CONCLUSION: The presence of hypopigmented lesions can be considered a marker of good prognosis in MF. Different mechanisms, such as cytotoxic cellular action and the change of the microenvironment of the epidermal unit, collaborate for the hypopigmentation of the lesions of MFh
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Associação entre Timp1, β1-integrinas e CD63 ao longo da gênese do melanoma / Association between Timp1, β1-integrin and CD63 during the genesis of melanomaPinto, Mariana Toricelli [UNIFESP] 24 November 2010 (has links) (PDF)
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Publico-393.pdf: 1637068 bytes, checksum: 4fe3757007f6a049eac930eb08b63c88 (MD5) / O melanoma é o tipo de câncer de pele menos frequente, mas que tem um grande poder de letalidade devido ao seu potencial de formar metástases. Para as células adquirirem a capacidade de formar metástases, estas precisam ter a característica de sobreviver independente de interações com a matriz extracelular e consequentemente apresentar resistência ao anoikis. Por isso, a importância de se estudar as alterações que ocorrem com células tumorais que adquirem essa capacidade. Em nosso laboratório foi desenvolvido um modelo que nos permite estudar diferentes etapas da gênese do melanoma. Melanócitos murinos melan-a que sobreviveram depois de 1, 2, 3 e 4 ciclos de impedimento de ancoragem por 96 horas apresentaram modificações na morfologia e crescimento independente de PMA, e foram denominadas 1C, 2C, 3C e 4C, respectivamente. Diferentes linhagens de melanoma (4C11-, 4C11+, Tm1, Tm5, etc) foram estabelecidas após submeter os esferóides sobreviventes da 4C à diluição limitante. Dados prévios de nosso laboratório mostraram aumento da expressão de Timp1 ao longo da transformação maligna de melanócitos e aumento da resistência ao anoikis. Melanócitos melan-a superexpressando o gene Timp1 adquirem fenótipo de resistência ao anoikis. No entanto, o mecanismo pelo qual Timp1 medeia essa sinalização de sobrevivência não é conhecido. Dados da literatura mostram interação entre CD63, Timp1 e 1-integrinas em células epiteliais de mama humana e que essa interação regula processos fisiológicos como apoptose. Além disso, a glicosilação aberrante em moléculas de adesão celular, como integrinas, pode conferir às células capacidade de sobreviver em condições independentes de ancoragem. O objetivo do presente estudo foi analisar a possível interação entre CD63, Timp1 e 1-integrinas ao longo da transformação maligna de melanócitos, a presença de N-glicosilação aberrante em β1-integrinas e o impacto da N-glicosilação aberrante na resistência ao anoikis. Observou-se interação entre CD63 e Timp1 e CD63 e 1-integrinas nas linhagens 4C, 4C11- e 4C11+, estabelecidas após ciclos de impedimento de ancoragem, já a interação entre Timp1 e 1-integrinas foi observada somente nas linhagens de melanoma 4C11- e 4C11+. A expressão de 1-integrinas na superfície celular está aumentada na linhagem de melanoma agressivo 4C11+, assim como a expressão de Mgat-V e N-glicosilação aberrante. Além disso, o perfil eletroforético da 1-integrina sugere que a mesma apresenta aumento de N-glicosilação aberrante na linhagem de melanoma metastático 4C11+. O tratamento de células de melanoma 4C11+ com o inibidor de N-glicosilação swainsonine resulta em menor capacidade destas células em resistir ao anoikis. Este parece ser o primeiro estudo descrevendo a interação entre Timp1, CD63 e 1-integrinas em células tumorais. Assim, o presente trabalho favorece o entendimento de como Timp1 regula resistência ao anoikis ao longo da transformação maligna de melanócitos. / Although malignant melanoma is the less frequently diagnosed skin cancer, it shows a poor prognosis due its chemoresistance and metastasis development. One of the adquired abilities of transformed cells is anoikis resistance and this property is closely related to metastasis formation. In our laboratory, we developed a model that allows us to study different steps of melanocyte malignant transformation. Melan-a melanocytes surviving after 1, 2, 3 and 4 deadhesion cycles showed modified morphology and independent PMA growth and have been named, 1C, 2C, 3C and 4C cells, respectively. Different melanoma cell lines were established after submitting 4C spheroids to limiting dilution. Previous results of our group showed increased expression of Timp1 along melanoma genesis and its correlation with anoikis resistance. However, the mechanism involved in this signaling is unknown. Published data demonstrated interaction between CD63, Timp1 and 1-integrins in human breast epithelial cells and its role in apoptosis. Furthermore, aberrant glycosylation in cell adhesion molecules such as integrins provides to cells the ability to survive under anchorage-independent conditions. The aim of this work was analyze the possible interaction among CD63, Timp1 and 1-integrins along melanocyte malignant transformation, possible aberrant N-glycosylation patterns of β1-integrins and their impact in anoikis resistance. Aberrant N-glycosylation patterns were observed in tumorigenic cells. We observed interaction between CD63 and Timp1 and between CD63 and 1-integrins in the melan-a-derived cells 4C, 4C11, and 4C11 +, and interaction between Timp1 and 1-integrins only in melanoma cell lines 4C11 - and 4C11 +. The presence of Timp1 in supernatant from 4C11+ conferred to melan-a cells anoikis resistance. The expression of 1-integrins in our study model is increased in aggressive melanoma lineage, 4C11+, as well as the expression of Mgat-V and aberrant N-glycosylation on cell surface. Moreover, the electrophoretic profile of  1-integrin suggests that melanoma metastatic 4C11+. Lineage present increased aberrant N-glycosylation in this molecule. Treatment of melanoma cells 4C11 + with the N-glycosylation inhibitor, swainsonine, resulted in reduced capacity of these cells to resist to anoikis. This seems to be the first study describing the interaction between Timp1, CD63 and 1-integrin in tumor cells and may contribute to a better understanding of how Timp1 regulates resistance to anoikis during the melanocyte malignant transformation. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Avaliação da morte celular induzida por inibidores da enzima acido graxo sintase em linhagem celular derivada de melanoblastos não tumorigenicos de camundongos / Non-tumorigenic melanocyte cell death induced by fatty acid synthase inhibitorsRossato, Franco Aparecido, 1984- 15 August 2018 (has links)
Orientadores: Anibal Eugenio Vercesi, Karina Gottardello Zecchin / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T13:27:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Ácido graxo sintase (FASN - EC 2.3.1.85) é a enzima responsável pela síntese endógena de ácidos graxos de cadeia longa a partir dos precursores acetil-CoA e malonil-CoA. Diversos estudos mostram que a FASN é altamente expressa em vários tipos de neoplasias malignas humanas, tais como de próstata, mama, melanoma e, em alguns destes tumores, a alta expressão de FASN está associada a um pior prognóstico. O tratamento com inibidores específicos de FASN, como cerulenina, C75 e orlistat, diminui a capacidade de proliferação e induz apoptose em linhagens celulares derivadas de neoplasias malignas de próstata, mama e cólon, porém pouco se sabe sobre os efeitos desses inibidores em células não tumorais. Recentemente mostramos que a inibição de FASN com orlistat reduz a proliferação e induz apoptose em células B16-F10 de melanoma murino (Carvalho et al. 2008). Considerando que (1) pouco é conhecido sobre os efeitos de inibidores de FASN em células "normais", inclusive melanócitos e (2) dados iniciais mostram que o tratamento com orlistat ou cerulenina também induz elevados níveis de apoptose em células "normais", este estudo teve por objetivo principal verificar os mecanismos envolvidos na morte induzida pela inibição da FASN em linhagem celular não-tumorigênica derivada de melanoblastos de camundongos (melan-a). O tratamento in vitro de células melan-a com 5 µg/mL de cerulenina ou com 30 µM de orlistat induziu expressiva porcentagem de apoptose, mas não necrose. As células tratadas também apresentaram redução da proliferação, além de discretas ativação de caspase-3 e liberação de citocromo c. Como o silenciamento de FASN através de RNA de interferência (RNAi) não resultou em apoptose, investigamos o possível envolvimento mitocondrial na morte induzida pelos inibidores de FASN. De fato, o tratamento com cerulenina ou orlistat resultou em diminuição do ??m, além de mais de 50% de inibição da velocidade de respiração das melana no estado de repouso. Paralelamente também foi constatado que esses mesmos inibidores de FASN induzem apoptose e reduzem a proliferação de células derivadas de queratinócitos não tumorigênicos, HaCaT. O presente trabalho mostra, portanto, que os inibidores de
FASN, cerulenina e orlistat, apresentam efeitos nocivos sobre células não tumorais, conseqüência da ação sobre a respiração mitocondrial. / Abstract: Fatty acid synthase (FASN - EC 2.3.1.85) is the enzyme responsible for endogenous synthesis of long chain fatty acid palmitate derivate from precursors acetyl-CoA and malonyl-CoA. Studies have shown that FASN is highly expressed in several types of human malignancies, such as prostate, breast, melanoma, and in some of these tumors, high expression of FASN is associated with a poor prognosis. FASN inhibitors, such as cerulenin, C75, and orlistat, decrease cell proliferation and induce apoptosis in prostate, breast, and colon tumor cells lines. Recently we demonstrated that inhibition of FASN with orlistat reduced proliferation and induced apoptosis in cells B16-F10 murine melanoma (Carvalho et al. 2008). Consider that (1) little is known about the effects of FASN inhibitors in normal cells, including melanocytes and (2) previous data show that treatment with orlistat or cerulenin also induces high levels of apoptosis in normal cells, the aim of this study was to analyze the mechanisms involved in FASN inhibitioninduced cell death in cell line derived from non-tumorigenic mice melanoblasts (melana). In vitro treatment of melan-a cells with 5 µg/mL cerulenin or 30 µM orlistat induced a significant percentage of apoptosis, but not necrosis. Treated cells also showed reduced proliferation, and moderate activation of caspase-3 and release of cytochrome c. As FASN silencing through RNA interference (RNAi) did not result in apoptosis, we investigated the possible involvement of mitochondria in FASN inhibition-induced cell death. Cerulenin or orlistat treatment of melan-a cells decreased ?? m and inhibited more than 50% the respiration rate in rest state. We also detected significant apoptosis and reduced proliferation in cells derived from non-tumorigenic keratinocyte, HaCaT, after incubation with the same FASN inhibitors. In conclusion, this study shows that FASN inhibitors, cerulenin and orlistat, have adverse effects on non-tumor cells, as a consequence of direct action on mitochondrial respiration. / Mestrado / Biologia Estrutural, Celular, Molecular e do Desenvolvimento / Mestre em Fisiopatologia Médica
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Transição epígea/hipógea de Pimelodella spp. (Siluriformes: Heptateridae): fisiologia da pigmentação / Epigeal/hipogeal transition of Pimelodella ssp. (Siluriformes: Heptapteridae): physiology of pigmentationRenato Grotta Grempel 16 September 2011 (has links)
Os ambientes cavernícolas podem ser vistos como um experimento natural de exclusão de alguns fatores ecológicos, dentre os quais o mais importante e a ausência do fotoperíodo. A perda ou redução dos olhos e da pigmentação cutânea melânica em relação aos indivíduos viventes na superfície são os exemplos mais comuns das alterações sofridas pelas espécies exclusivamente subterrâneas. Alterações nas características relacionadas ao sistema ocular sempre receberam grande atenção por parte dos pesquisadores. Por outro lado, as publicações sobre a pigmentação nesses organismos são relativamente incomuns, com uma abrangência taxonômica bastante reduzida. Nossos experimentos foram realizados com três espécies pertencentes ao mesmo gênero: Pimelodella kronei e P. spelaea, viventes em ambientes de caverna e P. transitória, de superfície. Visamos comparar se existe um padrão que correlacione o grau de redução da pigmentação, medida pelas características macroscópicas, com as características das células pigmentares. Dentro do esperado, P. spelaea e Pimelodella kronei apresentaram menor tamanho e menor densidade de melanóforos do que seu congênere epígeo, P. transitória. Nossos resultados não apontaram para uma correlação positiva entre o grau de troglomorfismo, medido pelas características macroscópicas, e a resposta fisiológica observada nos exemplares cavernícolas. A variabilidade observada nos estados da pigmentação em peixes troglomórficos brasileiros e compatível com hipóteses envolvendo pressões seletivas neutras, corroborando, portanto, o modelo neutralista. / The cave environments can be seen as a natural experiment of exclusion of certain ecological factors, among which the most important is the absence of photoperiod. The loss or reduction of eyes and skin melanin pigmentation in relation to individuals living on the surface are the most common examples of the changes undergone by the species exclusively subterraneous. Changes in characteristics related to the ocular system have always received great attention from researchers. However, publications on the pigmentation in these organisms are relatively uncommon, with a very small taxonomic range. Our experiments were conducted with three species of the same genre: Pimelodella kronei and P. spelaea, living in cave environments, and P.transitoria, living in surface. We aim to compare if there is a pattern that correlates the degree of reduction of the pigment with the characteristics of pigment cells. As expected, P. spelaea and Pimelodella kronei showed smaller size and lower density of melanophores than its counterpart epigeal, P. transitória. Our results did not suggest a positive correlation between the degree of troglomorfism measured by macroscopic characteristics, and physiological response observed in cave specimens. The variability observed in the states of pigmentation in Brazilian troglomorfic fish is compatible with neutral hypotheses involving selective pressures, supporting therefore the neutralist model.
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Efeitos dos inibidores da enzima ácido graxo sintase sobre apoptose e função mitocondrial de células não tumorigênicas / Fatty acid synthase inhibitors effects on apoptosis and mitochondrial function in non tumorigenic cellsRossato, Franco Aparecido, 1984- 24 August 2018 (has links)
Orientadores: Anibal Eugênio Vercesi, Karina Gottardelo Zecchin / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T16:40:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rossato_FrancoAparecido_D.pdf: 7526681 bytes, checksum: 3768c017da7bde02ddd95e8e41881438 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Resumo: Recentemente mostramos que os inibidores da enzima ácido graxo sintase (FASN - EC 2.3.1.85), cerulenina e orlistat, reduzem a proliferação e induzem apoptose em células B16-F10 de melanoma murino via mecanismos mitocondriais. Neste presente estudo investigamos os efeitos desses inibidores de FASN em linhagem celular não-tumorigênica derivada de melanoblastos de camundongos (melan-a). O tratamento in vitro de células melan-a com 5 µg/mL de cerulenina ou com 30 µM de orlistat inibiu a proliferação celular, com acúmulo da proteína supressora de tumor p21WAF1/Cip1, assim como induziu a via intrínseca da apoptose com liberação de citocromo c e ativação de caspases-3 e -9, sem ativação da caspase-8. Os inibidores de FASN não alteram o conteúdo de ácidos graxos livres nas células melan-a, verificados por espectrometria de massas, sugerindo que o tratamento com cerulenina ou orlistat induz apoptose independente da inibição desta enzima. Análise das funções da bioenergética mitocondrial das células melan-a mostraram inibição da respiração, seguido por aumento da produção de superóxido. A inibição da respiração, promovida pelo tratamento com cerulenina ou orlistat, foi restrita à oxidação de substratos ligados a NADH (39,9% DMSO x cerulenina; ou 60,8% EtOH x orlistat) e succinato (45,8% DMSO x cerulenina; ou 51,8% EtOH x orlistat), e não foi significativa quando as mitocôndrias estavam respirando com substrato do complexo IV, N,N,N',N'-tetrametil-p-fenilenodiamina. A proteção conferida pelo sequestrador de radicais livres N-acetil cisteína (NAC) sugere que a disfunção mitocondrial provocada por estes compostos está associada a estresse oxidativo e é provável que seja mediada pela ação de superóxido na cadeia respiratória nos níveis de complexos de I e II. Análise proteômica de mitocôndria dessas células também mostra alterações ligadas ao estresse oxidativo. Nossos dados em conjunto sugerem que cerulenina e orlistat induzem apoptose em células não tumorais como resultado de uma disfunção mitocondrial e de maneira independente de FASN / Abstract: We have previously reported that the fatty acid synthase (FASN) inhibitors, cerulenin or orlistat, induce apoptosis in B16-F10 mouse melanoma cells mediated by mitochondria. Here we investigate the effects of these inhibitors on the non-tumorigenic mouse cell line melan-a. Cerulenin or orlistat treatment decreased cells proliferation, accompanied by increased amounts of the tumor suppressor protein p21WAF1/Cip1, as well as induced apoptosis, but not necrosis, in melan-a cell line. Mitochondrial cytochrome c release and activation of caspases-9 and -3 were detected in melan-a-treated cells. siRNAi for FASN did not culminate in apoptosis, and FASN inhibitors treatment did not alter free fatty acids content in the non-tumorigenic cells, as verified by mass spectrometry, suggesting that cerulenin or orlistat induces apoptosis independent on FASN inhibition. Analysis of energy-linked functions of melan-a mitochondria showed inhibition of respiration followed by large stimulation of superoxide production. Respiratory inhibition after cerulenin or orlistat treatment, respectively, was restricted to the oxidation of NADH-linked substrates (39.9 or 60,8%) and succinate (45.8 or 51.8%) and was not significant when mitochondria were respiring on the complex IV substrate, N,N,N?,N?-tetramethyl-p-phenylendiamine. The protection conferred by the free radical scavenger NAC suggests that the mitochondrial dysfunction caused by these compounds is associated with oxidative stress and is mediated by the action of superoxide on the respiratory chain at the levels of complexes-I and II. Proteomic analysis of mitochondria melan-a cells also indicate major changes linked to oxidative stress. Taken together, the present results show that cerulenin or orlistat induces apoptosis in non-tumorigenic cells via mitochondrial dysfunction, independent on FASN inhibition / Doutorado / Fisiopatologia Médica / Doutor em Ciências
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Estudo histomorfométrico, ultraestrutural e da expressão de Wnt1, WIF-1 e ASIP na pele com melasma em comparação com a pele sã perilesional e retroauricularLemos, Ana Cláudia Cavalcante Espósito January 2017 (has links)
Orientador: Hélio Amante Miot / Resumo: O melasma é hipermelanose crônica e adquirida decorrente de um complexo processo que envolve hipertrofia melanocítica e disfunção melanogênica. Acomete preferencialmente o sexo feminino e as lesões ocorrem nas áreas fotoexpostas, especialmente a face. Sua patogênese não é bem compreendida e os estudos clássicos avaliam apenas pele acometida e perilesional, mas pouco se sabe do comportamento da pele fotoprotegida, submetida aos mesmos fatores sistêmicos e genéticos. Neste estudo, objetivamos avaliar características histológicas, vias epidérmicas que influem na melanogênese (Wnt e ASIP) e características ultraestruturais da pele com melasma em comparação com a pele sã adjacente e retroauricular. Para a execução deste estudo transversal com controle intra-sujeito, foram coletadas três biópsias cutâneas (punch 3 mm) de onze mulheres com melasma facial. As áreas de coleta foram a pele com melasma, pele sã adjacente (distando no máximo 2 cm do limite da lesão) e pele retroauricular ipsilateral. Os fragmentos provenientes de dez participantes foram corados por hematoxilina-eosina, ácido periódico de Schiff, Fontana-Masson, picrosirius red, azul de toluidina e Verhöff; imunomarcados para CD34 e submetidos à imunofluorescência direta (IFD) de dupla marcação para proteínas Wnt1, WIF-1 e ASIP. Já os três fragmentos de uma das participantes foram processados para Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Os dados obtidos foram comparados entre as topografias por modelo linear generali... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Estudo histomorfométrico, ultraestrutural e da expressão de Wnt1, WIF-1 e ASIP na pele com melasma em comparação com a pele sã perilesional e retroauricular / Histomorphometric and ultrastructural study, as well as evaluation of the expression of Wnt1, WIF-1 and ASIP on the skin of melasma compared to healthy skin adjacent and retroauricularLemos, Ana Cláudia Cavalcante Espósito [UNESP] 20 July 2017 (has links)
Submitted by Ana Cláudia Cavalcante Espósito null (anaclaudiaesposito@gmail.com) on 2017-07-27T20:34:29Z
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Ana Cláudia mestrado para depositar.pdf: 2933638 bytes, checksum: 3c192abd021482675fa186f4c4bba9e4 (MD5) / Approved for entry into archive by LUIZA DE MENEZES ROMANETTO (luizamenezes@reitoria.unesp.br) on 2017-07-31T19:29:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-07-20 / Fundo de Apoio à Dermatologia de São Paulo (FUNADERSP) / O melasma é hipermelanose crônica e adquirida decorrente de um complexo processo que envolve hipertrofia melanocítica e disfunção melanogênica. Acomete preferencialmente o sexo feminino e as lesões ocorrem nas áreas fotoexpostas, especialmente a face. Sua patogênese não é bem compreendida e os estudos clássicos avaliam apenas pele acometida e perilesional, mas pouco se sabe do comportamento da pele fotoprotegida, submetida aos mesmos fatores sistêmicos e genéticos. Neste estudo, objetivamos avaliar características histológicas, vias epidérmicas que influem na melanogênese (Wnt e ASIP) e características ultraestruturais da pele com melasma em comparação com a pele sã adjacente e retroauricular. Para a execução deste estudo transversal com controle intra-sujeito, foram coletadas três biópsias cutâneas (punch 3 mm) de onze mulheres com melasma facial. As áreas de coleta foram a pele com melasma, pele sã adjacente (distando no máximo 2 cm do limite da lesão) e pele retroauricular ipsilateral. Os fragmentos provenientes de dez participantes foram corados por hematoxilina-eosina, ácido periódico de Schiff, Fontana-Masson, picrosirius red, azul de toluidina e Verhöff; imunomarcados para CD34 e submetidos à imunofluorescência direta (IFD) de dupla marcação para proteínas Wnt1, WIF-1 e ASIP. Já os três fragmentos de uma das participantes foram processados para Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Os dados obtidos foram comparados entre as topografias por modelo linear generalizado de efeitos mistos. As participantes eram fototipo III ou IV de Fitzpatrick, com idade média (desvio-padrão) de 42,9 (8,9) anos e apresentavam lesões há 16,7 (7,9) anos. Houve adelgaçamento da camada córnea na pele com melasma e na pele adjacente. Na pele com melasma houve maior compactação da córnea, maior pigmentação melânica epidérmica, maior heterogeneidade do colágeno, elastose solar, maior número de mastócitos, falhas da integridade da zona da membrana basal, melanócitos em pêndulo, bem como maior celularidade e vasos na derme superficial. IFD evidenciou maior intensidade de marcação de Wnt1 na pele com melasma em relação à pele adjacente e maior intensidade na pele retroauricular em relação à pele sã adjacente. Não houve diferença estatística significativa na intensidade de marcação de WIF-1 e ASIP entre as topografias. À MET, houve maior dano estrutural na lâmina lúcida no melasma, bem como maior número de melanossomas maduros e organelas citoplasmáticas nos melanócitos e queratinócitos basais. Tais resultados evidenciam que a pele com melasma apresenta, além da hipertrofia melanocítica, alterações na barreira epidérmica, na derme superior, zona de membrana basal e maior ativação da via Wnt, que diferem da pele fotoexposta adjacente e da retroauricular, configurando um fenótipo individualizado e não somente uma extensão do fotoenvelhecimento ou do envelhecimento intrínseco. / Melasma is a chronic and acquired hypermelanosis resulting from a complex process which involves melanocytic hypertrophy and melanogenic dysfunction. Melasma mainly affects females and lesions occur in the photoexposed areas, especially the face. Its pathogenesis is not well understood, and classical studies evaluate only the affected and perilesional skin, but little is known about the behavior of the non-sun-exposed skin, subjected to the same systemic and genetic factors. In this study, we aimed to evaluate histological features, epidermal pathways that influence melanogenesis (Wnt and ASIP) and ultrastructural characteristics of the skin with melasma in comparison to healthy adjacent and retroauricular skin. For the execution of this cross-sectional study with intrasubject control, three skin biopsies (punch 3 mm) were collected from eleven women with facial melasma. The areas of collection were the skin with melasma, adjacent healthy skin and retroauricular skin. Fragments from ten participants were stained with hematoxylin-eosin, periodic acid from Schiff, Fontana-Masson, picrosirius red, toluidine blue and Verhöff; immunomarked for CD34 and subjected to double-labeled direct immunofluorescence (DIF) for Wnt1, WIF-1 and ASIP proteins. The three fragments of one of the participants were processed for Transmission Electron Microscopy (TEM). The data obtained were compared between topographies by generalized linear model of mixed effects. Participants were Fitzpatrick's phototype III or IV; the mean age (standard deviation) was 42.9 (8.9) years and they had lesions for 16.7 (7.9) years. There was thinning of the corneal layer on the skin with melasma and adjacent skin. In the skin with melasma, there was more corneal compaction, greater epidermal melanic pigmentation, greater collagen heterogeneity, solar elastosis, more mast cells, defects of the basement membrane area, pendulum melanocytes, as well as greater cellularity and vessels in the superficial dermis. DIF showed a greater intensity of Wnt1 marking in the skin with melasma in relation to the adjacent skin, and greater intensity in the retroauricular skin in relation to the adjacent healthy skin. There was no significant statistical difference in the intensity of WIF-1 and ASIP marking between topographies. At TEM, there was more structural damage to the lamina lucida in melasma, as well as more mature melanosomes and cytoplasmic organelles in melanocytes and basal keratinocytes. These results show that melasma skin presents, in addition to melanocytic hypertrophy, alterations in the epidermal barrier, upper dermis, basement membrane zone and greater activation of the Wnt pathway, which differ from adjacent and retroauricular photoexposed skin, forming an individualized phenotype and not only an extension of photoaging or intrinsic aging.
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